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Superfícies
Atualizada e Revisada
RECIFE/2015
SUMÁRIO
Apresentação 04
Generalidades 05
Superfícies Poliédricas 06
Poliedros Regulares Convexos 08
Poliedros Semi Regulares 10
Poliedros Regulares Estrelados 25
Prisma 27
Pirâmide 27
Superfícies Curvas 29
Superfícies Retilíneas Desenvolvíveis 31
Cone - caso geral 31
Cilindro - caso geral 32
Helicóide Desenvolvível 36
Superfícies Retilíneas Reversas 37
Hiperbolóide Escaleno 37
Parabolóide Hiperbólico 37
Cilindróide 39
Conóide 40
Helicóide de Plano Diretor 41
Helicóide de Cone Diretor 43
Superfícies Circulares de Revolução 44
Cone de Revolução 45
Cilindro de Revolução 46
Esfera 47
Elipsóides 48
Parabolóide de Revolução 49
Hiperbolóide de Revolução 50
Superfícies de Circunvolução 52
Toro Circular 52
Serpentina 53
2
Bibliografia 54
Ficha Técnica 56
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APRESENTAÇÃO
Durante estes anos de magistério, e anteriormente como estudante, foi percebida a dificuldade por
parte dos alunos no acesso à bibliografia sobre Geometria Descritiva.
Com pouca literatura disponível - a maioria dos livros só são encontrados em sebos com suas
edições esgotadas - os discentes não têm a oportunidade de ler, meditar, aprender-apreender os
conceitos teóricos que respaldam os traçados na Geometria Descritiva.
Diante destes fatos, surgiu a idéia de uma apostila que repassasse aos estudantes conceitos básicos
sobre as superfícies poliédricas e as superfícies curvas, suas representações, propriedades e
utilizações. Para este fim, procuramos ilustrar a teoria apresentada com exemplos práticos do
cotidiano para ressaltar o elo de ligação teoria/mundo-real.
Esperamos que este trabalho sirva de ponto inicial para a aprendizagem e a pesquisa das superfícies.
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GENERALIDADES
A denominação Geometria Descritiva foi proposta por Gaspard Monge, entre os anos l766 e l784
para exprimir um sistema de representação projetivo por ele criado e que contribuiu decisivamente
para o desenvolvimento da nascente época industrial. Teve profunda e ampla divulgação nos
principais países interessados no crescimento de suas indústrias.
Gaspard Monge, notável por seus estudos sobre ”Classificação de superfícies”, “Teoremas sobre
superfícies não planificáveis” e muitos outros importantes trabalhos de particular interesse para as
Geometrias é considerado um dos mais sábios matemáticos da França do final do séc. XVIII e início
do séc. XIX.
Superfície é o limite que separa um corpo do resto do espaço. É a extensão de duas dimensões e
assim sendo, apresenta duas dimensões: comprimento e largura. Podemos entender uma superfície
como sendo gerada por uma linha que se desloca segundo uma lei dada. Exemplo: Superfície
Esférica - gerada por uma circunferência que gira em torno de um de seus diâmetros; ou mesmo, é o
lugar geométrico de todos os pontos no espaço que eqüidistam de um ponto (centro). Distinguimos
dois tipos de superfície:
Superfície Curva - é uma superfície que não é plana em nenhuma das suas partes. Entretanto, a
superfície curva pode ser considerada como uma superfície poliédrica formada de elementos planos
infinitamente pequenos.
A Superfície convexa é uma superfície que não pode ser encontrada por uma reta em mais de dois
pontos, similar à linha convexa.
Representação de Superfícies
A Geometria Descritiva permite representar qualquer superfície rigorosamente definida. Toda
superfície capaz de uma definição matemática diz-se superfície geométrica; as outras superfícies,
por exemplo, as de superfícies terrestres, são substituídas, nas aplicações, por superfícies
convencionais chamadas topográficas, que se aproximam delas o mais possível.
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SUPERFÍCIES POLIÉDRICAS
Sendo uma superfície composta por planos (faces) e retas (arestas) apresentam as seguintes
propriedades:
Ângulo Diedro - chama-se ângulo diedro a figura formada por dois planos que partem de uma só
reta. Esses dois planos são as faces do diedro, e sua interseção chama-se aresta. Um ângulo diedro
designa-se por sua aresta, pondo-se a designação da aresta no meio: ângulo diedro AB.
O ângulo plano de um diedro é obtido pelo ângulo formado pelas duas retas da interseção do diedro
com um plano perpendicular ao mesmo.
Ângulo Sólido ou Poliédrico – é determinado quando por um ponto do espaço-tempo partem três ou
mais direções não coplanares (Sá, 1982). Este não tem uma medida angular, mas é definido pelas
faces que o compõem. Os ângulos sólidos são nomeados de acordo com o número de faces que o
compõem: 3 faces triedro (edro - vem do grego Hedras e quer dizer face): 4 faces tetraraedro, 5
faces pentaedro, 6 faces hexaedro, etc.
Quando os ângulos das faces são iguais entre si, o ângulo é dito regular.
