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Educação Inclusiva em espaços não-escolares: um estudo de caso do Museu das Minas e

do Metal em Belo Horizonte, MG

Juliana Mourthé Santos1


Marina Alvim2

Resumo

Este estudo foi realizado a partir de análise de artigos sobre museus e inclusão, além de visita
ao MMM e conversas com funcionários do mesmo. O mesmo visa contribuir para que o
próprio Museu das Minas e do Metal, ou mesmo outros museus e espaços não escolares,
compreendam sua importância educacional e se adapte de forma adequada a realizar a
inclusão nos mesmos. Algumas mudanças precisam ser feitas para que o Museu das Minas e
do Metal possa receber e atender as necessidades dos deficientes físicos, visuais, auditivos e
mentais. Algumas obras precisam adequar o espaço físico para que o deficiente físico possa
participar da visita. Para os deficientes auditivos algumas mudanças também precisam ser
feitas. Uma sugestão muito interessante seria visitas guiadas por um educador habilitado na
língua brasileira de sinais (LIBRAS). Já para os deficientes visuais seria necessária uma
mudança maior, pois o museu se comunica basicamente por meio de recursos visuais.
Primeiramente seriam necessárias descrições em Braille em todo o museu, desde a sua entrada
até na visitação as suas dependências, bem como maquetes táteis e imagens em relevo. A
acessibilidade é um elemento essencial para a inclusão social, então não pode deixar de estar
presente em todos os ambientes internos e externos, para que qualquer pessoa possa transitar
inclusive, pessoas com algum tipo de deficiência. Mudanças físicas, capacitação dos
profissionais que trabalham com o publico, aquisição de materiais novos e adaptados para
atender os deficientes físicos, auditivos e visuais é apenas o começo para que o Museu possa
se tornar um lugar acolhedor para a inclusão.

1-Introdução

A inclusão está ligada a todas as pessoas que não têm as mesmas oportunidades dentro
da sociedade. Mas os excluídos socialmente são também os que não possuem condições
financeiras dentro dos padrões impostos pela sociedade, além dos idosos, os negros, e aqueles
com deficiências físicas, como cadeirantes, deficientes auditivos, visuais e mentais. A
inclusão social significa tornar essas pessoas participantes da vida social, econômica e política
do país (FERREIRA; REAL, 2009).
De acordo com Sarrafi (2008), atualmente são classificadas pessoas com deficiência os
indivíduos que: possuem algum tipo de limitação física (membros superiores, inferiores,
paralisias cerebrais, em partes do corpo e deficiência de crescimento), intelectual (síndromes e
déficits devido a acidentes ou má formação) e sensorial (visual e auditiva) em diferentes

Acadêmica do curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Metodista Izabela


Hendrix. E-mail: jujumourthe@hotmail.com.

Professora do curso de Ciências Biológicas. E-mail:marina.alvim@izabelahendrix.edu.br


