Você está na página 1de 31

1/31

LEI Nº 1.606, DE 14 DE SETEMBRO DE 1994.

CÓDIGO DE POSTURAS.

OSVINO NUNES PINHEIRO, Presidente da Câmara Municipal de Campo Bom.

FAÇO SABER, no uso das atribuições que me confere a Lei Orgânica do Município, em seu
Artigo 45, § 8º, que a Câmara Municipal, aprovou e eu, promulgo a seguinte, LEI:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Capítulo I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Este Código contém as medidas de polícia administrativa a cargo do Município, em


matéria de higiene, segurança, ordem pública, bem estar público, localização e funcionamento
dos estabelecimentos comerciais, indústrias e prestadores de serviços, e o que mais couber,
estatuindo as necessárias relações entre o poder público local e os munícipes.

São logradouros públicos para efeitos desta Lei, os bens públicos de uso comum, tais
Art. 2º
como os define a legislação federal, que pertençam ao Município de Campo Bom.

Parágrafo único. Todos podem utilizar livremente os logradouros públicos, desde que
respeitem a sua integridade e conservação, tranquilidade e higiene, nos termos da legislação
vigente.

Art. 3º Aos bens de uso especial é permitido o livre acesso a todos nas horas de expediente
ou de visitação pública, respeitando o seu regulamento próprio.

Art. 4ºAo Prefeito e, em geral, aos servidores Municipais, incumbe cumprir e velar pela
observância dos preceitos deste Código.

Capítulo II
DAS INFRAÇÕES, PENAS E AUTUAÇÕES

Art. 5º Constitui infração toda ação ou omissão contrária às disposições deste Código ou de
outras Leis, Decretos, resoluções ou atos baixados pelo Governo Municipal no uso do seu
poder de fiscalização.

Art. 6º Será considerado infrator todo aquele que cometer, mandar constranger ou auxiliar

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


2/31

alguém a praticar infração e, os encarregados da execução das Leis que, tendo conhecimento
da infração deixar de autuar o infrator, ou notificar a infração a quem tenha poder de
autuação.

Art. 7º A pena, além de impor a obrigação de fazer, desfazer ou não fazer, será pecuniária e
consistirá em multa, observados os valores estabelecidos neste Código, e aplicadas as penas
administrativas impostas pelo COMDEMA referentes ao meio ambiente.

Art. 8ºA penalidade pecuniária será judicialmente reivindica se, imposta de forma regular e
pelos meios hábeis, o infrator se recusar a satisfazê-la no prazo legal.

§ 1º A multa não paga no prazo regulamentar será inscrita em dívida ativa, devidamente
atualizada.

§ 2º Os infratores que estiverem em débito, relativo a multa, não poderão receber quaisquer
quantias ou créditos do Município, participar de procedimentos licitatórios, celebrar contratos
de qualquer natureza, ou transacionar a qualquer título com a Administração Municipal.

Art. 9º Nas reincidências, as multas serão cobradas em dobro.

Parágrafo único. Reincidente é o que violar preceito deste Código, por cuja infração já tiver
sido autuado e punido.

Art. 10. Os débitos decorrentes de multa, não pagos no prazo regulamentar, serão
atualizados, nos seus valores monetários, na base dos coeficientes de correção monetária que
estiverem em vigor na data da respectiva liquidação.

Art. 11. Nos casos de apreensão, a coisa apreendida será recolhida ao depósito do
Município; quando a isto não se prestar, poderá ser depositada em mãos de terceiros, ou do
próprio infrator, se idôneo, observadas as formalidades legais.

Parágrafo único. A devolução da coisa apreendida só se fará depois de pagas às multas que
tiverem sido aplicadas e ressarcido o Município das despesas que tiver tido com a apreensão,
o transporte e o depósito.

Art. 12. Em não sendo reclamado e retirado, mediante quitação dos débitos (multas e outras
despesas), dentro de 30 dias, o bem apreendido será vendido em hasta pública pelo
Município, sendo o produto aplicado na quitação das multas e despesas de que trata o artigo
anterior, entregando-se o saldo, se houver, ao infrator, mediante requerimento devidamente
instruído e processado.

Art. 13. Não são puníveis com as penas definidas neste Código:

I - os incapazes, na forma da Lei;

II - os que forem coagidos a cometer a infração.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


3/31

Art. 14.Sempre que a infração for praticada por qualquer dos agentes a que se refere o artigo
anterior, a pena recairá:

I - sobre os pais, tutores, curadores ou pessoa sob cuja guarda estiver o incapaz;

II - sobre aquele que praticar a coação.

Pelo Auto de Notificação, formulado por escrito, dar-se-á conhecimento ao infrator da


Art. 15.
providência ou medida que a ela incumbe, em razão da infração.

Parágrafo único. Não atendido o disposto no Auto de Notificação, proceder-se-á


imediatamente à autuação pelo cometimento de infração.

Auto de infração é o instrumento através do qual a autoridade municipal estabelece a


Art. 16.
violação às disposições deste Código e a outras leis, decretos e regulamentos municipais.

Art. 17.Dará motivo à lavratura de Auto de Infração qualquer violação dar normas deste
Código que for levada ao conhecimento do Prefeito, ou de chefia de unidade administrativa por
qualquer servidor municipal ou outra pessoa que a presenciar, devendo a comunicação ser
acompanhada de prova material, o testemunhado.

§ 1º Recebendo tal comunicação, a autoridade competente ordenará, sempre que couber, a


lavratura do auto da infração.

§ 2º São autoridades para lavrar o auto de infração os fiscais, ou outros funcionários para
tanto designados pelo Prefeito.

§ 3º É autoridade para confirmar o auto de infração, o Prefeito e o seu substituto legal.

O Auto de Infração, lavrado em modelo especial, com precisão, sem entrelinhas,


Art. 18.
emendas ou rasuras, deverá conter obrigatoriamente:

I - o dia, mês, ano, hora e lugar em que foi lavrado;

II - o nome de quem lavrou, relatando com toda a clareza o fato constante da infração e os
pormenores que possam servir de atenuante ou agravante à ação ou omissão ilegal;

III - o nome do infrator, e o seu endereço;

IV - a disposição infringida, a intimação ao infrator para cumprir as penas impostas, ou


apresentar defesa e provas no prazo outorgado;

V - a assinatura de quem o lavrou, do infrator e de duas testemunhas capazes, se possível.

§ 1º As omissões ou incorreções do auto não acarretarão sua nulidade quando do processo


constarem elementos suficientes para a determinação da infração e do infrator.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


4/31

§ 2º A assinatura do infrator não constitui formalidade essencial à validade do auto, não


implica em confissão e sua recusa não agravará a pena.

§ 3º Recusando-se o infrator a assinar o auto, será tal recusa anotada no mesmo pela
autoridade que o lavrar.

Capítulo III
DA EXECUÇÃO

Art. 19. O infrator terá o prazo de 15 (quinze) dias, para apresentar defesa, contados da
lavratura do auto de infração, e respectiva intimação.

Parágrafo único. A defesa será por petição escrita ao Prefeito, acompanhada das provas que
possuir o infrator.

Julgada improcedente a defesa ou não sendo tempestivamente apresentada, será


Art. 20.
confirmada a penalidade já imposta na autuação, salvo incorreta, quando então será alterada,
outorgando-se ao infrator o prazo final de 10 (dez) dias para cumpri-la.

Parágrafo único. Em se tratando a penalidade de obrigação de fazer ou desfazer, e não a


cumprindo o faltoso, o Município poderá realizá-la às expensas do mesmo, que de tal será
cientificado, para ressarcir as pertinentes despesas.

