O texto descreve a visita de uma pessoa a um hotel antigo e assombrado. Ao entrar no hotel, a pessoa sente medo irracional de fantasmas devido ao aspecto antigo do local. Durante a visita, a pessoa conversa com um idoso que revela ter sido abandonado pelos filhos em um quarto do hotel, privado de dignidade no fim da vida. A conversa leva a pessoa a perceber que os maiores monstros são os seres humanos, não fantasmas.
Descrição original:
Aula de Comunicação em prosa moderna - Produção de Crônica
O texto descreve a visita de uma pessoa a um hotel antigo e assombrado. Ao entrar no hotel, a pessoa sente medo irracional de fantasmas devido ao aspecto antigo do local. Durante a visita, a pessoa conversa com um idoso que revela ter sido abandonado pelos filhos em um quarto do hotel, privado de dignidade no fim da vida. A conversa leva a pessoa a perceber que os maiores monstros são os seres humanos, não fantasmas.
O texto descreve a visita de uma pessoa a um hotel antigo e assombrado. Ao entrar no hotel, a pessoa sente medo irracional de fantasmas devido ao aspecto antigo do local. Durante a visita, a pessoa conversa com um idoso que revela ter sido abandonado pelos filhos em um quarto do hotel, privado de dignidade no fim da vida. A conversa leva a pessoa a perceber que os maiores monstros são os seres humanos, não fantasmas.
Curso: Psicologia Disciplina: Comunicação em prosa moderna Discentes: Letícia Souza dos Santos Yasmim Sampaio de Freitas
O Hotel Mal Assombrado
Nunca um lugar como aquele hotel me chamou tanta atenção em minhas
rotineiras visitações do trabalho. Sempre fui muito medrosa e, logo quando entrei, senti aquele costumeiro medo irracional de fantasmas e outras assombrações. Percebi de imediato o carpete antigo, elevadores rangendo e as escadas intermináveis. Paredes com detalhes em madeira entalhada, espelhos grandes com moldura de ouro. Em décadas passadas, o local representava o auge da riqueza amazonense. Hoje, nos corredores infindáveis, há sombras que revelariam o meu pior medo. Cada porta esconde uma história e vivência diferentes. Porém, a porta 219 possui algo especial, um vislumbre do futuro. Um senhor, por volta dos setenta anos, deitado em sua rede. O cômodo atravessado pela luz solar refletia os detalhes da idade, cabelos brancos e finos, a pele envelhecida, com rugas e marcas de anos de história, na boca, um sorriso amigável, no entanto, os olhos transmitiam gritos de ajuda. - Há quanto tempo mora nesse local? - Perguntei gentilmente. - Não o bastante, já morei em vários lugares, mas resolveram me jogar aqui. - Respondeu o senhor. Ali não era casa, não era lugar de passagem, naquele momento era um depósito, onde uma vida foi deixada tal qual um objeto obsoleto, sem serventia. Ao perguntar o porquê, apenas uma palavra: - Filhos. O senhor em questão passou sua vida construindo um patrimônio milionário, que lhe permitisse um fim de vida confortável. A ganância e a ingratidão dos filhos lhe tiraram posses, e acima de tudo, a dignidade de uma boa morte. Tal como o hotel, que em tempos de outrora, era frequentado por celebridades e presidentes e hoje em dia histórias como a dele assombram o local. Depois da visita, sai aterrorizada. Não vi nenhum fantasma ou assombração, mas percebi com o relato fatídico do senhor que o medo do hotel não deveria ser do irracional que eu sempre senti, mas sim da reflexão de que os verdadeiros monstros são os próprios seres humanos.