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Índice

Agradecimento ...........................................................................6
Prefácio ...................................................................................7
Poesias Visuais ...........................................................................9
Poesias Criativas ........................................................................26
Preparação do Projeto .................................................................46
Os barcos de Poesia navegaram pelos Rios da Comunidade .....................50
Os barcos de Poesia povoaram os Rios da Comunidade ..........................57

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Agradecimento

A todos os alunos e professores que se envolveram no projeto “Rios de


Poesia”, a equipa da Biblioteca Escolar reconhece o trabalho desenvolvido na
criação dos poemas. Podemos criar imagens, paisagens, dar rosto às
personagens, sentir o que mais ninguém consegue sentir, porque a poesia é
única, ajuda-nos a sonhar e a voar mais alto.

Bem-haja a todos os que nos ajudaram a concretizar este sonho.

"Poesia são pensamentos que respiram, e palavras que queimam."


(Thomas Gray)

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Prefácio

RIOS DE POESIA

Vertidos em imagens e palavras que perdurarão no tempo…

Este livro reúne algum do material produzido pelos alunos do segundo e


terceiro ciclos da Escola Básica e Secundária Luís de Camões, no âmbito do
«Projeto Rios de Poesia», desenvolvido pela Biblioteca Escolar Carlos Cécio,
no ano letivo 2011-2012, em articulação com o grupo disciplinar de Língua
Portuguesa, sendo o resultado da confluência de um rio de desejo e vontade
com um rio de determinação, de um rio de criatividade com um rio de ação e
de querer… Isto é, a antologia «Rios de Poesia», que agora se apresenta, é o
produto final de um processo que teve na sua génese o desejo e a vontade de
promover a leitura e a melhoria da expressão escrita dos alunos e que foi
alimentado por uma ação determinada, consequente e criativa, capaz de
assegurar o cumprimento dos objetivos traçados e a resposta motivada dos
discentes.
Mas este não foi um projeto que se circunscreveu à sala de aula ou às
vedações da escola.
Os barcos de poesia navegaram pelos rios da comunidade, aportaram
nos espaços públicos e deram-lhes um colorido especial… Leram-se e ouviram-
se os poemas produzidos. Trocaram-se dádivas singelas de palavras e imagens
simples e despretensiosas por sorrisos e obrigados. E, assim, os rios de poesia
tornaram-se, também, rios de encontro, rios de partilha… rios de memória…,
servindo de estrada à evocação de Camões, o príncipe dos poetas, e da sua
ligação a Constância.
Esta viagem não se ficou, pois, nem pelo aqui nem pelo agora. As
âncoras levantaram-se, uma e outra vez, e os barcos partiram deixando, atrás
de si, os rastos indeléveis da sua passagem. Viajaram no tempo… e no dia 10
de Junho, nas «XVII Pomonas Camonianas», do passado para o presente e para
o futuro, foram lançados, simbolicamente, nas margens dos rios que na vila

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poema se abraçam (Tejo e Zêzere), aos rios de pessoas que participaram na
recriação do mercado quinhentista. Gente, mais ou menos anónima, a quem,
mais uma vez, o Agrupamento de Escolas, pela voz e pela mão dos seus
alunos, desafiou a nunca esquecer que: os rios somos nós, todos nós… e nós
somos (os) rios - rios de sonhos, rios de ideias, rios de palavras, rios de
imagens, rios de história e de estórias… rios de poesia!

Susana Neves
Junho 2012

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Poesias Visuais

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Poesias Criativas

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Rios
Iluminados com
Os raios de
Sol

De um dia
Esplêndido

Puderam inspirar
O poeta solitário, sempre
Espantado com a beleza
Secreta e misteriosa
Inconstante, ilusória ou imaginada,
A quem Constância encantou.

Catarina Peixe, Diana Gaspar, Joana Mimoso

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A dor no pensamento

Não me custa nunca imaginar


A dor no pensamento.
A lembrança cara
Das fantasias passadas
Acrescenta a cada dia
As lágrimas choradas.
Ainda vagueia na minha mente
A grande mágoa,
Que o claro amor causou.
Penso, por vezes, que ainda
Existe esperança para nós,
Que este tormento passará
E que o amor continuará cego.