TÍTULO II
DA HIGIENE PÚBLICA

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 21. A fiscalização sanitária abrangerá especialmente:

I - a higiene das vias públicas;

II - a higiene das habitações;

III - controle da água e do sistema de eliminação de dejetos;

IV - o controle da poluição ambiental;

V - a higiene da alimentação;

VI - a higiene dos estabelecimentos em geral;

VII - a higiene das piscinas de natação;

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


5/31

VIII - a limpeza e desobstrução dos cursos de água e das valas.

Art. 22. Em cada inspeção em que for verificada irregularidade apresentará o funcionário um
relatório circunstanciado, sugerindo medidas ou solicitando providências a bem da higiene
pública.

Parágrafo único. O funcionário tomará as providências cabíveis ao caso, quando o mesmo for
da alçada do Governo Municipal, ou remeterá cópia do relatório às autoridades federais e
estaduais competentes, quando as providências necessárias forem da alçada das mesmas.

Capítulo II
DOS LOGRADOUROS PÚBLICOS

Art. 23. Os moradores são responsáveis pela limpeza do passeio fronteiriço à sua residência.

Art. 24. É proibido nos logradouros públicos:

I - efetuar escavações, remover ou alterar a pavimentação, levantar ou rebaixar pavimento,


passeio ou meio-fio, sem a prévia licença do Município;

II - fazer ou lançar condutos ou passagens de qualquer natureza, de superfície, subterrânea


ou elevada, ocupando ou utilizando vilas ou logradouros públicos, sem a autorização expressa
do Município;

III - obstruir valos, calhas bueiros ou bocas de lobo, ou impedir, por qualquer forma, o
escoamento das águas;

IV - despejar águas servidas, lixo, resíduos domésticos, comerciais ou industriais, nos


logradouros públicos, rede de águas pluviais ou terrenos baldios;

V - depositar materiais de qualquer natureza ou efetuar serviços que danifiquem a


pavimentação das vias públicas;

VI - transportar argamassa, areia, aterro, lixo, entulho serragem, cascas de cereais, ossos e
outros detritos em veículos inadequados ou que prejudiquem a limpeza das vias públicas e/ou
dos passeios;

VII - deixar cair água de aparelhos de ar condicionado sobre os passeios públicos;

VIII - embaraçar ou impedir, por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou veículos nos
logradouros e passeios públicos;

IX - utilizar escadas, balaústres de escadas, balcões ou janelas com frente para a via pública,
para a secagem de roupa ou para colocação de vasos, floreiras ou de roupa ou para

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


6/31

colocação de vasos, floreiras ou quaisquer outros objetos que apresentem perigo para os
transeuntes;

X - fazer varredura do interior dos prédios, terrenos e veículos para as vias públicas;

XI - depositar lixo em recipientes que não sejam sacos plásticos ou outros que não estejam
convenientemente fechados, em perfeitas condições de higiene e conservação, sem líquidos
em seu interior;

XII - colocar, nos passeios e vias públicas, mesas, cadeiras, bancos ou qualquer outro objeto
ou mercadoria, qualquer que seja a finalidade, excetuando-se os casos regulados por
legislação específica, salvo previamente autorizados pelo Município;

XIII - colocar marquises ou toldos sobre os passeis, qualquer que seja o material empregado,
sem prévia autorização do Município;

XIV - vender mercadorias, em qualquer local público, sem prévia licença do Município;

XV - estacionar, por mais de 24 (vinte e quatro horas) seguidas, veículos equipados para
atividade comercial;

XVI - estacionar veículos sobre passeios ou em áreas verdes, fora dos locais permitidos em
parques, jardins ou praças;

XVII - capturar aves ou peixes nos parques, praças ou jardins públicos;

XVIII - colocar em postes, árvores ou com utilização de colunas, cabos, fios ou outros meio de
indicações publicitárias de qualquer tipo, sem licença do Município;

XIX - utilizar os logradouros públicos para a prática de jogos ou desportos, fora dos locais
determinados; exclui-se da proibição, a realização de competições esportivas, desde que em
local e/ou itinerários pré-determinados e autorizados pelo Município;

XX - praticar desportos, nos balneários, fora dos locais determinados pelo Município;

XXI - utilizar ou retirar para qualquer finalidade, água de fontes, piscinas ou espelhos d`água
localizadas em logradouros públicos;

XXII - retirar areia das margens dos rios e arroios, fazer escavações, lançar conduto de águas
servidas ou afluente cloacal ou detritos de qualquer natureza nas praias;

XXIII - banhar animais ou lavar veículos nas zonas de balneários;

XXIV - acender fogo em locais que possam molestar a vizinhança;

XXV - causar dano ao bem público municipal.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


7/31

Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposto multa de no valor igual ao
Art. 25.
de 10 (dez) UPMS, além da obrigação ao faltoso de cessar a atividade irregular e retornar a
situação, quando for o caso, ao seu estado anterior.

Art. 26. Nos logradouros públicos são permitidas concentrações para realização de comícios
políticos, festividades religiosas, cívicas ou de caráter popular, com ou sem armação de
coretos ou palanques, desde que sejam observadas as seguintes condições:

I - serem aprovados pelo Município quando à locanalização;

II - não perturbarem o trânsito público;

III - não prejudicarem o calçamento, ajardinamento, nem o escoamento das águas pluviais e
cloacais;

IV - serem removidos os materiais e equipamentos utilizados, no prazo máximo de 24 (vinte e


quatro) horas, contados dos encerramentos dos festejos.

§ 1º Findo o prazo estabelecido do inciso IV, sem providências pelos interessados, o


Município promoverá a remoção, dando aos materiais e equipamentos, o destino que
entender, sem direito indenizatório de qualquer espécie aos respectivos proprietários.

§ 2º Todas e quaisquer despesas causadas ao Município pelas concentrações, comícios e/ou


festividades referidas no "caput", deverão ser ressarcidas pelos responsáveis e/ou
organizadores das mesmas.

Capítulo III
DAS HABITAÇÕES

Art. 27. As residências urbanas deverão atender as exigências das autoridades sanitárias.

Os proprietários posseiros inquilinos ou usuários a qualquer título são obrigados a


Art. 28.
conservar em perfeito estado de asseio os quintais, pátios, prédios e terrenos.

Parágrafo único. Os proprietários, usuários ou responsáveis deverão evitar a formação de


focos ou viveiros de insetos, ficando obrigados à execução das medidas que forem
determinadas para sua extinção, acaso surjam.

Art. 29.Não serão considerados como lixos domésticos, os resíduos de fábricas e oficinas,
hospitais, clínicas, laboratórios e farmácias, os restos de material de construção, os entulhos
provenientes de demolições, resíduos de casas comerciais, terra, folhas e galhos em razão do
que serão removidos e tratados às custas dos respectivos produtores.

Art. 30.Não serão permitidos da zona urbana do Município, dotados de rede de


abastecimento de água, a abertura ou mantença de cisternas, ressalvados casos especiais,

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


8/31

autorizados pelo Executivo Municipal. com observância das prescrições legais pertinentes.

§ 1º Inexistindo rede pública de abastecimento de água, serão indicadas pela Administração


Municipal as medidas a serem adotadas.

§ 2º Os reservatórios de água deverão obedecer aos seguintes requisitos.

I - vedação total, evitando o acesso de substâncias que possam contaminar a água;

II - facilidade de inspeção por parte da fiscalização sanitária;

III - tampa removível.

§ 3º Os reservatórios de água, deverão ser limpos no mínimo 01 (uma)


vez por ano.

As chaminés de qualquer espécie, de fogões, de casas particulares, de restaurantes,


Art. 31.
pensões, hotéis e de estabelecimentos comercias e industriais de qualquer natureza, terão
altura suficiente para que a fumaça, fuligem ou outros resíduos que possam expelir, não
incomodem a vizinhança.

Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposto multa de valor igual ao de
Art. 32.
05 (cinco) UPMS, além da obrigação ao faltoso de proceder à correção da irregularidade,
empreendendo ou deixando de empreender o que lhe for determinado.

Capítulo IV
DA POLUIÇÃO DO SOLO, DA ÁGUA, DO AR E SONORA

É proibida qualquer alteração da propriedade física, química ou biológica do meio


Art. 33.
ambiente (solo, água, ar), causadas por substância sólida, líquida, gasosa, ou em qualquer
estado de matéria, que direta ou indiretamente possa criar condições nocivas à saúde, à
segurança e ao bem estar público.

Os esgotos domésticos e industriais, serão obrigatoriamente tratados e ligados à rede


Art. 34.
municipal de esgotos.

É vedado o comprometimento, por qualquer forma, da limpeza das águas destinadas


Art. 35.
ao consumo público e particular.

Art. 36. O Município desenvolverá ação no sentido de:

I - controlar as novas fontes de poluição ambiental;

II - controlar a poluição através de análise, estudos e levantamentos das características do


solo, das águas e do ar.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


9/31

Art. 37. As autoridades incumbidas da fiscalização ou inspeção, para fins de controle de


poluição ambiental, terão livre acesso, em qualquer dia e hora, às instalações industriais,
comerciais, agropecuárias ou outras, capazes de poluir o meio ambiente.

Art. 38. Para instalação, construção, reconstrução, reforma, conversão, ampliação e


adaptação de estabelecimentos industriais, comerciais, e de prestações de serviços, é
obrigatória a prévia consulta ao órgão competente do Município, sobre a possibilidade de
poluição do meio ambiente.

Art. 39. O Município poderá celebrar convênio com órgãos públicos federais ou estaduais,
para execução de tarefas que obtiverem o controle da poluição do meio ambiente e dos planos
estabelecidos para a sua proteção.

Art. 40. A emissão de sons e ruídos, em decorrência de quaisquer atividades comerciais,


industriais, sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda, obedecerá, no interesse da
saúde, da segurança e do sossego público, aos padrões, critérios, e diretrizes estabelecidos
na NBR 10.151/87 (Norma Brasileira Registrada) em conformidade com a ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).

Art. 41. Consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança e ao sossego público, os sons e


ruídos que:

I - atinjam, no ambiente exterior do recinto em que têm origem, nível de som mais de 10 (dez)
decibéis-dB (A), na zona residencial e mista; 20 (vinte) decibéis-dB (A), na zona comercial e
25 (vinte e cinco) decibéis-dB (A) na zona industrial, todos acima do ruído de fundo existente
no local, sem tráfego de veículos automotores.

II - aplica-se o fator de correção do critério básico para diferentes períodos, de - 05 (menos


cinco) decibéis (A), para o horário noturno.

Art. 42. Considera-se noturno, o horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um
dia e às 06 (seis) horas do dia seguinte.

Parágrafo único. A medição dos níveis de sons será feita dentro do terreno do aparente
prejudicado, a uma distância de 1.50 m (um metro e cinquenta centímetros) da divisa do
mesmo, com o da origem do ruído.

Art. 43. Situações excepcionais, a critério do Executivo, poderão ser toleradas.

Art. 44.As autorizações, para emissão de sons e ruídos, deverão ser solicitados com no
mínimo 02 (dois) dias de antecedência, junto ao órgão de controle do Município.

Art. 45. Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposto multa de valor igual ao de
10 (dez) UPMS.

Capítulo V

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


10/31

DA HIGIENE DOS ALIMENTOS NOS ESTABELECIMENTOS

SEÇÃO I
DA HIGIENE DOS HOTÉIS, RESTAURANTES, CASAS DE LANCHES, CAFÉS, PADARIAS,
CONFEITARIAS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES

Art. 46. Os hotéis, pensões, restaurantes, bares, cafés, padarias, confeitarias e


estabelecimentos congêneres deverão observar as seguintes prescrições:

I - a lavagem de louças e talheres deverá ser feita em água corrente não sendo permitida, sob
qualquer hipótese, a lavagem em baldes, tonéis ou vasilhames;

II - a higienização das louças e talheres deverá ser feita com detergente ou sabão e água
fervendo em seguida;

III - os guardanapos e toalhas serão de uso individual;

IV - a louça e os talheres deverão ser guardados em armários com portas e ventilados, não
podendo ficar expostos a poeiras e moscas;

V - as mesas e balcões deverão possuir tampas impermeáveis;

VI - as cozinhas e copas terão revestimentos ou ladrilhos nos pisos e nas paredes até a altura
de 02 m (dois metros) no mínimo e deverão ser conservadas em perfeitas condições de
higiene;

VII - os utensílios de cozinha, os copos, as louças, os talheres, xícaras e pratos devem estar
sempre em perfeitas condições de uso. Será apreendidos e inutilizados imediatamente, o
material que estiver danificado, lascado ou trincado;

VIII - haverá sanitários diferenciados para ambos os sexos;

IX - nos salões de consumação não será permitido o depósito de caixas de qualquer material
estranho as suas finalidades.

§ 1º Não é permitido servir bebidas em copos ou utensílios que não possam ser esterilizados
em água fervente, excetuados os copos confeccionados em material plástico ou em papel, que
devem ser destruídos após uma única utilização.

§ 2º Os estabelecimentos a que se refere este artigo são obrigados a manter seus


empregados limpos, convenientemente trajados, e de preferência uniformizados.

Art. 47. Na infração de qualquer artigo desta seção imposta multa de valor igual ao de 05
(cinco) UPMS.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


11/31

SEÇÃO II
DOS SALÕES DE BARBEIROS, CABELEREIROS E ESTABELECIMENTOS CONGÊNERES

Art. 48. Nos salões de barbeiros, cabelereiros e estabelecimentos congêneres são


obrigatórios o uso de toalhas e golas individuais.

Parágrafo único. Durante o trabalho, os oficiais ou empregados deverão usar uniforme


rigorosamente limpo.

As toalhas ou panos que recobrem o encosto das cadeiras devem ser usados uma só
Art. 49.
vez para cada atendimento.

Os instrumentos de trabalho, logo após sua utilização, deverão ser mergulhados em


Art. 50.
solução antisséptica e lavados em água corrente.

Art. 51.Os salões de barbeiros, cabelereiros e estabelecimentos congêneres deverão


obedecer as seguintes prescrições:

I - os pisos deverão ser recobertos de material impermeável;

II - as paredes deverão ser recobertas até a altura mínima de 02 m (dois metros) com
revestimento impermeável;

III - deverão possuir instalações sanitárias adequadas.

Art. 52.Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta multa de valor igual ao de 05
(cinco) UPMS.

SEÇÃO III
DA HIGIENE DOS HOSPITAIS, LABORATÓRIOS, FARMÁCIAS, CASAS DE SAÚDE E
MATERNIDADES

Art. 53.Nos hospitais, casas de saúde, maternidades e congêneres, além das disposições
gerais deste Código, que lhes forem aplicáveis, é obrigatório:

I - a existência de depósitos de roupa servida;

II - a existência de uma lavanderia com água quente e instalação completa de esterilização;

III - a esterilização de louças, talheres e utensílios diversos;

IV - a instalação de cozinha, copas e despensa conforme as exigências dos incisos VI (seis) e


VII (sete), do Artigo 46 deste Código.

Art. 54.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


12/31

Art. 54.Os resíduos produzidos pelos estabelecimentos de que trata esta seção, deverão
receber destinação conforme as exigências da Secretária da Saúde e Meio Ambiente do
Estado (SSMA), no mínimo, não podendo ser depositados de forma alguma com resíduos de
outra espécie e origem.

Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta multa de valor igual ao de 10
Art. 55.
(dez) UPMS.

SEÇÃO IV
DA HIGIENE DAS CASAS DE CARNE E PEIXARIAS

Art. 56. As casas de carnes deverão atender as seguintes condições:

I - ser instaladas em prédios de alvenaria;

II - ser dotadas de torneiras e pias apropriadas;

III - ter balcões com tampa de aço inoxidável, mármore, granito ou fórmica;

IV - ter câmaras frigoríficas ou refrigeradores com capacidade adequada ao seu estoque;

V - utilizar utensílios de manipulações, ferramentas e instrumentos de corte feitos de material


apropriado, conservado em rigoroso estado de limpeza;

VI - não utilizarem lâmpadas coloridas na iluminação artificial;

VII - ter o piso revestimento com material impermeável;

VIII - ter as paredes recobertas com material impermeável, até a altura de 02 m (dois metros),
no mínimo;

IX - ter ralos sifonados ligando o local à rede de esgoto ou sumidouro;

X - possuir instalações sanitárias adequadas;

XI - possuir ventilação permanente.

Art. 57.Nas casas de carne e congêneres, só poderão entrar carnes provenientes de


abatedouros e indústrias devidamente licenciadas, regularmente inspecionadas, carimbadas
pela Secretária da Saúde e conduzidas em veículo apropriado ao transporte.

Parágrafo único. As aves abatidas deverão ser expostas à venda completamente limpas, livres
tanto de plumagem como das vísceras e partes não comestíveis.

Nas casas de carne, não serão permitidos móveis de madeira sem revestimento
Art. 58.
impermeável.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


13/31

Art. 59.Nos estabelecimentos tratados nesta seção é obrigatório observar as seguintes


prescrições de higiene:

I - manter o estabelecimento em completo estado de asseio e limpeza;

II - utilizar sempre aventais e gorros;

III - manter coletores de lixo e resíduos com tampa, a prova de moscas e roedores;

IV - não permitir a pessoa que manipula as carnes, que manipule o dinheiro;

V - proceder à pesagem e moeção na presença do cliente.

Na infração de qualquer artigo desta seção será imposta multa de valor igual ao de 10
Art. 60.
(dez) UPMS.

SEÇÃO V
DA HIGIENE DA ALIMENTAÇÃO

Art. 61.O Município exercerá, em colaboração com as autoridades sanitárias do Estado e da


União, fiscalização sobre a produção, o comércio e o consumo de gêneros alimentícios em
geral.

Parágrafo único. Para os efeitos deste código, consideram-se gêneros alimentícios todas as
substâncias sólidas ou líquidas, destinadas a serem ingeridas pelo homem, excetuados os
medicamentos.

Art. 62. Não será permitida a produção, exposição ou venda de gêneros alimentícios
deteriorados, falsificados, adulterados ou nocivos à saúde, os quais serão apreendidos pelos
funcionários encarregados pela fiscalização e removidos para local destinado a sua
inutilização.

§ 1º A inutilização dos gêneros não eximirá a indústria ou estabelecimento comercial, do


pagamento das multas e demais penalidades que possam sofrer em virtude da infração.

§ 2º A reincidência na prática das infrações previstas neste artigo determinará a cassação da


licença para funcionamento da indústria ou casa comercial.

Nas quitandas e casas congêneres, além das disposições gerais concernentes aos
Art. 63.
estabelecimentos de gêneros alimentícios, deverão ser observadas as seguintes disposições:

I - o estabelecimento terá, para depósito de verduras que devem ser consumidas sem cocção,
recipientes, impermeáveis, à prova de moscas, poeiras e contaminação por qualquer forma;

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


14/31

II - recipientes fechados, que evitem o acesso de impurezas e insetos, para os alimentos que
independam de cozimento para ingestão;

III - as gaiolas para aves serão de fundo móvel, para facilitar a sua limpeza, que serão feita
diariamente;

IV - as frutas expostas à venda serão colocadas sobre mesas ou estantes rigorosamente


limpas;

V - balcões frigoríficos regulados na temperatura correta para cada tipo de alimento.

Art. 64.Toda água que tenha de servir de manipulação ou preparo de gêneros alimentícios,
desde que não provenha do abastecimento público, deve ser comprovadamente pura.

Art. 65.O gelo destinado ao uso alimentar deverá ser fabricado com água potável, isenta de
qualquer contaminação.

Art. 66. As fábricas de doces e de massas, as refinarias, padarias, confeitarias e de


estabelecimentos congêneres deverão ter:

I - o piso e as paredes das salas de elaboração dos produtos alimentícios revestidos de


azulejo ou similar até a altura de 02 m (dois metros);

II - as salas de preparo dos produtos com as janelas e aberturas teladas e a prova de moscas.

Art. 67.Os vendedores ambulantes e de gêneros alimentícios além das prescrições deste
código que lhe são aplicáveis, deverão ainda observar as seguintes disposições, sob pena de
apreensão destes alimentos:

I - velar para que os gêneros que ofereçam não estejam deteriorados nem contaminados e se
apresentam em perfeitos condições de higiene;

II - ter os produtos expostos à venda conservados em recipientes apropriados para isolá-los


de impureza e insetos;

III - usar vestuário adequado e limpo;

IV - manter-se rigorosamente asseado.

§ 1º Os vendedores ambulantes não poderão vender frutas descascadas, cortadas ou em


fatias.

§ 2º Aos vendedores ambulantes de gêneros alimentícios, de ingestão imediata, é proibido


tocá-los com as mãos sob pena de multa.

§ 3º Aos vendedores ambulantes de alinhamentos preparados não poderão estacionar em


locais onde seja fácil a contaminação dos produtos expostos à venda, nem em pontos

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


15/31

vedados pelo poder público para tal fim.

A venda ambulante de sorvetes, refrescos, doces, guloseimas, pães e outros gêneros


Art. 68.
alimentícios de ingestão imediata, só serão permitidos em carros apropriados, caixas ou
outros receptáculos fechados, devidamente vistoriados pelo Município, de modo que a
mercadoria seja resguardada de poeira e da ação do tempo ou de elementos maléficos de
qualquer espécie.

Parágrafo único. O acondicionamento de balas, confeitos e biscoitos providos de envoltórios,


poderá ser feito em vasilhas abertas.

Na infração de qualquer disposição deste capítulo será imposta multa de valor igual
Art. 69.
ao de 05 (cinco) UPMS.

SEÇÃO VI
DA HIGIENE DAS PISCINAS DE NATAÇÃO

As piscinas de natação e de clubes devem licenciar suas atividades no órgão público


Art. 70.
municipal competente, apresentando cópia do contrato com médico responsável pelos exames
e com técnico responsável pelo tratamento químico da água e atender as exigências da
Secretária da Saúde do Estado.

Art. 71. As águas das piscinas deverão ser tratadas com cloro ou preparados de composição
similar.

§ 1º Quando o cloro ou seus componentes forem usados com amônia, o teor de cloro residual
na água, (quando a piscina estiver em uso), não deve ser inferior a 0,6 partes por um milhão.

§ 2º As piscinas que receberem continuamente água considerada de boa qualidade e cuja


renovação total se realizar em tempo inferior a 12 (doze) horas, poderão ser dispensadas das
exigências de que trata este artigo.

Art. 72. Em todas as piscinas é obrigatório o registro diário das operações de tratamento e
controle.

Art. 73.Os frequentadores das piscinas de escolas de natação e de clubes desportivos


deverão ser submetidos a exames médicos, pelo menos uma vez por mês.

Os clubes e demais entidades que mantêm piscinas públicas são obrigados a dispor
Art. 74.
de salva-vidas durante todo horário de funcionamento.

