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N-1644 REV. F 07 / 2015

Construção de Fundações e de Estruturas


de Concreto Armado

Procedimento

Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.


Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do
texto desta Norma. A Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma é a
responsável pela adoção e aplicação das suas seções, subseções e
enumerações.

Requisito Técnico: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que


deve ser utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma
CONTEC eventual resolução de não segui-la (“não-conformidade” com esta Norma) deve
Comissão de Normalização ter fundamentos técnico-gerenciais e deve ser aprovada e registrada pela
Técnica Unidade da PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de
caráter impositivo.

Prática Recomendada: Prescrição que pode ser utilizada nas condições


previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade de
alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pela Unidade da
PETROBRAS usuária desta Norma. É caracterizada por verbos de caráter
não-impositivo. É indicada pela expressão: [Prática Recomendada].

Cópias dos registros das “não-conformidades” com esta Norma, que possam
contribuir para o seu aprimoramento, devem ser enviadas para a
SC - 04 CONTEC - Subcomissão Autora.

Construção Civil As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC -
Subcomissão Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, a
seção, subseção e enumeração a ser revisada, a proposta de redação e a
justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas durante os
trabalhos para alteração desta Norma.

“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO


S. A. - PETROBRAS, de aplicação interna na PETROBRAS e Subsidiárias,
devendo ser usada pelos seus fornecedores de bens e serviços,
conveniados ou similares conforme as condições estabelecidas em
Licitação, Contrato, Convênio ou similar.
A utilização desta Norma por outras empresas/entidades/órgãos
governamentais e pessoas físicas é de responsabilidade exclusiva dos
próprios usuários.”

Apresentação
As Normas Técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho
- GT (formados por Técnicos Colaboradores especialistas da Companhia e de suas Subsidiárias), são
comentadas pelas Unidades da Companhia e por suas Subsidiárias, são aprovadas pelas
Subcomissões Autoras - SC (formadas por técnicos de uma mesma especialidade, representando as
Unidades da Companhia e as Subsidiárias) e homologadas pelo Núcleo Executivo (formado pelos
representantes das Unidades da Companhia e das Subsidiárias). Uma Norma Técnica PETROBRAS
está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser reanalisada a
cada 5 anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As Normas Técnicas PETROBRAS são
elaboradas em conformidade com a Norma Técnica PETROBRAS N-1. Para informações completas
sobre as Normas Técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 22 páginas, Índice de Revisões e GT


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N-1644 REV. F 07 / 2015

Sumário
1 Escopo ................................................................................................................................................. 5

2 Referências Normativas ...................................................................................................................... 5

3 Termos e Definições............................................................................................................................ 6

4 Documentação .................................................................................................................................... 6

4.1 Procedimento de Execução de Serviços Topográficos ......................................................... 6

4.2 Procedimento de Execução de Escavações, Reaterros e Compactação ............................. 6

4.3 Procedimento de Execução de Armadura ............................................................................. 6

4.4 Procedimento de Execução de Formas e Cimbramentos ..................................................... 7

4.5 Procedimento de Instalação e Montagem de Insertos e Chumbadores ................................ 7

4.6 Procedimento de Controle Tecnológico de Concreto ............................................................ 7

4.7 Procedimento de Execução de Concretagem ....................................................................... 7

4.8 Procedimento de Execução de Grauteamento ...................................................................... 7

4.9 Procedimento de Fabricação e Montagem de Elementos Estruturais Pré-Moldados ........... 8

4.10 Procedimentos de Execução de Fundações Superficiais e Profundas ............................... 8

4.11 Procedimento de Execução de Provas de Carga em Estacas (Carregamentos Dinâmico e


Estático) ............................................................................................................................... 8

4.12 Procedimento de Teste de Integridade do Tipo PIT (“Pile Integrity Test”) .......................... 8

5 Condições Gerais ................................................................................................................................ 8

5.1 Recebimento, Manuseio, Armazenamento e Aplicação de Materiais do Concreto............... 8

5.1.1 Armadura ....................................................................................................................... 8

5.1.2 Forma, Cimbramento e Desforma ................................................................................. 9

5.1.3 Agregados ...................................................................................................................... 9

5.1.4 Cimento “Portland” ......................................................................................................... 9

5.1.5 Água ............................................................................................................................... 9

5.1.6 Aditivos ........................................................................................................................... 9

5.1.7 Controle Tecnológico de Concreto ................................................................................ 9

5.2 Serviços Topográficos ............................................................................................................ 9

5.2.1 Tolerâncias Topográficas para Estruturas de Concreto ................................................ 9

5.2.2 Tolerâncias Topográficas para Bases de Tanques ..................................................... 10

5.3 Escavações, Reaterro e Compactação ............................................................................... 10

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5.4 Lastro de Concreto ............................................................................................................... 12

5.5 Preparo, Transporte, Lançamento, Adensamento e Cura do Concreto .............................. 12

5.6 Grauteamento ...................................................................................................................... 13

6 Fundações Superficiais (Rasas ou Diretas) ...................................................................................... 14

7 Fundações Profundas ....................................................................................................................... 14

7.1 Locação ................................................................................................................................ 14

7.2 Tubulões............................................................................................................................... 15

7.3 Estacas Cravadas ................................................................................................................. 15

7.3.1 Condições Gerais......................................................................................................... 15

7.3.2 Estacas de Aço ............................................................................................................ 15