Ana Oliveira e Letícia Oliveira


Memória

A memória daquele fim


Que te levou para longe de mim
Deixa-me com o coração partido.
Estou longe de ti
Encontro-me perdida
Viver este presente é como viver
Num mundo sem saída.
Quero esquecer
Viver a vida
Cuidando de mim
E de quem me quer bem.

Ana Oliveira e Letícia Olive

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A uma alma ausente

Se visse agora a beleza


Dos teus olhos honestos e doces,
Se ouvisse agora a fineza
Dos ecos divinos do teu riso,
Rosa reluzente nasceria
Para nos teus cabelos ondulados
Ser, por ti, recolhido
Docemente.

Diogo Marques e Joana Santos

Aquele sítio

Onde a vida cativa


E morte fala,
A natureza rende
E a glória pende.
Com pérolas, ouro e rubis
A Terra rara
Fica paraíso cor-de-rosa
Onde a alegria formosa
É arte graciosa.

Pedro Gaspar, Diogo Marques e Alexandre Antão

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Amar e dor

Amar para mim chegava,


Mas para ti
Somente a fortuna bastava.
Tudo passei e as esperanças
desprezei.
Os enganos ensinaram-me
Que não há um amor grande
Sem uma grande dor.
Deixar tudo é o presente
Assim acabará a dor em mim.

Carla Magalhães, Joana Santos, Letícia Oliveira e Ana Oliveira

Agora ausente

Levaste os ecos divinos


Da minha alma
Agora ausente.
E agora esqueço
Com os sentidos recolhidos
A nova beleza,
Imaginando apenas
Mil raios estendidos
Sobre a glória esquecida.

Carla Magalhães, Joana Santos, Letícia Oliveira e Ana Oliveira

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Vós

Vós, com, divinos e belos


Olhos móveis,
Com mil raios estendidos.
Vós, com alma bela
De ecos honestos
E de corais finos,
Vós com fios ondados de ouro,
E com rosas e pérolas recolhidos
Nas mãos doces,
Acrescentai beleza a minha alma.

Alexandre Antão, Guilherme Albuquerque e Pedro Gaspar

O mundo viu

O mundo viu
Com os olhos grandes
As almas frias
De muitos tristes
A quem a mágoa
Tirou a claridade.
O mundo viu
Com os olhos grandes
As almas ledas
De alguns
Que puderam viver
A madrugada.

Alexandre Antão, Guilherme Albuquerque e Pedro Gaspar

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Visão inimiga

Vai sempre deleitosa


Falando para aqui,
E para ali,
A formosa minha
Inimiga
Sempre alegre e duvidosa
Triste ficou a formosa
Quando viu a minha face
Quieta e cuidosa.

Alexandre Antão, Guilherme Albuquerque e Pedro Gaspar

Sempre Encoberto

Este mundo tão encoberto


Entristece esta vida triste
Mostrando-lhe sempre
A inimiga luz.
Isentos de sol luminoso,
Vejo os olhos sempre cansados
Na dura face sempre duvidosa
De sempre imaginar outra vida
Mais formosa alegre e deleitosa.

Alexandre Antão, Guilherme Albuquerque e Pedro Gaspar

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Saudade

Estas lágrimas frias


Não apagam o fogo
Das tuas palavras amenas,
Enquanto a claridade
Da tua madrugada
Estiver de mim apertada
Nunca assim vi o mundo
Com os olhos cheios
Desta triste saudade!

Diogo Marques e Joana Santos

Sentimentos

Hoje sinto-me em branco


Hoje sinto-me vazio
Inspiração, onde andas?
Parece que já não sinto
Sentimentos, esses sentimentos
Que me atormentam e arruínam
Despertam a criatividade
Fazem viver…
Mas para quê viver
Se todos vamos morrer?

João Leal

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Perder ou Vencer

O amor é uma ferida que dói,


Mas toda a gente o quer
Não importa tudo perder
Se a vontade é vencer…

O amor é uma ferida que dói


E mata sem se ver
Pode causar a derrota
Ou a solidão vencer.

David Rosa e Gonçalo Cunha

Vem
Vem comigo,
Vem comigo passear,
Vem comigo dançar,
Vem comigo cantar,
Vem comigo sonhar.
Com esta saudade imensa,
O mundo vai parar.
Se não estiveres comigo,
Não vale a pena continuar!

