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matemática

Módulo

15
POLIEDROS
matemática Módulo 15 Poliedros

Sólidos geométricos
Superfície poliédrica fechada e poliedros
Uma superfície poliédrica fechada é composta de um número finito (quatro
ou mais) de superfícies poligonais planas, de modo que cada lado de uma
dessas superfícies coincida com apenas um lado da outra.
Apenas a figura da esquerda representa uma superfície poliédrica fechada.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


Poliedro é o sólido geométrico formado pela reunião de uma superfície
poliédrica fechada com todos os pontos do espaço delimitados por ela.
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Elementos de um poliedro
• Face: superfície poligonal que compõe a superfície
do poliedro. face

• Aresta: lado comum a duas faces. aresta

ADILSON SECCO
• Vértice: ponto comum a três ou mais arestas.

Nomenclatura de um poliedro vértice

Um poliedro costuma ser nomeado de acordo com


seu número de faces.

Número 4 5 6 7 8 12 20
de faces

Nome do tetraedro pentaedro hexaedro heptaedro octaedro dodecaedro icosaedro


poliedro
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Poliedro convexo e poliedro não convexo


a
Um plano a divide o espaço em dois semiespaços de semiespaço
(II)
mesma origem a.
Se cada plano que contém uma face de um poliedro
posiciona as demais faces em um mesmo semiespaço,
o poliedro é convexo; caso contrário, é não convexo semiespaço
(I)
(ou côncavo).

Poliedros convexos Poliedros não convexos

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


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Relação de Euler
V1F2A52

Poliedro Número de Número de Número de V1F2A


vértices (V) faces (F) arestas (A)

8 6 12 2
ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO

6 6 10 2

6 5 9 2
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Poliedros de Platão
Um poliedro é chamado de poliedro de Platão se, e somente se:
• é convexo e, portanto, satisfaz a relação de Euler;
• todas as faces têm o mesmo número inteiro n de arestas;
• em todos os vértices concorre o mesmo número inteiro m de arestas.
Somente o poliedro da esquerda é um poliedro de Platão.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


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As cinco classes de
Classe Característica Exemplo
poliedros de Platão
4 faces triangulares;
Tetraedro em cada vértice
concorrem 3 arestas

6 faces
quadrangulares;
Hexaedro
em cada vértice
concorrem 3 arestas

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


8 faces triangulares;
Octaedro em cada vértice
concorrem 4 arestas

12 faces pentagonais;
Dodecaedro em cada vértice
concorrem 3 arestas

20 faces triangulares;
Icosaedro em cada vértice
concorrem 5 arestas
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Poliedros regulares
Poliedros regulares são os poliedros que têm todas as faces poligonais
regulares e congruentes entre si.

hexaedro
tetraedro regular (cubo) octaedro dodecaedro icosaedro
regular regular regular regular

Planificação da superfície de um poliedro

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


ou

ou
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Prismas
Definição de prisma
Chama-se prisma o poliedro formado por todos os segmentos de reta
paralelos a r tais que uma de suas extremidades é um ponto da região P e a
outra extremidade é um ponto no plano b.
r r

C’
P’
b b

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


A’ B’

C
P P
a a A B

Todos os prismas têm


pelo menos um par de faces
paralelas e congruentes e
pelo menos três faces em
forma de paralelogramo.
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Elementos de um prisma
• Bases: as regiões poligonais P e P’ que são congruentes e estão situadas em
planos paralelos (a e b, respectivamente).
• Faces laterais: as regiões poligonais AA’B’B, BB’C’C etc.
• Arestas das bases: os segmentos AB , BC , …, A’B’ , B’C’ etc.
• Arestas laterais: os segmentos AA’ , BB’ , CC’ etc.
• Altura do prisma: a distância h entre os planos das bases (a e b).

C’
P’
b
A’ B’

ADILSON SECCO
h

C
P
a A B
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Classificação dos prismas


Nos prismas retos, as arestas laterais são perpendiculares às bases, mas nos
obíquos não.

prisma reto prisma oblíquo

Se o polígono que determina as bases é um triângulo, o prisma é triangular;


se é um quadrilátero, o prisma é quadrangular; se é um pentágono, o prisma é
pentagonal; e assim por diante.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


prisma triangular prisma quadrangular prisma pentagonal
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Prisma regular
Um prisma é regular se, e somente se, é reto e suas bases são superfícies
poligonais regulares.

