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ção Municipal de 

Campos dos Goytacazes/RJ

 Prefeitura Municipal: Visando facilitar o acesso e o conhecimento das leis do Município,


demons... (Leia Mais)

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LEI Nº 8061, DE 10 DE DEZEMBRO DE 2008.

CONSOLIDA O CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE


LEI:

TÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Lei contém o conjunto de normas para a ação e o policiamento administrativos
exercitados pela Prefeitura Municipal, em assunto de Higiene Pública e Polícia Sanitária, de
Polícia de Costumes, de Segurança, e de Ordem Pública, de Funcionamento do Comércio,
Indústria e Profissões, e de Cemitério, estatuindo, disciplinando e supervisando as necessárias
relações entre o Poder Público local e os Munícipes.

Parágrafo Único - Ainda quando a infração estiver capitulada em normas da competência de


legislação federal ou estadual, a Prefeitura, no uso das prerrogativas da autonomia municipal
assegurada na Carta Magna, não se omitirá no registro ou no conhecimento da ocorrência,
para denunciar esta autoridade a quem dela couber conhecer, buscando, assim, as
providências indispensáveis e inadiáveis.

Art. 2º Ao Prefeito, e, em geral, a seus auxiliares e funcionários da municipalidade, incumbe


velar pela observância desta Lei e punir os infratores.

Art. 3º Ninguém poderá se eximir do cumprimento da lei sob pretexto da ignorância de seus
preceitos.

Art. 4º A omissão de expressa proibição de atos ou ameaças que contrariem as normas de
posturas não será motivo de estorvo ou impedimento da ação da autoridade, quando evidente
que o ato ou a ameaça importe em infringir o disposto no Art. 1º, sendo, assim, lícito, por
analogia, o procedimento administrativo ou judicial para prevenir, corrigir e punir.

Art. 5º Implica desobediência ou desacato, sujeito o autor às sanções da legislação penal, além
da infração cominada com multa nesta Lei, o ato, a ação ou o comportamento do infrator de
embaraçar ou descumprir ordem da autoridade ou faltar a esta com o devido acatamento.

Art. 6º O Prefeito, os fiscais e os servidores da municipalidade recorrerão à autoridade policial


sempre que for necessário o seu auxílio para garantir a execução dos preceitos desta Lei.

Art. 7º Ninguém poderá se opor a que o médico e os agentes fiscais ou outros funcionários,
declinando a sua condição, inspecionem, durante o dia, o interior de casas, armazéns,
estabelecimentos comerciais e industriais, quintais, áreas, etc., com o fim de verificarem o
cumprimento das posturas municipais.

Parágrafo Único - Também se assegura essa inspeção à noite, quando tais estabelecimentos
funcionarem depois das dezoito horas, ou quando ocorrer motivo relevante que aconselhe a
diligência, respeitada a lei.

Art. 8º Pessoa física e jurídica, estando em débito de qualquer tributo ou multa com a
municipalidade, não poderá:

I - receber quantia ou crédito na Prefeitura, excetuados salários;

II - participar de concorrência, coleta ou tomada de preços;

III - celebrar contratos ou termos de qualquer natureza com a municipalidade ou com esta
transacionar a qualquer título; e quando peticionar, não terá curso o seu petitório, que
permanecerá sobrestado, até liquidação do débito, a menos que se cuide especificadamente
de matéria de defesa.

CAPÍTULO II
DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES DA DESOBEDIÊNCIA E DO DESACATO

Art. 9º Constitui infração toda ação ou omissão contrária às normas desta Lei e dos preceitos
que vierem a integrá-la.

Parágrafo Único - Poderá ser oferecida denúncia por qualquer cidadão através de telefone, ou
mesmo por fotografia ou filmagem, produzidas por cidadão comum, que poderão servir como
provas contra o infrator, dependendo de analise da autoridade municipal. Ficando assegurado
o anonimato do denunciante. (Redação acrescida pela Lei nº 8398/2013)

Art. 10 Será considerado infrator:

I - aquele que cometer a infração;

II - aquele que mandar constranger e auxiliar nesse ato;

III - aquele que consentir na infração nos limites de sua propriedade;

IV - também o encarregado da observância das normas desta Lei, que deixar de denunciar o
infrator.

Art. 11 A penalidade será pecuniária, consistindo em multa, mas, cumulativamente com esta, a
Prefeitura poderá, incontinenti, impor ao infrator a obrigação de fazer ou desfazer o ato
incriminado, fixando prazo para o cumprimento dessa obrigação.

Art. 12 Vencido o prazo do artigo anterior, se a obrigação não for atendida, a autoridade
encarregada da fiscalização lavrará auto de desobediência ou de desacato, mencionando a
ocorrência, local, dia e hora, arrolando duas testemunhas, com a menção do domicílio destas.

§ 1º Cuidando-se de desobediência ou desacato, o responsável será sempre pessoa física,


componente da firma, ou seu preposto ou empregado, a quem se atribua o fato incriminado.

§ 2º Se da infração, desobediência ou desacato resultar a necessidade de remoção ou


apreensão da coisa, do material ou do animal, a autoridade promoverá essa diligência
consoante as normas desta Lei, consignando no auto que o infrator responderá pelas
despesas, além da multa.

§ 3º A autoridade fará o relacionamento das despesas, incluindo o seu montante no processo


da infração, com um extrato da conta.

§ 4º Concluído o processo de desobediência ou desacato, a Prefeitura o encaminhará ao Juízo


Criminal, para a ação penal.

Art. 13 Se o autuado não satisfizer o pagamento da multa imposta, será esta inscrita em dívida
ativa, para ser cobrada judicialmente com os acréscimos impostos na decisão.
Art. 14 Na reincidência, a multa será cominada em dobro, considerando-se reincidência a
infração repetida de igual preceito desta Lei, o que justificará, anteriormente, autuação e
punição do mesmo infrator.

Art. 15 As multas serão aplicadas em grau mínimo, médio ou máximo.

Parágrafo Único - Na imposição da multa, e para graduá-la, ter-se-á em vista:

I - a maior ou menor gravidade da infração;

II - as circunstâncias atenuantes ou agravantes;

III - os antecedentes do infrator, relativamente às disposições desta Lei.

Art. 16 A penalidade, envolvendo com multa as demais exigências da decisão, não isenta o
infrator da obrigação, também, de reparar o dano resultante da infração prevista no Código
Civil.

Art. 17 Nos casos de apreensão, a coisa apreendida será recolhida ao Depósito da Prefeitura
ou local que esta indicar, podendo, também, ser em mãos de terceiros ou do próprio infrator,
e a esse encargo se aplicam as normas do "fiel depositário", previstas na legislação civil.

Parágrafo Único - A devolução da coisa apreendida somente se fará depois de pagos multas e
tributos, a que se somarão as despesas feitas com a apreensão, inclusive o transporte e o
depósito.

Art. 18 Na hipótese de não ser reclamada e retirada a coisa dentro de trinta dias da apreensão,
proceder-se-á sua venda em hasta pública por funcionários designados pelo Prefeito,
publicando-se edital uma única vez no órgão oficial da municipalidade, sendo o apurado
aplicado no pagamento da multa e indenização de despesas de que trata o artigo anterior, e
entregue qualquer saldo ao proprietário, mediante requerimento instruído e processado.

§ 1º Será dispensada a avaliação antecedendo à venda, quando a coisa for de valor pequeno,
e, se a avaliação for aconselhável, esta se fará por funcionário da municipalidade, indicado
pelo Prefeito.

§ 2º Será dispensado o leilão e entregue a coisa a estabelecimentos de caridade, em forma de


doação, se a mesma for de pequeno valor ou as circunstâncias aconselharem esse
procedimento.

Art. 19 Não são diretamente puníveis com as penalidades desta Lei:

I - os incapazes, na forma da lei;

II - os que forem coagidos a cometer a infração, o que deverá ser comprovado pelo
interessado.
Art. 20 Sempre que a infração for praticada por qualquer dos agentes aludidos no artigo
anterior, a penalidade recairá sobre o seu responsável ou sobre aquele que der causa à
infração forçada.

Art. 21 É responsável pela infração, pagamento da multa e acréscimos:

I - o proprietário do imóvel ou da coisa;

II - o transportador, e não sendo este autônomo, a pessoa a quem presta obediência;

III - o inquilino ou ocupante do imóvel, se o contrato atribuir àquele ou a este essa


responsabilidade, excluindo-a, expressamente, do proprietário.

Art. 22 Nos prédios de condomínio e de habitação coletiva, e quando ocorrer a impossibilidade


de ser identificado o infrator, o síndico é a pessoa legítima para ser notificado da infração, e os
prazos correrão de seu "ciente", ainda que se recuse a apor a sua assinatura.

Parágrafo Único - Na hipótese de inexistência de síndico nas habitações coletivas e quando não
identificável por qualquer motivo, o autor da infração, a notificação será feita a um dos
condôminos ou a um dos ocupantes do imóvel, estendida aos demais, nominalmente, por
edital no órgão oficial da municipalidade, de cuja data de publicação correrá o prazo de defesa
para todos, coletivamente, in solidum.

CAPÍTULO III
DO AUTO DE INFRAÇÃO DEFESa) DECISÃO - EXECUÇÃO

Art. 23 Auto de infração é o instrumento por meio do qual a autoridade municipal fixa o fato
da violação das normas desta Lei e outras leis, decretos e regulamentos que venham integrá-
la.

Art. 24 Dará motivo à lavratura de auto de infração qualquer violação ou inobservância dos
preceitos aludidos no artigo anterior.

Art. 25 São autoridades competentes para lavrar o auto de infração, os fiscais ou outros
funcionários de nomeação ou designação para fazer cumprir as normas de posturas
municipais.