7.3.3 Estacas Pré-Moldadas de Concreto ............................................................................ 16

7.4 Estacas de Concreto Moldadas no Solo .............................................................................. 16

7.4.1 Condições Gerais......................................................................................................... 16

7.4.2 Estacas Tipo Raiz ........................................................................................................ 16

7.4.3 Estacas Tipo Hélice de Deslocamento e Hélice Contínua Monitorada ....................... 17

7.5 Outros Tipos de Estacas ...................................................................................................... 18

7.6 Testes de Verificação de Desempenho e Integridade de Fundações Profundas ............... 18

7.6.1 Prova de Carga Estática .............................................................................................. 18

7.6.2 Ensaio de Carregamento Dinâmico ............................................................................. 18

7.6.3 Teste de Integridade do Tipo PIT ................................................................................ 18

8 Estruturas em Concreto..................................................................................................................... 19

8.1 Pré-Moldadas ....................................................................................................................... 19

8.2 Concreto Aparente ............................................................................................................... 19

8.3 Insertos e Chumbadores ...................................................................................................... 20

8.4 Suporte de Concreto Armado para Tubulações .................................................................. 20

9 Segurança ......................................................................................................................................... 22

Figuras

Figura 1 - Escavação sem Escoramento .............................................................................................. 10

Figura 2 - Escavação com Escoramento ............................................................................................... 11

Figura 3 - Escavação em Patamares .................................................................................................... 11

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Figura 4 - Suporte de Concreto sobre Terreno Plano ........................................................................... 21

Figura 5 - Suporte de Concreto sobre Terreno com Desnível .............................................................. 21

Figura 6 - Dimensionamento ................................................................................................................. 22

Tabelas

Tabela 1 - Tolerâncias de elevação no Raio do Anel ........................................................................... 10

Tabela 2 - Testes de Verificação de Desempenho ............................................................................... 19

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1 Escopo

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis na construção de fundações e estruturas de concreto
armado.

1.2 Esta Norma não se aplica para unidades marítimas de perfuração e produção.

1.3 Esta Norma se aplica a serviços iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém Requisitos Técnicos e Práticas Recomendadas.

2 Referências Normativas

Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento. Para


referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-
se as edições mais recentes dos referidos documentos.

NR-18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção;

PETROBRAS N-47 - Levantamento Topográfico Georreferenciado;

PETROBRAS N-134 - Chumbadores para Concreto;

PETROBRAS N-1550 - Pintura de Estrutura Metálica;

ABNT NBR 6118 - Projeto de Estruturas de Concreto;

ABNT NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações;

ABNT NBR 6494 - Segurança nos Andaimes;

ABNT NBR 7211 - Agregados para Concreto - Especificação;

ABNT NBR 7212 - Execução de Concreto Dosado em Central - Procedimento;

ABNT NBR 7480 - Aço Destinado a Armaduras para Estruturas de Concreto Armado -
Especificação;

ABNT NBR 7481 - Tela de Aço Soldada - Armadura para Concreto;

ABNT NBR 7482 - Fios de Aço para Estruturas de Concreto Protendido – Especificação;

ABNT NBR 7483 - Cordoalha de Aço para Estruturas de Concreto Protendido –


Especificação;

ABNT NBR 7678 - Segurança na Execução de Obras e Serviços de Construção;

ABNT NBR 8681 - Ações e Segurança nas Estruturas - Procedimento;

ABNT NBR 9062 - Projeto e Execução de Estruturas de Concreto Pré-Moldado;

ABNT NBR 10908 - Aditivos para Argamassa e Concreto - Ensaios de Caracterização;

ABNT NBR 11768 - Aditivos Químicos para Concreto de Cimento Portland - Requisitos;

ABNT NBR 12131 - Estacas - Prova de Carga Estática - Método de Ensaio;

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ABNT NBR 12655 - Concreto de Cimento Portland - Preparo, Controle, Recebimento e


Aceitação - Procedimento;

ABNT NBR 13208 - Estacas - Ensaios de Carregamento Dinâmico;

ABNT NBR 14931 - Execução de Estruturas de Concreto - Procedimento;

ABNT NBR 15146-1 - Controle Tecnológico de Concreto - Qualificação de Pessoal -


Parte 1: Requisitos Gerais;

ABNT NBR 15523 - Qualificação e Certificação de Inspetor de Controle Dimensional;

ABNT NBR 15696 - Formas e Escoramentos para Estruturas de Concreto - Projeto,


Dimensionamento e Procedimentos Executivos;

ABNT NM 137 - Argamassa e Concreto - Água para Amassamento e Cura de Argamassa e


Concreto de Cimento Portland;

ASTM D 5882 - Standard Test Method for Low Strain Impact Integrity Testing of Deep
Foundations;

API STD 650 - Welded Tanks for Oil Storage.

3 Termos e Definições

Para os efeitos deste documento aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR 6118, NBR 6122,
NBR 9062 e NBR 14931.

4 Documentação

Devem ser emitidos procedimentos, contendo as sequências e abordagem descritos em 4.1 a 4.12.

4.1 Procedimento de Execução de Serviços Topográficos

Deve ser elaborado conforme a PETROBRAS N-47.

