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DOCUMENTOSCOPIA

Profa. Jacqueline Mila Tirotti


ELEMENTOS DE SEGURANÇA e DOCUMENTOS DE
SEGURANÇA

Os elementos de segurança vão compor um documento


de segurança. A presença dos elementos se faz necessária
para que seja possível verificar a sua integridade e
autenticidade.
Por que certos documentos possuem muitos
elementos de segurança e outros menos elementos,
ou nenhum?

A diferença é a consequência jurídica que eles


possam ter!
ELEMENTOS DE SEGURANÇA

SILVA denomina ELEMENTOS DE SEGURANÇA as estruturas


adicionadas ao documento com a finalidade de dificultar sua imitação ou
alteração. Lamartine denomina como PAPÉIS DE SEGURANÇA.

A denominação do primeiro autor é mais abrangente, pois dá ideia de


elementos que podem ser subdivididos quanto ao momento da sua
inserção no documento em PRÉ-IMPRESSÃO, DE IMPRESSÃO e
PÓS-IMPRESSÃO.
Os elementos também podem ser divididos quanto ao seu público alvo:

- aberto,

- semiabertos

ou fechados.

- O aberto são características reconhecíveis pelo público geral, nas ações


“toque, olhe e incline”, os semiabertos precisam de algum treinamento e
o uso de equipamento simples (como lâmpadas UV ou lupas) e os
fechados são visíveis apenas em exames laboratoriais, por meio de
treinamento específico.
PRÉ-IMPRESSÃO

Matéria prima

O primeiro elemento de segurança de um documento é o próprio suporte.


As diferenças começam com o tipo de matéria-prima utilizada na confecção - os
papéis comuns são produzidos a partir de eucalipto ou pinus, já os papeis de segurança
são feitos de linho ou algodão para lhe conferir maior resistência e durabilidade e sua
maior aspereza.
Outra diferença é a ausência de substâncias branqueadoras no papel de
segurança, diferente dos papéis comerciais. Essas substâncias refletem luz
branco-azulada quando expostas a radiação ultravioleta

Além disso, os papéis comuns possuem vários aditivos que não são encontrados
nos de segurança, como o amido – usado como um selante de superfície – que reage
com o iodo, produzindo uma mancha escura.
Marcas-d’água

São imagens que se tornam visíveis apenas quando se observa o documento contra a luz.
As imagens das marcas d’água são produzidas por diferenças na densidade de fibras no corpo
do papel: regiões com maior quantidade de fibras são mais opacas (escuras) e aquelas com
menor quantidade mais translúcidas (claras).

Podem ser dos tipos Mould made (desenhos mais sofisticados – maior variação tonal –
feitos no início do fabrico) ou Dandy roll (desenhos menos sofisticados – não tem a
multiplicidade de variações tonais do primeiro tipo – é feito ao final da fabricação, antes das
calandras).
Fibras coloridas

São pequenas fibras sintéticas coloridas (normalmente:


azuis, vermelhas ou verdes), visíveis a olho nu, adicionadas à
massa do papel durante sua fabricação, o que lhes
proporciona uma distribuição aleatória.
Fibras luminescentes

Semelhantes às fibras coloridas, mas fluorescerem sob luz


U.V., com emissão de luz branca ou em cores. Sob luz visível,
podem ser coloridas ou incolores.
Fio de segurança

É uma faixa plástica ou metálica inserida na massa do papel, durante


sua fabricação. Os fios de segurança podem ser magnetizados, conter
textos e apresentar fluorescência, permitindo também codificações para
posterior leitura e reconhecimento de sua autenticidade. Podem estar
inteiramente imersos no papel ou apenas parcialmente (fios janelados).
DE IMPRESSÃO
Ofsete

Embora o sistema de impressão ofsete seco ainda tenha seu uso


bastante restrito, ele não é, por si só, uma impressão de segurança
como a calcografia.
Registro coincidente

É o perfeito alinhamento entre as impressões do anverso do


documento, em razão da impressão simultânea dos dois lados do papel.
Geralmente, utiliza-se um quebra-cabeça de um lado parte da
impressão e de outro a parte que a completa. Assim, quando olhar
contra a luz, as peças se juntam em harmonia. Como é simultâneo, o
registro sai perfeitamente no mesmo lugar em ambas as folhas.
Em cédulas falsas isso não acontece.
Microtextos