Art. 26 O auto de infração, que poderá ser impresso ou datilografado, conterá:

I - o dia, mês, ano e lugar em que foi lavrado;

II - nome ou nomes de quem o lavrou e do infrator, relatório da ocorrência, circunstâncias


agravantes e atenuantes da ação do infrator e qualificação deste;

III - disposição legal infringida;

IV - assinatura do infrator, de quem lavrou o auto e duas testemunhas, mencionando a


circunstância de inexistência destas.
Art. 27 Recusando-se o infrator a assinar o auto, esse procedimento não invalida o
instrumento, que deverá, então, consignar a recusa. Neste caso, deverá, em falta da assinatura
do infrator, conter a de duas testemunhas.

Art. 28 O autuado terá o prazo de cinco dias para oferecimento da defesa, contado da data do
auto ou da data da publicação do edital de sua notificação, uma única vez, no jornal local dos
atos da municipalidade, publicação essa na hipótese do infrator, por qualquer modo,
embaraçar a sua intimação, ocultando-se ou se ausentando.

Art. 29 A defesa será oferecida em requerimento dirigido ao Prefeito, com ou sem alegações.

Art. 30 Quando necessário, a juízo da Comissão Julgadora, o autuado será ouvido, em cinco
dias sobre a defesa.

Parágrafo Único - Diligências mínimas poderão ser determinadas pela Comissão Julgadora,
para instrução do processo.

Art. 31 Concluída a instrução, será a decisão prolatada no prazo de 30 dias.

Art. 32 O Prefeito criará uma comissão composta por três funcionários da Prefeitura, de
reconhecida capacidade jurídica, para julgamento dos recursos dos autos de infração, que
decidirão por maioria na aplicação das multas e demais cominações.

Art. 33 Proferida a decisão, desta será intimado o infrator, que terá o prazo de dez (10) dias
para o recolhimento da multa decorrente da penalidade.

I - a intimação será feita em uma única publicação no jornal dos atos oficiais da
municipalidade;

II - vencido o prazo de dez dias, não realizando o recolhimento, o processo irá à inscrição, em
dívida ativa, e, conseqüentemente, expedida a certidão para a cobrança judicial.

Art. 34 Se o julgamento concluir pela improcedência do auto de infração, a Comissão


recorrerá, sempre ex officio, para o Prefeito, se este não for o prolator da decisão.

Art. 35 Se preferir, o infrator poderá pagar em dez parcelas mensais e de igual valor o
montante do recolhimento, acrescido de juros e correções monetárias.

Parágrafo Único - A súplica de parcelamento, se peticionada em processo no qual a decisão


haja cominado, também, a penalidade de fazer ou desfazer, terá o curso somente depois de
haver o infrator cumprido esta obrigação.

TÍTULO II
DA HIGIENE PÚBLICA E DA POLÍCIA SANITÁRIA

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 36 A Higiene Pública e a Polícia Sanitária, que se incluem na organização dos serviços
públicos municipais, constituem atribuições da Prefeitura, de promover e fiscalizar a higiene e
o asseio:

I - das vias públicas e logradouros;

II - das habitações em geral;

III - dos estabelecimentos comerciais e industriais, quanto, também, à sua localização,


instalações e uso de materiais combustíveis, evitando que os resíduos destes provoquem a
poluição do ar e da água, em prejuízo da população e do asseio das casas, para o que recorrerá
aos meios administrativos e judiciais;

IV - da alimentação, no que se estenderá à fabricação, distribuição, depósito, mercados e


ambulantes;

V - das águas e seus cursos, destinados ao público e a particulares;

VI - dos estábulos, cocheiras, granjas, pocilgas e oficinas.

CAPÍTULO II
DA LIMPEZA PÚBLICA

Art. 37 A limpeza pública exercitada pela Prefeitura ou concessionário tem por objetivo na
cidade, na sede dos distritos e dos povoados:

I - promover o asseio das ruas e dos logradouros;

II - transportar o lixo das habitações e dos estabelecimentos;

III - impor aos moradores, comerciantes e industriais, a limpeza do passeio fronteiriço de suas
casas e estabelecimentos.

Art. 38 É proibido terminantemente:

I - a lavagem e varredura do passeio depois das sete horas da manhã;

II - a varredura ou remoção dos detritos do interior dos prédios, terrenos, telhados e veículos
para a via pública;

III - despejar lixo, animais mortos ou infectados, entulhos, papéis, restos de invólucros,
anúncios ou quaisquer detritos no leito dos passeios, vias públicas, logradouros, rios, lagoas,
valões, ou nas áreas particulares de terceiros;

IV - colocar caixotes, engradados, tambores usados, vazios ou não, nos meios-fios ou sarjetas
para criar obstáculos para o trânsito de pedestres, de veículos ou estacionamentos destes;
V - lavar roupa em chafariz, fontes ou tanques situados na via pública;

VI - fazer ou consentir o escoamento dos resíduos de oficinas, de postos de combustíveis ou de


águas residuais, estabelecimentos e terrenos para a rua ou áreas de terceiros;

VII - consertar, recuperar, lavar e realizar tarefas em veículos, comprometendo o asseio dos
passeios e das ruas;

VIII - conduzir, sem as precauções devidas, quaisquer materiais que comprometam o asseio
das ruas e das casas, seja com o derramamento ou com a flutuação pelo vento;

IX - queimar, mesmo nos próprios quintais, lixo ou outros corpos ou detritos, em quantidade
capaz de molestar a vizinhança;

X - aterrar vias públicas com lixo, materiais velhos ou detritos;

XI - conduzir na cidade, vilas ou povoações, estradas ou em transportes coletivos, pessoas ou


animais evidentemente portadores de moléstias contagiosas, salvo com as necessárias
precauções de higiene;

XII - comprometer, por qualquer forma, a limpeza das águas destinadas ao uso e consumo
público ou particular, ao bebedouro de animais e à piscicultura;

XIII - conservar água estagnada nos quintais ou pátios dos prédios situados na cidade, na sede
dos distritos e dos povoados, sendo de obrigação do proprietário do imóvel os trabalhos de
escoamento, quando esta não for de evidente atribuição do poder público;

XIV - comprometer o asseio da cidade, dos prédios e a saúde do povo com o resíduo de
combustíveis usados nas indústrias particulares.

Art. 39 Não serão considerados, para serem coletados pelo poder público, o lixo e os entulhos
avultados de habitações, fábricas e oficinas, inclusive os resíduos, os materiais excrementícios,
os dejetos e retraços de cocheiras, os sarrafos, palhas, restos de embalagens, galhos de árvore
e folhas resultantes de poda e asseio de jardins ou quintais, considerando-se infração a
impertinência do seu lançamento na via pública, logradouro ou curso d`água.

Art. 40 A infração de qualquer dos incisos do Art. 38 e do Art.39 autoriza a imposição de multa
do valor de 25% até dez salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de outras
cominações, conforme a ocorrência.

CAPÍTULO III
DOS PRÉDIOS E HABITAÇÕES EM GERAL

Art. 41 Nenhum prédio, total ou parcialmente vago, ou recentemente construído, reconstruído


ou remodelado, poderá, no todo ou em parte, ser habitado ou ocupado por estabelecimento
comercial ou industrial, sem que a Prefeitura conceda, previamente, o "habite-se", a
requerimento do proprietário ou do responsável.
Art. 42 O proprietário, ou quem tiver legítimo e comprovado interesse ou direito na ocupação
do prédio, seja residência, comércio ou indústria, dirigirá requerimento ao Prefeito, que
determinará a vistoria para a concessão e o indispensável "habite-se".

§ 1º Ao requerimento, sempre deverá ser juntado um "croquis" da rede e instalações d`água e


esgoto, que, ulteriormente, só poderão ser alterados com o "aprovo" da autoridade municipal
competente, mediante requerimento do ocupante ou proprietário do imóvel, constituindo
infração essa omissão.

§ 2º A Prefeitura poderá, antecipando-se à vistoria, conceder o "habite-se" provisório, na


hipótese de habitação proletária.

Art. 43 A infração dos Arts. 41 e 42 e incisos importa em imposição de multa no valor de 10%
até um salário mínimo mensal da região contra o responsável ou responsáveis, se houver
ocorrido uma única ou maior número de ocupações, estas na hipótese de habitação coletiva
ou condomínio.

Art. 44 Se as condições do prédio a que se referem os Arts. 41 e 42 forem absolutamente anti-
higiênicas ou mesmo forem inadaptáveis aos fins da ocupação em vista, será, além da multa,
declarado interditado e considerado inabitado para todos os efeitos de direito.

Parágrafo Único - Na interdição, será "ciente" por notificação o proprietário, inquilino ou


ocupante, ou quem os represente, publicada essa declaração na imprensa oficial da
municipalidade.

Art. 45 Todos os serviços destinados à servidão do prédio, como sejam: água, esgoto, luz, etc.,
sejam ou não explorados ou fiscalizados pela municipalidade, serão declarados ligados ao
prédio, quando ocorrerem os fatos do Art. 44.

§ 1º Quando para efetividade do que estabelece este artigo, o Prefeito dirigirá imediata
comunicação à empresa ou companhia de exploração daqueles serviços para que não sejam
fornecidos ou sejam cancelados e desligados do prédio objeto da infração.

§ 2º A Prefeitura promoverá pelos meios adequados o cumprimento do § 1º, na hipótese de


desatendimento do que nele se contém, se decorridos dez dias da comunicação.

Art. 46 Quando o mau estado do prédio afetar os gêneros alimentícios que aí se acharem
expostos ou armazenados para o consumo, serão estes apreendidos e transportados para o
Depósito Público ou acomodações designadas pela municipalidade, às expensas do
proprietário das mercadorias, a quem serão devolvidas a requerimento deste, depois de pagas
todas as despesas de remoção e de armazenamento.