4.2 Procedimento de Execução de Escavações, Reaterros e Compactação

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) descrição dos equipamentos utilizados;
e) metodologia de execução dos serviços;
f) recomendações relativas a instalações e obras subterrâneas existentes;
g) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

4.3 Procedimento de Execução de Armadura

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) recebimento e armazenamento do material;
e) metodologia de execução dos serviços (corte, dobra e montagem);
e) tolerâncias;
f) controle tecnológico do aço;
g) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

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4.4 Procedimento de Execução de Formas e Cimbramentos

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) material das formas e do escoramento;
e) recebimento e armazenamento do material;
f) metodologia de montagem e desmontagem das formas;
g) metodologia de execução do cimbramento e descimbramento;
h) tolerâncias;
i) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

4.5 Procedimento de Instalação e Montagem de Insertos e Chumbadores

Deve ser elaborado conforme a PETROBRAS N-134.

4.6 Procedimento de Controle Tecnológico de Concreto

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) definição dos ensaios a serem realizados para agregados, cimento, água, aditivos,
concreto fresco e concreto endurecido;
e) definição da periodicidade dos ensaios;
f) definição da amostragem e tipo de controle da resistência do concreto;
g) metodologia de registro dos resultados;
h) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

4.7 Procedimento de Execução de Concretagem

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) traço do concreto e aplicação;
e) critérios de recebimento;
f) descrição dos equipamentos utilizados;
g) metodologia de execução dos serviços (preparo, transporte, lançamento, adensamento e
cura do concreto);
h) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

NOTA As concretagens especiais (grandes volumes de concreto, juntas especiais, concretagem


contínua, controle de temperatura, etc) devem ser precedidas de plano de concretagem
contendo: programa de lançamento e localização de juntas, croquis indicativos da
seqüência de lançamento, características do concreto (trabalhabilidade e traço).

4.8 Procedimento de Execução de Grauteamento

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) tipos de graute e aplicação;
e) procedimento de recebimento e armazenamento do material;
f) descrição dos equipamentos utilizados;
g) metodologia de execução dos serviços (tratamento da superfície, montagem de forma,
preparo, lançamento, cura e acabamento do graute);
h) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

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4.9 Procedimento de Fabricação e Montagem de Elementos Estruturais Pré-Moldados

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) metodologia de execução dos serviços (processo de fabricação, estocagem, transporte;
içamento e montagem);
e) controle tecnológico do concreto e do aço;
f) tolerâncias;
g) registros de controle de fabricação e liberação, de recebimento e relatório topográfico;
h) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

4.10 Procedimentos de Execução de Fundações Superficiais e Profundas

Deve ser elaborado conforme a ABNT NBR 6122.

4.11 Procedimento de Execução de Provas de Carga em Estacas (Carregamentos Dinâmico e


Estático)

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) tipo(s) e quantidade de provas de carga;
e) critério de escolha da estaca;
f) descrição dos equipamentos utilizados;
g) croqui de montagem da prova de carga;
h) metodologia de execução da prova de carga;
i) registro dos resultados;
j) critérios de interpretação e aceitação;
k) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

4.12 Procedimento de Teste de Integridade do Tipo PIT (“Pile Integrity Test”)

a) objetivo;
b) normas de referência;
c) termos e definições;
d) critério de amostragem;
e) descrição dos equipamentos utilizados;
f) metodologia de execução dos serviços;
g) registro dos resultados;
h) critérios de interpretação e aceitação;
i) requisitos de segurança, saúde ocupacional e meio ambiente.

5 Condições Gerais

5.1 Recebimento, Manuseio, Armazenamento e Aplicação de Materiais do Concreto

Devem ser atendidos os critérios das ABNT NBR 7212, NBR 12655 e NBR 14931, complementados
em 5.1.1 a 5.1.7

5.1.1 Armadura

Para utilização de armadura devem ser atendidos os critérios das ABNT NBR 7480, NBR 7481,
NBR 7482, NBR 7483 e NBR 14931.

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NOTA A certificação do aço deve ser emitida por instituições acreditadas pelo Sistema Brasileiro
de Certificação (SBC). Excepcionalmente, caso não sejam apresentados os certificados,
devem ser realizados os ensaios de controle tecnológico e atendidos os critérios das ABNT
NBR 7480, NBR 7481, NBR 7482 e NBR 7483 e identificados os lotes, garantindo a
rastreabilidade.

5.1.2 Forma, Cimbramento e Desforma

Para execuções das formas, cimbramentos e desformas devem atender aos critérios das ABNT
NBR 14931 e NBR 15696.

5.1.3 Agregados

Para utilização de agregados devem ser atendidos os critérios das ABNT NBR 7211, NBR 6118,
NBR 6122, NBR 14931 e NBR 12655.

5.1.4 Cimento “Portland”

Para a utilização de cimento Portland devem ser atendidos os critérios das ABNT NBR 12655 e
NBR 14931.

5.1.5 Água

Para utilização de água devem ser atendidos os critérios das ABNT NM 137 e NBR 12655.

5.1.6 Aditivos

Para utilização de aditivos devem ser atendidos os critérios das ABNT NBR 10908, NBR 11768 e
NBR 12655.

5.1.7 Controle Tecnológico de Concreto

5.1.7.1 Para execução de controle tecnológico do concreto ser atendidos os critérios da ABNT
NBR 12655.

5.1.7.2 A metodologia de registro dos resultados deve garantir a rastreabilidade entre os corpos de
prova e as estruturas amostradas.

5.1.7.3 Os serviços de controle tecnológico de concreto devem ser executados por profissionais
qualificados conforme os critérios da ABNT NBR 15146-1.

