o casarão bandeirista, erguido em fins do século XVII junto a
um dos importantes caminhos e vetores de circulação
colonial para a banda do vale do Paraíba, vai se impondo na paisagem, ganhando, ao longo do século XIX, seu contorno levemente burguês, na forma de um chalé implantado em meio a um “lote” melhor demarcado no espaço, ao mesmo tempo em que incorpora equipamentos próprios ao ambiente rural (unidades de produção, currais, casas de colono etc.). Nele residem eventualmente proprietários ilustres e seus agregados. Com a mudança de função da propriedade no início do século XX, uma parcela da área é murada, assegurando o confinamento de menores carentes e, paralelamente, garantindo a preservação do refugo material relacionado à história cotidiana de seus antigos ocupantes (Prancha 34). A possibilidade de se realizar pesquisas no sítio e em seu entorno imediato, parcialmente preservado, decorre da formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), firmado entre o Município, o Estado e os proprietários, visto a edificação constituir um bem cultural protegido por meio de tombamento estadual (Resolução no 18 de 1984) e municipal (resolução CONPRESP no 5 de 1991). O foco dos trabalhos, segundo recomendações do estado e dos arqueólogos do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH/PMSP), envolvia predominantemente a delimitação, definição, dimensionamento e valoração dos depósitos arqueológicos presentes na área envoltória das edificações (a antiga e as sucedâneas).
Módulo 02 (Formação Territorial Do Brasil) - Aula 02 (EF07GE02) - Fluxos Econônicos e Populacionais Na Formação Socioeconômica e Populacional Do Brasil