gradações que podem variar de comprometimentos médios, leves, graves até a perda total da
capacidade. Segundo o ultimo censo realizado pelo IBGE, cerca de 23,9% da população
Brasileira possui algum tipo de necessidade especial (BRASIL, 2010).
Torna-se importante discutir como incluir alunos com necessidades especiais no
ensino regular. Segundo Mrech (2001), a inclusão consiste em: atender aos estudantes com
necessidades especiais na vizinhança da sua residência; propiciar a ampliação do acesso
desses alunos às classes comuns; propiciar aos professores da classe comum um suporte
técnico; perceber que as crianças podem aprender juntas, embora tendo objetivos e processos
diferentes; levar os professores a estabelecer formas criativas de atuação com as crianças com
deficiência e propiciar um atendimento integrado do professor de classe comum.
Quando pensamos em educação, imediatamente pensamos em uma escola com salas
de aula, banheiros, quadra de esporte, cantina, pátio, biblioteca, laboratórios, dentre outros
ambientes.
Muitos esquecem que os alunos que integram esses espaços educacionais apresentam
características diferenciadas tanto física quanto cognitiva, emocional, cultural, e que podem
aprender em outras situações e espaços diversos, ou seja, lugares diferentes da escola
representada acima (MORAIS; AMORIM; SENNA, 2011). Podemos citar como exemplo os
espaços não escolares: museus, centro de ciências, parques ecológicos, parques zoobotânicos,
jardins botânicos, planetários, aquários, zoológicos, entre outros. Podemos incluir também,
parques, praças, teatro e cinema.
Entre os múltiplos desafios dos espaços não formais na atualidade, destaca-se o de
garantir a todos os cidadãos o acesso aos bens culturais socializados nestes espaços. Segundo
Ribeiro (2007) muitos museus brasileiros estão cumprindo tal missão produzindo
conhecimento e comunicando em diferentes linguagens e meios de divulgação, explorando a
ludicidade e interatividade tanto na expografia (canal de comunicação entre o acervo e o
visitante) quanto no diálogo com o público e inovam cada vez mais na busca do acesso de
todos os cidadãos às suas atividades, inclusive aqueles com necessidades especiais.
O Museu das Minas e do Metal (MMM), situado no prédio da antiga Secretaria de
Estado da Educação, abriga um importante acervo sobre mineração e metalurgia. O mesmo
tem como proposta disponibilizar de forma lúdica e criativa o processo de transformação dos
minérios e a importância social, econômica e cultural para a vida humana (CONTATO,
2013).
Considerando a importância desses espaços como ambientes de aprendizagem e
inclusão escolar e social, em que medida estaria o Museu das Minas e do Metal adaptado a
atender pessoas com necessidades especiais?
Este estudo foi realizado a partir de análise de artigos sobre museus e inclusão, além
de visita ao MMM e conversas com funcionários do mesmo. O mesmo visa contribuir para
que o próprio Museu das Minas e do Metal, ou mesmo outros museus e espaços não escolares,
compreenda sua importância educacional e se adapte às pessoas com necessidades especiais,
realizando de forma adequada a inclusão dos mesmos.

2- Acessibilidade em Museus
Segundo a Norma Brasileira de Acessibilidade da Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), acessibilidade é a possibilidade e condição de alcance, percepção e
entendimento para a utilização com segurança e autonomia de edificações, espaço, mobiliário,
equipamento urbano e elementos. O termo acessível implica acessibilidade física, intelectual
e cognitiva (ABNT NBR 9050).
Portanto, acessibilidade em museus significa que as exposições, espaços de
convivência, serviços de informação, programas de informação e todos os demais serviços
básicos e especiais oferecidos pelos equipamentos culturais devem estar ao alcance de todos
os indivíduos, perceptíveis a todas as formas de comunicação e com sua utilização de forma
clara, permitindo a autonomia dos usuários (SARRAFI, 2008).

3-Legislação no Brasil sobre Inclusão3

Com o advento da constituição federal de 1988, que fora voltada primordialmente para
a defesa social, o Poder Público se viu obrigado a criar políticas minimizadoras das
desigualdades sociais. Nesse contexto buscou-se integrar as pessoas com necessidades
especiais em todos os aspectos da sociedade.

O Decreto nº 914/1993 da legislação Brasileira determinou que: Consideram-se pessoa com


deficiência aquela que apresentam, em caráter permanente, perdas ou anormalidades de sua

Nesta seção, não se pretende esgotar o referido assunto, mesmo porque a categoria do objeto
de investigação deste trabalho não é regulamentada pela LDB. O objetivo aqui é apenas apresentar
algumas concepções que nortearam a discussão, apresentada em seções posteriores, dos resultados
obtidos.
estrutura ou função psicológica, fisiológica ou anatômica, que gerem incapacidade para o
desempenho de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano.

Para os efeitos desse decreto considera-se:

I – deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou


função psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade
para o desempenho de atividade, dentro do padrão considerado
normal para o ser humano;
II – deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou
durante um período de tempo suficiente para não permitir recuperação
ou ter probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos;
III – incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da
capacidade de integração social, com necessidade de equipamentos,
adaptações, meios ou recursos especiais para que a pessoa com
deficiência possa receber ou transmitir informações necessárias ao
seu bem-estar pessoal e ao desempenho de função ou atividade a ser
exercida. (Decreto Federal nº 914 de 1993)

Quanto à esfera educativa, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)


foi promulgada em 20 de dezembro de 1996 (BRASIL, 1996). Desde a sua criação ela vem
sendo atualizada constantemente, orientando os diversos níveis de educação: educação infantil
(obrigatória para crianças a partir de quatro anos), ensino fundamental e ensino médio
(estendendo-se para os jovens ate os 17 anos). A LDB abrange também outras modalidades do
ensino, como a educação especial, indígena, no campo e ensino à distancia. É por meio da
LDB que se encontram os princípios gerais da educação, bem como as finalidades, os
recursos financeiros, a formação e diretrizes para a carreira dos profissionais da educação.
Conforme o contexto em que se encontra a nossa sociedade, a câmara dos deputados atualiza
essa lei a cada período.