5.2 Serviços Topográficos

Os serviços topográficos devem atender aos critérios da PETROBRAS N-47 e serem realizados por
profissionais qualificados conforme a ABNT NBR 15523.

5.2.1 Tolerâncias Topográficas para Estruturas de Concreto

Devem ser atendidos os critérios das ABNT NBR 9062, NBR 14931 e NBR 15696.

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5.2.2 Tolerâncias Topográficas para Bases de Tanques

Considerando os critérios da API STD 650, devem ser adotadas as tolerâncias de elevação descritas
abaixo:

a) quando o tanque for construído sobre um anel de concreto, para qualquer arco de 9,0 m
a tolerância máxima acabada é de  3,0 mm. A tolerância máxima em qualquer ponto
do perímetro do anel é de  6 mm em relação à elevação de projeto;
b) quando o tanque for construído sobre uma laje de concreto, uma coroa circular de
0,30 m, medida radialmente a partir do lado externo para o lado interno (centro), deve
permanecer com as mesmas tolerâncias descritas na a). O restante deve ter diferença
máxima de  13 mm em relação à elevação de projeto;
c) quando não existir anel de concreto, a fundação sob o tanque deve ser nivelada dentro
de  3 mm em qualquer arco de 3 m da circunferência e entre  13 mm no total da
circunferência, medida a partir de uma elevação média;
d) o raio do anel ou da fundação medido na região do costado deve atender às tolerâncias
constantes na Tabela 1.

Tabela 1 - Tolerâncias de elevação no Raio do Anel

Diâmetro do tanque (m) Tolerância no raio (mm)


 12,0  13,0
12,0 a 45,0  19 ,0
45,0 a 75,0  25,0
> 75,0  32,0

5.3 Escavações, Reaterro e Compactação

5.3.1 Escavações até 1,25 m de profundidade podem ser executadas em paredes verticais, sem
medidas de proteção, desde que o terreno adjacente tenha inclinação menor ou igual 1:10, no caso
de solos não coesivos ou 1:2, no caso de solos coesivos.

5.3.2 Apenas para solos coesivos as escavações até 1,75 m de profundidade devem ser executadas
de acordo com a Figura 1 e 2.
45°

< 1,75 m
= 1,25 m

Figura 1 - Escavação sem Escoramento

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Escoras

= 1,75 m
= 1,25 m

Figura 2 - Escavação com Escoramento

5.3.3 Para escavações com profundidades até 5,00 m devem ser adotadas as seguintes inclinações
com relação a horizontal (β):

a) em solos não coesivos ou coesivos médios β≤45°;


b) em solos coesivos resistentes ≤60°;
c) em rocha β ≤80°.

5.3.4 Para profundidades acima de 5,0 m devem ser adotados patamares conforme a Figura 3.

= 1,00 m
= 5,00 m

= 1,50 m
ß

= 5,00 m

Figura 3 - Escavação em Patamares

5.3.5 Para abertura de cava junto à fundação existente, deve ser elaborado um procedimento de
execução para a escavação e um plano de escoramento específico para a fundação existente.

5.3.6 Dever ser apresentada memória de cálculo do escoramento, contendo os parâmetros do solo,
as cargas adotadas, o cálculo dos esforços para as situações previstas e o croqui executivo.

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5.3.7 No caso da utilização de estacas-prancha metálicas para estabilizar a escavação, inclusive


contra a ruptura de fundo, especial atenção deve ser dada à definição da profundidade (ficha)
necessária. Para tanto, nas proximidades da cortina devem existir sondagens suficientemente
próximas para permitir a definição com segurança do limite inferior da camada mole. Deve ser
garantida a eficiência do encaixe das estacas-prancha.

5.3.8 Para a utilização de estacas-prancha metálicas na estabilização da escavação, inclusive contra


a ruptura de fundo, a profundidade (ficha) necessária deve ser definida com base no limite inferior da
camada de solo mole, obtida através de sondagens nas proximidades do escoramento. Deve ser
garantida a eficiência do encaixe das estacas-prancha.

5.3.9 O reaterro pode ser executado com o material da própria escavação, desde que apresente
boas condições de suporte, isento de torrões, pedras e material orgânico, ou com material
proveniente de empréstimo selecionado.

5.3.10 Caso ocorram falhas na concretagem o reaterro só deve ser executado após a correção das
falhas.

5.4 Lastro de Concreto

Para execução de lastro de concreto devem ser atendidos os critérios da ABNT NBR 6122.

5.5 Preparo, Transporte, Lançamento, Adensamento e Cura do Concreto

5.5.1 A dosagem do concreto deve atender aos critérios da ABNT NBR 12655.

5.5.2 Quando executado na obra, o preparo do concreto deve atender aos critérios da
ABNT NBR 14931.

5.5.3 A execução do concreto dosado em central deve atender aos critérios da ABNT NBR 7212.

5.5.4 O transporte e o lançamento do concreto devem atender aos critérios das


ABNT NBR 14931 e NBR 7212 e do plano de concretagem.

5.5.5 No caso de existirem juntas de concretagem devem atender aos critérios da ABNT NBR 14931.

5.5.6 Não é permitido o tráfego de pessoas, de máquinas, nem estocagem de materiais sobre peças
recém-concretadas. Excepcionalmente, caso necessário, deve ser apresentado parecer do projetista.

