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Usucapião Extrajudicial No NCPC
Usucapião Extrajudicial No NCPC
Diminuir a quantidade ações judiciais, além de contribuir desafogar o Judiciário, evita que
advogados (e clientes) esperem anos e anos pela solução do seu problema jurídico. Afinal,
sabemos quanto tempo demora um processo na via judicial.
Mas como eu sou “fuçada” (e tenho bons amigos), conversei com um advogado especialista
em Direito Registral e Direito Imobiliário, Dr. Rodrigo Vilas Boas, para poder escrever um artigo
aqui no blog para ajudar a divulgar esta oportunidade entre meus colegas.
Também preparamos uma palestra online sobre o assunto, bem mais aprofundada. Clique
aqui para fazer a inscrição gratuitamente.
Sumário
2) Documentos necessários
2) Documentos necessários
De acordo com o art. 216-A da Lei de Registros Publicos, os documentos necessários para que
seja processado um pedido de usucapião extrajudicial são:
* Sobre o justo título, leia o item “3) Quando é possível optar pela via extrajudicial?”
É possível optar pela via extrajudicial da usucapião quando o requerente reúne todos os
documentos elencados nos inciso do art. 216-A, com exceção do inciso IV, que trata do justo
título.
De acordo com o § 15 do art. 216-A da Lei de Registros Publicos (incluído pela Lei
13.465/2017), caso não exista justo título, a posse e os demais dados necessários poderão ser
comprovados por meio de um procedimento de Justificação Administrativa perante o próprio
Cartório.
Isso deve ser feito antes de se protocolar o pedido de usucapião para que o este seja
corretamente formulado, evitando-se as notas devolutivas e exigências do cartório, que
podem prolongar muito o procedimento.
Os 10 passos:
3. Reapresentação do processo
2. Cumpridas as exigências
4. Nova prenotação
Após isso, o processo é encaminhado para Registro e abre-se nova matrícula para o imóvel. A
parte pode, então, solicitar a matrícula do seu imóvel.
A Usucapião Extrajudicial tem previsão de ser concluída no Registro de Imóveis num prazo de
pode variar de 90 a 120 dias em média, no caso de um processo bem feito e corretamente pré-
examinado.
2) Honorários
Tenha em mente que o valor de um imóvel, após sua regularização, pode aumentar de 30% a
50% em comparação com este imóvel em situação de posse.
Junte este item com o anterior e poderemos contornar o problema do retorno financeiro
demorado enfrentado por muitos escritórios de advocacia.
A redação original do § 2º do art. 216-A da Lei de Registros Publicos, trazida pelo Novo CPC,
estabelecia que, se a planta não possuísse a assinatura de qualquer um dos titulares de
direitos reais, este (s) seria (m) notificado pelo registrador para manifestar seu consentimento
em 15 dias, sendo interpretado o silêncio como discordância.
No entanto, para nossa alegria, a lei 13.465 de 11 de Julho de 2017, alterou diversos aspectos
da usucapião extrajudicial, inclusive este § 2º. Agora, o silêncio é interpretado como
concordância.
O advogado que eu mencionei no começo deste artigo, Dr. Rodrigo Vilas Boas, possui tais
conhecimentos e nos dá várias dicas preciosas.
Vou resumir aqui algumas das dicas dele. Mas, se você quiser aprofundar seu conhecimento
nesta matéria, recomendo que assista a palestra online que o Dr. Rodrigo e eu preparamos
para ensinar como acelerar o faturamento do seu escritório em 120 dias. Clique aqui para fazer
a inscrição gratuitamente.
7.1) Momento do Mercado Imobiliário
Com a atual crise econômica a venda de imóveis despencou, chegando ao auge de seu
desaquecimento em 2016. Ao mesmo tempo, o desemprego e a queda de receita da classe
média fez crescer o endividamento e a inadimplência como não víamos há muito tempo.
A saída para várias dessas pessoas endividadas de classe média muitas vezes é a venda de
algum imóvel - até mesmo a própria casa onde residem (para alugar um menor). Ou então a
obtenção de um empréstimo imobiliário, dando este imóvel como garantia.
E se o imóvel que essa pessoa tem para dispor do seu patrimônio não estiver em
seu nome, sendo apenas uma posse? Esse posseiro é um cliente em potencial para a usucapião
extrajudicial.
Este imóvel sofre uma redução de 30% a 50% a em seu valor de mercado comparado a um
imóvel equivalente que tenha sua propriedade regularizada no Registro de Imóveis. Ademais,
não pode ser dado como garantia em um empréstimo.
Este é apenas um dos muitos exemplos em que uma pessoa que tenha um imóvel em situação
irregular possa querer regularizá-lo.
A partir da década de 80, muitos loteamentos foram realizados em terrenos que antes eram
enormes sítios. Muitas dessas propriedades eram loteadas por herdeiros que ignoraram os
assuntos complicados, como inventários que pareciam intermináveis.
Fora isso, regularizar um loteamento junto à prefeitura para que este fosse comercializado,
obedecendo toda a legislação, não era (e não é) a tarefa mais fácil do mundo. E, quando
obtinham a aprovação do loteamento com a prefeitura, ainda existia a barreira do Registro de
Imóveis, com suas complexas exigências.
o Término do inventário;
Muitas dessas pessoas que possuem imóveis nestas condições sabem da localização, ainda
hoje, desses loteadores ou da imobiliária que intermediou a venda, o que torna viável notificar
o antigo proprietário e, até mesmo, conseguir sua anuência.
Como nesses loteamentos irregulares, hoje bairros, muitas pessoas precisam regularizar seu
imóvel, é possível você escalar o seu negócio pois, após regularizar rapidamente o imóvel do
primeiro cliente, a notícia vai se espalhar como fogo no palheiro, hehe!
Espero que este artigo tenha sido útil e que tenha sanado máximo possível das suas dúvidas
quanto a usucapião extrajudicial. Muitos grandes escritórios já perceberam que esta área é
muito lucrativa, e pequenos e médios escritório também podem atuar com esta matéria, se
tiverem o conhecimento correto.
Para continuar aprendendo sobre usucapião extrajudicial, assista a palestra online “Como
acelerar o faturamento do seu escritório em 120 dias”. Eu e o Dr. Rodrigo a preparamos com
muita dedicação e a inscrição é gratuita.
FONTES:
Alessandra Strazzi