Segundo Sá (1982), os cristais naturais, provavelmente, foram os primeiros exemplos que o homem
encontrou de poliedros. Existem muito cristais com formas rigorosamente regulares como a pirita
(sulfeto de ferro) que costuma cristalizar em forma de dodecaedro; a fluorita em forma de
cuboctaedro; o cloreto de sódio cristaliza em cubos, mas na presença de uréia, modifica sua forma
para o cubo truncado ou até mesmo para o octaedro.
Dois triedros são iguais quando têm as três faces respectivamente iguais e semelhantemente
dispostas.
Representação de um Poliedro
É a representação de todas as arestas de um poliedro através de vistas ortogonais. Devem-se
distinguir com cuidado as partes visíveis das ocultas, linhas cheias e tracejadas respectivamente. O
contorno aparente numa projeção qualquer é sempre visto por inteiro.
TEOREMA - uma reta só pode ter 02 pontos de interseção com um poliedro convexo.
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Interseção entre Superfícies Poliédricas
Segundo Rodrigues (1970, p. 223), “dois poliedros interceptam-se segundo uma linha poligonal,
ordinariamente reversa, cuja determinação é indispensável e que se pode obter facilmente, porque
cada um de seus lados é a interseção de dois planos, faces dos dois poliedros.”
Podemos ter os seguintes casos para esta interseção: engastamento, penetração e ponto duplo.
Penetração - quando uma das superfícies tem todas as arestas cortadas. Neste caso temos duas linhas
de distintas que definem a interseção: um polígono de entrada e um polígono de saída.
Engastamento - quando as superfícies têm arestas não cortadas. Uma única linha define a interseção.
Ponto Duplo - as linhas de entrada e de saída têm um ponto em comum.
Sólido comum - é o sólido resultante da interseção entre duas superfícies poliédricas. Seu limite é
definido pelas linhas de interseção e pelas porções mutiladas das arestas dos sólidos da interseção.
“Para obter a interseção de uma superfície curva por uma poliédrica, determina-se a seção da
superfície curva pelo plano de cada uma das faces do poliedro; mas a interseção pedida só se
compõe das partes curvilíneas que pertencem realmente a uma das faces do poliedro, e deve-se
rejeitar as outras partes dadas pelos planos ilimitados. É essencial procurar os pontos em que as
arestas do poliedro encontram a superfície curva.”(FIC,1960, p. 319).
Prisma - reto
Oblíquo
Pirâmide - Regular
Irregular
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POLIEDRO REGULAR CONVEXO
É um poliedro cujas faces são todas, polígonos regulares iguais entre si, e cujos ângulos sólidos são
todos iguais.
São cinco os poliedros regulares convexos:
Tetraedro - formado por quatro triângulos
equiláteros reunidos 3 a 3.
Hexaedro ou cubo - formado por seis quadrados
reunidos 3 a 3.
Octaedro - formado por oito triângulos
equiláteros reunidos 4 a 4.
Dodecaedro - formado por doze pentágonos
regulares reunidos 3 a 3.
Icosaedro - formado por vinte triângulos
equiláteros reunidos 5 a 5.
Fig. 1 - Icosaedro
“Para poder formar um ângulo sólido convexo, é preciso que a soma das faces seja menor do que 4
retos. Com o ângulo de 60o do triângulo equilátero, só se pode formar 3 ângulos sólidos convexos,
porque seis vezes sessenta dão 4 retos. O quadrado e o pentágono regular convexo não dão para
cada um senão um ângulo sólido. O ângulo do hexágono regular convexo, valendo 120o , não pode
formar nenhum ângulo sólido, porque três vezes 120 são iguais a 4 retos. Só pode portanto haver
cinco poliedros regulares convexos.” (FIC, 1960, p. 280).
Para os poliedros regulares a dualidade será estabelecida pelas possibilidades de inscrição entre os
poliedros, de tal maneira que se podem introduzir um no outro mantendo a simetria estabelecida
através do eixo de simetria (Soler, 2007).
Como o hexaedro e o octaedro apresentam as mesmas simetrias, eles podem ser inscritos um no
outro. No entanto, a simetria quaternária do hexaedro será de face a face (face de quatro lados) e a
quaternária do octaedro será de vértice a vértice (de cada vértice partem quatro arestas ou quatro
faces). A simetria ternária do hexaedro será de vértice a vértice e a ternária do octaedro será de face
a face. A simetria binária dos dois poliedros em tela será de aresta a aresta. Esta última simetria
mantém-se para todos os duais.
8
Figura 3 – Dual do Octaedro
Figura 2 – Dual do Cubo
O Mesmo raciocínio servirá para o dodecaedro e o icosaedro, pois ambos apresentam as mesmas
simetrias, podendo ser inscritos um ao outro. Deste modo, a simetria quinária do dodecaedro será de
face a face (face com cinco lados) e a quinária do octaedro será de vértice a vértice (de cada vértice
partem cinco arestas ou cinco faces triangulares). A simetria ternária do dodecaedro será de vértice a
vértice e a ternária do icosaedro será de face a face.
