O caso da preservação do patrimônio arqueológico é mais
problemático que outros bens (como o arquitetônico e o
ambiental), haja vista a maioria dos sítios arqueológicos estar no subsolo e visível apenas quando em processo de destruição. Mesmo na situação limite da descoberta fortuita em obras, tanto empresas, Prefeituras e até mesmo algumas Universidades não sabem como proceder e a quem pedir ajuda. Os governos municipais que tiveram a iniciativa de criarem legislação e órgãos relativos a patrimônio histórico (a maioria priorizando o patrimônio edificado) obtiveram resultados significativos na sua proteção. Mas, esses mecanismos legais estão extremamente sujeitos às mudanças de governo, podendo a área ficar paralisada, ser transformada em reduto de cargos políticos com pessoas estranhas ao meio, ou até mesmo chegar a completa extinção dos órgãos, departamentos etc. O estudo dessas ações é hoje relevante para ter-se um quadro da atuação dos governos municipais, seus limites, perspectivas e apontar caminhos, principalmente se considerarmos a tendência dos governos estaduais e federal, repassando cada vez mais atribuições para a esfera municipal.