Você está na página 1de 16

@gabriely_rezend

(31) 99382 - 4935


ENTENDENDO PROCESSO DE CAPTURA
A revolução no mundo das câmeras fotográficas começou em
1925, com o surgimento da Çâmera Leica I, a primeira câmera
35mm. O formato de alta qualidade e sua portabilidade
inspiraram muita gente e passou a ser objeto de desejo de
muitos fotógrafos pelo mundo inteiro

Até então, as câmeras eram visualizadas pelos fotógrafos através


de um visor que ficava acima e à direita ou à esquerda da lente.
Dessa maneira, o fotógrafo visualizava a cena por um visor (visor
direto), mas a cena era capturada pela lente. Assim, nem sempre
o que o fotógrafo visualizava era o que realmente era capturado
pela lente. Esta diferença entre o que o fotógrafo enxergava pelo
visor e o que realmente saía na foto era chamado de erro de
paralaxe. Foi então que a indústria fotográfica da década de
1960 e 1970 desenvolveu a tecnologia SLR (Single Lens Reflexe).
A imagem passou a ser visualizada pelo fotógrafo por um visor
acima da lente, cujo visor refletia a cena pela lente reflexiva
(espelho) colocada na frente da cortina do obturador e antes da
lente. Assim, a cena visualizada pelo fotógrafo passou a ser
exatamente a mesma que a lente capta. Esta tecnologia foi
fantástica para a época, e foi copiada também pela indústria
fotografia Digital, que a penas acrescentou a letra D, ficando
então, DSLR (Digital Single Lens Reflexe).

Entendendo o processo da Captura da imagem pela


Câmera Fotográfica

Quando você aponta uma câmera fotográfica para uma


determinada cena, a iluminação desta cena com todos os seus
detalhes que a compõe “percorre” um caminho dentro da
câmera até ser impressa no filme, ou sensor digital. Em primeiro
lugar, esta cena passa pela lente, mais precisamente pelo
diafragma, que estará aberto através de um orifício. Em segundo
lugar, o espelho se levanta abrindo passagem para a cena
simultaneamente com o obturador, que tem uma espécie de
cortina persiana, que se abrirá para permitir a continuação da
passagem da cena, e se fechará, encerrando a etapa do processo
de captura da imagem. Neste instante em que a cortina fica
aberta, o sensor fica exposto à cena. Para encerrar, o espelho
retorna para sua posição original, permitindo que o fotógrafo tire
outra foto e veja exatamente o que sairá na foto através desse
espelho que refletirá a imagem para outros espelhos do
pentaprisma. O sensor funciona como o antigo filme. Nele ficam
impressos os pixels que formam a imagem que em seguida são
gravadas no cartão de memória.
SLR e DSLR

Como vimos acima, quando olhamos pelo visor da câmera,


vemos exatamente a cena que a câmera irá registrar. Isto se
deve à lente reflexiva (espelho) colocada entre a lente e o sensor
(foto acima) e outras lentes reflexivas (espelhos) colocadas em
pontos estratégicos, por isso, a sigla SLR (Single Lens Reflexe).
Este sistema foi desenvolvido na era das câmeras analógicas, e a
era Digital copiou este sistema acrescentado apenas a letra D no
início da sigla, ficando DSLR (Digital Single Lens Reflexe). Reveja a
explicação acima em “entendendo o processo de captura da
imagem pela câmera fotográfica”.
Assim, a Canon fez uma câmera com sensor do tamanho
24x36mm e a chamou simplesmente de “Câmera Full Frame”. E a
Nikon deu a sigla “FX” para a sua câmera Full Frame. Também
foram fabricados sensores menores que o sensor full frame.
Estes sensores na Canon recebem o nome de “sensores APS” e
na Nikon, os sensores menores que 24x36mm recebem o nome
de “sensores DX”.

