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Introdução a redes Cisco

Guia de Configuração

Como instalar e configurar roteadores e switches Cisco


Primeira Edição
Maio/2006

Por: Flávio Eduardo de Andrade Gonçalves


flaviogoncalves@msn.com
LICENCIAMENTO

Basicamente você pode usar e copiar desde que não faça uso comercial, não altere e reconheça a autoria.
Para ver um texto mais preciso sobre a licença veja o parágrafo seguinte.
Este trabalho é licenciado sobre a licença “Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivs 2.5 Brazil”. Para
ver uma cópia desta licença visite: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/br/deed.pt ou envie
uma carta para Creative Commons, 543 Howard Street, 5th Floor, San Francisco, California, 94105, USA.
Você também pode ver a licença traduzida no final do eBook. .

PREFÁCIO
Este eBook foi criado a partir de um material de treinamento que foi ministrado para al gumas grandes
companhias do país. Consumiu dezenas senão centenas de horas de trabalho. Os cursos Cisco em grande
parte migraram para o Cisco Networking Academy o que fez com que acabássemos usando cada vez
menos este material. Quando surgiu o sistema Creative Commons Licence, me interessei em disponibilizar
gratuitamente, pois pode interessar a inúmeros leitores e me permite reter os direitos autorais. O curso
abrange os principais tópicos de introdução à configuração de switches e roteadores Cisco.

AUTOR
O autor, Flávio Eduardo de Andrade Gonçalves é nascido em janeiro de 1966 na cidade de Poços de
Caldas – MG, formou-se pela Universidade Federal de Santa Catarina como engenheiro mecânico em
1989. Foi um dos primeiros CNEs (certified Novell Engineers) do país em 1992 tendo passado por mais de
quarenta testes de certificação tendo sido certificado como Novell (MasterCNE e Master, CNI)
Microsoft(MCSE e MCT), Cisco (CCNP, CCDP CCSP). Atualmente é diretor presidente da V.Office
Networks onde tem trabalhado principalmente com implantação de VPNs, telefonia IP, gestão de tráfego e
gerenciamento de redes. Recebeu os seguintes prêmios Novell Best Project 1997, Destaque em Informática
e Telecomunicações, Sucesu-SC 2003.

A V.Office fundada em 1996 atua em soluções de redes e telecomunicações. No seu site


www.voffice.com.br você poderá encontrar mais detalhes sobre a empresa.

Informações de contato
e-mail: flaviogoncalves@msn.com
ÍNDICE
1 - REVISÃO DO MODELO OSI

1.1 Introdução

1.2 Conceitos e terminologia

Serviços de Conexão

1.3 Categorias Funcionais das Camadas

1.4 Visão Geral do Modelo OSI

Camada Física

Camada Data Link ou Enlace de Dados

Camada Rede

Tópicos da Camada de Rede

Camada Transporte

Camada Sessão

Camada Apresentação

Camada Aplicação

1.5 Exercícios de Revisão

Lab 1.1 (Opcional):

2 - OPERAÇÃO BÁSICA DO ROTEADOR CISCO

2 .1 Objetivos

Interface do usuário do roteador

2 .2 Conectando à um roteador Cisco

2.3 Iniciando o roteador

Modo de Setup

LAB 2.1 – Configuração do Roteador

Logando no roteador

Prompts da interface de linha de comando do IOS

Subinterfaces

Comandos de configuração das Linhas


Comandos de configuração do protocolo de roteamento

2.4 Configuração das senhas do roteador

Encriptando a senha

2.5 Navegando pela interface do usuário

2.6 Utilizando a documentação On-Line ou em CD da Cisco

2.7 Banners

2.8 Levantando e desativando uma interface

Configurando o hostname

Descrições

2.9 Vendo e salvando as configurações

Running-Config

Startup-Config

Exercícios de Revisão

Laboratórios Práticos

Lab 2.2 Logando no Roteador e Obtendo Help

Lab 2.3 Salvando a configuração do Roteador

Lab 2.4 Configurando as senhas

Lab 2.5 Configurando o Hostname, Descrições e Endereço do Host

3 - CONFIGURAÇÃO E GERENCIAMENTO

3.1 Objetivos

3.2 Cisco Discovery Protocol

Vendo detalhes dos outros equipamentos

Verificando o tráfego gerado com o CDP

Sumário das características do CDP

3.3 Comandos de Resolução de Problemas na Rede

Telnet

Dica 1 – Se você sabe o nome do host, mas não sabe o endereço IP

Dica 2 – Se você está usando uma rede com filtros e não consegue fazer o Telnet pois ele pega o endereço da interface serial que está filtrada
e não o da Ethernet que está liberada, você pode escolher de que interface você quer partir o telnet.

Dica 3 – Se livrando do Translating .....

Dica 4 – Abrindo e fechando múltiplas sessões


3.4 Sumário do Telnet

3.5 Ping

Ping Normal

Ping Extendido

Traceroute

Traceroute Estendido

3.6 Gerenciamento do Roteador

Seqüência de Startup

O comando BOOT

3.7 Configurações de Inicialização e de Execução (Startup e Running)

Usando um servidor TFTP

Salvando a configuração de um roteador para um servidor TFTP

Restaurando uma configuração de um roteador de um servidor TFTP

Salvando o IOS para um servidor TFTP

Restaurando o IOS ou fazendo um Upgrade

Exercícios de Revisão

LAB 3.1 Recuperando a senha perdida de um roteador

LAB 3.2 Backup e Restore do IOS e da Configuração

4 - LAN DESIGN

4.1 Introdução

4.2 Objetivos

4.3 Conceitos de LAN

Operação em Full-Duplex e Half-Duplex

4.4 Endereçamento de LANs

4.5 Quadros de uma rede LAN (Framing)

Campo tipo de protocolo nos cabeçalhos de LAN.

4.6 Recursos e benefícios do Fast Ethernet e Gigabit Ethernet

Recomendações e limitações de distância do Fast Ethernet

4.7 Gigabit Ethernet

Especificações do Gigabit Ethernet em Fibra (Cisco)


Gigabit Ethernet em par trançado

4.8 Conceitos de Bridging e Switching e Spanning Tree

Transparent Bridging

Características do comportamento de uma bridge transparente:

4.9 Switching

Exemplo de Sw itching:

Exemplo de Domínio de Colisão:

Exemplo de Domínio de Broadcast:

4.10 Segmentação de redes

4.11 Problemas de congestionamento em redes locais

4.12 Exercícios Teóricos:

LAB 4.1 Segmentação de redes

Lab 4.2 Segmentação de Redes

5 - SWITCHS CISCO

5-1 Introdução

5-2 Objetivos

5-3 Modelo Hierárquico da CISCO

Camada do Núcleo (Core Layer)

A Camada de Distribuição (Distribution Layer)

A Camada de Acesso (Access Layer)

Métodos de Switching

5.4 Dificuldades enfrentadas em redes com Switches

Broadcast Storms

Múltiplas cópias de um Frame

5.5 O Protocolo Spanning-Tree (STP)

Como Opera o Spanning-Tree

Selecionando a Ponte Raiz (Root Bridge)

Selecionando a Designated Port

Estado das Portas

5.6 Convergência
STP-Timers

Exemplo do protocolo STP

5.7 Exercícios Téoricos

5.8 Exercício Prático:

6 - VLANS

6.1 Objetivos

6.2 Introdução - O que é uma Virtual LAN

Controle de Broadcast

Segurança

Flexibilidade e Escalabilidade

6.3 Membros de uma VLAN

Transparência das VLANs

Técnicas para se colocar membros em uma VLAN

VLANs Estáticas

VLANs Dinâmicas

6.4 Identificando VLANs

Access links

Trunk links

Frame Tagging

Métodos de Identificação de VLAN

Configurando as VLANS

6.5 Trunking

Configurando o Trunking

VLAN Trunking Protocol

Criando um domínio VTP

Modos do VTP

Como o VTP funciona

VTP Pruning

6.6 Roteamento entre VLANs

6.7 Exercícios de Revisão


7 – CONFIGURANDO UM CATALYST 1900

7.1 Introdução

7.2 Características do Catalyst 1900

7.3 Comandos do IOS

Configurando Senhas

Configurando Hostname

7.4 Configurando Informações IP

7.5 - Configurando as Interfaces no Switch

7.6 Configurando o Modo de Operação de uma Porta

7.7 Verificando a Conectividade IP

Apagando as Configurações do Switch

7.8 Configurando a Tabela de Endereços MAC

7.9 Gerenciando a Tabela de Endereços MAC

7.10 Configurando Segurança na Porta

7.11 Mostrando as Informações Básicas do Switch

7.12 Modificando o Método de Switching

7.13 Configurando VLANs

7.14 Criando VLANs

7.15 Visualizando VLANs

7.16 Associando uma porta a VLAN

7.17 Configurando Trunk Ports

Limpando uma VLAN de Trunks Links

Verificando Trunk Links

7.18 Configurando VTP(VLAN Trunking Protocol)

VTP Pruning

7.19 Backup e Restore do Switch

7.20 Exercícios Teóricos

Laboratório 7.1 Configuração básica do TCP/IP no Switch

Laboratório 7.2 Configurando uma porta do Switch para Half-Duplex para acomodar um HUB.

Laboratório 7.3 Criando VLANs


Laboratório 7.4 Exportando às VLANs com VTP.

Laboratório 7.5 Para que as VLANS de um Switch possam se comunicar com outro Switch não basta o VTP
habilitado. É preciso criar os TRUNKS entre os Switches. Vamos fazê-lo agora.

Laboratório 7.6 Agora que o Trunk e o VTP estão configurados, configure as VLANs no switch 1900B.

Lab 7.7 Colocando o roteador para rotear as VLANs

8 - VISÃO GERAL DOS ROTEADORES CISCO

8.1 O que é um roteador?

8.2 Características dos Roteadores

8.3 Tipos de Roteadores

Escritórios de pequeno porte

Escritórios Tradicionais

Escritórios de Grande Porte

8.4 Selecionando um roteador Cisco

LAB 8.1

9 - ROTEAMENTO IP

9.1 Objetivos

9.2 Roteamento IP

9.3 Protocolos de roteamento dinâmico

9.4 Protocolos de roteamento por vetor de distância

9.5 Roteamento Dinâmico com RIP

9.6 Comandos usados para a configuração do RIP

9.7 Configuração do RIP

9.8 RIP versão 1

9.9 RIP Versão 2

Exemplo de configuração do RIP versão 2

9.10 Roteamento Dinâmico com IGRP

Sistemas Autônomos

Características que dão Estabilidade ao IGRP

Métrica usada pelo IGRP

Métrica padrão do IGRP

Contadores IGRP
Tipos de Rotas

Principais comandos

Configuração do IGRP

9.11 Roteamento Estático

Rotas Estáticas

Rota padrão (Default)

Distância Administrativa

9.12 Exercícios:

LAB 9.1

10 ROTEAMENTO IPX

10.1 Objetivos do Capítulo

10.2 Introdução aos protocolos IPX

10.3 IPX,SPX,SAP,NCP e NetBIOS

10.4 SPX

10.5 SAP

10.6 NCP

10.7 NetBIOS

10.8 Roteamento IPX com EIGRP

10.9 Roteamento IPX com NLSP

10.10 Endereços IPX

10.11 Encapsulamentos do IPX

10.12 Exercícios Teóricos:

LAB 1 0.1

11 - LISTAS DE CONTROLE DE ACESSO

11.1 Objetivos

11.2 Introdução

11.3 Intervalos associados as listas de controle de acesso

11.4 Características das Listas de Acesso

11.5 Listas de acesso IP

11.6 Exemplo:
11.7 Continuação do Exemplo:

11.8 Lista de Acesso Extendida

Filtros ICMP

Filtros TCP e UDP

Filtros IPX

11.9 Exemplos

Exibindo as listas de acesso

Comandos Adicionais

Exemplo de Filtro IPX

11.10 Configurando uma interface de Tunnel

Vantagens do Tunelamento

Lista de tarefas de configuração de tunel IP

Lab 11.1 Configuração das listas de controle de acesso e tunnel IPIP

11.11 Exercícios Teóricos

12 PROTOCOLOS DE WAN

12.1 Introdução

12.2 Tipos de Conexão

12.3 Suporte de WAN

12.4 Linhas dedicadas – Comparando HDLC, PPP e LAPB

Recursos do PPP LCP

12.5 Padrões de cabeamento de WAN

LAB 12.1 Configurando e testando uma conexão HDLC

LAB 12.2 Configurando o HDLC

12.6 Frame Relay

Recursos e terminologia do Frame-Relay

PVC

SVC

CIR

LMI e tipos de encapsulamento

FECN
BECN

DE

Sinalização Frame-Relay

12.7 Endereçamento das DLCIs e Switching de Frame-Relay

12.8 Preocupações com os protocolos da camada 3 no Frame-Relay

Escolha para endereços da camada 3 em interfaces Frame-Relay

12.9 O Frame-Relay em uma rede NBMA

Split Horizon

12.10 Configuração do Frame-Relay

Inverse ARP

Mapeamentos Estáticos em Frame-Relay

12.11 Comandos utilizados na configuração do Frame-Relay

Lab 12.3 - Configurando o Frame-Relay

12.13 ISDN Protocolos e Projeto

Canais ISDN

Protocolos ISDN

Grupos de funções e pontos de referência ISDN

Uso Típico para o ISDN

Autenticação PAP e CHAP

Multilink PPP

Discagem sob demanda e ISDN

Lab 12.4 Configurando ISDN no simulador

12.14 Exercícios de Revisão


Capítulo

1-
1
REVIS
ÃO
DO MODELO OSI
1.1 INTRODUÇÃO

Com a introdução das redes, apenas computadores de um mesmo fabricante conseguiam comunicar-se
entre si. O modelo de referência OSI (RM-OSI) foi criado pela ISO (International Standards Organization)
em 1977 com o objetivo de padronizar internacionalmente a forma com que os fabricantes de
software/hardware desenvolvem seus produtos. Seguindo essa padronização, quebraram-se as barreiras
envolvidas no processo de comunicação. Desta forma foi possível à interoperabilidade entre os dispositivos
de rede de fabricantes diferentes.
O modelo OSI descreve como os dados são enviados através do meio físico e processados por outros
computadores na rede. O modelo OSI foi desenvolvido com dois objetivos principais:
 Acelerar o desenvolvimento de futuras tecnologias de rede.
 Ajudar explicar tecnologias existentes e protocolos de comunicação de dados.
O modelo OSI segue o princípio de “Dividir e Conquistar” para facilitar o processo de comunicação. Dividir
tarefas maiores em menores facilita a gerenciabilidade. O modelo OSI está dividido em camadas conforme
ilustração (Figura 1)

Figura 1 – Camadas do Modelo OSI


A Figura 2 mostra o processo de comunicação em camadas entre dois hosts. Cada camada tem funções
específicas para que o objetivo maior possa ser alcançado.

Figura 2 – Processo de Comunicação em Camadas

Podemos citar algumas vantagens em se ter um modelo em camadas:


 Esclarecer as funções gerais de cada camada sem entrar em detalhes.
 Dividir a complexidade de uma rede em subcamadas mais gerenciáveis.
 Usar interfaces padronizadas para facilitar a interoperabilidade.
 Desenvolvedores podem trocar as características de uma camada sem alterar todo o código.
 Permite especialização, o que também ajuda o progresso da indústria tecnológica.
 Facilita a resolução de problemas.
1.2 CONCEITOS E TERMINOLOGIA

SERVIÇOS DE CONEXÃO
São encontrados em várias camadas do modelo OSI. Os Serviços de Conexão podem ser caracterizados
por:

Orientado a conexão (connection oriented)

Significa que algumas mensagens devem ser trocadas entre os hosts envolvidos na comunicação antes de
efetivamente trocar os dados. São usados números de seqüência e confirmações para manter um registro
de todas as mensagens enviadas e recebidas e requisitar a retransmissão de um pacote perdido. Os
protocolos orientados a conexão podem ainda usar um sistema de janelas para controlar o fluxo dos dados
e permitir que um único pacote de confirmação para vários pacotes transmitidos. Os protocolos orientados a
conexão normalmente fornecem três serviços, controle de fluxo, controle de erros com retransmissão e
controle de seqüência.

Sem conexão (connectionless)

Os protocolos sem conexão normalmente não oferecem um ou mais serviços como controle de fluxo,
controle de seqüência e controle de erros. Muitas vezes são capazes de detectar um erro, mas raras vezes
são capazes de corrigi-los. Apesar disto são muito usados em redes de computadores. Quando se usa um
protocolo sem conexão, e desta forma não confiável, a responsabilidade pelos outros serviços está sendo
delegada a camadas superiores. É o caso das transmissões usando o TFTP que usa o protocolo UDP que é
sem conexão. O UDP não retransmite pacotes com problemas, entretanto o próprio protocolo TFTP da
camada de aplicação é responsável por pedir retransmissões caso algo não ocorra como esperado.

Como regra geral você pode imaginar que se usam protocolos com conexão em transmissões muito
suscetíveis à falhas onde, tratar o erro o mais rápido possível é vantajoso. Na medida em q ue as conexões
são confiáveis (Fibra Ótica, por exemplo) é vantagem usar protocolos sem conexão e deixar para a
aplicação corrigir algum erro caso ocorra, pois estes não serão freqüentes.

Comunicação Fim-a-Fim (End-to-End)

Um protocolo de uma determinada camada de um host se comunica com o mesmo protocolo da mesma
camada do outro host que está envolvido no processo de comunicação. A comunicação ocorre usando
cabeçalhos e as camadas inferiores de cada pilha de protocolos. Diz-se que uma dada camada do modelo
OSI fornece serviços para camadas acima e usa serviços de camadas abaixo. Por exemplo, a camada de
rede em um roteador olha pelo endereço da camada de rede do destino no cabeçalho de rede e determina
a direção que deve tomar para o pacote alcançar o d estino. A camada de rede encontra o endereço de
hardware do próximo roteador na Tabela de Informações de Roteamento. A Figura 3 ilustra o modelo de
comunicação Fim–a-Fim das camadas.

Figura 3 – Comunicação Peer-to-Peer usando cabeçalhos


A camada de rede passará essas informações para a camada Data Link como parâmetros. A camada Data
Link usará então essas informações para ajudar a construir seu cabeçalho. Esse cabeçalho será verificado
pelo processo da camada Data Link no próximo nó .
1.3 CATEGORIAS FUNCIONAIS DAS CAMADAS

Como mostra a figura4, as camadas do modelo OSI são agrupadas em categorias funcionais.

Figura 4 – Categorias Funcionais das Camadas

 Comunicação Física (Camadas 1 e 2): Essas camadas forne cem a conexão física à rede.
 Comunicação End-to-End (Camadas 3 e 4): Estas camadas são responsáveis em se ter certeza que
os dados são transportados confiavelmente de forma independente do meio físico.
 Serviços (Camadas 5, 6 e 7): Essas camadas forne cem serviços de rede para o usuário. Esses
serviços incluem e-mail, serviços de impressão e arquivos, emulação, etc.
1.4 VISÃO GERAL DO MODELO OSI

Segue abaixo uma figura (Figura5) ilustrando as 7 camadas.


Figura 5 – Visão Geral do Modelo OSI
Segue então uma descrição mais detalhada de cada uma das sete camadas e suas principais funções.

CAMADA FÍSICA
Essa camada trata da transmissão de bits através de um meio de comunicação. Basicame nte essa camada
tem duas responsabilidades: enviar e receber bits em valores de 0´s ou 1´s. A camada física se comunica
diretamente com os vários tipos de meios de comunicação atuais. Diferentes tipos de meio físico
representam esses valores de 0´s ou 1´s de diferentes maneiras. Alguns utilizam tons de áudio, enquanto
outros utilizam transições de estado – alterações na voltagem de alto para baixo e baixo para alto.
Protocolos específicos são necessários para cada tipo de media para descrever como os dados serão
codificados no meio físico.
Segue algumas padronizações da camada física para as interfaces de comunicação:
 EIA/TIA-232
 EIA/TIA-449
 V.24
 V.35
 X.21
 G.703
 EIA-530
 High-Speed Serial Interface (HSSI)

Estão definidas na Camada Física as seguintes características:


Meio Físico e Topologia

O tipo do meio físico está associado com a topologia física. A topologia física representa o layout físico de
como os dispositivos de networking estão conectados. Por exemplo: o cabo coaxial é tip icamente utilizado
em uma topologia de barramento, enquanto que par trançado numa topologia física de estrela.
Sinalização

Digital ou Analógica
Sincronização de Bits

Pode ser Assíncrona ou Síncrona. Com assíncrona, os clocks são independentes e na síncrona, os clocks
são sincronizados. Baseband ou Broadband: Baseband implica em um único canal no meio físico. Pode ser
digital ou analógico. As maiorias das redes utilizam sinalização Baseband. Sinalização Broadband é uma
sinalização com vários canais. Cada canal está definido por uma faixa de freqüência.
Especificações Mecânicas e Elétricas

Especificações elétricas como níveis de voltagem, taxas de transmissão e distância são tratadas na camada
física. Especificações mecânicas como tamanho e forma dos conectores, pinos e cabos são também
definidos na camada física.

CAMADA DATA LINK OU ENLACE DE DADOS


A principal tarefa dessa camada é transformar um canal de transmissão de dados em uma linha que pareça
livre de erros de transmissão não detectados na camada de rede. Para isso, essa camada faz com que o
emissor divida os dados de entrada em frames (quadros), transmita-o seqüencialmente e processe os
frames de reconhecimento pelo receptor.
A camada física apenas aceita ou transmite um fluxo de bits sem qualq uer preocupação em relação ao
significado ou à estrutura. É de responsabilidade da camada de enlace criar e reconhecer os limites do
quadro. Para isso, são incluídos padrões de bit especiais no início e no fim do quadro. Se esses padrões de
bit puderem ocorrer acidentalmente nos dados, cuidados especiais são necessários para garantir que os
padrões não sejam interpretados incorretamente como delimitadores do quadro.
Caso o frame seja destruído por um ruído, a camada de enlace da máquina de origem deverá retransmitir o
frame. Várias transmissões do mesmo frame criam a possibilidade de existirem frames repetidos. Um frame
repetido poderia ser enviado caso o frame de reconhecimento enviado pelo receptor ao transmissor fosse
perdido. È de responsabilidade dessa camada resolver os problemas causados pelos frames repetidos,
perdidos ou danificados.
Outra função da camada de enlace é a de impedir que um transmissor rápido seja dominado por um
receptor de dados muito lento. Deve ser empregado algum mecanismo de controle de tráfego para permitir
que o transmissor saiba o espaço de buffer disponível no receptor.
A camada de enlace formata a mensagem em frames de dados e adiciona um cabeçalho contendo o
endereço de origem e o endereço de destino.
A camada de Enlace está dividida em duas subcamadas: LLC (Logical Link Control) e MAC (Media Access
Control).
LLC – Logical Link Control

A subcamada LLC fornece aos ambientes que precisam de serviços orientados a conexão ou sem conexão
para a camada data link
MAC – Media Access Control

Fornece acesso ao meio físico de uma maneira ordenada. É de responsabilidade dessa subcamada a
montagem dos frames. Essa subcamada constrói frames através dos 0´s e 1’s que recebe da camada física
que chega através do meio físico. Primeiro é checad o o CRC para verificar se não tem erros de
transmissão. Em seguida é verificado o endereço de hardware (MAC) para saber se esse endereço
corresponde ou não a esse host. Se sim, a subcamada LLC envia os dados para protocolos de camadas
superiores. Essa subcamada também aceitará um frame se o endereço de destino é um broadcast ou
multicast.
Essa subcamada também é responsável em acessar o meio físico para poder transmitir. Alguns tipos de
controle de acesso ao meio físico são:
Contenção

Cada host tenta transmitir quando tem dados para transmitir. Uma característica nesse tipo de acesso ao
meio é a ocorrência de colisões. Ex: redes Ethernet
Token Passing

Cada host trasmite apenas quando recebe um tipo especial de frame ou token. Não existe o conceito de
colisão. Ex: redes Token Ring, FDDI
Polling

O computador central (primário) pergunta aos hosts (secundários) se têm algo a transmitir. Os hosts
(secundários) não podem transmitir até que recebam permissão do host primário. Ex: Mainframes.
Exemplos de Protocolos LAN e WAN da Camada de Enlace:
X.25; PPP; ISDN; Frame Relay; HDLC; SDLC; Ethernet; Fast-Ethernet
Principais responsabilidades e características da Camada Data Link

Entrega final via endereço físico

Na rede de destino, os dados são entregues ao endereço físico (host) que está contido no cabeçalho
Data Link
Acesso ao meio físico e Topologia Lógica

Cada método de controle de acesso ao meio físico está associado com a Topologia Lógica. Por
exemplo, contenção implica num barramento e Token Passing de fine um Anel Lógico.
Sincronização de Frames

Determina onde cada frame inicia e termina.


A Figura 6 mostra o cabeçalho Data Link de um pacote capturado na rede através de um analisador de
protocolos. O objetivo dessa figura é mostrar que o cabeçalho Data Link contém as informações de
endereço MAC de origem e endereço MAC de destino, além de outros campos.
Figura 6 – Exemplo de Cabeçalho Data Link

CAMADA REDE
A camada de rede determinada como um pacote num host chega ao seu destino. É o software da camada
de rede (Ex: IP) determina qual a melhor rota que um pacote deve seguir para alcançar o seu destino. As
rotas podem se basear em tabelas estáticas e que raramente são alteradas ou também podem ser
dinâmicas, sendo determinadas para cada pacote, a fim de refletir a carga atual da rede. Se existirem
muitos pacotes num determinado caminho tem-se como conseqüência um congestionamento. O controle
desse congestionamento também pertence à camada de rede.
Quando um pacote atravessa de uma rede para outra, podem surgir muitos problemas durante essa
viagem. O endereçamento utilizado pelas redes pode ser diferente. Talvez a segunda rede não aceite o
pacote devido ao seu tamanho. Os protocolos podem ser diferentes. É na camada de rede que esses
problemas são resolvidos, permitindo que redes heterogêneas sejam interconectadas (Ex: Ethernet com
Token Ring).

TÓPICOS DA CAMADA DE REDE


Roteamento via Endereço Lógico

Essa é a principal função da camada de rede. Fazer com que os pacote s alcancem seus destinos utilizando
os endereços lógicos incorporados ao cabeçalho de rede do pacote.
Exemplos de protocolos roteáveis : IP, IPX, Apple Talk. A Figura 7 mostra o cabeçalho de rede de um
pacote IP com os seus campos.
Figura 7 – Exemplo de Cabeçalho de Rede

Criação e manutenção da tabela de roteamento

Utilizado para o host saber qual o próximo caminho que um pacote deve seguir para chegar ao seu destino.
Fragmentação e remontagem

Isso ocorre quando um pacote irá atravessar uma rede em q ue o tamanho máximo do pacote (MTU) é
inferior ao da rede de origem. Nesse caso, o pacote é fragmentado em tamanhos menores para que possa
trafegar por redes com MTU menores. Os pedaços do pacote original são remontados conforme o pacote
original assim que alcançarem uma rede com MTU maior
Os protocolos de rede são normalmente sem conexão e não confiáveis

CAMADA TRANSPORTE
A conexão é responsável pelo fluxo de transferência de dados tais como: confiabilidade da conexão,
detecção de erros, recuperação e controle de fluxo. Em adição, esta camada é responsável em entregar
pacotes da camada de rede para as camadas superiores do modelo OSI.
Se pensarmos que a camada de rede é responsável pela entrega de pacotes de um host para outro, a
camada de transporte é responsável pela identificação das conversações entre os dois hosts. A Figura 8
abaixo ilustra bem como a camada de transporte mantém as conversações entre os diferentes aplicativos
separados.
Figura 8 – Sessões da Camada de Transporte com aplicativos distintos

Duas variantes de protocolos da camada de transporte são usados. A primeira fornece confiabilidade e
serviço orientado a conexão enquanto o segundo método é a entrega pelo melhor esforço. A diferença entre
esses dois protocolos dita o paradigma no qual eles operam. Quando usando TCP/IP, os dois diferentes
protocolos são TCP e UDP. O pacote IP contém um número que o host destino identifica se o pacote
contém uma mensagem TCP ou uma mensagem UDP. O valor de TCP é 6 e UDP é 17. Existe m muitos
outros (~130), mas esses dois são os comumente usados para transportar mensagens de um host para
outro.

CAMADA SESSÃO
A camada de sessão estabelece, gerencia e termina a sessão entre os aplicativos. Essencialmente, a
camada de sessão coordena requisições e respostas de serviços que ocorrem quando aplicativos se
comunicam entre diferentes hosts.
A camada de sessão é responsável por fornecer funções tais como serviços de diretório e controle de
direitos de acesso. As regras da camada de sessão foram definidas no modelo OSI, mas suas funções não
são tão críticas como as camadas inferiores para todas as redes. Até recentemente, a camada de sessão
tinha sido ignorada ou pelo menos não era vista como absolutamente necessária nas redes de dados.
Funcionalidades da camada de sessão eram vistas como responsabilidades do host e não como uma
função da rede. Como as redes se tornaram maiores e mais seguras, funções como serviços de diretório e
controle de direitos de acesso se tornaram mais necessárias.
Seguem alguns exemplos de protocolos da camada de sessão:
 Network File System (NFS) – Sistema de Arquivos distribuído desenvolvido pela Sun Microsystems
 Structured Query Language (SQL) – Linguagem de Banco de Dados desenvolvida pela IBM
 Apple Talk Session Protocol (ASP) – Estabelece e mantém sessões entre um cliente Apple Talk e um
servidor.

A camada de sessão também faz uma manipulação de erros que não podem ser manipulados nas camadas
inferiores e também manipula erros de camadas supe riores tal como “A impressora está sem papel”. Ambos
os erros, envolvem a apresentação do mesmo para o usuário final.
A camada de sessão também faz o Controle de Diálogo que seleciona se a sessão será Half ou Full Duplex.

CAMADA APRESENTAÇÃO
A camada de apresentação fornece conversão e formatação de código. Formatação de código assegura
que os aplicativos têm informações significativas para processar. Se necessário, a camada de apresentação
traduz entre os vários formatos de representação dos dados.
A camada de apresentação não se preocupa somente com a formatação e representação dos dados, mas
também com a estrutura dos dados usados pelos programas, ou seja, a camada de apresentação negocia
a sintaxe de transferência de dados para a camada de aplicação. Po r exemplo, a camada de apresentação
é responsável pela conversão de sintaxe entre sistemas que têm diferentes representações de caracteres e
textos, tal como EBCDIC e ASCII.
Funções da camada de apresentação também incluem criptografia de dados. Através de chaves, os dados
podem ser transmitidos de maneira segura.
Outros padrões da camada de Apresentação são referentes a apresentação de imagens visuais e gráficos.
PICT é um formato de figura usado para transferir gráficos QuickDraw entre Macintosh ou programas
Powerpc. Tagged Image File Format (TIFF) é um formato de gráfico padrão para alta resolução. Padrão
JPEG vem de Joint Photographic Experts Group.
Para sons e cinemas, padrões da camada de apresentação incluem Musical Instrument Digital Interface
(MIDI) para música digitalizada e MPEG vídeo. QuickTime manipula áudio e vídeo para programas
Macintosh e Powerpc.

CAMADA APLICAÇÃO
A camada de aplicação representa os serviços de rede. São as aplicações que os usuários utilizam.
Os aplicativos muitas vezes precisam apenas dos recursos de desktop. Nesse caso, esses tipos de
aplicativos não são considerados como aplicativos da camada de aplicação.
O exemplo é o de um editor de textos que através dele criamos documentos e gravamos no disco local ou
em rede. Mesmo gravando num servidor remoto, o editor de textos não está na camada de aplicação, mas
sim o serviço que permite acessar o sistema de arquivos do servidor remoto para gravar o documento.
São exemplos de serviços da Camada de Aplicação:
 Correio Eletrônico
 Transferência de Arquivos
 Acesso Remoto
 Processo Cliente/Servidor
 Gerenciamento de Rede
 WWW
1.5 EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1 – Escolhas as frases que descrevem características de serviços de rede Fim à Fim (Escolha todas que se
aplicam).
A. A entrega dos segmentos confirmados (acknowleged) de volta ao emissor após sua recepção;
B. Segmentos não confirmados serão descartados;
C. Os segmentos são colocados de volta na ordem na medida em chegam ao destino;
D. O fluxo de dados é gerenciado de forma a evitar congestionamentos, sobrecargas e perdas de
quaisquer dados.
2 – Quais são padrões da Camada da Apresentação (Escolha todas que se aplicam)
A. MPEG e MIDI
B. NFS e SQL
C. ASCII e EBCDIC
D. PICT e JPEG
E. MAC e LLC
F. IP e ARP
3 – O que é verdade sobre a Camada de Rede ?
A. Ela é responsável por “bridging”;
B. Ela faz o roteamento de pacotes através de uma internetwork;
C. É responsável por conexões Fim à Fim;
D. É responsável pela regeneração do sinal digital;
E. Usa um protocolo orientado a conexão para encaminhar os datagramas.

4 – Quais são padrões da Camada da Sessão


A. MPEG e MIDI
B. NFS e SQL
C. ASCII e EBCDIC
D. PICT e JPEG
E. MAC e LLC
F. IP e ARP
5 – O que é verdade sobre protocolos orientados a conexão e sem conexão? (Escolha duas)
A. Protocolos orientados a conexão somente trabalham na Camada de Transporte
B. Protocolos orientados a conexão somente trabalham na Camada de Rede
C. Protocolos não orientados a conexão somente trabalham na Camada de Transporte
D. Protocolos não orientados a conexão somente trabalham na Camada de Rede
E. Protocolos orientados a conexão usam controle de fluxo, Acnkowledgements e Windowing
F. Protocolos não orientados a conexão usam entrega de datagramas pelo melhor esforço.

6 – Qual o tamanho do Endereço MAC ?


A. 4 bits
B. 8 bits
C. 6 bits
D. 4 bytes
E. 6 bytes
F. 8 bytes

7 – O Endereço de Hardware é usado para? (Escolha duas)


A. Definir o protocolo da Camada de Rede
B. Definir o protocolo da Camada Data Link
C. Para identificar um único host numa internetwork
D. Para identificar um único host num segmento de rede
E. Para identificar uma interface de um roteador

8 – Qual dos seguintes protocolos combina com a Camada de Transporte?


A. TCP. Fornece controle de fluxo e checagem de erros
B. TCP. Fornece serviços orientados a conexão
C. UDP. Fornece serviços sem conexão
D. UDP. Fornece serviços orientados a conexão
E. IP. Fornece serviços sem conexão
F. IP. Fornece serviços orientados a conexão
9 – O que é verdadeiro sobre uma sessão orientada a conexão?
A. Ela confia nas camadas inferiores para garantir à confiabilidade;
B. Dois caminhos são criados e reservados, os dados são enviados e recebidos seqüencialmente, ao
fim da utilização os caminhos são desfeitos;
C. Um único caminho é criado e reservado, os dados são enviados e recebidos seqüencialmente, ao
fim da utilização o caminho é desfeito;
D. Ela usa o controle de fluxo por confirmações;
E. Ela usa técnica de “Windowing” para enviar datagramas IP.

10 – Qual camada é responsável em determinar se existem recursos suficientes para que a comunicação
ocorra?
A. Rede
B. Transporte
C. Sessão
D. Apresentação
E. Aplicação
LAB 1.1 (OPCIONAL):

Utilizando um analisador de protocolos, capture alguns pacotes IP e visualize as informações de cabeçalho


Data Link, Rede, Transporte e Aplicação.

Passos sugeridos:
1. Inicie a captura de pacotes através do analisador
2. Opções para captura
a. Acesse uma página web
b. Faça um FTP
c. Faça um Ping
d. Faça um Telnet
e. 2.4 – Outros
3. Visualize os pacotes através do analisador conforme figura abaixo
Capítulo

2-
2
OPER
AÇÃO
BÁSICA DO ROTEADOR CISCO
2 .1 OBJETIVOS

 Usar o recurso de setup de um roteador Cisco


 Logar no roteador em ambos os modos usuário e privilegiado
 Encontrar comandos usando as facilidades de help
 Visão geral da documentação da Cisco.
 Navegando pela documentação do IOS.
 Usar comandos no roteador usando a edição de comandos
 Configurar as senhas do roteador, identificação e banners
 Configurar uma interface com um endereço IP e máscaras de subrede
 Copiar a configuração da NVRAM

INTERFACE DO USUÁRIO DO ROTEADOR


O IOS da cisco é o kernel do roteador da Cisco e da maior parte dos Switches. A Cisco criou o que eles
chamam Cisco Fusion, que torna teoricamente possível que todos os equipamentos da Cisco rodem o IOS.
O motivo pelo qual alguns não rodam, é que a Cisco adquiriu muitas companhias. Quase todos os
roteadores da Cisco rodam o mesmo IOS, mas apenas metade dos Switches atualmente rodam o IOS.
Nesta seção nós daremos uma olhada na interface dos roteadores e switches principalmente na interface
de linha de comando (CLI).
IOS dos roteadores da Cisco
O IOS foi criado para disponibilizar serviços de rede e habilitar aplicações de rede. O IOS roda na maioria
dos roteadores Cisco e em alguns Switches Catalyst como o Catalyst 1900. O IOS é usado para fazer o
seguinte em um hardware Cisco:
 Carregar os protocolos de rede e funções.
 Conectar tráfego de alta velocidade entre dispositivos.
 Adicionar segurança e controle de acesso e prevenir acesso não autorizado.
 Prover escalabilidade para facilitar o crescimento da rede e redundância.
 Fornecer confiabilidade na conexão dos recursos de rede.
2 .2 CONECTANDO À UM ROTEADOR CISCO

Neste capítulo o ideal é que o estudante execute os comandos em conjunto com o instrutor, de forma a
tornar a seção mais prática.
Você pode conectar inicialmente o roteador através da porta de console. Os cabos e o software são
fornecidos junto com o roteador. Existem diferentes formas de se conectar, mas a primeira conexão é
normalmente pela porta da console. Outra forma é usar a porta auxiliar, mas é necessário usar um modem.
Outra forma de se conectar é através de Telnet, entretanto é preciso primeiro colocar um endereço no
roteador.
Um roteador Cisco 2501 possui duas interfaces seriais e uma porta Ethernet AUI para conexão à 10 Mbps.
O roteador 2501 tem uma porta de console e uma cone xão auxiliar ambas com conectores Rj-45

Você pode conectar à porta console do roteador, use um emulador (Windows Hyper Terminal) configurado
para 9600 bps, sem paridade com 1 stop bit.
2.3 INICIANDO O ROTEADOR

Quando você ligar pela primeira vez o roteador ele entrar em modo de teste POST (Power On Self test) , na
medida em que ele passa você poderá ver a versão de ROM, IOS e que arquivo de flash está presente.
Flash é uma memória não volátil que pode ser apagada. O IOS irá carregar da Flash e buscará a
configuração a partir da NVRAM (Non Volatile RAM). Se não existir configuração ele entrará em modo de
setup.

MODO DE SETUP
Você realmente tem duas opções quando usar o modo de setup: Basic Managment e Extended Setup. O
basic managment ou gerenciamento básico dá a você apenas configuração suficiente para habilitar a
conectividade no roteador. No modo estendido permite a você configurar alguns parâmetros globais, bem
como parâmetros de configuração da interface.
LAB 2.1 – CONFIGURAÇÃO DO ROTEADOR

LOGANDO NO ROTEADOR
Agora que você já passou pelo processo básico de configuração vamos começar iniciar a partir do prompt
inicial.

Router>
Router>enable
Router#

Você agora vê router# o que significa que você está em modo privilegiado . Você pode sair do modo
privilegiado usando disable.
Neste ponto você pode sair da console usando logout.

PROMPTS DA INTERFACE DE LINHA DE COMANDO DO IOS


É importante entender os prompts do IOS, pois eles mostram onde você se encontra.
Sempre verifique o prompt antes de fazer mudanças no router. Verifique sempre se você está no roteador
certo. É comum apagar a configuração do roteador errado, trocar o endereço da interface errada com o
roteador em produção e posso afirmar, não é nada agradável. Por isto verifique sempre o prompt.
Modo não privilegiado

Sampa>

Modo privilegiado

Sampa>enable
Password:
Sampa#

Modo de configuração

Sampa#config t
Sampa(config)#

Modo de configuração de Interface

Para fazer mudanças em uma interface, você usa o comando de modo de configuração global.
Sampa(config)# interface serial 0
Sampa(config-if)#

Se você quiser ver as interfaces disponíveis, você pode usar.


