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*jazida: depósito mineral ou fóssil, natural, que

Geografia
pode existir em afloramento ou subsolo. Quando a
jazida é explorada estamos na presença de uma
mina.
Recursos do subsolo ORLAS MESOCENOZOICAS MERIDIONAL E
Localização dos recursos minerais: OCIDENTAL

 Nos arquipélagos; → Antigas áreas deprimidas nas quais se


 No continente nas unidades geomorfológicas: acumularam grandes quantidades de
→ Maciço Antigo (A); sedimentos provenientes do desgaste do
Maciço Antigo;
→ Orlas Mesocenozoicas (C);
→ Mancha continua desde Ovar até à bacia do
→ Bacia Sedimentar do Tejo e do Sado (B).
Tejo e Sado e, a Sul, no Algarve.
Predominam minerais não metálicos: sal-gema e
caulino, e rochas industriais; calcário, areias,
argilas, arenitos.
BACIA SEDIMENTAR DO TEJO E DO SADO

→ Preenchidas por terrenos recentes das duas


últimas eras geológicas – Terciário e
Quaternário.
→ Contém a maioria das jazidas de Rochas
industriais: calcário, areias, argilas –
cimento, vidro e cerâmica.
MINAS E INDÚSTRIA
Neves Corvo, Baixo Alentejo – cobre e zinco;
Panasqueira, Covilhã – volfrâmio;
Urgeiriça, Viseu – urânio até 2001;
Aljustrel, Alentejo – cobre;
Utilização dos recursos minerais: Marinha Grande, Leiria – Vidro.

 Indústria transformadora; Setor Mineiro


 Produção de energia;
A indústria extrativa ainda não apresenta um
 Construção civil e obras públicas;
papel de relevo na economia nacional, mas, a
 Mobiliário;
nível da economia regional já representa um
 Consumo e turismo termal.
papel significativo, uma vez que as jazidas se
O território português continental tem 3 unidades localizam, grosso modo, no interior do país,
geomorfológicas principais: proporcionando:

MACIÇO ANTIGO OU HESPÉRICO  A criação de emprego nas áreas mais


deprimidas, apesar da diminuição do
→ É a unidade geomorfológica mais antiga e a emprego direto nas minas e nas pedreiras
que ocupa mais área; (mecanização);
→ É constituída por rochas muito antigas e de  A melhoria das infraestruturas locais, como,
grande dureza – xistos, granitos, calcários por exemplo, de abastecimento de água e da
cristalinos e quartzo; rede rodoviária.
→ É atravessada pela cordilheira central;
→ É aqui que estão as maiores jazidas* minerais: EVOLUÇÃO DO SETOR MINEIRO NACIONAL
Metálicos – cobre, volfrâmio, ferro e estanho; A indústria extrativa tem registado, apesar das
Energéticos – urânio; oscilações, uma tendência de aumento do valor
Rochas ornamentais – mármore e granito. total da produção, resultante do aumento mais
significativo no subsetor dos minerais metálicos.
As rochas, ornamentais e industriais, continuam a de Aljustrel, com o projeto de zinco. O aumento
ser o subsetor predominante. da produção dos minerais metálicos foi em
parte consequência do aumento das cotações
Assim, a evolução da indústria extrativa nacional
do cobre, do volfrâmio e do estanho, resultante
(considerando as minas, as pedreiras e as águas)
da crescente procura de países como a Índia
conheceu no geral:
e a China e, da diminuição do ritmo de
 1990-1998, uma alteração provocada, descobertas de grandes jazigos a nível
sobretudo, pelo crescimento no subsetor mundial;
das minas, em resultado: → Da predominância das rochas, ornamentais
→ Do arranque dos projetos de produção de e industriais, no global da produção mineira
concentrados de cobre, em 1988, e de estanho nacional;
em 1990, na mina de Neves Corvo. O Alentejo → Da relativa estabilização da produção dos
passou a ter um peso muito importante no minerais não metálicos. Contudo, para dar
contexto nacional. resposta às exigências da indústria da
cerâmica, que é a sua principal consumidora,
 2001-2003, um decréscimo no valor do tem-se verificado:
subsetor das minas, devido: -o crescimento dos maiores centros
→ À diminuição da produção, dos minerais produtores destes minerais;
energéticos, nomeadamente, carvão e urânio -o incremento de novas tecnologias;
(que deixou de ser produzido em 2001), cujos -o aumento da qualidade das matérias-primas.
centros de produção se localizavam nas
regiões Norte e Centro; → 2008-2009, um decréscimo, em resultado,
→ Á regressão que se verificou nos minérios por exemplo, do subsetor das rochas, que
metálicos, preciosos e energéticos, devido ao registou:
encerramento de minas causado pela → A diminuição da produção de mármores,
diminuição das cotações internacionais de sobretudo em 2009, em consequência da crise
metais básicos e preciosos. no setor, provocada:
-pela globalização;
 2002, um acréscimo do subsetor das -pela deficiente estrutura comercial das
pedreiras, com o aumento da produção de empresas portuguesas nos mercados
rochas industriais e ornamentais, devido: internacionais.
→ Ao aumento da competitividade das
empresas, provocado pela valorização no → 2009-2010, um aumento resultante
país dos produtos comercializados; sobretudo:
→ Á melhoria dos padrões de qualidade; → Nas minas, no setor dos minerais metálicos,
→ Á maior agressividade nos mercados devido ao aumento da cotação dos metais nos
internacionais, sobretudo das rochas mercados, impulsionado pela expectativa de
ornamentais; recuperação da produção industrial das
→ Á maior absorção destas matérias-primas economias mais desenvolvidas, que provocou
pela construção civil e obras públicas. um forte interesse no investimento de novos
projetos de cobre, de ouro e de volfrâmio;
 2003, um decréscimo da importância das → Nas rochas, industriais e ornamentais, que
rochas ornamentais e industriais, devido ao continuam a ser o principal setor da indústria
abrandamento das principais indústrias extrativa;
consumidoras (construção civil e obras → Nas águas, no engarrafamento de águas
públicas). naturais e de nascente que, mantiveram a
tendência de crescimento face ao aumento do
 2004-2007, um crescimento resultante: consumo de água engarrafada, à diversidade
de oferta que tem fidelizado clientes e
→ Do aumento da produção de minerais
promovido o aumento da procura
metálicos. O ano de 2004 marcou uma
internacional, sobretudo nos PALOP e nos
inversão na evolução dos minérios metálicos,
EUA.
uma vez que o valor da produção aumentou,
provocando o crescente interesse pela
prospeção e pesquisa de uma série de jazidas,
e a viabilidade técnico-económica das minas
COMÉRCIO EXTERNO ROCHAS INDUSTRIAIS E ORNAMENTAIS
Portugal nos últimos anos conheceu um aumento Portugal, devido, por um lado, á grande
do valor global das exportações dos seus diversidade de tipos de rochas – calcários,
recursos minerais e um decréscimo das granitos, mármores, brechas, entre outras –, e por
importações. outro ao elevado número de pedreiras com alto
valor comercial e de unidades de
As exportações do setor aumentaram, em
transformação, tem registado uma grande
consequência:
capacidade produtiva ao nível das rochas
→ Dos minerais metálicos, devido, sobretudo, industriais e ornamentais, cujo principal
ao aumento das cotações do cobre; destinatário é o setor da construção civil e as
→ Das rochas ornamentais, com o aumento das obras públicas.
exportações de granitos e rochas similares.
 Calcário – Maciço Calcário Estremenho e
As importações, contrariamente, têm Algarve;
decrescido. Assim, ao não considerarmos o
 Granito – Norte do país;
petróleo, este decréscimo deveu-se:
 Mármore – Alentejo;
→ Á diminuição do valor da hulha (carvão
 Areias comuns – Litoral;
mineral);
 Argilas e Caulino – Leiria, Aveiro, Lisboa
→ Á diminuição da importação dos minerais