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POLIEDROS SEMI-REGULARES OU ARQUIMEDIANOS
O nome de poliedros arquimedianos se deve ao fato de que foi Arquimedes quem os descreveu pela
primeira vez (Soler, 2007). Arquimedes descreveu estes poliedros indicando o número de polígonos
que concorrem em cada vértice e o número destes polígonos. Também se chamam semi-regulares
porque são formados por mais de um tipo de polígono regular, os vértices são sempre iguais e o
tamanho das arestas é igual (Sá, 1982).
Durante o período do renascimento,
Durero construiu o desenvolvimento para
o dodecaedro e para outros poliedros
regulares e semi-regulares (Soler, 2007).
Foi Kepler quem deu nome aos poliedros semi-regulares e provou que existem 13 destes poliedros
(Soler, 2007; Sá, 1982). Dentro das características que limitam estes poliedros vemos que (Sá,
1982):
Cada ângulo sólido tem no máximo três tipos de face;
Os de dois tipos de polígonos podem ter ângulos sólidos com até cinco arestas;
Os de três tipos de polígonos podem ter um máximo de quatro arestas por vértice.
A seguir vemos a Tabela 1 com os tipos de poliedros semi-regulares e o seu respectivo tipo de faces,
número total de faces, de vértices e de arestas, de cada um deles:
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Nome do Poliedro Tipo de Tipo de Tipo de Nº de Nº de Nº de
face face face faces vértices arestas
Troncotetraedro 4F6 4F3 - 8 12 18
Troncoctaedro 8F6 6F4 - 14 24 36
Troncoicosaedro 12F5 20F6 - 32 60 90
Troncocubo 6F8 8F3 - 14 24 36
Troncododecaedro 20F10 12F3 - 32 60 90
Rombicuboctaedro 18F4 8F3 - 26 23 48
Cuboctaedro 8F3 6F4 - 14 12 24
Icosidodecaedro 20F3 12F5 - 32 30 60
Cubo Achatado 32F3 6F4 - 38 24 60
Dodecaedro Achatado 80F3 12F5 - 92 60 150
Troncocuboctaedro 12F4 8F6 6F8 26 48 72
Troncoicosidodecaedro 30F4 20F6 12F10 62 120 180
Rombicoisidodecaedro 30F4 20F3 12F5 62 60 120
Tabela 1 – Dados característicos e numéricos dos Arquimedianos
Na Tabela 2 abaixo, vemos o tipo de simetrias encontradas em cada um deles (estas simetrias são
oriundas de seus poliedros platônicos geradores):
1
Observação: Ar – simetria a partir de aresta; F3 – a partir de face triangular; F4 – a partir de face quadrada; F5 – a partir
de face pentagonal; F6 – a partir de face hexagonal; F8 – a partir de face octogonal; F10 – a partir de face decagonal; Vert.
– a partir de vértice.
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QUADRO RESUMO DOS SEMI-REGULARES
01 Tetraetroncoedro
Equiangulares ou 06 Cubotroncoedros
Arquimedianos 06 Dodecaicositroncoedros
Prismas Arquimedianos
Poliedros Antiprismas Arquimedianos
Semi-Regulares
01 Tetratroncoedro
Equifaciais ou 06 Cuboctatroncoedros
Não Arquimedianos 06 Dodecaicositroncoedros
Pirâmides Duplas
Trapezoedros
Simetrias
Os poliedros arquimedianos apresentarão as mesmas simetrias de seus poliedros geradores.
1. Troncotetraedro
12
2. Cuboctaedro
13
3. Cubo truncado
14
4. Octaedrotruncado
15
5. Rombicuboctaedro
16
6. Cuboctaedro rombitruncado
17
7. Cuboctaedro snub
18
8. Icosidodecaedro
19
9. Dodecaedrotruncado
20
10. Icosaedro truncado
21
11. Rombicosidodecaedro
22
12. Icosidodecaedro rombitruncado
23
13. Icosidodecaedro snub
24
POLIEDROS REGULARES ESTRELADOS
O poliedro estrelado é aquele em que os planos das faces secionam o poliedro. Em alguns casos dos
poliedros estrelados, as faces são polígonos estrelados. Isso, entretanto, não é condição essencial. Os
poliedros regulares estrelados estão inscritos em poliedros regulares convexos.
Quando o poliedro circunscrito é regular, o poliedro estrelado inscrito também é regular, pois é
evidente que o poliedro inscrito tem, também, todas as arestas iguais entre si e seus ângulos sólidos
são todos iguais, porque ou são formados pelas próprias arestas do poliedro convexo ou por suas
diagonais.
Desse modo, conclui-se que só existem quatro tipos de poliedros regulares estrelados, como se passa
a demonstrar.
Procura-se verificar quais são os poliedros estrelados inscritos nos poliedros convexos regulares,
considerando-se indispensável o seguinte:
que a união de cada dois vértices considerados em um poliedro convexo regular dê margem à
formação de polígonos regulares os quais são as possíveis faces dos poliedros estrelados;
que pelo menos, pelo menos, cada três polígonos obtidos da forma anteriormente referida
forme um ângulo sólido com o vértice comum do poliedro convexo.
Segundo Rangel (s/d), aplicando-se as condições citadas, anteriormente, nos poliedros regulares
convexos, tem-se:
Tetraedro. Não se consegue poliedro estrelado, visto que a união de cada dois de seus vértices dá
sempre margem à formação de suas próprias faces, não havendo possibilidade de formação de
qualquer outro polígono.