Sampa(config)#interface ?
Async Async interface
BVI Bridge-Group Virtual Interface
Dialer Dialer interface
Ethernet IEEE 802.3
Group-Async Async Group interface
Lex Lex interface
Loopback Loopback interface
Null Null interface
Port-channel Ethernet Channel of interfaces
Serial Serial
Tunnel Tunnel interface
Virtual-Template Virtual Template interface
Virtual-TokenRing Virtual TokenRing

SUBINTERFACES
Você pode criar subinterfaces o que é bastante útil no caso de roteamento de VLANs e configuração de
múltiplos links Frame-Relay.
Sampa(config-if)#exit
Sampa config)#in fast 0/0.?
<0-4294967295> FastEthernet interface number

COMANDOS DE CONFIGURAÇÃO DAS LINHAS


As linhas de acesso, con0, aux0 e as vtys podem ser configuradas através do modo de linha
Sampa(config)#line ?
<0-134> First Line number
aux Auxiliary line
console Primary terminal line
tty Terminal controller
vty Virtual terminal

Sampa(config)#line vty 0 4
Sampa(config-line)#

Alguns comandos que podem ser usados são:


login para pedir uma senha de login ao usuário ou
no login para não pedir senha
exec-timeout 0 30 este comando seta a sessão para desligar com 30 segundos de inatividade
Outro comando excepcional é o logging synchronous que impedem as mensagens de sairem na tela e
atrapalharem o que você está digitando.

COMANDOS DE CONFIGURAÇÃO DO PROTOCOLO DE ROTEAMENTO


R-Sede#config
Configuring from terminal, memory, or network [terminal]?
Enter configuration commands, one per line. End with CNTL/Z.
R-Sede(config)#router ospf 1000
R-Sede(config-router)#
2.4 CONFIGURAÇÃO DAS SENHAS DO ROTEADOR

A primeira senha a passar é a senha do modo usuário que é um modo onde não é possível alterar as
configurações, mas é possível fazer telnet e usar a maioria dos comandos show. Existêm basicamente três
senhas, a da console, a da porta auxiliar e a de telnet. Note que o vty 0 4 quer dizer que as cinco conexões
possíveis por telnet terão a mesma senha.

ENCRIPTANDO A SENHA
A senha de enable já é codificada por default como mostra a configuração abaixo.
Sampa#sh run
!
enable secret 5 $1$HFP9$N1JufZVrFbdxXXh7gyhGX1
enable password senha
!
line con 0
password senha

use o comando service password-encryption para codificar todas as senhas e não só as de enable
2.5 NAVEGANDO PELA INTERFACE DO USUÁRIO

Várias referências estão disponíveis para auxílio do usuário. A documentação em CD vem junto com o
roteador e está livremente disponível na WEB para qualquer um consultar. Alguns manuais básicos vêm
junto com os equipamentos. Se vocÊ desejar os manuais avançados, você pode entrar em contato com a
Cisco Press.
Existe ainda a ajuda On-Line na linhas de comando. Abaixo um resumo do que pode ser feito:

O contexto no qual você pede Help é importante e também o Feature Set do IOS. Se você possui um IOS
IP/IPX os comandos de IPX aparecem no Help. Se você possui um Feature Set IP sem o IPX os comandos
IPX não estão disponíveis e não aparecem no Help.
Os comandos que você usa ficam disponíveis em um buffer. Por default ficam armazenados os últimos 10
comandos. Você pode alterar isto usando terminal history size x.
Você pode usar as setas para cima e para baixo para recuperar os comandos, de modo similar ao DOSKEY
do DOS.
2.6 UTILIZANDO A DOCUMENTAÇÃO ON-LINE OU EM CD DA CISCO

A documentação da Cisco vem em um CD com todos os roteadores da Cisco e é ind ependente do roteador
adquirido. Você pode consultar também toda a documentação no site www.cisco.com. Entretanto em alguns
aspectos a divisão dos livros é um pouco confusa e é necessário algum tempo até que o usuário se
familiarize com os manuais.
Existêm basicamente dois tipos de documentação. Os Configuration Guides que trazem como configurar o
comando em que cenário o comando é utilizado e exemplos práticos de utilização, entretanto não traz os
comandos totalmente detalhados. Já o Reference Guide é um guia de comandos, que traz detalhes de cada
comando, mas não traz diagramas ou cenários de utilização.
Abaixo uma figura de como os manuais são organizados no IOS 12.0
2.7 BANNERS

Você pode configurar um Banner em um roteador Cisco de tal forma que quando ou o usuário loga no
roteador ou um administrador faz um telnet para o roteador, por exemplo, um texto dá a informação que
você quer que ele tenha. Outro motivo para adicionar um banner é adicionar uma nota sobre as restrições
de segurança impostas. Existem quatro tipos de banners disponíveis.
Sampa(config)#banner ?

LINE c banner-text c, where 'c' is a delimiting character


exec Set EXEC process creation banner
incoming Set incoming terminal line banner
login Set login banner
motd Set Message of the Day banner

Sampa(config)#banner motd #
Enter TEXT message. End with the character '#'.
Se você não estiver autorizado à rede Sampa.com.br favor sair imediatamente#

O comando acima diz ao roteador para mostrar a mensagem acima quando o usuário se conectar ao
roteador.
2.8 LEVANTANDO E DESATIVANDO UMA INTERFACE

Para desativar uma interface você pode usar o comando shutdown. Como abaixo
sampa(config)#in fast 0/0
sampa(config-if)#shut
sampa(config-if)#exit
sampa(config)#exit
%SYS-5-CONFIG_I: Configured from console by console
sampa#sh in fast 0/0
FastEthernet0/0 is down, line protocol is down
Hardware is AmdFE, address is 00b0.6483.01c0 (bia 00b0.6483.01c0)
MTU 1500 bytes, BW 100000 Kbit, DLY 100 usec,
reliability 255/255, txload 1/255, rxload 1/255
Encapsulation ARPA, loopback not set
Keepalive set (10 sec)
Half-duplex, 10Mb/s, 100BaseTX/FX
ARP type: ARPA, ARP Timeout 04:00:00
Last input 00:00:10, output 00:00:00, output hang never
Last clearing of "show interface" counters never
Queueing strategy: fifo
Output queue 0/40, 0 drops; input queue 0/75, 0 drops
5 minute input rate 0 bits/sec, 0 packets/sec
5 minute output rate 1000 bits/sec, 0 packets/sec
2705 packets input, 463756 bytes
Received 2704 broadcasts, 0 runts, 0 giants, 0 throttles
0 input errors, 0 CRC, 0 frame, 0 overrun, 0 ignored
0 watchdog, 0 multicast
0 input packets with dribble condition detected
7582 packets output, 1007598 bytes, 0 underruns
0 output errors, 0 collisions, 3 interface resets
0 babbles, 0 late collision, 0 deferred
0 lost carrier, 0 no carrier
0 output buffer failures, 0 output buffers swapped out

Para subir a interface novamente execute o comando no shutdown.

sampa(config)#in fast 0/0


sampa(config-if)#no shut
%LINK-3-UPDOWN: Interface FastEthernet0/0, changed state to up
%LINEPROTO-5-UPDOWN: Line protocol on Interface FastEthernet0/0, changed state to up

sampa(config-if)#exit
sampa(config)#exit
%SYS-5-CONFIG_I: Configured from console by console

sampa#sh in fast 0/0


FastEthernet0/0 is up, line protocol is up
Hardware is AmdFE, address is 00b0.6483.01c0 (bia 00b0.6483.01c0)
MTU 1500 bytes, BW 100000 Kbit, DLY 100 usec,
reliability 255/255, txload 1/255, rxload 1/255
Encapsulation ARPA, loopback not set
Keepalive set (10 sec)
Half-duplex, 10Mb/s, 100BaseTX/FX
ARP type: ARPA, ARP Timeout 04:00:00
Last input 00:00:10, output 00:00:00, output hang never
Last clearing of "show interface" counters never
Queueing strategy: fifo
Output queue 0/40, 0 drops; input queue 0/75, 0 drops
5 minute input rate 0 bits/sec, 0 packets/sec
5 minute output rate 1000 bits/sec, 0 packets/sec
2705 packets input, 463756 bytes
Received 2704 broadcasts, 0 runts, 0 giants, 0 throttles
0 input errors, 0 CRC, 0 frame, 0 overrun, 0 ignored
0 watchdog, 0 multicast
0 input packets with dribble condition detected
7582 packets output, 1007598 bytes, 0 underruns
0 output errors, 0 collisions, 3 interface resets
0 babbles, 0 late collision, 0 deferred
0 lost carrier, 0 no carrier
0 output buffer failures, 0 output buffers swapped out

CONFIGURANDO O HOSTNAME
Para configurar o nome do roteador use o comando hostname.
Router>enable
Router#config
Configuring from terminal, memory, or network [terminal]?
Enter configuration commands, one per line. End with CNTL/Z.

Router(config)#hostname Sampa
Sampa(config)#
DESCRIÇÕES
Um aspecto muito importante e útil é colocar descrições nas interfaces. Esta é uma atividade quase
obrigatória para uma boa configuração de um equipamento.

Router>enable
Router#config
Configuring from terminal, memory, or network [terminal]?
Enter configuration commands, one per line. End with CNTL/Z.
Router(config)#hostname Sampa
Sampa(config)#in fast 0/0
Sampa(config-if)#description Interface FastEthernet do Segmento do Primeiro Andar
Sampa(config-if)#

2.9 VENDO E SALVANDO AS CONFIGURAÇÕES

Um dos pontos mais importantes é conhecer o modelo de memória do roteador para entender como salvar
corretamente as configurações do roteador.
RUNNING-CONFIG
Todas as configurações que você faz são armazenadas na memória RAM. No roteador a configuração atual
do roteador é chamada de running-config.
Exibindo a configuração da RAM
Sampa#sh run
Sampa#sh run
Building configuration...
Current configuration:
!
version 12.0
service timestamps debug uptime
service timestamps log uptime
no service password-encryption
!
hostname Sampa
!
interface FastEthernet0/0
no ip address
!
interface FastEthernet0/1
no ip address
shutdown

no ip classless
!
!
line con 0
line aux 0
line vty 0 4
end

STARTUP-CONFIG
Você pode salvar a configuração que está rodando atualmente na RAM (running -config) para a memória
não volátil NVRAM.
Você pode copiar a running-config para a startup-config usando comando:

Sampa#copy run start


Building configuration...

[OK]
Sampa#
Um comando alternativo é write memory.
Para apagar a configuração você pode usar o comando:

Sampa#erase startup-config
[OK]
Sampa#
Um comando alternativo seria write erase.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1 - Quando o roteador é ligado pela primeira vez, de onde o IOS é carregado por default?
A. Boot ROM
B. NVRAM
C. Flash
D. ROM
2 - Quais são duas maneiras que você pode usar para entrar em modo de setup no roteador?
A. Digitando clear flash
B. Digitando erase start e reiniciando o roteador
C. Digitando setup
D. Digitando setup mode
3 - Se você estiver em modo privilegiado e quiser retornar para o modo usuário, que comando você usaria.
A. Exit
B. Quit
C. Disable
D. Ctl-Z
4 - Que comando irá mostrar a versão atual do seu IOS
A. Show flash
B. Show flash file
C. Show ver
D. Show ip flash
5 - Que comando irá mostrar o conteúdo da EEPROM (Flash) no seu roteador
A. Show flash
B. Show ver
C. Show ip flash
D. Show flash file
6 - Que comando irá impedir as mensagens da console de sobrescrever os comandos que você está
digitando.
A. No Logging
B. Logging
C. Logging asynchronous
D. Logging synchronous

7 - Que comando você usa para configurar um time-out após apenas um segundo na interface de linha ?
A. Timeout 1 0
B. Timeout 0 1
C. Exec-Timeout 1 0
D. Exec-Timeout 0 1
8 – Quais dos seguintes comandos irá codificar a senha de telnet do seu roteador ?
A. Line Telnet 0, encryption on, password senha
B. Line vty 0, password encryption, password senha
C. Service password encryption, line vty 0 4, password senha
D. Password encryption, line vty 0 4, password senha
9 - Que comando você usa para backupear a sua configuração atual da running-config e ter ela recarregada
quando o roteador for reiniciado ?
A. (Config)#copy current start
B. Router#copy starting to running
C. Router(config)#copy running-config startup-config
D. Router# copy run startup
10 – Que comando apagará o conteúdo da NVRAM no roteador
A. Delete NVRAM
B. Delete Startup-Config
C. Erase NVRAM
D. Erase Start
11 – Qual o problema com uma interface se você emite o comando show Interface serial 0 e recebe a
seguinte mensagem ?
Serial 0 is administratively down, line protocol is down
A. Os keepalives tem tempos diferentes
B. O administrador colocou a interface em shutdown
C. O administrador está pingando da interface
D. Nenhum cabo está ligado na interface

Respostas:
LABORATÓRIOS PRÁTICOS

Lab 2.2 Logando no roteador e Obtendo Help


Lab 2.3 Salvando a configuração do roteador
Lab 2.4 Configurando as senhas
Lab 2.5 Configurando o nome do host, descrições , endereço IP e taxa do relógio

LAB 2.2 LOGANDO NO ROTEADOR E OBTENDO HELP


1. Entre no Hyperterminal. Verifique as configurações das portas seriais. As configurações
devem estar 9600 8 N 1.
2. No prompt Router>, digite Help.
3. Agora conforme instruído digite <?>.
4. Pressione <Enter> para ver linha a linha ou <Barra de Espaço> para rolar uma tela inteira
por vez.
5. Você pode digitar q a qualquer momento para sair.
6. Digite enable ou ena ou en.
7. Digite config t e pressione <Enter>.
8. Digite <?> e veja que o Help é sensível ao contexto.
9. Digite cl? E pressione <Enter>. Isto mostra os comandos que começam com CL.
10. Digite Clock ?. Veja a diferença que faz digitar Clock? E Clock ?
11. Use as setas para cima e para baixo para repetir os comandos.
12. Use o comando show history.
13. Digite terminal history size ?.
14. Digite terminal no editing, isto desliga a edição. Retorne com terminal editing
15. Digite sh run e use o <tab> para completar o comando.
LAB 2.3 SALVANDO A CONFIGURAÇÃO DO ROTEADOR
1. Entre no roteador e vá para o modo privilegiado usando enable.
2. Para ver a configuração use os comandos equivalentes:
a. Show Config
b. Show Startup-Config
c. Sh Start
3. Para salvar a configuração use um dos seguintes comandos:
a. Copy run start
b. Write memory
c. Wr me
d. Copy running-config startup-config
4. Para apagar a configuração use um dos seguintes comandos e use o <tab> para completar
o comando:
a. Write erase
b. Erase start
5. Digite wr mem para copiar de volta a configuração que você apagou para o roteador.

LAB 2.4 CONFIGURANDO AS SENHAS


1. Logando no roteador e indo para o modo privilegiado digitando en ou enable.
2. Digitando config t e pressione <Enter>.
3. Digite enable ? .
4. Configure a sua senha de enable usando enable secret senha.
5. Faça um logout e use o enable novamente para testar a senha.
6. Coloque a outra senha usando enable password. Esta senha é mais antiga e insegura e
só é usada se não houver a senha enable secret.
7. Entre em modo de configuração. Digite:
a. Line vty 0 4
b. Line con 0
c. Line aux 0
8. Digite login <Enter>
9. Digite password senha.
10. Um exemplo completo de como setar as senhas de VTY.
a. Config t
b. Line vty 0 4
c. Login
d. Password senha
11. Adicione o comando exec-timeout 0 0 nas linhas vty para evitar que o Telnet caia por time-
out.
12. Entre na console e configure a console para não sobreescrever os comandos com as
mensagens de tela.
a. Config t
b. Line con 0
c. Logging Synchronous

LAB 2.5 CONFIGURANDO O HOSTNAME, DESCRIÇÕES E ENDEREÇO DO


HOST
1. Entre no roteador e vá para o modo privilegiado
2. No modo privilegiado configure o hostname usando hostname nome-do-host.
3. Configure uma mensagem para ser recebida ao iniciar uma conexão usando Banner Motd
use as facilidades de Help para descobrir os detalhes do comando.
4. Remova o banner usando no banner motd.
5. Entre o endereço ip da sua interface Ethernet usando:
a. Config t
b. in se0
c. ip address 192.168.1.x 255.255.255.0
d. No shut
6. Entre a descrição da interface usando description descrição.
7. Adicione o comando bandwidth 64 para indicar aos protocolos de roteamento a banda do
link
Capítulo

3-
3
CONF
IGUR
AÇÃO E GERENCIAMENTO

3.1 OBJETIVOS

Os principais objetivos deste capítulo são:


• Entender o uso do Cisco Discovery Protocol
• Entender o uso do ping, telnet e traceroute
• Entender o processo de inicialização
• Saber os locais default dos arq. do router
• Saber mudar estes locais
• Salvar as mudanças para vários locais
Além disto você irá aprender como gerenciar os arquivos de configuração do modo privilegiado, identificar
os principais comandos de inicialização do roteador, copiar e manipular os arquivos de configuração, listar
os comandos para carregar o software do IOS da memória Flash, de um servidor TFTP ou ROM, Preparar
para fazer backup e atualização de uma imagem do IOS e identificar as funções executadas pelo ICMP.
3.2 CISCO DISCOVERY PROTOCOL

O Cisco CDP é um protocolo proprietário que roda, por default, em todos os equipamentos Cisco com
versões de IOS 10.3 ou mais recentes. Ele permite que os roteadores aprendam sobre seus vizinhos
conectados à rede através de uma LAN ou WAN.
Como você não tem nenhuma garantia de que os roteadores estarão rodando o mesmo protocolo da
camada de rede, a Cisco roda o CDP na camada de enlace do modelo OSI. Por rodar na camada de enlace
o CDP não precisa de nenhum protocolo da camada de rede para se comunicar.
O processo do CDP inicia emitindo uma difusão em todas as interfaces ativas. Estas difusões contém
informações à respeito do equipamento, da versão do IOS e outras informações que poderão ser vistas
através de comandos do CDP.
Quando um roteador Cisco recebe um pacote de CDP de um vizinho, um registro é feito na tabela cache do
CDP. Como o protocolo CDP trabalha na camada de enlace, os equipamentos só mantém na tabela CDP
os roteadores vizinhos diretamente conectados.
Usando o comando show cdp é possível ver as configurações do CDP no equipamento.
Sampa#show cdp
Global CDP Information
Sending CDP Packets every 60 seconds
Sending a holdtime value of 180 seconds
Outras opções do comando são:
 Show cdp entry
 Show cdp interface
 Show cdp neighbors
 Show cdp Traffic
O primeiro comando que vamos explorar é o show cdp neighbor.
RouterA#sh cdp neighbor

Capability Codes: R - Router, T - Trans Bridge, B - Source Route Bridge


S - Switch, H - Host, I - IGMP, r - Repeater

Device ID Local Intrfce Holdtme Capability Platform Port ID


RouterB Ser 0 140 R 2500 Ser 0

RouterA#

O campo capability indica se o equipamento é um router, switch ou repetidor. Lembre -se que o CDP roda
em múltiplos tipos de equipamentos.
VENDO DETALHES DOS OUTROS EQUIPAMENTOS

Observe que emitindo o comando show cdp neighbor detail, você obtém uma visão mais detalhada de
cada equipamentos. Isto é útil as vezes quando você não se lembra de q ual endereço IP você colocou na
interface do roteador remoto. Note que mesmo sem poder pingar, pois o endereço IP ainda não está
definido do seu lado, você pode verificar o roteador do outro lado, pois o CDP funciona na camada de
enlace.

VERIFICANDO O TRÁFEGO GERADO COM O CDP


RouterB>sh cdp traffic

CDP counters :
Packets output: 11, Input: 8
Hdr syntax: 0, Chksum error: 0, Encaps failed: 0
No memory: 0, Invalid packet: 0, Fragmented: 0

Através do comando show cdp traffic é possível verificar quantos pacotes de CDP foram gerados ou
recebidos e se algum voltou com erros.
SUMÁRIO DAS CARACTERÍSTICAS DO CDP
 É um protocolo proprietário
 Usa o frame SNAP na camada de Enlace (2 - Data-Link) do modelo OSI.
 Seus registros são mantidos em cache
 Só conhece os equipamentos diretamente conectados
 Os vizinhos podem ser quaisquer dispositivos CISCO com CDP ativado
 O intervalo padrão entre as mensagens é de 60 segundos
 O Holddown time (Tempo em que o pacote é mantido no cache) é de 180 segundos
 Os principais comandos são
o Show cdp
o Show cdp neighbors
o Show cdp neighbors detail
o Show cdp entry
o Show cdp interface
o Show cdp Traffic
3.3 COMANDOS DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NA REDE

Nesta seção veremos os principais protocolos que são usados para fazer o troubleshooting do roteador.
Sabemos que eles são velhos conhecidos, mas existêm alguns truques novos que podem ser muito úteis.

TELNET
Telnet é um protocolo mais antigo que o hábito de andar para frente. Ele permite que se conectem hosts
remotos. Alguns fatos sobre o Telnet em roteadores Cisco.
 É um protocolo inseguro e as senhas passam na rede como texto limpo.
 Em imagens do IOS mais recentes é possível usar o SSH.
 O comando de configuração de linha line vty 0 4 define o seu comportamento.
 O número de sessões simultâneas no roteador é normalmente de 5 exceto na versão do IOS
enterprise.
DICA 1 – SE VOCÊ SABE O NOME DO HOST, MAS NÃO SABE O
ENDEREÇO IP
Você pode usar os seguintes comandos para resolver nomes.
Mapeamento de nomes estático

RouterA#Config t
RouterA#ip host RouterB 192.168.1.1

Usando um servidor DNS

RouterA#Config t
RouterA#ip domain-lookup
RouterA#ip name-server 200.215.1.35

DICA 2 – SE VOCÊ ESTÁ USANDO UMA REDE COM FILTROS E NÃO


CONSEGUE FAZER O TELNET POIS ELE PEGA O ENDEREÇO DA
INTERFACE SERIAL QUE ESTÁ FILTRADA E NÃO O DA ETHERNET QUE
ESTÁ LIBERADA, VOCÊ PODE ESCOLHER DE QUE INTERFACE VOCÊ
QUER PARTIR O TELNET.
RouterA(config)#ip telnet source-interface ?
Async Async interface
BVI Bridge-Group Virtual Interface
Dialer Dialer interface
FastEthernet FastEthernet IEEE 802.3
Lex Lex interface
Loopback Loopback interface
Multilink Multilink-group interface
Null Null interface
Port-channel Ethernet Channel of interfaces
Serial Serial
Tunnel Tunnel interface
Virtual-Template Virtual Template interface
Virtual-TokenRing Virtual TokenRing

DICA 3 – SE LIVRANDO DO TRANSLATING .....


As vezes você emite um comando errado e tem de esperar algum tempo até liberar a console.
RouterA#cisco
Translating "cisco"...domain server (255.255.255.255)
Translating "cisco"...domain server (255.255.255.255)
% Unknown command or computer name, or unable to find computer address

Se você quiser se livrar disto use:


RouterA#config t
RouterA(Config)#no ip domain-lookup
DICA 4 – ABRINDO E FECHANDO MÚLTIPLAS SESSÕES
Um recurso essencial é a capacidade de abrir múltiplas sessões com múltiplos roteadores. Para isto é
preciso conhecer algumas teclas e comandos especiais.
Passo 1: Abra uma sessão de telnet com o seu roteador
Passo 2: A partir da sessão de telnet do seu rote ador abra uma sessão de um roteador de um colega
Passo 3: Digite a seqüencia CTRL+SHIFT+6 e então a letra x. Você voltará ao roteador original
Passo 4: Digite agora Show Sessions
Passo 5: Digite diretamente o número da sessão que você deseja conectar.
3.4 SUMÁRIO DO TELNET

 Habilita uma sessão virtual em vários tipos de conexão (Frame -Relay, X.25, Ethernet...)
 Parte do conjunto de protocolos TCP/IP
 Usa a porta 23
 Os nomes de Host podem ser especificados com ip host.
 Host names podem ser resolvidos com
o ip domain-lookup
o ip name-server ip-address
 Múltiplas sessões telnet são possíveis
o Use CTRL-SHIFT-6 e então X para retornar a sessão original
o Use o comando show sessions para ver as sessões
o Use o número da sessão para se conectar àquela sessão
 Até cinco sessões simultâneas podem ser mantidas (Enterprise – Ilimitado)
Cabe aqui uma nota, as vezes pode se usar o roteador como se fosse um PAD X.25, os usuários entram via
X.25 e fazem Telnet para uma máquina Unix como se fosse um servidor de terminais. Lembre -se de usar o
IOS Enterprise nestas ocasiões, pois o normal são apenas cinco conexões.
3.5 PING

O Ping ou Packet Internet Groper é o comando que é usado para testar a conectividade de diversas
plataformas incluindo IP, IPX, Apple, Decnet e outros . Para realizar todo o seu potencial é preciso levar em
conta que existem duas formas de uso do ping.

PING NORMAL
Baseado no ICMP, o ping é a ferramenta padrão de testes. Os códigos de retorno do Ping estão mostrados
nas figura acima. Os códigos de retorno são derivados das respostas dadas através de mensagens ICMP.
O formato do comando de ping normal é:
Router# ping [protocol] {ip-address|host-name}

Exemplo:
Ping apple 12.164
PING EXTENDIDO
O ping extendido difere do ping normal de três formas. A primeira é que é preciso estar no modeo
privilegiado para usá-lo. A segunda diferença é que ele só suporta IP, Appletalk e IPX. A terceira diferença é
que ele permite que alteremos os parâmetros default do PING.
É muito útil para se testar a conectividade de diferentes interfaces para um mesmo endereço selecionando
diferentes endereços fonte IP.
Permite também testar o tamanho máximo (MTU) do pacote usando o bit não fragmentar.
TRACEROUTE
O traceroute como Ping é usado para testar a conectividade. Você pode usar o traceroute ao invés do ping
em qualquer circunstância. A desvantagem é que ele é mais demorado d o que o Ping. A razão do tempo
maior de resposta é que o traceroute trabalha de forma diferente e lhe traz informações adicionais. O
traceroute como o ping também tem um modo estendido.
O ping e o traceroute são ambos baseados no protocolo ICMP. Embora eles usem os mesmos princípios,
os dados recebidos e o mecanismo são diferentes. O ping envia um ICMP echo -request com o TTL
configurado para 32. O Traceroute inicia enviando três ICMP echo -request com o TTL configurado para 1.
Isto faz com que o primeiro roteador que processa estes pacotes retornar uma mensagem de ICMP Time -
exceeded. O Traceroute vê estas mensagens e mostra o roteador que enviou as mensagens na console. O
próximo passo é aumentar o TTL em um com relação ao TTL anterior e assim sucessivamente até ter as
mensagens de todos os roteadores no caminho.

TRACEROUTE ESTENDIDO
O Traceroute estendido tem basicamente as mesmas opções do Ping Estendido, entretanto alguns itens
precisam de uma explicação mais detalhada.
O primeiro item que pode ser alterado no Traceroute estendido é o TTL máximo para 60. o Que trará 60
roteadores no caminho ao invés de 30 que é o padrão.
O segundo item que pode ser alterado é a porta ICMP, o que pode ser interessante se alguma porta estiver
bloqueada por uma lista de controle de acesso.
3.6 GERENCIAMENTO DO ROTEADOR

SEQÜÊNCIA DE STARTUP
Como já vimos no capítulo anterior, o roteador têm quatro tipos de memória dentro de um roteador são
ROM, FLASH, RAM e NVRAM. A seqüência de inicialização inicia com um POST. Durante o POST, o
hardware é checado em relação à problemas que possam impedir a sua operação. A CPU, a memória e as
interfaces são verificadas quanto à integridade. Se uma condição de hardware que torne o roteador não
usável é detectada, a seqüência de startup é finalizada. A porção final do POST carrega e executa o
programa de bootstrap.
O programa de bootstrap, que reside e é executado a partir da ROM procura uma imagem válida do IOS. A
memória Flash é o local padrão para o IOS, outros locais são o servidor TFTP e a ROM. Um servidor TFTP,
também chamado de network load, é a segunda fonte mais comum de carga. ROM é o menos usado
porque o chip da ROM normalmente contém a mais velha das versões do IOS. A Fonte do IOS é
determinada pelas configuração do Registro (register).
Após um IOS válido ter sido localizado ele é carregado na memória baixa, uma pesquisa é feita por um
arquivo de configuração. O arquivo de configuração pode estar localizado na NVRAM ou em um servidor
TFTP. Se nenhuma configuração é encontrada, o roteador entrará no modo de setup inicial.
Onde o roteador vai encontrar um arquivo de configuração depende da configuração do registro (Register
Settings). Para ver as configurações atuais, use o comando show version
RouterB#sh version
ROM: System Bootstrap, Version 12.0, RELEASE SOFTWARE
BOOTFLASH: 3000 Bootstrap Software (IGS-BOOT-R), Version 11.0(10c)XB1,
RELEASE SOFTWARE (fc1)

RouterB uptime is 11 minutes


System restarted by power-on
System image file is flash:c2500-d-l_113-5.bin, booted via flash

Bridging software.
X.25 software, Version 3.0.0.
1 Ethernet/IEEE 802.3 interface(s)
2 Serial network interface(s)
32K bytes of non-volatile configuration memory.
8192K bytes of processor board System flash (Read ONLY)

Configuration register is 0x2102

A última linha mostra a configuração atual do registro. Neste exemplo a configuração é 0x2102
Você pode usar o comando config-register para mudar estas configurações.
Acima podemos verificar que as configurações do registro são de dois bytes e os parâmetros são
configurados bit à bit.
Bits 0 à 3 – Campo de Boot – Determina de onde a imagem será carregada
Bit 6 – Ignore NVRAM – Usado para recuperação de senha
Bit 8 – Break disable – diz ao roteador para ignorar a tecla Break.
Bits 5&11&12 – Velocidade da console – Se for necessário carregar o IOS pela interface serial é oportuno
aumentar a velocidade para 115200.
O COMANDO BOOT
Nós podemos mudar o local padrão onde o roteador procura pelo IOS no Startup usando o comando Boot.
O comando abaixo mostra as opções do comando boot.
RouterA(config)#boot ?
bootstrap bootstrap image file
buffersize specify the buffer size for netbooting a config file
host Router-specific config file
network Network-wide config file
system Systems image file

Sob a opção system, nós temo várias outras opções:


RouterA(config)#boot system ?
WORD System image file
flash Bboot from flash memory
mop Boot from a Decnet MOP Server
rcp Boot from via rcp
rom Boot from rom
TFTP Boot from a TFTP Server

Você pode também configurar a ordem com que o roteador busca um arquivo do IOS.
RouterA(config)#boot system TFTP c1600-y-1.113-10a.P 192.168.1.1
RouterA(config)#boot system flash c1600-y-1.113-10a.P
RouterA(config)#boot system rom
3.7 CONFIGURAÇÕES DE INICIALIZAÇÃO E DE EXECUÇÃO (STARTUP E RUNNING)

É importante conhecer a diferença entre o arquivo de configuração atual (running -config) e o de inicialização
(startup-config). Algumas regras devem ser lembradas:
 A configuração atual (running-config) é armazenada na RAM
 A configuração inicial (startup-config) é armazenada na NVRAM e é copiada para a RAM quando o
roteador é inicializado.
 As configurações não têm relação uma com a outra a menos que você diga que estão relacionadas.
 A configuração inicial (startup-config) é executada cada vez que você reinicializa, seja por desligar o
roteador ou por emitir o comando reload.
 A configuração atual (running-config) inclui todos os comandos dentro da configuração inicial (startup -
config) mais todas as mudanças feitas no roteador desde a última inicialização.
 Copiando da configuração atual (running-config) para a configuração inicial (startup-config) irá
sobrescrever a configuração inicial (startup-config).
 Copiando da configuração inicial (startup-config) para a configuração atual (running-config) irá
combinar as duas configurações, sobrescrevendo linhas já presentes e adicionando as linhas ainda
não presentes.
Você pode ver a configuração atual usando:
Sampa#show running-config

Você pode ver a configuração inicial usando:


Sampa#show startup-config

Altera a configuração do endereço IP de uma interface e veja novamente as duas configurações.


Para tornar as mudanças permanentes use:
Sampa#copy running-config startup-config

Ë claro você já viu isto no capítulo anterior, por isto vamos para coisas novas.
USANDO UM SERVIDOR TFTP
Ë possível armazenar e rodar as configurações e as imagens de um servidor TFTP. Você não pode se
considerar um expert em Cisco antes de saber fazer todas as operações com TFTP. O primeiro passo é
obter um servidor TFTP. Podemos dizer que isto é “mole -mole”. No CD do Feature-Set do router existe um
servidor TFTP, basta copiá-lo para sua estação. Se você quiser, uma busca rápida na Internet vai lhe
mostrar vários softwares de TFTP freeware.
O TFTP é um protocolo similar ao FTP e usado nas transferências de arquivo. Ao contrário do FTP o TFTP
não verifica senhas e usa um protocolo sem conexão com baixo overhead.
Em primeiro lugar é preciso que o servidor TFTP esteja acessível a partir de uma conexão TCP/IP, por isto
é bom você fazer um ping antes de tentar copiar algo para o TFTP server.

SALVANDO A CONFIGURAÇÃO DE UM ROTEADOR PARA UM SERVIDOR


TFTP
Muitas vezes você vai querer salvar um backup da configuração do roteador para um servidor de arquivos.
Para isto basta usar:
Sampa#copy running-config tftp
Remote host[]? 10.1.0.43
Name of configuration file to write [sampa-confg]? <Enter>
Write file routera-confg on host 10.1.0.43
[confirm] <Enter>
Building Configuration
Ok
RESTAURANDO UMA CONFIGURAÇÃO DE UM ROTEADOR DE UM
SERVIDOR TFTP
Para restaurar um backup é preciso apenas reverter as posições d o comando usando:
Sampa#copy tftp running-config

Não esqueça depois de salvar para a configuração inicial (startup -config) usando:
Sampa#copy run start

SALVANDO O IOS PARA UM SERVIDOR TFTP


É possível também usando o TFTP salvar a imagem do software que roda no roteador que é o IOS. O IOS
fica armazenado na Flash Memory. Para salvar o Backup use:
Sampa#copy flash tftp

As perguntas serão as usuais. Lembre-se de manter o nome de configuração original da cisco. Se você
trocar o nome vai ser difícil identificar que imagem era esta mais tarde.

RESTAURANDO O IOS OU FAZENDO UM UPGRADE


Eventualmente você vai fazer o cominho inverso e restaurar o IOS em caso de falha na flash ou baixar uma
imagem nova com uma nova versÃo do IOS. Para isto basta reverter o comando.
Sampa#copy tftp flash
Ele vai perguntar se você quer sobrescrever a imagem atual se não houver espaço disponível (quase
sempre). Se você tiver espaço disponível você pode ter duas imagens na flash e escolher de onde quer
inicializar usando o comando boot system flash nome-do-arquivo.
EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1. Que comando é usado para mostrar o nome da imagem armazenada na flash?


A. Show files
B. Show nvram
C. Show flash
D. Show files:nvram
2. Quando um host incia um ping, quantos ICMP echo replies são enviados?
A. 5
B. 10
C. 7
D. nenhum
3. Dê duas vantagens do ping estendido sobre o ping normal?
A. O período de time-out pode ser aumentado
B. A interface de envio pode ser mudada
C. O número de pacotes não pode ser aumentado
D. Nenhum echo-request é enviado
4. Que comando é usado para obter a configuração atual em um roteador?
A. show nvram
B. show runing-config
C. show controllers
D. show modules
5. De qual interface um dispositivo remoto irá responder ao pacote ICMP echo-request?
A. A última interface encontrada
B. A primeira interface encontrada
C. A interface com o maior endereço IP
D. A interface com o mais alto endereço MAC
6. Qual é a sintaxe para copiar da flash para um servidor TFTP?
A. copy tftp flash
B. copy nvram flash
C. copy flash tftp
D. copy to flash from tftp
7. Qual a freqüência de troca dos pacotes de CDP?
A. 180 segundos
B. 240 segundos
C. 90 segundos
D. 60 segundos
8. Que comando irá impedir que lookups de DNS ocorram?
A. no ip dns-lookup
B. no ip domain-lookup
C. ip domain-lokup
D. no ip lookup
9. Que combinação de teclas irá suspender uma sessão Telnet de retornar à sessão original
A. Shift-Break
B. Shift+6+X
C. Ctrl+Shift+6, então x
D. Ctrl+6, então Break
10. Em que camada do modelo OSI o CDP opera
A. Física
B. Enlace
C. Rede
D. Transporte
11. Quantos bytes são transferidos sobre uma rede LAN para cada letra digitada em uma sessão Telnet.
A. 1
B. 2
C. 64
D. 128
12. Qual é uma necessidade quando se roda o comando copy tftp flash?
A. TCP/IP deve estar rodando.
B. A flash deve ser espaço livre suficiente para manter a imagem.
C. Deve existir uma conexão Ethernet.
D. A imagem do IOS da Flash tem de ser mais velha que a imagem do IOS do TFTP.