Também conhecidos como microletras, consistem em minúsculos


caracteres impressos em um documento, com dimensões em torno de
0,15 mm.
Fotocopiadoras e impressoras jato de tinta não são capazes de
produzir esses detalhes.
Os nanotextos, também elementos de segurança, não são feitos em
ofsete, mas em sistemas especiais de impressão.
Fundos especiais

Fundos especiais são padrões de linhas paralelas,


retas e curvas, que mudam continuamente de direção.
Sua função é dificultar a reprodução do documento
por meios digitais – com uso de escâner e impressoras
domésticas.
Efeito íris
Consistem em uma variação gradativa da tonalidade de uma linha
impressa, partindo de uma determinada cor, até formar outra cor
totalmente distinta, sem que se consiga identificar limitação entre elas.
Esse efeito pode ser obtido por meio de reticulação das linhas, mas
neste caso o aspecto pontilhado pode ser percebido com uma simples
lupa (essa é uma das razões porque documentos de segurança são
impressos a traço).
Calcografia

A calcografia em si é uma impressão de segurança.


Para a verificação da calcografia, tem-se como
primeiro nível o alto relevo – reconhecido pelo tato – e
a alta qualidade das imagens.
Imagem latente

É uma imagem perceptível apenas quando se observa o documento em


um ângulo inclinado e contra uma luz forte. É usado em quase todos os
documentos que possuem impressão calcográfica.

Esse elemento baseia-se na produção de padrões em alto-relevo, e


consiste na impressão de uma determinada imagem com linhas retas e
paralelas, e os seus arredores em linhas também retas e paralelas, porém em
um ângulo de 90º em relação às primeiras.
Impressão multicolorida em registro

Impressoras calcográficas modernas permitem imprimir em duas ou


mais cores simultaneamente e em perfeito alinhamento (registro),
podendo inclusive misturar parcialmente duas tintas formando
uma terceira cor, tudo isso em linhas contínuas e bastante finas.
Guilhochês
Esse termo indica um padrão geométrico formado por duas
ou mais linhas finas interlaçadas, normalmente com imagens
ornamentais usadas nas bordas de documentos de segurança,
a sua segurança se restringe ao método de impressão que é a
calcografia.
Linhas concêntricas
Sistema empregado nas cédulas de dólar americano. Consiste em
produzir linhas curvas finas, equidistantes e concêntricas, tarefa
simples para uma impressora calcográfica, mas muito difícil para
sistemas digitais de impressão.
Ao se capturar essa imagem com um escâner, máquina fotográfica ou
fotocopiadora, essas linhas irão se “tocar” em determinados
momentos, produzindo um efeito Moire.
Mesmo que isto seja corrigido com programas
de tratamento de imagens, as impressoras digitais
(jato de tinta, laser, etc) dificilmente conseguirão
evitar o ressurgimento do Moiré.
Marcas táteis
Não são elementos de segurança, e sim, são sinais em
alto relevo que têm por finalidade auxiliar pessoas com
deficiência visual a reconhecer o valor de uma cédula de
dinheiro.
Tintas especiais

Tintas luminescentes (tinta invisível)

Muitos documentos possuem imagens impressas com


tinta incolor luminescente, de maneira a tornarem-se visíveis
apenas sob luz UV.
Tintas metaméricas

São tintas que apresentam a mesma tonalidade sob luz normal, mas
que se comportam de maneira totalmente diferente com iluminação
especial.
Nesse caso, duas tintas que apresentam a mesma cor sob luz visível
branca. No entanto, quando submetidas ao Infravermelho podem
apresentar duas reações
1) Absorver IR – Fica visível
2) Não absorver IR – Fica invisível.
Tintas iridescentes

São tintas que apresentam variações de cores


conforme o ângulo de observação – o mesmo
fenômeno observado em uma bolha de sabão. Essa
mudança de cor é baseada no fenômeno de
interferência da luz.
As tintas opticamente variáveis (OVI – Optically Variable Inks) são um
tipo de tinta iridescente empregadas como elementos de segurança em
vários papéis-moeda, como o euro e o dólar americano. Essas tintas
“mudam de cor” conforme o ângulo de que são observadas.
Os DOVs são dispositivos cuja aparência muda conforme o ângulo de
observação e não passíveis a reprodução por fotocópia. Divide-se os
DOVs em iridescentes (capaz de separar as cores do espectro visível
refletidos a partir da luz branca, como a face inferior do CD) e não
iridescentes.
DOVs não iridescentes: impressão por serigrafia
ou calcografia