O formato APS foi desenvolvido pelas principais marcas do


mercado com três “modelos” diferentes que são:

* APS-H = HDTV (Exemplo: Tamanho 30,2 x 16,7 mm e formato


com proporção 16:9)

* APS-P = Panorama (Exemplo: Tamanho 30,2 x 9,5mm e formato


com proporção 3:1)

* APS-C = Classic (Exemplo: Tamanho 25,1 x 16,7mm e formato


com proporção 3:2)

Nota: APS significa: (Advanced Photo System)


P.S.: Os tamanhos acima podem variar em poucos mm de um
modelo de câmera para outro.

A REGRA DOS TERÇOS


 A Regra dos Terços é um tipo de composição descentralizada
onde elementos importantes de uma fotografia são colocados
ao longo de uma grade de 3 × 3 (um jogo da velha), que divide
igualmente a imagem em nove partes.

Ou seja, o foco de interesse deve estar na interseção das


linhas que dividem o quadro em terços, que são distribuídos
de cima para baixo da esquerda para a direita. Para muitos
fotógrafos, esse tipo de composição é uma maneira básica de
estruturar fotografias e torná-las mais atraentes. Dê uma
olhada na ilustração abaixo:
Os 3 Pilares da Fotografia - Abertura, Velocidade e ISO

Vamos a uma ilustração simples. Para fazer um bolo, você separa


os ingredientes, mistura, coloca-os numa forma e finalmente,
dentro de 01 forno. Assim, você dependerá de 02 fatores
(variáveis) para que o seu bolo fique no ponto certo. O tempo e a
Temperatura. Suponhamos que você faça um bolo com o tempo
de 1 hora e com a temperatura de 100 graus. Se você tiver que
fazer o mesmo bolo com a temperatura de 200 graus, basta você
deixar os ingredientes por meia hora (30 minutos). Assim, você
fez uma compensação de exposição do bolo ao calor do forno,
com relação ao tempo e à temperatura.

A Fotografia tem também os seus fatores (variáveis). E são 03:


Abertura, Velocidade e ISO (Os 3 Pilares da Fotografia). E estes
pilares estão intimamente ligados à exposição da luz que o
sensor digital recebe.

1) Abertura.
Refere-se à abertura da lente, mais precisamente, a abertura
do Diafragma.
Conforme a figura acima, você pode observar que em f/2.8
temos uma abertura maior (mais aberta) e em f/22 temos uma
abertura menor (mais fechada). Observe esta escala e grave em
sua mente:

22_____16_____11_____8______5.6._____4_____2.8_____2.0_____1.4

Esta escala contém as aberturas mais comumente encontradas


nas lentes das câmeras. Foram “copiadas” das câmeras digitais
analógicas. E lembrando que, entre uma abertura e outra, pode
haver 01 (uma) ou mais aberturas na sua câmera digital.

Exemplo: Entre a abertura 22 e 16, podemos encontrar a


abertura 19. E lembrando também que há lentes que a abertura
máxima só vai até uma certa abertura, como por exemplo até 4
ou 2.8 ou 1.8.

Diafragma:
O diafragma é como a pupila do nosso olho. A pupila se abre
quando o ambiente é escuro, e se fecha, quando estamos no
claro. Isso é feito para que, no escuro, entre mais luz e, no claro,
entre menos luz, regulando a exposição ideal da imagem
formada em nosso cérebro. Nas câmeras fotográficas, quem faz
o papel da pupila é uma peça chamada diafragma (foto acima). O
diafragma controla a abertura por onde passa a luz da cena a ser
fotografada que entra na câmera para produzir a imagem no
filme (câmeras analógicas), ou no sensor da câmera digital.
Quanto maior a abertura, mais luz entra, e vice-versa. Daí
denominar-se "lentes luminosas", as dotadas de grandes
aberturas. Diz-se que uma lente que tem a abertura 1.4 é uma
lente luminosa. E uma lente com abertura máxima de 5.6 é uma
lente escura. Consequências da Abertura: Quanto maior a
abertura, menor a profundidade de campo. E, quanto menor a
abertura, maior a profundidade de campo. Atenção: Não associe
“maior abertura” com o número mais alto da abertura, pois a
abertura 22 (número alto) é uma abertura pequena, ou seja, o
orifício (abertura) é menor.