Esse prisma é regular, Esse prisma não é regular,


pois ele é reto, e suas pois suas bases não são
bases são quadradas. polígonos regulares.

Paralelepípedo
Os prismas quadrangulares que têm bases em forma de paralelogramo são
chamados de paralelepípedos. Esses prismas podem ser retos ou oblíquos.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


paralelepípedo oblíquo paralelepípedo cubo
reto-retângulo
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Medida da diagonal de um
paralelepípedo reto-retângulo
D’ C’
Diagonal de um paralelepípedo é todo segmento
cujas extremidades são vértices desse paralelepípedo A’
B’ c
que não pertencem a uma mesma face. d
D
A medida d da diagonal de um paralelepípedo reto- C
f b
-retângulo de dimensões a, b e c é: A a B

d = √a2 + b2 + c2
Observação:
Se o paralelepípedo retângulo é um cubo, d = a √3.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


a
d

a
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Planificação da superfície de um prisma


Planificando a superfície de um prisma,
podemos identificar muitas características,
como quantidade de faces, forma das

ADILSON SECCO
bases e quantidade de faces laterais
(que coincide com a quantidade de lados
da base). planificação

Área da superfície de um prisma


Dado um prisma qualquer, definimos:
• Área da base (Abase) – área de uma das faces que é base.
• Área lateral (Alateral) – soma das áreas das faces laterais.
• Área total (Atotal) – soma da área lateral com as áreas das duas bases.
Atotal = Alateral 1 2 8 Abase
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Volume de um prisma
O volume de um prisma corresponde a um único número real V positivo
obtido pela comparação da porção do espaço ocupado pelo prisma com a
porção do espaço ocupado por uma unidade de volume.

Volume de um paralelepípedo reto-retângulo


Vparalelepípedo = a 8 b 8 c

O volume do paralelepípedo também pode c


ser expresso por: b
a

V = área da base 3 altura


a

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


Vcubo = a3
a
a
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Secção transversal de um prisma


Secção transversal de um prisma é a secção plana paralela à base do prisma.
Qualquer secção transversal de um prisma é congruente à base desse prisma.

ADILSON SECCO
B1 B2 B3
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Princípio de Cavalieri
Dois sólidos, S1 e S2, apoiados em um plano a e contidos em um mesmo
semiespaço, terão o mesmo volume V se todo plano b, paralelo a a,
que secciona os dois sólidos, o faz de modo que as secções sejam regiões
planas da mesma área (A).
sólido S1 sólido S2

ADILSON SECCO
A1 A2
b

a
A1 5 A2

Volume de um prisma qualquer


Vprisma = área da base 3 altura
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Pirâmides
Definição de pirâmide
Chama-se pirâmide o poliedro convexo formado por todos os segmentos de
reta cujas extremidades são o ponto V e um ponto da região S.
V V

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


h

S N S
C
a a A B
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Elementos de uma pirâmide


• Base: a região poligonal S.
V
• Vértice da pirâmide: o ponto V.
• Faces laterais: as superfícies triangulares
AVB, BVC, ..., NVA. h

ADILSON SECCO
• Arestas da base: os segmentos
AB , BC , …, NA . N S
C

• Arestas laterais: os segmentos a A B

VA , VB , VC , …, VN .
• Altura da pirâmide: a distância h entre o
vértice V e o plano a.
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Classificação das pirâmides


As pirâmides podem ser classificadas de acordo com o número de arestas da
base. Se a base tiver 3 arestas, a pirâmide será triangular; se tiver 4 arestas, a
pirâmide será quadrangular; se tiver 5 arestas, a pirâmide será pentagonal, e
assim por diante.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


pirâmide triangular pirâmide quadrangular pirâmide pentagonal
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Planificação da superfície de uma pirâmide


As pirâmides também podem ser representadas por meio da planificação de
sua superfície.