A LDB entende por educação especial a modalidade escolar oferecida


preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos
globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação (BRASIL, 1996). Quando
necessário, a lei prevê serviços especializados, para atender às necessidades dessas pessoas
com necessidades especiais. Ainda segundo a LDB, quando não for possível a integração
desses alunos nas classes comuns, o atendimento deverá ser feito em classes, escolas ou
serviços especializados.
Atualmente, alunos com necessidade educacionais especiais estão sendo mais aceitos
nas escolas, e começam a ser considerados pessoas que apresentam ritmos, características,
aprendizagem e emoções, às vezes diferenciadas, requerendo apenas um novo olhar e um
novo direcionamento da escola (GRANEMANN, 2005).
Segundo Montoan (2000), toda criança precisa da escola para aprender e não para
marcar passo ou ser segregada em classes especiais e atendimentos à parte, tenha ela algum
tipo de deficiência ou não. Priorizar a qualidade do ensino regular é, pois, um desafio que
precisa ser assumido por todos os educadores. De opinião semelhante, Granemann (2005)
afirma que o ato de incluir a criança ou jovem com deficiência no ensino regular não deve
significar simplesmente matricular no ensino regular tais educandos, mas assegurar ao
professor e à escola o suporte necessário à sua ação.
Verifica-se então, a partir das definições apresentadas e de uma análise histórica, que a
inclusão não é responsabilidade apenas do docente, mas de toda a sociedade.
Considerando o papel do professor, agente que terá um contado direto e de maior
tempo com os educandos, percebe-se a necessidade que ele desenvolva as habilidades
individuais de cada aluno, observando as suas limitações. Os professores serão os mediadores
entre a escola, a família e a comunidade, representando um papel muito importante no
aprendizado desse aluno com necessidades especiais. Para Sant’Ana (2005) cada vez mais
tem sido reiterado a importância da preparação de profissionais e educadores, em especial do
professor de classe comum, para o atendimento das necessidades educativas de todas as
crianças, com ou sem deficiências. O Atendimento Educacional Especializado (AEE),
envolve mudanças estruturais, de formação especializada, além da sala de recursos
multifuncionais.

4-Inclusão em Museus

Há algum tempo vêm ocorrendo iniciativas para a inclusão de pessoas com


deficiência, e várias modificações vêm acontecendo em setores como escolas, empresas, áreas
de lazer, espaços urbanos e espaços não escolares, para que esse público tenha a oportunidade
de participar com a população em geral dos mesmos ambientes e serviços.
Segundo Kirst (2006), ensinar arte e cultura visual para uma pessoa que não pode
enxergar torna-se imprescindível na medida em que nossa sociedade é uma sociedade guiada
pelo visual. Os museus como instituições públicas, além de ter como objetivo a preservação
do patrimônio cultural e documental, tem um importante papel de promover ações culturais
que enfatizem o seu potencial educacional e de inclusão social. Mas nem sempre esses
espaços são reconhecidos como espaços relacionados à educação (MORAIS; AMORIM;
SENNA, 2011). Normalmente esses espaços são associados apenas ao lazer, mas também
exercem um papel fundamental na inclusão social de todos os indivíduos. Então é necessário
que seja garantida a independência aos cidadãos, através da eliminação de barreiras, que
restrinjam a participação e circulação desses indivíduos na vida cultural e social da cidade
(MORAIS; AMORIM; SENNA, 2011).
De acordo com Anversa (2012) os museus possuem uma parcela significativa da
vivência da arte fora da escola, ou mesmo vinculada a ela. A maior parte do público infanto-
juvenil que vai ao museu é proveniente de visitas organizadas pelas escolas. Quando se trata
de pessoas com deficiência, a frequência a museus acompanhados pela família é
significativamente inferior, se comparada à escola.
Alguns museus localizados na Inglaterra são considerados como excelentes em se
tratando de inclusão social, como exemplos temos o British Museum, Victoria and Albert
Museum, e principalmente a Tate Modern em Londres. O grande diferencial desse museu é
garantir autonomia ao visitante deficiente (SARRAFI, 2008). Uma iniciativa pioneira, de
acordo com Sarrafi (2008), é a política pública de inclusão cultural na França, que oferece
uma licença às pessoas com deficiências visuais de permissão para tocar em todas as obras de
arte e monumentos históricos tridimensionais instalados em locais públicos.
Para Sarraffi (2008) os museus brasileiros apresentam um número muito baixo de
iniciativas educativas que garantam seu uso por grande parte do seu público. Outro ponto são
as condições de acessibilidade das pessoas com algum tipo de deficiência: no caso dos
deficientes físicos, as modificações são arquitetônicas, onde hoje em dia, grande parte dos
museus novos ou os que passaram por reformas recentes já se adequaram a esse tipo de
necessidade. Já os deficientes visuais merecem uma atenção especial, pois para eles as
adaptações não podem ser apenas físicas, as mudanças necessitam ser também na idéia de
comunicação. O público cego é o que exige um maior numero de adaptações nas exposições.
Um dos problemas que podem ocorrer é o manuseio de peças sensíveis ao toque, que podem
causar algum prejuízo ao acervo. Para o público com deficiência auditiva, poderiam ser
oferecidos monitores habilitados na Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Diferentemente
das limitações sensoriais apresentadas pelas pessoas com deficiências visuais, porém, com
necessidades de acessibilidade físicas muito semelhantes a eles, o público deficiente mental,
apesar de dispensar as sinalizações e programação visual específicas aos não videntes, requer
(devido as suas restrições físicas relacionadas muitas vezes a dificuldade de locomoção,
equilíbrio e coordenação motora) uma atenção especial nos quesitos de segurança e conforto
dentro do espaço museológico.