Art. 75.Para o uso banhistas deverão existir vestiários distintos para ambos os sexos, com
chuveiro e instalações sanitárias adequadas.

Art. 76. Nenhuma piscina poderá ser usada quando suas águas forem julgadas poluídas pela

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


16/31

autoridade sanitária competente.

Art. 77. Das exigências deste capítulo, excetuando o disposto no artigo anterior, ficam
excluídas as piscinas das residências particulares, quando para uso exclusivo de seus
proprietários e pessoas de suas relações.

Art. 78. Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
05 (cinco) UPMS.

TÍTULO III
DA POLÍCIA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA

Capítulo I
DA MORALIDADE E DO SOSSEGO PÚBLICO

Art. 79.Os proprietários dos estabelecimentos em que se vendem bebidas alcoólicas serão
responsáveis pela manutenção da ordem dos mesmos.

Parágrafo único. As desordens, algazarras ou barulho, porventura verificados nos respectivos


estabelecimentos, sujeitarão os proprietários à multa, podendo ser cassada a licença para seu
funcionamento, ocorrendo reincidência.

Art. 80.Nas igrejas, conventos e capelas, os sinos não poderão tocar antes das 06 (seis) e
depois das 22 (vinte e duas) horas, salvo os toques de rebates por ocasião de incêndios ou
inundações.

Art. 81. As instalações elétricas só poderão funcionar quando tiverem dispositivos capazes de
eliminar, ou pelo menos reduzir ao mínimo, as correntes parasitas, diretas ou induzidas, as
oscilações de alta frequência, chispas ou ruídos prejudiciais à rádio recepção.

Art. 82. Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
05 (cinco) UPMS sem prejuízo da ação penal cabível.

Capítulo II
DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

Art. 83. Divertimentos públicos, para efeito deste código, são os que se realizarem nas vias
públicas, ou em recintos fechados de livre acesso ao público.

Art. 84. Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem autorização prévia do
Município.

Em todas as casas de diversões públicas serão observadas as seguintes disposições,


Art. 85.
além das estabelecidas no Código de Obras:

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


17/31

I - tanto as salas de entrada como de espetáculo serão mantidas rigorosamente limpas;

II - as portas e os corredores para o exterior serão amplos e conservar-se-ão livres de grades,


móveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada rápida do público em caso de
emergência;

III - todas as portas de saída deverão ser encimadas de placa de "SAÍDA", visível à distância e
suavemente iluminada, quando se apagarem as luzes da sala; e as portas se abrirão de
dentro para fora;

IV - os aparelhos destinados à renovação do ar deverão ser conservados e mantidos em


perfeito funcionamento;

V - haverá instalações sanitárias independentes para ambos os sexos;

VI - serão tomadas as precauções necessárias para evitar incêndios, devendo a colocação de


extintores de incêndio se dar em locais visíveis e de fácil acesso;

VII - possuirão bebedouro automático de água filtrada em perfeito estado de funcionamento;

VIII - durante os espetáculos, deverão as portas conservar-se abertas, vedadas com


reporteiros ou cortinas;

IX - deverão possuir material de pulverização de inseticidas;

X - o mobiliário será mantido em perfeito estado de conservação.

Parágrafo único. É proibido aos espectadores, fumar no local das sessões.

Art. 86. Não serão fornecidas licenças para a realização de jogos ou diversões ruidosas em
locais compreendidos na área formada por um raio de 250 (duzentos e cinquenta) metros de
hospitais, casas de saúde e maternidades.

Art. 87. Para funcionamento de teatros, além das demais disposições aplicáveis deste
Código, deverão ser observadas as seguintes:

I - a parte destinada ao público será inteiramente separada da parte destinada aos artistas,
não havendo, entre as duas, mais que as indispensáveis comunicações de serviço;

II - a parte destinada aos artistas deverá ter, quando possível, fácil comunicação com as vias
públicas, de maneira que assegure saída ou entrada franca, sem dependência da parte
destinada à permanência ao público.

Art. 88. Para funcionamento de cinemas serão ainda observadas as seguintes disposições:

I - os aparelhos de projeção ficarão em cabine de fácil saída, construídos de material

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


18/31

incombustível;

II - no interior das cabines não poderá existir maior número de películas do que as necessárias
para as sessões de cada dia e assim deverão estar elas depositadas em recipiente especial,
incombustível, hermeticamente fechado, que não seja aberto por mais tempo que o
indispensável ao serviço.

Art. 89. A armação de circos de pano ou parques de diversão só poderá ser permitida em
locais previamente autorizados pelo Município.

§ 1º A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que trata este artigo não


poderá ser por prazo superior a trinta dias.

§ 2º Ao conceder a autorização, poderá o Município estabelecer as restrições que julgar


convenientes, no sentido de assegurar a ordem e a moralidade dos divertimentos e o sossego
da vizinhança.

§ 3º Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser franqueados ao


público depois de vistoriados em todas as suas instalações, pelas autoridades do Município.

§ 4º Poderá o Município exigir, se julgar conveniente, um depósito prévio máximo de valor


igual ao de 100 (cem) UPMS, como garantia de despesas com a eventual limpeza e
recomposição do logradouro. Este depósito será restituído integralmente se não houver
necessidade de limpeza especial ou reparos, quando da retirada do circo ou parque do local.

Art. 90. Na localização de estabelecimentos de diversões noturnas, o Município terá sempre


em vista o sossego da população.

Art. 91. Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
05 (cinco) UPMS.

Capítulo IV
DO TRÂNSITO PÚBLICO

Art. 97. O trânsito, de acordo com as leis vigentes é livre, e sua regulamentação tem por
objetivos manter a ordem, a segurança e o bem estar dos transeuntes e da população em
geral.

Art. 98. É proibido embaraçar ou impedir por qualquer meio, o livre trânsito de pedestres ou
veículos nas ruas, praças, passeios, estradas e caminhos públicos, exceto para efeito de
obras públicas, ou quando exigências policiais o determinarem.

Parágrafo único. Sempre que houver necessidade de interromper o trânsito, deverá ser
colocada sinalização claramente visível de dia e luminosa à noite.

Art. 99.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


19/31

Art. 99.Compreende-se na proibição do artigo anterior o depósito de quaisquer materiais ou


objetos, inclusive de construção, nas vias públicas em geral.

§ 1º Tratando-se de materiais cuja descarga não possa ser feita diretamente no interior dos
prédios, será tolerada a descarga, e permanência da via pública, com o mínimo prejuízo ao
trânsito, por tempo não superior a 03 (três) horas, e fora do horário comercial.

§ 2º Nos casos previstos no parágrafo anterior, os responsáveis pelos materiais depositados


na via pública deverão empreender sinalização do trânsito, a distância conveniente.

Art. 100. É expressamente proibido nas ruas do perímetro urbano da cidade, bairros e/ou
vilas:

I - conduzir animais ou veículos em disparada;

II - conduzir animais bravios sem a devida precaução;

III - danificar ou retirar sinais para advertência de perigo ou impedimento de trânsito.

Parágrafo único. O Município poderá impedir o trânsito, de qualquer veículo ou meio de


transporte que possa ocasionar danos à via pública.

Art. 101. É proibido embaraçar o trânsito ou molestar os pedestres por meios tais como:

I - conduzir, pelos passeios, veículos de qualquer espécie; excetuados carrinhos de criança ou


de paraplégicos e, em ruas de pouco movimento, triciclos e bicicletas de uso infantil;

II - amarrar animais em postes, árvores, grades ou portas;

III - conduzir ou conservar animais de grande porte, sobre os passeios e praças.

Art. 102.Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, independentemente das penalidades
previstas no Código Nacional de Trânsito, será imposta multa de valor igual ao de 05 (cinco)
UPMS.