5.5.7 O adensamento do concreto deve atender aos critérios da ABNT NBR 14931 complementadas
por:

a) aplicar o vibrador verticalmente e em pontos distantes de 1,5 vez o seu raio de ação;
b) introduzir e retirar a agulha do vibrador lentamente, de modo que o orifício formado pelo
vibrador se feche naturalmente;
c) não deslocar horizontalmente a agulha do vibrador na massa do concreto;
d) fazer penetrar totalmente a agulha do vibrador na massa de concreto e cerca de 10 cm
na camada anterior, se esta não estiver endurecida;

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e) permanecer com o vibrador no concreto, no máximo, 30 s em um mesmo ponto;


f) espalhar o concreto de preferência com enxada, não sendo permitido o uso de vibrador
para essa operação.

5.5.8 A cura do concreto deve atender aos critérios da ABNT NBR 14931 e complementadas, de
acordo com os métodos adotados, descritos abaixo:

a) com água - aspersão, irrigação, submersão, cobrimento com areia ou cobrimento com
sacos de aniagem mantidos úmidos. O prazo para manutenção da umidade deve ser de:
7 dias para concretos executados com cimentos dos tipos CP-I e CP-V; de 10 dias para
concreto executados com cimentos dos tipos CP-II e CP-III; e de 20 dias para concreto
executados com cimento do tipo CP-IV;
b) com membrana de cura - o produto deve ser aplicado de acordo com as recomendações
do fabricante, não sendo permitido o trânsito de pessoas ou equipamentos sobre a
superfície do concreto até o final da cura;
c) a vapor - deve ser feita após o início da pega e sempre com um mínimo de 2 horas após
a concretagem, devendo-se controlar os tempos de acréscimo, estabilização e
decréscimo de temperatura, considerando-se o mínimo de 10 horas para o ciclo de cura.

5.6 Grauteamento

5.6.1 A argamassa para grauteamento deve atender ao especificado no projeto e às recomendações


do fabricante.

5.6.2 Todo equipamento deve ser grauteado de acordo com a especificação do fabricante do
equipamento.

5.6.3 No caso de inexistência de especificação é recomendado a utilização graute do tipo cimentício


[Prática Recomendada].

5.6.4 O graute deve apresentar resistências mecânica e química, no mínimo iguais ao concreto
estrutural no qual ele é aplicado.

5.6.5 As superfícies devem apresentar acabamento rugoso, obtido através de apicoamento, limpas,
isentas de óleo e graxa.

5.6.6 Deve ser confeccionada uma forma estanque para contenção da argamassa, no entorno da
base de concreto, com abertura para a saída de ar e argamassa excedente.

5.6.7 O grauteamento deve ser executado de forma ininterrupta, com a mistura adensada e
inspecionado continuamente, garantindo o preenchimento do volume a ser grauteado.

5.6.8 Para aplicação do graute tipo cimentício, o substrato deve estar umedecido e mantido
saturado, a fim de evitar que a água de amassamento da argamassa seja consumida pelo substrato
existente e todo o excesso de água deve ser removido.

5.6.9 Para aplicação do graute tipo epóxideo o substrato deve estar seco.

5.6.10 Não é permitida a redução da quantidade de agregados na mistura de grautes com a


finalidade de melhorar a fluidez.

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5.6.11 Para grauteamento de multicamadas devem ser observadas as recomendações do fabricante


quanto a espessura de cada camada.

5.6.12 Quando previsto em projeto as juntas de dilatação devem ser executadas com materiais
compatíveis com o graute utilizado.

6 Fundações Superficiais (Rasas ou Diretas)

Devem ser atender aos critérios da ABNT NBR 6122, complementados pelos 6.1 a 6.6.

6.1 Todos os terrenos de apoio de fundações superficiais devem ser verificados e liberados por
profissional especializado, antes do lançamento do lastro de concreto magro.

6.2 No caso em que, na cota prevista em projeto para assentamento da fundação, o terreno
apresentar características diferentes do indicado pela sondagem ou do indicado no projeto, a
projetista deve ser consultada.

6.3 A abertura de cava junto à fundação próxima existente não deve ser iniciada sem a elaboração
prévia de um procedimento de execução para a escavação e um plano de escoramento específico
para a fundação existente.

6.4 Devem ser tomados os cuidados necessários para que as novas fundações não venham a
provocar recalques diferenciais nas fundações adjacentes;

6.5 Durante a fase construtiva, deve ser observada a integridade das edificações vizinhas sempre
que a implantação das fundações resultarem em alteração da cota do lençol freático.

6.6 É recomendado a execução de rebaixamento do lençol freático para escavações em terreno


granular (areia ou pedregulho), em que a cota de assentamento esteja abaixo do lençol freático.
[Prática Recomendada]

7 Fundações Profundas

O estaqueamento dever ser iniciado pela estaca-prova, de modo a se avaliar o desempenho da


equipe de execução, dos equipamentos, dos materiais utilizados, da eficiência do controle de
execução e identificar eventuais discrepâncias entre o comportamento previsto e observado do
maciço.

7.1 Locação

7.1.1 A locação deve ser verificada antes do início da execução da estaca. Os diferentes diâmetros
das estacas devem estar claramente indicados nas marcações.

7.1.2 Para estacas cravadas, além de piquete central, deve ser utilizado gabarito vazado definindo o
contorno da estaca, para auxílio da locação de modo a minimizar excentricidade de posicionamento.