5-O Museu das Minas e do Metal (BH – MG)

O Museu das Minas e do Metal fica localizado na cidade de Belo Horizonte, situado
na Praça da Liberdade, fazendo parte do circuito cultural da Praça da Liberdade, fica abrigado
em um prédio antigo e bem espaçoso. O prédio apresenta um estilo com elementos
neoclássicos Franceses (CIRCUITOCULTURALLIBERDADE, 2013). Os tetos altos com
inúmeros detalhes são muito bonitos, tornando-se uma atração à parte. Todas as obras
possuem informações em inglês e possuem também um monitor disponível para solucionar
qualquer dúvida sobre as obras (AJUDA, 2013).
São 18 salas distribuídas em três andares, onde ficam muito bem distribuído as 44
atrações sobre o tema, sendo 11 instalações dedicadas às principais minas do Estado
(CIRCUITOCULTURALLIBERDADE, 2013).
O MMM abriga um importante acervo, com mais de três mil peças herdadas do
tradicional Museu de Mineralogia Djalma Guimarães e, que conta a historia da mineração e
metalurgia, duas das principais atividades econômicas de Minas Gerais. No primeiro andar
está presente o Museu das Minas, e no segundo andar o Museu da Metalurgia. As minas são
apresentadas através de personagens fictícios ou personagens históricos que fizeram parte da
historia de Minas Gerais, como o Imperador Dom Pedro II, o Barão de Eschwege, Dona Beja,
Xica da Silva; entre outros.
O prédio foi tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de
Minas Gerais e foi inaugurado no ano de 1897, juntamente com a capital. Outra curiosidade é
que o prédio abriga um dos primeiros elevadores da capital, desde 1926, e ainda está em pleno
funcionamento (CIRCUITOCULTURALLIBERDADE, 2013).
O setor Educativo do Museu das Minas e do Metal oferece visitas monitoradas a
grupos escolares e a outros grupos, porém essas visitas são realizadas somente com
agendamento prévio. Essas visitas têm duração media de três horas e são divididas em três
etapas: acolhimento, visita a exposição e fechamento. A visitação desses grupos ocorre
somente de terça a sexta, nos turnos da manha e tarde, de 08h00min às 11h30min e 13h30min
às 16h30min, respectivamente. É permitida a visita de grupos de no máximo 40 alunos
(AGENDAMENTO DE GRUPOS, 2013).
Para as pessoas com mobilidades reduzidas, o prédio possui banheiros, elevadores,
acessos e estacionamento exclusivos (ACESSIBILIDADE, 2013).
6-Inclusão no Museu das Minas e do Metal de Belo Horizonte