Cubo (ou Hexaedro). Não se consegue poliedro estrelado. A união de cada dois de seus vértices dá
margem à separação dos seguintes grupos de segmentos:
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formado pelo diâmetro do cubo; nesse caso, não formam polígonos;
formado pelas arestas; nesse caso, as arestas só dão margem à formação das próprias faces;
formação pelas diagonais das faces; nesse caso, não formam-se oito triângulos equiláteros.
Esses triângulos formam dois tetraedros, tendo um octaedro para núcleo.
Tem-se, portanto, nesse caso, um bloco poliédrico.
Octaedro. Não se consegue poliedro estrelado. A união de cada dois de seus vértices dá margem à
separação dos seguintes grupos de segmentos:
formado pelos diâmetros do octaedro; nesse caso, não dão margem à formação de polígonos;
formado pelas arestas; nesse caso, ou só dão margem à formação das próprias faces ou
formam quadrados que não se unem em ângulos sólidos;
formado por arestas e diagonais. São triângulos que não se unem em ângulo sólido.
Dodecaedro. Pode-se obter um poliedro estrelado. A união de cada dois de seus vértices dá margem
à separação dos seguintes grupos:
formado pelos diâmetros do dodecaedro; nesse caso, não dão margem à formação de
polígonos;
formado pelas arestas; nesse caso, as arestas só dão margem à formação das próprias faces;
formado pelas diagonais das faces, dando os seguintes subgrupos:
1. formação de três quadrados que se ajustam, dando 5 cubos inscritos. Tem-se,
portanto, nesse caso, um bloco poliédrico;
2. formação de 12 pentágonos regulares convexos que, por não se ajustarem em ângulos
sólidos, não dão poliedros estrelados;
formado pelas diagonais do dodecaedro que unem cada vértice aos extremos das diagonais
das faces do vértice oposto; tem-se a formação de dez tetraedros inscritos. Tem-se, portanto,
nesse caso, um bloco poliédrico;
formado pelas diagonais do dodecaedro que unem cada vértice aos extremos das arestas do
vértice oposto. Esses segmentos, além de formarem pentágonos estrelados, ajustam-se 3 a 3
em ângulos sólidos, formando um poliedro regular estrelado que é o dodecaedro de 20
vértices com faces pentagonais estreladas. Possui núcleo icosaedral.
Icosaedro. Podem-se obter três poliedros estrelados. A união de cada dois de seus vértices dá
margem à separação dos seguintes grupos de segmentos:
formado pelos diâmetros do icosaedro; nesse caso, não dão margem à formação de poliedros;
formado pelas arestas. As arestas dão margem à formação de pentágonos regulares convexos
que se ajustem 5 a 5 em ângulos sólidos, formando um poliedro regular estrelado, que é o
dodecaedro de 2 vértices com faces pentagonais convexas ;
formado pelas diagonais dos pentágonos convexos limitados pelas arestas do poliedro. Essas
diagonais dos pentágonos determinam pentágonos regulares estrelados que se ajustem 5 a 5
em ângulos sólidos, formando um poliedro regular estrelado, que é o dodecaedro de 12
vértices com faces pentagonais estreladas. Possui núcleo dodecaedral.
formado pelas diagonais que unem alternadamente cada vértice aos contíguos opostos,
formando triângulos equiláteros. Esses triângulos se ajustam 5 a 5 em ângulos sólidos,
formando um poliedro regular estrelado, que é o icosaedro estrelado. Tem 12 vértices.
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Fica assim demonstrado que só existem quatro tipos de poliedros regulares estrelados, sendo três
dodecaedros e em icosaedro. Tem-se, então:
27
PRISMA
Tronco de prisma - é a porção do prisma secionada por um plano oblíquo à base e que corta todas as
arestas laterais.
PIRÂMIDE
É um poliedro que tem por base um polígono qualquer, e por faces laterais triângulos que têm um
ponto em comum. Este ponto é o vértice da pirâmide.
28
SUPERFÍCIES CURVAS
Superfície curva é a figura descrita por uma linha geratriz que se desloca, mudando muitas vezes de
posição e, ao mesmo tempo, de forma e de grandeza, segundo uma lei determinada e contínua.
Lei de geração - é a determinação do movimento de cada forma linear sem nada deixar de arbitrário,
quanto à posição e grandeza da geratriz, pela exigência de condições espaciais ou peculiares à
superfície descrita.
Diretrizes são linhas ou superfícies fixas que determinam, em relação à geratriz, em cada posição, as
condições peculiares da lei de geração de uma superfície.
Classificar as superfícies é agrupá-las pelas propriedades semelhantes e separá-las pelas que têm
maior dissimelhança.
Já é bastante antiga a discussão sobre a classificação das mesmas. Segundo Rodrigues (1968) os
primeiros estudiosos as classificaram segundo suas equações. Esta classificação, no entanto, tem
seus defeitos porque superfícies de geratrizes retas e curvas estão em um mesmo grupo. Vale
salientar que por mais perfeita que ela seja, sob o ponto de vista lógico, não devemos, entretanto,
esquecer que não raramente uma mesma superfície pode ser classificada em grupos diferentes
(Monteiro, apud FIC, 1960).