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7.2 Tubulões

Os serviços devem ser executados conforme a ABNT NBR 6122.

7.3 Estacas Cravadas

Para a execução de estacas cravadas devem ser atendidos os critérios da ABNT NBR 6122,
complementados pelos 7.3.1 a 7.3.4.

7.3.1 Condições Gerais

7.3.1.1 A confirmação da nega e do repique deve ser aferida pelo menos em três séries de dez
golpes cada. Caso seja utilizado suplemento metálico para cravação abaixo do nível do terreno, a
nega deve ser reduzida de 30 % do valor calculado;

7.3.1.2 Durante todo o processo de cravação deve ser garantido o nível do equipamento, o prumo da
torre e o prumo da estaca.

7.3.1.3 Durante a cravação as cabeças das estacas devem estar protegidas com coxins de madeira
e os golpes desferidos pelo martelo devem ser aplicados axialmente à estaca.

7.3.1.4 Nos diagramas de cravação devem ser anotados os números de golpes para trechos
constantes de penetração.

7.3.1.5 A nega deve ser expressa em centímetros para cada dez golpes, ou em milímetros por golpe.
A confirmação da nega deve ser aferida em três séries de dez golpes cada.

7.3.1.6 Após a cravação de todo o comprimento previsto em projeto, quando não obtida à nega
especificada, deve ser acrescentado um novo elemento de estaca e continuar a cravação até ser
conseguida a nega prevista.

7.3.1.7 Caso seja utilizado suplemento para cravação abaixo do nível do terreno, a nega deve ser
reduzida de 30 % do valor previsto.

7.3.1.8 A projetista deve ser consultada quando se obtiver a nega prevista para um comprimento
cravado fora dos limites estimados no projeto ou quando houver discrepância entre os comprimentos
de estacas próximas.

7.3.1.9 O arrasamento das estacas cravadas a percussão só pode ser feito após a aprovação do
diagrama de cravação.

7.3.2 Estacas de Aço

7.3.2.1 Para o estaqueamento de peças de aço devem ser atendidos os critérios da ABNT
NBR 6122.

7.3.2.2 Não devem ser utilizadas como estacas, peças metálicas que contenham Nióbio em sua
composição. Esse elemento faz com que a estaca quebre durante o processo de cravação.

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7.3.3 Estacas Pré-Moldadas de Concreto

7.3.3.1 Para a execução de estacas pré-moldadas de concreto devem ser atendidos os critérios da
ABNT NBR 6122.

7.3.3.2 As estacas pré-moldadas devem ser atendidos os critérios de tolerâncias dimensionais na


ABNT NBR 9062.

7.3.3.3 As estacas devem ter indicações, de maneira legível, relativas à data de concretagem,
procedência, seção, comprimento e pontos de içamento.

7.3.3.4 As peças de concreto devem ser içadas e transportadas somente após a peça atingir a
resistência mínima necessária do concreto para esta ação.

7.3.3.5 As estacas que apresentarem defeitos de fabricação, ou decorrentes do transporte e/ou


manuseio, devem ser rejeitadas, identificadas e segregadas de modo a garantir que não sejam
utilizadas.

7.3.3.6 O empilhamento das estacas deve ser feito por meio de calços colocados nas posições
correspondentes aos ganchos ou pontos de levantamento, pré-determinados no projeto.

7.3.3.7 As seções das extremidades planas das estacas devem ser normais ao eixo.

7.3.3.8 No caso de fratura ou esmagamento do concreto da estaca durante a cravação, a mesma


deve ser rejeitada.

7.3.3.9 Durante o arrasamento da estaca deve ser mantido o comprimento mínimo de ancoragem da
armadura.

7.4 Estacas de Concreto Moldadas no Solo

Para a execução de estaca de concreto moldadas no solo devem ser atendidos os critérios da ABNT
NBR 6122, complementados em 7.4.1 a 7.4.3.

7.4.1 Condições Gerais

Deve ser obrigatória a utilização de dispositivo para controle da inclinação da estaca e o nivelamento
do equipamento de perfuração

O material de escavação deve ser observado de modo a se identificar e registrar ocorrências


significativas divergentes da sondagem

7.4.2 Estacas Tipo Raiz

7.4.2.1 A injeção da argamassa, ascendente desde o fundo da estaca, deve ser feita no menor
tempo possível.

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7.4.2.2 A retirada da tubulação de revestimento somente deve ser iniciada após a conclusão da
primeira etapa de injeção, que consiste no preenchimento completo da estaca.

7.4.2.3 Durante o saque do revestimento, o nível interno da argamassa deve ser completado a cada
segmento retirado e deve ser aplicados golpes de ar comprimido (pressões inferiores a 0,5 MPa) no
cabeçote da tubulação, visando maior garantia da integridade da estaca.

7.4.2.4 Em cada golpe o eventual rebaixo da argamassa internamente à tubulação dever ser anotado
e posteriormente completado para a continuação do saque da tubulação.

7.4.2.5 O trecho de perfuração em rocha, quando confirmadamente estável, pode prescindir de


revestimento.

7.4.2.6 Deve-se buscar executar o arrasamento das estacas com previsão imediata para a
concretagem do bloco a fim de evitar a oxidação das armaduras de ancoragem das estacas.

7.4.3 Estacas Tipo Hélice de Deslocamento e Hélice Contínua Monitorada

7.4.3.1 A perfuração deve sempre ser iniciada após a chegada à obra, do volume total de concreto
previsto para a estaca. A argamassa de lubrificação da perfuração não pode ser utilizada na estaca.