Respostas:
LAB 3.1 RECUPERANDO A SENHA PERDIDA DE UM ROTEADOR

1. Conecte o roteador pela porta da console.


2. Ligue o roteador.
3. Dentro dos primeiros 60 segundos digite a tecla <Break>..
4. Você receberá um prompt > ou um prompt rommon>.
5. Digite e/s 2000002 e pressione <ENTER>. Alguns sistemas podem não responder ao e/s. Neste caso
digite o. Dependendo do modelo isto é aceito.
6. Isto irá mostrar a configuração do registro. Escreva-a em um papel. Isto é crítico.
7. Use o comando o/r para mudar o bit 6 e ignorar a NVRAM no Startup. Em outras palavras você deve
entrar o/r 0x**4*, onde * é a configuração original do router que você pegou com o e/s ou o/r.
Normalmente com e/s você vai pegar 0x2102 e assim é só trocar para 0x2142.
8. No prompt > digite I e pressione <Enter>.
9. Responda não a todas as questões de setup
10. Entre no modo privilegiado com o comando enable.
11. Carregue a NVRAM na memória usando configure memory ou copy start run.
12. Restaure a configuração original usando:
Sampa# Config t
Sampa(config)#Config-register 0x****

13. Copie a configuração da startup-config para a running-config usando copy start run.
14. Ainda no modo de configuração mude a senha de telnet com:
Sampa(config)#Line vty 0 4
Sampa(config-line)#Login
Sampa(config-line)#password novasenha

15. Mude a senha de enable com:


Sampa#(config)#enable secret novasenha

16. Salve a configuração com copy run start.


LAB 3.2 BACKUP E RESTORE DO IOS E DA CONFIGURAÇÃO

Neste exercício prático faremos o Backup e o Restore de ambos a configuração e a imagem do IOS do seu
roteador.
1. Tenha o seu roteador conectado pela console e por uma conexão de rede com TCP/IP válido.
2. Teste a sua configuração usando o ping.
3. Inicie o servidor TFTP na sua estação. O seu instrutor dará mais detalhes.
4. Assegure-se que o seu TFTP irá aceitar transferência de arquivos. (Alguns servidores TFTP por
motivo de segurança não aceitam receber copias de arquivos novos, mas sim apenas de arquivos
já previamente criados. Se este for o caso use um editor de texto para criar um arquivo em branco
com o nome do arquivo que você deseja copiar)
5. Entre no roteador
6. Vá para o modo privilegiado com enable.
7. Escreva o nome do IOS exatamente como ele aparece. Faça notas levando em consideração
caixa-alta ou baixa.
8. Emita o comando copy flash tftp.
9. Entre o endereço IP da sua estação onde o servidor TFTP está rodando.
10. Entre com o nome do arquivo fonte que você escreveu no passo 7.
11. Você será perguntado pelo nome do arquivo de destino, use o mesmo do passo 7
12. Após finalizar a transferência, copie a configuração usando copy run tftp.
13. Verifique se os dois arquivos foram transmitidos corretamente.
14. Use o editor Wordpad para abrir o arquivo de configuração e veja se está correto
15. Vamos ao passo inverso, faça o restore usando copy tftp flash.
16. Restaure o arquivo de configuração usando copy tftp run.
17. Após completar a restauração reinicialize o roteador e verifique se tudo está ok.
18. Não esqueça de dar uma olhada nas interfaces, dependendo da seqüência utilizada não é incomum
ver as interfaces em admistratively down.
Capítulo

4-
4
LAN
DESIG
N
4.1 INTRODUÇÃO

Neste Módulo abordaremos os conceitos de Bridging e Switching, citando as características de cada uma,
falaremos sobre porque segmentar uma rede, discutiremos os modos de operação do Ethernet, problemas
de congestionamento em redes locais, vantagens e limitações da tecnologia Fast Ethernet.
4.2 OBJETIVOS

4.3 CONCEITOS DE LAN

A cisco espera no exame CCNA que o aluno esteja familiarizado com três tipos de redes, Ethernet, Token -
Ring e FDDI. A maioria das questões irá se concentrar na tecnologia Ethernet dada a sua grande base
instalada. Por isto este capítulo se concentra no Ethernet e fala alguma coisa do FDDI e do Token-Ring
quando apropriado.
O Ethernet é melhor entendido considerando as especificações iniciais 10Base2 e 10Base5. Nestas
especificações um barramento de cabo coaxial era compartilhado entre todos os dispositivos no Ethernet
através do algoritmo CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access/Colision Detect).
O Algoritmo CSMA/CD opera como segue:
1. A estação está pronta para enviar um frame;
2. O dispositivo “ouve” a rede e espera até que ela esteja desocupada;
3. Se a rede estiver desocupada a estação inicia a transmissão do Frame;
4. Durante este período o emissor fica atento para assegurar que o frame que ele está enviando não
irá colidir com um frame enviado por outra estação;
5. Se não ocorrer nenhuma colisão os bits do frame são recebidos de volta com sucesso;
6. Se uma colisão ocorrer, o dispositivo envia um sinal “JAM” e espera um tempo randômico antes de
repetir o processo.
Por causa do algoritmo CSMA/CD, as redes 10Base5 e 10Base2 se tornam mais ineficientes na medida em
que a carga aumenta. De fato dois pontos negativos do CSMA/CD são:
 Todos os frames colididos enviados não são recebidos corretamente, então cada estação deve re -
enviar os frames. Isto desperdiça tempo no barramento e aumenta a latência para a entrega dos
pacotes colididos.
 A Latência pode aumentar para estações esperando até que o barramento Ethernet fique “sil encioso”.
Os hubs Ethernet foram criados com o advento do 10BaseT. Estes Hubs são essencialmente repetidores
multiporta. Eles estendem o conceito do 10Base2 e 10Base5 regenerando o mesmo sinal elétrico enviado
ao emissor original do frame em cada uma das portas. Deste modo as colisões ainda podem ocorrer e as
regras CSMA/CD continuam valendo.
OPERAÇÃO EM FULL-DUPLEX E HALF-DUPLEX
As placas de rede podem operar em Half-Duplex e Full-Duplex. As redes Ethernet foram projetadas para
operar em Hal-Duplex e a grande maioria das placas de rede ligadas a hubs operam em Half-Duplex.
Entretanto é possível ligar duas placas de rede em Full-Duplex como mostra a figura acima:
Como neste caso as colisões não são possíveis, a placa de rede (NIC) desabilita os seus ci rcuitos de Loop-
Back e conseqüentemente de detecção de colisões. Ambos os lados podem enviar e receber
simultâneamente. Isto reduz o congestionamento e dá as seguintes vantagens:
 As colisões não ocorrem, deste modo, não é gasto tempo em retransmissão d e pacotes;
 Não existe latência na espera por outros para enviar os frames;
 Existêm 10 Mbps nas duas direções, dobrando a capacidade disponível.
É claro esta configuração não é útil em muitos casos. Não é possível usar o Full-Duplex com a maioria dos
Hubs, mas é possível utilizá-lo com a maioria dos switches.
Cuidado: Ao configurar uma placa de rede forçando a operação para Full-Duplex, certifique-se que ela não
estará conectada a um HUB, pois uma placa em Full-Duplex não detecta colisões e não espera para
verificar se o cabo está silencioso, ocasionando múltiplas colisões.
4.4 ENDEREÇAMENTO DE LANS

Neste capítulo você vai aprender a identificar e interpretar os endereços de LAN, também conhecidos como
endereços MAC (Media Access Control). Uma função importante dos endereços MAC é identificar ou
endereçar as placas de rede em uma rede Ethernet, Token-Ring e FDDI. Os frames entre um par de
estações usam os endereços Fonte e Destino para se identificar. Estes endereços são chamados de
unicast.
Um dos objetivos da IEEE que definiu estes protocolos era ter endereços MAC globalmente únicos. A IEEE
administra este espaço de endereçamento. A primeira metade do endereço é um código que identifica o
Fabricante, este código é chamado o Organizationally Unique Identifier. A segunda parte é simplesmente
um número único entre as placas daquele fornecedor. Estes endereços são chamados de BIAs (Burned -in
Address). Os endereços das placas podem ser alterados vis software em um grande número de placas de
rede.
Outra função importante dos endereços IEEE MAC é o de endereçar mais de uma estação na rede. Os
endereços de grupo podem endereçar mais de um dispositivo na rede.
Broadcast Addresses – O tipo mais popular de endereço IEEE MAC é o endereço de Broadcast e têm o
valor de FFFF.FFFF.FFFF (Notação hexadecimal). O Endereço de Broadcast implica que todos os
dispositivos na LAN devem processar o Frame.
Nota: É comum ver vários tipos de notação para os endereços MAC as principais são:
Sem divisores FFFFFFFFFFFF
Separados por dois ponto FF:FF:FF:FF:FF:FF
Separados por traços FF-FF-FF-FF-FF-FF
Ou como a Cisco representa FFFF.FFFF.FFFF
Multicast Adresses – Usado pelo Ethernet e FDDI, o endereço de Multicast preenche as necessidades de
endereçar um subconjunto de equipamentos. Uma estação só irá processar um frame de multicast se ela
estiver configurada para tal. Por exemplo o endereço 0100.5eXX.XXXX – onde diferentes valores são
designados nos últimos três bytes. Estes endereços MAC são usados em conjunto com o IGMP (Internet
Group Multicast Protocol) e o multicast de IP.
Endereços Funcionais – Válido apenas para redes Token-Ring, os endereços funcionais identificam uma
ou mais interfaces que fazem uma função em particular. Por exemplo c0000.0000.0001 que identifica o
Active Monitor em uma rede Token-Ring.
4.5 QUADROS DE UMA REDE LAN (FRAMING)

No teste de CCNA você deve se lembrar de alguns detalhes sobre o conteúdo dos cabeçalhos para cad a
tipo de LAN, em particular o posicionamento dos campos de endereço fonte e destino. Também o nome do
campo que identifica o tipo de cabeçalho que segue (Protocol Field). O fato de que o FCS faz parte do
frame e fica no final também é essencial.
A especificação 802.3 limita o frame a um máximo de 1500 bytes. O campo dados foi projetado para
receber os pacotes da camada 3. O termo MTU (Maximum Transmission Unit) é usado para determinar o
tamanho máximo do cabeçalho de camada 3.
Os Slides acima lembram os detalhes dos Frames para cada tipo de LAN. Ethernet. Abaixo os Frames
Token-Ring e FDDI.
CAMPO TIPO DE PROTOCOLO NOS CABEÇALHOS DE LAN.
Em cada um dos frames acima um campo especifica o tipo de protocolo (IP, IPX, Decnet). No frame original
Ethernet especificado pela Digital, Intel e Xerox (DIX), os dois bytes do tipo especificam o protocolo e estes
números foram designados pela Xerox e listados na RFC 1700. Quando o IEEE substituiu o campo tipo
pelo campo Tamanho, ficou designado o DSAP (Destination Service Access Point) para esta tarefa,
entretanto este campo era de apenas um byte o que não permitia utilizar a codificação Tipo de dois bytes
pré-existente. Alguns fabricantes como forma de migração utilizaram o SNAP onde o DSA P é setado para
AA e o tipo de protocolo (IPX, IP, Decnet) é colocado no campo SNAP.

Tabela de identificação do tipo de protocolo nos campos do cabeçalho.


Nome do Campo Tamanho Tipo de Rede Comentários
Ethernet Tipo 2 Bytes Ethernet RFC1700 lista os valores. A XEROX
detêm o processo de designação
802.2 DSAP SSAP 1 Byte IEEE Ethernet O IEEE Registration Authority controla
Cada IEEE Token-Ring a designação dos valores válidos.

ANSI FDDI
Protocolo SNAP 2 Bytes IEEE Ethernet Usa os valores do campo Ethernet
Tipo. Usado apenas quando o campo
IEEE Token-Ring
DSAP está setado para AA. Necessário
ANSI FDDI pois o DSAP só tem um byte.
4.6 RECURSOS E BENEFÍCIOS DO FAST ETHERNET E GIGABIT ETHERNET

Para aumentar a velocidade das redes ethernet existentes há indústria de redes especificou um rede
ethernet com mais velocidade que operava há 100 Mbps que ficou conhecida como Fast Ethernet.
Fast Ethernet pode ser usada de diversas maneiras, como link entre dispositivos de camadas de acesso e
distribuição, suportando o tráfego acumulado de cada segmento ethernet no link de acesso. Pode ser usado
também para prover a conexão entre a camada de distribuição e núcleo, porque o modelo de rede suporta
dois links entre cada camada de distribuiçao e núcleo, o tráfego acumulado de switches de múltiplos acesso
pode ser balanceado entre as conexões.
Muitas redes cliente/servidor possuem problemas pois muitas estações tentam acessar o mesmo servidor
ao mesmo tempo criando um gargalo, para melhorar a performance de uma rede cliente/servidor podemos
conectar estes servidores com links fast ethernet.
Fast Ethernet é baseada em CSMA/CD (Carrier Sense Multiple Access Collision Detect), protocolo de
trasmissão Ethernet, que controla colisões na rede. E rod a sobre cabos UTP ou fibra.
Possui também os recursos :
Media Independent Interface (MII) – permite Fast Ethernet trabalhar com especificações da camada física:
100Base-TX, 100Base-T4 e 100Base-FX.
Auto Negociação – Adaptadores de rede 10/100 Fast Ethernet podem ser instalados em todas as estações
durante a transição de uma rede para Fast Ethernet, permitindo assim a rede negociar entre equipamentos
que falam a 10 Mpbs e que falam a 100 Mpbs.
RECOMENDAÇÕES E LIMITAÇÕES DE DISTÂNCIA DO FAST ETHERNET
Fast Ethernet tem suas limitações de distância tais como mostra a tabela abaixo:
Tecnologia Categoria do Cabo Tamanho do cabo
100Base-TX EIA/TIA Cat. 5 UTP(2 pares) 100 metros
100Base-T4 EIA/TIA Cat. 3,4 e 5 UTP (4 pares) 100 metros
100Base-FX MMF 400 metros(half-duplex)
2000 metros(full-duplex)

4.7 GIGABIT ETHERNET

Gigabit Ethernet não faz parte do exame de CCNA, mas é parte integrante do conjunto de tecnologias do
Ethernet. Normatizado pela IEEE sob o código 802.3z, o GigaEthernet vêm se tornando cada vez mais
popular. Na maioria dos caso a implementação física é feita por um GBIC (Gigabit Interface Card). O
Gigabit pode rodar em fibra ou par trançado. Veja abaixo os GBICs disponíveis:

GBIC

Short wavelength (1000BASE-SX)

Long wavelength/long haul (1000BASE-LX/LH)

Extended distance (1000BASE-ZX)

ESPECIFICAÇÕES DO GIGABIT ETHERNET EM FIBRA (CISCO)


GBIC Wavelength Fiber Core Size 1 Modal Bandwidth Cable Distance
(nm) Type (micron) (MHz/km)
SX2 850 MMF 62.5 160 722 feet (220
meters)
(WS- 62.5 200 902 feet (275
G5484) meters)
50.0 400 1640 feet (500
meters)
50.0 500 1804 feet (550
meters)
LX/LH 1310 MMF3 62.5 50 1804 feet (550
meters)
(WS- 50.0 400 1804 feet (550
G5486) meters)
50.0 500 1804 feet (550
meters)
SMF 8.3/9/10 - 6.2 miles (10 km)
ZX 1550 SMF 8.3/9/10 - 43.5 miles
(70 km)
(WS- 8 - 62.1 miles
G5487) (100 km)4

GIGABIT ETHERNET EM PAR TRANÇADO

O Gigabit Ethernet funciona com distância máxima de 100 metros em cabo categoria 5 em full -duplex. As
especificações e limitações são praticamente as mesmas do FastEthernet. São raros os casos onde é
necessário rodar GigabitEthernet até a estação. Entretanto se este for o caso é interessante veriificar o
cabeamento com um cable-scanner para verificar se ele atende as necessidades do Gigabit.
4.8 CONCEITOS DE BRIDGING E SWITCHING E SPANNING TREE

Para obter sucesso na prova de CCNA deve-se entender os conceitos de Transparent Bridging e LAN
Swtiching. O IOS também suporta outras formas de bridging como Source -Route Bridging (Comum em
ambientes Token-Ring), Source-Route Transparent Bridging e Source-Route Translational Bridging. De
acordo com o guia de estudos de CCNA da Cisco se espera do CCNA compreender as Bridges
transparentes.

TRANSPARENT BRIDGING
Uma bridge estende à distância máxima permitida da rede conectando os seus segmentos. Bridges passam
sinais de um segmento de rede para o outro baseado na localização física do dispositivo de destino.
Uma Bridge Transparente é chamada assim porque cada dispositivo final não precisa conhecer a(s)
bridge(s) existentes no caminho, em outras palavras o computador na LAN não se comporta de manei ra
diferente com a presença ou não de uma bridge transparente.
Bridging Transparente é o processo de encaminhar frames, quando apropriado. Para executar esta função
ela necessita efetuar algumas tarefas:
 Aprender os endereços MAC, examinando o endereço MAC fonte de cada frame recebido.
 Decidir quando deve encaminhar, ou filtrar, um frame baseado no endereço MAC destino.
 Criar um ambiente sem loops com outras bridges usando o protocolo Spanning-Tree.
CARACTERÍSTICAS DO COMPORTAMENTO DE UMA BRIDGE
TRANSPARENTE:
 Frames de Broadcast e Multicast são encaminhados pela bridge.
 A Bridge trabalha na camada 2(enlace) do modelo OSI, independente de todos os protocolos das
camadas superiores e pode enviar frames provenientes de todas camadas superiores.Com isso cria
um único domínio de broadcast, todos os dispositivos em todos os segmentos conectados à bridge
pertencem a uma única subnet.
 A operação das Bridges segue a filosofia Store and Forward. Todos os frames são recebidos por
inteiro antes de serem encaminhados.
 A Bridge transparente deve processar o frame, o que também aumenta a latência (Compara à um
único segmento de rede ou um Hub).
Exemplo de Bridging:

Passo 1 – O PC é pré-configurado com um endereço IP do DNS; ele deve usar o ARP para encontrar o
endereço MAC do servidor DNS;
Passo 2 – O DNS responde ao pedido ARP com o seu endereço MAC 0200.2222.2222;
Passo 3 – O PC pede a resolução do nome pelo DNS do nome d o servidor WEB;
Passo 4 – O DNS retorna o endereço IP do servidor WEB para o PC;
Passo 5 – O PC não sabe o endereço MAC do servidor WEB, mas ele conhece o seu endereço IP, então
ele usa novamente o ARP para aprender o endereço do servidor WEB;
Passo 6 – O servidor web responde ao ARP, dizendo que seu endereço MAC é 0200.3333.3333;
Passo 7 – O PC pode agora enviar frames diretamente ao servidor WEB.
4.9 SWITCHING

Switching funciona da mesma forma lógica que uma bridge transparente, entretanto o switch é o timizado
para executar funções básicas de quando encaminhar ou quando filtrar um frame. Em um switch, decisões
de como filtrar frames são feitas com a utilização de um chip (hardware), enquanto que em bridges são
feitas utilizando software. O funcionamento de um switch é baseado na construção de uma tabela contendo
todos os endereços MAC de todos os dispositivos conectados a cada porta do switch, quando um novo
frame chega é verificado o MAC de destino do dispositvo e o frame é enviado somente para a porta a qual
ele foi destinado.
EXEMPLO DE SWITCHING:

Passo 1 – O Frame é recebido;


Passo 2 – Se o destino é um Broadcast ou Multicast, encaminha em todas as portas;
Passo 3 – Se o destino é unicast e o endereço não está na tabela de endereços, encaminha em todas as
portas.
Passo 4 – Se o destino é unicast e o endereço está na tabela de endereços, encaminha o frame para a
porta associada, a menos que o endereço MAC esteja associado com a porta de entrada.

Em um switch cada porta cria um segmento único, cada segmento é chamado de domínio de colisão porque
frames enviados para qualquer dispositivo naquele segmento podem colidir com outros frames do
segmento. Switches podem encaminhar broadcasts e multicasts em todas as portas. Entretanto, o impacto
de colisões é reduzido porque dispositivos conectados a diferentes portas de um switch, pertencem a um
segmento Ethernet, introduzindo o termo de domínio de broadcast.
A diferença entre os conceitos de domínio de colisão e domínio de broadcast é que somente roteado res
param o fluxo de broadcast de uma rede, switches e bridges não, enquanto que em um domínio de colisão,
tanto switches, bridges e routers isolam o fluxo de colisões no segmento.
EXEMPLO DE DOMÍNIO DE COLISÃO:

EXEMPLO DE DOMÍNIO DE BROADCAST:


Como definições gerais podemos dizer:

Um domínio de colisão é um conjunto de interfaces (NICs) para qual o frame enviado por uma NIC pode
resultar em uma colisão com um frame enviado por outra NIC no domínio de colisão.
Um domínio de Broadcast é um conjunto de NICs para as quais um frame de Broadcast enviado por uma
NIC será recebido por todas as outras NICs naquele domínio de Broadcast.
4.10 SEGMENTAÇÃO DE REDES

Quando se fala em segmentação da rede, fala-se em conceitos, vistos acima, como bridging, switching e
outro que será visto posteriormente, routing. Cada conceito cria sua própria forma de trabalhar conforme
suas características, segmentando as redes de formas diferentes, tendo como objetivo a melhoria no
tráfego na LAN. Na tabela que segue vemos as características de cada conceito na criação de seus
segmentos de rede.
Característica Bridging Switching Routing
Encaminha broadcasts ? Sim Sim Não
Encaminha multicasts ? Sim Sim Não, mas podem
ser configurados
para sim
Camada OSI ? Camada 2 Camada 2 Camada 3
Formas de encaminhar ? Store-and- Store-and-forward, Store-and-forward
forward cut-through,
FragmentFree
Permite fragmentação Não Não Sim
Frame/Pacote?

Na tabela abaixo mostramos uma comparação entre uma LAN em um único segmento e Múltiplos
Segmentos, devemos interpretar que estamos querendo migrar de um único segmento para múltiplos e
temos que verificar, que vantagem, temos se utilizarmos bridges, switches ou routers.
Característica Bridging Switching Routing
Permite maiores distâncias de Sim Sim Sim
cabos;
Diminui colisões, assumindo Sim Sim Sim
igual carga de tráfego;
Diminui o impacto de Não Não Sim
broadcast;
Diminui o impacto de multicast; Não Sim, com CGMP Sim
Aumenta o uso largura de Sim Sim Sim
banda
Permite filtros na camada 2 Sim Sim Sim
Permite filtros na camada 3 Não Não Sim
Dentre todas as características vistas a mais importante é o método de tratamento de broadcasts e
multicasts.
4.11 PROBLEMAS DE CONGESTIONAMENTO EM REDES LOCAIS

As principais causas dos problemas de congestionamento de rede são:

 Novas tecnologias que chegam ao mercado;


 Aplicações mais pesadas (vídeo e tele-conferência);
 Projeto de LAN mal elaborado, projetos que não vislumbram o futuro;
Soluções:
 Segmentação de redes
 Mudança de equipamentos (switches, bridges)
 Elaboração de projetos prevendo futuro
4.12 EXERCÍCIOS TEÓRICOS:

1. Um domínio de colisão é limitado por quais dispositivos ?


A. Bridges
B. Switches
C. Nós
D. Repetidores

2 –Um domínio de Broadcast é limitado por quais dispositivos ?


A. Bridges
B. Switches
C. Roteadores
D. Repetidores

3 – O comitê Ethernet CSMA/CD é definido como:


A. 802.2
B. 802.3
C. 802.5
D. 802.4

4 – Qual das seguintes é uma característica de um switch e não de um repetidor ?


A. Os switches encaminham pacotes baseados no endereço IPX e IP do cabeçalho do frame;
B. Os switches encaminham os pacotes baseados apenas nos endereços IP nos pacotes;
C. Os switches encaminham pacotes baseados nos endereços IP dos frames;
D. Os switches encaminham os pacotes baseados nos endereços MAC dos frames.

5 – Escolha tudo que é necessário para suportar a tecnologia Full-Duplex.


A. Múltiplos caminhos entre múltiplas estações em um link;
B. Placas de rede Full-Duplex;
C. Loopback e detecção de colisões desabilitado;
D. Detecção automática da operação Full-Duplex nas estações.

6 – Quais são duas tecnologias que o 100BaseT usa ?


A. Switching com células de 53 Bytes
B. CSMA/CD
C. IEEE 802.5
D. IEEE 802.3u

7 – Escolha as vantagens da segmentação com roteadores


A. Gerenciabilidade;
B. Controle de Fluxo;
C. Controle explicito do tempo de vida do pacote;
D. Múltiplos caminhos ativos.

8 – Algumas vantagens de segmentar com Bridges são:


A. Filtragem de datagramas
B. Gerenciabilidade
C. Confiabilidade
D. Escalabilidade

9 – Qual a distância máxima de um link de fibra half-duplex multi-modo 100BaseFx.


A. 100 m
B. 415 m
C. 2.000 m
D. 10.000 m

10 – Qual a distância máxima de um link de fibra multi-modo Gigabit Ethernet 1000BaseSX.


A. 275m
B. 500m
C. 5 Km
D 10 Km

Respostas:
LAB 4.1 SEGMENTAÇÃO DE REDES

Cenário 1: Após fazer uma análise de uma rede de uma empresa de propaganda você descobriu as
seguintes informações:
Topologia Física

Numero de estações 100


Número de servidores 4
Número de colisões elevado
Principais aplicações:
Editoração eletrônica na rede Appletalk dos MACs
Aplicativos administrativos rodando em Netware na rede da área administrativa
Reclamações dos usuários
 Em alguns horários do dia as estações perdem a conexão com o servidor.
 Logo pela manhã a rede está boa, mas em horários como às 10 horas da manhã e 4 horas da tarde
fica impossível trabalhar.
 A impressão de fotolitos está proibida durante o dia, pois se for ativada a rede praticamente para.
Deste modo é preciso fazer horas extras em determinadas impressões.

O que você sugeririria à uma empresa como esta se o caso fosse real:

Prepare-se para discutir a sua solução em classe.


LAB 4.2 SEGMENTAÇÃO DE REDES

Cenário 2 – Após fazer uma análise de uma rede em uma grande empresa de manufatura você descobriu
as seguintes informações:

Número de estações: 2100


Número de servidores 30
Número de Broadcasts elevado
Principais aplicações da área administrativa:
ERP/CRM/Supply Chain
Principais aplicações da área industrial:
CAD/CAM
Reclamação dos usuários:
 Desde que a rede da área industrial foi ligada à rede administrativa a performance caiu. Notou-se
também que as estações ficaram mais lentas e que a utilização de CPU é alta mesmo sem o
usuário estar trabalhando.
 As estações 486 antigas ficaram muito lentas e não eram assim antes.
 A empresa sempre usou switches low-end, pois até o momento sempre deram um bom resultado com
um custo baixo, mas todos são camada 2.
Capítulo

5-
5
SWIT
CHS
CISCO

5-1 INTRODUÇÃO

Neste módulo abordaremos o Modelo Hierárquico em camadas de um switch CISCO, também estudaremos
os métodos de operação de um switch e por fim o protocolo Spanning-Tree.
Grandes redes podem ser extremamente complicadas, com múltiplos protocolos, detalhes de configuração
e diversas tecnologias. O Modelo de forma hierárquica pode ajudar a diminuir esta complexidade colocando
estes detalhes em um modelo de fácil compreensão, ajudando a você projetar, implementar e manter uma
rede escalonável, confiável e de custo mais baixo.
5-2 OBJETIVOS

Ao terminar este capítulo você deve ser capaz de descrever e aprender os tópicos abaixo.
 Modelo Hierárquico
 O Modelo Hierárquico da Cisco
 As Camadas do Modelo Hierárquico da Cisco
 Métodos de Switching
 Protocolo Spanning-Tree

5-3 MODELO HIERÁRQUICO DA CISCO

Como podemos observar na figura acima, o Modelo Hierárquico da Cisco contém três camadas:
 A Camada do Núcleo (Core Layer)
 A Camada de Distribuição (Distribution Layer)
 A Camada de Acesso (Access Layer)
Cada camada possui suas responsabilidades como veremos a seguir:
CAMADA DO NÚCLEO (CORE LAYER)
Como o próprio nome diz é o núcleo de uma rede, esta localizada na parte mais alta do Modelo Hierárquico
da Cisco, sendo responsável por transportar grandes quantidades de tráfego de forma confiável e rápida.
Nesta camada qualquer falha afeta todos os usuários da rede.
Baseados na sua função temos que fazer algumas considerações sobre como projetar esta camada:
 Projete a rede de forma confiável. Considere tecnologias que facilitam redundância e velocidade, tais
como, FDDI, Fast Ethernet (com links redundantes) e ATM;
 Projete com “velocidade” na cabeça;
 Selecione protocolos com baixo tempo de convergência.
Algumas considerações que não devemos fazer no core:
 Não fazer nada que deixe o tráfego na rede lento, isto inclui, utilizar lista de acessos, roteamento
entre VLAN´s, e filtros de pacotes;
 Não suportar acesso em grupo nesta camada;
 Evitar expandir o núcleo quando a rede crescer, preferível efetuar upgrades nos equipamentos do que
aumentar o número dos mesmos.
A CAMADA DE DISTRIBUIÇÃO (DISTRIBUTION LAYER)
Chamada de camada de grupo de trabalho, pois é o ponto de comunicação entre a camada de acesso e a
de núcleo. A principal função da camada de distribuição é fornecer roteamento, filtros e acesso WAN, e para
determinar como os pacotes acessam o núcleo, se necessário.
A camada de distribuição deve determinar o caminho mais rápido para atender uma requisição de um
determinado serviço da rede, depois da camada de distribuição descobrir o melhor caminho ela envia a
requisição para a camada de núcleo, que rapidamente transporta a requisição para o serviço correto.
Baseados na sua função, temos que fazer algumas considerações sobre como projetar esta camada:
 Implementar ferramentas, tais como, lista de acessos, filtros de pacotes;
 Implementar políticas de segurança de rede, incluindo tradução de endereços e firewall;
 Redistribuir protocolos de roteamento, incluindo rotas estáticas;
 Criar rotas entre VLAN´s e outras funções de suporte a trabalho em grupos;
 Definir domínio de broadcast e multicast.
Nesta camada devemos apenas evitar funções que pertençam a outras camadas.
A CAMADA DE ACESSO (ACCESS LAYER)
Chamada assim por ser a camada que controla o acesso aos recursos da rede para os usuários e grupos
de trabalho, encontra-se localizada na camada mais baixa do Modelo Hierárquico da Cisco.

Baseados na sua função, temos que fazer algumas considerações sobre como projetar esta camada:
 Continuar a implementar controle de acesso e políticas;
 Criar domínios de colisão separados (segmentar a rede);
 Garantir a conectividade de grupos de trabalhos dentro da camada de distribuição.

Nesta camada devemos apenas evitar funções que pertençam a outras camadas.
MÉTODOS DE SWITCHING
A forma de encaminhamento de frames dentro de um switch depende do tipo de método de operação que
você escolhe, como vimos no capítulo anterior nas bridges o método de operação era “Store and Forward” ,
nos switches além deste temos mais dois, Cut-through e FragmentFree.

Store and Forward

Neste método o switch copia o frame inteiro para o buffer onde efetua a checagem (CRC), se o frame conter
erros, se for muito pequeno(menos de 64 bytes incluindo o CRC), ou se for muito longo ( mais de 1518
bytes incluindo o CRC), o frame é descartado. Se não o switch olha o endereço MAC no campo destino
checa na sua tabela a porta correspondente e envia para a porta certa. A latência (tempo de atraso) é
variável, dependendo do tamanho do frame. Este modelo é utilizado pelos switches da série Catalyst 5000,
e não pode ser modificado nestes switches.
Cut-Through

Neste método o switch copia somente o endereço de destino (primeiros 6 bytes após os bytes
correspondentes ao preambulo) dentro do buffer. Ele então olha o endereço MAC destino, checa a tabela e
envia para a porta certa. Neste método a latência é menor porque ele inicia o envio do frame assim que os
bytes correspondentes ao campo destino chegam ao switch. Como neste método não temos checagem de
CRC, alguns switches podem ser configurados para Store and Forward, mas com um valor de erro mínimo
habilitado, assim se a taxa de erro for menor do que o valor estipulado o switch começa a trabalhar no modo
Cut-through.

FragmentFree

É uma forma de Cut-through modificada, na qual ele espera também pelos bytes correspondentes a colisão
(64 bytes) passar para enviar o frame. Normalmente se temos erros nos frames eles estam neste 64 bytes.
A latência aumenta muito pouco com relação ao da Cut-through. Este método é o método default dos
switchs Catalyst 1900.
5.4 DIFICULDADES ENFRENTADAS EM REDES COM SWITCHES

Os Switches são projetados para operarem logo após instalados sem nenhuma configuração. Entretanto em
alguns casos alguns problemas podem ocorrer. Um Switch mal configurado ou mal posicionado dentro da
topologia pode ter efeitos catastróficos. A seguir mostramos alguns dos principais problemas.

BROADCAST STORMS
Em algumas topologias, como descritas na figura abaixo a chance de ocorrer um loop através da rede é
bem real. Por exemplo, com dois switches fazendo uma conexão redundante de um segmento para outro, a
ação padrão do switch é forçar todos os broadcasts de um segmento para outro causando um loop eterno
pela rede.

Figura 5.1 A Estação transmite um Broadcast no segmento A

Figura 5.2 Ambos os Switches ouvem o Broadcast e encaminham para o segmento B


Figura 5.3 Ambos os Switches continuam a armazenar e encaminhar os frames de Broadcast.

Nota: A Maioria dos Switches tem um limite de quantos Broadcasts podem ser encaminhados em um
determinado período para evitar que um Broadcast Storm cause uma paralisação total da rede. É
importante verificar na configuração do Switch qual o padrão e como configurar estes parâmetros .

MÚLTIPLAS CÓPIAS DE UM FRAME


Em topologias com switches redundantes em certas circunstâncias ocorrerá a duplicação de frames. Como
mostrado na figura abaixo, quando um frame é transmitido para um endereço de destino DMAC e este
endereço ainda não está ativo em nenhuma das tabelas dos switches, ambos os switches vão tentar
encaminhar o frame para todos os outros segmentos conectados. Entretanto como ambos os segmentos
são compartilhados, apenas um dos switches vai ter acesso ao meio no segundo segmento em um dado
instante (algoritmo CSMA/CD). O Switch então transmite o frame para o segundo segm ento. Neste
momento existêm duas cópias do Frame transitando pela rede. Neste momento o segundo switch irá
observar o frame no segmento e vai determinar que a estação A mudou de segmento e vai encaminhar o
Frame de volta ao segmento A. O processo então vai se repetir causando um loop na rede.

Figura 5-4 O Nó A transmite um frame para o Nó C. O Endereço MAC não está em nenhuma das tabelas
MAC dos switches.
Figura 5.5 Duas cópias do frame agora existêm na rede

Figura 5.6 O Frame inicial agora é recebido uma segunda vez pelo Nó C
5.5 O PROTOCOLO SPANNING-TREE (STP)

Especificado pela norma da IEEE 802.1D o propósito do protocolo Spanning -Tree é dinâmicamente criar
uma rede com bridges e switches em que exista apenas um caminho ativo entre um par qualquer de
segmentos de rede (Domínios de Colisão). Para atingir este objetivo, todas as bridges e switches usam um
protocolo dinâmico. O resultado deste protocolo é que cada interface de uma bridge irá ficar em um estado
de “blocking”ou de “forwarding”. “Blocking” significa que uma interface não pode enviar ou receber frames,
mas ela pode enviar e receber CBPDUs – Configuration Bridge Data Units. “Forwarding” significa que o
dispositivo pode enviar e receber frames. Colocando o conjunto correto de portas em estado “Blocking” é
possível criar um único caminho lógico entre um par de redes.
Como sabemos se múltiplas conexões entre switches são criadas para redundância, “loops” na rede podem
ocorrer, aumentando o congestionamento na rede, o STP (Spanning-Tree Protocol) foi criado com o intuito
de parar os “loops” e permitir a redundância.
Os principais benefícios do Spanning-Tree são:
 É possível ter links fisicamente redundantes, que podem ser usados quando outro link falhar;
 A lógica da bridge é confundida com múltiplos caminhos ativos para o mesmo endereço MAC, o STP
evita isto criando um único caminho;
 Loops em uma bridge são evitados.
COMO OPERA O SPANNING-TREE

STP encontra todas as conexões na rede e derruba todas as conexões redundantes, com isso qualquer
“loop” que podia estar ocorrendo na rede é eliminado. O STP resulta m cada uma das portas sendo
colocada em um de dois estados “forwarding” ou “blocking”

A forma como ele faz isso, é elegendo uma “ponte raiz” (root bridge) que irá decidir sobre a topologia de
rede, pode-se ter somente uma root bridge em uma rede. As portas desta root bridge são denominadas
“portas designadas” (designated ports), que estam em estado de operação chamado de “modo de
encaminhamento” (forwarding-state), que enviam e recebem o tráfego da rede.
Outros switches na rede são chamados de “pontes não -raiz” (nonroot-bridge), entretanto a porta com menor
custo para a root bridge são chamadas de “porta raiz” (root port), estas portas também enviam e recebem o
tráfego na rede.
As portas com “menor custo de caminho” (lowest-cost path) para a root bridge são as designated ports, as
outras portas são chamadas de “portas não designadas” e estam em estado de operação chamado “modo
de bloqueio” (blocking state), neste modo estas portas não enviam e não recebem o tráfego da rede.
SELECIONANDO A PONTE RAIZ (ROOT BRIDGE)
Switches e bridges que rodam o protocolo STP trocam informações que são chamados BPUD (Bridge
Protocol Units Data). BPUDs enviam mensagem com configuração utilizando frames multicast. O ID de
cada dispositivo é enviado para os outros dispositivos através das BPUDs, a cada 2 segundos, este ID é
utilizado para determinar quem será a root bridge, pois neles temos dois campos importantes, prioridade e o
endereço MAC do dispositivo. A prioridade default em todos os dispositivos rodando o protocolo STP IEEE
é 32768 (0x8000).
Para determinar a root bridge é feita uma combinação dos campos endereço MAC e prioridade. Se dois
switches tem a mesma prioridade o switch com o menor endereço MAC será a root bridge. Por exemplo,
temos um switch com prioridade 0x8000 e endereço MAC:0000.0C00.1111.1111 e outro switch com mesma
prioridade e endereço MAC:0000.0C00.2222.2222, neste caso o primeiro switch será a root bridge.
Na figura abaixo temos um cabeçalho de um BPUD transmitido por um switch 1900, com prioridade:0x8000
e endereço MAC:00:b0:64:75:6b:c0.

Podemos observar na figura que o campo “Cost of Path to Root” esta com valor zero, isto indica que esta
BPUD é de um switch que atualmente é a root bridge.
SELECIONANDO A DESIGNATED PORT
Para determinar a porta ou portas que serão usadas para comunicar com a root bridge, você deve
determinar o custo do caminho (path cost). O custo do STP é total acumulado baseado na largura de banda
das conexões. Na figura abaixo temos uma tabela com o custo para diferentes redes Ethernet.
Baseado no resultado obtido, as portas com o menor custo entrarão em forwarding state, enquanto as
outras serão colocadas em blocking state.
ESTADO DAS PORTAS
As portas em uma bridge ou switch rodando o protocolo STP podem variar entre quatro estados:
 Bloqueada (Blocking) - Não trafega frames, por default todas as portas estam neste estado quando
ligadas, por possuirem um mair custo até a root bridge, evitando assim os “loops”, BPUDs
continuam sendo recebidas;
 Escutando (Listening) – Escuta BPUDs para garantir que não irão ocorrer “loops” na rede antes de
passar os frames;
 Aprendendo (Learning) – Aprende endereços MAC e constrói a tabela de filtros, mas não transmite
frames;
 Encaminhando (Forwarding)– Envia e recebe o tráfego da rede, esta porta é a que possui menor
custo para a root bridge.
Se ocorrerem mudanças na topologia da rede, devido a falha de conexões, ingresso de novos
equipamentos, as portas da bridge ou switch passam para o estado de listening e learning.
5.6 CONVERGÊNCIA

Convergência ocorre quando bridges e switches estam mudando seus estados para bloqueadas ou
encaminhando, neste período nenhum tráfego ocorre na rede, até que todos os dispositivos na rede
possuam o mesmo banco de dados.

O maior problema quando ocorre a convergência é o tempo para os dispositivos se atualizarem, devido a
isso as vezes é necessários fazer alguns ajustes nos “timers” do protocolo STP.

STP-TIMERS
O protocolo STP possui os seguintes timers:
 Hello time – 2 sec. – tempo de envio do BPUDs;
 Maximum time (max age) – 20 sec. – transição do estado blocking para listening;

 Forward delay (fwd delay) – 15 sec. – transição do estado listening para learning
ou learning para forwarding.
EXEMPLO DO PROTOCOLO STP
Na figura acima podemos observar como funciona o protocolo STP.
Determinar a root bridge:

Observamos que todos os switches possuem prioridade default:32768, então para determinar quem será o
root bridge utilizamos o endereço MAC, que segundo a figura o switch 1900 A possui o menor endereço
MAC, portanto ele é o root bridge.
Determinar a root port:

Tendo como root bridge o switch 1900 A, temos que determinar a root port dos switchs 1900 B e 1900 C,
como em ambos os switch a porta zero(0) esta a 100Mbps. Esta é a root port.
Determinar a designated port:

Como vimos a root bridge tem todas as portas designadas, portanto precisamos determinar quem será a
porta designada entre o 1900 B e 1900 C. Ambos tem o mesmo custo para alcançar a root bridge, portanto
utilizamos novamente o ID, neste caso o 1900 B tem o menor, portanto a porta um (1) do switch 1900 B se
torna também uma porta designada em estado de forwarding, enquanto que a porta 1 do Switch 1900 C,
fica em estado de blocking, evitando assim “loops”.
5.7 EXERCÍCIOS TÉORICOS

1 – Um Switch transparente requer que os nós finais sejam configurad os para o seu funcionamento
A. Verdadeiro
B. Falso

2 – Qual dos seguintes não é um método válido de switching em um switch Cisco 1900.
A. Store and Forward
B. Fast-Forward
C. Cut-Through
D. Fragment-Free

3 – Bridging e Switching são ambos governados por qual padrão


A. ANSI 802.1D
B. IEEE 802.1D
C. IETF 802.1D
D. ITU/T 802.1D

4 – Qual dos seguintes representa uma transmissão válida de um para muitos em ema rede Ethernet
A. Simulcast
B. Broadcast
C. Unicast
D. Multicast

5 – Qual é a primeira eleita no processo do Spanning Tree.


A. Designated Bridge
B. Bridge Elect
C. Root Bridge
D. Segment Bridge
6 – Durante a eleição da Root Bridge será selecionada a Bridge com:
A. O menor MAC Address
B. O maior MAC Address
C. O menor Bridge ID
D. o maior Bridge ID

7 – O que significa o acrônimo BPDU.