Já Monge passa a classificar as superfícies pela natureza de suas geratrizes e lei de geração.
Outros trabalhos mais recentes como o de Costa et al (1994) mostra uma outra visão de
agrupamento, que se dá através da(s) malha(s) das superfícies.
29
QUADRO RESUMO
S Hiperbolóide Escaleno
U de uma folha
P Classe das Parabolóide Hiperbólico
E Retilíneas Grupo das Cilindróide
R Retilíneas Conóide
F Reversas Helicóide Axial Plano Diretor
Í Cone Diretor
C
I Cone de Revolução
E Cilindro de Revolução
S Esfera
Sup. Circulares de Elipsóide Alongado
Grupo das Revolução Achatado
Circulares Hiperbolóide de 1 e 2
G em Geral folhas
E Parabolóide de
O Revolução
M
É Classe das Sup. Circulares de Toro Circular
T Curvas Circunvolução Serpentina
R Propriamente
I Ditas Cone de 2a Ordem
C Cilindro de 2a Ordem
A Sub-Grupo de Parabolóide Elíptico
S 1a Espécie Elipsóide Escaleno
Hiperb. Elíptico de 1 e 2
Quádricas em folhas
Geral
Sub-Grupo de Toro Elíptico,
2a Espécie Hiperbólico e Parabólico
Superfície Topográfica
Classe de superfícies geradas por uma reta - dentro desta classe, também dita classe das
superfícies retilíneas, estabeleceu-se duas grandes divisões.
30
a) Grupo das Superfícies Retilíneas Desenvolvíveis - a superfície pode ser estendida sobre
um plano sem contração de nenhuma de suas partes. Três casos caracterizam as famílias das
superfícies cônicas em geral, cilíndricas em geral e as de aresta de reversão propriamente ditas, das
quais o Helicóide Desenvolvível é a melhor expressão.
Superfície Cônica em Geral vem a ser a superfície gerada por uma reta, da qual duas
posições infinitamente próximas da geratriz estão situadas no mesmo plano e cortam-se num
ponto que é o vértice da superfície.
Superfície Cilíndrica em Geral é a superfície gerada por uma reta, da qual duas posições
infinitamente próximas estão no mesmo plano e são paralelas.
Helicóide Desenvolvível é a superfície gerada por uma reta, da qual duas posições
infinitamente próximas estão no mesmo plano e são tangentes à hélice cilíndrica normal.
b) Grupo das Retilíneas Reversas - a segunda das grandes divisões das superfícies
retilíneas é chamada Grupo das superfícies reversas ou enviesadas por não serem planificáveis.
Estão agrupadas segundo a natureza das diretrizes.
Teoremas de Monge:
1o TEOREMA - a superfície será reversa se uma das diretrizes for retilínea.
2o TEOREMA - a superfície que admite um plano diretor é reversa
Baseados nos teoremas apresentado, temos seis subgrupos ou famílias abrangendo os mais
importantes tipos de superfícies retilíneas reversas:
3 diretrizes retas não coplanares
2 diretrizes retas e 1 plano diretor
2 diretrizes curvas e um plano diretor
1 diretriz reta, 1 curva e 1 plano diretor
1 hélice cilíndrica, 1 reta e 1 plano diretor.
1 hélice cilíndrica, 1 reta e 1 cone diretor.
Classe das Superfícies Geradas por uma Curva - são geradas por uma curva e constituem a outra
grande classe. De acordo com a natureza da curva geratriz têm-se divisões e grupos análogos em
extensão aos das superfícies retilíneas.
Esta classe apresenta-se dividida em dois grupos caracterizados pela natureza (forma) da geratriz
que são
Circulares em Geral
Quádricas em Geral
a) Grupo das Circulares em Geral - são as superfícies descritas por uma circunferência.
Este grupo está subdividido em dois subgrupos ou famílias de acordo com o movimento de geração
dessas superfícies - o centro da geratriz pode descrever uma reta ou uma curva - pelos
deslocamentos e a variação ou não do raio da curva.
31
1) Família das Circulares de Revolução - quando o centro da circunferência descreve uma
reta perpendicular ao seu plano.
Cone de Revolução
Cilindro de Revolução
Esfera
Elipsóide de Revolução alongado e achatado
Hiperbolóide de Revolução de 01 e 02 folhas
Parabolóide de Revolução
b) Grupo das Quádricas em Geral - são as superfícies descritas por uma cônica.
32
GRUPO DAS RETILÍNEAS DESENVOLVÍVEIS
Representação
Representar a superfície cônica é definir o seu
contorno aparente nas projeções ortogonais,
estabelecendo linhas visíveis e invisíveis.
Plano Tangente
É o plano definido por uma de suas geratrizes e
a tangente à curva no ponto de interseção entre
a geratriz e a curva.
Seção Plana
É obtida através de pontos de interseção das
geratrizes com o plano de seção.