7.4.3.2 O monitoramento da estaca deve ser realizado durante toda a sua execução, coletando as
seguintes informações: a velocidade de extração da hélice, a pressão na concretagem e o consumo
de concreto.

7.4.3.3 Deve ser garantido o sobre-consumo de concreto e a pressão positiva até a cota de
arrasamento da estaca, para evitar o risco de contaminação do concreto pelo solo.

7.4.3.4 Para execução da hélice contínua o material escavado deve ser observado de modo a se
identificar e registrar ocorrências significativas divergentes da sondagem.

7.4.3.5 A estaca deve sempre ser concretada até a cota do platô de execução de modo a possibilitar
um procedimento seguro de descida da ferragem sem desmoronamentos laterais.

7.4.3.6 A armadura transversal deve ser ponteada através de solda na armadura longitudinal de
forma a conferir rigidez suficiente para a correta instalação do conjunto.

7.4.3 Deve-se buscar executar o arrasamento das estacas com previsão imediata para a
concretagem do bloco a fim de evitar a oxidação das armaduras de ancoragem das estacas.

7.4.3.8 Os sensores e o computador que compõem o sistema de controle da execução das estacas
devem ser aferidos e com seus certificados válidos.

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7.5 Outros Tipos de Estacas

Podem ser executados, desde que estejam de acordo com procedimentos pré-estabelecidos,
submetidos à aprovação da PETROBRAS e em conformidade com a ABNT NBR 6122.

7.6 Testes de Verificação de Desempenho e Integridade de Fundações Profundas

As provas de carga estática não podem ser substituídas por ensaios de carregamento dinâmico.

7.6.1 Prova de Carga Estática

Para a execução de provas de carga estática em estacas devem ser atendidos os critérios da ABNT
NBR 12131, atender ao mínimo estabelecido na Tabela 2 e complementadas em 7.6.1.1 a 7.6.1.6.

7.6.1.1 As provas de cargas estáticas em fundações profundas devem ser do tipo lentas, salvo
orientação em contrário, autorizado pela PETROBRAS.

7.6.1.2 Caso as fundações contemplem estacas com carregamento horizontal e à tração também
significativos, devem ser realizadas provas de carga estática adicionais com estes tipos de
carregamentos. A quantidade dessas provas de carga deve ser definida observando o mesmo
percentual indicado na Tabela 2, porém, sobre a quantidade de estacas com o respectivo tipo de
carregamento.

7.6.1.3 Deve ser adotado para a determinação da carga admissível em estacas, um fator de
segurança à ruptura igual a 2. Caso a prova de carga não seja levada até a ruptura, adotar como
carga admissível, 1/1,5 da carga que conduza, na prova de carga, a um recalque total da estaca de
15 mm.

7.6.1.4 Todas as estacas devem ser carregadas até pelo menos 2 vezes a carga de trabalho
prevista. Caso o recalque do topo da estaca correspondente à carga máxima de ensaio seja inferior a
20 mm, o ensaio deve ser continuado até que tal recalque seja observado ou se atinja a capacidade
de carga estrutural da estaca.

7.6.1.5 No caso de prova de carga horizontal, o limite do deslocamento deve ser reduzido para
10 mm.

7.6.1.6 A capacidade do sistema de reação deve ser pelo menos igual à resistência estrutural da
estaca ensaiada.

7.6.2 Ensaio de Carregamento Dinâmico

Os ensaios de carregamento dinâmico em estacas devem ser executados conforme ABNT


NBR 13208 e atender ao mínimo estabelecido na Tabela 2.

7.6.3 Teste de Integridade do Tipo PIT

7.6.3.1 Os ensaios de PIT devem ser executados conforme a ASTM D 5882 ou outra norma
internacional previamente acordada com a PETROBRAS, de acordo com o estabelecido na Tabela 2.

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7.6.3.2 Quando o resultado do PIT indicar comprometimento da estaca (redução da área transversal,
redução do módulo de elasticidade do concreto ou redução concomitante de ambos), esta estaca
deve ser abandonada, ou deve ser realizada investigação adicional, com o objetivo de verificar os
resultados do PIT.

Tabela 2 - Testes de Verificação de Desempenho

Quantidade mínima de testes de verificação de desempenho


Ensaio de
Tipo de Prova de Carga Teste de integridade
Carregamento Dinâmico
estaca Estática (PCE) PIT
(ECD)
Pré-moldada em 1 % ou 1 prova Não exigido
3 % ou 2 provas (Nota 1)
concreto (Nota 1) (Nota 2)
1 % ou 1 prova
Metálica 3 % ou 2 provas (Nota 1) Não aplicável
(Nota 1)

Escavação, hélice 1 % ou 1 prova


Não aplicável 100 %
contínua, ômega (Nota1)

1 % ou 3 provas
Estaca raiz Não aplicável Não exigido
(Nota 1)

NOTA 1 Adotar a maior quantidade. A porcentagem indicada é sobre o total de estacas, de um


mesmo tipo, da obra.
NOTA 2 No caso de dúvida com relação à integridade estrutural da estaca cravada, deve ser
realizado ensaio de carregamento dinâmico adicional.

8 Estruturas em Concreto

Para a execução de estruturas de concreto devem ser atendidos os critérios das ABNT NBR 9062 e
NBR 14931, complementadas pelos 8.1 a 8.2.