Marta Fernandes e Cátia Gonçalves

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Amor suave e puras verdades

Sabeis que o livro da fortuna


Diz versos de entendimento?
Custa-me chorar, porque agora
A dor que passei nunca passará.
Chorei as mágoas passadas
Causa de grandes tormentas.
Breves desejos de esperança
Erram no presente enganador.
Tudo passa,
Mas a dor do amor
Somente causa
Perdição.

Marta Fernandes e Cátia Gonçalves

Desejo

Senhora fala na vida


Possam as armas representar a vossa glória,
Natureza formosa cor-de-rosa cativa o paraíso.
Amor doce, desejo, a tua presença na minha
alegria.
Das perlas de ouro podem despojar-me.
Terra suave debaixo de um riso de Rubis.

Cláudia Ferreira e Catarina Calado

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Felicidade

A minha felicidade está nas minhas


mãos
Eu irei traçar o meu caminho
Sem que ninguém se intrometa
E irei pintar a minha vida
Com todas as cores
Que eu quiser.

Ser eu e mais ninguém


Sem nenhuma máscara
Para cobrir a minha alma

Libertar a dor do meu coração


Lançar o meu espírito
Para o Paraíso.

Vou mudar,
Mesmo que apenas
Por meros segundos
E vou construir
Um momento diferente.
Espera só.

Inês Coelho

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Sonho

Vou imaginando o mundo encoberto,


A luz alegre segura os pensamentos.
Ali, o sol vai mostrando a vida
E a tua face sempre deleitosa.

Cláudia Ferreira e Catarina Calado

Liberdade

Vento, leva-me as mágoas


Deleita-me na tua magia
Por favor, turva as águas
Onde se reflete o meu preto
Onde corre o meu sangue.

Vento, leva-me contigo


Liberta-me deste mundo
Onde o desprezo é doentio
Onde o respeito já vem tardio
Leva-me contigo para onde
Somos todos de azul céu
Onde o brilho do olhar é genuíno
Onde o desejo não é assassino
Onde o Deus é a Igualdade

Inês Coelho

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Salvação

Corre e perde-te
Desprende-te deste mundo
Pois todos fogem
Cada vez que jogas o teu jogo
Liberta-te, voa,
Alcança a liberdade
Pois a tua dor já levou
Aquilo que mais amas.
Foge, esconde-te
Sussurra e detém-te,
Pois o mundo já te virou as
costas.
Sorri, dá-me a mão
Pois eu estou aqui para ti.

Inês Coelho
Viajar

Eu quero viajar
Tudo quero conhecer
Tudo quero aprender
Tudo quero desvendar…
Quando eu crescer
Quero o mundo conquistar
E mesmo que tudo possa perder
Vou continuar a sonhar…
A vida é para se viver
A vida é para se saborear,
Ai, quando eu crescer
Não vou mais parar…

Miguel Picão

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Mais leve que a dança

Hum… mais leve que a dança… não sei


Tenho de pensar
Mais leve que a dança…
O ar
Mais leve que a dança…
O teu corpo a bailar
Mais leve que a dança…
O meu coração a saltar
Mais leve que a dança…
Só mesmo o meu corpo junto ao teu a
sonhar

Carla Magalhães
Bela

Agora nascem docemente as


rosas
Mil fios estendidos
Doce beleza
Alma reluzente
Riso de ouro
Olhos de coral
Fineza acrescente
Sobre as mãos encolhidas
Imaginando sentidos.
Glória divina
Ah! Parecem raios, ecos!
Agora ausente,
Bela pérola,
Esquece-te de mim. Carina Nunes e
Lara Calado

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A viagem

Fui fazer uma viagem


Pelo mundo fora
Fui montada no meu cavalo
Mas ele foi-se embora

Cavalo cheguei a Espanha


E tive de andar a pé
Mas fui logo a uma loja
E comprei um chimpanzé

Acompanhada pelo chimpanzé


Parti para França
Ele deixou-me no caminho
Mas continuei com esperança

Sem nenhum animal


Continuei o meu caminho
Regressei a Portugal
E encontrei um passarinho
Este passarinho
Levou-me até ao cais
E quando olhei
Vi lá os meus animais

Patrícia Dias

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A voz da tua alma!