2) Velocidade.
A velocidade do obturador refere-se ao tempo em que a câmera
mantém a cortina aberta para que a luz da cena que passa
através da lente possa passar pela cortina aberta e imprimir a
foto no filme, ou no sensor da câmera digital.
A velocidade é indicada em segundos, e cada número da escala
abaixo, significa o valor unitário de 01 (um) segundo dividido por
este número. Por exemplo, na escala abaixo o número 125
significa 1 segundo dividido em 125 vezes. O número 1 significa
01 (um) segundo dividido por 1, ou seja, 1 segundo mesmo.

Quanto maior o número, maior a velocidade, e, portanto, menos


tempo de duração que a cortina ficará aberta e portanto, menos
luz alcançará o sensor. Quanto menor o número, menor a
velocidade, e, portanto, mais tempo de duração que a cortina
ficará aberta e mais luz capturada pelo sensor. Observe a Escala
da Velocidade e grave em sua mente:

1___2___4___8___15___30___60___125___250___500___1000___2000___4000___8000

˂------------------- --------------------˃
Menor Velocidade (velocidade baixa) Maior Velocidade (velocidade alta)

entra mais luz entra menos luz


Também temos velocidades mais baixas ainda, portanto, quanto
mais baixa a velocidade, mais luz entra...
30”____15”____8”____4”____2”_____1”

Ou seja, 2 segundos, 4 segundos e vai até 30 segundos. Aqui o


número representa o valor em segundos mesmo, e não como a
escala acima (de 1 a 8000) que divide o valor unitário de 01 (um)
segundo pelo numero da escala (de 1 a 8000). Esta escala da
velocidade contém as velocidades encontradas nas câmeras
digitais. Também foram “copiadas” das câmeras analógicas. E,
lembrando que entre uma velocidade e outra, pode haver 01
(uma) ou mais velocidades na sua câmera digital.

Exemplo: Entre a velocidade 60 e 125, podemos encontrar em


uma câmera, a velocidade 90 e em outra, as velocidades 80 e
100.

Consequências da Velocidade:
Quando fotografamos em cenas com pouca luz, para evitar fotos
escuras, podemos usar velocidades baixas que é para a cortina
ficar mais aberta por mais tempo e a fraca luz do ambiente agir
mais tempo sobre o sensor. O inconveniente é que uma
velocidade muito baixa (geralmente, velocidades menores que
1/30, aumenta o risco de foto tremida ou borrada pelas mãos do
fotógrafo. Pode-se usar um tripé, mas na medida em que se
abaixa a velocidade menor que 30 (entenda-se 1/30)
aumentamos o tempo em que câmera e assunto deverão
permanecer imóveis. Por isso, ao fotografar em baixas
velocidades, recomenda-se focar assuntos capazes de se manter
parados, além de se usar a câmera sobre um tripé. Para
fotografarmos cenas que contém alguém ou algo em
movimento, precisamos utilizar velocidades mais altas para
“congelarmos” o movimento. Por exemplo, ao fotografar um
carro da Fórmula 1 em plena corrida devemos utilizar uma
velocidade bem alta (por exemplo: 1/2000) que será capaz de
“congelar” o carro, como se estivesse parado.