Figura 49 - Cone
V2
Contorno Aparente
b2
c2
LT
a1
d1
c1
Figura 12 – Vistas
Ortográficas do Cone
b1
V1
33
O contorno aparente da superfície cônica será diferenciado para cada vista ortogonal em função do
plano projetante tangente à mesma para cada plano de projeção. Na figura 11, na vista em 1 as
geratrizes que limitam a superfície são a1 e b1 (tangentes à base e traçadas a partir do vértice - V1).
Verifique que as mesmas geratrizes (a e b) em 2 ocupam uma posição qualquer. Na vista em 2, as
geratrizes limites são c2 e d2, traçadas da base ao vértice (V2). Note-se que as geratrizes limites
também definem a visibilidade da superfície nas vistas ortogonais.
Pertinência
Para pertencer à superfície o ponto deverá pertencer a uma geratriz (curva ou reta) da mesma.
Representação
Representar a superfície cilíndrica é definir o
seu contorno aparente nas projeções ortogonais,
estabelecendo linhas visíveis e invisíveis.
Plano Tangente
É o plano definido por uma de suas geratrizes e
a tangente à curva no ponto de interseção entre
a geratriz e a curva.
Seção Plana
É obtida através de pontos de interseção das
geratrizes com o plano de seção.
Figura 50 - Cilindro
Contorno Aparente
Igualmente à superfície cônica, a superfície cilíndrica terá o seu contorno aparente diferenciado para
cada vista ortogonal em função do plano projetante tangente à mesma para cada plano de projeção.
Na Figura 51, na vista em 1 as geratrizes que limitam a superfície são a1 e b1 (tangentes à base e
traçadas paralelas à direção do eixo projetado em 1). Verifique que as mesmas geratrizes (a e b) em
2 ocupam uma posição qualquer. Na vista em 2, as geratrizes limites são c2 e d2, traçadas da base
paralelas ao eixo em 2.
34
c2 b2
d2
a2
LT
b1
d1
c1
a1
Note-se que as geratrizes limites também definem a visibilidade da superfície nas vistas ortogonais.
Pertinência
Para pertencer à superfície o ponto deverá pertencer a uma geratriz (curva ou reta) da mesma.
35
Helicóide Desenvolvível
É a superfície gerada pelas tangentes a uma mesma hélice cilíndrica. A hélice é uma curva de dupla
curvatura, porque os seus pontos não estão sobre um mesmo plano.
36
GRUPO DAS RETILÍNEAS REVERSAS
É a superfície gerada por uma reta, da qual duas posições infinitamente próximas da geratriz não
estão no mesmo plano, obrigada a apoiar-se, constantemente, em três diretrizes retilíneas, não
coplanares entre si.
Representação
Determina-se uma geratriz dessa superfície
quando se traça uma reta que se apóia em três
retas dadas.
O Hiperbolóide escaleno, também, pode ser
gerado pelo movimento elíptico de uma reta
em torno de outra não coplanar. Equivale a
darmos como diretrizes 3 elipses homotéticas
estando os centros em uma reta perpendicular
aos planos das mesmas. As geratrizes são retas
que se apóiam nas 3 elipses (Figura 54).
2 6
Figura 54 – Hiperbolóide
Escaleno 3 4 5
É a superfície reversa gerada por uma reta, obrigada a apoiar-se em duas geratrizes retilíneas não
coplanares, conservando-se no seu movimento sempre paralela a um plano diretor. O parabolóide
Hiperbólico admite 2 sistemas de geratrizes. Uma geratriz de um sistema encontra todas as
geratrizes do sistema diferente e, por consequência, duas geratrizes quaisquer de um mesmo sistema
não se encontram nunca.
Seção Plana - é determinada por pontos, encontro das geratrizes com o plano secante. O resultado da
seção pode ser uma hipérbole, uma parábola ou uma reta.
37
Representação
Para obter-se uma geratriz basta determinar a interseção de duas diretrizes com o plano paralelo ao
plano diretor (Figura 55). Estes dois pontos determinam uma reta geratriz. Para representar o
parabolóide hiperbólico as retas geratrizes deverão ser traçadas apoiadas nas retas diretrizes (AB e
CD). Para conseguir as geratrizes as diretrizes devem se divididas em partes iguais. A cada ponto de
AB corresponderão pontos respectivos em CD.
Aplicações - folhas de superfície elástica para cobertura de áreas, cascas de concreto armado.
38
Figura 57 - Coberta de Estação de Ônibus - Salvador/BA
Figura 58 - Cobertura de
Concessionária - Recife/PE
Representação
Constroem-se as posições da geratriz cortando estas curvas por um plano paralelo ao plano diretor.
A interseção do plano com as curvas determina os pontos de uma ou mais geratrizes dessa
superfície.
Plano tangente à superfície - é determinado pela geratriz que contém o ponto e a tangente à curva no
encontro da geratriz com a mesma.
Seção plana - é determinada por pontos - encontro das geratrizes com o plano secante.
39
Conóide - 1 diretriz curva, 1 reta e 1 plano diretor
Representação
Constroem-se as geratrizes desta superfície, cortando as duas diretrizes por uma plano paralelo ao
plano diretor. Da interseção das diretrizes com os planos resultam posições das geratrizes.