A. Bridge Packet Data Unit
B. Base Protocol Data Unit
C. Binary Packet Data Unit
D. Bridge Protocol Data Unit

8 – O processo de Listen e Learn do processo Spanning Tree ocorrem so bre que intervalo cada?
A. 10 segundos
B. 20 segundos
C. 30 segundos
D. 15 segundos

9 - O que é verdadeiro quando a porta está no estado Bloqueado no algoritmo STP?


A. Nenhum frame é recebido ou enviado
B. BPDUs são enviadas e recebidas.
BPDUs são recebidas

D. Frames são enviados e recebidos normalmente.

10 – Quais os estados de uma porta quando temos o protocolo STP?


A. - Blocking, Listening, Learning, Forwarding.
B. – Blocking ;Learning
C – Listening, Reading, Copying, Forwarding
D – Copying, Reading, Blocking, Learning

Respostas:
5.8 EXERCÍCIO PRÁTICO:

Dada a figura abaixo utilizando os conceitos de STP, indique:

Quem é:
1. root bridge
2. root ports
3. designated ports
4. non-designated ports
5. Estado de cada porta nos switches
Capítulo

6-
6
VLAN
S
6.1 OBJETIVOS

Ao final desta seção o aluno deverá ser capaz de conceituar uma VLAN e apontar as principais formas de
uso de VLANs na prática. Deve ser capaz de definir os membros de uma VLAN e identificá-los. A aluno
deve ainda conhecer os recursos de trunking e roteamento entre VLANS.
6.2 INTRODUÇÃO - O QUE É UMA VIRTUAL LAN

Uma VLAN é um domínio de broadcast criado por um ou mais switches. A VLAN é criada via configuração
no switch. Se por necessidade de projeto, três domínios de broadcast separados forem necessários, três
switches podem ser usados, um para cada domínio de broadcast. Cada switch pode ser conectado a um
roteador de tal maneira que os pacotes podem ser roteados entre domínios de broadcast diferentes. Ao
contrário, usando VLANs, um switch pode ser usado e o switch pode tratar três diferentes conjuntos de
portas como diferentes domínios de broadcast.
As transparências com as figuras 1 e 2 mostram uma comparação de duas redes. Cada uma com três
domínios de broadcast. No primeiro caso, três switches são usados e VLANs não são necessárias. Cada
switch trata todas as portas como membros de um domínio de broadcast. Na figura 2, um switch é usado,
sendo que o switch é configurado de tal maneira que as portas estão em três domínios de broadcasts. Nos
dois casos, domínios de broadcasts implicam em grupos nível 3 separados. Um roteado r é necessário para
encaminhar tráfego através dos diferentes grupos nível 3.
O switch na figura 2 envia frames para a interface no roteador somente se o frame é um broadcast ou é
destinado para um dos endereços MAC do roteador. Por exemplo, Fred envia frames para o endereço MAC
da interface E0 do roteador quando tenta se comunicar com Barney. Isto ocorre porque o gateway default
de Fred deve ser o endereço IP da interface E0. Todavia, quando Fred envia frames para Dino, o endereço
MAC de destino do frame é o endereço MAC do Dino e não há necessidade do switch envolver o roteador
nesse processo de comunicação. Broadcasts enviados pelo Fred não vão para outras VLANs porque a
VLAN está num domínio de broadcast separado.
VLANs são fáceis de serem movidas, adicionadas e alteradas. Por exemplo, se Barney foi deslocado para
um diferente escritório, na qual foi conectado a uma porta diferente no switch, ele pode ainda ser
configurado para estar na VLAN 3. Nenhum alteração de endereço nível 3 é necessário, ou seja, nenhuma
alteração precisa ser feita no host Barney.
Para implementar uma VLAN em um switch, uma tabela de endereços separados é usada para cada VLAN.
Se um frame é recebido numa porta na VLAN 2, a tabela de endereços VLAN 2 será pesquisada. Quando o
frame é recebido, o endereço de origem é verificado se existe na tabela de endereços. Caso seja
desconhecido, ele é adicionado à tabela de endereços. Além disto, o endereço de destino é verificado para
que uma decisão de encaminhamento possa ser feita. Para ambos os modos de aprendizado e
encaminhamento, a pesquisa é feita na tabela de endereços somente daquela VLAN.
Implementar VLANs com vários switches adiciona mais complexidade. A figura 3 ilustra a situação de uma
rede com dois switches e duas VLANs.
Devido ao switch nível 2 criar segmentos de domínio de colisão individuais para cada dispositivo ligado ao
switch, as restrições de rede Ethernet são dissipadas, na qual redes maiores podem ser construídas. Com
um número maior de usuários e dispositivos na rede, cada dispositivo terá que manipular um número maior
de broadcasts e pacotes.
Outro problema com uma rede nível 2 plana é a segurança, já que todos os usuários podem ver todos os
dispositivos. Não há como impedir que os dispositivos não encaminhe m pacotes de broadcast e os usuários
parem de responder a esses pacotes. A segurança está restrita as senhas nos servidores e outros
dispositivos. Através de VLANs, muitos problemas de redes com switches nível 2 podem ser resolvidos.
CONTROLE DE BROADCAST
Broadcasts ocorrem em todos os protocolos, mas com que freqüência ocorrem depende, do protocolo, do
aplicativo executando na rede e como os serviços são usados.
Alguns aplicativos mais antigos têm sido reescritos para reduzir necessidades de largura de banda.
Todavia, há uma nova geração de aplicativos que são consumidores de largura de banda, consumindo tudo
que encontram. Exemplos são aplicativos de multimídia que usam broadcast e multicast intensivamente.
Falhas em equipamentos, segmentações inadequad as e firewalls pobremente projetados podem também
adicionar problemas para aplicativos de broadcast intensivo. Roteadores, por default, enviam broadcasts
somente dentro da rede que originou, mas os switches encaminham broadcasts para todos os segmentos.
Isto é chamado de uma Rede Flat porque é um domínio de broadcast.
Como administrador, deve-se ter certeza que a rede está segmentada apropriadamente para que os
problemas de um segmento não se propaguem por toda a rede. A maneira mais efetiva de evitar os
problemas é a utilização de switches e routers. Já que os switches se tornaram dispositivos mais acessíveis
financeiramente, várias companhias estão substituindo a estrutura (rede) flat por uma rede com switches e
VLANs. Todos os dispositivos numa VLAN são membros do mesmo domínio de broadcast e recebem todos
os broadcasts. Os broadcasts, por default, são filtrados por todas as portas no switch que não são membros
da mesma VLAN.
Roteadores, switches nível 3 devem ser usados em conjunção com switches para fo rnecer conexões entre
redes (VLANs), na qual podem fazer com que pacotes de broadcasts parem de se propagar através da rede
inteira.
SEGURANÇA

Um problema com a estrutura flat é que a segurança é implementada por Hubs e Switches conectados
juntos. Qualquer um conectado a rede física poderia acessar os recursos da rede naquela malha física. Um
usuário poderia também conectar um analisador de protocolos ao Hub e ver todo o tráfego que passa
naquela rede. Outro problema foi que os usuários poderiam unir um grupo de trabalho apenas conectando
suas estações ao mesmo Hub.
Com o uso de VLANs e criando vários grupos de broadcast, os administradores têm controle sobre portas e
usuários. Usuários não terão acesso aos recursos de rede apenas conectando as estações e m qualquer
porta do switch. O administrador controla cada porta e todos os recursos que são permitidos usar.
Os grupos podem ser criados de acordo com os recursos de rede. Os switches podem ser configurados
para informar a uma estação de gerenciamento de rede de qualquer acesso não autorizado aos recursos de
rede. Se houver necessidade de comunicação entre VLANs, restrições no roteador também podem ser
implementadas. Restrições também podem ser colocadas no endereço de hardware, protocolos e
aplicativos.

FLEXIBILIDADE E ESCALABILIDADE
Switches nível 2 somente lêem por filtragem. Eles não verificam o protocolo da camada de rede. Essa
característica faz com que o switch encaminhe todos os pacotes de broadcast. Todavia, através de VLANs,
cria-se automaticamente domínios de broadcast. Broadcasts enviados de um nó na VLAN não serão
encaminhados para as portas configuradas em outra VLAN. Associando portas de switch ou usuários para
grupos de VLANs num switch ou grupo de switches conectados, tem-se a flexibilidade de adicionar somente
os usuários intencionados no domínio de broadcast, independente, de sua localização física. Isso pode
parar as tempestades de broadcasts causadas por uma falha em uma placa de rede (NIC) ou aplicativos
que o estejam gerando.
Quando uma VLAN se tornar muito grande, pode-se criar mais VLANs para que os broadcasts não
consumam muita largura de banda.
6.3 MEMBROS DE UMA VLAN

VLANs são tipicamente criadas pelo administrador, o qual associa portas do switch à uma determinada
VLAN. Essas são chamadas de VLANs estáticas. Se o administrador quiser desenvolver um trabalho
pensando mais a frente e associar todos os endereços de hardware a um banco de dados, os switches
podem ser configurados para associar VLANs dinamicamente.

TRANSPARÊNCIA DAS VLANS


A participação de estação de trabalho não é necessária para colocar em operação uma rede orientada a
VLANs. Em uma situação ideal o administrador irá definir de alguma forma as VLANs dentro dos switches e
as estações vão participar das VLANs a partir do momento em que se conectarem as redes.

TÉCNICAS PARA SE COLOCAR MEMBROS EM UMA VLAN


Um grande número de técnicas para mapear portas para uma VLAN. A Mais utilizadas é a configuração
estática e manual das portas da VLAN em cada switch usado na rede. Existêm entretanto outras formas de
designar as VLANs como por exemplo servidores de VLAN que usam tabelas estáticas de endereços MAC
para cada VLAN. Outra técnica permite que a porta do switch detecte o protocolo e designe a VLAN
automaticamente.

VLANS ESTÁTICAS
VLAN estática é a maneira típica de se criar VLANs e são mais seguras. A porta de um switch que for
associada a uma VLAN sempre se mantém naquela VLAN até que um administrador altere a associação da
porta. Esse tipo de configuração é fácil de configurar e monitorar, funcionando bem numa rede em que o
movimento dos usuários é controlado. Pode-se usar um software de gerenciamento de rede para configurar
as portas, o que é de grande auxílio, mas não é obrigatório.
VLANS DINÂMICAS
VLANs dinâmicas determinam a associação de nós a VLAN automaticamente. Usando software de
gerenciamento inteligente, podem-se habilitar endereços de hardware (MAC), protocolos ou mesmo
aplicativos para criar VLANs. Por exemplo, suponha que os endereços MAC foram definidos através de um
aplicativo de gerenciamento de VLANs. Se o nó é então conectado a uma porta do switch não associada, o
banco de dados de gerenciamento de VLANs pode procurar pelo endereço de hardware, associar e
configurar a porta do switch para a VLAN correta. Todavia, mais trabalho administrativo é necessário
inicialmente para configurar o banco de dados.
Administradores CISCO podem usar o serviço VMPS (VLAN Management Policy Server) para configurar um
banco de dados de endereços MAC que podem ser usados para endereçamento dinâmico de VLANs.
VMPS é banco de dados de mapeamentos de endereço MAC para VLAN.
6.4 IDENTIFICANDO VLANS

VLANs podem se espalhar através de vários switches. Switches nessa estrutura devem manter um registro
dos frames e a qual VLAN eles pertencem. Essa função é denominada de Frame Tagging. Os switches
podem então direcionar os frames para as portas apropriadas dependendo da VLAN a qual eles pertençam.
Há dois diferentes tipos de links num ambiente com switches:

ACCESS LINKS
Links que são somente parte de uma VLAN e são referenciados como VLAN nativa da porta. Qualquer
dispositivo conectado a um access link é automaticamente um membro da VLAN. Esse dispositivo apenas
assume que é parte de um domínio de broadcast, sem o entendimento da localização física. Switches
removem qualquer informação de VLAN do frame antes que ele seja enviado para um dispositivo access
link. Dispositivos do tipo “access link” não podem se comunicar com dispositivos fora de sua VLAN a menos
que o pacote seja roteado através de um roteador.
TRUNK LINKS
Trunks podem suportar várias VLANs. A origem do nome vem do termo tronco do sistema telefônico, na
qual são suportadas várias conversações telefônicas. Trunk links são usados para conectar vários switches,
roteadores ou mesmo servidores. Trunked links são suportados em Fast ou Gigabit Ethernet somente. Para
identificar a VLAN a qual o frame pertence, os switches CISCO suportam duas diferentes técnicas de
identificação: ISL e 802.1q. Trunk links são usados para transportar VLANs entre dispositivos e podem ser
configurados para transportar todas as VLANs ou apenas algumas. Trunk links têm ainda uma VLAN nativa
ou default que é usada caso o trunk link falhe.

FRAME TAGGING
Um switch numa rede precisa de uma maneira de manter a caminho que os frames viajam na estrutura de
switches e VLANs. Uma estrutura de switches é um grupo de switches compartilhando as mesmas
informações de VLANs. A identificação de frame ou “Frame Tagging” associa de forma única um ID para
cada frame. Isso é algumas vezes referenciado como VLAN ID ou cor.
A Cisco utiliza o “Frame tagging” quando um frame Ethernet atravessa um trunked link. Cada switch que o
frame alcança deve identificar a VLAN ID, então determinar o que fazer com o frame baseado na tabel a de
filtros. Se o frame alcançar um switch que tem outro trunked link, o frame será encaminhado para fora da
porta trunk link. Uma vez que o frame alcançar uma saída para o “Access link”, o switch remove o
identificador da VLAN. O dispositivo final receberá os frames sem ter que entender a identificação da VLAN.

MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO DE VLAN


Para manter um registro dos frames que percorrem uma estrutura de switches é usada a Identificação de
VLAN o que designa a quais VLANs eles pertencem . Há vários métodos de trunking:

ISL

Proprietário de switches CISCO, é usado em links FastEthernet e Gigabit Ethernet somente. Pode ser
usada numa porta de switch, interface do roteador e numa placa de rede de servidor. O server trunking é
bom no caso de se estar criando VLANs funcionais e não quer quebrar a regra 80/20. O server trunking faz
parte de todas as VLANs (domínios de broadcast) simultaneamente. Os usuários não têm que atravessar
um dispositivo nível 3 para acessar o servidor da companhia.

IEEE 802.1q

Criado pelo IEEE como o método padrão de “Frame Tagging”. Ele realmente insere um campo dentro do
frame para identificar a VLAN. No caso de fazer trunking entre diferentes marcas de switch e CISCO, tem -se
que usar 802.1q.

LAN emulation (LANE)

Usado para comunicar várias VLANs sobre ATM.


802.10 (FDDI)

Usado para enviar informações de VLAN sobre FDDI. Usa o campo SAID no cabeçalho do frame para
identificar a VLAN.

CONFIGURANDO AS VLANS
Esta seção descreve algumas das tarefas comuns na administração das VLANs.
Nomeando uma VLAN

Quando lidando com um bom número de VLANs, se torna difícil diferenciar uma da outra. De maneira a
facilitar a leitura você pode nomear VLANs individuais. Os nomes da VLAN são totalmente propagados
através do VTP. O seguinte comando mostra a sintaxe para nomear uma VLAN em um switch 1900:

Switch(config)#vlan 2 name Terreo

Isto adiciona o nome Terreo à segunda VLAN. Ë recomendado que quando existir um grande número de
nomes da VLANs que se crie uma padronização para estes no mes.
O seguinte comando mostra a configuração das VLANs e que o nome foi atachado à VLAN.
Switch# show vlan
Vlan Name Status Ports
1 Default Enabled 1-24
2 Terreo Enabled
3 VLAN003 Enabled
4 VLAN004 Enabled
5 VLAN005 Enabled
6 VLAN006 Enabled
7 VLAN007 Enabled
8 VLAN008 Enabled
9 VLAN009 Enabled
1002 fddi-default Suspended
1003 token-ring-default Suspended
1004 fddinet-default Suspended
1005 trnet-default Suspended
Designando portas à uma VLAN

As VLANs são baseadas em portas, o administrador deve adicionar estas portas as suas respectivas
VLANs. Por default todas as portas pertencem a VLAN1. Os comandos devem ser executados em modo de
interface como segue abaixo:
Switch(config)#int ethernet0/2
Switch(config)#vlan-membership static 2

Como o próprio parâmetro indica, a porta vai operar em uma VLAN estática. Como descrito anteriormente,
os métodos dinâmicos existem, mas são raramente utilizados.
Verificando a adesão à VLAN

De maneira a assegurar que as portas do switch foram apropriadamente designadas as suas VLANs
podemos usar o comando:
Switch#show vlan-membership
Port VLAN Membership Type
1 1 Static
2 2 Static
3 1 Static
4 1 Static
5 1 Static
6 1 Static
7 1 Static
8 1 Static
9 1 Static
10 1 Static
11 1 Static
12 1 Static
AUI 14 Static
A 13 Static
B 13 Static

6.5 TRUNKING

Trunk links são links ponto-a-ponto de 100 ou 1000Mbps entre dois switches, um switch e um roteador ou
entre um switch e um servidor. Trunked links suportam o tráfego de várias VLANs, de 1 a 1005 de uma vez.
Não se podem ter “trunked links” em links de 10Mbps.
Trunking permite que uma única porta faça parte de várias VLANs ao mesmo tempo. O benefício do
trunking é que um servidor, por exemplo, pode estar em dois domínios de broadcast ao mesmo tempo. Com
isso, os usuários não têm mais que atravessar um dispositivo nível 3 (router) para se logar e usar o servidor.
Também, quando conectando à switches, “trunk links” podem suportar algumas ou todas as informações de
VLAN através do link. Se não for feito trunk desses links entre switches, então os switches somente
enviarão informações da VLAN 1, por default, através do link. Todas as VLANs são configuradas num
trunked link a menos que o administrador altere manualmente.

CONFIGURANDO O TRUNKING
Uma de duas metodologias pode ser usada, uma ISL é proprietária da Cisco e a outra IEEE 802.1Q é um
padrão reconhecido. Em ambos os casos, os frames são etiquetados (tagged) no ponto de ingresso do
Trunk e tem a etiqueta removida na sua saída. Isto assegura que o processo de etique tagem ocorra de
forma transparente em ambos nós finais e nós intermediários.
Habilitando o ISL

Para habilitar um trunk ISL, o administrador deve entrar no modo de configuração da interface de uma das
portas habilitadas para trunking. Geralmente apenas as portas de 100Mbps. Em um switch 1900 a interface
é capaz de Trunk através de DISL (Dynamic Inter-Switch-Link). Ele habilita a negociação das propriedades
do ISL para assegurar que os links Fast-Ethernet estão em modo trunking ou não-trunking. Quando habilitar
o trunking considere as seguintes opções:
Switch(config)#int FastEthernet0/26
Switch(config-if)#trunk ?
Auto
Desirable
Nonegotiate
Off
On

A funcionalidade de cada uma das opções listadas acima para o trunk segue na tabela abaixo:

Modo Funcionalidade
Auto Coloca a interface em modo trunk apenas se o outro lado estiver configurado
para On ou Desirable.
Desirable Coloca a interface em modo trunk apenas se o outro lado estiver configurado
para On, Desirable ou Auto.
No-negotiate Configura a porta para modo trunking e deabilita o envio e processamento de
frames DISL. Usado quando conectando à um dispositivo que não suporte DISL.
Off Configura a interface para modo non-trunk mesmo que o outro lado esteja em
modo trunk.
On Configira a interface para modo trunk, mesmo se o outro lado estiver para non-
trunk.
Verificando o Trunking

Para verificar em que modo a porta está com relação a trunking use o seguinte comando:
Switch#show trunk a
DISL state: Auto, Trunking: Off, Encapsulation type:Unknown

VLAN TRUNKING PROTOCOL


Em grandes redes onde existem muitos switches, habilitar e gerenciar as VLANs em toda a rede pode se
tornar um desafio. Considere uma rede simples com duas VLANs, uma para advogados e outra para as
secretárias por exemplo. O desafio reside em assegurar que cada switch mantenha estas duas VLANs e
suas características. Com dois switches, o administrador teria que configurar as VLANs duas vezes e
assegurar que elas inter-operam apropriadamente. Com 20 switches as chances de uma configuração
errada aumentam em 20 vezes.
Para resolver este problema, a Cisco desenvolveu um protocolo proprietário chamado VTP VLAN Trunking
Protocol (VTP). O VTP habilita o controle centralizado e a administração das VLANs e suas pro priedades.
Dentro de uma rede habilitada para VTP, um administrador pode administrar de forma centralizada a
criação, a remoção e a modificação das VLANs e essas modificações serão propagadas pela rede.

CRIANDO UM DOMÍNIO VTP


Para habilitar a conectividade do VTP, o administrador deve criar um domínio de VTP. Cada switch que
precisar participar nas conversações VTP deve pertencer a este domínio VTP.
Os anúncios VTP são transmitidos em todas as interfaces que são configuradas para trunk mode. As
interfaces em trunk mode são aquelas que usam protocolos de trunking como ISL, 802.1Q, 802.10 e ATM
LANE. Estas interfaces permitem que múltiplas VLANs existam em uma única interface.
Em um switch 1900 use o seguinte comando para criar um domínio VTP.
Switch(config)#vtp domain ICND server

MODOS DO VTP
O protocolo VTP trabalha em modo cliente-servidor. Esta relação permite que as VLANs sejam criadas ou
modificadas em um servidor e que as mudanças feitas são propagadas para cada cliente.
Modo Server

O VTP server age como a fonte de informações sobre as VLANs dentro de um domínio VTP. Como tal este
switch é onde as VLANs devem ser gerenciadas. Os detalhes da configuração das VLANs é mantido na
memória NVRAM. Caso haja uma falta de energia elétrica, os detalhes das VLANs são mantidos.
Modo Cliente

O cliente VTP opera nas informações de VLAN fornecidas pelo seu servidor VTP. Como tal seu trabalho é
sincronizar a sua configuração com a do server e manter a integridade através do processo dos pacotes
VTP criados pelo servidor. A configuração do cliente não é armazenada na NVRAM e deste modo precisa
ser obtida através do servidor VTP.
Modo Transparente

Um switch operando em modo transparente, não age nem como cliente nem como servidor. De fato o
switch é autônomo com relação a sua configuração de VLANs. As configurações de VLAN nestes swicthes
são feitas localmente. Neste modo o switch irá ouvir e encaminhar os pacotes de VTP, assegurando que o
tráfego VTP transite através do switch de forma que a conectividade até cliente VTP possa ser mantida.
Deve ser notado que configuração de VLANs do switch e do domínio são totalmente separadas.

COMO O VTP FUNCIONA


O VTP é um protocolo de mensagens de camada 2 e deste modo usa um serviço de endereçamento de
camada 2 para atender as suas responsabilidades. Essencialmente o VTP precisa assegurar que todos os
switches operem com uma configuração de VLANs consistente.
Anúncios VTP

Os anúncios VTP são usados pelo protocolo VTP por duas razões. Para habilitar clientes a pedir
informações sobre a VLAN e para os servidores anunciarem as informações da VLAN. Os anúncios são
enviados por multicast e são ignorados pelos roteadores pois pertencem apenas à switches com VTP
habilitado. Os anúncios do servidor são enviados a cada cinco minutos ou quando mudanças ocorrem, junto
com anúncios de um subconjunto de funções que dão informações mais específicas sobre uma VLAN.
Sincronização das VLANs

Para que o VTP seja efetivo, cada switch em um domínio VTP deve processar a mesma informação e deste
modo manter a sincronização uns com os outros. Como mais de um servidor VTP pode existir na rede ao
mesmo tempo, um número de revisão é colocado em cada anúncio VTP, cada vez que a configuração é
modificada o número de revisão é incrementado em uma vez.
Para verificar o número de revisão do VTP dentro de um domínio, o administrador pode usar o seguinte
comando:
switch#show vtp
VTP version: 1
Configuration revision: 13
Maximum VLANs supported locally: 1005
Number of existing VLANs: 18
VTP domain name : ICND
VTP password :
VTP operating mode : Server
VTP pruning mode : Disabled
VTP traps generation : Enabled
Configuration last modified by: 10.1.1.3 at 00-00-0000 00:00:00

VTP PRUNING
Em uma rede onde o número de VLANs elevado, é possível que nem todas as VLANs precisem estar
configuradas em todos os switches. Deste modo o encaminhamento do tráfego daquela VLAN para um
switch que não tenha qualquer porta daquela VLAN pode ser bastante ineficiente no que tange à utilização
da banda passante.
De maneira a resolver esta ineficiência a Cisco introduziu o conceito de VTP pruning. Esta técnica habilita
os switches a indicar que VLANs eles não tem portas cone ctadas. Esta informação é então utilizada para
otimizar o fluxo de tráfego nos circuitos de trunking.
Deve ser notado entretanto que todos os switches devem estar habilitados para pruning antes que ele
comece a funcionar. Para configurá-lo você pode usar o comando:
switch(config)#vtp pruning enable

6.6 ROTEAMENTO ENTRE VLANS

Hosts de uma VLAN estão dentro do seu próprio domínio de broadcast e se comunicam livremente. As
VLANs particionam a rede e separam o tráfego na camada 2 do modelo OSI. Para que o s hosts ou qualquer
dispositivo se comunique entre VLANs, um dispositivo nível 3 é absolutamente necessário.
Pode-se usar um roteador que tenha uma interface para cada VLAN ou um roteador que suporta
roteamento ISL. Os roteadores mais em conta que suportam ISL routing são os da série 2600. As séries
1600, 1700 e 2500 não suportam ISL routing.
Se você tem poucas VLANs (duas ou três), você poderia obter um roteador com duas ou três conexões
10BaseT ou FastEthernet. 10BaseT trabalha bem, mas FastEthernet é o aconselhável.
Todavia, se você tem mais VLANs disponíveis do que interfaces de roteador, você pode ou executar ISL
routing numa interface FastEthernet ou comprar um “route switch module” (RSM) para o switch série 5000.
O RSM pode suportar até 1005 VLANs e executar no backplane do switch. Se você usar uma interface
FastEthernet e executar ISL routing a CISCO designa isso de router-on-a-stick.
6.7 EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1 – Frame Tagging é usado para: (Escolha duas)


A. Examinar o endereço de hardware de destino de um frame quando ele chega ao switch
B. Associar um ID para cada frame
C. Criar uma tabela de filtros para cada switch
D. Colocar um ID no cabeçalho de cada frame para comunicação de VLANs
E. Associar o número DLCI Frame relay
F. Examinar informações particulares sobre um frame

2 – Qual seria uma vantagem na segmentação de LANs ?


A. Fornece suporte a vários protocolos
B. Diminui a segurança
C. Reduz broadcasts
D. Aumenta broadcasts

3 – Quando Frame Tagging é usado ?


A. Quando repetidores são instalados na rede
B. Quando bridges são instaladas na rede
C. Quando roteadores são instalados na rede
D. Quando switches são configurados com várias VLANs

4 – Quais são os benefícios de VLANs ? (Escolha todas que se aplicam)


A. Criar várias LANs numa estrutura de switches
B. Segurança
C. Criar LANs por funções, não por localização
D. Filtragem de Protocolos

5 – Que tecnologia permite criação de VLANs em um ambiente com switches?


A. CISCO IP
B. VLAN ID
C. Frame Tagging
D. CISCO IOS
6 – Quais são as duas maneiras que um administrador pode configurar membros de VLANs ?
A. Via um servidor DHCP
B. Estaticamente
C. Dinamicamente
D. Via um banco de dados VTP

7 – Como as VLANs dinâmicas são criadas ?


A. Estaticamente
B. Por um administrador
C. Via um servidor DHCP
D. Via um VLAN Management Policy Server (VMPS)

8 – Qual dos seguintes é um padrão IEEE para Frame Tagging ?


A. ISL
B. 802.3z
C. 802.1q
D. 802.3u

9 – Qual dos seguintes protocolos é utilizado para configurar trunking num switch ? (Escolha todas que se
aplicam)
A. Virtual Trunk Protocol
B. VLAN
C. Trunk
D. ISL

10. Quantos Bytes o encasulamento ISL adiciona


A. 24
B.16
C.30
D.48

Respostas:
Capítulo

7–
7
CONF
IGUR
ANDO UM CATALYST 1900

7.1 INTRODUÇÃO

Uma característica importante dos switches é sua capacidade de operar sem exigir nenhuma configuração.
Um switch retirado da caixa pode ser afixado em um rack ligado a fonte de energia e desta forma pode
funcionar imediatamente após ligado. Isto se deve a característica de transparent bridge, onde os caminhos
são aprendidos dinâmicamente.
Entretanto na maioria dos casos vamos querer configurar os Switches na seguintes características:
 Informações Básicas: Nome e Endereço IP
 Gerenciamento SNMP: Endereço IP e nomes de comunidade
 Configuração das características das portas (Duplex, 10/100...)
 Configuração das características do Spanning-Tree
 VLANs: Endereçamento das VLANs e Domínios de VTP
 Trunking: ISL e 802.1q, FastEtherchannel e GigaEtherchannel
 Gerenciamento da configuração: Backup e Restore
Cabe ressaltar que um switch é um dispositivo de camada 2 e não são feitas nele configurações como
roteamento IP, rotas estáticas e protocolos de roteamento dinâmico. Alguns equipamentos como o Catalyst
5000 e Catalyst 6500 possuem um módulo de roteamento que permite estas funções e são referidos como
Switches camada 3 e não serão abordados neste curso.
Neste módulo aprenderemos a configurar um Switch Catalyst 1900, mostrando suas características,
comandos de IOS, como configurar VLANs, como configurar VTP e por último como efetuar backup e
restore deste switch.

7.2 CARACTERÍSTICAS DO CATALYST 1900

O switch 1900 é um switch conhecido por ser de fácil instalação e por não requerer quaisquer configurações
adicionais para entrar em funcionamento, ou seja um switch low-end.
Este switch possui dois modelos: 1912 e 1924, que se diferenciam pelo número de portas 10BaseT que
possuem, o 1912 possui 12 portas e o 1924 possui 24 portas. Além disso, ambos os modelos possuem
duas portas de 100 Mbps que podem ser encontradas para par-trançado ou fibra.
Uma característica importante destes switches é que eles usam o IOS – Sistema Operacional de Rede da
Cisco, ou seja podemos configurar o switch através da linha de comando(CLI).
Estes switches podem ser configurados de três formas diferentes:
 Através da CLI (Interface de linha de comando), ou através do sistema de Menus da Console,
conectamos um cabo a porta da console no switch, e através de um programa de emulação de
terminal efetuamos a sua configuração.
 Remotamente via telnet. Uma vez colocado um número IP no switch podemos efetuar novas
configurações e manutenções.
 Web browser. Uma vez que o switch possua um endereço IP usando o VSM (Visual Switch Manager).
7.3 COMANDOS DO IOS

Nesta sessão iremos aprender a efetuar uma configuração básica do switch 1900, tais como, configurar
senhas, hostname do switch, endereço IP, interfaces e outros mais.

CONFIGURANDO SENHAS
Como vimos, existem dois modos de configuração, modo usuário e modo privilegiado(enable), nesta sessão
iremos configurar a senha para ambos os modos no switch 1900.
Para efetuar a configuração executam-se os seguintes passos:
Entrar no modo de configuração:
Switch>enable
Switch#config t
Executar o comando:
Switch(config)#enable password level 1* password**

*<1 – modo usuário e 15 – modo enable>


**senha desejada

Além desta forma pode-se habilitar uma senha, denominada senha segura, que sobrepõem a senha anterior
no modo enable, esta senha segura estará criptografada. Para habilitar esta senha deve -se executar o
seguinte comando:
(config)#enable secret password1*
*senha desejada
Para visualizar as senhas configuradas:

#sh run
Building configuration...
Current configuration:
enable secret 5 $1$ERF345$T7
enable password level 1 “password”

OBS: As senhas não podem ter menos de 4 caracteres ou mais de 8, elas não são case-sensitives.

CONFIGURANDO HOSTNAME
Todo switch deve ter um nome único que o identifique, para configurar um hostname deve-se executar o
seguinte comando:
(config)#hostname Switch1900*
*nome do switch
Switch1900(config)#
7.4 CONFIGURANDO INFORMAÇÕES IP

Para um switch funcionar, não é necessário efetuar qualquer configuração de endereçamento IP, mas se for
necessário acessar remotamente o switch para fazer novas configurações ou manutenções ou ainda se
quisermos criar VLANs e habilitar outras funções de rede deve-se configurar IP.
Para configurar um endereço IP no seu switch execute o comando:
(config)#ip address 172.16.10.16* 255.255.255.0**
*endereço IP
**mascara de subnet

Para configurar uma rota para um gateway default deve-se executar o comando:
(config)#ip default-gateway 172.16.10.1
*endereço IP do gateway default

Para visualizar a configuração IP deve-se executar o comando:


#sh ip
Como resultado na tela :
7.5 - CONFIGURANDO AS INTERFACES NO SWITCH

Como dissemos no início deste capítulo temos dois modelos de switches 1900, o 1912 com 12 portas
ethernet e o 1924 com 24 portas ethernet e os dois com duas portas FastEthernet, o padrão das portas
segue a seguinte nomenclatura: slot/port, sendo que portas ethernet slot é sempre zero e porta varia de <1-
25>, sendo que a porta 25 é uma porta padrão AUI, já nas portas fast ethernet slot é sempre zero e porta
varia de <26,27>.
Para configurar uma porta ethernet deve-se executar o seguinte comando:
(config)#int ethernet 0/1

Para configurar uma porta fast ethernet deve-se executar o seguinte comando:
(config)#int fastethernet 0/26

Para visualizar uma porta ethernet ou fast ethernet deve -se executar o seguinte comando:
#sh int f0/26 (porta fast Ethernet)
#sh int e0/1 (porta Ethernet)

Que irá retornar na tela:


Ethernet 0/1 is Suspend-no-linkbeat
Hardware is Built-in 10Base-T
Address is 0025.65CX.6D21
MTU 1500 bytes, BW 10000 Kbits
802.1d STP State: Forwarding Forward Transitions: 1
7.6 CONFIGURANDO O MODO DE OPERAÇÃO DE UMA PORTA

Como vimos no capítulo 5, a tecnologia Ethernet ou Fast ethernet pode operar em dois modos: Half ou Full -
Duplex. Pode-se somente modificar o modo para portas com valores fixados em 10 Mbps ou 100 Mbps.

Para configurar o modo que a porta deve operar deve -se executar o seguinte comando:
(config)#int f0/26 (selecionar porta desejada)
(config-if)#duplex full*
*modo desejado (Auto, Full, Half, Full-flow-control)
7.7 VERIFICANDO A CONECTIVIDADE IP

Depois de configurado as informações IP, ou com o intuito de alcançar algum host desejado, pode -se
efetuar um teste de conectividade através do seguinte comando:
#ping 172.16.10.10
Se retornar
!!!!! – Sucesso
..... – Tempo expirado

APAGANDO AS CONFIGURAÇÕES DO SWITCH


Como em um roteador, o switch guarda suas configurações na NVRAM a diferença é que em um roteador
pode-se ver a configuração da NVRAM e no switch não, além disso, toda a alteração feita no switch é
automaticamente gravada na NVRAM, já o roteador tem que efetuar a gravação manual das alterações na
NVRAM.

Para apagar as configurações de um switch, deve-se executar o comando:


#delete nvram
O sistema trará uma pergunta de confirmação, se você tem certeza que deseja
apagar digite yes.
7.8 CONFIGURANDO A TABELA DE ENDEREÇOS MAC

Algumas vezes por questão de segurança os administradores de uma rede podem desejar fixar um
determinado endereço MAC a uma porta do switch, fazendo isso somente o dispositivo com aquele
endereço pode-se conectar a porta, criando assim uma entrada na tabela MAC permanente, além disto
pode-se restringir um pouco mais, dizendo que uma determinada interface pode enviar frames somente
para uma outra interface destino com um determinado endereço MAC, criando assim uma entrada na tabela
MAC estática.
Para configurar uma entrada na tabela MAC permanente deve-se executar o seguinte comando:
(config)#mac-address-table permanent 00a0.2448.60a5* e0/4**
*endereço MAC
**porta destino

Para configurar uma entrada na tabela MAC estática deve -se executar o seguinte comando:
(config)#mac-address-table static 00a0.246E.0FA8* e0/2** e0/5***
*endereço MAC
**porta destino
***porta fonte
7.9 GERENCIANDO A TABELA DE ENDEREÇOS MAC

Para podermos visualizar a tabela de endereços MAC, deve -se executar o seguinte comando:
#sh mac-address-table

Que trará como resultado:

Para limparmos uma tabela MAC, deve-se executar o seguinte comando:


#clear mac-address-table ?*
*dynamic, static ou permanent
7.10 CONFIGURANDO SEGURANÇA NA PORTA

Segurança na porta é uma forma de prevenir-se contra usuários que plugam hubs, ou outros equipamentos
na saída de uma porta do switch, utilizando-se deste comando pode-se limitar o número de endereços MAC
que entram por esta porta.

Para configurar segurança na porta deve-se executar o seguinte comando:


(config-if)#port secure max-mac-count 1*
*número máximo de endereços MAC para esta porta.
7.11 MOSTRANDO AS INFORMAÇÕES BÁSICAS DO SWITCH

Muitas vezes é necessário verificar as configurações de hardware e versão de software de um switch, para
verificar estes dados deve-se executar o seguinte comando:

#sh ver

Que trará na tela:


7.12 MODIFICANDO O MÉTODO DE SWITCHING

Existem 3 métodos de switching, store and froward, cut-through e fragmenteFree, cada qual com suas
características.

Para modificar o método de switching deve-se executar o seguinte comando:


(config)#switching-mode ?*
*fragment-free ou store-and-forward

Para visualizar o método que esta sendo executado:


#sh port system
Que trará na tela:
Switching mode: FragmentFree
Use of store and forward for multicast: Disable
Network port : None
7.13 CONFIGURANDO VLANS

No capítulo 7, vimos o que é uma VLAN, para que serve, agora veremos como configurar uma VLAN no
switch 1900. Criaremos nossa VLAN baseada na figura acima.
7.14 CRIANDO VLANS

Ao criar uma VLAN você estará associando um número de VLAN a um nome para ela.
Para criar uma VLAN deve-se executar o seguinte comando:
(config)#vlan 2 name vendas
(config)#vlan 3 name suporte
(config)#vlan 4 name marketing

7.15 VISUALIZANDO VLANS

Para visualizar uma VLAN deve-se executar o seguinte comando:


#sh vlan

Que trará na tela :


7.16 ASSOCIANDO UMA PORTA A VLAN

Depois de criada as VLANs é necessário associar as portas do switch que irão fazer parte dela.

Para efetuar esta associação deve-se executar o seguinte comando:


(config)#int e0/2 (entrar na porta desejada)
(config-if)#vlan-membership static* 2**
*dynamic ou static
Após a execução deste comando a porta 2 faz parte da VLAN 2 (Vendas).

As demais VLANS:
(config)#int e0/5
(config-if)#vlan-membership static 3

(config)#int e0/11
(config-if)#vlan-membership static 4
7.17 CONFIGURANDO TRUNK PORTS

Como vimos no capítulo anterior antes de compartilharmos informações de um switch com outro,
precisamos efetuar uma conexão entre os dois. Para efetuarmos essa conexão não precisamos
obrigatoriamente configurar um trunk entre eles, mas fazendo assim somente as informações da VLAN 1
seriam transferidas entre os switches, como queremos que as informações de todas as VLANs sejam
transferidas entre os switches precisamos configurar trunks.
Para configurar trunk em uma porta Fast Ethernet utiliza-se o seguinte comando:
(config-if)#trunk ?*
*auto, desirable, nonegotiate, off ou on.