Nos dispositivos opticamente variáveis não iridescentes,


exigem impressão em alto relevo, normalmente calcografia
(dólar) ou serigrafia (euro). É um elemento de segurança
facilmente visualizado por meio de inspeção ocular – aparece
com o giro do documento de 180 a 90º.
PÓS-IMPRESSÃO

Dispositivos Opticamente Variáveis - IRIDESCENTES

DOVs iridescentes: hologramas, kinegramas, pixelgramas e


excelgramas.
Hologramas são impressões produzidas em um filme especial
que, apesar de ser bastante fino, pode ser impresso em várias
camadas, usando técnicas baseadas na difração da luz.
Observando-se de um determinado ângulo, será vista uma
imagem gerada apenas em uma dessas camadas (as outras
não estarão visíveis porque a luz refletida por ela estará em
um ângulo tal que seus raios se anularão mutuamente).
Mudando um pouco o ângulo de observação, outra camada
ficará visível, iludindo o sistema visual do observador, e
transmitindo a ideia de tridimensionalidade.
O kinegrama se baseia em efeitos cinemáticos: as imagens
formadas mudam de posição, tamanho e cor, sofrem rotações,
translações, etc. Todos esses efeitos são independentes da
qualidade da fonte de luz incidente.
Exercício:
Listar 5 elementos de segurança em documentos
ANÁLISE DAS CÉDULAS
O Real é a moeda corrente oficial da República Federativa do Brasil.
Após sucessivas trocas monetárias, o Brasil adotou o real em 1 de julho
de 1994, que, aliado à drástica queda das taxas de inflação, constituiu
uma moeda estável para o país. Foi implantado no mandato do
presidente Itamar Franco, sob o comando do então ministro da
Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, depois eleito presidente da
República. Quando o Real foi lançado, em 1 de julho, o ministro da
Fazenda já era Rubens Ricupero, uma vez que FHC já tinha saído para
se candidatar a Presidente da República
O real é a 16.ª moeda mais negociada no mundo, é a
segunda mais negociada na América Latina e quarta mais
negociada nas Américas. Estima-se que hoje existem mais
de oito milhões de moedas perdidas do real.

O real é a moeda oficial brasileira, porém, o Banco


Central do Brasil permite circulação de moedas privadas e
moedas sociais no país, emitidas por bancos comunitários,
desde que estas circulem apenas localmente e, sejam
lastreadas pela moeda oficial.
ELEMENTOS DE SEGURANÇA DO REAL

1ª Família do Real – 1994


A cédula de um real deixou de ser produzida, entretanto continua em
circulação. As demais cédulas de real continuaram sendo produzidas
normalmente pela Casa da Moeda. Diferentemente das moedas que
haviam circulado anteriormente, o real não traz na sua nota
personalidades da história nacional, mas sim animais da fauna brasileira.

A moeda precisava ser cunhada rapidamente, e não havia tempo hábil


para negociar com as famílias das Personalidades. Assim, optou-se pela
solução mais rápida: os animais. Foram escolhidos o beija-flor, garça,
arara, onça pintada e a garoupa.
Marca D́Água

∙ As cédulas de R$ 2,00 apresentam como marca d´água a figura da tartaruga


marinha e o número 2.
∙ As cédulas de R$ 5,00 produzidas atualmente apresentam como marca
d´água a figura da Bandeira Nacional.
∙ As cédulas de R$ 10,00 produzidas atualmente apresentam como marca
d´água a figura da Bandeira Nacional.
∙ As cédulas de R$ 20,00 apresentam como marca d´água a figura do
mico-leão-dourado e o número 20.
∙ As cédulas de R$ 50,00 apresentam como marca d´água a figura da
República.
∙ As cédulas de R$ 100,00 apresentam como marca d´água a figura da
República.
Fibras coloridas
Impressão em alto-relevo
Fundos Especiais
Microimpressões
Registro coincidente

Olhando a nota contra a luz, o desenho das Armas Nacionais impresso em um


lado deve se ajustar exatamente ao desenho semelhante que se encontra no
outro lado da cédula.
Numeração
Imagem latente