Art. 47 As visitas sanitárias têm por fim:

I - corrigir e prevenir os defeitos de construção e de alteração da estrutura dos prédios no que


concerne à saúde e ao asseio, quando denunciados ou identificados;

II - evitar o surgimento e a propagação de doenças transmissíveis;


III - verificar os casos de doenças de notificação compulsória.

Art. 48 Todas as obras de asseio e de higiene, sejam reparos, consertos ou adaptação,


indicadas em notificação ou observação da autoridade sanitária, serão fielmente executadas
no prazo que esta fixar, sob pena da aplicação da multa prevista no Art. 43, e quando for o
caso, caberá a providência do Art. 44, sem prejuízo da instauração do processo de
desobediência ou desacato.

Art. 49 Os prédios de apartamentos e de habitação coletiva deverão ser ditados de instalação
incineradora e coletora de lixo, esta convenientemente disposta, perfeitamente vedada e
dotada de dispositivos para a limpeza e lavagem.

Art. 50 Nenhum prédio situado em via pública dotada de rede de água e esgoto poderá ser
habitado sem que disponha dessas utilidades e seja provido de instalações sanitárias.

Art. 51 Os prédios de habitação coletiva terão abastecimento d`água, banheiras e privadas em
número proporcional ao de seus moradores.

Art. 52 Não serão permitidas nos prédios da cidade, da sede dos distritos e dos povoados,
providos de rede de abastecimento d`água e de esgoto, a abertura ou a manutenção de
cisternas.

Art. 53 As chaminés de qualquer espécie de fogões ou fornalhas de casas particulares,


restaurantes, pensões, hotéis ou estabelecimentos industriais terão altura e instalações
suficientes para que a fumaça, a fuligem ou outro resíduo que possam expelir não incomodem
a coletividade, podendo a Prefeitura intervir pelos meios adequados e compelir os
responsáveis à realização de obras e colocação de aparelhagem a fazer cessar o inconveniente,
providência essa sem prejuízo da aplicação da multa cominada no Art. 40, no inciso XIV do Art.
38, desta Lei.

Art. 54 A infração do disposto nos Arts. 49, 50, 51, 52 e 53 autoriza a imposição de multa do
valor de 20% até dez salários mínimos da região, sem prejuízo de outras cominações aplicáveis
à espécie.

CAPÍTULO IV
DA HIGIENE DOS ESTABELECIMENTOS

Art. 55 Os hotéis, restaurantes, bares, cafés, botequins e estabelecimentos congêneres


deverão observar o seguinte:

I - a lavagem da louça e talheres deverá fazer-se em água corrente, não sendo permitida, sob
qualquer hipótese, a lavagem em baldes, tonéis ou vasilhames;

II - a limpeza da louça e talheres deverá ser feita com água fervente;

III - os guardanapos e toalhas serão de uso individual;


IV - os açucareiros serão do tipo que permitem a retirada do açúcar sem o levantamento da
tampa;

V - a louça e os talheres deverão ser guardados em armários com portas e ventilados, não
podendo ficar expostos à poeira e a moscas.

Art. 56 Os estabelecimentos a que se referem o artigo anterior são obrigados a manter seus
empregados ou garçons limpos, convenientemente trajados, de preferência, uniformizados.

Art. 57 Nos salões de barbeiros e cabeleireiros é obrigatório o uso de toalhas e golas


individuais.

Parágrafo Único - Os oficiais ou empregados usarão durante o trabalho, blusas brancas,


apropriadas e rigorosamente limpas.

Art. 58 Nos hospitais, casas de saúde e maternidade, além das disposições gerais desta Lei que
lhe forem aplicáveis, é obrigatória:

I - a existência de uma lavanderia a água quente, com instalação completa de desinfecção;

II - a existência de depósito apropriado para roupa servida;

III - a instalação de necrotério;

IV - a instalação de uma cozinha, com no mínimo três peças, destinadas respectivamente a


depósito de gêneros, a preparo de comida e à distribuição de comida e lavagem, à
esterilização de louça e utensílios, devendo todas as peças ter os pisos e paredes revestidos de
ladrilhos ou cimento, até a altura mínima de dois metros.

Art. 59 A instalação dos necrotérios e capelas mortuárias será feita em prédio isolado, distante
no mínimo vinte metros das habitações vizinhas e situados de maneira que o seu interior não
seja devassado ou descortinado.

Art. 60 As cocheiras, estábulos, granjas destinadas à avicultura e cunicultura não serão
permitidas na zona urbana da cidade, na sede dos distritos e dos povoados, e, os instalados
fora desse perímetro deverão obedecer:

I - conservar a distância mínima de dois metros e meio entre a construção e a divisão do lote;

II - possuir muros divisórios, com três metros de altura mínima, separando-se dos terrenos
limítrofes;

III - possuir sarjetas de revestimento impermeável para águas residuais e pluviais;

IV - possuir depósito para estrume à prova de insetos e com capacidade para receber a
produção de vinte e quatro horas, e o qual deverá ser removido diariamente para a zona rural;

V - possuir depósito para forragem isolada a parte destinada aos animais, e devidamente
vedado aos ratos;

VI - manter completa separação entre os possíveis compartimentos para empregados da parte


destinada aos animais;

VII - possuir abastecimento d`água para bebedouro e para o asseio.

Art. 61 A infração dos Arts. 55 a 60 anteriores, inclusive os incisos, autoriza contra o infrator a
imposição da multa do valor de 20% até 5 salários mínimos da região, incluindo na cominação
outros preceitos aplicáveis.

CAPÍTULO V
DA HIGIENE DOS ALIMENTOS

Art. 62 A Prefeitura exercerá severa fiscalização na produção, comércio e consumo de gêneros
alimentícios, também em colaboração ou convênio com as autoridades sanitárias do Estado ou
da União.

Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei, consideram-se gêneros alimentícios todas as
substâncias sólidas ou líquidas destinadas a ser ingeridas pelo homem, executados os
medicamentos.

Art. 63 Não será permitida a produção, exposição ou venda de gêneros alimentícios


deteriorados, adulterados ou nocivos à saúde, os quais serão apreendidos pelo funcionário
encarregado da fiscalização e removidos para o local destinado à inutilização dos mesmos.

§ 1º A inutilização dos gêneros não eximirá a fábrica ou estabelecimento comercial do


pagamento das multas e demais penalidades que possam sofrer em virtude da infração.

§ 2º A reincidência na prática das infrações previstas neste artigo determinará a cassação da


licença para o funcionamento da fábrica ou casa comercial, ou do ambulante.

Art. 64 As padarias, as confeitarias, os ambulantes e mais estabelecimentos destinados à


venda de gêneros e produtos alimentícios estão rigorosamente obrigados a evitar a poeira, o
contágio de moscas, baratas e outros insetos, e a inobservância desta advertência autoriza a
inutilização desses alimentos pelos agentes da fiscalização.

Art. 65 É terminantemente proibido aos estabelecimentos enumerados no artigo anterior


manter no balcão, atendendo a fregueses e consumidores, simultaneamente manipulando
dinheiro em espécie, as mesmas pessoas, sem distinção para o exercício exclusivo de "caixa".

Art. 66 Nas quitandas e casas congêneres, além das disposições gerais concernentes aos
estabelecimentos de alimentos para o consumo, deverão ser observados os seguintes
preceitos:

I - o estabelecimento terá para depósito de verduras, que devem ser consumidas sem cocção,
recipientes ou dispositivos de superfície impermeável, e à prova de moscas, poeira e quaisquer
contaminações;
II - as frutas expostas à venda serão colocadas sobre mesas ou estantes rigorosamente limpas
e afastadas um metro, no mínimo, das ombreiras das portas externas;

III - as gaiolas para aves serão de fundo móvel, para facilitar a sua limpeza, que será
diariamente.

Parágrafo Único - É proibido utilizar-se para outro qualquer fim, dos depósitos de hortaliças,
legumes e leite.

Art. 67 É proibido ter em depósito ou expostos à venda:

I - aves doentes;

II - frutas não sazonadas;

III - legumes, hortaliças, frutas ou ovos deteriorados.

Art. 68 Toda a água que tenha de servir na manipulação ou preparo de gêneros alimentícios,
desde que não provenha do abastecimento público, deve ser comprovadamente pura.

Art. 69 O gelo destinado ao uso alimentar deverá ser fabricado com água potável, isento de
qualquer contaminação.

Art. 70 Na infração de qualquer dos artigos, parágrafos ou incisos deste capítulo, será imposta
a multa do valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de outras
cominações.

TÍTULO III
DA POLÍCIA DE COSTUMES, DE SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA

CAPÍTULO I
DA MORALIDADE E SOSSEGO PÚBLICO

Art. 71 A Prefeitura exercitará atribuições de policiamento de costumes, de segurança e ordem


pública, podendo fazê-lo com seus agentes ou em convênio com o Estado ou União.

Art. 72 É expressamente proibido:

I - explorar o comércio de gravuras, jornais ou revistas pornográficas ou obscenas, como


atentar, por qualquer meio, contra a moral ou os bons costumes, com palavras, gestos e
nudez;

II - perturbar o sossego público, com ruídos e sons excessivos, não se permitindo:

a) o uso de motores de explosão desprovidos de aparelho silencioso, ou com este em mau


estado de funcionamento;
b) o uso de buzinas, clarins, tímpanos, campainhas ou outros aparelhos de som, além de
excessivo, estridente;
c) a propaganda realizada com alto-falantes, fixos ou veículos, sem prévia licença ou
autorização na Prefeitura, assim como bumbos, tambores, cornetas, etc;
d) os ruídos produzidos por morteiros, bombas e demais fogos ruidosos;
e) os apitos ou silvos de sirenes de fábricas, cinemas, ou outros estabelecimentos, por mais de
30 segundos, ou depois das 22 horas;
f) os batuques, congados e outros divertimentos congêneres, sem licença das autoridades.

