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Labeditorial,+7663 Texto+do+artigo 24666 1 10 20180303
Labeditorial,+7663 Texto+do+artigo 24666 1 10 20180303
Giseli Sikora 1
Antonio Augusto Venetzi Pacheco2
Gislaine Cristina Vagetti3
Valdomiro de Oliveira4
Resumo
A prática dos jogos cooperativos proporciona aos participantes um ambiente de
múltiplas possibilidades e constitui-se como um recurso propício à educação
inclusiva. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo, de cunho bibliográfico e
documental, é refletir acerca do potencial contributivo dos jogos cooperativos,
diante da proposta de inclusão escolar, tendo como base a teoria da Epistemo-
logia Genética. Os jogos cooperativos apresentam elementos que são consonan-
tes com a teoria de Jean Piaget e que contribuem para processo de inclusão e
socialização de alunos com necessidades educativas especiais, atreladas ou não
à deficiência, em âmbito escolar regular. No primeiro momento, são abordados
os aspectos relativos à definição e estrutura dos jogos cooperativos; em seguida,
discorre-se sobre a visão piagetiana acerca do conceito de cooperação; por últi-
mo, são elencadas, com base nos pressupostos de Piaget, as possíveis contribui-
ções dos jogos cooperativos para a educação inclusiva. Os resultados do estudo
mostram que os princípios dos jogos cooperativos buscam o vivenciar de expe-
riências interativas e favorecem o desenvolvimento dos aspectos cognitivos,
motores, sociais e afetivos dos participantes. Outrossim, a aproximação desses
princípios com os contributos teóricos de Piaget, reforça ainda mais a necessi-
1 Doutoranda e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Paraná, linha Cognição, Aprendizagem
e Desenvolvimento Humano. Licenciada em Educação Física pela Universidade Tuiuti do Paraná. Parti-
cipa do Centro de Pesquisa em Educação e Pedagogia do Esporte (CEPEPE/UFPR). E-mail:
gi.mclima@yahoo.com.br
2 Mestrando em Educação pela Universidade Federal do Paraná, linha Cognição, Aprendizagem e Desen-
Saúde. Mestrado em Ciências da Saúde, linha Saúde do Homem, pela Universidade Estadual de Marin-
gá. Líder do Grupo de Pesquisa em Envelhecimento Humano (GPEH/UFPR). E-mail: gislainevaget-
ti@hotmail.com
4 Doutor e Mestre em Ciências do Desporto pela UNICAMP. Estágio Pós Doutoral em Ciências do Despor-
to, Moscou - Rússia. Professor dos Programas de Pós-graduação em Educação Física e Educação da
UFPR. Líder do Centro de Pesquisa em Educação e Pedagogia do Esporte (CEPEPE/UFPR). E-mail: oli-
veirav457@gmail.com
Volume 9 Número 2 – Ago-Dez/2017 - https://doi.org/10.36311/1984-1655.2017.v9n2.05.p89 89
www.marilia.unesp.br/scheme
ISSN: 1984-1655
Abstract
Introdução
O jogo cooperativo
pação de ambos não é possível atingir o objetivo comum. Essa participação re-
quer a ação dos envolvidos, seja para auxiliar ou para ser auxiliado. O auxílio é
entendido como mediação, por meio da qual a ação e a conduta do sujeito ocor-
rem no e pelo contexto. Esse princípio mediador é condizente com a Epistemo-
logia Genética e com o processo de inclusão, ao desencadear ações e condutas
dos envolvidos.
Piaget e a cooperação
vos. Assim, o sucesso passa a ser partilhado por todos do grupo, potencializan-
do os aspectos positivos da cooperação, tornando possível a participação, pro-
veniente da motivação e a externalização de sentimentos e emoções, de forma
prazerosa.
Considerações finais
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