Observando a frente da cédula, olhe a partir do canto inferior esquerdo,


colocando-a na altura dos olhos, na posição horizontal e sob luz natural
abundante: ficarão visíveis as letras "B" e "C".
Marca tátil

São marcas impressas em relevo para auxiliar os deficientes visuais a identificar a


cédula. Cada cédula tem marcas próprias e as cédulas de R$ 100,00 apresentam
como marca tátil três elipses (uma na linha superior e duas na linha inferior).
Fibras
luminescentes
Microchancelas

São as duas assinaturas - uma do Ministro da Fazenda, outra do Presidente do


Banco Central do Brasil - que conferem à cédula o seu valor legal.
Fio de segurança

Fio vertical de cor escura embutido no papel, mais facilmente visível com a nota
contra a luz, com propriedades magnéticas, que serve para leitura por
equipamento eletrônico de seleção e contagem.
Hi-lites

São pequenas cápsulas com uma substância fluorescente adicionadas à


massa do papel durante sua fabricação. Podem ser visíveis a olho nu,
mudando de cor sob UV, ou visíveis apenas sob iluminação ultravioleta.
Conferem um bom índice de segurança, já que seu efeito de fluorescência
não pode ser reproduzido com fotocopiadoras, escâneres, ou mesmo com
tintas fluorescentes.
Faixa holográfica
Presente apenas na nota de 20 reais da primeira família. Na lateral direita, é
visível o texto "Banco Central do Brasil". Dentro dessa faixa holográfica, além dos
microtextos, faz-se presente as nanoletras.
2ª Família do Real –
2010
Ao dia 3 de fevereiro de
2010, o Banco Central
anunciou que lançaria a
segunda família das notas
do real. As cédulas
passaram a ter tamanhos
diferentes, aumentando de
acordo com o seu valor,
além de novos elementos
de segurança e marcas
táteis em relevo.
Por que uma Segunda Família?

EVOLUÇÃO: mais modernas e protegidas.

Mais segurança e acessibilidade

Novos elementos gráficos e de segurança, capazes de impor


obstáculos mais sólidos às tentativas de falsificação, além de
promover a acessibilidade aos portadores de deficiência
visual, oferecendo mais recursos para o reconhecimento das
notas por essa parcela da população.
Quais são as principais diferenças das notas da Segunda
Família em relação às anteriores?

a) impressão, com maior precisão, de desenhos mais


complexos, aumentando a percepção de uma
impressão de qualidade superior

b) elementos de segurança mais modernos, que


dificultam a falsificação. Além disso, alguns
elementos já presentes na Primeira Família.

c) Outra mudança importante são os tamanhos


diferenciados por denominação.
Por que as notas da Segunda Família têm
tamanhos diferenciados?

Acessibilidade das pessoas com deficiência visual ao


dinheiro brasileiro, oferecendo um recurso confiável para
reconhecimento e diferenciação das cédulas.

Inibir a tentativa de falsificação por lavagem química.


A cédula de R$ 10 tem 13,5 centímetros
por 6,5 centímetros. Notas menores tem a mesma
altura, mas são mais estreitas, com 12,1 centímetros
na de R$ 2 e 12,8 centímetros na de R$ 5. A cédula de
R$ 20 tem 14,2 centímetros de largura e os mesmos
6,5 centímetros de altura. As demais são maiores na
largura e também na altura: a nota de R$ 50 tem 14,9
por 7 centímetros e os R$ 100, tem 15,6 por 7
centímetros.
Marca d´água

É representada por uma das


embarcações de Cabral, visível por
transparência quando a cédula é
observada contra a luz. Variações de
tons, do claro ao escuro, definem a
imagem, conferindo-lhe um efeito
tridimensional semelhante ao da marca
d’água das cédulas de papel.
Janela transparente

Compõe parte do desenho da rosa dos


ventos (centro e pontas), contendo
combinações de áreas totalmente
transparentes e em meios-tons.
Filtro verificador

É um elemento de verificação de
autenticidade da cédula formado pela
área impressa em vermelho no centro da
janela transparente. Quando a cédula é
dobrada pelo anverso e o filtro vermelho
é sobreposto a uma das embarcações
impressas no lado oposto da cédula,
observa-se em seu interior o realce do
número "10".
Fundos especiais

Produzidos com avançados recursos de


computação gráfica, estes fundos são
formados por mosaicos de tecidos
gráficos e linhas multidirecionais que
colorem a cédula.
Impressão em alto-relevo