Foram realizadas visitas ao MMM nos dias 20 e 27 de outubro de 2013 das 14h às
16h. E nos dias 13 e 20 de Abril de 2014. Foram analisadas as instalações físicas,
acessibilidade para pessoas com deficiência, assim como a utilização de recursos adaptados
para os mesmos. Também foram realizadas entrevistas com monitores e a coordenadora do
Educativo do Museu.
O MMM possui um setor exclusivo pela parte pedagógica do Museu, que é o
Educativo. Esse setor é responsável pelas visitas realizadas por colégios ou outros grupos
interessados em visitar o MMM.
De acordo com o Educativo do MMM, existem visitas que podem ser agendadas para
grupos de pessoas que apresentem alguma deficiência ou não. Quando esse grupo apresentar
uma ou mais pessoas com deficiência visual, ela é planejada de acordo a facilitar a interação
com o Museu. Nesses casos são priorizadas as visitas às obras que poss uem algum tipo de
áudio, e também são utilizadas algumas maquetes que normalmente ficam guardadas.
Algumas peças também são retiradas de seus expositores. Outra forma interessante de
interação com essas pessoas são algumas peças que apresentam alguma textura, cheiro, forma
e até paladar, que são usadas apenas nesse tipo de visitação. Segundo os monitores, visitas
com a presença de pessoas com deficiência visual são muito difíceis de ocorrer, pelo fato em
que as pessoas quando visitam o museu, acreditam que não existe nenhuma adaptação que
possa ser realizada para essas pessoas. Segundo o Educativo de MMM existe um projeto para
a criação das descrições das obras em Braille, mas que ainda não foi dado início à sua
concretização.
Em relação à acessibilidade, o MMM possui banheiros adaptados, elevadores, rampas
e cadeiras de rodas para pessoas com deficiência, mas algumas obras dificultam o acesso
dessas pessoas. Em relação às pessoas com deficiência auditiva, o MMM apresenta poucas
adaptações. Pessoas com de deficiência visual tem dificuldade em se locomover sozinhos pelo
ambiente, pois o Museu não apresenta nenhum tipo de orientação em Braille, nem maquetes
indicativas para essas pessoas poderem tocar. Entretanto, algumas salas do MMM possuem
áudios ou maquetes que podem fazer a interação dessas pessoas com deficiência visual e o
MMM, como veremos a seguir.
Cada ambiente do MMM apresenta características especificas em relação à adaptação
para deficientes físicos, visuais e auditivos. O primeiro andar abriga o Museu das Minas e o
segundo andar o Museu do Metal. O terceiro andar só é aberto ao público em eventos
especiais. Em cada sala do MMM encontram-se monitores disponíveis para solucionar
eventuais dúvidas. Abaixo são apresentados estes ambientes e no final um quadro que
compara os ambientes quanto à adaptação para pessoas com deficiência.

Chão de Estrelas
Em uma sala grande foram espalhadas várias lunetas, todas voltadas para o chão. Onde
sob uma superfície de vidro, o visitante pode observar a lgumas das riquezas minerais que
compõem o nosso subsolo, ampliadas pelas lunetas. Essa é uma obra que não está adaptada
para pessoas com deficiência física, visual ou auditiva. Não há espaço para o deficiente físico
se locomover, não possui áudio para o deficiente visual. Seria interessante que alguns
minerais pudessem ser tocados para que o deficiente visual pudesse sentir os metais. E
também seria interessante que entre uma luneta e outra o espaço fosse maior, assim o
deficiente físico também poderia interagir.

Miragens
Em uma sala grande estão armazenados nove minerais. Cada mineral fica armazenado
dentro de uma espécie de armário, com uma tampa de vidro. O nome da obra ‘’Miragens’’
quer dizer: ilusões óticas causadas pela refração dos raios de luz. Quando o visitante se
aproxima do mineral, a impressão que se tem é que o mineral está do lado de fora do armário,
ao alcance das nossas mãos. Enquanto o visitante visita essa sala, versos de “O romanceiro da
inconfidência” são narrados pela voz da Fernanda Takai, narrando um pouco da história do
Brasil que começa com a colonização do país, e vai até a inconfidência. Essa é uma obra
muito interessante, devido essa ilusão ótica, porém é uma obra que não possui adaptação para
o deficiente visual. Seria interessante que alguns desses minerais pudessem ficar expostos
para os deficientes visuais poderem tocar e sentir a forma desses minerais, mas ainda assim
eles não poderiam sentir a mesma sensação, então seria interessante o uso do audioguia (é um
composto com informações sobre o trajeto, descrição das salas, e suas obras).