Na lista abaixo segue uma breve discussão das diferenças entre estes modos:
 Auto – A interface entrará em modo trunk somente se o dispositivo conectado estiver configurado
para on ou desirable.
 Desirable – Se um dispositivo conectado estiver no modo on, desirable ou auto, ele automaticamente
torna-se uma porta trunk.
 Nonegotiate – A interface torna-se uma porta trunk ISL permanente e não negociará com qualquer
outro dispositivo.
 Off – A interface é desabilitada para trunking e tenta converter qualquer dispositivo conectado para
off-trunk.
 On – A interface torna-se uma porta trunk ISL permanente. Ela pode negociar com um dispositivo
conectado para converter o link para modo trunk.
LIMPANDO UMA VLAN DE TRUNKS LINKS
Como visto anteriormente, todas as VLANs são configuradas como portas “trunk links” a menos que
removidas pelo administrador.
Para limpar uma VLAN de trunk link execute o seguinte comando:
(config-if)# no trunk-vlan ?*
*<1-1005> número da VLAN desejada

VERIFICANDO TRUNK LINKS


Para verificarmos uma porta trunk, deve-se considerar o seguinte a porta Fast Ethernet 0/26 é identificada
como trunk A, e a porta Fast Ethernet 0/27 é identificada como trunk B. O comando para verificar a
configuração trunk:
#sh trunk ?*
*A ou B
7.18 CONFIGURANDO VTP(VLAN TRUNKING PROTOCOL)

Através do VTP, configurações feitas em um switches, chamado de servidor VTP, são propagadas através
de trunk-links para outros switches, chamados de clientes VTP, criando assim o que chamamos de domínio
VTP.
Por default todos os switches Catalyst 1900 estão configurados como servidores VTP.
Para configurar o VTP, precisa-se configurar em todos os switches o nome de domínio e configurar uma
senha para este domínio, para executar esta tarefa deve -se executar o seguinte comando:
(config)#vtp domain vtpdomain*
*nome do domínio a ser criado
(config)#vtp password senha

Após isso precisamos configurar um dos switches como o switch servidor através do comando:
switchA(config)#vtp server

E os demais switches precisam ser configurados como clientes, através do comando:


switchB(config)#vtp client

Um cuidado que deve ser tomado antes de adicionar um novo switch em um domínio é não inseri-lo com
informações incorretas de VLANs, como resultado teríamos a propagação incorreta de informações, para
isto não ocorrer a Cisco recomenda apagar o banco de dados VTP do switch a ser adicionado no domínio.

Para apagar o banco de dados VTP de um switch executa-se o seguinte comando:


#delete vtp
O sistema trará uma pergunta de confirmação, se você tem certeza que deseja
apagar digite yes.
VTP PRUNING
Para evitar tráfego desnecessário entre os switches você pode habilitar o VTP para modo pruning,
disponibilizando assim mais largura de banda entre os switches.

Para habilitar o switch para modo pruning deve-se executar o seguinte comando:
(config)#vtp pruning enable

E para desabilitar o modo pruning o comando:


(config)# vtp pruning disable
7.19 BACKUP E RESTORE DO SWITCH

Como todo sistema precisamos efetuar backup das configurações do switch, como vimos anteriormente as
configurações do switch são gravadas na NVRAM, então precisamos copiar a NVRAM para algum outro
lugar, para em caso de necessidade pode-se voltar efetuando restore da NVRAM original.

Para efetuar o backup deve-se copiar a NVRAM para um host tftp, sempre é ideal efetuar um teste de
conectividade com este host antes da cópia, efetuado o teste executa-se o seguinte comando:
#copy nvram tftp://192.168.0.120/1900en*
*endereço e nome do arquivo do host tftp

Para efetuar o restore:


#copy tftp://192.168.0.120/1900en* nvram
*endereço e nome do arquivo do host tftp que contém a configuração desejada.
7.20 EXERCÍCIOS TEÓRICOS

1. Qual dos comandos abaixo configura a interface e0/10 para rodar em modo full -duplex?
A. full duplex on
B. duplex on
C. duplex full
D. full duplex
E. set duplex on full

2. Se você quer apagar a configuração do switch 1900, que comando deve -se usar?
A. erase-startup-config
B. delete-starup-config
C. delete nvram
D. delete startup

3. Como você configura uma senha no modo usuário?


A. usermode password senha
B. enable password senha
C. enable password level 1 senha
D. enable password level 15 senha

4. Qual commando mostra a configuração IP no switch 1900?


A. sh ip config
B. sh ip
C. sh int config
D. sh int

5. Qual comando é utilizado para configurar um endereço IP e o gateway -default em um switch 1900? (Escolha
todas as que se aplicam)
A. ip address 172.20.25.34 255.255.255.0
B. ip default-gateway 172.20.25.1
C. ip address 172.20.25.34 mask 255.255.255.0
D. default-gateway 172.20.25.1
6. O que é verdade sobre senhas no Catalyst 1900?
A. Elas devem ter no mínimo 8 caracteres
B. Elas são case-sensitives
C. As senhas não podem ter menos de 4 caracteres ou mais de 8
D. Elas não são case-sensitives
7. Qual comando mostra a tabela de endereços MAC ?
A. 1900EN#sh mac-filter-table
B. 1900EN#sh mac-address-table
C. 1900EN(config)#sh mac-address-table
D. 1900EN#sh filter-address-table
8. Qual commando permite visualizar a estatística da porta 27?
A. show int 27
B. show int eth 0/27
C. sh int f/27
D. sh inter f0/27
9. Qual commando permite visualizar a estatística da porta 3?
A. show int 3
B. show int eth 0/3
C. sh int e/3
D. sh inter f0/3
10. Qual commando permite que somente o endereço MAC 00A0.246E.0FA8 acesse a porta e0/4 em um switch
1900?
A. int e0/4 set MAC 00A0.246E.0FA8
B. 1900EN(config)#mac-address-table restricted static 00A0.246E.0FA8 e0/2
C. 900EN(config)#mac-address-table permanent 00A0.246E.0FA8 e0/4
D. 1900EN(config-if)#port secure max-mac-count 00A0.246E.0FA8

Respostas:
LABORATÓRIO 7.1 CONFIGURAÇÃO BÁSICA DO TCP/IP NO SWITCH

Utilizando o simulador de roteadores.

Passo 1 – Selecione o Switch 1900A.

Passo 2 – Selecione K para entrar no modo de linha de comando.

Passo 3 – Digite enable <Enter>.

Passo 4 – Digite config t <Enter>.

Passo 5 – Digite ip address 172.16.10.3 255.255.255.0 para colocar o endereço IP no


switch.

Passo 6 – Digite ip default-gateway 172.16.10.1 255.255.255.0 para colocar o endereço IP do gateway


default.

Passo 7 – Selecione o botão Network Visualizer e depois selecione o Switch 1900B.

Passo 8 – Selecione K para entrar no modo de linha de comando.

Passo 9 – Digite ip address 172.16.10.4 255.255.255.0 para colocar o endereço IP no switch.

Passo 10 - Digite ip default-gateway 172.16.10.1 255.255.255.0 para colocar o endereço IP do gateway


default.

LABORATÓRIO 7.2 CONFIGURANDO UMA PORTA DO SWITCH PARA HALF-DUPLEX PARA ACOMODAR UM HUB.

Passo 1 – Selecione o Switch 1900A

Passo 2 – Digite enable <Enter>.

Passo 3 – Digite config t <Enter>.

Passo 4 – Digite int e0/1 <Enter>.

Passo 5 – Digite duplex half <Enter>.

Passo 6 – Saia do modo de configuração

Passo 7 – Digite show int e0/1 <Enter>.


LABORATÓRIO 7.3 CRIANDO VLANS

Passo 1 – Selecione o Switch 1900A

Passo 2 – Digite enable <Enter>.

Passo 3 – Digite config t <Enter>.

Passo 4 – Crie a VLAN digitando vlan 2 name sales <Enter>.

Passo 5 – Associe duas portas Ethernet as VLANs digitando:


(Config)#int e0/1
(Config-if)#vlan-membership static 1
(Config-if)#int e0/5
(Config-if)#vlan-membership static 2
(Config-if)#exit
(Config)#exit
#

Passo 6 – Verifique que as VLANS estão criadas com:


#show vlan membership

LABORATÓRIO 7.4 EXPORTANDO ÀS VLANS COM VTP.

Passo 1 – Selecione o Switch 1900A

Passo 2 – Digite enable <Enter>.

Passo 3 – Digite config t <Enter>.

Passo 4 – Crie um domínio VTP com o comando:


(config)#vtp domain routersim

Passo 5 – Selecione o Switch 1900B

Passo 6 – Digite enable <Enter>.

Passo 7 – Digite config t <Enter>.

Passo 8 – Digite show vlan 1 <Enter>.

Passo 9 – Você vai notar que existe apenas a VLAN1

Passo 10 – Volte ao modo de configuração digitando config t <Enter>.

Passo 11 – Coloque o roteador 1900B no domínio VTP routersim como cliente


(config)#vtp domain routersim
(config)#vtp client
(config)#exit

Passo 12 – digite show vlan e veja que a VLAN 2 foi propagada.


LABORATÓRIO 7.5 PARA QUE AS VLANS DE UM SWITCH POSSAM SE COMUNICAR COM OUTRO SWITCH NÃO BASTA O

VTP HABILITADO. É PRECISO CRIAR OS TRUNKS ENTRE OS SWITCHES. VAMOS FAZÊ-LO AGORA.

Passo 1 – Selecione o Switch 1900A

Passo 2 – Digite enable <Enter>.

Passo 3 – Digite config t <Enter>.

Passo 4 - int f0/26 <Enter>.

Passo 5 – trunk on <Enter>


.
Passo 6 – Selecione o Switch 1900B

Passo 7 – Digite enable <Enter>.

Passo 8 – Digite config t <Enter>.

Passo 9 - int f0/26 <Enter>.

Passo 10 – trunk on <Enter>

LABORATÓRIO 7.6 AGORA QUE O TRUNK E O VTP ESTÃO CONFIGURADOS, CONFIGURE AS VLANS NO SWITCH 1900B.

Passo 1 – Selecione o Switch 1900B

Passo 2 – Digite enable <Enter>.

Passo 3 – Digite config t <Enter>.


Passo 4 – Associe duas portas Ethernet as VLANs digitando:

(Config)#int e0/5
(Config-if)#vlan-membership static 1
(Config-if)#int e0/2
(Config-if)#vlan-membership static 2
(Config-if)#exit
(Config)#exit
#

LAB 7.7 COLOCANDO O ROTEADOR PARA ROTEAR AS VLANS

Passo 1 – Entre no Switch 1900A e habilite o Trunk para o Roteador 2621.

(config)#int f0/27
(config-if)#trunk on

Passo 2 – Entre no Roteador 2621 e habilite o roteamento entre as VLANs.

(config)#int f0/1
(config)#no shut
(config)#int f0/1.1
(config-if)#encap isl 1
(config-if)#ip address 172.16.10.1 255.255.255.0
(config-if)#int f0/1.2
(config-if)#encap isl 2
(config-if)#ip address 172.16.30.1 255.255.255.0
(config-if)#exit
(config)#exit
#

Passo 3 – Teste a configuração usando o Network Visualizer.

Passo 4 - Selecione o Host A.

Passo 5 – Use o ping para o endereço 172.16.30.2

Passo 6 – Verifique o ping para o endereço 172.16.10.5


Capítulo

8-
8
VISÃ
O
GERAL DOS ROTEADORES CISCO

Ao final deste capítulo o aluno deverá estar capacitado a identificar um roteador, verificar suas principais
características, identificar os diversos tipos e famílias de equipamentos Cisco e ser capaz de selecionar e
configurar um roteador da Cisco.

8.1 O QUE É UM ROTEADOR?

Roteadores são dispositivos que decidem sobre qual caminho o tráfego de informações deve seguir.
Operam na camada 3(rede) do modelo OSI e fazem roteamento de pacotes entre redes locais ou remotas.
Para estabelecer a rota, o roteador consulta a tabela interna de roteamento que contém informações sobre
a rede. Essas tabelas podem ser estáticas ou dinâmicas, quando são utilizados protocolos de roteamento
como RIP, OSPF, IGRP, etc. Estes protocolos baseiam-se em algoritmos para escolher a melhor rota,
sendo compostos por vários critérios, como por exemplo “métrica de roteamento”. Os roteadores também
podem compactar dados, economizando banda.
Roteadores comunicam-se com outros roteadores (e mantém suas tabelas de roteamento) através d a
transmissão de uma série de mensagens. A mensagem de atualização de tabelas é uma delas.
Atualizações de roteamento geralmente consistem em alterações totais ou parciais da tabela. Analisando
atualizações de roteamento um roteador pode construir uma topo logia detalhada da rede. Propagação de
link-state é um outro exemplo de uma mensagem enviada entre roteadores. Esta mensagem informa aos
outros roteadores sobre o estado dos links dos roteadores emissores. Informações de estado do link
também podem ser utilizadas para obter uma topologia detalhada da rede, o que permite ao roteador decidir
qual a melhor rota.
Os roteadores permitem que LANs tenham acesso a WANs. Normalmente um roteador tem uma porta LAN
(Ethernet ou Token Ring) e várias portas WAN (PPP, X.25, Frame-relay, ISDN) e trabalham com IP ou IPX.
Roteadores com barramentos (backplanes) de alta velocidade na faixa de Gigabit podem servir como um
backbone na intranet corporativa, interconectando todas as redes na empresa. Os roteadores podem
somente rotear mensagens que são transmitidas por um protocolo roteável, como IPX ou IP. Mensagens de
protocolos não roteáveis, como NETBIOS e LAT, não podem ser roteadas, mas elas podem ser transferidas
de uma LAN para outra via uma bridge. Devido aos roteadores te rem de verificar o endereço de rede no
protocolo, eles realizam mais processamento do que uma bridge e adicionam overhead à rede.
8.2 CARACTERÍSTICAS DOS ROTEADORES

O mercado consumidor de roteadores pode ser dividido nos dias de hoje, da seguinte forma:
Pequenos escritórios, com mais de 20 usuários, ambiente estático, acesso à internet e e -mail, que procuram
pelo menor preço.
Escritórios de porte médio, com mais de 100 usuários, com aplicações cliente/servidor, acesso a internet e
intranet, com um ambiente com pouco crescimento ou mudanças que também procuram uma solução de
baixo custo;
Grandes empresas, com mais de 250 usuários, com aplicações cliente/servidor, intranet, internet e extranet,
com alto poder de crescimento e mudanças, que procuram soluções de ciclo de vida dos equipamentos
mais baixos e procurando por tecnologias que lhe dêem vantagens competitivas.
Todos esses consumidores desejam também que os roteadores atendam requisitos básicos de
interoperabilidade de redes: Confiabilidade, escalabilidade, segurança, flexibilidade, custo e
gerenciabilidade.
8.3 TIPOS DE ROTEADORES

Existem diversos tipos de roteadores voltados ao mercado de escritórios de pequeno, médio e grande porte.
Neste curso avaliaremos os roteadores para empresas de peque no e médio porte que são mais comuns na
vida dos CCNAs.

ESCRITÓRIOS DE PEQUENO PORTE


Para atender as necessidades de escritórios de pequeno porte a Cisco possui os seguintes tipos de
roteadores e suas características:

Cisco Série 800:

O cisco 800 é o roteador de nível de entrada da Cisco. Muito útil no mercado brasileiro onde as velocidades
normalmente não excedem 512 Kbps. Como desvantagem não tem possibilidade de Dial -Backup. As
opções com ADSL são uma boa opção para este mercado emergente.
Selecione este
Quando o cliente precisar destes recursos
Produto
Companhias que querem adicionar Telecommuters às suas rede baseadas em
Cisco IOS.
Provedores de serviço que oferecem serviços de valor agregado à pequenos
escritórios.
Cisco 800 Series
Revendas de valor agregado que estão familiarizadas com o IOS e querem
lucratividade no atendimento à pequenos clientes.
Portas Ethernet LAN e uma variedade de opções de WAN incluindo ISDN BRI,
ADSL, Frame-Relay, G. SHDSL, Discado assíncrono e síncrono até 512Kbps.

As principais características do produto podem ser encontradas no site www.cisco.com.

Principais modelos:

Cisco Série 1600

O Cisco série 1600 já é um roteador que suporta até dois Mbps na sua porta WAN. O modelo 1605-R é
muito útil quando queremos criar uma sub-rede de endereços válidos para Internet e outra sub-rede interna
por ter duas portas Ethernet. É possível implementar Dial-Backup usando ISDN ou um módulo WAN
adicional síncrono ou assíncrono.
Selecione este
Quando o cliente precisar destes recursos
produto

Uma porta serial com performance síncrona até velocidades de T1/E1 para
Frame-Relay, Linhas dedicadas e X.25 e performance em linhas assíncronas de
Cisco 1601-R até 115200 bps.
Velocidades maiores que ISDN.

Cisco 1603-R Conectividade ISDN


and 1604-R Built-in NT1 para U.S. e Canada (Cisco 1604)

Duas portas Ethernet para isolar uma rede segura interna do perímetro da LAN
Cisco 1605-R (exposta à Internet).
Uma conexão de WAN flexível (qualquer WAN interface card)

As principais características podem ser vistas no site www.cisco.com


ESCRITÓRIOS TRADICIONAIS
Cisco Série 1700

O série 1700 é um roteador voltado para aplicações específicas. O forte do 1720 são as VPNs. devido a ter
um módulo de processamento da criptografia este roteador é capaz de trabalhar com criptografia complexa
como 3DES a velocidades de 2 Mbps. O 1750 é um roteador excepcional para linhas de voz podendo usar
interfaces E&M, FXS, FXO e ISDN. O Modelo 1751 foi incorporado recentemente à família e é capaz de
suportar até 20 canais de voz usando T1 ou E1.

Cisco 1720
Cisco 1750

Selecione este
Quando o cliente precisar destes recursos
produto
Solução de acesso seguro para dados apenas para redes que evoluem
constantemente.
Suporta aplicações de dados incluindo VPNs e acesso a serviços de banda larga.
Cisco 1720
Uma grande gama de serviços de WAN são suportados, incluindo linhas
dedicadas (PPP e HDLC), Frame-Relay, ADSL, ISDN BRI, X25 e outros.
Criptografia para VPNS 3DES em taxas de até 2Mbps (T1/E1)
Tudo o que tem acima e mais:
Suporte de voz digital
Cisco 1751
Suporte a VLANs baseadas em IEEE 802.1Q
Memória default alta para suportar IOS com riqueza de recursos

Cisco Série 2500

O modelo 2500 é um dos mais populares roteadores do mundo. Os modelos possuem configuração fixa em
diversos modelos. Alguns destes produtos foram descontinuados recentemente. O seu processador um
Motorola 68030 de 25 Mhz é um dos seus principais limitadores, apesar disto suporta os principais
protocolos IP, IPX, SNA em interfaces com até 2Mbps. O modelo mais conhecido é o 2501. A série vem
sendo substituída pelos roteadores modulares 2600. Apesar de ser difícil hoje especificar um é bem
provável que você ainda vá fazer um projeto com um Cisco2500.
Principais modelos:
ESCRITÓRIOS DE GRANDE PORTE
Cisco Série 2600

O Cisco série 2600 veio para substituir a linha 2500. A grande vantagem é ele ser modular e poder fazer
quaisquer dos configurações do modelo 2500 em um único chassis. Seus pontos fortes são o suporte a voz,
modularidade e flexibilidade para aplicações como segurança, voz sobre ip e VPNs.
Selecione este
Quando o cliente precisar destes recursos
produto
LAN to LAN e Inter-VLAN routing, incluindo gerenciamento da banda.
Servidor de acesso remoto para serviço discado analógico e digital.
Integração de voz, dados e fax.
Cisco 2600 Series Acesso VPN/Extranet com segurança de Firewall opcional
Concentração de dispositivos seriais
Entrega de serviços de alta velocidade DSL
Acesso a WAN , incluindo serviços ATM access
CPU de Alta performance CPU, duas portas autosensing 10/100 Mbps
Cisco 2651
Ethernet com suporte à VLAN support.
CPU de Alta performance CPU, uma porta autosensing 10/100 Mbps
Cisco 2650
Ethernet com suporte à VLAN.
Cisco 2621 Duas portas autosensing 10/100 Mbps Ethernet com suporte à VLAN
Cisco 2620 Uma porta autosensing 10/100 Mbps Ethernet com suporte à VLAN
Cisco 2613 Uma porta Token Ring
Cisco 2612 Uma Token Ring e uma Ethernet para redes mixtas.
Cisco 2611 Duas portas Ethernet para segmentação de LANS.
Cisco 2610 Uma porta Ethernet

No modelo 2600 a Cisco criou um novo conceito de Wan Interface Card (WIC), Voice Interface Card (VIC) e
Network Module (NM). Estes módulos são intercambiáveis entre as famílias 3600 e 2600 tornando a sua
rede ainda mais flexível.
Network Module (Módulo de Rede)

Wan Interface Card (Interface de cartão de WAN)

Voice Interface Card (Interface de cartão de voz)

Advanced Integration Modules (Modulos de integração avançados)

Você pode montar a configuração que quiser usando estes módulos. O Roteador 2600 possui um slot para
módulo NM e dois Slots para módulos WIC. O 3640 que você vai ver a seguir possui 4 slots para módulos
NM.
Cisco Series 3600

O Cisco série 3600 é um dos produtos mais utilizados no centro de redes de médio porte com de zenas de
pontos de rede. Em três opções 3620, 3640 e 3660 é um dos mais versáteis e flexíveis roteadores da Cisco.
Os mesmos módulos do 2600 podem ser usados no 3600 com algumas exceções.

Selecione este
Quando o cliente precisar destes recursos
produto
Wan de densidade média com conectividade discada
Conectividade de LAN de densidade média
Cisco 3620 Voz sobre dados de baixa densidade
Conexões ATM de baixa densidade
Modem sobre linhas PRI de média densidade
WAN de alta densidade e conectividade discada
Conectividade de LAN de média para alta
Cisco 3640 Voz sobre dados de média densidade
Conexões ATM de baixa para média densidade
Modem sobre linhas PRI de média densidade
WAN de densidade muito alta com conectividade discada
Conectividade de LAN de alta densidade
Cisco 3660 Voz sobre dados de média densidad
Conexões ATM de média densidade
Modem sobre linhas PRI e média para alta densidade

Existem ainda roteadores de maior porte como o 7200, mas eles não serão abordados no curso d e CCNA,
pois sua utilização é restrita a um pequeno número de casos onde a densidade é muito alta.
8.4 SELECIONANDO UM ROTEADOR CISCO

Especificar completamente um roteador da Cisco é uma arte. Entretanto algumas ferramentas auxiliam
bastante no processo. O configurador da Cisco é uma delas. Ele verifica se as quantidades de memória, as
interfaces e o IOS são compatíveis. Não deixe ninguém fazer um pedido de compra de um roteador antes
de passar pelo configurador.
A URL é http://www.cisco.com/pcgi-bin/front.x/newConfig/config_root.pl
Outra maneira de achar o configurador é entrar na página da Cisco e selecionar Ordering Information &
Assistance. E dentro desta URL selecionar Configuration Tool.

Selecione o produto à ser configurado e preencha as informações relativas ao produto.


LAB 8.1

Utilize o configurador da Cisco para selecionar corretamente um roteador da série 2621.


Requisito 1:
IOS com suporte de IP e IPX
Vá até a parte do IOS e selecione o Feature Set IP/IPX
Requisito 2:
Suporte a oito portas assíncronas até 128 Kbps
Vá até o suporte de placas NM e selecione uma NM 8A/S.
Requisito 3:
Suporte a duas portas de 2 Mbps
Vá até o suporte de placas WIC e selecione uma WIC 2T

Acerte as configurações de memória e IOS até que o configurador aceite a verificação final. Envie a sua
configuração por e-mail para sua caixa postal.
Capítulo

9-
9
ROTE
AMEN
TO IP

9.1 OBJETIVOS

Como atividade fim, o roteamento deve preocupar-se em como encaminhar o fluxo de dados, da origem até
seu destino final. Para isso os roteadores são configurados com tabelas de rotas que definem como chegar
a um determinado destino.
Mas como as topologias das redes vivem em constante mudança, desenvolveram-se diversos mecanismos
que poderiam automatizar o processo de configuração das rotas, diminuindo assim a carga de trabalho nas
re-configurações necessárias para acompanhar as freqüentes mudanças de topologia.
Neste capítulo discutiremos a criação das tabelas de roteamento estátic o e os protocolos de roteamento
dinâmico RIP, Routing Information Protocol, e IGRP, Interior Gateway Routing Protocol, como habilitá-los,
configurá-los e em que ambientes são mais recomendados.
9.2 ROTEAMENTO IP

O roteamento usa diversas informações encontradas no cabeçalho IP no processo de encaminhamento dos


dados da origem ao destino.
A definição do caminho a ser traçado para alcançar determinado destino pode ser dada administrativamente
ao roteador, de forma fixa. A este tipo de configuração damo s o nome de roteamento estático. De outro
modo, o caminho para diversas redes pode ser aprendido de forma automática pelo roteador em um
processo chamado de roteamento dinâmico.
Neste processo, muitas vezes a escolha do melhor caminho para o fluxo de dados entre a origem e o
destino é feita através de algoritmos que levam em consideração o distância (em número de pontos) para
se chegar ao destino ou a disponibilidade que os circuitos podem oferecer, sua carga, dentre outros.
As principais funções dos protocolos de roteamento dinâmico são:
 Dinâmicamente aprender e preencher a tabela de roteamento com uma rota para todas as subredes
na interrede.
 Se mais de uma rota para uma sub-rede estiver disponível, colocar a melhor rota na tabela de
roteamento.
 Para notar quando rotas em uma tabela não estão mais válidas e remover estas rotas da tabela de
roteamento.
 Se uma rota é removida da tabela de roteamento e outra rota através de outro roteador vizinho estiver
disponível, adicionar a rota a tabela de roteamento.
 Para adicionar novas rotas, ou substituir rotas perdidas com a melhor rota disponível tão rápido
quando possível. O tempo entre perder uma rota e encontrar uma rota alternativa válida é chamado
tempo de convergência.
 Previnir loops de roteamento.
9.3 PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO DINÂMICO

Vários protocolos de roteamento existêm para o TCP/IP. Uma primeira classificação dos protocolos de
roteamento é se eles são usados para rotas internas (IGP – Interior Gateway protocol) ou externas (EGP -
Exterior Gateway Protocol).
Outra forma de classificar os protocolos de roteamento é pelo modo de funcionamento. Eles podem ser
classificados como Protocolo pelo estado do circuito (Link-State Protocols), protocolo por vetor de distância
(Distance-Vector Protocols) ou híbrido.
Os protocolos pelo estado do circuito (Link-State) usam uma base de dados da topologia que é criada em
cada roteador. Esta tabela contém registros descrevendo cada roteador, cada circuito li gado a cada
roteador e cada um dos vizinhos ligados aos roteadores.
A base de dados da topologia é processada por um algoritmo chamado Djikstra Shortest Path para
escolher as melhores rotas. As informações detalhadas da topologia ajudam os protocolos por estado do
circuito à convergirem mais rapidamente e evitarem loops.
O segundo tipo de protocolo de roteamento dinâmico é o híbrido balanceado. O termo híbrido balanceado
foi criado pela Cisco para descrever o funcionamento interno do EIGRP que usa o algo ritmo DUAL
(Diffusing Update Algorithm). O protocolo híbrido transmite mais informações de topologia que os protocolos
por vetor de distância, mas precisam de menos poder computacional que o Djikstra.
No exame de CCNA serão mais exigidos os protocolos de vetor de distância que serão descritos a seguir.
9.4 PROTOCOLOS DE ROTEAMENTO POR VETOR DE DISTÂNCIA

Para entender o que faz um protocolo de roteamento por vetor de distância é preciso entender como o
protocolo de roteamento atinge os seguintes objetivos:
 Aprende as informações de roteamento
 Descobre rotas com falhas
 Adiciona a melhor rota após a atual ter falhado
 Previne loops
A seguinte lista traz um sumário do comportamento de um roteador que usa o s protocolos RIP-1 e IGRP.
 As subredes diretamente conectadas já conhecidas pelos roteadores são anunciadas para os
roteadores vizinhos.
 As atualizações são feitas por difusão (Broadcast ou Multicast em muitos casos). Isto é feito de forma
a que todos os roteadores vizinhos possam aprender as rotas através de um único broadcast ou
multicast.
 As atualizações do roteamento são ouvidas de forma que os roteadores possam aprender novas
rotas.
 Uma métrica descreve cada rota na atualização. A métrica descreve a qualidade da rota. Se multiplas
rotas para o mesmo local são aprendidas, a com melhor métrica é selecionada.
 As informações de topologia nas atualizações do roteamento incluem no mínimo, a sub -rede e a
métrica.
 Atualizações periódicas são esperadas dos roteadores vizinhos em um intervalo especificado. A falha
em receber estas notificações por um período pré -determinado resulta na remoção das rotas
previamente aprendidas do vizinho.
 Uma rota aprendida de um roteador é considerada como sendo através do mesmo.
 Uma rota falhada é anunciada por um tempo, com uma métrica que implica que a rede está à uma
distância infinita. Esta rota é considerada não utilizável. Infinito é definido por cad a um dos
protocolos como uma métrica alta. Por exemplo a métrica infinita para o RIP é 16 porque o número
máximo de saltos (hops) do RIP é 15.

Tabela de roteamento do roteador B após receber a atualização:


Grupo (Máscara é 255.255.255.0) Interface de Saída Próximo Roteador
192.168.1.0 S0 192.168.253.1
192.168.2.0 E0
192.168.253.0 S0
192.168.254.0 S0 192.168.253.1

Os valores de métrica são acumulativos. Uma sub-rede aprendida através de um vizinho são anunciadas,a
mas com uma métrica mais alta. Como mostrado na figura a seguir.
A Tabela de roteamento do roteador B fé mostrada abaixo:
Grupo (Máscara é 255.255.255.0) Interface de Saída Próximo Roteador
192.168.1.0 S0 192.168.253.1
192.168.2.0 E0
192.168.3.0 S0 192.168.253.1
192.168.253.0 S0
192.168.254.0 S0 192.168.253.1

A figura acima mostra os sete comportamentos dos protocolos de vetor de distância listados anteriormente
com exceção das atualizações periódicas e rotas com problemas. Os protocolos por vetor de distância
desconfiam de rotas que eles aprenderam a partir de um roteador vizinho se o roteador vizinho para de
enviar atualizações. Atualizações periódicas são enviadas por cada um dos roteadores. Um cronômetro de
atualização do roteamento determina com que freqüência as atualizações são enviadas. O cronômetro deve
ser igual em todos os roteadores. A ausência de atualizações em um pré -determinado número de intervalos
do cronômetro resulta na remoção das rotas previamente aprendidas a partir do roteador que parou de
enviá-las.
Várias questões existem relacionadas a loops e convergência necessárias quando se usa um protocolo por
vetor de distância. A maioria das questões com protocolos por vetor de distância ocorrem quando se
trabalham com múltiplos caminhos.
A tabela abaixo traz um sumário destas problemas:
Problema Solução
Múltiplas rotas para a mesma sub-rede com As opções de implementação envolvem ou utilizar
métrica igual apenas a primeira rota aprendida ou colocar as duas
rotas para a mesma sub-rede na tabela de
roteamento.
Loops de roteamento ocorrendo devido a Split horizon – O protocolo de roteamento avisa as
atualizações passando uma sobre as outras rotas para uma interface apenas se elas não foram
no mesmo link. aprendidas daquela interface.
Split horizon com poison reverse – O protocolo de
roteamento anuncia todas as rotas na interface,
entretanto aquelas que ele aprendeu a partir da
interface são anunciadas com métrica infinita.
Loops de roteamento ocorrendo devido a Route Poisoning – Quando uma rota em uma sub-
atualizações passando uma sobre as outras rede falha, a sub-rede é anunciada com uma
em links alternados. distância infinita.
Contagem ao infinito Holddown Timer – Após saber que uma rota para
uma sub-rede falhou, o roteador espera um certo
tempo antes de acreditar em qualquer outra
informação de roteamento daquela sub-rede.
Triggered Updates – Uma atualização é enviada
imediatamente ao invés de esperar o cronômetro
expirar quando uma rota falha. Usada em conjunto
com o route poisoning, isto assegura que todos os
roteadores saibam das rotas com problemas antes de
qualquer Holddown Timer possa expirar.

Vamos exemplificar melhor estes problemas abaixo.


Na figura acima as tabelas de roteamento são enviadas periódicamente. Não existe nenhuma necessidade
de fazer as atualizações ao mesmo tempo de C para B, entretanto neste caso B e C estão enviando
atualizações no mesmo instante de tempo. Isto não é um prob lema até o roteador B anunciar uma distância
infinita para a rede 192.168.2.0 porque a rede falhou. Entretanto, a atualização de C passa a atualização de
B no link serial entre os dois. As tabelas abaixo mostram a tabela de roteamento dos dois roteadores.
Roteador B após a sub-rede 192.168.2.0 falhar e a atualização do roteador C ser recebida
Grupo Interface de Saída Próximo Roteador Métrica
192.168.4.0 S1 0
192.168.2.0 S1 2b
192.168.3.0 S1 192.168.4.2 1

Roteador C após a sub-rede 192.168.2.0 falhar e a atualização do roteador B ser recebida


Grupo Interface de Saída Próximo Roteador Métrica
192.168.4.0 S1 0
192.168.2.0 S1 16
192.168.3.0 E0 2 0

Agora o roteador C tem uma rota de distância infinita, mas o roteador B irá enviar pacotes anunciando a rota
192.168.2.0 através do roteador C. O Roteador C anunciou ter uma rota para este destino com uma métrica
de 2 para a rota 192.168.2.0 ao mesmo tempo que recebia a atualização de que ela não era mais válida.
Agora o Roteador C imagina que a rota é inalcançável e o roteador B imagina que
está a dois saltos através do roteador C. O processo se repete com a próxima atualização até que ambos
os número cheguem ao infinito.
O Split-horizon é a solução para a contagem até o infinito, neste caso. O split-horizon inclui dois conceitos
relacionados que afetam que rotas são incluídas em uma atualização de roteamento.
 Uma atualização não inclui a sub-rede da interface da qual foi aprendida.
 Todas as rotas com a interface de saída x não são incluídas nas atualizações enviadas na mesma
interface x.
No exemplo acima, a rota para a sub-rede 192.168.3.0 aponta para a serial, de forma que a atualização
enviada pela interface S1 não inclui a rota para esta sub -rede se o split-horizon estiver habilitado.
O termo split-horizon com poison reverse, ou simplesmente poison-reverse, é um recurso similar ao split
horizon. Ao invés de não anunciar a rota pela interface de onde aprendeu o poison-reverse anuncia esta
rota de volta com métrica infinita (16 no caso do RIP).
O split-horizon acaba com o problema da contagem ao infinito em um único link. Entretanto quando existem
links redundantes, este fenômeno no caso de se estar usando apenas o split-horizon. O cronômetro de
holddown (holddown timer) é parte da solução do problema de contagem ao infinito quando a rede tem
múltiplos caminhos para múltiplas sub-redes.
O Holddown Timer é definido como segue: Quando aprendendo sobre uma rota que falhou, ignore
quaisquer novas informações sobre a sub-rede por um período igual ao holddown timer.
Route poisoning é outro método de evitar loops e melhorar o tempo de convergência. O Route poisoning é
diferente do Poison Reverse. Quando um protocolo por vetor de distância nota que uma rota em particular
não é mais válida ele têm duas escolhas. A primeira é simplesmente parar de anunciar aquela rota. A
segunda é anunciá-la com métrica infinita (16 no caso do RIP) indicando que ela está ruim.
Como último mecanismo de prevenção de loops que também acelera a convergência, não podemos deixar
de citar os triggered updates. Quando um roteador nota que uma sub-rede diretamente conectada mudou
de estado, ele imediatamente envia outra atualização de roteamento em suas outras interfaces ao invés de
esperar pelo timer de atualização do protocolo.
9.5 ROTEAMENTO DINÂMICO COM RIP

Usado em redes pequenas e médias, o RIP envia a todos os roteadores uma copia de toda a sua tabela de
roteamento em intervalos de 30 segundos. Isto pode acrescentar uma grande carga ao tráfego em redes de
grande porte, principalmente em links de WAN.
O RIP usa a contagem de hops como métrica. Cada gateway adjacente é considerado um hop. Um máximo
de 15 hops são permitidos, e uma rota com métrica 16 indica um destino inalcançável.
Os seguintes RIP Timers são usados para assegurar que rotas inválidas serão removidas da tabela de
roteamento:
 timeout (expiration ou invalid) – tempo máximo para receber a atualização de uma rota, padrão 180
segundos
 garbage collection (flush) – tempo que a rota será propagada como inalcançável após sua expiração,
padrão Cisco 60 segundos, RFC 120 segundos
 holddown – período de espera antes de atualizar a tabela de roteamento quando a métrica de uma
rota é alterada, padrão 180 segundos
O aspecto mais importante quando se compara o RIP ao IGRP é a métrica mais robusta do IGRP. A métrica
é calculada usando parâmetros de banda passante e atraso (delay). A métrica do RIP leva em consideração
apenas o número de saltos.

9.6 COMANDOS USADOS PARA A CONFIGURAÇÃO DO RIP


Comando Função
router rip Habilita o RIP no roteador
network net-number Especifica as redes onde o RIP estará rodando.
passive-interface type number Especifica que uma interface não enviará atualizações. Entretanto
ela recebe e processa as atualizações.
maximum-paths x O IOS suporta de 1 a 6 caminhos redundantes na interface.
variance multiplier Define o quão próximos os valores de métrica podem estar para
serem considerados iguais.
traffic-share {balanced | min} Define se o tráfego irá por um único caminho ou balanceado
proporcional às métricas.
Show ip route Mostra toda a tabela de roteamento.
Show ip protocol Mostra os parâmentros do protocolo de roteamento como timers.
Debug ip rip Emite um log com mensagens e detalhes das atualizações do RIP
9.7 CONFIGURAÇÃO DO RIP
A configuração do roteamento dinâmico com RIP é bastante simples, basta habilitá-lo com o comando
router rip e adicionar os endereços das redes que irão utiliza-lo . Adicione endereços de rede com netword
emdereçodarede.
Caso seja usado RIPv2 também é necessário informarmos a versão usando version e no auto -summary. O
roteador usará por padrão RIPv1, use o comando version para configurá-lo para RIPv2.

Todas mensagens RIP usam a porta UDP 520.


9.8 RIP VERSÃO 1

Os únicos campos do cabeçalho RIPv1 utilizados são:


(1)command;
(2)version number;
(4)address family identifier;
(6)ip address;
(9)metric.

Opções para o campo command


 request: requisição para uma tabela de roteamento.
 response: reposta a um comando request ou uma atualização de tabela.
 trace on/trace off: não usados.
 reserved: usado pela Sun Microsystems.
9.9 RIP VERSÃO 2

O RIPv2 suporta VLSM e authentication, opções não implementadas no RIPv1.


Authentication é um metodo que evita atualizações a partir de recursos não autorizados, diminuindo a
possibilidade de hackers utilizarem atualizações na tabela de roteamento para obterem acesso a rede.
Além dos campos utilizados no RIPv1, RIPv2 passou a utilizar também:
(5) route tag
(7) subnetmask
(8) next hop
EXEMPLO DE CONFIGURAÇÃO DO RIP VERSÃO 2
Na figura acima vemos um exemplo da configuração de um rotador para utilizar RIP versão 2.
9.10 ROTEAMENTO DINÂMICO COM IGRP

O Interior Gateway Routing Protocol foi desenvolvido no meio dos anos 80 pela Cisco Systems.
Considerando inadequada a métrica simples usada pelo RIP (contagem de hops) e seu limite de 16 hops
que não era escalonável para ambientes complexos, o IGRP implementa uma combinação de métricas e
permite estender a 255 o número de hops.
IGRP é um protocolo de roteamento por vetor de distância (distance vector), que solicita a cada roteador
que envie toda ou um subconjunto da sua tabela de roteamento em uma mensagem de atualização de rota.
Estas mensagens propagam-se pela rede permitindo que os roteadores calculem a distância entre nós
através da combinação das seguintes métricas:
 Internetwork delay
 Bandwidth
 Reliability
 Load
SISTEMAS AUTÔNOMOS
Autonomos System numbers, ou simplesmente números AS, são usados pelo IGRP para separar
administrativamente diferentes domínios.
Desta forma o IGRP suporta a execução de múltiplos protocolos IGRP entre roteadores através do números
AS, e todos os roteadores que necessitam trocar informações de roteamento devem es tar configurados com
o mesmo AS.
CARACTERÍSTICAS QUE DÃO ESTABILIDADE AO IGRP
IGRP incorpora características de estabilidade como:
 holddowns: indica o período de tempo que os roteadores devem aguardar para que as auterações no
estado dos roteadores sejam efetivadas;
 split-horizons: evita loops de roteamento não propagando atualizações recebidas que ele próprio
havia enviado;
 poison reverse updates: utilizado na detecção de grandes loops pelo incremento da métrica das rotas;
 multipath routing: habilita dois caminhos com mesma banda no mesmo fluxo de tráfego para melhorar
performance e redundância em caso de falha de linha.