Parágrafo Único - Excetuam-se das proibições deste artigo:

I - os tímpanos, sinetas ou sirenes dos veículos de Assistência, Corpo de Bombeiro e Polícia;

II - os apitos das rondas e guardas policiais.

Art. 73 Os proprietários ou seus prepostos de estabelecimentos que funcionam depois das 22
horas são os responsáveis pela cessação, a partir desse horário, de barulho, desordem ou
algazarra no seu interior, com perturbação da tranqüilidade e do bem-estar da vizinhança,
cabendo-lhes, imediatamente, denunciar a ocorrência à autoridade, sob pena de multa pela
infração, além de ser, na reincidência, cassada a licença, pelo menos para esse horário
extraordinário.

Art. 74 É proibido executar qualquer trabalho ou serviço que produza ruído, antes das 7 horas
e depois das 20 horas, nas proximidades de hospitais, escolas, asilos e casas de residências.

Art. 75 As instalações elétricas só poderão funcionar quando tiverem dispositivos capazes de
eliminar ou, pelo menos, reduzir, ao mínimo, as correntes parasitas, diretas ou induzidas, as
oscilações de alta freqüência, chispas e ruídos prejudiciais a rádio recepção.

Parágrafo Único - As máquinas e aparelhos que, a despeito da aplicação de dispositivos


especiais, não apresentarem diminuição sensível das perturbações, não poderão funcionar aos
domingos e feriados, nem a partir das dezoito horas, nos dias úteis.

Art. 76 É proibido estender roupas ou colocar gaiolas de pássaros, ou ainda qualquer objeto de
uso doméstico, inclusive vasos de plantas, às janelas que deitarem para as vias públicas.

Parágrafo Único - No perímetro da cidade, ninguém poderá estender roupas nas ruas, praças,
muros e margens do rio, lagos ou canal.

Art. 77 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, será imposta a multa correspondente ao
valor de 10% até dois salários mínimos mensais da região, sem prejuízo da cominação de
outras penalidades previstas nesta Lei.

CAPITULO II
DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

Art. 78 Divertimentos públicos para os efeitos desta Lei são os que se realizam nas vias
públicas ou em recintos fechados, de livre acesso ao público ou cujos ingressos sejam
numerados.
§ 1º Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem licença da Prefeitura ou
pagamento do imposto respectivo.

§ 2º O requerimento de licença para o funcionamento de qualquer casa de diversão será


instruído com a prova de terem sido satisfeitas as exigências regulamentares referentes à
construção e higiene do edifício, e procedida a vistoria policial.

Art. 79 Em todas as casas de diversões públicas, assim como nos casos de shows, comícios,
festas realizadas em vias públicas, serão observadas as seguintes disposições, além das
estabelecidas pelo Código de Obras:

I - tanto as salas de entradas como as do espetáculo serão mantidas higienicamente limpas;

II - as portas e os corredores para o exterior serão amplos e conservados sempre livres de


grades, móveis ou quaisquer objetos que possam dificultar a retirada rápida do público em
qualquer emergência.

III - todas as portas de saída serão encimadas pela inscrição "SAÍDA", legível à distância e
luminosa de forma suave quando se apagarem as luzes da sala;

IV - os aparelhos destinados à renovação do ar deverão ser conservados e mantidos em


perfeito funcionamento;

V - obrigatoriamente, deverá possuir a de diversão instalações sanitárias independentes para


homens e mulheres; nos casos de eventos em vias públicas, deverá ocorrer os banheiros
químicos.

VI - serão tomadas todas as precauções necessárias para evitar incêndios, sendo obrigatória a
adoção de extintores de fogo em locais visíveis, de fácil acesso;

VII - possuirão bebedouros automáticos de água filtrada e escarradeira hidráulica, em perfeito


estado de funcionamento;

VIII - durante os espetáculos, deverão as portas conservar-se abertas, vedadas apenas com
reposteiros ou cortinas;

IX - deverão possuir material de pulverização de inseticidas;

X - o mobiliário será mantido em perfeito estado de conservação;

XI - o responsável terá o prazo de 30 dias, antes do evento, em vias públicas, para requerer a
prefeitura os banheiros químicos, sob pena de indeferimento do pedido.

Parágrafo Único - É proibido aos espectadores, sem distinção de sexo, assistir aos espetáculos
de chapéu à cabeça ou fumar no local das funções.

Art. 80 Em todos os teatros, cinemas, ou salas de espetáculos, serão reservadas quatro
lugares, destinados às autoridades policiais, municipais ou encarregados da fiscalização.

Art. 81 Nas casas de espetáculos de sessões consecutivas que não tiverem exaustores
suficientes, deve, entre saída e a entrada dos espectadores, decorrer lapso de tempo
suficiente para o efeito de renovação de ar.

Art. 82 Os programas anunciados serão executados integralmente, não podendo os


espetáculos iniciar-se em hora diversa da marcada.

§ 1º Em caso de modificação do programa ou de horário, e quando ocorrer reclamação, o


empresário devolverá aos espectadores o preço integral da entrada, ainda que a interrupção
ocorra com os espetáculos já iniciados.

§ 2º As disposições deste artigo aplicam-se inclusive às competições esportivas para as quais se


exija o pagamento de entrada.

Art. 83 Os bilhetes de entrada não poderão ser vendidos por preço superior ao anunciado e
em número excedente à lotação do teatro, cinema, circo ou sala de espetáculos, sendo, assim,
aconselhável adotar-se numeração de ordem sucessiva.

Art. 84 Não serão fornecidas licenças para a realização de jogos ou diversões ruidosas em local
considerado em área formada por um raio de 100 metros de hospitais, casa de saúde ou
maternidade.

Art. 85 Para funcionamento de teatros, além das demais disposições aplicáveis desta Lei,
deverão observar o seguinte:

I - a parte destinada ao público será inteiramente separada daquela outra destinada aos
artistas, não havendo entre as duas, mais do que as indispensáveis comunicações de serviço;

II - a parte destinada aos artistas deverá ter, quando possível, fácil e direta comunicação com
as vias públicas, de maneira que assegure saída e entrada franca, sem dependência da parte
destinada à permanência do público.

Art. 86 Para funcionamento de cinema serão, ainda, observadas as seguintes disposições:

I - só poderão funcionar em pavimento térreo;

II - os aparelhos de projeção ficarão em cabinas de fácil saída, construídas de materiais


incombustíveis;

III - no interior das cabinas, não poderá haver maior número de películas do que as necessárias
para as sessões de cada dia, e ainda assim, deverão elas estar depositadas em recipientes
especiais, incombustíveis, hermeticamente fechados, e que não sejam abertos por mais tempo
que o indispensável ao serviço.

Art. 87 A armação de circos de pano ou parques de diversões só será permitida em locais a
juízo da Prefeitura.
§ 1º A autorização de funcionamento dos estabelecimentos de que trata este artigo não
poderá ser por tempo superior a um ano.

§ 2º Ao conceder a autorização, poderá a Prefeitura estabelecer as restrições que julgar


convenientes, no sentido de assegurar a ordem e a moralidade dos divertimentos, bem como
o sossego da vizinhança.

§ 3º A seu juízo, poderá a Prefeitura não renovar a autorização concedida a um circo ou


parque de diversões, ou obrigá-los a novas restrições ao conceder-lhes a súplica de renovação.

§ 4º Os circos e parques de diversões, embora autorizados, só poderão ser franqueados ao


público depois de vistoriados em suas instalações pelas autoridades da Prefeitura.

Art. 88 Para permitir a armação de circos ou barracas em logradouros públicos, inclusive de


parques de diversões, poderá a Prefeitura condicionar a licença ou exigir, se assim julgar
conveniente, um depósito até o máximo de 5 salários mínimos mensais da região, como
garantia de despesa com a eventual limpeza e recomposição do logradouro.

Parágrafo Único - O depósito será restituído integralmente se não houver necessidade de


limpeza especial ou reparos; em caso contrário, serão deduzidas do mesmo as despesas com
aquele serviço.

Art. 89 Na localização de "dancing", ou de estabelecimentos de diversões noturnas, a


Prefeitura terá sempre em mira o sossego e decoro da população.

Art. 90 É expressamente proibido, durante os festejos carnavalescos, apresentar-se com


fantasias indecorosas, ou imitação e ridiculização de representantes da Igreja, ou de
autoridades civis e militares, bem como, atirar água ou outra substância que possa molestar os
transeuntes.

Art. 91 Fora do período destinado aos festejos carnavalescos, a ninguém é permitido


apresentar-se mascarado ou fantasiado nas vias públicas, salvo com licença especial das
autoridades.

Art. 92 Na infração de qualquer dos artigos e seus incisos ou parágrafos, deste Capítulo, será
imposta a multa correspondente ao valor de 20% até cinco salários mínimos mensais da
região, ao infrator ou infratores, sem prejuízo de outras cominações previstas nesta Lei.

CAPÍTULO III
DOS LOCAIS DE CULTO

Art. 93 As igrejas, os templos e as casas de culto são locais tidos e havidos por sagrados e, por
isso, devem ser respeitados, sendo proibido pichar suas paredes e muros, ou neles fixar
cartazes.

Art. 94 Nas igrejas, templos, capelas e outras casas de culto, os locais franqueados ao público
deverão ser conservados limpos, iluminados e arejados.
Parágrafo Único - Nessas casas religiosas, a lotação não deverá exceder ao espaço destinado às
reuniões.

CAPÍTULO IV
DO TRÂNSITO PÚBLICO

Art. 95 O trânsito, de conformidade com as leis vigentes, é livre, sujeito, porém, a restrições
impostas em legislação e regulamentos que visem à ordem, a segurança e o bem-estar da
população em geral, na circulação de pedestres, veículos e animais.

Parágrafo Único - Nessa movimentação, os pedestres, veículos e animais deverão seguir pela
direita, reservando a esquerda aos que se dirigem em sentido contrário.

