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No vasto oceano do sentir,

Mar, Amar, o mar.


Nas artes visuais, explorar e refletir,
Emoções como ondas a brilhar.

"A Grande Onda de Kanagawa" se ergue,


Katsushika Hokusai, mestre do mar.
"Blue Poles", Jackson Pollock segue,
Água e corações a se entrelaçar.

Água, metáfora das almas inquietas,


Fluindo, refletindo, inebriando.
Emoções, como rios, se despejam completas,
No psicológico caminho, navegando.

Conexões no vasto horizonte,


Emoções e subconsciente a dançar.
Regeneração, vida que aponte,
Emoções, sociedade a conectar.

No luto, minhas emoções afloraram,


O barro, minha tela, meu mar.
Fluidez no material que buscaram,
Unir pensar, criar, eternizar.

No abismo de sentimentos profundos,


Arte que expõe a intimidade do ser.
Queria que o mundo visse meus mundos,
E comigo, essas águas a percorrer.

Perguntas permeavam minha mente,


Como moldar essa tempestade interior?
Criando, pesquisando, persistente,
Emoções densas, desconforto a pôr.

No processo criativo, uma terapia se fez,


No limiar, meu equilíbrio a chamar.
Turbulentas águas a reestabelecer,
Na arte, no barro, meu ser a curar.

O luto do pai, ponto de partida,


Minha relação com emoções a enfrentar.
Buscando lógica na vida, na ferida,
Compreender o sentir, desvendar.

Pesquisei artistas em cerâmica,


Que nas águas das emoções se perderam.
Beatrice Wood, Akio Takamori e a temática,
De fluidez, sensualidade, que floresceram.

Jun Kaneko, Claude Conover, a inspiração,


Na cerâmica, água e movimento a explorar.
Eunice Prieto e Kim Simonsson, a visão,
Beleza e complexidade do mar a criar.

Pinterest, fonte de imagens e sonhos,


Formas, cores, elementos, o desejo a buscar.
Um mar de possibilidades, enfim,
Na resina e no gesso, frustração a encontrar.

Nas águas da cerâmica, meu coração a pulsar,


Afluência de emoções, meu barro a esculpir.
No mar das artes, meu ser a navegar,
Onde as águas do sentir, eternamente a fluir.

Na mente inquieta, ondas eu sonhava criar,


Curvaturas finíssimas, sem jamais se quebrar.
Mas grande abalo em mim, as obras a desmoronar,
Estrutura insuficiente, meu caminho a vacilar.

Diante das falhas, a falta de estrutura a culpar,


Novos caminhos e soluções, eu fui buscar,
Encontrei a técnica de paperclay a brilhar,
Argila e papel, juntos a se entrelaçar.

Paperclay, argila de papel, híbrido a dançar,


Maleável, leve, fácil de esculpir, a encantar.
Mistura de elementos, em harmonia a se casar,
Modelagem à mão, detalhes a se revelar.

Secagem rápida, um desafio a enfrentar,


Desumidificador e placa de gesso a auxiliar.
Queima precisa, fibras de papel a respeitar,
Um equilíbrio delicado a encontrar.

Pintura e acabamento, a obra a transformar,


Tintas acrílicas, aquarelas, esmaltes a brilhar.
Cerâmica de papel, características a desvendar,
Maleabilidade, resistência, leveza a mostrar.

As ondas finas, meu desejo a expressar,


Emoções frágeis, avassaladoras a provar.
Peças se moldam, o pesquisador a sonhar,
Resultados desejados, sucesso a contemplar.

Exploração de cores, verniz a encantar,


Toda a experiência, a pesquisa a potencializar.
Cores refletem calmaria, serenidade a encontrar,
Na jornada do processo criativo a navegar.

O criativo, fluido, sem se amarrar,


Acontecimentos nos atravessam, o tempo a atrasar.
Ideias mudam, o controle a desafiar,
Fluir na vida, talvez seja o caminhar.

Assim, estaciono a experiência, a refletir,


Na cerâmica, na vida, a fluidez a sentir.
Em cada obra, um pedaço de mim a existir,
No processo criativo, a vida a unir.

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