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5.

Os ídolos e noções falsas que ora ocupam o intelecto humano e nele


se acham implantados não somente o obstruem a ponto de ser difícil o
acesso da verdade, como, mesmo depois de superados, poderão
ressurgir como obstáculo à própria instauração das ciências, a não ser
que os homens, já precavidos contra eles, se cuidem o mais que
possam. O homem se inclina a ter por verdade o que prefere. Em vista
disso, rejeita as dificuldades, levado pela impaciência da investigação;
rejeita os princípios da natureza, em favor da superstição; rejeita a luz
da experiência, em favor da arrogância e do orgulho, evitando parecer
se ocupar de coisas vis e efêmeras; rejeita paradoxos, por respeito a
opiniões vulgares. O pensamento de Bacon preconiza um pensamento
científico racional afastado de paixões e preconceitos.
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6. “Há já algum tempo dei-me conta de que, desde meus primeiros
anos, recebera muitas falsas opiniões por verdadeiras e de que
aquilo que depois eu fundei sobre princípios tão mal assegurados
devia ser apenas muito duvidoso e incerto; de modo que era
preciso tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de
todas as opiniões que recebera até então em minha crença e
começar tudo novamente desde os fundamentos, se eu quisesse
estabelecer alguma coisa de firme e de constante nas ciências”.
(René Descartes)
Ao investigar uma base firme e indestrutível para o conhecimento,
Descartes inicia rejeitando suas antigas opiniões e utiliza o método
da dúvida até encontrar algo de firme e certo.
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7. Em sua busca pelo saber verdadeiro, Descartes considera o
conhecimento, de modo crítico, como resultado da
• autonomia do sujeito pensante.
Para ele, a existência é a evidência revelada ao ser humano pelo
ato próprio de pensar.

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8. Um estudante decidiu testar os resultados da falta de
determinada vitamina na alimentação de um grupo de ratos.
Colocou então cinco ratos em uma gaiola e retirou de sua dieta os
alimentos ricos na vitamina em questão. Após alguns dias, os pelos
dos ratos começaram a cair. Concluiu então que esta vitamina
desempenha algum papel no crescimento e na manutenção dos
pelos. A EXPERIÊNCIA FOI REALIZADA CORRETAMENTE? POR QUE?

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RESPOSTA DA QUESTÃO 08:
A experiência não foi realizada corretamente porque o estudante
não usou um grupo de controle.
GRUPOS EXPERIMENTAIS
• CONTROLE: grupo de indivíduos que serão mantidos na mesma
condição que os outros, porém sem receber qualquer tipo de
tratamento.
• PLACEBO: grupo de indivíduos que serão mantidos na mesma
condição que os outros, e receberão apenas veículo (por
exemplo: solução salina, ruído, cápsulas vazias, etc)

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9. O positivismo é uma corrente teórica inspirada
no ideal de progresso contínuo da humanidade. O pensamento positivista
postula a existência de uma marcha contínua e progressiva e que a
humanidade tende a progredir constantemente. O progresso, que é uma
constatação histórica, deve ser sempre reforçado, de acordo com o
que Auguste Comte, criador do positivismo, chamou de Ciências Positivas. O
positivismo teve grande número de seguidores e exerceu enorme influência
no pensamento do século XIX e do início do século XX. Seu princípio básico,
denominado por Comte “lei dos três estados”, afirma que a humanidade
passou por três estágios de evolução em sua relação com o mundo.
No Estado Teológico o ser humano explica os fenômenos da natureza como
resultado de forças divinas e sobrenaturais.

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10. Os desafios contemporâneos para a ciência e o conhecimento vêm sendo
analisados sob várias perspectivas. Uma delas é a do filósofo francês Bruno
Latour, que faz uma dura crítica ao afirmar que a modernidade, da qual o
Ocidente tanto se orgulha, nunca deixou de ser apenas um projeto, isto é, nunca
se realizou de fato. Segundo ele, o projeto da modernidade era o de separar
radicalmente a natureza da cultura e a ciência da política. Em outras palavras,
esse projeto pretendia separar o científico, racional e demonstrável segundo leis
naturais, do social. Caberia aos cientistas conhecer, compreender e gerir a
natureza, ficando sob a responsabilidade dos políticos a gestão da sociedade.
Para Bruno Latour, como não é possível separar o “humano” do “não humano”,
o conhecimento não pode ser classificado como apenas social ou apenas
científico. Para ele, os conhecimentos são HÍBRIDOS.

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