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Nesse contexto, o patrimônio cultural não pode ser visto e

assimilado enquanto monumento, conforme se referiu


Walter Benjamim (1986). Para Benjamim, o monumento faz
parte da memória oficial celebrativa, constituído para durar e
envolto em significado. Já o documento constitui-se em um
fragmento do passado, sujeito ao esquecimento ou à
(re)construção do conhecimento histórico. Aproxima-se,
assim, da noção de documento arqueológico, constituído
pelos sítios arqueológicos e, principalmente, pela cultura
material, que descartada, transforma-se em documento para
o arqueólogo, quando analisada em seu contexto, sujeita à
várias interpretações. Dessa forma, patrimônio cultural, no
qual a arqueologia é uma das ciências que lhe dão um
corpus, é compreendido como um legado, de diferentes
formas de registro, das múltiplas memórias sociais.
Na área da educação, a difusão e reflexão acerca do
conceito de patrimônio cultural é fundamental tanto para
educadores quanto para os arqueólogos, pelo papel de
formadores do conhecimento e de opinião que exercem
socialmente. Como lembrou MacKenzie (1990: 05),
“Educação liga-se, inseparavelmente, à Arqueologia porque
a Arqueologia fornece a matéria-prima para o ensino dos
temas que se referem à vida social”.

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