e Coimbra.
industriais.
Este subsetor, muito importante na economia
RECURSOS METÁLICOS
regional, na medida em que cria postos de
Os recursos minerais metálicos concentram-se no trabalho, continua a ser vital para a indústria
Maciço Antigo, no Alentejo e no Centro do país. extrativa nacional beneficiando de fatores como:
Os mais importantes são:
→ A tradição no trabalho da pedra;
 Cobre – maior produção nacional; → A existência de reservas em boas condições
– boas performances das minas; de exploração e sem perspetivas de
– aumento da cotação nos mercados; esgotamento a médio prazo;
– Aljustrel e Castro Verde (Alentejo). → A diversidade da oferta das rochas,
designadamente dos mármores;
 Volfrâmio / Tungsténio → A qualidade reconhecida das rochas
– época de ouro nas duas guerras mundiais; portuguesas nos mercados externos;
– desenvolveu a mina da Panasqueira; → O previsível esgotamento a curto/médio
– produção e cotações aumentaram. prazo de algumas pedras naturais mais
representativas, produzidas na Europa.
 Estanho
– produção aumento, devido a Neves Corvo, Recursos Hidrominerais
em 1990;
Os recursos hidrominerais englobam as águas:
– produção decresceu, devido à cotação no
 Minerais naturais;
mercado internacional, atualmente.
 De nascente;
 Ferro – existe com abundância no nosso país;  Termais.
– produção decresceu devido à crise Portugal, pela sua diversidade geológica, é
(siderurgia* e metalomecânica); muito rico em águas minerais naturais e em
– menor procura. águas de nascente que se localizam
maioritariamente, no norte do país, estando a
*Siderurgia – é o ramo da metalurgia que se sua distribuição relacionada com grandes
dedica à fabricação e tratamento de aços e ferros acidentes tectónicos.
fundidos. As águas minerais naturais e de nascente são
águas subterrâneas que estão contidas em
aquíferos naturalmente protegidos de agentes
poluidores e que, por esta razão, podem ser
consumidas sem tratamento.
Aquífero – formação geológica que permite a ÁGUAS MINERIAS NATURAIS
circulação e o armazenamento de água em
cavidades ou fendas e que pode ser extraído pelo  Integram o domínio público do Estado (a
Homem. exploração é concessionada através de
contrato);
Quanto ao tipo de rocha armazenada, os  Encontram-se a grande profundidade;
aquíferos podem ser:  Têm uma composição, do ponto de vista
físico e químico estável;
Porosos
 Têm propriedades terapêuticas e/ou efeitos
→ Estes tipos de aquíferos apresentam espaços
benéficos para a saúde
vazios de pequenas dimensões (poros), por
onde a água circula; ÁGUAS DE NASCENTE
→ Estão associados com rochas do tipo
sedimentares consolidadas, solos arenosos  Integram o domínio privado;
e sedimentares inconsolidados;  Na sua origem têm que ser próprias para
→ Representam o grupo de aquíferos mais beber;
importante, devido ao grande volume de água  Distinguem-se das minerais naturais pelo
que armazenam e também por serem menor tempo da circulação no solo.
encontrados em muitas áreas. O aumento da produção e do consumo ficam a
Aquíferos Fraturados ou Fissurados dever-se a:
→ São caracterizados por possuírem fraturas → Um aumento da produção das águas
abertas que acumulam água; engarrafadas, apesar da relativa estabilização,
→ Estas fraturas representam o resultado de devido ao aumento dos consumos interno e
alguma deformação sofrida por uma rocha externo. Este aumento é superior nas águas
quando esta é submetida a esforços tensionais minerais naturais, dado que o seu consumo
de natureza diversa. é também mais elevado;
Aquíferos Cársicos (calcário) → Um aumento do consumo de água por
→ São formados em rochas calcárias; habitante, atingindo já valores próximos aos
→ As fraturas presentes neste tipo de aquífero registados nos restantes estados-membros da
podem atingir dimensões maiores, devido á UE.
dissolução do carbono pela água… Assim,
podem formar grandes rios subterrâneos. → Modificação dos hábitos alimentares;
→ Melhoria da qualidade de vida da população;
→ Maiores cuidados com a saúde;
→ Falta de confiança na água corrente
canalizada;
→ Gradual decréscimo do consumo de bebidas
alcoólicas;
→ Aumento da procura por parte de outros
países, sobretudo EUA e PALOP.
ÁGUAS TERMAIS
Termalismo
Procura crescente das estâncias termais enquanto
destino de lazer, para férias e fins de semana –
turismo termal – tendência, aliás, comum aos
restantes países europeus.
Cada vez mais um produto turístico composto.
Fatores curativos baseados no aproveitamento
das águas termais deixaram de ser os únicos a
fundamentar a deslocação dos turistas, havendo
cada vez mais turistas a fazerem-no por razões
lúdicas e de bem-estar.
As estâncias termais em atividade encontram-se PETRÓLEO
localizadas sobretudo a norte do rio Tejo, no
Tem bastantes impactos negativos para o
Norte e no Centro (no Maciço Antigo e na Orla
ambiente, pois é muito poluente em todas as
Mesocenozoica Ocidental) pois, como já foi
fases, nomeadamente:
referido, é aí que se localizam o maior número de
nascentes. → Durante a extração, devido à possibilidade
de derrame no local da prospeção (marés
Recursos Energéticos – não negras);
renováveis → Durante o transporte;
→ Durante a refinação, o perigo de
Destinados à produção de energia, os recursos contaminação resulta dos resíduos das
energéticos que têm sido explorados no nosso refinarias;
país são, na generalidade, tal como os minerais, → Durante a combustão, devido à emissão para
não renováveis, como é o caso do carvão e do a atmosfera de gases com efeito de estufa.
urânio. No entanto, também são explorados
recursos renováveis, como a geotermia A partir de 1960 Portugal registra um aumento do
(energia proveniente do interior da Terra). consumo de petróleo devido:

CARVÃO → Ao crescimento da economia;


→ Ao facto de começar a ser utilizado como
→ Importante na Revolução Industrial; combustível (nas centrais térmicas e nos
→ Primeiro combustível fóssil a ser utilizado nas transportes, sobretudo os terrestes).
centrais termoelétricas (produz energia);
→ Fonte de energia primária*; Principais consumidores de petróleo:
→ Matéria-prima das indústrias – siderúrgica  Indústria;
(aço e ferro);  Agricultura;
→ Consumo doméstico (aquecimento);  Transportes;
Escasso em Portugal, apesar de no passado ter  Uso doméstico.
tido viabilidade económica, com o encerro das Nos últimos anos tem-se assistido um ligeiro
minas de São Pedro da Cova (Porto), de Santa decréscimo no seu consumo, que se deve ao
Susana (Setúbal) e do Pejão (Aveiro). facto:
O carvão usado em Portugal, que se destina na
→ Da utilização de gás natural;
sua maioria à produção de energia elétrica, é
→ Crescente utilização de fontes de energia
na sua totalidade importando de países como
renovável;
Colômbia, África do Sul e EUA, tendo a sua
→ Degradação das relações entre a União
importação aumentado em resultado:
Europeia e o Irão.
→ De ter terminado a sua extração no território
Portugal mantem-se numa situação de
nacional;
dependência energética, na medida em que, ao
→ Do aumento do seu consumo, não só na não produzir petróleo, tem de recorrer à
indústria, mas sobretudo com a entrada do importação, cujo aumento é proporcional ao seu
funcionamento de novas centrais consumo.
termoelétricas – a de Sines (Setúbal), em
1989, e a do Pego (Santarém), em 1993; Nos anos de 1960, o petróleo consumido em
→ Do aumento do seu consumo, desde junho de Portugal tinha origem nos países do Médio
2011, nas centras térmicas, e resultado do Oriente, como o Irão, Iraque, Arábia Saudita,
mau ano hidrológico (climas irregulares), que atualmente assiste-se a uma diversificação de
se refletiu na diminuição da produção fontes e o País importa este recurso, não só de
hidroelétrica, e no seu preço ser competitivo países do Médio Oriente, mas também de África
quando comparado ao do gás natural. e da OCDE (Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico).
*Energia primária – energia obtida pela
transformação direta das fontes energéticas,
por exemplo, o carvão, o petróleo, a energia solar.
Assim: A instalação de centrais nucleares acarreta
enorme riscos do ponto de vista:
→ As importações de petróleo diminuíram em
1980 (em resultado do 2º choque petrolífero); → Económico, pois não é uma energia barata;
→ Entre os anos 1979 e 1993, as importações → Ambiental, pela poluição radioativa, através
decresceram e Portugal começou a importar de formação de resíduos nucleares perigosos
petróleo de outras regiões, nomeadamente de e emissão casual de radiações, e pela
África (Nigéria, Líbia, Egito, Argélia, Angola e poluição térmica, resultante das elevadas
Gabão) e da OCDE (os principais países que temperaturas da água utilizada no
exportam petróleo para Portugal são a arrefecimento, que depois é lançada nos rios e
Noruega, Reino Unido, México e Dinamarca); ribeiras;
→ A partir de 1994, as importações → Segurança, pelo perigo de acidentes,
aumentaram, devido ao aumento do consumo resultante de falhas técnicas ou humanas
de combustíveis fósseis em Portugal. Os (como aconteceu em Chernobyl, na Ucrânia),
principais países do Médio Oriente que e por poder vir a ser utilizada para fins bélicos,
exportam petróleo para Portugal são a Arábia na construção de armas nucleares.
Saudita, o Iraque, e os Emirados Árabes
Unidos. Para os defensores desta energia, esta permitiria:
→ A partir de 1998, a importação de petróleo é  Reduzir o défice comercial;
essencialmente da Nigéria.  Aumentar a competitividade;
GÁS NATURAL  Inverter a posição de Portugal, de “importador
de energia” para “exportador de energia”;
As vendas têm vindo a aumentar visto que tem  Cumprir o Protocolo de Quioto*.
sido usado como combustível para reduzir a
dependência do petróleo, sendo por isso *Protocolo de Quioto – tratado internacional que
considerado como energia alternativa, uma vez visa combater as alterações climáticas, através da
que é a energia primária não renovável: ação de redução das emissões de GEE.