O uso do autonomous system permite um limite máximo de 255 hops, bem maior que os 16 hops
suportados pelo RIP.
MÉTRICA USADA PELO IGRP
A complexa métrica usada pelo IGRP permite distinguir caminhos fisicamente diferentes que para o RIP
pareceriam os mesmos.
Quando decidindo por rotas, IGRP leva em considereção as seguintes métricas:
 metrics (administrative distance): valor entre 1 e 255 configurado pelo administrador para influenciar na
seleção de uma rota
 delay: velocidade medida em unidades de 10 microsegundos. Representa a soma do atraso em todos os
segmentos. Para ethernet a 10 Mbps o delay é 100, ou 1ms.
 bandwidth: valores de velocidade entre 1200 bps e 10 Gbps, refletindo a banda atual da interface. BW=
107 / Bwmin, onde Bwmin é expresso em Kbps e refere-se a configuração da interface feita pelo comando
bandwidth. O valor padrão para interfaces seriais é 1544.
 reliability: representada a disponibilidade do segmento desta interface, calculado dinamicamente com um
inteiro entre 1 e 255, onde 255 é o valor ótimo.
 load: carga da interface correspondente calculada dinamicamente com um inteiro entre 1 e 255, onde 1 é
carga mínima e 255 corresponde a 100% de utilização da interface.
 k1-k5: constantes administrativas que definem um determinado peso em cada métrica.
A fórmula para o cálculo da métrica é:

MetricaIGRP= (k1*bw)+((k2*bw)/(256-load))+(k3*delay)*(k5/(reliability+k4))
MÉTRICA PADRÃO DO IGRP
Os valores de k1 a k5 são constantes que podem ser alteradas pelo administrador. Seus valores padrão
simplificam a fórmula anterior de cálculo da métrica IGRP.

Valores padrão: k1 = 1, k2 = 0, k3 = 1, k4 = 0 e k5 = 0

Assim a métrica padrão IGRP será:

MetricaIGRP= bandwidth + delay

O comando show interface pode ser usado para verificar os valores para o cálculo da métrica.
router#show interface serial 1
Serial1 is up, line protocol is up
hardware is HD64570
Internet address is 200.100.0.1/24
MTU 1500 bytes, BW 1544 kbit, DLY 2000 usec, rely 255/255, load 1/255

No exemplo acima vemos os valores de bandwidth (BW), delay (DLY), reliability (rely) e load.
CONTADORES IGRP

O IGRP usa os seguintes contadores para manter a estabilidade das tabelas de roteamento.

 Update timer: freqüência das mensagens de atualização, padrão 90 segundos;


 Invalid timer: tempo de espera da atualização de um determinado router antes de declara-lo inválido,
padrão 3 vezes update timer, 270 segundos;
 Holddown timer: especifica o tempo de estabilidade das atualizações, padrão 3 vezes update timer
mais 10 segundos, 280 segundos;
 Flush timer: tempo decorrido antes de uma rota IGRP ser retirada da tabela de roteamento, padrão 7
vezes update timer, 630 segundos.
TIPOS DE ROTAS
O IGRP anuncia 3 tipos de rotas
 Interior: entre subredes
 System: rotas para redes dentro do AS
 Exterior: rotas para redes fora do AS

IGRP não propaga rotas internas (interior) se a rede não é dividida em subredes, rotas de sistema (system)
não incluem informações de subrede e a lista de rotas externas (exterior) são usad as para determinar o
gateway mais usado em uma rota específica.
PRINCIPAIS COMANDOS
Os principais comandos relacionados ao roteamento IGRP são:
 Show ip route igrp
 Show ip protocol
 Show ip Interfaces
 Debug ip igrp
o Eventos
o Transações
 Trace
Este comandos permitirão a você verificar e diagnosticar as configurações. Abaixo uma descrição de cada um
destes comandos.
Neste comando é possível ver todas as rotas criadas pelo protocolo IGRP. Elas estão identificadas como
segue:
 I em frente à rota indicando que a rota foi gerada por IGRP
 Destino
 [x/y] Distância administrativa / Métrica
 Gateway
 Interface
No comando show ip protocol é possível identificar as principais configurações do protocolo IGRP como por
exemplo:

 AS: 10
 Periodo para atualizações períodicas: 90 segundos
 Se existêm filtros de IGRP
 Fatores para cálculo das métricas K1, K2, K3, K4, K5
 Número máximo de hops
 Variância
No comando show ip interfaces é possível identificar o status da conexão existente e parâmetros relativos
ao protocolo configurado naquela interface específica como, por exemplo:

 Endereço de Broadcast
 MTU
 Se Direct Broadcast Forwarding está habilitado
 Listas de acesso
 Proxy ARP
 Nível de segurança
Ainda no mesmo comando é possível ver:

 Estado do Split Horizon


 ICMP redirects
 Modo de Switching (IP Fast Switching)
 Compressão de cabeçalho
 Descobrimento de roteadores (Por ICMP)
O Comando TRACE é um velho conhecido e é chamado de traceroute nas máquinas UNIX e tracert em
máquinas com Windows. Ele indica por que roteadores se atinge um determinado endereço. É muito útil no
diagnóstico de problemas.
CONFIGURAÇÃO DO IGRP
A configuração do IGRP é similar a do RIP, após o comando router você deve especificar apenas redes
conectadas conectadas diretamente. A diferença é que o comando que habilita o protocolo de roteamento é
seguido pelo número AS. O valor do número AS suportado pelos roteadores esta entre 1 e 65655.
IGRP não envia atualizações para o endereço secundário de interface.

Exemplo:
router(config)#router igrp 10
router(config - router)#network 200.40.0.0
router(config - router)#network 200.30.0.0
9.11 ROTEAMENTO ESTÁTICO

São rotas configuradas administrativamente nos roteadores. Elas são utilizadas quando os protocolos de
roteamento dinâmico são desnecessários ou estão indisponíveis. Um exemplo disso seria a conexão da
LAN de uma filial que possui um roteador à WAN do escritório central da companhia por meio de uma linha
discada por demanda. Neste cenário o roteamento dinâmico é desnecessário por que há apenas uma rota,
e indisponível por causa do uso do link discado por demanda.

As rotas estáticas sempre se sobrepõem a todas as rotas dinamicamente definidas nos roteadores, exceto
aquelas referentes à rede que esta diretamente conectada a sua interface.

O comando para configurar o roteamento é o ip route, no seguinte formato:


ip route destino máscara {próximo roteador/interface de saída} [distancia
administrativa] [permanent]

A opção permanent indica que desejamos que a rota permaneça no roteador mesmo que a interface a que
ela se aplica fique em estado inoperante (down).
ROTAS ESTÁTICAS
As rotas estáticas devem ser configuradas em ambas as direções. Ou seja, cada par de roteadores
conectados entre si usando roteamento estático, deve apontar seu tráfego de um para o outro.
ROTA PADRÃO (DEFAULT)
A rota padrão, ou rota default (default route) como é mais conhecida, define ao roteador para onde enviar os
pacotes cuja rota ele desconhece. Normalmente ela é usada quando o roteador envia o tráfego para a
Internet ou para um roteador central.
Por padrão, a rota default é anunciada através de RIP e IGRP. Formato do comando:
ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 {próximo roteador/interface de saída} [distancia
administrativa] [permanent]

! A rota default deve ser do tipo rota estática!


DISTÂNCIA ADMINISTRATIVA
Quando um roteador aprende diferentes rotas para um mesmo destino ele deve escolher que rota incluir em
sua tabela de roteamento.
Tipicamente somente uma rota para um determinado destino (que possua mesmo endereço e mesma
máscara) permanecerá na tabela de roteamento do roteador, e e ssa escolha é feita escolhendo-se a rota de
menor distância administrativa e a menor métrica até o destino.
A distância administrativa é proporcional a taxa de disponibilidade do protocolo de roteamento que originou
a rota. Quanto maior for sua indisponibilidade, maior será sua distância administrativa. Esses valores
oscilam entre 0 e 255.
9.12 EXERCÍCIOS:

1.Na configuração de uma rota estática, que informação(ões) deve(m) ser colocada(s)
para completar o comando: ip route 192.168.4.0 255.255.255.0 ?
A. Nenhuma, o comando já esta completo.
B. A distancia administrativa da rota.
C. O endereço do próximo roteador para onde você quer que o tráfego de rede vá.
D. O endereço IP da interface de saída.
E. O nome da interface de saída.

2.O que faz o comando ip route 0.0.0.0 0.0.0.0 ethernet0 permanente?


A. Nada, o comando está digitado errado.
B. Nada, a rota 0.0.0.0 é uma rota “morta”.
C. Todos os pacotes que o roteador não conheça uma rota específica devem ser
enviados pela interface ethernet0.
D. d)Habilita o roteamento na interface ethernet0.
E. e)Redireciona todo o tráfego para a interface ethernet0.

3.O que acontece quando se define uma rota estática para um mesmo endereço e
máscara de uma outra rota, que foi configurada dinamicamente?
A. Nada, isso não pode ser feito.
B. As rotas dinâmicas sempre sobrepõem qualquer rota.
C. As duas rotas serão usadas.
D. Uma rota será utilizada caso a outra falhe.
E. As rotas estáticas sempre sobrepõem rotas dinâmicas
4.Qual é a métrica utilizada pelo RIP?
A. Distance
B. Length
C. Hops
D. Loops
E. Address Family Identifier

5.Na tabela de roteamento RIP qual é valor para o hop count que indica que aquela
rede esta inalcançável?
A. 0
B. 1
C. 15
D. 16

6.VLSM é suportado por?


A. RPIv1
B. RIPv2
C. RIPv1 e RIPv2
D. Nem um dos dois

7.RIP é um protocolo baseado em UDP. Que porta UDP o RIP utiliza para todas as suas
comunicações?
A. 512
B. 520
C. 334
D. 1433
E. 433
8.Que algoritmo é usado pelo IGRP?
A. Routed information
B. Link state
C. Distance vector
D. Distance link

9.Que comando pode ser usado para verificar a freqüência das mensagens de
atualização do IGRP?
A. Show ip protocol
B. Show ip route
C. Show ip broadcast
D. Debug ip igrp

10.Quais os três tipos de rotas que o IGRP anuncia?


A. Interior
B. Dynamic
C. Exterior
D. System
Respostas
LAB 9.1

Cenário: Você é o administrador de uma das redes de sua empresa e precisa configurar
seu roteador de forma que os usuários de sua rede possam alcançar qualquer uma das
redes de sua empresa. Observe o layout da sala de aula e imagine que assim está
projetada a rede de sua empresa.

Este laboratório será dividido em três parte e será realizado em conjunto com seus
colegas, para completá-lo observe as configurações de endereçamento definidas pelo
seu instrutor. Após cada parte discuta os resultados obtidos.

Parte 1: Configurando rotas estáticas:


 Seguindo o padrão de endereçamento fornecido pelo instrutor, crie rotas estáticas
para as redes adjacentes a sua.
 Teste a conectividade com elas utilizando o comando ping.
 Teste a conectividade com as outras redes (não adjacentes a você). Obs.: você ão
obterá sucesso.
 Adicione rotas estáticas para as outras redes e teste a conectividade com elas.
 Observe a tabela de roteamento com o comando show ip route
 Pergunte ao seu instrutor como uma rota default poderia ajuda-lo neste cenário
 Remova suas rotas estáticas

Parte 2: Configurando rotas dinâmicas com RIP:


 Habilite o roteamento RIP
 Configure os endereços de rede que irão utiliza-lo
 Teste a conectividade com as outras redes com o comando ping
 Observe a tabela de roteamento com o comando show ip route rip
 Tente traçar a rota do tráfego de rede para o roteador mais longe de você. Use o
comando trace
 Desabilite o roteamento RIP
Parte 3: Configurando rotas dinâmicas com IGRP
 Habilite o roteamento IGRP
 Configure o endereço das redes que irão utilizá-lo
 Observe as informações de atualizações e o número AS com o comando show ip
protocol
 Observe a tabela de roteamento com o comando show ip route igrp
 Teste a conectividade com as outras redes
 Desabilite o roteamento IGRP
Capítulo

10
10222
ROT
EAM
ENTO IPX
10.1 OBJETIVOS DO CAPÍTULO

Este capítulo descreve o conjunto de protocolos Internetwork Packet Exchange / Sequenced Packet
Exchange e os protocolos auxiliares que operam dentro do IPX/SPX. A Operação do IPX e os protocolos de
roteamento que roteiam IPX sobre uma WAN serão explicados. Este capítulo também descreve os passos
para configurar o IPX em roteadores Cisco assim como a implantação de listas de acesso e filtros de SAP.
Ao fim deste capítulo, você estará apto à fazer o seguinte:
 Descrever as operações básicas do IPX
 Determinar o número de rede IPX necessário e o tipo de encapsulamento para uma dada interface.
 Habilitar o protocolo Novell IPX
 Configurar e monitorar as listas de acesso IPX e os filtros de tráfego IPX
10.2 INTRODUÇÃO AOS PROTOCOLOS IPX

IPX é uma parte do IPX/SPX, um conjunto proprietário de protocolos da Novell. O IPX/SPX é derivado do
Xerox Network Systems (XNS). De forma similar ao TCP/IP, o IPX/SPX é um conjunto de protocolos onde
múltiplos protocolos interagem e coexistem.
Netware é o sistema desenvolvido pela Novell que possibilita acesso transparente à arquivos e impressoras,
bem como serviços de bancos de dados e e-mail aos clientes da rede. Cada estação recebe a instalação do
Novell Client. O Netware usa o IPX como protocolo padrão, embora versões mais recentes como a 5.1 e a
6.0 utilizem o protocolo TCP/IP como preferencial.
O IPX ainda é bastante popular no mercado e é um excepcional protocolo para LANs. Entretanto sua
adaptação para WANs não é tão eficiente como o TCP/IP. Com o advento da Internet a própria Novell vem
aos poucos deixando de investir no seu desenvolvimento.
10.3 IPX,SPX,SAP,NCP E NETBIOS

Erro! Vínculo não válido.

O IPX trabalha na camada três do modelo OSI (Network). Ele foi derivado do XNS Internet Datagram
Protocol. O IPX designa endereços da camada de rede aos nós. Estes endereços são representados por
números hexadecimais e tem 80 bits de comprimento. Eles consistem de ambos o endereço de rede e do
endereço do nó.
O IPX é um protocolo sem conexão (Connectionless) similar ao UDP. Ele não requer um
Acknowledgment do dispositivo final. O IPX usa Sockets para se comunicar com as aplicações, similar a
forma com que o TCP/IP usa as Portas para determinar a aplicação.
O campo Checksum contém um byte duplo usado para verificar a integridade do pacote (Normalmente
desabilitado FFFF). O Checksum não era usado até a versão 4.x do NetWare pois a integridade do pacote
já é verificada no pacote Ethernet. Na prática são raros os casos onde se habilita o Checksum do IPX. Um
caso específico é quando está ocorrendo corrupção de dados no servidor e se desconfia de uma placa de
rede defeituosa. O Frame 802.3 não suporta Checksum.
O campo Packet Length ou comprimento do pacote contém o valor do comprimento de todo o pacote o que
inclui o cabeçalho que é de 30 Bytes.
O Transport Control ou controle do transporte é um campo de um byte que indica o número de roteadores
que o pacote atravessou para alcançar o seu destino. O Pacote é descartado se este valor chegar à 16
saltos (hops). No caso de se usar NLSP este limite salta para 127.

Erro! Vínculo não válido.

O campo Packet Type ou tipo do pacote é um campo de um byte que indica o tipo de serviço q ue o pacote
irá utilizar.
O campo Destination Network ou rede de destino contém o valor de quatro bytes do endereço da rede de
destino. Existe uma caso no pacote Get Nearest Server, onde o pacote vem com estes campos vazios e o
servidor retorna o pacote com os campos preenchidos sinalizando à estação qual o endereço de rede que
ela deve utilizar.
O campo Destination Node ou nó de destino é um campo de seis bytes que contém o endereço do nó de
destino. Este campo irá conter um valor 0x00-00-00-00 se o pacote for destinado ao servidor NetWare.
O Endereço real da placa de rede do servidor estará no campo de destino do pacte Ethernet.
O campo Destination Socket ou socket de destino contém um valor de dois bytes definindo o endereço do
processo que vai processar este pacote.
Os campo Source Network, Source Node e Source Socket são similares, mas contém o endereço do
remetente.
10.4 SPX

O SPX é derivado do SPP do protocolo XNS. Trabalha na camada 4 (Transporte) do modelo OSI e fornece
serviços orientados a conexão. Em outras palavras o SPX é um protocolo connection-oriented similar ao
TCP. Este tipo de serviço é usado em conexões que requerem comunicações confiáveis como o Novell
Remote Console e o servidor de impressão PSERVER. O SPX usa circuitos virtuais para estabelecer
sessões entre os nós. Cada circuito virtual é identificado por um connection ID no cabeçalho SPX. Um
cabeçalho SPX contém o cabeçalho IPX com 12 bytes adicionais. Estes d oze bytes contém campos de
seqüência e de confirmação (Acknowledgment) que suportam serviços orientados a conexão.
O campo Connection Control contém um valor de um byte que controla o fluxo bidirecional dos dados.
O campo DataStream Type contém um valor de um byte que indica o tipo dado armazenado no pacote.
O campo Source Connection ID contém um valor de dois bytes definindo o nó remetente. Várias sessões
SPX podem originar de um nó com o mesmo valor de sockets, mas com identificadores de conexão
diferentes.
O Destination Connection ID foi descrito brevemente no parágrafo anterior, entretanto o valor é da
conexão de destino.
O Sequence Number ou número de seqüência contém um valor de dois bytes para o número de pacotes
enviados por um único nó. Este número é incrementado após o recebimento da confirmação para o pacote
de dados transmitido.
O Acknowledge Number ou número de confirmação contém um valor de seqüência de dois bytes que é
esperado no próximo pacote SPX de nó respondente. Este campo é similar ao número de seqüência no
TCP. Se o número de seqüência estiver incorreto, o nó receptor assume que um erro ocorreu na
transmissão e solicita a retransmissão dos pacotes.
O Allocation Number contém um valor de dois bytes indicando o número de buffers de recepção na
estação de trabalho. O valor inicia em zero, que significa que um valor de quatro significa cinco buffers de
recepção de pacotes.
A Novell criou uma versão mais avançado do SPX chamada SPXII e inclui alguns recursos novos como:
 Tamanhos de pacote até o MTU da rede. Inicialmente limitado à 576 Bytes.
 Mais de um pacote enviado por confirmação. Originalmente um pacote uma confirmação.
10.5 SAP

O SAP Service Advertising Protocol possibilita que uma estação localize serviços, servidores e endereços
dentro de uma rede local. SAP é um pacote do tipo Broadcast e quando um servidor NetWare é
configurado, ele enviará um pacote de SAP à cada 60 secundos. Existem três tipos de pacotes de SAP.
 Pedido de serviço (Service Request)
 Resposta de serviço (Service Response)
 Atualizações periódicas
Pedidos de serviço: Os clientes não recebem os broadcasts de SAP. Ao invés disto um cliente enviará um
pedido de serviço como Broadcast na rede quando quiser saber que serviços estão disponíveis na rede.
Dois tipos de pedido de serviço estão disponíveis: General Service e Nearest Service. O tipo mais
popular é o GNS (Get Nearest Server – Pegar o servidor mais próximo)
Resposta de Serviços A resposta dos serviços (Query Replies) são usadas aos pedidos. Dois tipos de
resposta existem: General Service Response e Nearest Service Responses. As respostas do tipo
General Service Responses são usadas para difundir informações sobre a rede. No pacote mostrado acima
aparece um servidor Windows 2000. Este servidor (servw2k) tem o conjunto de protocolos IPX/SPX
habilitado.
Periodic Updates As atualizações periódicas são usadas pelos servidores Netware para divulgar uma lista
de serviços e endereços da rede local para que outros servidores ou roteadores os armazene. Se você
comparar o conjunto do TCP/IP e do IPX/SPX vai descobrir que em uma rede TCP/IP o usuário precisa
necessariamente conhecer o endereço do destinatário, enquanto em uma rede IPX/SPX estes endereços
são constantemente divulgados. Este serviço é uma facilidade da rede que permite a fácil localização dos
servidores. As atualizações são enviadas por default a cada 60 segundos. As atualizações podem
conter até sete registros em um pacote de no máximo 576 bytes.
10.6 NCP

O Netware Core Protocol é o protocolo usado para a comunicação entre o cliente e o servidor. O Cliente
envia os pacotes de NCP Request para o servidor para transferência de arquivos, mapeamento de drives,
visualizar arquivos, imprimir o status de filas de impressão e mais. Os servidores NetWare respondem à
estes pedidos com NCP Replies. A Estação irá terminar uma conexão enviando um pedido de Destroy
Service Connection ao servidor.
O Pedido NCP inclui um cabeçalho IPX. Observe que o pacote NCP inclui números de seqüência , número
de conexão e número de tarefa. O NCP pode ser considerado um protocolo das camadas 4, 5, 6 e 7. Pois
garante serviços de conexão com controle de fluxo utilizando números de seqüência, faz uso de
confirmações e retransmissões para os clientes e é responsável pelo estabelecimento e término da
conexão.
Ë importante ressaltar que a partir da versão 3.12 um tipo especial de pacote NCP chamado Packet Burst
foi implantado e permitiu que vários pacotes fossem transmitidos para cada confirmação, melhorando muito
o desempenho da rede.
10.7 NETBIOS

Network Basic Input/Output System (NetBIOS) é um protocolo não roteável que pode ser usado sobre o IPX para
obter informações sobre nós nomeados na rede. NetBIOS é um tipo de protocolo baseado em Broadcasts que usa o
pacote tipo 20 para inundar a rede com informações sobre os nós da rede. Os roteadores não re -encaminham os
Broadcasts para redes externas, desta forma para propagar estes pacotes para outras redes é preciso habilitar no
roteador que os Broadcasts tipo 20 devem ser re-encaminhados. O caso típico de utilização deste recurso é quando
se têm um servidor Windows NT que usa o protocolo NetBIOS configurad o apenas com IPX/SPX e as estações do
outro lado do roteador não podem enxergar este servidor. Após habilitar a propagação dos pacotes NEtBIOS as
estações passam a enxergar o servidor, pois passam a receber seus Broadcasts.
Erro! Vínculo não válido.

RIP é um protocolo de roteamento dinâmico do tipo vetor de distância (Distance Vector) e usa o IPX
para rotear sobre uma WAN ou LAN. O RIP troca as informações de roteamento IPX entre os roteadores
vizinhos através de Broadcasts.
Assim que uma nova informação de roteamento for aprendida, um roteador IPX/RIP irá imediatamente
difundir toda a sua tabela de roteamento para os seus roteadores vizinhos. Estes roteadores irão então
difundir suas tabelas de roteamento para os seus roteadores vizinhos e assim sucessiv amente até que toda
a rede esteja atualizada. O tempo para completar todo o processo é conhecido como tempo de
convergência. O RIP envia atualizações periódicas de roteamento a cada 60 segundos aos seus
roteadores vizinhos.
O fato do RIP difundir toda a tabela à cada 60 segundos pode causar problemas de tráfego excessivo
em circuitos de baixa velocidade.
O IPX RIP usa duas métricas para tomar as decisões de roteamento HOPS e TICKS. Lembre-se que o RIP
IP usava apenas a métrica de HOPS. Um TICK é igual à 1/18 segundos. O roteador irá primeiro olhar o
TICK COUNT da rota para determinar que rota tomar. A Rota com o menor atraso (tick count) será
escolhida. Se duas rotas tiverem o mesmo tick count o desempate se dá pelo número de saltos (HOP Count
– Roteadores pelo qual o pacote passou). O número máximo de HOPS usado pelo IPX RIP é 15. Isto
significa que o pacote será descartado após cruzar o décimo sexto roteador.
No exemplo acima, São Paulo precisa enviar dados para o Rio de Janeiro. São P aulo têm uma conexão de
128K para Florianópolis e uma E1 para Brasília. Vemos que a decisão do roteamento pelo menor número
de saltos é incoveniente neste caso já que temos de cruzar uma linha de 128K. A decisão por ticks (delay) é
mais interessante, pois se o link de 128 estiver congestionado, um delay maior vai ser anunciado por aquela
rota.
10.8 ROTEAMENTO IPX COM EIGRP

O Enhanced Interior Gateway Routing Protocol é um protocolo de roteamento Híbrido. Ele usa algumas
vantagens dos protocolos de roteamento padrão link-state e do padrão distance vector. O EIGRP é um
protocolo que converge mais rapidamente que o IPX RIP e é mais eficiente em termos de utilização de
banda. A única inconveniência é que ele só pode ser usado em links de WAN e é proprietário da CISCO.
Por default, o EIGRP redistribui bidirecionalmente as rotas aprendidas por RIP.
Principais vantagens do EIGRP
 Suporta atualizações incrementais de pacotes SAP. O NetWare envia um novo pacote de SAP à
cada 60 segundos, o EIGRP pode ser configurado para só enviar SAPs quando uma mudança
ocorrer.
 Suporta 224 Hops ao contrário dos 15 do IPX RIP.
 Determina o melhor caminho baseado em um cálculo que leva em conta a banda e o atraso.
 O IPX RIP leva em conta apenas o atraso e o número de saltos.
10.9 ROTEAMENTO IPX COM NLSP

O NetWare Link Services Protocol é o protocolo de roteamento IPX baseado em Link-State que a Novell
projetou para acabr com algumas limitações IPX RIP e SAP. O NLSP é baseado no protocolo de
roteamento OSI IS-IS e é similar à outros protocolo de roteamento link-state como o OSPF.
Os principais benefícios são:
 Maior escalabilidade
 Atualizações só são enviadas quando ocorrem mudanças na topologia da rede
 Permite até 127 hops
 Estabelece comunicação entre os roteadores vizinhos
 Entrega das rotas através de um protocolo confiável e com entrega garantida

Esta seção descreve como os SAPs trabalham em uma rede IPX. Cada servidor recebe as atualizações de
SAP, atualizam a sua tabela de SAP e difundem novamente a cada 60 segundos toda a tabela SAP na
rede. Se um roteador IPX recebe a tabela de SAP ele não roteia os pacotes de Broadcast, mas aprende os
serviços contidos nos pacotes de SAP criam sua própria tabela e difundem nas suas interfaces (LAN e
WAN). O segmento dos cliente irá aprender a existência dos servidores 1 e 2 pois os pacotes de SAP irão
passar pela WAN.
10.10 ENDEREÇOS IPX

Erro! Vínculo não válido.

O Netware usa um endereço IPX de três camada que é designado aos nós da rede. Cada endereço é
representado em Hexadecimal. O endereço hexadecimal é representado no formato rede.nó onde rede é
um número de 32 bites ou quatro bytes e identifica a rede física. O número da rede é representado por oito
números hexadecimais. Os clientes aprendem o número de rede IPX dinamicamente ao se conectarem
a rede. O número de nó IPX consiste de seis bytes (48 bits). O número do nó e tomado como o endereço
MAC da placa de rede.
O IPX também usa um socket number que identifica os processos que estão se co municando.
O importante é identificar que endereço da rede ou IPX External Network Number têm de ser igual para
todos os servidores e interfaces de roteador como no figura acima. O Endereço de rede AAAAAAAA é o
endereço que identifica a rede IPX dos servidores. O Endereço BBBBBBBB identifica o endereço de rede
das estações. Os endereços de nós são os endereços das placas de rede dos equipamentos.
Os servidores e os roteadores possuem um endereço de rede especial que é o endereço de rede IPX
Interna. Esta rede é responsável pelo roteamento dentro do servidor.

Para identificar os endereços atuais de uma rede NetWare você pode usar a console ou o utilitário
RCONSOLE e digitar o comando CONFIG. Este comando vai lhe mostrar os endereços IPX da rede. Você
vai precisar configurar a interface do roteador com o mesmo endereço de rede que a interface do servidor
NetWare. No exemplo acima o endereço é 0000000A2.
No roteador você precisaria configurar:
Router(config)#Interface Ethernet 0
Router(config-if)#ipx network number 00000000A2
10.11 ENCAPSULAMENTOS DO IPX

IPX pode rodar em Ethernet, Token-Ring e FDDI. A Novell suporta quatro tipos diferentes de
encapsulamento para estes três protocolos da camada 2. Se uma estação está utilizando um determinado
tipo de encapsulamento, ela não conseguirá se comunicar com o servidor a menos que o servidor use o
mesmo tipo de encapsulamento.
O NetWare suporte os seguintes tipos de encapsulamento:

802.2 A cisco se refere a este encapsulamento como SAP. Este encapsulamento inclui o IEEE 802.3
seguido pelo cabeçalho IEEE 802.2.
802.3 A cisco se refere a este encapsulamento como Novell-Ether. Este é o encapsulamento inicial dos
servidores NetWare que foi substituído pelo 802.2.
Ethernet_II A cisco se refere a este encapsulamento como ARPA. A principal diferença é a existência do
campo Tipo no local do campo comprimento nos outros encapsulamentos. É utilizado por redes que usam
protocolo TCP/IP. Raramente é utilizado com IPX.
SNAP A Cisco se refere a este encapsulamento como Ethernet_SNAP. SNAP extende o cabeçalho 802.2
LLC para incluir um tipo de código similar ao campo tipo no Ethernet_II.
10.12 EXERCÍCIOS TEÓRICOS:

1 - Identifique o endereço IPX Válido


1. ABC.0000134589AB
2. 0000AHAB.000000AE1414
3. 00000010.00001414404040
4. FFFFFFFF.000000009090
2 - Dê o nome de quatro tipos de encapsulamento suportados pela Novell
A. 802.1
B. 802.2
C. 802.3
D. 802.3 SNAP
E. 802.5
F. 802.10
G. SNAP
H. Ethernet
I. Ethernet_II
J. Token Ring
3 – Que tipo de encapsulamento pode ser usado em uma rede Token-Ring
A. 802.2 SAP
B. 802.3 SNAP
C. 802.10
D. 802.3
4 - ________ são usados pelos servidores para identificar um processo
1. SAP Updates
2. RIP Reuquests
3. Addresses
4. Sockets
5 – Que dois nomes de encapsulamento estão corretamente relacionados aos seus nomes Cisco.
1. SNAP, SNAP
2. 802.2, Novell-Ether
3. 802.3, SAP
4. Ethernet_II, ARPA

6 – Que comando é usado para iniciar os serviços de IPX RIP e SAP no roteador?
A. ipx router
B. ipx routing
C. ipx network
D. ipx address

7 – Novell usa este protocolo para a comunicação entre o cliente e o servidor.


A. RIP
B. SAP
C. NCP
D. ARP

8 – Uma lista de acesso na faixa de 1000 à 1009 identifica que tipo de lista de acesso?
A. RIP
B. Standard
C. Extended
D. SAP

9 – Quais dos seguintes protocolos fornece tempos de convergência mais rápidos e maior eficiência sobre o IPX
RIP.
A. OSPF
B. IPX WAN
C. IPX RIP 2
D. IPX EIGRP
10 – IPX RIP descarta o pacote após ele alcançar o _____ hop.
1. Décimo
2. Décimo Quinto
3. Décimo Sexto
4. Centésimo

Respostas:
LAB 1 0.1

Este exercício será feito em conjunto com outra equipe e dois roteadores serão usados.

1 – Configurar o roteador A

 Passo 1: Acesse o roteador com os comandos que você aprendeu nas sessões anteriores

 Passo 2: Habilite o roteamento IPX usando o comando ipx routing.

 Passo 3: Entre o endereço da rede IPX na interface Ethernet 0 como A1.

 Passo 4: Entre o endereço da rede IPX na interface Serial 0 como FF.

2 – Configurar o roteador B

 Passo 1: Acesso o roteador com os comandos que você aprendeu nas sessões anteriores

 Passo 2: Habilite o roteamento IPX usando o comando ipx routing.

 Passo 3: Entre o endereço da rede IPX na interface Ethernet 0 como B1.

 Passo 4: Entre o endereço da rede IPX na interface Serial 0 como FF

3 – Usando o comando Show Running-Config verifique o endereço de nó atribuido ao comando ipx routing. Este é o
endereço do nó do roteador.

4 – Usando ipx ping verifique a conexão com o outro roteador.

5 – Verifique o tráfego IPX usando show ipx traffic.

6 – Use o comando show ipx servers para ver os serviços SAP Anunciados

7 – Use o comando show ipx route para ver a tabela de roteamento IPX. A rede da interface Ethernet do outro
roteador é exibida. Porque ?

8 – Verifique a interface usando show ipx interface.


Capítulo

11 -
11
LISTA
S DE
CONTROLE DE ACESSO
11.1 OBJETIVOS

Ao final deste capítulo os alunos deverão estar capacitados a:

 Explicar o que é uma lista de controle de acesso IPX e IP


 Identificar os números que caracterizam as listas de acesso
 Configurar listas de controle de acesso IP e IPX
 Verificar e corrigir erros em uma lista de controle de acesso IPX
11.2 INTRODUÇÃO

Listas de acesso permitem ao administrador controlar para onde o tráfego flui. Elas são implementadas
tipicamente para restringir o acesso de usuários ou limitar tráfego.
Para facilitar a administração, as listas de acesso foram divididas por tipo, a cada tipo é associado um
número, tudo isso para melhorar a clareza de como as listas de acesso se apresentam. Dependendo do
número fornecido no início da configuração, o roteador ira limitar as opções de sintaxe. A tabela a seguir
mostra os números referentes ao IOS 12.0.
11.3 INTERVALOS ASSOCIADOS AS LISTAS DE CONTROLE DE ACESSO

Os intervalos foram associados pela própria Cisco. Note que os intervalos 1300-1999 e 2000 à 2699 são
listas já existentes, mas que tiveram sua faixa estendida. O Número da lista de acesso correspondente ao
protocolo é uma pergunta freqüente em provas de CCNA e CCIE.
11.4 CARACTERÍSTICAS DAS LISTAS DE ACESSO

O processo de configuração das listas de acesso é dividido em duas partes. Primeiramente é escrita a lista
de acesso propriamente dita. Diferente de outros comandos, os comandos de lista de acesso devem ser
fornecidos na mesma ordem que você deseja que o roteador aplique os filtros. Isto quer dizer que o
roteador executa uma lista de acesso na ordem em que ela foi escrita.
Assim que uma correspondência é encontrada o roteador toma a decisão de encaminhamento
correspondente (repassar ou barrar) e não examina o restante dos comandos da lista de acesso. Sendo
assim, você deve configurar as entradas da lista de acesso começando das regras mais específicas às mais
genéricos.
O segundo passo é aplicar a lista de acesso a uma determinada interface. Uma lista de acesso pode ser
aplicada ao tráfego que entra ou que sai de uma interface, porém uma lista de acesso pode trabalhar
apenas com um protocolo.
Se você necessitar introduzir qualquer comando em uma lista de acesso que não seja no final desta, terá
que remover toda a lista e configurá-la novamente introduzindo então o comando adicional.
Para remover uma lista de acesso utilize o comando:
no access list númerodalistadeacesso

Outra maneira é definir uma nova lista de acesso, com um novo número, adicionando o comando
necessário. Então você pode facilmente associar a nova lista a interface e desassociar a lista anterior. Este
processo é interessante caso se tenha problemas com a nova lista de acesso, pois facilmente pode -se
voltar a configuração anterior.
Por padrão o roteador filtra (barra) qualquer pacote que não foi expressamente mencionado na lista de
acesso. Esta característica é conhecida como implicit deny. Alguns administradores configuram a opção
deny any no fim da lista de acesso para não esquecer desta característica.
11.5 LISTAS DE ACESSO IP

Há dois tipos de listas de listas de acesso IP: padrão e estendia. Ima lista de acesso IP padrão filtra os
pacotes baseados no endereço IP fonte. O endereço fonte pode ser de um determinado host (equipamento)
ou de uma rede. Estas listas são associadas a números no intervalo de 1 a 99, em versões anteriores do
IOS um segundo intervalo estava disponível (1300 – 1999), mas raramente necessário.
Nesta configuração deve ser mencionada a máscara “wildcard”. Essa máscara é um valor de 32 bits que
informa ao roteador quais bits que precedem o endereço IP devem ser ignorados.
O comando para definição das listas de acesso IP padrão tem o seguinte formato:
access-list númerodalista {deny|permit} endereçofonte [wildcard]

E o comando para associar uma lista criada a uma interface:


ip access-group {númerodalista|nome} {in|out}
11.6 EXEMPLO:

access-list 11 permit 10.1.11.0 0.0.0.255


interface ethernet0
ip access-group 11 out

Isto permite que todo o tráfego IP originado na rede 10.1.11.0 saia pela interface ethernet 0. O wildcard
define que todo o quarto octeto será ignorado para este filtro. Todo o tráfego IP restante será bloqueado.
11.7 CONTINUAÇÃO DO EXEMPLO:

Se for especificado o endereço de um host, o wildcard não será necessário. Um wildcard 0.0.0.0 é
assumido caso o último octeto do endereço seja diferente de 0.
11.8 LISTA DE ACESSO EXTENDIDA

Uma lista de acesso estendida pode filtrar quaisquer outros parâmetros, é associada aos números entre 100
e 199 e possui o mesmo intervalo alternativo (1300 – 1999).
O comando para criar uma lista de acesso estendida é:
access-list númerodalista {deny|permit} protocolo edereço -fonte wildcardfonte
endereço-destino wildcarddestino

As listas de acesso estendidas baseiam-se seus filtros nos endereços fonte e destino. Com a opção
protocolo pode-se filtrar um tipo específico de tráfego, de uma fonte específica para um destino específico.
Existem várias opções para a opção protocolo, dentre elas podemos citar: ICMP, IP, TCP, UDP e IGRP.
Também pode ser fornecido o número do protocolo, 0 – 255.

FILTROS ICMP
access-list númerodalist {deny|permit} icmp endereçofonte wildcardfonte
endereçodestino wildcarddestino [tipoICMP [códigoICMP]] | menssagemICMP]

Onde códigoICMP e tipoICMP são valores numéricos (0 – 255) e menssagemICMP são nomes como
echo, host-unreachable, ttl-exceeded.

FILTROS TCP E UDP


access-list númerodalist {deny|permit} tcp endereçofonte wildcardfonte
[operator port [port] ] endereçodestino wildcarddestino [operator port [port] ]
[established]

Neste filtro, dependendo da palavra usada na opção operator, pode-se filtrar fonte ou destino do tráfego
TCP de várias maneiras:

 eq – tráfego TCP para o número desta porta


 gp – número da porta TCP maior que esta
 lt – número da porta TCP menor que esta
 neq – todas as portas diferentes desta
 range – todas as portas neste intervalo

A opção established está disponível apenas para TCP.

FILTROS IPX
Similar as listas de acesso IP, lista de acesso IPX padrão faz filtragem baseado no endereço de rede ou no
endereço do nó, em contrapartida, as listas de acesso IPX padrão podem ser baseadas também na rede de
origem, de destino ou endereço de host.
A sintaxe do comando é:
access-list númerodalista {deny|permit} redeorigem[.nóorigem [mascara -nó-
origem]] [rededestino[.nódestino [máscara-nó-destino]]

Uma lista IPX estendida faz a filtragem equivalente as portas, os sockets.


access-list númerodalista {deny|permit} protocolo [rede fonte][[[.nófonte]
máscara-nó-fonte] | [.nófonte máscararedefonte.máscara-nó-fonte]] [socketfonte]
[rededestino][[[.nódestino] máscara-nó-destino] | [.nódestino
máscararededestino.máscara-nó-destino]] [socketdestino]

O comando para associar a lista de acesso IPX segue a seguinte sintaxe:


ipx access-group {númerodalista|nome} {in|out}
11.9 EXEMPLOS

No exemplo acima à configuração:


routerA(config)#access-list 110 permit tcp host 192.168.30.2 host 192.168.10.2
eq 8080
routerA(config)#access-list 110 permit tcp 192.168.20.0 0.0.0.255 host
192.168.10.2 eq 8080
routerA(config)#access-list 110 permit tcp any any eq www
routerA(config)#interface ethernet0
routerA(config-if)#ip access-group 110 out

Permite a estação de projetos e a rede de vendas acessar o servidor proxy na rede ADM e permite que
qualquer um acesse o servidor web na rede ADM.
EXIBINDO AS LISTAS DE ACESSO
routerA#show access-list
Extended IP access list 110
permit tcp host 192.168.30.2 host 192.168.10.2 e q 8080
permit tcp 192.168.20.0 0.0.0.255 host 192.168.10.2 eq 8080
permit tcp any any eq www

Exibe todas as listas de acesso em execução no roteador.