Descomissionamento
Descomissionamento significa fechamento de uma mina. A sala do
Descomissionamento é uma sala grande, onde foi montada uma maquete, simulando o ciclo
de vida da mina Águas Claras próximo a Belo Horizonte. O que existia na região antes do
inicio das operações da mina, como se dá a exploração e como acontece a recuperação da
área, quando a mina é desativada. O visitante pode tocar essa maquete, porém não dá para se
ter muito uma idéia apenas com o toque. O único áudio que possui é de um barulho bem
baixo, simulando o barulho de máquinas dentro de uma mina. Seria interessante um áudio
descrição narrando um pouco sobre o que acontece dentro de uma mina e também alguns sons
sobre essas minas poderiam ser reproduzidos, assim ficaria mais fácil para o deficiente visual
interagir.

O Bebê Brasileiro
A obra O Bebê Brasileiro, fica localizada na mesma sala do Descomissionamento.
Essa obra mostra a estimativa da quantidade de metais e outras substâncias consumidas por
um brasileiro ao longo de sua vida. Em um painel, a imagem de um bebê é exibida,
juntamente com a quantidade de minerais que um ser humano consome ao longo da vida.
Essa obra possui um vídeo, juntamente com uma legenda, mas não possui nenhum áudio,
então seria interessante que um áudio fosse narrando essa estimativa, para que o deficiente
visual pudesse interagir com a obra.

Sala Djalma Guimarães


A sala Djalma Guimarães é em homenagem ao Professor Djalma Guimarães,
pesquisador consagrado das geociências e um dos pioneiros da geoquímica no Brasil. Dentro
de uma sala pequena, um telão narra a história do Djalma Guimarães, por meio de um áudio e
um vídeo com legenda. Essa é uma das poucas obras em que possui adaptação para o
deficiente físico, visual e auditivo.

Sala Eliezer Batista


Essa sala é em homenagem a Eliezer Batista, mineiro de Nova Era, duas vezes
ministro do Estado, ex presidente da Companhia Vale do Rio Doce. Eliezer Batista foi
fundamental para o desenvolvimento da mineração no país. Dentro de uma pequena sala, uma
televisão exibe a história do Eliezer Batista. Essa obra possui adaptação para o deficiente
visual, pois possui um áudio, porém o vídeo não possui legenda. Então seria necessária uma
legenda para a vivência do deficiente auditivo.

Sala das Minas


A sala das Minas é dividida em três grandes salas, onde a história das Minas e as
particularidades de seus minérios ganham vida por meio de personagens históricos e fictícios.
As instalações apresentam fatos conhecidos e curiosidades sobre importantes minas situadas
nas Minas Gerais.
Zinco: em um grande telão, um personagem fictício narra a historia do elemento
Zinco. Essa obra possui um áudio e um vídeo, porém apenas isso não garante a acessibilidade
para os deficientes visuais e auditivos. Seria interessante o uso de um filme com interpretação
em Libras, assim o deficiente auditivo poderia participar e se interagir. E para o deficiente
visual seria interessante o uso de um audioguia. O interessante é que esse painel é feito em
Zinco e o visitante pode tocar na tela.
Ouro: dentro de uma pequena sala, possui uma espécie de “cabine”. O espaço
comporta seis visitantes ou um cadeirante. Quando os visitantes entram nessa cabine a porta é
fechada por um monitor, então é simulada uma descida a uma mina de ouro. Dentro dessa
cabine Dom Pedro II narra a história dessa mina, enquanto imagens são projetadas nas
paredes da cabine. Mas para uma interação com o deficiente auditivo seria necessária uma
legenda ou libras.
Gemas: essa obra consiste em um grande telão fixado na parede. Onde o visitante ao
tocar na tela, imagens sobre a lapidação de uma gema são exibidas. Essa é uma obra que não
possui áudio, portanto não ocorre uma interação com o deficiente visual, então seria
interessante a inclusão de um áudio.
Diamante: no centro de uma sala grande, sob uma mesa, estão quatro “vitrolas”.
Quando cada vitrola é aberta um vídeo com legenda e um áudio narram a historia de Xica da
silva e os Diamantes em Minas Gerais. Essa também é uma das poucas obras adaptadas para
os deficientes físicos, auditivos e visuais.
Nióbio: em um canto de uma sala grande, sob uma mesa, estão três televisões
pequenas. Nos três televisores são narradas a história do Nióbio, por meio de um vídeo com
legenda. Mas para que o deficiente visual possa interagir com a obra seria necessário o uso do
áudio.
Calcário: a obra do calcário consiste em uma mesa grande, com dois televisores
pequenos. Quando o visitante se aproxima da tela, Fernão Dias começa a narrar a historia do
elemento calcário. Essa obra possui um áudio e um vídeo, mas sem legenda. Então para que o
deficiente auditivo se interagisse, seria necessário o uso de uma legenda, juntamente com o
vídeo. Uma idéia muito interessante seria se Fernão Dias narrasse por meio de libras.
Grafita: essa obra consiste em um jogo de perguntas. Um boneco faz as perguntas
através de um vídeo com legenda e um áudio, e o visitante têm que acertar. Então o boneco
passa para aproxima pergunta. Essa também é uma das poucas obras adaptadas para o
deficiente físico, visual e auditivo.