Art. 96 É proibido conservar nas ruas, praças e passeios de casas ou estabelecimentos,
estradas ou caminhos, qualquer corpo que obste o trânsito.

§ 1º Sempre que houver necessidade de interromper o trânsito, deverá ser colocada


sinalização adequada, principalmente vermelha, visível de dia e luminosa à noite;

§ 2º Tratando-se de materiais cuja descarga não possa ser feita diretamente no interior dos
prédios, serão tolerados o despejo e permanência com período de tempo fixado pela
fiscalização, de forma a que a via pública não sofra congestionamento, ou simples embaraço
na sua circulação.

§ 3º Ainda que notificado pela fiscalização, mantenha o infrator o impedimento, a Prefeitura


poderá providenciar a remoção da coisa, material ou animal à custa de seu proprietário ou
responsável, sem prejuízo de cominação de multa e outras penalidades.

Art. 97 A circulação de carrinhos de crianças e de paralíticos é, excepcionalmente, permitida


pelos passeios das ruas e praças.

Art. 98 É expressamente proibido nas ruas da cidade, das sedes dos distritos e dos povoados:

I - conduzir animais ou veículos em disparada;

II - conduzir animais bravios sem a necessária precaução, ou domá-los, seja qual for o meio
empregado pelo domador;

III - cavalgar animais em pêlo ou munidos de cangalhas, exceto lavradores e tropeiros;

IV - conduzir carros de bois sem guieiros ou candeeiros.

Art. 99 É proibido transitar pelos passeios conduzindo objetos volumosos que possam
prejudicar a circulação dos pedestres.

Art. 100 É expressamente proibido danificar ou retirar sinais colocados nas vias, estradas ou
caminhos públicos para advertência do perigo ou de impedimento do trânsito.
Art. 101 Assiste à Prefeitura o direito de impedir o trânsito de qualquer veículo ou meio de
transporte que possa ocasionar danos, por qualquer modo, à via pública, ou ao próprio
público, ou particular.

Art. 102 Na infração de qualquer artigo, inciso ou alínea deste Capítulo, será imposta multa
correspondente ao valor de 20% até 5 salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de
outras cominações, além das previstas no Código Nacional de Trânsito.

CAPÍTULO V
DAS MEDIDAS REFERENTES AOS ANIMAIS

Art. 103 É proibida a permanência de animais soltos nas vias públicas, praças, estradas ou
caminhos.

§ 1º Os animais encontrados nas condições previstas neste artigo serão recolhidos ao depósito
da municipalidade.

§ 2º Os animais recolhidos por infringir o disposto neste artigo, deverão ser retirados por seu
dono no prazo de sete dias após serem marcados a ferro quente com uma sigla a ser elaborada
referente a sua apreensão, e pagamento de multas e despesas de manutenção.

§ 3º Após a segunda apreensão, comprovada com a existência da marca anterior, o


proprietário do animal deverá pagar uma multa adicional, em UFICAS, de R$ 150,00 (cento e
cinqüenta reais) por cabeça.

§ 4º Não sendo retirados, serão os animais levados à venda em hasta pública, precedido de
edital, e da quantia apurada será descontado o valor da multa e despesas, se assim for
suficiente.

§ 5º A parcela que sobrar, após a arrematação do valor aqui estabelecido, no caso de sua
segunda apreensão, será devolvido ao proprietário.

Art. 104 É proibida a criação, permanência ou engorda de porcos no perímetro urbano, quer
na cidade, na sede do distrito e povoado, sob pena de apreensão dos animais, recolhimento ao
depósito da municipalidade, sua venda em hasta pública, com o recolhimento do valor da
multa e despesas.

Parágrafo Único - Fica fixado o prazo de 90 dias de vigência desta lei para a remoção dos
animais encontrados em desobediência a este artigo, e extinção das cevas.

Art. 105 É proibida a criação de qualquer espécie do gado no perímetro urbano da sede
municipal ou distrital, sob pena de multa e recolhimento dos animais ao depósito da
municipalidade.

Art. 106 Os cães, ainda que de raça, que forem encontrados soltos nas vias públicas da cidade,
dos distritos e dos povoados, serão apreendidos e recolhidos ao depósito da Prefeitura.
§ 1º Ainda que de raça e registrado o cão, quando em companhia do dono, circulando na via
pública, ou praias, deverá estar amordaçado e seguro por um guia.

§ 2º Tratando-se de cão não registrado, será o mesmo sacrificado, quando apreendido e não
retirado por seu dono dentro de sete dias do recolhimento, mediante o pagamento da multa e
despesas de manutenção.

§ 3º Também, será sacrificado o cão registrado:

a) se vencido o prazo do § 2º;


b) sendo de raça e levada à hasta pública, não alcançar licitação.

Art. 107 Haverá, na Prefeitura, o registro de cães, que será feito anualmente, mediante o
pagamento da respectiva taxa.

§ 1º Aos proprietários de cães registrados, a Prefeitura fornecerá uma placa de identificação a


ser colocada por seu dono na coleira do animal.

§ 2º Para registro dos cães é obrigatória a apresentação do comprovante de vacinação anti-


rábica, que poderá ser feita às expensas da Prefeitura.

§ 3º Estarão isentos de matrículas os cães pertencentes a boiadeiros e ambulantes, em


trânsito pelo Município, desde que neste não permaneçam por mais de uma semana, mas
cumprirão a exigência do § 1º, do Art.106, se circularem soltos.

Art. 108 Não será permitida a passagem ou estacionamento de rebanhos ou tropas na cidade,


exceto nas ruas não centrais e à noite.

Art. 109 Ficam proibidos os espetáculos de feras e as exibições de cobras e quaisquer animais


perigosos sem as necessárias precauções, mediante autorização da fiscalização municipal.

Art. 110 É expressamente proibido:

I - criar abelhas nos locais de maior concentração urbana;

II - criar galinhas nos porões e no interior das habitações;

III - criar pombos nos forros das casas de residência.

Art. 111 É expressamente proibido a qualquer pessoa maltratar os animais ou praticar atos de
crueldade contra os mesmos, tais como:

I - transportar, nos veículos de tração animal, cargas ou passageiros de peso superior às suas
forças;

II - carregar animais com peso superior a 150 quilos;

III - montar animais que já tenham a carga permitida;


IV - fazer trabalhar animais doentes, feridos, extenuados, aleijados, enfraquecidos ou
extremamente magros;

V - obrigar qualquer animal a trabalhar mais de 8 horas contínuas, sem descanso, e mais de 6
horas, sem água e alimento apropriado;

VI - martirizar animais para deles alcançar esforços excessivos;

VII - castigar de qualquer modo animal caído, com ou sem veículo, fazendo-o levantar à custa
de castigo e sofrimento;

VIII - castigar com rancor e excesso qualquer animal;

IX - conduzir animais de cabeça para baixo suspensos pelos pés ou asas, ou em qualquer
posição anormal, que lhe possibilite causar sofrimento;

X - transportar animais amarrados à traseira de veículos ou atados um ao outro pela cauda;

XI - abandonar, em qualquer ponto, animais doentes, extenuados, enfraquecidos ou feridos;

XII - amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem água, ar, luz e alimentos;

XIII - usar de instrumento diferente de chicote leve para estimular e corrigir animais;

XIV - empregar arreios que possam constranger, ferir ou magoar o animal;

XV - praticar todo ou qualquer ato, mesmo não especificado nesta Lei, que acarrete sofrimento
para o animal.

Art. 112 Na infração de qualquer artigo ou seus incisos deste Capítulo, será imposta a multa
correspondente ao valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, sem prejuízo das
demais cominações.

Parágrafo Único - Qualquer pessoa do povo poderá autuar os infratores, devendo o auto
respectivo, ser assinado com duas testemunhas e enviado à Prefeitura, para fins de direito.

CAPÍTULO VI
DA EXTINÇÃO DE INSETOS NOCIVOS

Art. 113 Todo proprietário ou ocupante de terreno, cultivado ou não, dentro dos limites do
Município, é obrigado a extinguir os formigueiros e cupinzeiros existentes dentro de sua
propriedade.

Art. 114 Verificada, pelos fiscais da Prefeitura, a existência de formigueiros ou cupinzeiros,


será feita intimação ao proprietário do terreno, seu preposto, inquilino ou empregado, onde
aqueles insetos estiverem localizados para proceder a sua extinção, marcando-se o prazo de
30 dias para se proceder ao extermínio.
Parágrafo Único - Se, no prazo fixado, não for extinto o formigueiro ou pelo menos atacado,
inclusive o cupinzeiro, a Prefeitura incumbir-se-á de fazê-lo, ficando aquele infrator sujeito à
penalidade de multa e desobediência, além das despesas.

Art. 115 Na infração dos artigos deste Capítulo, o infrator responderá por multa de 20% até
três salários mínimos regionais mensais, além, quando couber, da pena de desobediência e
mais cominações previstas nesta Lei.

CAPÍTULO VII
DO EMPLACAMENTO DAS VIAS PÚBLICAS

Art. 116 Sempre que à face das ruas e praças, se tenham de fazer obras de construção,
reconstrução ou demolição de prédios, não se iniciarão tais serviços sem que previamente se
tenha fechado a frente do edifício com um tapume provisório, de tábuas ou folhas de zinco.

Art. 117 Nos trechos ainda desprovidos de passeios, poderão os andaimes ser levantados sem
os tapumes a que se refere o artigo antecedente, obedecendo, porém, as seguintes exigências:

I - serem precedidas de licença que poderá ser solicitada e concedida juntamente com a da
obra principal;

II - serem dispostos de modo que não empanem as lâmpadas de iluminação pública, nem as
placas denominativas das ruas;

III - ter em lugar bem visível aos transeuntes uma lâmpada acesa durante a noite, por conta da
obra;

IV - não causarem danos às árvores, aparelhos de iluminação e redes telefônicas e de


distribuição de energia elétrica.