Capítulo V
DAS MEDIDAS REFERENTES AOS ANIMAIS

Art. 103. O animal solto ou encontrado nas ruas, praças, estradas, ou caminhos públicos
serão recolhidos ao depósito da Municipalidade, devendo o respectivo proprietário do mesmo
retirá-lo no prazo máximo de 07 (sete) dias, mediante o pagamento da multa incidente, igual
ao valor de 05 (cinco) UPMS, e do custo de manutenção.

Parágrafo único. Não sendo retirado o animal nesse prazo, deverá o Município efetuar a sua
venda em hasta pública, precedida da necessária publicidade.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


20/31

Art. 104.Os proprietários de cães são obrigados a vaciná-los contra a raiva, nas épocas
determinadas pelo Município.

Parágrafo único. Os cães hidrófobos ou atacados de moléstias transmissíveis, encontrados


nas vias públicas ou recolhidos nas residências de seus proprietários, serão imediatamente
sacrificados e incinerados.

Art. 103. O animal solto ou encontrado nas ruas, praças, estradas, ou caminhos públicos
serão recolhidos ao depósito da Municipalidade, devendo o respectivo proprietário do mesmo
retirá-lo no prazo máximo de 07 (sete) dias, mediante o pagamento da multa incidente, igual
ao valor de 05 (cinco) UPMS, e do custo de manutenção.

Parágrafo único. Não sendo retirado o animal nesse prazo, deverá o Município efetuar a sua
venda em hasta pública, precedida da necessária publicidade.

Art. 104.Os proprietários de cães são obrigados a vaciná-los contra a raiva, nas épocas
determinadas pelo Município.

Parágrafo único. Os cães hidrófobos ou atacados de moléstias transmissíveis, encontrados


nas vias públicas ou recolhidos nas residências de seus proprietários, serão imediatamente
sacrificados e incinerados.

Art. 105. É expressamente proibido:

I - criar animais selvagens, abelhas, suínos, equinos, bovinos, ovinos e caprinos no perímetro
urbano;

II - crias pequenos animais (coelhos, perus, patos, galinhas, etc.) nos porões e no interior das
habitações.

Art. 106.É permitida a criação de animais domésticos no perímetro urbano, desde que não
prejudique a vizinhança.

Art. 107.É expressamente proibido a qualquer pessoa maltratar os animais ou praticar atos
de crueldade contra os mesmos, tais como:

I - transportar, nos veículos de tração animal, carga ou passageiro de peso superior à suas
forças;

II - montar animais que já estejam transportando carga;

III - fazer trabalhar animais doentes, feridos, extenuados, aleijados, enfraquecidos ou


extremamente magros;

IV - martirizar animais para eles alcançar esforços excessivos;

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


21/31

V - abandonar, em qualquer local, animais doentes, extenuados, enfraquecidos ou feridos;

VI - deixar animais em depósitos de metragem insuficiente, ou sem água, ar, luz e alimentos;

VII - usar instrumentos diferentes do chicote leve, para estímulo e correção de animais;

VIII - empregar arreios que possam constranger ou ferir o animal;

IX - usar arreios sobre feridas, contusões ou chagas do animal;

X - praticar todo e qualquer ato, mesmo não especificado neste Código, que acarrete
sofrimento para o animal.

Art. 108.Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposto multa de valor igual ao de
05 (cinco) UPMS.

Capítulo VI
MUROS, CERCAS, PASSEIOS E LIMPEZA DOS LOTES URBANOS

Art. 109. Os proprietários de terrenos urbanos não edificados já beneficiados com meio-fio
e/ou pavimentação são obrigados a murá-los ou cercá-los conforme normas do Código
Municipal de Obras em prazo determinado, não inferior a 60 (sessenta) dias da data da
respectiva notificação para tanto.

Art. 110.Os proprietários de terrenos urbanos, dedicados ou não que possuam meio-fio, são
obrigados a executar a pavimentação do passeio (calçada) fronteiriço a seus imóveis, dentro
dos padrões estabelecidos pelo Município, no prazo que lhe for notificado, nunca inferior a 60
(sessenta) dias.

Parágrafo único. Os proprietários que deixarem de cumprir as determinações do "caput" e do


artigo anterior, forçará o Município a tomar providências quanto ao cumprimento delas, e
debitar-lhes o respectivo custo, na forma prevista no artigo subsequente.

Art. 111. Os proprietários de terrenos urbanos, não edificados, beneficiados ou não, são
obrigados a mantê-los limpos, capinados e drenados.

§ 1º O descumprimento do previsto no "caput" ensejará a incidência de multa de valor igual ao


de 05 (cinco) UPMS, e a execução dos serviços pelo Município, que os cobrará do
contribuinte, juntamente com as despesas de transporte dos resíduos retirados.

§ 2º O débito originado destes serviços executados pelo Município será exigível desde 30
(trinta) dias, após a sua realização.

§ 3º Cientificado o proprietário, não pagando a dívida até 60 (sessenta) dias após o


lançamento, a terá inscrita em dívida ativa para cobrança na forma da Lei.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


22/31

Capítulo VII
DO EMPACHAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS

Art. 112. Nenhuma obra ou demolição será feita no alinhamento das vias públicas, sem a
prévia colocação de tapume provisório, que deverá, no máximo, ocupar até metade do
passeio público, de sorte a permitir a passagem de pedestres.

§ 1º Dispensar-se-á o tapume quando se tratar de:

I - construção ou reparos de muros ou grades com altura não superior a 02 (dois) metros;

II - pinturas ou pequenos reparos.

§ 2º Os andaimes, tapumes e bandejas deverão satisfazer os preceitos estabelecidos no


Código de Obras.

Art. 113. O ajardinamento e a arborização das praças e vias públicas são atribuições
exclusivas do Município.

Parágrafo único. Nos logradouros abertos por particulares, com licença do Município, é
facultado aos interessados promover e custear a respectiva arborização.

Art. 114.Os postes telegráficos de iluminação e força, as caixas postais, os avisadores de


incêndio e polícia e as balanças para pesagem de veículos poderão ser colocados nos
logradouros públicos mediante autorização do Município; que indicará as posições
convenientes e as condições da respectiva instalação. (Vide regulamentação dada pelo
Decreto nº 6405/2017)

Art. 115. As colunas ou suportes de anúncios, as caixas coletoras de lixo, os bancos e os


abrigos de logradouros públicos somente poderão ser instalados mediante licença prévia do
Município.

Art. 116. Os relógios, estátuas, fontes e quaisquer monumentos somente poderão ser
colocados nos logradouros públicos se comprovado o seu valor artístico ou cívico, e a juízo do
Poder Executivo.

Parágrafo único. Dependerá ainda, de aprovação, o local escolhido para a fixação dos
monumentos.

Art. 117.Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
05 (cinco) UPMS.

Capítulo VIII
DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


23/31

No interesse público, o Município fiscalizará a fabricação, o comércio, o transporte e


Art. 118.
o emprego de inflamáveis e explosivos.

Art. 119. São considerados inflamáveis:

I - fósforos e materiais fosforados;

II - gasolina e demais derivados de petróleo;

III - éteres, álcoois, aguardentes e óleos em geral;

IV - carboretes, alcatrão e matérias betuminosas líquidas;

V - toda e qualquer outra substância cujo ponto de inflamabilidade seja acima de 135ºC (cento
e trinta e cinco graus centígrados).

Art. 120. Consideram-se explosivos:

I - fogos de artifícios;

II - nitroglicerina, seus compostos e derivados;

III - pólvora e algodão-pólvora;

IV - espoletas e estopins;

V - fulminatos, cloratos forminatos e congêneres;

VI - cartuchos de guerra, caça e minas;

VII - dinamite.