Mil rosas de fogo


Nascem dos ecos reluzentes
Da tua voz honesta
E do teu riso de ouro.
Ah! Beleza,
Se agora ouvisse docemente
As ondas vindas da tua alma
Novamente
Imaginaria raios de glória
E recolheria os fios divinos
Da tua história!

Diogo Marques e Joana Santos

Sempre Encoberto

Este mundo tão encoberto


Entristece esta vida triste
Mostrando-lhe sempre
A inimiga luz.
Isentos de sol luminoso,
Vejo os olhos sempre cansados
Na dura face sempre duvidosa
De sempre imaginar outra vida
Mais formosa alegre e deleitosa.

Alexandre Antão, Guilherme Albuquerque e Pedro Gaspa

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Amor

Breves lembranças de amor


Esquecidas e cheias de dor
Cego pela ilusão
De olhos fechados para o coração
A saudade de almas
A presença das lágrimas
Versos de paixão
Quadras de desilusão
Mágoas de lembranças
Lagrimas de esperanças
Suave esquecimento
Dolorosa memória.

Ana Maria, Carolina Velo, Ângela Santos, Teresa Moura

Lembranças

Morreram pensamentos
Viveram lembranças
Lembrais sempre contente
O passado de glória
Do dano á memória
Tanto faz perder tudo
Desde que o tormento me
deixe.

Ana Maria, Carolina Velo, Ângela Santos, Teresa Moura

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Amor

Amor…
Génio dos desejos
De todas as vinganças e
esperanças
Somente erros de dor
Oh! frequências de grande erro
Que passou de fortuna a
discurso
Enganos de mim…
Tanto dei e vi
Tao breves anos de causa
ardente
Bastava ensinar os duros
enganos
Passei, falei
Conjuguei a má perdição
Deixei que me castigassem …
Ana Maria, Carolina Velo, Ângela Santos, Teresa Moura

O Vento
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu.
De mar em mar,
Até nunca chegar.
Cláudia Pereira

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Voando

Para Constância viajei


Para lá caminhei
Para lá fui voando
Para lá caminhando
Parecia que ia
Nas asas de um passarinho
Voando com ele
Até ao seu ninho
Que lindo sonho este
Que eu estava a viver
Pena ter acordado
Mesmo ao amanhecer
Quando acordei
Nem queria acreditar
Tudo não passou de um sonho
Que eu tive ao luar

Beatriz Ragageles
Sonho
Sonho contigo,
Sonho com o impossível,
Sonho e imagino,
Que és incrível.
Sonho que não tenho de esquecer,
Sonho que não é apenas um sonho,
Que não é apenas fantasia,
Mas é pura imaginação.
Espero que se torne realidade,
Este sentimento que me consome,
Não te quero esquecer,
Porque feliz contigo, um dia, vou
poder ser. Miguel Barroso

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O sonho
O sonho é uma forma
De podermos concretizar
Aquilo que realmente queremos,
Numa noite de luar.
O sonho é aquilo
Que nos faz viajar
Que faz o mundo girar
Sem nunca parar.
O sonho faz-nos sentir
A força de viver
A força de ser feliz
E também de vencer.

Sofia picão
A viagem

A viagem é uma jornada


Que todos tem de seguir
Quem não segue nada
O seu caminho vai partir
Pelas altas montanhas
E debaixo do mar
Pelos caminhos vamos andar
E o fim da viagem desvendar
A viagem é uma aventura
Um sonho, a vida
Quem a continua
A viagem nunca esta perdida
Quanto mais caminharmos
Por este mundo fora
Sempre descobrimos
Que nunca vamos embora.
Maria Machás

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Preparação do projeto

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49
Os barcos de Poesia navegaram pelos
rios da Comunidade...

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Guarda Nacional Republicana

51
Câmara Municipal de
Constância

Piscina Municipal

52
Pavilhão Desportivo

53
Cafés e Restaurantes.

54
Bombeiros Voluntários de
Constância

Biblioteca Municipal

55
Instituições Bancárias

56
Os barcos de Poesia povoaram os rios
da Comunidade...

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Ficha técnica

Autores:
Alunos do 2º, 3º ciclo e secundário.

Editor:
Biblioteca Escolar Carlos Cécio
Agrupamento de Escolas de Constância
Apartado 14
2259-909 Constância
Biblioteca@aeconstancia.edu.pt
Ano de edição: Junho de 2012

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Edição Biblioteca Escolar Carlos Cécio

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