Art. 118 Poderão ser armados coretos ou palanques provisórios nos logradouros públicos para
comícios políticos, festividades religiosas, cívicas ou de caráter popular, observadas as
seguintes condições:

I - serem aprovados pela Prefeitura, quanto à sua localização;

II - não perturbarem o trânsito;

III - não prejudicarem o calçamento nem o escoamento de águas pluviais, correndo por conta
dos responsáveis pelas festividades os estragos acaso verificados;

IV - serem removidos no prazo máximo de 24 horas, a contar do encerramento dos festejos.

Parágrafo Único - Uma vez findo o prazo estabelecido no item IV, a Prefeitura promoverá a
remoção do coreto ou palanque, cobrando do responsável as despesas respectivas, dando ao
material o destino que entender, sem obrigação de indenização.
Art. 119 É proibido podar, cortar, derrubar ou sacrificar árvores de arborização pública, sem
consentimento expresso da Prefeitura.

Art. 120 Só poderão ser colocados nas vias públicas e nos logradouros, mediante prévia
autorização da Prefeitura, que indicará as posições convenientes e as condições da respectiva
instalação, para preservar, mormente, o alinhamento, os postes telegráficos, de iluminação e
de força, as caixas postais, os chamados "orelhões" telefônicos, os avisadores de incêndio e
respectivos hidrantes, as balanças para pesagem de veículos e cargas de qualquer natureza.

Art. 121 As bancas para a venda de jornais e revistas poderão ser permitidas nos logradouros
públicos, desde que satisfaçam as seguintes condições:

I - terem a sua localização aprovada pela Prefeitura;

II - apresentarem bom aspecto de estética e de asseio;

III - não perturbarem o trânsito público;

IV - serem de fácil remoção.

Art. 122 Os relógios, estátuas, fontes e quaisquer monumentos somente serão colocados nos
logradouros públicos se a iniciativa, quanto à sua localização, for aprovada pela Prefeitura.

Parágrafo Único - No caso de paralisação ou mau funcionamento do relógio instalado no local


público, seu mostrador deverá permanecer coberto.

Art. 123 Na infração de qualquer artigo, inciso ou alínea deste Capítulo, será imposta ao
infrator multa no valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, e mais cominações
que couberem.

CAPÍTULO VIII
DOS INFLAMÁVEIS E DOS EXPLOSIVOS

Art. 124 À Prefeitura cabe, com o máximo rigor, fiscalizar a fabricação, o comércio, o
transporte e o emprego de inflamáveis e explosivos.

Art. 125 São considerados inflamáveis:

I - o fósforo e materiais fosforados;

II - os carburetos, o alcatrão e as matérias betuminosas líquidas;

III - a gasolina e os demais derivados de petróleo;

IV - os éteres, álcoois, a aguardente, os óleos em geral, e toda e qualquer substância cujo


ponto de inflamabilidade seja acima de cento e trinta e cinco graus centígrados (135º).

Art. 126 São considerados explosivos:


I - os fogos de artifícios;

II - a nitroglicerina e seus compostos e derivados;

III - a pólvora, o algodão-pólvora, as espoletas, os estopins, os cartuchos de guerra, caça e


minas;

IV - os fulminatos, cloratos, formiatos e congêneres.

Art. 127 É absolutamente proibido:

I - ter fábrica de pólvora e de fogos de artifício, ou quaisquer outros em que sejam empregadas
substâncias inflamáveis ou explosivas, fora dos lugares e excedendo à quantidade consignada
na licença expedida pela Prefeitura;

II - ter em depósito substâncias inflamáveis e explosivas, senão, também, nos lugares


designados na licença expedida pela Prefeitura.

Art. 128 É absolutamente proibido:

I - conduzir ou transportar, dentro do município, substâncias inflamáveis ou explosivas, com


inobservância das seguintes precauções:

a) os veículos que transportarem materiais explosivos não poderão, ao mesmo tempo,


conduzir materiais inflamáveis ou de fácil combustão, deverão se movimentar em marcha
lenta, e só poderão deter-se, salvo motivo de força maior, nos pontos de partida e destino;
b) esses veículos deverão ter içada, como aviso, uma bandeira vermelha;
c) se o transporte ocupar vários veículos ao mesmo tempo e na mesma direção, estes
guardarão entre si a distância mínima de 30 metros.

Art. 129 Em caso algum se concederá licença para o estabelecimento de fábrica ou depósito
em que se empreguem ou devem estar recolhidas substâncias inflamáveis ou explosivas, no
centro da cidade, na periferia ou arrabaldes povoados, ou em que haja instalada ou se
pretenda instalar caldeiras a vapor.

Art. 130 É vedado depositar ou conservar, embora provisoriamente, nas ruas e praças da
cidade, materiais inflamáveis ou explosivos.

Art. 131 A licença para vender a varejo substâncias inflamáveis ou explosivos será especial e
determinará quais as substâncias e em que quantidade poderá o negociante conservar em seu
estabelecimento.

§ 1º O comerciante é obrigado a remover o excesso ou as substâncias não compreendidas na


licença, cumprindo essa obrigação imediatamente à ordem que receber da fiscalização.

§ 2º A Prefeitura promoverá, incontinenti, a remoção, na hipótese de evidente procrastinação


do comerciante fazê-lo, ficando este sujeito às despesas de remoção para local adequado,
multa e pena de desobediência.

§ 3º Na reincidência, será cassada a licença para essa espécie de negócio, com a subseqüente
remoção do inflamável ou explosivo armazenado, e denunciado o infrator considerado na
prática do contrabando.

Art. 132 É expressamente proibido:

I - soltar balões na área do município;

II - queimar qualquer espécie de fogos de artifícios, em logradouros, ou em janelas e portas


que deitarem para a via pública, assim como fazer fogueira na via pública;

III - preparar fogos ou armadilhas com armas de fogo, sem colocação visível de sinal para
advertência dos transeuntes e passantes.

Art. 133 Nenhuma instalação de postos de abastecimento de combustível, bombas de


gasolinas e depósitos desses ou outros inflamáveis de suprimento a veículos ou à indústria
será permitida na cidade, nos distritos ou povoados, sem prévia licença da Prefeitura, que é a
autoridade local para deferir ou indeferir a realização da obra.

§ 1º A condição de segurança pública, a cautela de assegurar tranqüilidade e asseio, tanto na


vizinhança como na via pública, e a defesa do livre trânsito, poderão obstar a concessão da
licença.

§ 2º A Prefeitura recorrerá à medida administrativa e judicial de embargo, se o infrator se


obstinar na infração.

Art. 134 A infração de qualquer artigo, parágrafo, inciso ou alínea deste Capítulo, sujeitará o
infrator à pena de multa no valor de 20% até dez salários mínimos mensais da região, sem
prejuízo das demais cominações que forem aplicáveis à espécie.

CAPÍTULO IX
DA EXPLORAÇÃO DE PEDREIRAS, CASCALHEIRAS, OLARIAS E DEPÓSITOS DE AREIA E SAIBRO

Art. 135 A exploração de pedreiras, cascalheiras, olarias e depósitos de areia e saibro depende
de licença da Prefeitura, que a poderá conceder, observados os preceitos desta Lei.

Art. 136 Não será, porém, concedida licença para, na zona urbana da cidade, da sede dos
distritos e dos povoados, se proceder à exploração das atividades referidas no artigo anterior.

Art. 137 O pedido de licença atinente às atividades do Art.135 será processado mediante a
apresentação do requerimento assinado pelo proprietário do solo, pelo concessionário deste,
ou do explorador, mediante o seguinte:

§ 1º Do requerimento deverão constar as seguintes indicações:

I - nome e residência do proprietário do terreno;


II - nome e residência do explorador, se este não for o proprietário;

III - localização precisa da entrada do terreno;

IV - declaração do processo de exploração e da qualidade do explosivo e a ser empregado, se


for o caso.

§ 2º O referido requerimento de súplica de licença deverá ser instruído com os seguintes


documentos:

I - prova de propriedade do terreno, e na hipótese de não ser o proprietário, a autorização


deste para exploração, que deverá ser passada em Cartório;

II - planta da situação, com indicação de relevo do sol por meio de curvas de nível, contendo a
delimitação exata da área a ser explorada, com a localização das respectivas instalações e
indicando as construções, logradouros, os mananciais e o curso d`água situados na faixa de
100 metros em torno da área a ser explorada.

Art. 138 As licenças atinentes ao disposto nos artigos anteriores serão sempre por prazo fixo, e
a Prefeitura fará nelas constar as ressalvas de decisões anteriores impondo restrições ou
revogações sem se obrigar à indenização.

Parágrafo Único - será interditada a pedreira ou parte desta, embora concedida a licença,
desde que anteriormente se verifique que a exploração acarrete perigo, dano à vida ou à
propriedade, ou outro motivo de evidente relevância.

Art. 139 Os pedidos de prorrogação de licença para a continuação de exploração ou renovação


do prazo desta serão feitos por meio de requerimento, instruído este com comprovação da
licença anteriormente concedida.

Art. 140 A exploração de pedreira a fogo fica sujeita às seguintes condições:

I - declaração expressa, no requerimento de súplica da licença, da qualidade do explosivo a


empregar;

II - afirmação de que o explorador se obriga a cumprir as seguintes cautelas:

a) intervalo mínimo de trinta minutos entre cada série de explosões;


b) levantamento, antes da explosão, de uma bandeira vermelha à altura conveniente para ser
vista à distância mínima de cem metros, e com antecedência de 10 minutos, no mínimo;
c) toque, por três vezes, com antecedência mínima de cinco minutos, de uma sineta e o aviso
em brado prolongado, dando sinal de fogo, precedendo a cada explosão.