Art. 121. É absolutamente proibido:

I - fabricar explosivos sem licença especial e em local não autorizado pelo Município;

II - manter depósito de substâncias inflamáveis ou de explosivos, ilegais quanto à construção


e segurança;

III - depositar ou conservar nas vias públicas mesmo provisoriamente, inflamáveis ou


explosivos.

Art. 122.Aos varejistas é permitido conservar em cômodos apropriados, em seus armazéns


ou lojas, a quantidade fixada pelo Município, na respectiva licença, de material inflamável ou
explosivo que não ultrapassar a venda provável de 20 (vinte) dias.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


24/31

Os fogueteiros e exploradores de pedreiras poderão manter depósito de explosivos


Art. 123.
correspondentes ao consumo de 30 (trinta) dias, desde que os depósitos estejam localizados
a uma distância mínima de 250 m (duzentos e cinquenta) metros da habitação mais próxima e
a 150 m (cento e cinquenta) metros das ruas ou estradas. Se a distância a que se refere este
parágrafo for superior a 500 m (quinhentos) metros, é permitido o depósito de maior
quantidade de explosivos, na conformidade do definido na legislação pertinente.

Art. 124. Os depósitos de explosivos e inflamáveis só serão construídos em zona


especialmente designada para esse fim, com licença prévia do Município, e vistoria prévia das
autoridades de segurança.

§ 1º Os depósitos serão dotados de instalação de combate ao fogo e de extintores de incêndio


móveis, em quantidade e disposição convenientes.

§ 2º Todas as dependências e anexos dos depósitos de explosivos e/ou inflamáveis serão


construídos de material incombustível, admitindo-se o emprego de outro material apenas nos
caibros, ripas e esquadrias.

Art. 125. Não será permitido o transporte de explosivos ou inflamáveis sem as precauções
devidas.

§ 1º Não poderão ser transportados simultaneamente no mesmo veículo, explosivos e


inflamáveis.

§ 2º Os veículos que transportarem explosivos ou inflamáveis não poderá conduzir outras


pessoas além dos motoristas e ajudantes.

Art. 126. É expressamente proibido:

I - queimar fogos de artifício, bombas, busca-pés, morteiros e outros fogos perigosos, nos
logradouros públicos ou em janelas e portas que abrirem para os mesmos logradouros;

II - soltar balões de gás em toda extensão do território municipal;

III - fazer fogueiras nos logradouros públicos, sem prévia autorização do Município.

Art. 127.A instalação de postos de abastecimento de veículos, bombas de gasolina e


depósitos de outros inflamáveis, fica sujeita a licença prévia do Município.

Parágrafo único. O Município negará a licença se reconhecer que a instalação do depósito ou


da bomba poderá prejudicar, de algum modo a segurança pública.

Art. 128.Será imediata e automaticamente cancelada a licença concedida a estabelecimento


varejista de combustíveis para veículos automotores, nos seguintes casos:

I - se constatado que após a obtenção da licença, o responsável alterou sob qualquer forma o

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


25/31

projeto apresentado à Municipalidade,

sem a prévia e escrita anuência desta;

II - se verificado que o responsável não promove os reparos necessários à mantença das


instalações, equipamentos e benfeitorias do estabelecimento, em perfeitas condições de
funcionamento, utilização e segurança;

III - em ocorrendo qualquer contaminação do solo, por vazamento do combustível, em razão


de má vedação, ou deterioração dos depósitos e reservatórios;

IV - advindo explosão de maiores proporções, em decorrência de qualquer ato, fato ou


omissão imputável ao responsável pelo estabelecimento;

V - em deixando o responsável de promover qualquer adequação no estabelecimento,


equipamento e/ou benfeitorias, necessárias em razão de eventual diploma legal subsequente,
que a exija.

Art. 129.Ficam autorizados os estabelecimentos varejistas de combustíveis para veículos


automotores a prestar, no mesmo local, serviços de abastecimento de água e ar, de limpeza e
conservação, e de pequenos e rápidos reparos necessários a tais veículos.

Art. 130.O Município poderá estabelecer exigências para cada caso, sempre que as julgarem
necessárias à segurança pública.

Art. 131.Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
10 (dez) UPMS.

Capítulo IX
DAS QUEIMADAS E DOS CORTES DE ÁRVORES E PASTAGENS

Art. 132. O Município colaborará com o Estado e a União para evitar a devastação das
florestas, estimular a plantação de árvores e cumprir todos os preceitos do Código Florestal.

Art. 133. A ninguém é permitido atear fogo em roçadas, palhadas ou matos que limitem com
terras de outrem, sem tomar as seguintes precauções:

I - preparar aceiros de no mínimo, sete metros de largura;

II - mandar aviso aos confinantes, com antecedência mínima de 12 (doze) horas, marcando
dia, hora e lugar para lançamento do fogo.

Art. 134. É proibido derrubar, podar, remover ou danificar árvores ou quaisquer outras
espécies de vegetais nos logradouros públicos, sem a autorização do Município.

Art. 135.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


26/31

Art. 135.Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
10 (dez) UPMS.

Capítulo X
DA EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS, CASCALHEIRAS, JAZIDAS DE ARGILA, SAIBRO E
AREIA

Art. 136.A exploração de pedreiras, cascalheiras, jazidas de argila, saibro e areia e depósitos
de areia, saibro e brita depende de licença do Município e do órgão Estadual licenciador
(FEPAM).

Art. 137.A licença será processada mediante apresentação de requerimento escrito, assinado
pelo proprietário do solo e/ou pretenso explorador, instruído com os seguintes dados e
documentos:

I - nome e endereço do proprietário do imóvel;

II - nome e endereço do pretenso explorador, se não for o proprietário;

III - localização precisa da entrada e/ou acesso ao imóvel;

IV - do processo de exploração e explosivo a ser empregado, se for o caso;

V - prova de propriedade do imóvel, mediante certidão do Ofício Imobiliário, com menos de 90


(noventa) dias;

VI - autorização escrita do proprietário para exploração, com firma cartoriamente reconhecida


por autenticidade, no caso de não ser ele o explorador;

VII - projeto da lavra com proposta de recuperação posterior da área, assinada por técnico
responsável (Geólogo) e licença de instalação fornecida pela FEPAM.

Art. 138. As licenças para exploração serão sempre por prazo determinado.

§ 1º Será interditado o local de exploração, ainda que já licenciado, no todo ou em parte, e


explorado de acordo com este Código, se posteriormente verificar-se que a exploração
acarreta perigo à integridade física, à saúde e/ou à propriedade de terceiros e/ou à
propriedade de terceiros e/ou do próprio Município.

§ 2º Ao conceder as licenças, o Município poderá fazer as restrições que julgar convenientes.

§ 3º Os pedidos de renovação da licença para a continuação da exploração serão feitos por


requerimento escrito instruído com os dados e documentos discriminados no artigo anterior,
para obtenção da primeira licença.

§ 4º Não será permitida a exploração de pedreiras na zona urbana do Município.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


27/31

Art. 139. A exploração e o desmonte de pedreiras, que podem ser "a frio" ou "a fogo", ficam
sujeitos ao seguinte:

I - prévio detalhamento expresso da espécie de explosivo a empregar;

II - intervalo mínimo de 30 (trinta) minutos entre cada série de explosões;

III - içamento, 30 minutos antes do início das explosões, de bandeira indicativa em altura
conveniente à visibilidade à distância;

IV - toque por três vezes, com intervalos de dois minutos, entre casa um, de sineta com brado
prolongado, noticiando o início das explosões.

Art. 140.A instalação de olarias nas zonas urbanas e rurais do Município deve obedecer as
seguintes prescrições:

I - as chaminés serão construídas de modo a não incomodar os moradores vizinhos com


fumaça e demais emanações nocivas;

II - quando as escavações da jazida facilitarem a formação de depósitos de água será


explorador obrigado a fazer o devido escoamento ou aterrar as cavidades à medida que for
retirada a argila.