No exemplo acima a configuração:
routerA(config)#access-list 110 permit tcp host 192.168.30.2 host 192.168.10.2
eq 8080
routerA(config)#access-list 110 permit tcp 192.168.20.0 0.0.0.255 host
192.168.10.2 eq 8080
routerA(config)#access-list 110 permit tcp any any eq www
routerA(config)#access-list 110 deny ip any any log

Permite a estação de projetos e a rede de vendas acessar o servidor proxy na rede ADM, permite que
qualquer um acesse o servidor web na rede ADM e habilita o log do roteador.
COMANDOS ADICIONAIS
Limpa o valor dos contadores exibidos pelo comando show access-list
router#clear access-list counters 110

Pemite visualizar se a interface possui alguma lista de acesso associada a ela.


router#show interface ethernet0
EXEMPLO DE FILTRO IPX

routerA(config)#access-list 810 permit 30 10


routerA(config)#access-list 810 deny 50 10
routerA(config)#interface ethernet0
routerA(config-if)#ipx access-group 810 out

Permite que a rede IPX 30 acesse a rede IPX 10 e impede que a rede IPX 50 acesse a rede IPX 10.

routerA(config)#access-list 910 deny -1 50 0 10 0


routerA(config)#access-list 910 permit -1 -1 0 -1 0
routerA(config)#interface ethernet0
RouterA(config-if)#ipx access-group 910 out

Implementa o mesmo que o exemplo anterior, apenas na forma de lista de acesso estendida. Permite que a
rede IPX 30 acesse a rede IPX 10 e impede que a rede IPX 50 acesse a rede IPX 10.
11.10 CONFIGURANDO UMA INTERFACE DE TUNNEL

Tunneling provê uma forma de encapsular pacotes arbitrariamente dentro de um protocolo de transporte. Este
recurso é implementado como uma interface virtual para prover uma interface simples para configuração. A interface
túnel não está ligada a protocolos específicos de camada 2 ou 3, mas ao invés disto é uma arquitetura que foi
projetada para prover os serviços necessários à implementar qualquer e squema de encapsulamento ponto à ponto.
Os túneis ponto à ponto são links ponto à ponto, você deve configurar um túnel separado para cada link.
O tunelamento tem os seguintes três componentes primários:
 Protocolo passageiro, que é o protocolo que você e stá encapsulando (Appletalk, Vines, IP ou IPX);
 Protocolo transportador que pode ser um dos seguintes:
o Generic Route Encapsulation (GRE), Cisco’s Multiprotocol Carrier Protocol
o Cayman, um protocolo proprietário para Appletalk sobre IP
o EON, um padrão para carregar CLNP sobre redes IP
o NOS, IP sobre IP compatível com o popular KA9Q
o Distance Vector Multicast Routing Protocol (Túneis IP em IP)
 Protocolo de transporte, que é o protocolo usado para carregar o protocolo encapsulado.

A figura acima ilustra a terminologia e os conceitos de tunelamento IP


VANTAGENS DO TUNELAMENTO
As seguintes são várias situações em que encapsular o tráfego em outro protocolo é útil:

 Para prover redes locais multiprotocolo sobre um backbone de um único protocolo;


 Para contornar problemas de redes que tem limite no número de hops como o Appletalk
 Para conectar sub-redes descontínuas
 Para permitir redes virtuais provadas através de uma WAN

Considerações especiais na configuração de interfaces de túnel.


 Encapsulamento e remoção do encapsulamento nos pontos finais do túnel são operações lentas. Em
geral apenas processor switching é suportado. Entretanto, fast switching do túneis GRE foi introduzido
no IOS versão 11.1 para os roteadores 2500 e 4000.
 Considere questões de segurança e topologia. Cuidado em não violar as listas de controle de acesso.
Você pode configurar um túnel com fonte e destino que não são restritos pelo Firewall.

LISTA DE TAREFAS DE CONFIGURAÇÃO DE TUNEL IP

Para configurar um túnel IP, faça as seguintes tarefas. Existem algumas tarefas opcionais que não serão
vistas neste curso. Verifique o guia de configuração na interface Tunnel para configurações adicionais.

 Especificando a interface do Túnel;


 Configurando a interface do Túnel;
 Configurando o destino do Túnel;
 Configurando o modo do Túnel.

Especificando a interface do túnel

Comando Propósito

Router(config)# interface tunnel number Entra na configuração da interface


Configurando a fonte do Túnel

Para especificar um endereço fonte para a interface de túnel, use o seguinte comando no modo de
configuração de interface.

Comando Propósito

Router(config-if)# tunnel source Configura a fonte do túnel.


{ip-address | type number}

Configurando o destino do Túnel

Para especificar um endereço destino para a interface de túnel, use o seguinte comando no modo de
configuração de interface.

Comando Propósito

Router(config-if)# tunnel Configura o destino do túnel.


destination {hostname | ip-address}

Configurando o modo do Túnel

O modo de encapsulamento do túnel tem como default o GRE, então este comando é considerado
opcional. Entretanto, se você quiser configurá- lo use o comando abaixo.

Comando Propósito

Router(config-if)# tunnel mode Configura o modo de túnel.


{aurp | cayman | dvmrp | eon | gre ip | nos}

Em algumas redes como a rede IP da Embratel é possível encapsular os pacotes com endereços IP internos dentro
de pacotes IP com endereços válidos. O tunelamento está disponível. No laboratório a seguir veremo s um exemplo
de configuração de listas de controle de acesso e túneis.
LAB 11.1 CONFIGURAÇÃO DAS LISTAS DE CONTROLE DE ACESSO E TUNNEL IPIP

O exercício usará equipes com três roteadores. No roteador central serão configurados os filtros e nos
roteadores periféricos o tunnel.

Laboratório 11.1 Configurando os endereços IP e a conectividade

No roteador A

Passo 1 – No roteador A configure o endereço IP das interfaces serial 0 como 200.247.2.2 e da interface
Ethernet 0 como 200.200.40.1. A máscara deve ser 255.255.255.0 em ambos os casos. Configure o
Gateway Default para 200.247.2.1.

Passo 2 – Configure a interface da estações de trabalho para 192.168.x.2 com máscara 255.255.255.0 e
Gateway Default 192.168.x.1. (Onde x é o número do roteador).

Passo 3 - Teste a conectividade a partir do roteador pingando os seguintes endereços:

 200.247.2.1
 200.247.1.1
 200.247.2.2
 200.200.40.1
No roteador B

Passo 1 – No roteador B configure na interface serial 0 configure o endereço 200.247.2.1 e na interface


serial 1 configure o endereço 200.247.1.1.

Passo 2 – Crie uma rota para a rede 200.200.30.0 com máscara 255.255.255.0 através do router
200.247.1.2.
Passo 3 – Crie uma rota para a rede 200.200.40.0 com máscara 255.255.255.0 através do router
200.247.2.2.

Passo 4 – Teste a conectividade pingando os endereços:

 200.200.40.1
 200.200.30.1
 200.247.1.2
 200.247.2.2

No roteador C

Passo 1 – No roteador A configure o endereço IP das interfaces serial 1 como 200.247.1.2 e da interface
Ethernet 0 como 200.200.30.1. A máscara deve ser 255.255.255.0 em ambos os casos. Configure o
Gateway Default para 200.247.1.1.

Passo 2 – Configure a interface da estações de trabalho para 192.168.y.2 com máscara 255.255.255.0 e
Gateway Default 192.168.y.1. (Onde y é o número do roteador).

Passo 3 - Teste a conectividade a partir do roteador pingando os seguintes endereços:

 200.247.2.1
 200.247.1.1
 200.247.1.2
 200.200.30.1
Laboratório 11.2 Configurando os Filtros de Acesso para permitir que apenas os endereços
iniciando com 200.200.40 e 200.200.30 possam passar na porta do roteador.

No roteador central B

Passo 1 – Crie uma lista de acesso estendida para o roteador C

(config)#ip access-list extended filtroC


(config-access-list)#permit ip 200.200.30.0 0.0.0.255 200.200.40.0 0.0.0.255
(config-access-list)#deny ip any any log

Passo 2 – Associe o filtro estendido a interface serial 0, na direção de entrada dos pacotes.

(config)#int se 0
(config-if)#ip access-group filtroC in

Passo 3 – Crie uma lista de acesso estendida para o roteador A

(config)#ip access-list extended filtroA


(config-access-list)#permit ip 200.200.40.0 0.0.0.255 200.200.30.0 0.0.0.255
(config-access-list)#deny ip any any log

Passo 4 – Associe o filtro estendido a interface serial 0, na direção de entrada dos pacotes.

(config)#int se 1
(config-if)#ip access-group filtroA in

Passo 5 - Teste a conectividade tentando pingar os mesmos endereços anteriores. Porque você não
consegue pingar ?
Laboratório 11.3 – Configurando o Tunnel entre as redes.

No roteador A

Passo 1 – Crie um endereço secundário na interface Ethernet 0

(config)#int et0
(config-if)#ip address 192.168.x.2 255.255.255.0 secondary

Passo 2 – Crie a interface do Tunnel

(config)# interface Tunnel 0


(config-if)# tunnel source 200.200.40.1
(config-if)# tunnel destination 200.200.30.1
(config-if)# tunnel mode ipip
(config-if)#ip address 192.168.254.1 255.255.255.0

Passo 3 – Crie uma rota para a rede C

(config)#ip route 192.168.y.0 255.255.255.0 192.168.254.2

No roteador C

Passo 1 – Crie um endereço secundário na interface Ethernet 0

(config)#int et0
(config-if)#ip address 192.168.x.2 255.255.255.0 secondary

Passo 2 – Crie a interface do Tunnel

(config)# interface Tunnel 0


(config-if)# tunnel source 200.200.30.1
(config-if)# tunnel destination 200.200.40.1
(config-if)# tunnel mode ipip
(config-if)#ip address 192.168.254.2 255.255.255.0

Passo 3 – Crie uma rota para a rede A

(config)#ip route 192.168.x.0 255.255.255.0 192.168.254.1


11.11 EXERCÍCIOS TEÓRICOS

1. Em qual, ou em quais itens abaixo as listas de acesso IP padrão baseiam-se para filtrar pacotes?
A. Endereço fonte
B. Endereço destino
C. Protocolo
D. Porta
2. Em qual, ou em quais itens abaixo as listas de acesso IP estendida baseiam-se para filtrar pacotes?
A. Endereço fonte
B. Endereço destino
C. Protocolo
D. Porta
E. Todas as anteriores
3. Quais dos seguintes comandos serão aceitos como listas de acesso
A. access-list 1 deny 10.1.11.1
B. access-list 1 permit 10.1.11.1 0.0.0.0
C. access-list 100 permit 10.1.11.0 0.0.0.255
D. access-list 101 permit tcp 10.10.1.1 0.0.0.0 eq telnet 10.10.2.2 0.0.0.0
E. access-list 101 permit tcp 10.10.1.1 0.0.0.0 ip telnet 10.10.2.2 0.0.0.0
4. Qual é o resultado do seguinte comando:
access-list 199 permit tcp 10.10.1.1 0.0.0.0 eq 23 10.10.2.2 0.0.0.0
A. permite que 10.10.1.1 faça telnet em 10.10.2.2
B. permite que 10.10.1.1 receba telnet de 10.10.2.2
C. impede que 10.10.1.2 faça telnet em 10.10.2.2
D. todos os anteriores
E. nenhum dos anteriores, pois essa lista de acesso não se refere a telnet
5. Para especificar todos os hosts da rede classe B 172.16.0.0, que wildcard deve ser utilizada?
A. 255.255.0.0
B. 255.255.255.0
C. 0.0.255.255
D. 0.255.255.255
E. 0.0.0.255
6. Qual dos seguintes comandos ira exibir a lista de acesso estendida 187?
A. sh ip int
B. sh ip access-list
C. sh access-list 187
D. sh access-list 187 extended
7. Qual das opções abaixo é uma lista de acesso IPX padrão válida?
A. access-list 800 permit 30 50
B. access-list 900 permit 30 50
C. access-list permit all 30 50
D. access-list 800 permit 30 50 eq SAP
8. Quais são as três maneiras de monitorar listas de acesso IP?
A. sh int
B. sh ip interface
C. sh run
D. sh access-list
9. Que configuração de acesso permitiria que apenas o tráfego da rede 172.16.0.0 entre através da
interface s0?
A. access-list 10 permit 172.16.0.0 0.0.255.255, int s0, ip access-list 10 in
B. access-group 10 permit 172.16.0.0 0.0.255.255, int s0, ip access-list 10 out
C. access-list 10 permit 172.16.0.0 0.0.255.255, int s0, ip access-group 10 in
D. access-list 10 permit 172.16.0.0 0.0.255.255, int s0, ip access-list 10 out
10. Quais são as faixas das listas de acesso estendidas IP e IPX?
A. 1-99
B. 200-299
C. 100-1999
D. 100-199
E. 900-999
Capítulo

12
12222
PRO
TOC
OLOS DE WAN

12.1 INTRODUÇÃO

O Cisco IOS permite diversas tecnologias de conexão em redes WAN. No Brasil a maior parte destas
opções estão disponíveis, mas com restrições ainda em determinadas localidades. Estes serviços são
também conhecidos por nomes comerciais das concessionárias de telecomunicações como FastNET
(Frame-Relay), TOPNET (PPP ou HDLC), HyperLink (ISDN – Brasil Telecomm). Neste capítulo vamos
abordar os principais protocolos de WAN.
Para entender das tecnologias de WAN é preciso primeiro entender alguns termos técnico que fazem parte
do jargão da área. Os termos estão apresentados em Inglês para evitar confusões em testes de certificação.
No Brasil os nomes variam ligeiramente.
CPE – Customer Promises Equipment – Equipamento pertencente ou locado pelo usuário.
Demarc (Demarcation ) – A última responsabilidade do fornecedor do serviço , normalmente um conector
RJ45 localizado próximo ao CPE. O CPE neste ponto deveria ser um CSU/DSU ou uma interface ISDN que
pluga no Demarc.
Nota: No Brasil normalmente a concessionária entrega o circuito como um conector V.35 e normalmente faz parte das
responsabilidades da concessionária a manutenção do CSU/DSU (Normalmente chamado de modem de acesso). Em alguns
casos as concessionárias têm até mesmo se responsabilizado até a porta Ethernet locando e mantendo o roteador.

Local Loop Conecta o demarc ao escritório com a central mais próxima, conhecida como escritório central
(o termo última milha é comum para o Local Loop).
Central Office (CO) Conecta o cliente à rede de comutação da concessionária. Um CO é muitas vezes
referenciado como Ponto de Presença POP.

12.2 TIPOS DE CONEXÃO

Linhas Alugadas Tipicamente chamadas de linhas dedicadas. Na Embratel o nome comercial mais recente
é TOPNET e em alguns provedores de serviços é chamada de SLDD. É uma conexão de WAN pré -
estabelecida. É possível estabelecer conexões de até 45 Mbps (T3), no Brasil o máximo é normalmente de
34 Mbps (E3). Velocidades de 64 à 256 Kbps são muito comuns no Brasil.
Linhas comutadas Configuram a linha como uma ligação telefônica. Nenhum dado é transferido antes que
a conexão seja estabelecida. Os padrões mais comuns são modems ou ISDN. No Brasil é pouco comum o
ISDN embora esteja disponível em alguns estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Santa
Catarina. Algumas operadoras de longa distância já disponibilizam a discagem ISDN de um estado para
outro e Internacional. As aplicações mais comuns são acesso discado, dial-Backup e Video-Conferência no
caso do ISDN.
Linhas de comutação de pacotes O método de comutação de pacotes permite a você compartilhar a
banda com outras companhias para economizar nas tarifas. Pense em uma linha de comutação de pacotes
como uma linha compartilhada. Desde que você não esteja constantemente transferindo dados e ao invés
disso usando “rajadas de pacotes”, a comutação de pacotes pode auxiliar você a economizar dinheiro.
Entretanto se você tem uma taxa constante de dados é melhor vo cê alugar uma linha dedicada. Frame-
Relay e X.25 (Embratel FastNet e Renpac são os nomes comerciais de Frame -relay e X.25
respectivamente) são tecnologias de comutação de pacotes. As velocidades variam de 64K à 2Mbps. No
Brasil o Frame-Relay é cobrado por circuito ao contrário da RENPAC que é cobrada por Kilo -Octeto (Nome
bonito para Kilobyte).

12.3 SUPORTE DE WAN

Nesta seção, nós iremos definir os protocolos de WAN mais proeminentes do mercado. Eles são Frame -
Relay, ISDN, PPP, HDLC, LAPB (X.25). O resto do capítulo será dedicado a explicar em profundidade como
os protocolos de WAN funcionam e como configurá-los nos roteadores da Cisco.
Frame-Relay Uma tecnologia de comutação de pacotes que emergiu no início dos anos 90. Frame -Relay é
um protocolo das camadas 1 e 2 e tem uma alta performance. O Frame-Relay assume que o link é de boa
qualidade e deixa que os protocolos de camadas superiores cuidem de retransmissões e tratamento de
erros. Deste modo o Frame-Relay possui um baixo “overhead” (alta eficiência) e além disto possui
controles especiais como controle de congestionamento e alocação dinâmica de banda.
ISDN Integrated Services Digital Network é um conjunto de serviços digital que transmite voz e dados sobre
linhas telefônicas existentes. O ISDN pode oferecer uma solução com boa relação custo benefício se
comparado à linhas analógicas discadas. A sua entrada tardia no mercado brasileiro prejudicou a sua
adoção, e hoje em muitos casos vemos outras tecnologias como o ADSL passando a frente do ISDN. ISDN
é uma boa escolha como link de backup para outros tipos de link como Frame-Relay e E1. Uma
utilização interessante é em Vídeo Conferência discada usando o protocolo H.320.
LAPB Link Access Procedure Balanced É usado em linhas X.25 (Renpac). Ele pode ser usado como
simples protocolo da camada de transporte. Possui um grande “overhead” (baixa eficiência) por causa de
suas técnicas de “timeouts” e “windowing”. Você pode usar o LAPB ao invés do protocolo de maior
eficiência HDLC se o seu link estiver com muito suscetível à erros.
HDLC High-Level Data Link Derivado do SDLC, que foi criado pela IBM como protocolo da camada de
enlace. É um protocolo orientado à conexão, mas possui uma alta eficiência se comparado ao LAPB. Um
fato importante a respeito do HDLC é que ele não foi projetado inicialmente para carregar múltiplos
protocolos sobre o mesmo Link. Implementações do HDLC feitas por diferentes fabricantes podem não
operar entre si. O HDLC é o protocolo (Default) configurado inicialmente nas interfaces seriais dos
roteadores da Cisco
PPP Point to Point Protocol é um protocolo padrão. Por causa de muitas versões do HDLC serem
proprietárias, o PPP pode ser usado em circuitos entre equipamentos de diferentes fabricantes. Ele
usa um campo protocolo de controle de rede (NCP) no cabeçalho da camada de enlace para identificar o
protocolo da camada de rede. Ele permite a autenticação e conexões multilink e pode rodar sobre redes
síncronas e assíncronas.
12.4 LINHAS DEDICADAS – COMPARANDO HDLC, PPP E LAPB

Três atributos chaves diferenciam os protocolos HDLC, PPP e LAPB.


 Se o protocolo suporta ao não conexões síncronas, assíncronas ou ambas.
 Se o protocolo faz a correção de erros (Todos eles HDLC, PPP e LAPB detectam).
 Se um protocolo com o campo Tipo existe. O que permite que múltiplos protocolos de camada três
sejam transmitidos.
 Se a implementação do protocolo é proprietária ou padrão.
Configuração destes protocolos
Encapsulation {HDLC| PPP| LAPB}
Compress [Predictor|STAC|MPPC] [Ignore-pfc]
Comandos Show relacionados ao PPP e HDLC
Show interface
Show compress
Show process

Serial is up – Indica que o roteador está se comunicando com o modem e que existe portadora. Significa
que os protocolos da camada física estão funcionando corretamente.
Line Protocol is up – Indica que os protocolos da camada 2, neste caso o HDLC está se comunicando
corretamente.
Encapsulation – Indica o tipo de encapsulamento da interface
Input Errors – Erros detectados na entrada da interface
Output Erros – Erros detectados na saída da interface
O HDLC da Cisco é proprietário e inclui um campo tip o para identificar os protocolos de camada três que ele
vai transportar. É um protocolo de baixo “overhead” (Alta eficiência). Normalmente é utilizado quando o
roteador da outra ponta é também Cisco. No caso de roteadores de outros fabricantes é mais comum usar o
PPP.
O Protocolo PPP oferece várias outras opções além de Framing e Sincronização. Estes recursos caem em
duas categorias: Aqueles necessários não importando o protocolo de camada 3 que será transportado e
aqueles particulares a cada protocolo da camada 3.
O PPP Link Control Protocol (LCP) permite que se carreguem múltiplos protocolos através do link. Uma
série de controles PPP, tais como o IP Control Protocol (IPCP) ou o IPX Control Protocol (IPXCP),
fornecem recursos para que um protocolo de camada 3 em particular funcione bem através do Link. Por
exemplo, o IPCP permite que um provedor designe o endereço IP de uma estação o que é muito comum
na Internet.
Apenas um LCP é necessário por link a não ser que múltiplos protocolos sejam necess ários.
RECURSOS DO PPP LCP
Função Nome do Recurso LCP Descrição
Detecção de Link Quality Monitoring PPP pode derrubar um link baseado no percentual
Erros de erros. LQM troca estatísticas sobre pacotes
perdidos, versus pacotes enviados em ambas as
direções.
Deteção de Magic Number Usando um Magic Number, os roteadores enciam
link em Loop mensagens uns para os outros com diferentes
(Looped números mágicos. Se o roteador receber de volta
Link) um número destes ele determina que o Link esta
em Loop.
Autenticação PAP e CHAP Normalmente usados em conexões discadas. PAP
e CHAP podem ser usados para autenticar o
dispositivo do outro lado da linha.
Compressão STAC e Predictor Compressão por Software
Multilink Multilink PPP Fragmenta os pacotes que são balanceados em
Support mais de uma linha. Frequentemente usado em
conexões ISDN.
12.5 PADRÕES DE CABEAMENTO DE WAN

CCNAs precisam conhecer os padrões de cabeamento de WAN. No brasil é muito usado o RS -232 para
conexões abaixo de 64Kbps e V.35 para conexões acima de 64Kbps.
É importante observar que em alguns roteadores novos da Cisco da série 800 como o 805 e nos roteadores
Cisco 1750 e Cisco 2600 quando se usam Wan Interface Cards padrão 2T (WIC-2T) que existem cabos
padrão SS.
LAB 12.1 CONFIGURANDO E TESTANDO UMA CONEXÃO HDLC

Neste laboratório os alunos trabalharão em equipe de dois roteado res. No caso de haver número de
equipes ímpar, uma equipe irá configura duas portas no roteador. Verifique a que porta serial os seus
cabos estão ligados e configure a interface apropriada.
1. Verifique o encapsulamento atual dos roteadores
2. Certifique-se que cada roteador tenha um nome de host designado:
Sampa#config t
Sampa(config)#hostname Sampa

Rio#config t
Rio(config)#hostname Rio

3. Para mudar o encapsulamento default de HDLC para PPP nos dois roteadores:
Sampa(config)#int so
Sampa(config-if)#encap ppp

Rio(config)#int s0
Rio(config-if)#encap ppp

4. Verifique a configuração em ambos os roteadores com show int s0


5. Note o IPCP, IPXCP e CDPCP. Esta é a informação usada para transmitir os protocolos das camadas
superiores.
6. Defina um nome de usuário e senha em cada roteador. Note que o nome do usuário tem de ser o nome
do roteador. Também a senha tem de ser a mesma.
Sampa(config)#username Rio password segredo
Rio(config)#username Sampa password segredo

7. Habilite a autenticação por PAP ou CHAP


Sampa(config-if)#ppp authentication chap
Rio(config-if)#ppp authentication chap

8. Verifique a configuração em cada roteador usando os seguintes comandos:


show interface s0
debug ppp authentication

9 . Aproveito o tempo restante do exercício para testar outros comandos Debug do PPP
LAB 12.2 CONFIGURANDO O HDLC

O setup deste laboratório é idêntico ao setup anterior.


1. Configure o encapsulamento da interface serial p ara hdlc.
Sampa(config)#int s0
Sampa(config-if)# encapsulation hdlc
Rio(config)#int s0
Rio(config-if)#encasulation hdlc

2. Verifique o encapsulamento usando.


sh interface serial 0
12.6 FRAME RELAY

Frame-Relay é um protocolo para redes de comutação de pacotes. Bastante comum no Brasil e em outras
partes do mundo ele alia as vantagens das redes de pacotes com um baixo “overhead” por detectar, mas
não corrigir erros. Na medida em que as malhas de cabos metálicos estão sendo substituídas por cabos de
fibra ótica com grande confiabilidade, a importância do Frame -Relay vem crescendo.

RECURSOS E TERMINOLOGIA DO FRAME-RELAY


Circuito Virtual – Um VC é um conceito que representa os caminhos que os frames vão percorrer entre os
DTEs. É útil quando se precisa comparar uma linha Frame -Relay com um circuito dedicado.
Circuito Virtual Permanente – É um VC pré-definido. Muito parecido com uma linha dedicada
Circuito Virtual Comutado – É um VC que é configurado dinamicamente. Um SVC pode ser comparado à
uma conexão discada.
DTE – Data Terminal Equipment – Normalmente os roteadores ou computadores ligados a companhia de
telecomunicações.
DCE – Data Comunication Equipment – Switchs Frame-Relay são considerados DCEs.
Link de acesso - É a linha alugada entre o DCE e o DTE.
Taxa de acesso – É a taxa com o qual o link de acesso foi configurado
CIR – É a taxa na qual o DTE pode enviar dados para um VC individual, na qual a concessionária se
comprometeu a entregar. A companhia pode enviar quaisquer dados em excesso até a capacidade da taxa
de acesso, desde que haja capacidade na rede naquele determinado momento.
Burst Rate – “Taxa de Rajadas“ O Burst Rate é a taxa e a quantidade de tempo para um VC em particular
que o DTE pode enviar dados mais rápido que o CIR.
DLCI – Data Link Connection Identifier – Identificador de conexão do enlace – O DLCI é o endereço Frame-
Relay e é usado nos cabeçalhos Frame-Relay para identificar um circuito virtual.
FECN – Forward Explicit Congestion Notification – Notificação de congestionamento explícito à frente. – O
FECN é um bit no Frame-Relay que sinaliza qualquer um que receba o frame que existe um
congestionamento na mesma direção do frame. Os Switches e DTE podem reagir reduzindo a taxa de
transmissão.
BECN – Backward Explicit Congestion Notification – Notificação de congestionamento explícito para trás. O
BECN é um bit no cabeçalho frame-relay indicando aos Switchs e DTEs que um congestionamento está
ocorrendo na direção contrária a do frame.
DE – Discard Elegible – O bit DE em um cabeçalho Frame-Relay sinaliza ao Switch para: Se frames devem
ser descartados, por favor escolhas estes frames para d escartar ao invés de outros sem o bit DE setado.
NBMA – Non-Broadcast-Multiaccess – Se refere à redes onde difusões não são suportadas, mas mais de
dois dispositivos podem ser conectados.
LMI – Local Management Interface – LMI é o protocolo usado entre o DCE e o DTE para gerenciar uma
conexão. Mensagens de sinalização para o SVC, mensagens de status PVC e Keepalives são todos
mensagens LMI.
LAPF – Link Access Procedure Frame – LAPF é o cabeçalho básico do Frame-Relay. Ele incluí DLCI,
FECN, BECN e bits DE.
PVC
Os PVCs (Permanent Virtual Circuit) são estaticamente definidos e são permanentemente estabelecidos. O
cliente solicita um circuito para a sua concessionária de preferência. A concessionária então usando um
software de gerenciamento configura um PVC entre as localidades que o cliente solicitou. O cliente também
solicita uma banda garantida que é o CIR (Commited Information Rate). O PVC é um caminho fixo e
representa um circuito ponto-a-ponto. Os circuitos virtuais são populares devido ao seu baixo custo e
eficiência. Eles podem ser usados para criar rotas alternativas e prover a redundância.

SVC
Os SVCs (Switched Virtual Circuits) são criados dinamicamente em uma base por chamada. Isto significa
que quando uma conexão precisa ser estabelecida para um host remoto, um SVC será criado
dinamicamente. Os SVC usam a protocolo de sinalização (Q933) para estabelecer estes circuitos. Esta
sinalização do SVC faz o estabelecimento e a desconexão das chamadas.
SVC são suportados desde o release do IOS 11.2.
CIR
O CIR (Commited Information Rate) é definido em cada PVC e especifica a banda para cada PVC
representada em bits por segundo. Um roteador tem um acesso físico à concessionária que provê o serviço
Frame-Relay e múltiplos PVCs podem ser configurados neste circuito. Os PVCs tem quantidade de tráfego
variável e podem subir o tráfego acima do CIR se a utilização física do circuito.
O CIR também permite ao cliente uma taxa de transmissão garantida para o circuito. Se o cliente tem dados
importantes que ele não pode se dar ao luxo de descartar, ele deveria assinar um CIR mais alto. Um CIR de
zero também está disponível em algumas concessionárias.
LMI E TIPOS DE ENCAPSULAMENTO

Em 1990, a gang dos quatro (Cisco, Stratacom, Nortel e Digital) se reuniram para criar padrões para o
Frame-Relay. Eles mais tarde formaram o Frame-Relay Forum em 1991 e ajudaram a criar padrões tais
como o Local Managment Interface (LMI), que estende os recursos do Frame -Relay.
O LMI provê um mecanismo de status da conexão que reporta as informações da conexão entre o roteador
e o switch Frame-Relay. O LMI consiste de frames de gerenciamento que o roteador envia quando
habilitado para LMI para o switch Frame-Relay. O roteador envia mensagens de “Keep-Alive” para relatar
que o roteador está “UP” e irá ligar as respostas de mensagens “Keep -Alive “ vindas do switch Frame-Relay.
O roteador pode então determinar o status do PVC da porta enviando um pedido de status (status request).
A rede irá responder com um relatório completo dos PVCs.
O LMI estende as funcionalidades do Frame-Relay de algumas maneiras. Alguns destes recursos incluem:
 O uso de Inverse ARP, que possibilita ao roteador dinamicamente aprender os endereços de
protocolo do outro lado de cada PVC definido pelo seu DLCI.
 A possibilidade de prover um controle simples de fluxo. Este recurso de controle de fluxo usa o FECN,
BECN e bits DE para ajudar a controlar o tráfego enviado para a rede e aliviar o congestionamento
na rede.
 A possibilidade de enviar frames de multicast. Multicasting possibilita ao roteador enviar um frame
destinado à múltiplos recipientes. Isto é usado freqüentemente para atualizações de roteamento.
 A possibilidade de aprender o status do PVC a partir do switch frame -relay enviando queries
(perguntas) ou pedidos de status. O roteador pode simplesmente requisitar “Keep -Alives”. Este
processo permite que redes baseadas em LMI descubram rapidamente se um PVC caiu.
Abaixo segue a descrição do quadro (Frame) frame-relay que está em conformidade com a especificação
LMI como ilustrado na figura abaixo.

 Flag – Isto delimita o início e fim do frame


 LMI DLCI – Isto identifica o FRAME como sendo um frame LMI ao invés de um frame básico do
Frame-Relay. O valor específico do DLCI é 1023, como d efinido pela especificação do consórcio.
 Unnumbered Information Indicator – Isto configura o poll/final bit para zero.
 Protocol Discriminator – Este campo sempre contém um valor indicando que o frame é um frame LMI.
 Call reference – Este campo consiste de todos zeros. O campo não está atualmente definido.
 Message Type – Este campo rotula o frame como “status inquiry message”ou “status message”.
 Elementos de informação –Este campo contém um número variável de elementos de informação
individuais. IEs constituem-se dos seguintes campos:
o IE Identifier
o IE length
o Dados
 FCS – Frame Check Sequence
FECN
O congestionamento pode ocorrer na rede quando muitos dados tentam atravessar um link. Como o uso do
LMI, o Frame-Relay pode fornecer possibilidades avançadas como notificação de congestionamento. Antes
deste padrão o Frame-Relay se valia de protocolos de camadas superiores como o TCP para o controle de
fluxo. O Frame-Relay tem dois bits no seu cabeçalho que definem dois aspectos da notificação de
congestionamento. O primeiro é o FECN, que é definido em um bit no cabeçalho Frame -Relay.
Vamos ver o exemplo abaixo:

O roteador de São Paulo está enviando dados para o Rio de Janeiro. Neste cenário um circuito saturando
existe entre o SwitchB e o SwitchC. Deste modo quando um frame chega ao SwitchB ele vê que o link está
congestionado e seta o bit FECN no frame de zero para um notificando aos switches C e D do
congestionamento do link. O roteador de destino também será informado que ocorreram FECNs durante a
transmissão.

BECN
Usando o mesmo exemplo acima, vamos dizer que um congestionamento ainda esteja ocorrendo entre os
pontos B e C e o Rio de Janeiro agora está respondendo ou enviando dados para São Paulo. O switch B irá
ver o link entre sí próprio e o switch C como saturado. Ele irá também setar o bit BECN de 0 para 1 indo in
direção contrária ao fluxo. O roteador de São Paulo irá receber os Frames como o BECN setado e irá
controlar a quantidade de frames que ele está enviand o para o Rio de Janeiro.
DE

O bit DE reside em todos os cabeçalhos de frames Frame -Relay. Os frames se tornam elegíveis para
descarte cada vez que o bit DE é setado para um. O bit DE é uma parte importante do processo de controle
de congestionamento do frame-relay porque ele fornece um método para determinar que Frames podem ser
descartados.
Se um escritório precisa estabelecer um circuito com a sede da empresa a companhia pede um circuito
para os roteadores entre as duas cidades. Cada roteador terá um acesso físico E1 à 2 Mbps e um CIR de
256 Kbytes que é definido pela concessionária. O provedor vai setar também o Bc ou commited burst. Este
é o número máximo de bits que os dados do usuário pode transmitir um uma especificada quantidade de
tempo Tc. Todos os frames que excederem o Bc serão marcados com o bit DE setado no switch frame -
relay. O cliente pode também setar o bit DE, mas apenas se implementar o QOS. O Tc é o intervalo de
medição comprometido e é igual à Bc/CIR e é normalmente de 1 segundo. O último parâmetro é o Be ou
Burst Excess. O Be é o número máximo de Bits em excesso ao Bc que a rede tentará transmitir sobre o Tc
em condições normais. Todos os frames em excesso ao Be serão descartados.
Vamos supor um circuito de 64 Kbps de acesso com 32 Kbps de CIR. Sendo Tc=1 e Bc=32000 o Be seria
de 32000 também. Entretanto o modem de acesso está configurado com 128 Kbps
 Até 32 Kbps os pacotes não são marcados
 Após 32 Kbps os pacotes são marcados com o Bit DE
 Acima de 64 Kbps seriam descartados pelo switch na concessionária.
SINALIZAÇÃO FRAME-RELAY

Protocolo Documento IOS Parameter


LMI Frame-Relay Forum Implementation Cisco
Agreement (IA); FRF.1.1
ANNEX D ANSI T1.617 Annex D Ansi

ANNEX A ITU Q.933 Q933a

A gang dos quatro desenvolveu o protocolo LMI poque não haviam padrões estabelecidos para no momento
em que eram necessárias as capacidades estendidas do Frame -Relay. Mais tarde os comitês responsáveis
por padrões ITU e ANSI desenvolveram seus próprios pad rões.
A Cisco suporta os três tipos de sinalização. A implementação do LMI habilitava apenas pedidos de status
em uma mão. Isto limitava os pedidos de status apenas a partir do roteador para o switch ou User to
Network (UNI). O LMI não funcionaria em uma rede NNI (Network to Network Interface).
A ANSI reconheceu a importância disto e incluiu ele no seu padrão e incluiu no ANNEX D da norma T1.617.
O ANNEX D habilita o NNI a prover um mecanismo bidirecional para a sinalização do PVC. Este mecanismo
bi-direcional é simétrico e permita a ambos os switches e roteadores a fazer e responder pedidos de status.
O ANNEX A define um padrão para sinalização do SVC e não é suportado por tantos fornecedores como o
ANNEX D e o LMI. O ANNEX D é suportado pela maioria dos fabricantes e o LMI é o mais popular entre
todos eles.
O padrão Cisco usa a DLCI 1023 para as mensagens LMI enquanto os padrões da ITU e ANSI usam a
DLCI 0. Algumas das mensagens têm campos diferentes. O DTE precisa apenas saber qual dos dois ele
vai usar (1023 ou 0) e isto deve ser igual ao Switch. Se o Switch estiver configurado para um LMI e o DTE
para outro a comunicação não será estabelecida.
Nota: Cuidado ao verificar se o circuito Frame-Relay está UP. Se o LMI estiver errado o Frame-Relay ficará UP por alguns
segundos e depois cairá. Espere alguns minutos antes de dar o Link como ativado.

A partir da versão IOS 11.2 a interface autoconfigura o LMI através do recurso “LMI – Autosense”. Se
desejado você pode manualmente configurar o LMI.
A mensagem mais importante do LMI é o LMI status inquiry, que sinaliza se o PVC está UP ou DOWN.
No protocolo original LAPF nota-se a ausência do campo tipo necessário à utilização de múltiplos
protocolos. Duas soluções foram encontradas para compensar a falta do campo Tipo. A Cisco e três outras
companhias criaram um cabeçalho adicional. Este cabeçalho inclui um campo de 2 bytes para o tipo
(“Vendor Forum”) . A segunda solução foi definida na RFC1490 que foi escrita para garantir
interoperabilidade entre DTEs frame-relay. A ITU e a ANSI mais tarde incorporaram a RFC1490 nas
especificações Q.933 Annex E e T1.617 Annex F respectivamente.
12.7 ENDEREÇAMENTO DAS DLCIS E SWITCHING DE FRAME-RELAY

O DLCI é o endereço Frame-Relay. Os DLCIs e não os DTEs são usados para endereçar os circuitos
virtuais. Normalmente quando se contratam circuitos Frame -Relay da Embratel e BT, as companhias
fornecem os endereços DLCIs aos seus clientes.
Por exemplo, na figura acima o roteador A recebeu da concessionária os DLCIs 21 e 22. Para os roteadores
B e C nas pontas a DLCI foi designada como 21. Não há problemas com endereços repetidos, pois os
endereços só têm significado local, naquele link específico. O restante fica por conta da configuração do
Switch feita pela concessionária.
Algumas empresas preferem adotar o endereçamento global onde as DLCIs são diferentes para cada DTE
da mesma forma que em uma LAN. Neste caso a DLCI é anunciada para todos os sites remotos.
12.8 PREOCUPAÇÕES COM OS PROTOCOLOS DA CAMADA 3 NO FRAME-RELAY

Existem alguns detalhes que precisam ser pensados com relação à protocolos de camada 3 em relação à
redes Frame-Relay e ao uso de subinterfaces. As principais preocupações são:

ESCOLHA PARA ENDEREÇOS DA CAMADA 3 EM INTERFACES FRAME-


RELAY

em uma rede de malha completa não se usam subinterfaces e todas as interfaces seriais estão na mesma
subrede IP ou IPX. Nestes casos não se usa o conceito de subinterfaces
No caso de uma mesh parcial é usado o conceito de subinterfaces. A configuração fica muito parecida com
um roteador com múltiplas interfaces físicas, mas na verdade são apenas subinterfaces de uma mesma
rede Frame-Relay. Uma das vantagens do Frame-Relay sobre as linhas dedicadas é que ele requer um
número menor de interfaces no roteador, já que cada localidade é conectada através do mesmo circuito em
subinterfaces diferentes. O Conceito é um pouco diferente, mas na prática a rede é projetada como se os
links fossem dedicados em interfaces separadas.
No modelo híbrido se usam subinterfaces, mas são diferenciadas entre Point-to-Point nas ligações ponto a
ponto e multipoint nas ligações com vários roteadores na mesma subrede.
12.9 O FRAME-RELAY EM UMA REDE NBMA

A rede Frame-Relay é por default uma rede multiacesso sem broadcasts (NBMA – Non Broadcast Multi-
Access Network). Isto significa que embora todos os sites possam alcançar uns aos outros, muitos
roteadores não estarão aptos a retransmitir as atualizações de roteamento de broadcasts para as interfaces
das quais ele aprendeu. Isto se deve ao recurso conhecido como Split Horizon.