Inventário Mineral
A exposição Inventário Mineral faz parte do acervo do Museu de Mineralogia do
Professor Djalma Guimarães e das recentes aquisições feitas pelo MMM. Em um corredor
grande ficam armazenados alguns minerais. Cada mineral é separado em uma vitrine, fechado
por um vidro. E em frente a cada mineral está uma descrição sobre aquele mineral. Não
possui adaptações para o deficiente visual, então seria interessante que esses minerais
pudessem ficar expostos, para que o visitante pudesse tocar e sentir as formas do mineral,
juntamente com o uso do Braille, dessa forma o deficiente visual poderia se interagir e
conhecer um pouco desses minerais. Recentemente dois minerais foram abertos: o meteorito e
o quartzo.
Em dias de visita agendada para pessoas com deficiência visual, alguns desses minerais são
retirados dessas vitrines e o visitante pode sentir a forma, o cheiro e até o gosto desses
minerais.

Língua Afiada
A obra língua afiada consiste de duas grandes esculturas, que ficam localizadas no meio
de um corredor. O visitante pode tocar nas esculturas. Mas não possui vídeo nem áudio. Seria
interessante algum tipo de descrição sobre essa obra, principalmente em Braille, para que o
deficiente visual ou com baixa visão possa ter uma noção dessa obra. A impressão que se tem
é que ela fica meio perdida.

Janelas para o Mundo


Em um grande corredor, doze televisões estão espalhadas, onde em cada uma delas,
um vídeo com legenda é exibido. Esses vídeos mostram a relação dos metais com o nosso dia
a dia. Essa é uma obra muito interessante, mas para que o deficiente visual possa interagir,
seria necessário um áudio narrando essa relação ou por meio do uso do Braille.

Tabela Periódica
No século XIX, Dimitri Mendeleev, um químico, formulou a tabela em que são
organizados, em um sistema coerente e válido em sua essência os elementos químicos. Em
uma grande sala, grandes tubos suspensos pelo teto, exibem imagens de elementos químicos
no chão. E, em uma tela fixada na parede, a história da tabela periódica é narrada através de
um áudio e um vídeo sem legenda. Seria interessante o uso da legenda e tradução em Libras
para a interação do deficiente auditivo. E é uma obra que não possui acesso para o deficiente
físico, pois o espaço entre um tubo e outro é muito pequeno. Seria necessária uma grande
reforma nesse local, para a inclusão desse deficiente.

Vale o Quanto Pesa


Uma grande estrutura foi montada no centro de uma sala. Em frente a um grande telão,
está uma balança, onde o visitante ao subir nessa balança, é calculado e exibido nesse telão a
quantidade de metais presentes no nosso corpo. Por possuir apenas um vídeo com legenda, ele
possui adaptação apenas para o deficiente auditivo. Então seria necessário o uso do áudio para
ocorrer a interação com o deficiente visual também.