Parágrafo único. O Município poderá, a qualquer tempo, determinar a execução de obras no


recinto da exploração de pedreiras ou cascalheiras, com o intuito de proteger propriedades
particulares ou públicas, ou evitar a obstrução de galerias de água e/ou esgoto.

A extração de areia em todos os cursos de água do Município deverá ser licenciada


Art. 141.
pelo Município, sendo proibida quando:

I - afetar a jusante do local que recebe contribuições de esgoto;

II - modificar o leito ou as margens dos mesmos;

III - possibilitar a formação de locais de estagnação de águas;

IV - oferecer perigo às pontes, muralhas ou qualquer obra construída nas margens ou sobre o
leito dos cursos de água;

V - o transporte de areia somente será permitido, quando está se encontre seca.

Art. 142.Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
10 (dez) UPMS.

Capítulo XI

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


28/31

DOS ANÚNCIOS E CARTAZES

Art. 143.A exploração dos meios de publicidade nas vias e logradouros públicos, bem como
nos lugares acessíveis à qualquer pessoa, depende de licença do Município, sujeitando o
contribuinte ao pagamento de taxa respectiva.

§ 1º Incluem-se no disposto no "caput" todos os cartazes, letreiros, programas, painéis,


emblemas, placas avisos, faixas, anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos por
qualquer modo, processo ou engenho, suspensos, distribuídos, afixados ou pintados em
paredes, muros, tapumes, veículos (carros de som) ou passeios públicos.

§ 2º Por igual aplicam-se as disposições do "caput" aos anúncios que, embora postos em
imóveis privados, sejam visíveis ao público em geral.

Art. 144. Não será permitida a colocação de anúncios ou cartazes quando:

I - pela sua natureza provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito;

II - de alguma forma prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade e seus panoramas


naturais, ou desfigurem as linhas arquitetônicas das edificações;

III - sejam ofensivos à moral ou contenham dizeres desfavoráveis a indivíduos, crenças e


instituições;

IV - obstruam, interceptem ou reduzam o vão das portas e janelas e respectivas bandeiras;

V - contenham incorreções de linguagem;

VI - pelo seu número ou má distribuição, prejudiquem o aspecto das fachadas.

Art. 145.Os pedidos de licença para realização de publicidade, ou propaganda por meio de
cartazes ou anúncios deverão mencionar:

I - a indicação dos locais em que serão colocados, com detalhamento através de um croqui;

II - a natureza do material de sua confecção;

III - as dimensões que terão;

IV - as inscrições e o texto utilizados.

§ 1º Tratando-se de anúncios luminosos deverá ser indicado o sistema de iluminação


pretendido.

§ 2º Os anúncios luminosos deverão ser colocados a uma altura mínima de 2,50 cm (dois
metros e cinquenta centímetros) do passeio, não podendo sua luminosidade ser projetada

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


29/31

contra residências.

Art. 146.Os anúncios e letreiros deverão ser conservados em boas condições e renovados ou
consertados, sempre que tais providências sejam necessárias para o seu bom aspecto e
segurança.

Art. 147. Os anúncios encontrados sem que os responsáveis tenham satisfeito as


formalidades deste capítulo, poderão ser apreendidos e retidos pelo Município, até a
satisfação das mesmas, além do pagamento da multa prevista.

Art. 148.Na infração de qualquer artigo deste capítulo será imposta multa de valor igual ao de
05 (cinco) UPMS.

TÍTULO IV
DO FUNCIONAMENTO DO COMÉRCIO E DA INDÚSTRIA

Capítulo I
DO LICENCIAMENTO DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS E COMERCIAIS E
PRESTADORES DE SERVIÇOS

SEÇÃO I
DAS INDÚSTRIAS E DO COMÉRCIO LOCALIZADO

Art. 149. Nenhum estabelecimento comercial, industrial ou prestador de serviços, poderá


funcionar sem prévia licença do Município, a qual só será concedida se observadas às
disposições deste código e as demais normas legais e regulamentares pertinentes.

Art. 150. A licença deverá ser pleiteada por requerimento escrito, que especifique com
clareza:

I - o ramo do comércio ou da indústria, e/ou o tipo de serviço a ser prestado;

II - o local em que o requerente pretende exercer sua atividade.

§ 1º Não será concedida licença, aos estabelecimentos industriais que pela natureza dos
produtos, ou matérias-primas utilizadas, ou combustíveis empregados, ou por qualquer outro
motivo, possam prejudicar a saúde pública.

§ 2º O alvará de licença só poderá ser concedido após informado pelo órgãos competentes do
Município, em razão de vistoria prévia que o estabelecimento atende as exigências
estabelecidas neste código, especialmente no que refere a condições de higiene e segurança.

Art. 151. Para efeitos de fiscalização, o responsável pelo estabelecimento licenciado colocará
o alvará de localização em lugar visível e o exibirá à autoridade sempre que esta o exigir.

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


30/31

Art. 152. Para alteração do local do estabelecimento comercial, industrial, de prestador de


serviços deverá ser solicitada a necessária permissão ao Município, que verificará se o novo
local satisfaz as condições exigidas.

Art. 153. A licença de localização poderá ser cassada e o estabelecimento fechado:

I - quando o requerente estabelecer-se com negócio diferente do licenciado;

II - como medida preventiva da mantença da higiene, moral, sossego e/ou segurança pública;

III - se o licenciado se negar a exibir o alvará de localização à autoridade competente quando


instado a fazê-lo;

IV - por qualquer outro motivo justo e fundamentado, de interesse público, a requerimento da


autoridade competente.

SEÇÃO II
DO COMÉRCIO AMBULANTE

Art. 154. O exercício do comércio ambulante dependerá sempre de licença especial do


Município, mediante requerimento escrito do interessado.

§ 1º A licença a que se refere o "caput" será concedida em conformidade com as prescrições


deste código e da legislação fiscal do Município, e por prazo determinado.

§ 2º Da licença deverão constar os seguintes elementos essenciais, além de outros que acaso
vierem a ser estabelecidos:

I - número de inscrição;

II - endereço do comerciante;

III - nome, razão social ou denominação sob cuja responsabilidade funciona o comércio
ambulante.

§ 3º O vendedor ambulante não licenciado para exercício ou período em que esteja


desempenhando a atividade, ficará sujeito à apreensão das mercadorias e/ou objetos
encontrados em seu poder.

Art. 155. Ao vendedor ambulante é vedado:

I - comerciar qualquer mercadoria ou objeto não mencionado na licença;

II - estacionar nas vias públicas e outros logradouros, fora dos locais previamente
determinados pelo Município;

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33


31/31

III - impedir ou dificultar o trânsito nas vias públicas ou outros logradouros;

IV - transitar pelos passeios conduzindo cestos ou outros volumes grandes.

Parágrafo único. No caso do inciso I, além da multa de valor igual ao de 05 UPMS caberá a
apreensão da mercadoria e/ou objetos.

Capítulo II
DO HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO

A abertura e fechamento dos estabelecimentos industriais, comerciais e de crédito,


Art. 156.
obedecerão aos horários estipulados em Lei Municipal específica.

TÍTULO V
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 157.Revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei Municipal nº 421/77, está


Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

SALA DE SESSÕES PRESIDENTE VARGAS, de 14 de setembro de 1994.

OSVINO NUNES PINHEIRO


PRESIDENTE

Visualizar: Lei nº 1606/1994 - Campo Bom-RS

LeisMunicipais.com.br - Lei Ordinária 1606/1994 (http://leismunicipa.is/qegwx) - 24/08/2020 12:24:33

Você também pode gostar