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Ainda podem ser adicionados a uma guia símbolos dos Orixás como
espada (Ogum), raio (Iansã), machado de dois fumes (Xangô) e até
mesmo chupetas para erês. Enfim, elementos de representação de
ordem geral de acordo com o solicitado pela entidade, para
identificação do Orixá, ou ainda o gosto pessoal do filho de fé.
São dedicadas a uma entidade ou Orixá, o qual deverá receber seu fio
de contas com a cor ou o material característico, que mais se afinize
com sua energia. As guias dedicadas a Ogum poderão ser na cor
vermelha enquanto para Nanã poderão ser na cor lilás. Oxóssi poderá
receber uma guia feita com sementes silvestres enquanto os baianos
preferem as feitas com coquinhos.
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Poderão ter uma ou diversas cores conforme o caso. Sendo a guia de
sete linhas o exemplo mais clássico desse uso das cores, pois contém
as cores das sete linhas de Umbanda.
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pessoa que passa por injustiça poderá receber uma guia de Xangô
confeccionada e cruzada para atrair justiça, e assim por diante,
conforme o caso.
Com relação a usar uma guia de proteção no dia a dia, acredito que
outros objetos poderão ser cruzados para a mesma finalidade como
correntes, pingentes, pulseiras, broches, perfumes, entre tantos
outros que desempenharão o mesmo papel da guia, mas sem chamar
a atenção.
Isso nada tem a ver com sentimento de vergonha, mas sim com
respeito às pessoas de outras religiões. Se um católico ou evangélico
enxergarem a guia, poderão desprender energias contrárias a você,
atrapalhando dessa forma a finalidade de portar a guia, que é a de
atrair boas energias para o usuário. Digo usuário, pois uma guia poderá
ser usada por qualquer pessoa, independente de ser umbandista ou
não. Qualquer pessoa, desde que carregue em seu coração o respeito
e a fé, poderá se beneficiar da energia das guias.
Na sua forma básica, uma guia é uma série de contas sustentadas por
um único fio. Mas existem guias mais elaboradas, confeccionadas com
3 ou 7 fios, mudando-se o nome do acessório, nesse caso, para brajá.
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Como confeccionar uma guia de proteção
Outra importante decisão é saber com que tipo de fio você montará
sua guia. Pode ser usado o fio de nylon, o cordonê e até fios finos de
cobre, sendo que o fio de nylon é o mais largamente utilizado.
Você deverá estar de preceito, poderá firmar uma vela para o seu anjo
da guarda e outra para o Orixá ao qual a guia será feita. Toma-se um
banho com as ervas daquele Orixá para melhorar a sua energia e
favorecer a imantação da guia durante a confecção.
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possua quantidade ímpar de elementos. Feito isso, vamos ao
fechamento.
Para fechar a guia, você poderá usar uma firma ou não, entretanto é
sempre importante colocar uma conta maior ou uma de cor diferente.
Algumas correntes da Umbanda afirmam que isto marca uma porta de
entrada e de saída de energia, sendo que é por esta porta que o Orixá
introduzirá sua energia e retirará as energias negativas.
Depois passe as duas pontas por dentro da firma ou por pelo menos
três contas, e ê mais três nós bem firmes. Confira estes últimos nós
duas vezes, estique a guia para laceá-la um pouco, até atingir a forma
original, quando o caso, e só então corte as pontas.
Nunca corte as pontas rentes aos nós pois eles poderão se soltar. Corte
com 5 centímetros e esconda essas sobras passando novamente por
dentro das contas.
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