Relevo de tinta perceptível ao tato em


algumas áreas da cédula, como a efígie
de Cabral, o mapa Terra Brasilis, as
legendas "Banco Central do Brasil", "Dez
reais", "Brasil 1500-2000", o número "10"
e as imagens de integrantes do povo
brasileiro contidas no reverso.
Microimpressões

São letras e números impressos em


tamanho diminuto, visíveis com o auxílio
de lente, formando a expressão "Brasil
500 Anos", as siglas dos estados
brasileiros, as letras "B" e "C" e o número
"10".
Registro coincidente

Indica a exata coincidência das


impressões contidas nos dois lados da
cédula. Quando a rosa dos ventos for
observada contra a luz, permitirá
visualizar a mudança na coloração de
parte de suas pontas.
Fio de segurança

Atravessa a cédula de alto a baixo e


possui propriedade magnética que serve
à leitura por equipamentos eletrônicos
de seleção e contagem de cédulas.
Imagem latente

Com a nota deitada na altura dos olhos e


sob luz abundante, ficarão visíveis as letras
"B" e "C" existentes nos azulejos decorativos
portugueses, localizados na parte inferior
esquerda da frente da cédula.
Marca tátil

Impressão sem tinta do número 10, em


relevo, sobre a janela transparente,
perceptível pelo tato.
Elemento visível por luz ultravioleta

O número "10" é visível sobre o mapa


"Terra Brasilis" quando o anverso da cédula
for observado sob luz ultravioleta.
Numeração

São as letras e os números que identificam a cédula. Não podem existir duas
cédulas de mesma numeração. Entenda a numeração das cédulas do real:

Série – é um conjunto de 100.000 cédulas de mesmo valor, com as mesmas


características gráficas e é indicada pelos cinco primeiros caracteres da
numeração. A numeração das séries é sucessiva, isto é, a série "A 9999" será
sucedida pela série "B 0001", esta pela "B 0002", e assim por diante.

Ordem – é a numeração seqüencial da cédula dentro da série. O número de


ordem varia de 000001 a 100000.
CARTEIRA NACIONAL DE HABILITAÇÃO

Os elementos e as diferenças da nova


CNH estão demonstrados na imagem a
seguir:
Brasão da República impresso em
calcografia;
Fundo geométrico em calcografia – com microtextos (positivos e negativos) e
falha técnica;
Mapa do Estado com a sigla do Estado;
Fundo numismático com o Brasão da República incorporado e efeito íris;
Tarja geométrica e
distorcida;
Sigla dos estados com tinta preta e fluorescência sob a luz uv;
Registro coincidente e Marca
D´água
Fundo numismático duplo com mapa do Brasil em
geométrico e microletras incorporadas ao efeito íris;
Holografia bidirecional com dizeres
CNH;
Fio de microletras positivas
Numeração tipográfica com
fluorescência;
Guilhoche negativo com falha técnica em
calcografia
Rosácea positiva com micro letras
negativas;
Microletras positivas e distorcidas duplex com falha
técnica;
Tinta prata com fluorescência sob a luz UV;
Fundo geométrico
positivo;
Tinta de variação
óptica
Para obter o QRCODE a CNH pode ser baixada no aplicativo CNH DIGITAL.
VI
O
Um diferencial trazido para este
novo documento é a
possibilidade de verificação
digital, por meio do aplicativo
VIO. O aplicativo escaneia o
QRCODE existente no verso da
CNH e consegue ter acesso a
todos os dados dela.
Carteira de Conselhos
Profa. Jacqueline Mila Tirotti
https://www.oab.org.br/
E quando não tiver validação
digital?
DECRETO FEDERAL Nº
9.278/2018
A Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, assegurava a validade nacional das Carteiras de Identidade, regulava sua
expedição e dava outras providências, garantindo características necessárias para esse documento, conforme seu
Art. 3º:

Art. 3º - A Carteira de Identidade conterá os seguintes elementos:


a) armas da República e inscrição "República Federativa do Brasil";
b) nome da Unidade da Federação;
c) identificação do órgão expedidor;
d) registro geral no órgão emitente, local e data da expedição;
e) nome, filiação, local e data de nascimento do identificado, bem como, de forma resumida, a
comarca, cartório, livro, folha e número do registro de nascimento;
f) fotografia, no formato 3 x 4 cm, assinatura e impressão digital do polegar direito do
identificado;
g) assinatura do dirigente do órgão expedidor, incluído pela Lei nº 14.129/2021); e
h) número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), incluído pela Lei nº 14.129/2021).
Como as Carteiras de Identidade (CI) são emitidas pelos Estados, um problema
recorrente era a falta de homogeneização dos elementos de segurança. Assim,
apesar da Lei nº 7.116 assegurar a validade nacional das CI, essa ainda não
determinava os elementos para a segurança documental. Essa falta foi, então,
suprida pelos artigos 11 a 17 do Decreto Federal Nº 9.278/2018.
Âmbito de Aplicação

Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 7.116, de 29 de agosto de 1983, para estabelecer os
procedimentos e os requisitos para a emissão de Carteira de Identidade por órgãos de
identificação dos Estados e do Distrito Federal.
Validade Documental
Art. 2º A Carteira de Identidade tem fé pública e validade em todo o território
nacional.
Documentos Exigidos para a Emissão
Art. 3º Para a expedição da Carteira de Identidade, será exigido do requerente a apresentação
somente da certidão de nascimento ou de casamento.

§ 1º Na hipótese de o nome do requerente ter sido alterado em consequência de matrimônio, ele


apresentará a certidão de casamento.

§ 2º O brasileiro naturalizado apresentará o ato de naturalização publicado no Diário Oficial da


União.
GATILHO DO FALSIFICADOR
Gratuidade da Emissão
Art. 4º É gratuita a primeira emissão da Carteira de Identidade.
Informações Essenciais
Art. 5º A Carteira de Identidade conterá:

I - as Armas da República Federativa do Brasil e a inscrição “República Federativa do Brasil”;

II - a identificação da unidade da Federação que a emitiu;

III - a identificação do órgão expedidor;

IV - o número do registro geral no órgão emitente e o local e a data da expedição;

V - o nome, a filiação, o local e a data de nascimento do identificado;

VI - o número único da matrícula de nascimento ou, se não houver, de forma resumida, a comarca, o
cartório, o livro, a folha e o número do registro de nascimento;

VII - fotografia, no formato 3x4cm, a assinatura e a impressão digital do polegar direito do


identificado;

VIII - a assinatura do dirigente do órgão expedidor; e

IX - a expressão “válida em todo o território nacional”.


Informações do CPF
Art. 6º Será incorporado, de ofício, à Carteira de Identidade, o número de inscrição no CPF sempre que
o órgão de identificação tiver acesso a documento comprobatório ou à base de dados administrada
pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do Ministério da Fazenda.

§ 1º A incorporação do número de inscrição no CPF à Carteira de Identidade será precedida de


consulta e validação com a base de dados administrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil do
Ministério da Fazenda.

§ 2º Na hipótese de o requerente da Carteira de Identidade não estar inscrito no CPF, o órgão de


identificação realizará a sua inscrição, caso tenha integração com a base de dados da Secretaria da
Receita Federal do Brasil do Ministério Fazenda.
GATILHO DO FALSIFICADOR
Requisitos da Carteira de Identidade em Papel
Art. 12. A Carteira de Identidade em papel será confeccionada nas dimensões 96x65mm em
papel filigranado com fibras invisíveis reagentes à luz ultravioleta, preferencialmente em
formulário plano, impressa em talho doce e offset .
Art. 13. A Carteira de Identidade em papel conterá as seguintes características de segurança:

I - tarja em talho doce que:

a) será impressa em duas tonalidades da cor verde (calcografia em duas cores);

b) conterá a imagem latente com a palavra “Brasil” em ambos os lados;

c) conterá faixa de microletra negativa, contornando internamente a tarja, com a expressão


“CARTEIRA DE IDENTIDADE” grafada em letras maiúsculas;

d) conterá faixa de microletra positiva, contornando externamente a tarja, com a expressão


“CARTEIRA DE IDENTIDADE” grafada em letras maiúsculas; e

e) conterá os seguintes textos incorporados, conforme o disposto no modelo que consta do Anexo ,
grafados em letras maiúsculas:

1. REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL;

2. CARTEIRA DE IDENTIDADE;

3. LEI Nº 7.116, DE 29 DE AGOSTO DE 1983 ; e

4. VÁLIDA EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL;


II - no anverso, fundo numismático, impresso em offset , contendo efeito íris e geométrico e as
Armas da República Federativa do Brasil, impressos com tinta invisível reativa à fonte de luz
ultravioleta;

III - no verso, fundo numismático com o nome da unidade da Federação e a imagem do seu brasão;

IV - perfuração mecânica da sigla do órgão de identificação sobre a fotografia do titular, quando for
o caso;

V - numeração tipográfica, sequencial, no verso ou em código de barras;

VI - código de barras bidimensional, no padrão QR Code , gerado a partir de algoritmo específico do


órgão de identificação; e

VII - película com a imagem das Armas da República Federativa do Brasil com tinta invisível reativa à
fonte de luz ultravioleta.