 Mais ecológica; Recursos energéticos –




Mais segura;
Económica;
renováveis
 Com maior durabilidade, pois a sua ENERGIA GEOTÉRMICA
disponibilidade no planeta é suficiente para
Tem origem no calor do interior da Terra, é
mais de 100 anos.
pouco poluente.
Principais consumidores de gás natural:
Destina-se ao aquecimento – estabelecimentos
 Serviços; termais, unidades hoteleiras, piscinas e estufas
 Indústrias (química, cerâmica); agrícolas; produção de eletricidade.
 Habitações (aquecimento); DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA
 Produção de energia elétrica.
Causas do crescente consumo:
O gás natural consumido em Portugal é oriundo do
Norte de África, das jazidas Hassi R’Mel na → Desenvolvimento dos transportes;
Argélia. Este é transportado pelo gasoduto que → Expansão industrial;
liga Magrebe à Europa. → Modernização da agricultura;
→ Crescente urbanização;
URÂNIO
→ Melhoria do nível de vida – PD;
É um recurso mineral radioativo utilizado na → Crescimento demográfico.
produção de energia nuclear em centrais
Portugal:
nucleares, essencialmente produtoras de
eletricidade. → Crescimento económico;
O urânio tem um elevado valor unitário e em → Crescimento dos setores produtivos –
Portugal a sua exploração remonta a 1907 nas transportes, indústria, comércio, serviços e
minas da Urgeiriça (distrito de Viseu). agricultura;
→ Melhoria da vida da do pop. após a entrada
na CEE (UE), 1986.
Energia elétrica produzida a partir de FER, Portugal ainda é deficitário na produção de
Portugal, 2010 energia elétrica, muito dependente dos
combustíveis fósseis – maior concentração
populacional, de indústrias, de transportes e
serviços.

Os problemas na exploração
dos recursos do subsolo
OS RECURSOS DO SUBSOLO
Figura 1- energia hídrica (56,0%)

Quais os principais problemas?

 A exploração
 A pequena dimensão das minas:
Atraso tecnológico, aumento dos custos de
exploração, diminuição da competitividade.

 A fraca acessibilidade das minas:


Figura 2- energia eólica (31,1%)
Relevo muito acentuado, infraestruturas viárias
inadequadas ou quase inexistentes, grande
profundidade.