3) Iso

O ISO (sigla de “International Standard Organization”) determina


a sensibilidade do sensor da câmera em capturar a luz. Quanto
mais alto o número, mais sensível à luz fica o sensor da câmera
digital. Observe esta escala e guarde em sua memória:
100____200____400____800____1600____3200____6400____12800____25600

˂------------------- --------------------˃
Menos sensível à Luz Mais sensível à Luz

Esta escala contém os números de Iso mais comumente


encontradas nas câmeras digitais. E, lembrando que entre um
número Iso e outro, pode haver 01 (um) ou mais números Iso na
sua câmera digital. Exemplo: Entre o número Iso 100 e 200,
podemos encontrar os número Iso 125 e 180. Lembrando
também que há câmeras que o ISO só vai até 1.600 ou 3.200, ou
6.400, ou pode conter todos os números ISO descritos na escala
acima, como na Canon SL2. Consequências do Iso: Quando
usamos um iso muito alto, maior é a possibilidade de produzir
superfícies granuladas nas imagens. Chama-se este problema de
“granulação” na fotografia analógica (que usa filme) e de “ruído”
na fotografia digital. Este ruído depende do modelo de câmera
que você usa, ou seja, por exemplo: tem câmera que apresenta
ruído a partir do número iso 800, enquanto uma outra câmera
digital pode perfeitamente tirar uma boa foto em iso 800 e vindo
a dar início de ruído somente em iso mais alto como em 2500.

O que é FOTOMETRIA?
É a técnica usada para “MEDIR” a quantidade (ou intensidade) de
luz que incide sobre a cena a ser fotografada. Para que o sensor
capte uma excelente imagem, não pode ter luz em excesso, nem
a sua falta. Para isso, é necessário fazer uma medição correta de
luz do cenário com um fotômetro. E toda câmera digital tem um
fotômetro embutido em seu corpo. Há alguns anos atrás, na
época da fotografia analógica, era muito comum o uso de um
FOTÔMETRO de MÃO (Fig.03), pois nem toda câmera tinha um
FOTÔMETRO embutido. Hoje eles são raramente usados, pois
toda câmera profissional digital vem incorporada com um
FOTÔMETRO, que facilitou bastante esse procedimento.

Com o FOTÔMETRO zerado, a câmera oferece a quantidade


mais correta possível de luz que atingirá o sensor da câmera,
resultando assim em fotos tecnicamente corretas em
FOTOMETRIA.
Flash
O flash é um dispositivo pequeno que emite grande intensidade
de luz;  Como toda fonte de luz de tamanho pequeno,
apresenta luz dura (sombras delineadas);  Necessita de
acessórios ou truques para ter luz suave (sombras difusas). É
importante lembrar dessas características, e não adianta
reclamar que uma foto com flash ficou com sombra delineada
atrás do objeto fotografado, ou que o rosto da pessoa
fotografada ficou muito com brilhos intensos, pois é assim que a
luz do flash é, se não for feito nada para modificá-la. Para
melhorar a estética da luz do flash podemos pensar em alterar
sua posição, utilizando o flash fora da câmera, o que pode ser
feito com diversos tipos de transmissão com ou sem fios, como o
Rádio Flash, por exemplo. Também podemos rebater a luz do
flash em outras superfícies como tetos e paredes, e podemos
utilizar acessórios que mudem as características da luz, como
rebatedores, difusores, concentradores de luz, colmeias etc.

O Fotômetro da Câmera e o Flash


O fotômetro da câmera mede a luz que entra pela objetiva
fotográfica para tentar determinar a correta exposição. No
passado existiram câmeras cujo sistema de medição ficava do
lado de fora do equipamento e que não levavam em
consideração aquilo que estava sendo enquadrado pelo
fotógrafo. Hoje praticamente todas as câmeras de reflex digitais
e também as compactas utilizam-se da medição da luz que entra
pelas lentes.
Fator Crop (Fator Corte)
Uma câmera com sensor full frame vai captar a cena em sua
totalidade, enquanto que uma câmera com um sensor APS-C, ou
Dx vai captar uma parte da cena. Assim, qualquer lente que você
colocar numa câmera com sensor menor que uma Full Frame,
você obterá uma "cena menor" do que a mesma lente colocada
numa full frame, ou seja, cortada. Daí dizer que uma câmera
APSC ou Dx é uma câmera cropada (que faz corte na imagem).

Você também pode gostar