Parágrafo único. O código de barras bidimensional de que trata o inciso VI do caput permitirá a
consulta da validade do documento em sistema próprio ou diretamente em sítio eletrônico oficial
do órgão expedidor.
Carteira de Identidade em Cartão
Art. 14. A Carteira de Identidade em cartão terá as seguintes características de segurança:

I - substrato polimérico em policarbonato, na dimensão 85,6x54 mm, que conterá microchip de


aproximação;

II - no anverso, Redação dada pelo Decreto nº 9.577, de 2018:

a) tarja em guilhoche eletrônico contendo microletras com a expressão “CARTEIRA DE IDENTIDADE”


grafada em letras maiúsculas;

b) tarja contendo a expressão “REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL” grafada em letras maiúsculas;

c) fundo numismático contendo as Armas da República Federativa do Brasil;

d) imagem fantasma com a fotografia do titular localizada no canto superior direito;

e) fundo com tinta invisível reativa à fonte de luz ultravioleta contendo as Armas da República
República Federativa do Brasil; e

f) fundo numismático com o nome e a imagem do brasão da unidade da Federação; e


III - no verso, Redação dada pelo Decreto nº 9.577, de 2018:

a) fundo numismático contendo as Armas da República República Federativa do Brasil;

b) tarja em guilhoche eletrônico contendo microletras com os seguintes textos


incorporados, conforme o disposto no modelo que consta do Anexo , grafados em letras
maiúsculas:

1. “CARTEIRA DE IDENTIDADE”;

2. “ LEI Nº 7.116, DE 29 DE AGOSTO DE 1983 ”; e

3. “VÁLIDA EM TODO TERRITÓRIO NACIONAL”;

c) relevo tátil com o Selo da República, Redação dada pelo Decreto nº 9.577, de 2018:

d) fundo com tinta invisível reativa à fonte de luz ultravioleta, que conterá as Armas da
República Federativa do Brasil; e

e) código de barras, nos termos do disposto no parágrafo único do art. 13.


Carteira de Identidade em Meio Eletrônico
Art. 15. A Carteira de Identidade em meio eletrônico:

I - atenderá aos requisitos de segurança, integridade, validade jurídica e interoperabilidade, nos


termos das recomendações do Comitê Gestor da ICN; e

II - permitirá a checagem dos dados pelas autoridades públicas com ou sem conexão à internet.
PASSAPORTE
Passaportes estão ligados ao direito de proteção
legal no exterior e ao retorno do indivíduo a seu país de
origem.

Passaporte é um documento de identidade emitido


por um governo nacional atestando formalmente
aquele portador como nacional de um Estado em
particular. Portando este, pode-se requisitar permissão
em nome do soberano ou do governo emissor para que
o portador possa cruzar a fronteira rumo ao
estrangeiro.
Passaportes devem conter: a fotografia
(para identificação facial), assinatura, data
de nascimento, nacionalidade e algumas
vezes outras informações coerentes a seu
propósito. Muitos países estão
desenvolvendo propriedades biométricas
para seus passaportes a cargo de
confirmar com precisão que a pessoa a o
apresentar é seu legítimo detentor.
Recentemente, o Mundo e o Brasil (em especial) ficaram
chocados com os passaportes dos ditadores coreanos. Apesar da
fraude ser ideológica – o documento é materialmente autêntico – o
documento em 1997 não possuía muitos elementos para assegurar
sua autenticidade.
O mapa fluorescente e
a escrita latente com
“Brasil” ambos na
contracapa.

Existem diversas maneiras de se


fazer uma fraude, mas uma
única maneira de se fazer o
autêntico. Assim, o perito
sempre deve ter em mente o
que é certo, autêntico, para
poder identificar o que não for.
Obrigado!

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