Art. 141 A instalação de olarias, o que somente se permitirá fora da zona urbana da cidade ou
dos distritos, deve obedecer às seguintes prescrições:

I - as chaminés serão construídas de modo a não incomodar os moradores vizinhos pela


emanação de matéria nociva, ou mesmo fumaça;

II - quando as escavações facilitarem a formação do depósito de águas será o explorador


obrigado a fazer o devido escoamento ou aterrar as cavidades à medida que for retirado o
barro.

Art. 142 A Prefeitura poderá, a qualquer tempo, determinar que o explorador daquelas
atividades enumeradas neste Capítulo execute, à sua custa, obras do recinto da exploração,
com o intuito de proteger propriedades particulares ou públicas, evitar obstrução de geleiras
ou curso d`água, ou qualquer outra razão evidente.

Art. 143 É proibida a extração de areia em todos os cursos d`água, sem prévia autorização ou
licença da Prefeitura, e cuja atividade deverá observar as seguintes cautelas:

I - à jusante do local em que recebem contribuições de esgoto;

II - quando concorram para modificar o leito ou as margens desses cursos;

III - quando sejam causas de formação de locais de estagnação d`água,

IV - quando de algum modo possa oferecer perigo a pontes, muralha ou qualquer obra
construída nas margens ou nos leitos desses cursos d`águas.

Art. 144 Na infração de qualquer dos artigos, incisos e parágrafos deste Capítulo, será imposta
ao infrator multa de 20% até dez salários mínimos mensais da região, e mais cominações que
couberem na espécie.

CAPÍTULO X
DAS QUEIMADAS E DOS CORTES DE ÁRVORES E PASTAGENS

Art. 145 A Prefeitura colaborará com o Estado e a União na vigilância e providências para
evitar a devastação das florestas e estimular o reflorestamento em toda a área do Município.

Art. 146 É expressamente proibido o corte ou poda de árvores ou arbustos nas vias públicas ou
logradouros, jardins e parques, por pessoas estranhas à Administração Municipal.

Parágrafo Único - Quando empresas de telégrafos, de telefones, ou de iluminação


necessitarem, seja para proteger as linhas de fiação, os postes ou por qualquer outro motivo,
que se façam cortes ou podas dessas árvores, somente o farão através o serviço respectivo da
Prefeitura, que será convocado a essa colaboração.

Art. 147 Nas queimadas e para evitar a propagação de incêndios, observar-se-ão medidas


preventivas.

Art. 148 A ninguém é permitido atear fogo em roçados, palhadas ou matos que delimitem com
terras de outrem, ainda que existam cercas ou tapumes, sem tomar as seguintes precauções:

I - preparar aceiros, no mínimo de três metros de largura, ampliado na proporção da cautela


necessária, relativamente à composição do roçado ou da palhada.

II - prevenir-se com a colaboração de quantidade de pessoas, em número que, distribuídas na


periferia, limite o fogo à área à da queimada.

Art. 149 É proibido atear fogo em campos de criação em comum, sem acordo de interessados.

Art. 150 Não é permitida a derrubada de matas, sem licença da Prefeitura ou outro órgão
especializado da União ou do Estado.

Art. 151 Na infração de qualquer artigo, parágrafo, inciso ou alínea deste Capítulo, será
imposta ao infrator a multa de valor de 20% até 10 salários mínimos da região mensais, sem
prejuízo de outras cominações cabíveis na espécie.

CAPÍTULO XI
DOS MUROS E CERCAS
DOS MUROS, CERCAS E DA LIMPEZA DE TERRENOS BALDIOS (Redação dada pela Lei
nº 8243/2011)

Art. 152 Os proprietários de terrenos urbanos ou rurais são obrigados a murá-los ou cercá-los,
e, quando, ainda, não o fizerem, cabem-lhes obedecer aos prazos fixados para tal pela
municipalidade.

Art. 153 Serão comuns, rateadas as despesas em partes iguais entre confinantes, os muros e
cercas divisórios, relativamente à construção, reconstrução e conservação, na forma do Código
Civil.

Art. 154 Os terrenos da zona urbana serão fechados com muros de tijolos, placas de cimento
ou grades de ferro assenta sobre alvenaria, rebocados e caiados, devendo ter uma altura
mínima de um metro e oitenta centímetros, quando entre vizinhos.

Art. 155 Os terrenos rurais, salvo acordo expresso entre confinantes, serão fechados:

I - com cercas de arame farpado, de três fios no mínimo, e de um metro e quarenta


centímetros de altura;

II - com cercas vivas, de espécies vegetais adequadas e resistentes;

III - com telas de fios metálicos, com altura mínima de um metro e cinqüenta centímetros.

Art. 156 Correrão por conta exclusiva dos proprietários ou possuidores de terrenos ou de


imóvel, a construção e a conservação das cercas e muros para conter aves domésticas,
cabritos, carneiros, porcos e outros animais que exijam tapagem especial.

Art. 156 Correrão por conta exclusiva dos proprietários ou possuidores de terrenos ou prédios,
a sua limpeza e manutenção, bem como a construção e a conservação dos muros e cercas.

§ 1º Para o cumprimento do disposto no caput deste artigo, será permitida a existência de


vegetação rasteira, sobremodo a gramínea, conservada até a altura máxima de 15 cm do solo,
salvo na hipótese do proprietário ou possuidor utilizar a terra para o plantio e cultivo.

§ 2º Constatada a desobediência ao disposto neste artigo, a Fiscalização de Posturas notificará


o proprietário ou possuidor, pessoalmente e quando não localizado, por edital, para no prazo
de 30 (trinta) dias regularizar a situação do imóvel, sob pena da Administração Pública
proceder a construção de muros ou cercas e os serviços de limpeza necessários.

§ 3º Efetivados os serviços de que trata o parágrafo anterior, será novamente notificado o


infrator a respeito dos custos desses serviços, acrescidos de 20% (vinte por cento), a título de
multa, para que efetue pagamento do total a Prefeitura ou a Empresa Pública que tiver
realizado os trabalhos.

§ 4º Não sendo pago a quantia deste débito no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da
notificação pessoal ou por edital, o infrator será inscrito na divida ativa, com os acréscimos
legais.

§ 5º No caso das cercas e muros divisórios entre confinantes, aplicar-se-á o previsto no Art.
153.

§ 6º O infrator penalizado poderá evitar as conseqüências da infração constatada, cedendo o


terreno à prefeitura ou à Empresa Pública, para que nele seja implantado o Projeto Hortas
Populares, durante o prazo de 03 (três) anos, renovável por igual período, a critério do Poder
Público, ficando o imóvel isento de lançamento de tributo e taxas de serviços diversos.

§ 7º Na hipótese do proprietário vender ou alienar o imóvel a terceiro, deverá ser dado ao


município prazo mínimo de doze meses para preservação da cultura plantada e sua colheita,
constando na escritura de alienação esta circunstância, para que o adquirente respeite o
contrato de cessão de direitos possessórios firmado pelo transmitente.

§ 8º A produção das hortas populares será destinada a população carente, através da


Secretaria Municipal de Família e Assistência, para a rede municipal de ensino público e para
as instituições de caridade do Município.

§ 9º Todo aquele que for flagrado colocando lixo ou entulho em terrenos particulares ou em
vias públicas será notificado e autuado para pagamento de multa equivalente ao dobro da
multa de que trata o art. 159 desta lei. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 157 No alinhamento confrontante com estradas, caminhos e rodovias, são os


proprietários de terrenos obrigados a construir e conservar cercas e tapagens que segurem
seus animais nas suas respectivas áreas, para preservar a segurança do trânsito a veículos ou
pedestres, sob pena de serem esses proprietários responsabilizados civil e criminalmente pelos
danos causados a terceiros.

Art. 158 É proibido a construção, assentamento ou conservação de porteiras e cancelas no


alinhamento com vias públicas, no perímetro urbano da cidade, e nas sede dos distritos, sob
qualquer pretexto, salvo nas estradas de ferro, quando em passagem de nível.
Art. 159 Na infração de qualquer dos artigos, parágrafos e incisos deste Capítulo, será imposta
ao infrator a multa de valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, além de
outras cominações que couberem.

CAPÍTULO XII
DOS ANÚNCIOS E CARTAZES

Art. 160 A exploração dos meios da publicidade nas vias e logradouros públicos bem como nos
lugares de acesso comum, como sejam: amuradas, muralhas e paredões dos rios e canais,
depende de licença da Prefeitura, sujeitando o anunciante ao pagamento da taxa respectiva.
§ 1º Incluem-se na obrigatoriedade deste artigo todos os cartazes, letreiros, programas,
quadros, painéis, placas, avisos, anúncios e mostruários, luminosos ou não, feitos por qualquer
modo, processo ou engenho, suspensos, distribuídos, afixados ou pintados em paredes,
tanques ou calçadas, etc.
§ 2º Incluem-se, ainda, na obrigatoriedade deste artigo, anúncios que, embora apostos em
terrenos ou próprios de domínio privado, forem visíveis de lugares públicos.

Art. 160 A exploração dos meios de propaganda nas vias públicas e logradouros públicos está
condicionada a prévia autorização da prefeitura, mediante pagamento de taxa.

§ 1º Em via pública ou em outros logradouros públicos só será admitida a propaganda


impressa em galhardetes e banners.

§ 2º As exposições de propagandas em painéis (outdoor), faixas e totens, só serão autorizadas


em espaços particulares, mediante autorização do poder público, sujeitando a pessoa física ou
jurídica ao pagamento de taxa. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 161 A propaganda falada em lugares públicos, por meio de amplificadores de voz, alto-
falantes ambulantes, em veículos ou fixos, estes com eco para a via pública, assim como os
propagandistas, ou as feitas por meio de cinema ambulante, ainda que muda esta, incluem,
igualmente, na enumeração das sujeitas à prévia licença e ao pagamento de taxa respectiva.