SPLIT HORIZON
Uma rede NBMA inerentemente causa problemas para a maioria dos protocolos de roteamento,
principalmente por causa do uso do Split Horizon. O protocolo Split Horizon como vocês já viram é útil para
prevenir loops de roteamento, não permitindo que uma rota seja anunciada pela mesma interface de onde
foi aprendida. O problema do Split Horizon com o Frame -relay se deve as duas formas de se configurar o
protocolo.
No primeiro caso de subinterfaces, não há problemas e o Split Horizon funcionará normalmente.
Broadcasts não são suportados sobre uma rede Frame-Relay. A solução do dilema dos Broadcasts em uma
rede Fame-relay tem duas partes. A primeira é o IOS envia copias dos Broadcasts pelas interfaces que
você configurar. Entretanto se centenas de circuitos virtuais terminarem em um roteador, então para cada
Broadcast, centenas de cópias serão enviadas. O IOS pode ser configurado para limitar a banda ocupada
por Broadcasts.
Como segunda parte da solução, o roteador tenta minimizar o impacto da primeira solução. O roteador
coloca estes Broadcasts em uma fila separada para transmissão.
No segundo caso onde se configura o Frame-relay por comandos de mapeamento, o roteador considera
que existe apenas uma interface e então não anuncia rotas de volta para nenhuma das subredes, pois
aprendeu a partir daquela interface. O Split Horizon é desabilitado por default se você usar a configuração
sem subinterfaces ou com interfaces multiponto.
12.10 CONFIGURAÇÃO DO FRAME-RELAY

O Frame-Relay pode ser configurado de três formas diferentes. Através de Inverse ARP, através do
mapeamento manual e usando subinterfaces. Vamos observar cada uma destas configurações em
detalhes.

INVERSE ARP
Um dos recursos que o LMI provê é o uso do Inverse ARP. O Inverse ARP permite ao roteador
dinamicamente encontrar o endereço IP do próximo HOP do circuito virtual (PVC). O primeiro passo no
processo é feito pelo switch frame-relay enviando ao roteador todos os números de DLCI que são
configurados para o circuito físico entre o roteador e o switch. O roteador envia então pedidos de Inverse
ARP para cada DLCI para determinar o endereço IP do roteador do outro lado do PVC. O roteador pode
então construir uma tabela de mapeamentos de endereço chamada Frame -Relay Map Table. O Inverse
ARp é habilitado por default quando o LMI é configurado.
MAPEAMENTOS ESTÁTICOS EM FRAME-RELAY
Mapeamento Frame-Relay é um tópico que é bastante discutido nos exames e uma forma diferente de
configurar as ligações Frame-Relay se comparado à sub-interfaces. Se o Inverse ARP não é suportado no
roteador é preciso configurar o Frame-Relay com mapeamentos estáticos.
Vamos considerar o gráfico e a configuração abaixo:

Note que cada comando possui um mapeamento estático entre os endereços Frame -Relay e os endereços
de rede. O exemplo acima poderia ser feito com IPX com pequenas mudanças nos comandos.
Existem duas formas de fazer o mapeamento de endereços, o modo estático como vemos acima.
Entretanto se a rede for muito grande se tornará muito trabalhoso fazer todos os mapeamentos
estaticamente.
Usando Inverse ARP cada roteador anuncia o seu endereço da camada de rede e nenhum mapeamento é
necessário. A partir do IOS 11.2 o IARP é habilitado por default se não houverem sub -interfaces ou se as
sub-interfaces estiverem em modo multiponto.
12.11 COMANDOS UTILIZADOS NA CONFIGURAÇÃO DO FRAME-RELAY

Passo 1 – Definir o encapsulamento


As opções são Cisco e IETF. No exemplo vamos usar Cisco
Router(config-if)#encapsulation frame-relay cisco

Passo 2 – Definir o tipo de LMI


As opções de LMI são ansi, cisco, e q933i. Nós iremos usar Cisco neste exemplo que é o tipo default de
LMI. Após o release 11.2 do IOS o recurso de LMI autosense permite que não seja necessária a
configuração do LMI.
Router(config-if)#lmi-type cisco

Passo 3 – Configurar a banda


A configuração da banda é importante pois alguns protocolos de roteamento como o IGRP usam o
parâmetro bandwidth como métrica para tomar as decisões de roteamento.
Router(config-if)#bandwidth 128

Passo 4 – Configurar os mapeamentos estáticos ou usar o inverse ARP para associar o DLCI ao endereço
IP.
RouterA(config-if)#frame-relay map ip 10.1.1.2 22 broadcast

A sintaxe completa do comando é:


Frame-relay map protocol protocol-address dlci [broadcast] [ietf | cisco |
payload-compress packet-by-packet]

A cisco usa o método de compressão STAC para compressão de pacote por pacote. Se o roteador têm um
AIM Data Compression Advanced Interface Module, ele irá fazer compressão por hardware, senão ele usará
o IOS e o processador do roteador.
Descrições do Frame-Relay Map

Frame-relay map Descrição


Protocolo Define o protocolo em uso (ip, ipx, appletalk, decnet, vines, ou
xns).
Endereço do Protocolo Define o endereço da camada de rede da interface do roteador de
destino.
DLCI Define a DLCI local usada para conectar ao roteador remoto.
Broadcast (Opcional) Habilita o uso de broadcasts e multicasts sobre o circuito virtual.
Os protocolos de roteamento podem fazer atualizações de rotas
por broadcast sobre o circuito virtual quando esta instrução é
utilizada.
Ietf | Cisco Habilita o encapsulamento de ou Cisco ou IETF
payload-compress A compressão pacote por pacote do conteúdo do pacote usando o
packet-by-packet método STAC.

Comandos Show relacionados ao Frame-Relay

show interface serial 1/0


show frame-relay lmi
show frame-relay pvc
show frame-relay map
Comando Degub relacionados ao Frame-Relay

Debug frame-relay lmi


LAB 12.3 - CONFIGURANDO O FRAME-RELAY

Neste LAB nós vamos trabalhar em equipes de três roteadores, sendo que um deles será o DCE ou Frame-
Relay Switch e dois vão ser DTEs. O Switch será o Sampa e as pontas serão o Rio e Floripa.

1. Configuração básica do Switch Sampa


Sampa(config)#hostname Sampa
Sampa(config)#frame-relay switching
Sampa(config)#int s0
Sampa(config-if)#encap frame-relay
Sampa(config-if)#int s1
Sampa(config-if)#encap frame-relay

2. Configure os mapeamentos de Frame-Relay para cada interface. Você não precisa de endereço IP pois
estará atuando como um switch Frame-Relay na camada 2.

Sampa(config-if)#int s0
Sampa(config-if)#frame-relay route 21 interface serial1 22
Sampa(config-if)f#rame intf-type dce
Sampa(config-if)i#nt s1
Sampa(config-if)f#rame-relay route 22 interface serial0 21
Sampa(config-if)#frame intf-type dce
3. Configure o roteador Rio como uma subinterface ponto a ponto
Rio(config)#hostname Rio
Rio(config)#int s0
Rio(config-if)#encapsulation frame-relay
Rio(config-if)# int s0.21 point-to-point
Rio(config-if)# ip address 192.168.254.1 255.255.255.0
Rio(config-if)# frame-relay interface-dlci 21

4. Configure o roteador Floripa como uma subinterface ponto -a-ponto


Floripa(config)#hostname Floripa
Floripa(config)#int s0
Floripa(config-if)#encapsulation frame-relay
Floripa(config-if)# int s0.22 point-to-point
Floripa(config-if)# ip address 192.168.254.1 255.255.255.0
Floripa(config-if)# frame-relay interface-dlci 22

5. Verifique a sua configuração usando o Ping e todas as opções do comando.


Show frame-relay
12.13 ISDN PROTOCOLOS E PROJETO

O Objetivo desta seção e resumir os detalhes e esclarecer os recursos complexos de uma rede ISDN e os
comandos IOS correlatos. O exame de CCNA se concentra basicamente na BRI (Basic rate Interface.

CANAIS ISDN
Dois tipos de interfaces ISDN são focadas na documentação do IOS. A BRI Basic rate Interface e a PRI
Primary Rate Interface. Os principais recursos se encontram na tabela abaixo.

Os canais B são usados para transportar dados e operam à 64Kbps , enquanto os canais D são usados
para sinalização.
PROTOCOLOS ISDN
Existem muitos protocolos no ISDN para se memorizar. De uma certa forma é impossível memorizar todos
então vamos fazer apenas um apanhado geral.

Uma dica sobre os protocolos é que na série Q os protocolos que têm no segundo número o 2 são
protocolos da camada 2 (Enlace) Q920(LAPD) e Q921 e os que têm no segundo número 3 são os
protocolos da camada 3 (Rede) Q930 e Q931.
O LAPD é o protocolo usado para entregar as mensagens de sinalização. Por exemplo uma mensagem da
configuração de uma chamada (Call Setup,similar ao processo de discagem e estabelecimento de uma
conexão telefônica).
A chamada é estabelecida através da rede de uma concessionária. O PPP é usado como protocolo de
enlace nos canais B. Já o LAPD é usado no canal D até o Switch da concessionária. O BRI codifica bits à
192Kbps, com a maior parte da banda, 144 Kbps, sendo usada para os dois canais B e um canal D. Os bits
adicionais são usado para o enquadramento (framing).
O SPID (Service Profile Identifier) usado na sinalização é importante para a configuração do ISDN. O SPID
funciona como um número de telefone ISDN. De fato. Se você estiver comprando o ISDN para casa, a
concessionária chamará o SPID de número de telefone. Se você quiser chamar outro roteador, o SPID será
necesário.
GRUPOS DE FUNÇÕES E PONTOS DE REFERÊNCIA ISDN

Um dos pontos que confundem muitas pessoas é o termo ponto de referência e o grupo de funções do
ISDN.
 Grupos de funções – Um conjunto de funções implementada por um dispositivo e software
 Pontos de referência – A interface entre os dois grupos de funções, isto inclui os detalhes de
cabeamento.
A Maioria das pessoas entende melhor os conceitos se puder visualizar ou realmente instalar uma rede.
Para um correto entendimento dos grupos de função e pontos de referência, tenha isto em mente:
 Nem todos os pontos de referência são usados em qualquer uma das topologias. De fato um ou dois
destes pontos podem jamais serem usados em um determinado país.
 Depois do equipamento ser comprado e estiver operando é algo com que você nunca vai precisar
pensar a respeito novamente.
 A configuração do roteador não é afetada pelos grupos de função e pontos de referência.
Na figura acima, o Roteador A foi pedido com uma interface ISDN U, referindo -se ao ponto padrão I.430
entre o CPE e a concessionária nos EUA. O roteador B foi pedido com ISDN S/T, implicando que ele deve
ser ligado ao dispositivo NT1 nos EUA. O NT1 deve ter sua interface U ligada a linha da concessionária . O
Router B é chamado do TE1 (Terminal Equipment Tipo 1). O Router C é um equipamento não ISDN e é
chamado de TE2 (Terminal Equipment Tipo 2). Para ligar o Router C é preciso um TA (Terminal Adapter)
que nada mais é que um conversor de ISDN para V.35 por exemplo. Ainda à o caso do roteador D que é
ligado à um ponto de referência S usando um NT2.
Além de poder cair no exame o barramento S do ISDN pode ser bem útil em algumas aplicações práticas.
O Barramento S pode ser usado para conectar múltiplos equipamentos em uma única conexão ISDN. Na
Europa alguma concessionárias rodam uma rede X.25 no canal D para transmissão de dados e é uma
solução popular para lojas onde é preciso ligar duas a três máquinas de cartão de crédito, um
microcomputador e o aparelho telefônico em uma mesma linha.

USO TÍPICO PARA O ISDN


As principais aplicações para o ISDN são:
 Discagem sob demanda (Dial on Demand Routing). São roteadores que iniciam uma conexão quando
é necessário transmitir tráfego.
 Home Office. Acesso de casa por funcionários da empre sa que funcionam em regime de
telecomutação.
 Dial-Backup. Aciona o ISDN caso a linha de dados principal falhe.
 Video-Conferência. Muito comum salas de vídeo conferência que combinam uma ou mais linhas ISDN
para fazer teleconferência e pagar a conta apenas do período onde ocorreu a reunião.
AUTENTICAÇÃO PAP E CHAP
PPP e HDLC podem ser usados em canais B, mas o mais comum é a utilização do PPP. Os recursos de
autenticação são os mesmos do PPP, PAP e CHAP. O CHAP é preferido pois não passa as senhas em
texto limpo e é relativamente simples de configurar.
Exemplo de configuração do CHAP.
Roteador Sampa
username Rio password segredo
!
interface serial 0
encapsulation ppp
ppp authentication chap

Roteador Rio
username Sampa password segredo
interface serial 0
encapsulation ppp
ppp authentication chap

MULTILINK PPP
O Multilink PPP é o recurso que permite combinar várias linhas entre um roteador e algum outro dispositivo
sobre o qual o tráfego é balanceado. A necessidade é obvia já que um serviço BRI oferece dois canais de
64Kbps que na maioria dos casos será combinado para formar um canal de 128Kbps.
Este recurso também pode ser usado para combinar canais B de vários acesso BRI formando por exemplo
6 canais B com 384Kbps o suficiente para uma vídeo conferência com qualidade.
Exemplo de configuração
username sampa password silva
interface bri 0
ip address 192.168.1.1 255.255.255.0
encapsulation ppp
dialer idle-timeout 300
dialer load-threshold 25 either
dialer map 192.168.1.2 name sampa 14822248580
dialer-group 1
ppp authentication chap
ppp multilink

O segredo desta configuração está no comando “dialer load -threshold 25 either”que diz ao roteador para
buscar um novo canal B caso a utilização exceda 25% em qualquer uma das direçõe s.

DISCAGEM SOB DEMANDA E ISDN


Existem dois estilos de configurar o DDR, o DDR Legado (Legacy DDR) e os perfis de discador DDR (DDR
Dialer Profiles). A principal diferença entre os dois é que o DDR legacy associa os detalhes de discagem
com a interface física. Os Dialer Profiles desassociam a configuração da interface física dando mais
flexibilidade.
O DDR pode ser usado para discar ou receber ligações de interfaces serias síncronas, assíncronas ISDN
BRI e ISDN PRI. A lista a seguir apresenta os quatro conceitos chave na configuração do DDR.
 Passo 1: Roteando pacotes para fora da interface a ser discada
 Passo 2: Determinando o conjunto de pacotes que disparam o processo de discagem
 Passo 3: Discagem
 Passo 4 Determinar quando uma conexão é terminada

A transparência acima será usada para explicar o DDR.


Passo 1 – Roteando pacotes para fora da interface a ser discada

O roteador deve escolher quando rotear pacotes para a interface discada. Este tráfego pode ser gerado
pelo próprio roteador ou pelo usuário. É claro rotas não são aprendidas através de uma linha discada. Deste
modo rotas estáticas se fazem necessárias. Por exemplo neste caso rotas estáticas são configuradas no
roteador sampa.
! Rotas estáticas em sampa
ip route 192.168.2.0 255.255.255.0 192.168.254.2

Passo 2 – Determinando o subconjunto de pacotes que disparam a discagem

O passo e lhe dá a oportunidade de escolher que tipo de tráfego vai iniciar a discagem. Nem todos os
pacotes merecem iniciar uma discagem como por exemplo atualização de protocolos de roteamento
dinâmico baseados em IPX e IP.
Definido o tráfego interessante de sampa para o rio
! Tráfego interessante no roteador sampa
ip route 192.168.2.0 255.255.255.0 192.168.254.2
access-list 101 permit tcp any 192.168.2.0 0.0.0.255 eq 80
dialer-list 1 protocol ip list 101
interface bri 0
encapsulation ppp
ip address 192.168.254.1 255.255.255.0
dialer-group 1

Passo 3- Discando

O roteador que está discando precisa de informações adicionais antes que a discagem ocorra. A primeira
informação é se a discagem é in-band (Usa o mesmo canal de dados para discar como modems e
discagem v.25bis) ou out-of-band (Usa um canal separado como o ISDN).
A segunda peça de informação é o número de telefone. O comando é o dialer-string string, onde a string é
o número de telefone.
Exemplo do roteador sampa:
ip route 192.168.2.0 255.255.255.0 192.168.254.2
!
access-list 101 permit tcp any 192.168.2.0 0.0.0.255 eq 80
!
dialer-list 1 protocol ip list 101

interface bri 0
encapsulation ppp
ip address 192.168.254.1 255.255.255.0
dialer-group 1
dialer string 12133311010

Discando para várias localidades

Em alguns casos é necessário discar para mais de uma localidade. Nestes casos é preciso usar o comando
dialer-map. Vamos supor que incluímos um roteador Floripa na configuração. Vamos incluir também
autenticação chap que é obrigatória no caso de se discar para mais de uma localidade.
Exemplo de discagem para múltiplos sites:
ip route 192.168.2.0 255.255.255.0 192.168.254.2
ip route 192.168.3.0 255.255.255.0 192.168.254.3
!
! Nomes de usuário para suporte ao CHAP
username Rio password Tom
username Floripa password Vinicius
access-list 101 permit tcp any 192.168.2.0 0.0.0.255 eq 80
!
! O site Floripa será discado quando houver tráfego de FTP
access-list 101 permit tcp any 192.168.3.0 0.0.0.255 eq 21
!
dialer-list 1 protocol ip list 101
!
interface bri 0
ip address 192.168.254.1 255.255.255.0
encapsulation ppp
ppp authentication chap
dialer-map ip 192.168.254.2 broadcast name Rio 12133311010
dialer-map ip 192.168.254.3 broadcast name Floripa 14822248580
dialer-group 1

Passo 4 – Determinado quando uma conexão é terminada.

O link discado acredita que é como uma linha alugada quando está no ar. Dois comandos podem ser
usados para finalizar a conexão. Com o comando dialer idle-timeout segundos desliga a ligação se
nenhum tráfego interessante definido pelo dialer-list ocorreu nos últimos x segundos definidos no comando.
O segundo comando é o dialer-fast-idle segundos., Quando se deseja desativar um link antes do tempo
especificado pelo dialer-idle timeout porque entrou uma outra conexão a ser discada pela mesma interface é
possível apressar o processo de término da conexão usando este parâmetro.
Configuração Final: Sampa
ip route 192.168.2.0 255.255.255.0 192.168.254.2
ip route 192.168.3.0 255.255.255.0 192.168.254.3
!
username Rio password Tom
username Floripa password Vinicius
!
access-list 101 permit tcp any 192.168.2.0 0.0.0.255 eq 80
access-list 101 permit tcp any 192.168.3.0 0.0.0.255 eq 21
!
dialer-list 1 protocol ip list 101
!
interface bri 0
encapsulation ppp
isdn spid1 11155055678
isdn spid2 11155055679
dialer idle-timeout 300
dialer fast-idle 120
dialer map ip 192.168.254.2 broadcast name Rio 1213310101 0
dialer map ip 192.168.254.3 broadcast name Rio 14822248580
dialer-group 1
!
router igrp 6
network 192.168.1.0
network 192.168.254.0
Rio
Username Rio password Tom
!
Interface bri 0
encapsulation ppp
ppp authentication chap
isdn switch-type basic –ni1
Router igrp 6
network 192.168.254.0
network 192.168.2.0

O comando ISDN Switch-Type é necessário para alguns tipos de Swicthes como o DMS-100 e o National
ISDN. Pergunte a sua concessionária quanto ao tipo de Switch. Nem sempre é necessário configurar o
SPID, eles são usados como uma forma de autenticação pelo Switch e são designados pela concessionária.
LAB 12.4 CONFIGURANDO ISDN NO SIMULADOR

Lab 12.4.1 – Configurando o tipo de Switch ISDN. Isto é necessário devido aos vários padrões ISDN
existentes. Neste caso vamos usar o padrão basic-ni (National ISDN Switch-Type). Para mostrar que o tipo
de switch pode ser configurado globalmente ou por interface, vamos usar o comando em duas situações.

Selecione o roteador 804A


Passo 1 – Configure o tipo do switch
(config)#isdn switch-type basic-ni

Selecione o roteador 804B


Passo 2 – Configure o tipo de switch
(config)#int bri0
(config-if)#isdn switch-type basic-ni

Lab 12.4.2 - Configurando o Service Profile Identifier (SPID) e o número do telefone. O Service Profile
Identifier é tipicamente um número de 13 dígitos que possibilita aos provedores de serviço associar um
terminal com um perfil de serviço. Nem todos os switches requerem um SPID.
O formato do comando é:
isdn b-channel-number spid-number phone-number

Selecione o roteador 804A


Passo 1 – Configure o SPID e o número do telefone
(config)#
(config)#int bri0
(config-if)#isdn spid1 0835866101 8358661
(config-if)#isdn spid2 0835866301 8358663

Selecione o roteador 804B


Passo 2- Configure o SPID e o número do telefone
(config)#
(config)#int bri0
(config)#isdn spid1 0835866201 8358662
(config)#isdn spid2 0835866401 8358664
Lab 12.4.3 – Configurando o endereço IP nos dois roteadores e as rotas estáticas.

Selecione o roteador 804A


Passo 1 –Coloque o endereço IP 172.16.60.1 na interface BRI 0 do roteador.
(config)#int bri0
(config-if)#ip address 172.16.60.1 255.255.255.0

Passo 2 – Crie as rotas estáticas:


(config)#ip route 172.16.50.0 255.255.255.0 172.16.60.2
(config)#ip route 172.16.55.0 255.255.255.0 172.16.60.2
(config)#ip route 172.16.11.0 255.255.255.0 172.16.10.1

Selecione o roteador 804B


Passo 3 – Coloque o endereço IP 172.16.60.2 na interface BRI 0 do roteador.
(config)#int bri0
(config-if)#ip address 172.16.60.1 255.255.255.0

Passo 4 – Crie as rotas estáticas.


(config)#ip route 172.16.10.0 255.255.255.0 172.16.60.1
(config)#ip route 172.16.11.0 255.255.255.0 172.16.60.1

Lab 12.4.4 – Configurando o tráfego interessante que vai disparar a discagem. Utilizaremos o
comando dialer-list para isto. Neste caso vamos especificar todo o tráfego. Poderíamos usar uma lista de
acesso para especificar o tráfego. Após criar o dialer-list, associe à interface com dialer-group. Após estes
dois comandos vamos especificar que número deve ser discado com o comando dialer-string

Selecione o roteador 804A


Passo 1 – Digite:
(config)#int bri0
(config-if)#encapsulation ppp
(config-if)#dialer-list 1 protocol ip permit
(config-if)#int bri 0
(config-if)#dialer-group 1
(config-if)#dialer string 8358661
Selecione o roteador 804B
Passo 2 - Digite
(config)#int bri0
(config-if)#encapsulation ppp
(config-if)#dialer-list 1 protocol ip permit
(config-if)#int bri 0
(config-if)#dialer-group 1
(config-if)#dialer string 8358662

Lab 12.4.5 – Habilitando o Multilink PPP para permitir que um segundo canal seja
discado caso o primeiro passe de 50% de utilização.

Sintaxe do comando.
dialer load-threshold load direction
Onde.
Load 0-255 (percentual baseado em 255) (128=50%)
Direction outbound, inbound, either

Sintaxe do comando
dialer idle-timeout time
Onde.
Time x em segundos

Selecione o roteador 804A


Passo 1 – Digite:
(config-if)#ppp multilink
(config-if)#dialer load-threshold 125 either
(config-if)#dialer idle-timeout 180

Selecione o roteador 804B


Passo 2 - Digite
(config-if)#ppp multilink
(config-if)#dialer load-threshold 125 either
(config-if)#dialer idle-timeout 180
Lab 12.4.6 – Teste a conexão com PING

Passo 1 – Ping de um roteador para o outro


Passo 2 – Use o show dialer para verificar as conexões
Passo 3 – Use o show isdn status
12.14 EXERCÍCIOS DE REVISÃO

1 – Quais dos seguintes protocolos suportam PPP?


A. HDLC
B. LCP
C. SDLC
D. NCP
E. LAPB
2 – Quando você usaria ISDN?
A. Para conectar mainframes IBM;
B. Para conectar redes locais usando serviços digitais com meios diferentes;
C. Para suportar aplicações que requerem voz, vídeo e comunicação de dados;
D. Quando você necessita uma taxa alta e consistente de transferência de dados.
3 – Com relação ao Frame-Relay, qual das seguintes frases é verdadeira?
A. Você deve usar encapsulamento Cisco se estiver conectando a um equipamento não Cisco.
B. Você deve usar encapsulamento ANSI se conectando a um equipamento não Cisco.
C. Você deve usar encapsulamento IETF se conectando a um equipamento não Cisco.
D. Você deve usar encapsulamento Q.933A se conectando à equipamento não Cisco.
4 – Qual é o tipo de LMI default?
A. Q933A
B. ANSI
C. IETF
D. Cisco
5 – Qual dos seguintes usa um PVC (circuito virtual permanante) na camada 2?
A. X.25
B. ISDN
C. Frame-Relay
D. HDLC
6 – Se você quiser ver os números de DLCI configurados para a sua rede Frame Relay, que comando você
usaria? (Escolha todos os que se aplicarem).
A. sh frame-relay
B. show running
C. sh int s0
D. sh frame-relay dlci
E. sh frame-relay pvc

7 - Para que é usado o IARP?


A. Mapear endereços X.121 para endereços X.25
B. Para mapear DLCIs para endereços de rede camada 3
C. Endereçamento SMDS
D. Mapear endereços ATM para endereços virtuais

8 – O que o ISDN BRI fornece?


A. 23 canais B e um canal D de 64Kbps
B. Um total de 1.544 Mbps
C. Dois canais B de 56Kbps e um canal D de 64 Kbps
D. Dois canais B de 64Kbps e um canal D de 16 Kbps

9 – Que comando irá listar todos os PVCs configurados e as suas DLCIs


A. sh frame pvc
B. sh frame
C. sh frame lmi
D. sh pvc

10- Que protocolo usado em PPP permite que múltiplos protocolos da camada de rede sejam usados
durante uma conexão.
A. LCP
B. NCP
C. HDLC
D. X.25
11 – No Frame-Relay o que identifica o PVC?
A. NCP
B. LMI
C. IARP
D. DLCI

Respostas:

:
LICENCIAMENTO

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1. Definições

a. "Obra Coletiva" significa uma obra, tal como uma edição de um


periódico, antologia ou enciclopédia, na qual a Obra em sua totali dade
e de forma inalterada, em conjunto com um número de outras
contribuições, constituindo obras independentes e separadas em si
mesmas, são agregadas em um trabalho coletivo. Uma obra que constitua
uma Obra Coletiva não será considerada Obra Deri vada (conforme definido
abaixo) para os propósitos desta licença.

b. "Obra Derivada" significa uma obra baseada sobre a Obra ou sobre a


Obra e outras obras pré-existentes, tal como uma tradução, arranjo
musical, dramatização, romantização, versão de filme, gravação de som,
reprodução de obra artística, adaptação, condensação ou qualquer outra
forma na qual a Obra possa ser refeita, transformada ou adaptada, com a
exceção de que uma obra que constitua uma Obra Coletiva não será
considerada Obra Derivada para fins desta licença.

c. "Licenciante" significa o indivíduo ou a entidade que oferece a Obra


sob os termos desta licença.

d. "Autor Original" significa o indivíduo ou entidade que criou a Obra.

e. "Obra" significa a obra autoral, passível de proteção pelo direito


autoral, oferecida sob os termos desta licença.

f. "Você" significa um indivíduo ou entidade exercendo direitos sob


esta Licença que não tenha previamente violado os term os desta Licença
com relação à Obra, ou que tenha recebido permissão expressa do
Licenciante para exercer direitos sob esta Licença apesar de uma
violação prévia.
2. Direitos de Uso Legítimo. Nada nesta licença deve ser interpretado
de modo a reduzir, limitar ou restringir quaisquer direitos derivados
do uso legítimo, primeira venda ou outras limitações sobre os direitos
exclusivos do detentor de direitos autorais sob a legislação autoral ou
quaisquer outras leis aplicáveis.

3. Concessão da Licença. O Licenciante concede a Você uma licença de


abrangência mundial, sem royalties, não-exclusiva, perpétua (pela
duração do direito autoral aplicável), sujeita aos termos e condições
desta Licença, para o exercício dos direitos sobre a Obra listados
abaixo:

a. reproduzir a Obra, incorporar a Obra em uma ou mais Obras Coletivas


e reproduzir a Obra quando incorporada em Obra Coletiva;

b. criar e reproduzir Obras Derivadas;

c. distribuir cópias ou gravações da Obra, exibir publicamente,


executar publicamente e executar publicamente por meio de uma
transmissão de áudio digital a Obra, inclusive quando incorporada em
Obras Coletivas;

d. distribuir cópias ou gravações de Obras Derivadas, exibir


publicamente, executar publicamente e executar publicamente por meio de
uma transmissão digital de áudio Obras Derivadas;

Os direitos acima podem ser exercidos em todas as mídias e formatos,


independente de serem conhecidos agora ou concebidos posteriormente. Os
direitos acima incluem o direito de fazer modificações na medida em que
sejam tecnicamente necessárias para exercer os direitos em outras
mídias e formatos. Todos os direitos não concedidos expressamente pelo
Licenciante ficam assim reservados.

4. Restrições. A licença concedida na Seção 3 acima está expressamente


sujeita e limitada aos seguintes termos:

a. Você pode distribuir, exibir publicamente, executar publicamente ou


executar publicamente por meios digitais a Obra apenas sob os termos
desta Licença, e Você deve incluir uma cópia, ou o Identificador
Uniforme de Fonte (Uniform Resource Identifier) para esta Licença, com
cada cópia ou gravação da Obra que Você distribuir, exibir
publicamente, executar publicamente, ou executar publicamente por meios
digitais. Você não poderá ofertar ou impor quaisquer termos sobre a
Obra que alterem ou restrinjam os termos desta Licença ou o exercício
dos direitos aqui concedidos aos recipientes. Você não poderá
sub-licenciar a Obra. Você deverá manter intactos todas as informações
que se referem a esta Licença e à exoneração de garantias. Você não
poderá distribuir, exibir publicamente, executar publicamente ou
executar publicamente por meios digitais a Obra com qualquer medida
tecnológica que controle o acesso ou o uso da Obra de maneira
inconsistente com os termos deste Acordo de Licença. O disposto acima
se aplica à Obra enquanto incorporada em uma Obra Coletiva, mas isto
não requer que a Obra Coletiva, à parte da Obra em si, esteja sujeita
aos termos desta Licença. Se Você criar uma Obra Coletiva, em havendo
notificação de qualquer Licenciante, Você deve, na medida do possível,
remover da Obra Coletiva qualquer referência a este Licenciante ou
Autor Original, conforme solicitado. Se você criar uma Obra Derivada,
em havendo notificação de qualquer Licenciante Você deve, na medida do
possível, remover da Obra Derivada qualquer referência a este
Licenciante ou ao Autor Original, conforme solicitado.

b. Você pode distribuir, exibir publicamente, executar publicamente ou


executar publicamente por meios digitais uma Obra Derivada somente sob
os termos desta Licença e Você deve incluir uma cópia desta licença, ou
o Identificador Uniforme de Recursos (Uniform Resource Identifier) para
esta licença, com cada cópia ou gravação de cada Obra Derivada que Você
distribuir, exibir publicamente, executar publica mente ou executar
publicamente por meios digitais. Você não poderá ofertar ou impor
quaisquer termos sobre a Obra Derivada que alterem ou restrinjam os
termos desta Licença ou o exercício dos direitos aqui concedidos aos
recipientes, e Você deverá manter intactas todas as informações que se
refiram a esta Licença e à exoneração de garantias. Você não poderá
distribuir, exibir publicamente, executar publicamente ou executar
publicamente por meios digitais a Obra Derivada com qualquer medida
tecnológica que controle o acesso ou o uso da Obra de maneira
inconsistente com os termos deste Acordo de Licença. O disposto acima
se aplica à Obra Derivada quando incorporada em uma Obra Coletiva, mas
isto não requer que a Obra Coletiva, à parte da Obra em si, esteja
sujeita aos termos desta Licença.

c. Você não poderá exercer nenhum dos direitos acima concedidos a Você
na Seção 3 de nenhuma maneira que seja predominantemente intencionada
ou dirigida a vantagens comerciais ou compensação monetária privada. A
troca da Obra por outros materiais protegidos por direito autoral
através de compartilhamento digital de arquivos ou de outras formas não
deverá ser considerada como intencionada ou dirigida a vantagens
comerciais ou compensação monetária privada, desde que não haja
pagamento de nenhuma compensação monetária com relação à troca de obras
protegidas por direito de autor.

d. Se Você distribuir, exibir publicamente, executar publicam ente ou


executar publicamente por meios digitais a Obra ou qualquer Obra
Derivada ou Obra Coletiva, Você deve manter intactas todas as
informações relativas a direitos autorais para a Obra e atribuir ao
Autor Original crédito razoável em relação ao meio ou mídia que Você
está utilizando, através da veiculação do nome (ou pseudônimo, se for o
caso) do Autor Original, se fornecido; o título da Obra, se fornecido;
no caso de Obra Derivada, crédito identificando o uso da Obra na Obra
Derivada (exemplo: "Tradução Francesa da Obra de Autor Original", ou
"Roteiro baseado na Obra original de Autor Original"). Tal crédito pode
ser implementado de qualquer forma razoável; entretanto, desde que no
caso de Obra Derivada ou Obra Coletiva, no mínimo este crédito
aparecerá onde qualquer outro crédito comparável de autoria apareça e
de modo ao menos tão proeminente quanto este outro crédito de autoria
comparável.

5. Representações, Garantias e Exoneração

a. Ao ofertar a Obra para ser difundida publicamente sob esta Licença,


o Licenciante representa e garante que, com base em seu melhor
conhecimento e depois de investigação razoável:

i. O Licenciante congrega todos os direitos sobre a Obra necessários


para conceder os direitos de licenciamento aqui definidos e para
permitir o exercício legal dos direitos concedidos sem que Você tenha
nenhuma obrigação de pagar quaisquer royalties, taxas compulsórias de
licenças, taxas residuais ou quaisquer outros pagamentos;

ii. A Obra não infringe direito autoral, direito de marca, ou qualquer


outro direito de terceiros nem constitui difamação, invasão de
privacidade ou dano ilícito para com quaisquer terceiros.

b. EXCETO ENQUANTO EXPRESSAMENTE DEFINIDO NESTA LICENÇA OU DE OUTRA


FORMA AVENÇADO POR ESCRITO OU EXIGIDO POR LEI APLICÁVEL, A OBRA É
LICENCIADA "NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRA", SEM GARANTIAS DE QUALQUER
TIPO, SEJAM EXPRESSAS OU IMPLÍCITAS, INCLUINDO, SEM LIMITAÇÃO,
QUAISQUER GARANTIAS COM RESPEITO AO CONTEÚDO OU ACURACIDADE DA OBRA.

6. Limitação de Responsabilidade. EXCETO NA EXTENSÃO EXIGIDA PELA LEI


APLICÁVEL E EXCETO POR DANOS ORIUNDOS DA RESPONSABILIDADE PERANTE
TERCEIROS RESULTANTES DE QUEBRA DAS GARANTIAS NA SEÇÃO 5, EM NENHU MA
CIRCUNSTÂNCIA O LICENCIANTE SERÁ RESPONSÁVEL PARA COM VOCÊ POR
QUAISQUER DANOS ESPECIAIS, INCIDENTAIS, CONSEQÜENCIAIS, PUNITIVOS OU
EXEMPLARES, ORIUNDOS DESTA LICENÇA OU DO USO DA OBRA, MESMO QUE O
LICENCIANTE TENHA SIDO AVISADO SOBRE A POSSIBILIDADE DE TAIS DANOS.

7. Terminação

a. Esta Licença e os direitos aqui concedidos terminarão


automaticamente no caso de qualquer violação dos termos desta Licença
por Você. Indivíduos ou entidades que tenham recebido Obras Derivadas
ou Obras Coletivas de Você sob esta Licença, entretanto, não terão suas
licenças terminadas desde que tais indivíduos ou entidades permaneçam
em total cumprimento com essas licenças. As Seções 1, 2, 5, 6, 7 e 8
subsistirão a qualquer terminação desta Licença.

b. Sujeito aos termos e condições dispostos acima, a licença aqui


concedida é perpétua (pela duração do direito autoral aplicável à
Obra). Não obstante o disposto acima, o Licenciante reserva-se o
direito de difundir a Obra sob diferentes termos de licença ou de
cessar a distribuição da Obra a qualquer momento; entretanto, desde que
quaisquer destas decisões não sirvam como meio de retratação desta
Licença (ou de qualquer outra licença que tenha sido ou que deva ser
concedida sob os termos desta Licença), e esta Licença continuará
válida e eficaz a não ser que seja terminada de acordo com o disposto
acima.

8. Outras Disposições

a. Cada vez que Você distribuir ou executar publicamente por meios


digitais a Obra ou uma Obra Coletiva, o Licenciante oferece ao
recipiente uma licença da Obra nos mesmos termos e condições que a
licença concedida a Você sob esta Licença.

b. Cada vez que Você distribuir ou executar publicamente por meios


digitais uma Obra Derivada, o Licenciante oferece ao recipiente uma
licença à Obra original nos mesmos termos e condições que foram
concedidos a Você sob esta Licença.

c. Se alguma disposição desta Licença for inválida ou não-executável


sob a lei aplicável, isto não afetará a validade ou a possibilidade de
execução do restante dos termos desta Licença e, sem a necessidade de
qualquer ação adicional das partes deste acordo, tal disposição será
reformada na mínima extensão necessária para tal disposição tornar -se
válida e executável.

d. Nenhum termo ou disposição desta Licença será considerado renunciado


e nenhuma violação será considerada consentida, a não ser que tal
renúncia ou consentimento seja feito por escrito e assinado pela parte
que será afetada por tal renúncia ou consentimento.

e. Esta Licença representa o acordo integral entre as partes com


respeito à Obra aqui licenciada. Não há entendimentos, acordos ou
representações relativos à Obra que não estejam especificados aqui. O
Licenciante não será obrigado por nenhuma disposição adicional que
possa aparecer em quaisquer comunicações provenientes de Você. Esta
Licença não pode ser modificada sem acordo mútuo po r escrito do
Licenciante e Você.
O Creative Commons não é uma parte desta Licença e não faz qualquer
garantia relacionada à Obra. Creative Commons não será responsável
perante Você ou qualquer outra parte por quaisquer danos, incluindo,
sem limitação, danos gerais, especiais, incidentais ou conseqüentes,
surgindo em conexão com esta licença. Não obstante as duas frases
anteriores, se o Creative Commons tiver expressamente se identificado
como o Licenciante, ele deverá ter todos os direitos e obrigações do
Licenciante.

Exceto para o propósito limitado de indicar ao público que a Obra é


licenciada sob a CCPL (Licença Pública Creative Commons), nenhuma parte
utilizará a marca "Creative Commons" ou qualquer outra marca ou logo
relacionado ao Creative Commons sem consentimento prévio e por escrito
do Creative Commons. Qualquer uso permitido deverá ser de acordo com as
diretrizes do Creative Commons de utilização da marca então váli das,
conforme sejam publicadas em seu website ou de outro modo
disponibilizadas de tempos em tempos mediante solicitação.

O Creative Commons pode ser contactado pelo endereço


http://creativecommons.org.

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