Deve ser executado o controle tecnológico nas estruturas conforme os critérios do 5.1.7, e para a
dosagem do concreto devem ser atendidos os critérios da ABNT NBR 12655, inclusive para as peças
fabricadas fora da obra.

8.1 Pré-Moldadas

Recomenda-se dar preferência à execução de dispositivos de içamento na forma de tubos passantes,


em detrimento de dispositivos metálicos (alças, ganchos etc.) passíveis de corrosão. [Prática
Recomendada]

8.2 Concreto Aparente

8.2.1 O concreto aparente deve ser executado de forma a apresentar uniformidade de coloração,
homogeneidade de textura, baixa porosidade e permeabilidade, regularidade das superfícies e
resistência à agentes agressivos do meio ambiente.

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8.2.2 As juntas proporcionadas pelas interrupções do lançamento devem ser criteriosamente


previstas de modo a não prejudicar o acabamento do concreto aparente.

8.2.3 As superfícies externas do concreto aparente devem ser tratadas contra a ação dos agentes
agressivos do meio ambiente.

8.3 Insertos e Chumbadores

8.3.1 Para a instalação de insertos e chumbadores devem ser atendidos os critérios das
PETROBRAS N-134 e N-1550.

8.3.2 Os insertos que trabalharem à tração devem ter seus chumbadores soldados na armadura da
peça de concreto

8.3.3 A pintura deve ser executada até a profundidade e até a espessura do cobrimento da
armadura, incluindo no caso de suportes de tubulação, o vergalhão de apoio.

8.3.4 Em caso de nicho no concreto para instalação de insertos, os vazios devem ser preenchidos
com argamassa de expansão e autonivelante com resistência, no mínimo, igual à do concreto. Os
insertos incluídos em peças estruturais para permitirem ligações por solda devem ser instalados
atendendo o recobrimento adotado para as armações e protegidos contra intempéries, de acordo
com as normas técnicas.

8.4 Suporte de Concreto Armado para Tubulações

Os suportes de concreto armado para tubulações, incluindo dormentes e vigas de pontes de


tubulação (“pipe racks”) devem ser projetados e executados com os seguintes requisitos:

a) a espessura mínima do suporte de concreto armado deve ser de 25 cm;


b) as arestas superiores dos suportes devem ter o topo com chanfro de acabamento nas
dimensões 25 x 25 mm conforme Figura 4;
c) os suportes localizados em terreno com desnível acentuado devem ter o topo conforme
indicado na Figura 5;
d) na parte superior, ao longo de todo o comprimento do suporte, deve haver uma chapa de
aço-carbono fixada ao concreto por chumbadores, de aço CA-25, com dimensões
mínimas conforme mostra a Figura 6;
e) a solda necessária à fixação desses chumbadores à chapa deve ser executada,
conforme mostra a Figura 6;
f) na parte superior e ao longo dessa chapa deve haver uma barra de aço CA-25
com  = 20 mm, fixada conforme mostra a Figura 6.

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El. topo do suporte

25 mm

Chanfro de
acabamento 25x25 mm 25 mm

250 mm
mínimo
Detalhe 1
sem escala

Figura 4 - Suporte de Concreto sobre Terreno Plano

El. topo do suporte

Inclinação Compatível com


a inclinação da tubulação

250 mm
mínimo

Figura 5 - Suporte de Concreto sobre Terreno com Desnível

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Ø - 20
6 30 - 300 30 - 300 6
Ch - Lx 100 x 10
A
100
75

300
6
100

Ø - 10
* * * *
Ver Nota 1 Ver Nota 1 Corte A
L

NOTA 1 A ser determinada no Projeto.


NOTA 2 Dimensões em milimetros.

Figura 6 - Dimensionamento

9 Segurança

A execução de todos os serviços de fundações e estruturas de concreto armado deve atender aos
critérios de segurança estabelecidos nas ABNT NBR 6494, NBR 7678, NBR 8681, e
NR-18.

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ÍNDICE DE REVISÕES

REV. A e B
Não existe índice de revisões.

REV. C
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. D
Partes Atingidas Descrição da Alteração

Todas Revisadas

REV. E
Partes Atingidas Descrição da Alteração

5.2.4.2 Alterações
8.3 Inclusão

REV. F
Partes Atingidas Descrição da Alteração

4 Alterações

5 Alterações

6 Alterações

7 Alterações

IR 1/1
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GRUPO DE TRABALHO - GT-04-53

Membros

Nome Lotação Telefone Chave


Eduardo Pousa Lucente
ETM-CORP/ST/SEQUI-ETCM/EESR 853-7912 CYG5
(Coordenador)
Antonio Roque Rosendo Silva ENG-AB/IEREFINO/IERL/CMAIHD SGSM
Augusto Tasso Sant Anna
ETM-CORP/ST/SEQUI-ETCM/EESR 855-6566 CMG9
Bevilaqua
Flavia Vanessa Moura de
ENG-AB/PROJEN/ECIA 706-1375 CYMY
Carvalho
Luiz Antonio Betin Cicolin ENG-AB/IELOG/IELNNE/CMOSBRA 853-7964 CYLI
Mauricio Jesus Valadão COMPARTILHADO/RNNE/SI/ME 821-6438 KBOV
Secretário Técnico
Monica da Silva Brandão da
ETM-CORP/ST/NORTEC 819-3091 E1K6
Cruz

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