ADILSON SECCO
ou
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Pirâmide regular
V
Uma pirâmide cuja base é uma superfície poligonal
regular e cuja projeção ortogonal P do vértice sobre
o plano da base coincide com o centro O do polígono
da base é chamada de pirâmide regular.
PmO

Elementos das pirâmides regulares


• Apótema de uma pirâmide regular: a
altura relativa à base de qualquer face V

lateral; seu comprimento é indicado por g. g (medida do apótema


• Apótema da base: o segmento que da pirâmide)

determina o raio da circunferência r (medida do


h

raio da base)
inscrita no polígono da base; seu

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


O
M
comprimento é indicado por m. m (medida do
• Raio da base: o raio da circunferência apótema da base)

circunscrita ao polígono da base; seu


comprimento é indicado por r.
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Algumas relações métricas


Em uma pirâmide regular de altura h, aresta da base medindo c e arestas
laterais medindo a, podemos observar as seguintes relações métricas:
• a2 = h2 1 r 2
2 2 2 V
• g = h 1 m
2
2 2 ∙
• r = m 1 2

ADILSON SECCO
a
g h
2
• a2 = g2 1 ∙ D
2 E
F m O
c C
— M r c
2 A B
c

2
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Relação entre
as medidas da Base Figura Relação
aresta da base e as A

medidas do apótema
Triângulo r

da base de algumas
c c
∙√3
m = r ou m =
O
equilátero r r

pirâmides regulares B
m

M C
2 6

c c
r

Quadrado D
r O r
B r√2 ∙
m m= ou m =
M
r
c 2 2
C

E D

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


c

c c

Hexágono F
O
C
r√3
regular r r
c m= ou m = ∙√3
2
c
2
m

A B
M
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Área da superfície de uma pirâmide


Considerando uma pirâmide qualquer, definimos:
• Área da base (Abase) – área da superfície que constitui a base.
• Área lateral (Alateral) – soma das áreas das faces laterais (superfícies
triangulares).
• Área total (Atotal) – soma da área lateral com as áreas da base.
Atotal = Alateral 1 Abase
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Volume de uma pirâmide


Propriedades das pirâmides
• 1a propriedade: A razão entre a área S’ de uma secção transversal de uma
pirâmide feita a uma altura h’ em relação ao vértice e a área S da base dessa
pirâmide de altura h é:
2
S’ h’
5
S h
• 2a propriedade: Se duas pirâmides têm mesma altura e mesma área de base,
então elas têm o mesmo volume.

Volume de uma pirâmide de base triangular


área da base × altura
Vpirâmide triangular = h’
3

ADILSON SECCO
h
Volume de uma pirâmide qualquer S’

Vpirâmide = 1 3 área da base 3 altura S


3
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Tronco de pirâmide de bases paralelas


Definição de tronco de pirâmide V
de bases paralelas h E’
F’
A’ D’
Um tronco de pirâmide de bases paralelas H
b
B’ C’
é a parte da base maior de uma pirâmide ht F E
seccionada por um plano paralelo ao plano da
base da pirâmide. A D

a B C

Elementos de um tronco de pirâmide


• Base maior: superfície poligonal ABCDEF. F’ E’
D’
A’
• Base menor: superfície poligonal A’B’C’D’E’F’.

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


B’ C’

• Faces laterais: superfícies trapezoidais AA’B’B, ht


F E
BB’C’C etc.
A D
• Altura do tronco (h): distância entre a base
maior e a base menor (ht = H 2 h). B C
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Tronco de pirâmide regular


No tronco de uma pirâmide regular, as bases são superfícies
poligonais regulares e semelhantes, as faces laterais são p
superfícies trapezoidais isósceles e congruentes, e a altura de
uma face lateral é o apótema do tronco (de medida p).

Área da superfície de um tronco de pirâmide


Alateral: soma das áreas dos trapézios V

A’ABB’, B’BCC’, C’CDD’, D’DEE’, E’EFF’ h F’ E’


e F’FAA’. A’ D’
H B’ C’
Ab: área do polígono ABCDEF. b
ht F E
AB: área do polígono A’B’C’D’E’F’.
Atotal = Alateral 1 Ab 1 AB A D

ILUSTRAÇÕES: ADILSON SECCO


a B C
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Volume de um tronco de pirâmide


Vtronco = V VABCDE 2 V VA’B’C’D’E’

h
A’ D’

ADILSON SECCO
E’
c H
B’ C’
ht
E D
A
L
B C

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