Plano tangente à superfície - - é determinado pela geratriz que contém o ponto e a tangente à curva
no encontro da geratriz com a mesma.
Seção plana - é determinada por pontos, encontro das geratrizes com o plano secante.
40
Helicóide Axial de Plano diretor - 1 hélice cilíndrica e um plano diretor.
É a superfície descrita por uma reta, que se apóia numa diretriz reta, eixo do cilindro núcleo de uma
hélice e na própria hélice cilíndrica, conservando-se em seu movimento sempre paralela a um plano
diretor.
Representação
As geratrizes são determinadas por interseção
entre o eixo e a hélice com planos paralelos ao
plano diretor. Os pontos de interseção
representam duas posições dessas geratrizes.
41
Figura 63 – Helicóides para aplicação industrial
Representação e Pertinência
Constroem-se as geratrizes desta superfície, apoiando-se estas, nas duas diretrizes, eixo do cilindro e
hélice cilíndrica, mantendo-se paralela ao plano diretor. Qualquer ponto que pertença à superfície
deverá pertencer a uma geratriz da mesma.
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Helicóide Axial de Cone Diretor - 01 hélice cilíndrica, 01 reta e 01 cone diretor
É a superfície descrita por uma reta, que se apoia numa diretriz reta, eixo de cilindro núcleo da
hélice, conservando-se em seu movimento paralela às geratrizes de um cone diretor.
43
SUPERFÍCIES CIRCULARES DE REVOLUÇÃO
As Circulares de revolução admitem dois sistemas de geratrizes ortogonais entre si: os paralelos e os
meridianos. Os planos que cortam essas superfícies perpendicularmente ao eixo das mesmas
determinam os paralelos; e os planos que as cortam contendo o eixo dessas, determinam os
meridianos. Ainda podemos ter o paralelo máximo denominado equador e o paralelo mínimo
denominado gola. Estas superfícies admitem também o chamado cone das tangentes e o cone das
normais.
Figura 69 – Objeto gerado por superfície de revolução e sua perspectiva com paralelos e meridianos
44
Cone de Revolução
É a superfície gerada pelo deslocamento de uma circunferência, cujo centro descreve uma reta
perpendicular ao plano do círculo, variando o raio da circunferência geratriz de maneira que a
distância do centro do cone esteja para o, cumprimento do raio numa relação constante; neste
exemplo a geratriz conserva a sua forma primitiva, mas varia a grandeza.
Figura 70 - Funil de
utilidade doméstica
Representação e pertinência
Contorno Aparente
Pertinência
Para pertencer à superfície o ponto deverá
pertencer a uma geratriz (curva ou reta) da
mesma (Figura 71).
45
Cilindro de Revolução
Plano Tangente
Contém a geratriz reta no ponto de tangência e a tangente à
curva no mesmo ponto.
Seção Plana
É o lugar dos pontos onde as geratrizes interceptam o plano de
seção. Pode ser uma circunferência, uma elipse ou duas retas
conforme a posição do plano de seção em relação ao eixo do
cilindro.
Contorno Aparente
Pertinência
Para pertencer à superfície o ponto deverá
pertencer a uma geratriz (curva ou reta) da
mesma (Figura 73).
46
Esfera
Plano tangente
É tangente em um único ponto de contato com a
superfície. Contém a tangente ao paralelo e a
tangente ao meridiano que se interceptam no ponto
de tangência.
Seção Plana
m2
É o lugar dos pontos onde as geratrizes
p2
interceptam o plano de seção. Toda e
qualquer seção plana na esfera resulta em uma
circunferência, pois os pontos mantêm a
propriedade de serem eqüidistantes do centro
da esfera e definem a base de um cone reto,
ou seja, uma circunferência.
E2
Teorema - sempre que um plano corta a
superfície de uma esfera tem como resultado
da interseção uma circunferência.
LT
Representação – a esfera será representada em
suas vistas ortogonais pelo seu paralelo na
vista em 1 e por um de seus meridianos em P’
1
75).
Figura 75 – Pertinência de Pontos
47
Elipsóide de Revolução
É a superfície descrita pelo movimento circular de uma elipse em torno do eixo maior - elipsóide
alongado - ou em trono do eixo menor - elipsóide achatado. Seus paralelos são circunferências e
seus meridianos são elipses.
Plano tangente
É tangente em um único ponto de contato com a
superfície. Contém a tangente ao paralelo e a
tangente ao meridiano que se interceptam no
ponto de tangência.
Seção Plana
É o lugar dos pontos onde as geratrizes
interceptam o plano de seção
Representação e pertinência
Para que um ponto pertença a uma superfície, ele deverá pertencer a uma de suas geratrizes. A
seguir vemos como verificar se um ponto pertence a uma superfície.
48
Se, ao contrário da situação anterior, o
ponto estivesse dado por sua vista
superior (Figura 78), poderíamos
começar traçando a circunferência com o
centro no eixo da superfície e raio igual a
distância até o ponto (P1).
Esse raciocínio vale para todas as superfícies de revolução, pois todas elas têm os paralelos em
verdadeira grandeza (circunferência) na vista superior quando o eixo de revolução é perpendicular a
л1 .