Mesa dos Átomos


A mesa dos átomos lembra uma mesa de jogo de fliperama. Esse é um jogo onde é
mostrado o resultado das misturas dos átomos. O visitante toca na tela e escolhe um átomo e
logo depois ele escolhe outro átomo, então nessa tela é exibido o resultado dessa mistura,
através de um vídeo com legenda, mas não apresenta audio. Então o deficiente visual não
pode interagir com esse jogo.
Quadro 1 - Representação da comparação entre os ambientes e à adaptação para
pessoas com deficiência.
Adaptação Adaptação Adaptação
para para para
deficientes deficientes deficientes
físicos auditivos visuais
Chão de estrelas Não Sim Não
Miragens Sim Sim Não
Descomissionamento Sim Parcialmente Não
O Bebê Brasileiro Sim Parcialmente Não
Sala Djalma Guimarães Sim Sim Sim
Sala Eliézer Batista Sim Não Parcialmente
Inventário Mineral Sim Sim Não
Língua Afiada Sim Sim Não
Janelas para o mundo Sim Parcialmente Não
Tabela Periódica Não Não Não
Vale o quanto pesa Sim Sim Não
Mesa dos átomos Sim Sim Não
Sala das Minas:Zinco Sim Parcialmente Parcialmente
Sala das Minas: Gemas Sim Sim Não
Sala das Minas:Diamante Sim Parcialmente Sim
Sala das Minas: Nióbio Sim Parcialmente Não
Sala das Minas:Calcário Sim Não Parcialmente
Sala das Minas:Grafita Sim Sim Sim
Sala das Minas:Ouro Sim Não Parcialmente

7-Discussão

Como podemos observar serão necessárias algumas mudanças quanto à adaptação para
os deficientes físicos, auditivos, visuais e mentais.
Uma política interessante que poderia ser adotada seria a política publica de inclusão
cultural, que acontece na França (SARRAF, 2008), onde as pessoas com deficiência visual
possuem uma licença para tocar em todas as obras de arte e monumentos históricos
tridimensionais instalados em locais públicos. Assim os deficientes visuais poderiam ter
acesso as obras do Inventário Mineral e Miragens.
Segundo Sarraf, o Museu Tate Modern, desenvolve estratégias de mediação para
pessoas com deficiências visuais e auditivas, privilegiando a autonomia dos visitantes. Por
exemplo, para as pessoas com deficiência auditiva, além de guias digitais disponíveis em
palmtops com vídeos em língua de sinais, o museu oferece um curso de arte em línguas de
sinais, com o objetivo de formar educadores que possam atuar como tutores surdos da
coleção. Essa estratégia seria muito bem adaptada nas obras Sala Eliezer Batista, Tabela
Periódica e Sala das Minas.

8-Conclusão

Algumas mudanças precisam ser feitas para que o Museu das Minas e do Metal possa
receber e atender as necessidades dos deficientes físicos, visuais, auditivos e mentais.
Algumas obras precisam adequar o espaço físico para que o deficiente físico possa
participar da visita, bem como seria interessante o Museu disponibilizar cadeiras de rodas
para esses visitantes. Mas na maior parte do museu esses deficientes possuem uma boa
acessibilidade.
Para os deficientes auditivos algumas mudanças também precisam ser feitas. Uma
sugestão muito interessante seria visitas guiadas por um educador habilitado na língua
brasileira de sinais (LIBRAS). O Museu de arte localizado em São Paulo conta com outro
recurso muito interessante, que é uso de videoguia, onde uma intérprete explica as obras em
libras (Língua Brasileira de Sinais).
Já para os deficientes visuais seria necessária uma mudança maior, pois o museu se
comunica basicamente por meio de recursos visuais. Primeiramente se riam necessárias
descrições em Braille em todo o museu, desde a sua entrada até na visitação as suas
dependências, bem como maquetes táteis e imagens em relevo. Outro recurso interessante
seria o uso de audioguia, onde permite que pessoas cegas ou com baixa visão realizem uma
visita autônoma ao espaço expositivo do Museu. O audioguia é um composto com
informações sobre o trajeto, descrição das salas, e suas obras.
A acessibilidade é um elemento essencial para a inclusão social, então não pode deixar
de estar presente em todos os ambientes internos e externos, para que qualquer pessoa possa
transitar inclusive, pessoas com algum tipo de deficiência. Promover acessibilidade é um
gesto de cidadania, é proporcionar a utilização de maneira autônoma e segura do ambiente a
um maior número de pessoas com deficiência. Mas como podemos observar, ainda não existe
uma real preocupação com a garantia do acesso dos deficientes físicos, auditivos e visuais no
Museu das Minas e do Metal em Belo Horizonte. As iniciativas que encontramos ainda são
muito insuficientes para a promoção da acessibilidade dessas pessoas. O Museu precisa passar
por uma mudança muito grande, para poder atender esse publico. Mudanças físicas,
capacitação dos profissionais que trabalham com o publico, aquisição de materiais novos e
adaptados para atender os deficientes físicos, auditivos e visuais é apenas o começo para que
o Museu possa se tornar um lugar acolhedor para esses deficientes.

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