 O baixo teor dos minérios:


Aumento da cotação dos minérios metálicos, baixo
teor dos minérios nacionais – fraca rentabilidade,
encerramento das jazidas.
Figura 3- biomassa (11,5%)
 O elevado custo da mão de obra:
Salários, segurança, prevenção e assistência na
saúde – aumento dos custos de exploração,
diminuição da competitividade.
envelhecida e escassa
A DEPENDENCIA EXTERNA
Figura 4- geotérmica (0,7%) Uma elevada dependência externa, ocorre quando
a produção nacional, ainda não é suficiente
para satisfazer na totalidade as necessidades
internas do país.
O fraco desenvolvimento da indústria
transformadora destas matérias-primas tem
levado a que a produção nacional se destine à
exportação.
Figura 5- fotovoltaica (0,7%) A elevada dependência energética de Portugal
Indústria e transporte – maiores consumidores agravou-se com:
de energia final, diminuição 2009-2010.  O aumento do consumo de carvão;
Doméstico – aumento. Diminuição do petróleo,  A introdução do gás natural, diversificou as
aumento gás natural. fontes energéticas uma vez que existem
Maior consumo de energia – regiões mais vulnerabilidades associadas ao petróleo
populosas e desenvolvidas do território (choques petrolíferos, encerramentos de
nacional. poços de petróleo, conflitos nas áreas prod.).
Apesar das esforços para diversificar as fontes Novas Perspetivas de
energéticas, o país continua a depender de
importações, sobretudo de petróleo, de carvão Exploração e Utilização dos
e de gás natural, o que o coloca numa situação Recursos do Subsolo
de fragilidade.
MEDIDAS PARA POTENCIALIZAR OS
O IMPACTE AMBIENTAL RECURSOS ENERGÉTICOS
Os principais problemas Nas sociedades modernas, onde Portugal se
 Ao nível ambiental: insere, o modelo energético continua a basear-
→ Destino dos resíduos – escombreiras; se em energias não renováveis, ou seja, na
queima de combustíveis fósseis e na energia
→ Contaminação dos aquíferos – lixiviação,
nuclear, o que acarreta, como foi referido,
transporte de resíduos;
elevadas consequências.
→ Rebentamentos de explosivos, nuvens de
poeiras, cratera – explorações abandonadas. ENAC – Estratégia Nacional para as Alterações
Climáticas
 Ao nível da segurança e da saúde:
→ Poluição sonora e das águas superficiais e  Eliminação de obstáculos nos processos de
subterrâneas; licenciamento das energias renováveis, dado o
seu elevado potencial de energias renováveis,
→ Abandono das minas;
visando o aumento da produção de
→ Escavações, poços e galerias sem vedações;
eletricidade a partir das fontes de energia
→ Desabamento de terras devido aos trabalhos
renovável;
subterrâneos.
 Estimular o aumento da eficiência energética
O modelo energético tem sido baseado nas através da melhoria de processos industriais;
fontes de energia convencionais, ou seja, na  Promoção do transporte público;
queima de combustíveis fósseis e na energia  Introdução de fontes de energia alternativas
nuclear – as energias não renováveis – a nível ao petróleo nos meios de transporte;
ambiental, provoca:  Adoção de novos regulamentos de eficiência
energética de edifícios, como, construir
 Poluição e degradação do meio ambiente;
edifícios de forma a tirar partido do Sol no
 O esgotamento das reservas de petróleo, inverno e evitá-lo no verão.
carvão e gás natural;
 A produção de resíduos radioativos e a PEN – Política Energética Nacional
possibilidade de acidentes nucleares.
 A segurança e o abastecimento nacional:
O consumo e a própria distribuição da energia → diversificação das energias primárias e
estão associados a problemas relacionados com a da origem geográfica,
segurança e com a contaminação do meio → diminuição das importações,
ambiente, nomeadamente: → aposta nos recursos endógenos;
 O fomento do desenvolvimento sustentável:
 Poluição atmosférica;
→ protocolo de Quioto,
 Desperdícios de energia;
→ utilização racional de energia;
 Desastres ambientais;
 A promoção da competitividade nacional.
 Problemas de segurança.
PEC – Política Energética Comum
O litoral do país é a região onde a poluição
ambiental atinge níveis mais elevados, por  Realização de um mercado interno de
concentrar a maior oferta e procura de energia, energia;
resultante da maior concentração demográfica.  Segurança do aprovisionamento no mercado
mais sustentável, eficiente e diversificado;
 Criação de um plano estratégico para as
tecnologias energéticas;
 Política energética externa comum, para
fazer face ao aumento dos preços da energia,
ao aumento da dependência das importações
e ás alterações climáticas.

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