Parabolóide de Revolução
É a superfície gerada pelo movimento de uma parábola em torno do eixo dessa curva. Seus paralelos
são circunferências e seus meridianos são parábolas.
Plano tangente
É tangente em um único ponto de contato com a superfície. Contém a tangente ao paralelo e a
tangente ao meridiano que se interceptam no ponto de tangência.
Seção Plana
É o lugar dos pontos onde as geratrizes
interceptam o plano de seção. Será uma
elipse quando o plano de seção for
oblíquo ao eixo, uma parábola quando
for paralelo ao eixo e uma
circunferência quando for perpendicular
ao eixo.
49
Representação e pertinência
Tal como nas superfícies anteriores, o contorno será definido pela geratriz limite, segundo a vista
realizada (na Figura 80: frente – parábola; superior – circunferência). Para que um ponto pertença à
superfície do parabolóide de revolução, ele deve pertencer a uma de suas geratrizes.
Hiperbolóide de Revolução
É a superfície gerada pelo movimento de uma hipérbole em torno de um de seus eixos. Há, portanto,
dois casos de hiperbolóide de revolução: de uma folha - quando o giro é feito em torno do eixo não
transverso - e de duas folhas - quando o giro é feito em torno do eixo transverso. Possui gola.
Plano tangente
É tangente em um único ponto de contato com a
superfície. Contém a tangente ao paralelo e a
tangente ao meridiano que se interceptam no
ponto de tangência. Embora contenha a geratriz
reta da superfície, tem um plano distinto para
cada ponto da mesma. É obtido determinando
as duas geratrizes de sistemas distintos no ponto
de contato.
Seção Plana
É o lugar dos pontos onde as geratrizes
interceptam o plano de seção. Pode ser uma
elipse, uma parábola, uma hipérbole ou uma
circunferência. Figura 81 - Apoio de Cadeira da década de 70
50
Representação e pertinência
Como para todas as superfícies de revolução, o contorno será definido pela geratriz limite, segundo
a vista realizada (na Figura 82: frente – hipérbole; superior – circunferências). Para que um ponto
pertença à superfície do hiperbolóide de revolução, ele deve pertencer a uma de suas geratrizes.
51
SUPERFÍCIES DE CIRCUNVOLUÇÃO
São superfícies geradas quando o centro da circunferência se desloca sobre uma curva.
Toro Circular
É a superfície gerada pela rotação de uma
circunferência em torno de uma reta de
seu plano que não passa pelo seu centro.
Essa superfície pode apresentar-se em
três situações:
Raio da circunferência < distância do
centro a reta - toro aberto
Representação e pertinência
Para representar o toro circular por suas vistas ortogonais (Figura 84) serão traçados o seu
paralelo maior (equador) e sua gola (paralelo menor) na vista em 1. Na vista em 2, dois dos
seus meridianos e os limites tangentes a estes o representarão. Os pontos pertencentes a essa
superfície devem pertencer a uma de suas geratrizes
52
Serpentina
Plano tangente
É tangente em um único ponto de contato com a superfície
podendo ser definido pelas tangentes à circunferência e a hélice
no ponto de contato (ou tangência).
Representação e pertinência
O contorno será definido pela geratriz limite, segundo a vista realizada (na Figura 86: frente –
hélices; superior – circunferências). Para que um ponto pertença à superfície da serpentina, ele deve
pertencer a uma de suas geratrizes.
53
BIBLIOGRAFIA
BACHMANN, Albert; FORBERG, Richard. Desenho Técnico. 4a Edição. Porto Alegre: Editora
Globo, 1979. Tradução Inácio Vicente Berlitz.
COSTA, Mário Duarte & outros. Classificação de Superfícies pela Composição de sua Malha. In:
Anais do 11o Simpósio Nacional de Geometria Descritiva e Desenho Técnico. Recife: Gráfica de
ETFPE, 1994.
COSTA, Mário Duarte & outros. Geometria Gráfica Tridimensional - Ponto, Reta e Plano.
Volume 2. Recife, Editora Universitária, 1987.
F.I.C. Elementos de Geometria Descritiva. 16a Edição. Rio de Janeiro: F. Briguiet & Cia, 1960.
Tradução e adaptação Eugenio B. Raja Gabaglia.
F.I.C. Elementos de Geometria. 15a Edição. Rio de Janeiro: F. Briguiet e CIA, 1957.
MELO, Sandra de Souza. A importância do Conhecimento das Formas Geométricas para o Design
Sustentável. In A Insustentável leveza do ter - Anais do 4º Simpósio Brasileiro de Design
Sustentável, Curitiba/BR – 2013, p. 1-11.
RANGEL, Alcyr Pinheiro. Projeções Cotadas - Desenho Projetivo. 4a Edição. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A, S/D.
SÁ, Ricardo. Edros. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, 1987.
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UFF. Uma Pletora de Poliedros. Disponível em: http://www.uff.br/cdme/pdp/pdp-html/pdp-
br.html.
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FICHA TÉCNICA
Texto - Sandra de Souza Melo
Doutora em Pedagogia
Profª. Adjunto 4 - Depto de Expressão Gráfica
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