Art. 161 Fica proibida a divulgação de qualquer produto, evento ou serviço, a título oneroso ou
gratuito, por meio de panfleto ou cartazes colados ou fixados de qualquer forma em postes,
viadutos, terminais rodoviários, paradas de coletivos, amuradas, diques, pontes, tapumes,
paredes e outros espaços de domínio público, sob pena de multa acrescida das despesas para
remoção e limpeza dos locais afetados.

Parágrafo Único - O infrator será notificado pessoalmente e por meio de publicação em Edital
no Diário Oficial de Município, ou só por Edital publicado no Diário Oficial do Município em
caso de não ser localizado, a pagar a quantia relativa a multa e demais encargos, no prazo de
30 (trinta) dias, sob pena de ter o encargo financeiro lançado em Dívida Ativa com os
acréscimos legais. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 162 Não será permitida a colocação de anúncios e cartazes, quando:


I - pela sua natureza, provoquem aglomerações prejudiciais ao trânsito público;
II - de alguma forma, prejudiquem os aspectos paisagísticos da cidade, seus panoramas
naturais, monumentos típicos, históricos e tradicionais;
III - sejam ofensivos à moral ou contenham dizeres desfavoráveis a indivíduos, crenças e
instituições;
IV - obstruam, interceptem ou reduzem o vão das portas e janelas e respectivas bandeiras;
V - contenham incorreções de linguagem;
VI - façam uso de palavras em língua estrangeira, salvo aquelas que, por insuficiência do nosso
léxico, a eles se hajam incorporado;
VII - pelo seu número ou má distribuição, prejudiquem o aspecto das fachadas.

Art. 162 A propaganda falada em lugares públicos, por meio de megafones ou amplificadores
de voz só, será admitida mediante autorização prévia da Prefeitura conforme legislação
vigente, sujeitando o anunciante ao pagamento de taxa.

Parágrafo Único - A propaganda sonora em via pública deverá pautar pelo rito da Lei
nº 7.921 de 05 de julho de 2007, regulamentada pelo Decreto nº 258 de 04 de Agosto de 2010.
(Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 163 Os pedidos de licença para a publicidade ou propaganda na forma deste Capítulo,
deverão mencionar:
I - a indicação dos locais em que serão colocados ou distribuídos os cartazes ou anúncios.
II - a natureza do material de confecção;
III - as dimensões;
IV - as inscrições e o texto;
V - as cores empregadas.

Art. 163 A propaganda de produtos e serviços, mediante abordagem e/ou panfletagem, está
condicionada a autorização prévia, sujeitando o anunciante ao pagamento de taxa.

Parágrafo Único - Não será permitido o descarte de material distribuído, em via pública,
ficando o anunciante responsável pela coleta do material descartado pelas pessoas abordadas,
sob pena de multa. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 164 Tratando-se de anúncios luminosos, os pedidos deverão indicar o sistema de


iluminação a ser adotado, e serão colocados a uma altura mínima de 2,50m do passeio.

Art. 164 A propaganda visual poderá lançar mão de inovações tecnológicas, tais como painéis
luminosos inteligentes, desde que requerida a prefeitura, sujeitando-se a aprovação e ao
recolhimento de taxa.

§ 1º A propaganda afixada nas fachadas dos prédios do comércio formal em geral, bem como
aquelas fixadas nos domínios do comércio referido, dependerá de aprovação e licença da
Prefeitura.

§ 2º A conservação deverá ser sistemática buscando segurança e a proteção da integridade


física dos transeuntes.

§ 3º Independem de nova licença as renovações, consertos e substituições de parte ou do todo


o meio de propaganda, desde que não haja modificações nos dizeres e estrutura.
§ 4º Em se tratando de meio de propaganda luminoso, os requerimentos deverão indicar o
sistema de iluminação a ser adotado, a fonte de alimentação a ser colocada e a altura mínima
de 2.80m do passeio. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 165 Os anúncios e letreiros deverão ser conservados em boas condições, renovados e
consertados sempre que tais providências sejam necessárias para o seu aspecto e segurança,
e, desde que não haja modificações nos dizeres, esses reparos independem de nova licença.

Art. 165 Não será permitida a propaganda quando:

I - provocar, pela sua natureza, aglomeração prejudicial ao trânsito de pessoas e veículos;

II - prejudicar de alguma forma os aspectos paisagísticos da cidade, seus panoramas naturais,


monumentos típicos, tradicionais e históricos;

III - ofender a moral ou conter dizeres discriminatórios ou difamatórios a indivíduos, crenças e


instituições;

IV - conter incorreções de linguagem ou palavras em língua estrangeira, salvo aquelas já


incorporadas ao nosso vocabulário e também aquelas que indiquem marcas patenteadas,
nomes de pessoas físicas e jurídicas;

V - exibir figuras, fotos ou gravuras eróticas. (Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 166 Os anúncios encontrados sem que os responsáveis tenham satisfeito as formalidades
deste Capítulo, poderão ser apreendidos e retirados pela Prefeitura (esta última providência
ocorrendo desobediência), até a satisfação daquelas formalidades, além do pagamento da
multa que couber.

Art. 166 Os requerimentos de licença para publicidade ou propagandas, na forma deste


capítulo, deverão mencionar:

I - a indicação dos locais em que serão colocados;

II - a natureza do material de confecção;

III - as dimensões;

IV - as inscrições e o texto;

V - cópias dos documentos pessoais, se pessoa física;

VI - certidão negativa municipal, CNPJ e Alvará municipal se pessoa jurídica.

§ 1º Em se tratando de vias e logradouros públicos, deverá ser mencionado no requerimento o


período de exposição.

§ 2º Em se tratando de galhardetes e banners, os mesmos deverão conter numeração seriada


que indique tiragem e identificação numérica de cada peça.

§ 3º Quando a exposição da publicidade ou propaganda for requerida para espaço particular,


deverá ser juntada ao requerimento, autorização do proprietário ou possuidor do imóvel com
a inconteste comprovação da condição de titularidade do proprietário ou possuidor.

§ 4º As faixas poderão ser autorizadas em vias e logradouros públicos quando objetivarem


ornamentar atos públicos políticos ou religiosos, congratulações por aniversários ou datas
festivas e declarações de amor, desde que requeridas regularmente na forma deste capitulo.
(Redação dada pela Lei nº 8243/2011)

Art. 167 Na infração de qualquer dos artigos, parágrafos ou incisos deste Capítulo, o infrator
responderá por multa do valor de 20% até três salários mínimos mensais, sem prejuízo de
outras penalidades que couberem.

Art. 167 Na infração de qualquer dos artigos, parágrafos ou incisos deste capítulo, o infrator
será penalizado com multa no valor de 01 (um) salário mínimo até 03 (três) salários mínimos,
acrescidos das despesas para remoção da publicidade ou propaganda irregular, sendo a
reincidência punida com o dobro da penalidade.

§ 1º A notificação da penalidade será feita pessoalmente e por Edital no Diário Oficial do


Município ou só por Edital Oficial do município, em caso de paradeiro incerto e não sabido do
infrator, para pagar em até 30 (trinta) dias ou, querendo, oferecer impugnação no prazo de 05
(cinco) dias;

§ 2º Decorrido o prazo para a satisfação da obrigação pecuniária será a mesma lançada em


Dívida Ativa com os acréscimos legais.

§ 3º Não sendo identificado o infrator, a Empresa ou Marca divulgada no Veículo de


propaganda irregular, será chamada a responder pela conduta infracionada. (Redação dada
pela Lei nº 8243/2011)

CAPÍTULO XIII
DA NOMENCLATURA DAS VIAS PÚBLICAS EDA NUMERAÇÃO DOS PRÉDIOS

Art. 168 A nomenclatura das vias públicas e logradouros será determinada pela Prefeitura,
cabendo a esta ou concessionário a realização do serviço.

Art. 169 As denominações serão dadas ou substituídas levando-se em conta as tradições ou


preferências populares, que não forem contrárias ao bom senso.

Parágrafo Único - As denominações, que poderão ser pessoas ou fatos, levarão em


consideração homenagens póstumas, acontecimentos históricos, ou outra circunstância
excepcional e notória.

Art. 170 A cada uma rua, avenida, logradouro, vila ou povoado, será dado um nome, devendo
ser numerados os prédios nas mesmas existentes, ou que vierem a ser construídos.
Art. 171 As placas denominativas e numéricas serão retangulares, de zinco, ferro esmaltado,
ou de ferro fundido, obedecendo a um modelo uniforme.

Art. 172 As placas denominativas serão colocadas do lado esquerdo, no começo, e do lado
direito, no fim das ruas ou avenidas, e serão repetidas ao princípio de cada seção formada por
travessa ou cruzamento de outras ruas.

Art. 173 As placas numéricas serão colocadas na porta ou portão de entrada do edifício, na
face da verga respectiva, ou alto do membro mais central de frente do prédio.

Art. 174 A numeração será afixada de modo que fiquem do lado direito os números pares e do
lado esquerdo, os números ímpares.

Parágrafo Único - Para ponto de partida na orientação das ruas, a fim de lhes determinar o
franco, ter-se-á a direção de norte a sul e de leste a oeste.

Art. 175 Na hipótese de construção nova ou criação de prédio interposto às numerações já


existentes, esta será repetida com o número anterior, precedido de uma letra na ordem
alfabética.

Parágrafo Único - Quando, na forma deste artigo, as repetições de numeração com letra
alfabética excederem a 10, a Prefeitura deverá proceder à revisão numérica da respectiva rua.

Art. 176 A propriedade ou prédio que der fundos servidos de portão para qualquer via pública
terá neste uma chapa com a letra F, fornecida pela Prefeitura.

Art. 177 É proibido substituir, arrancar ou danificar as placas das vias, logradouros públicos ou
de numeração de prédios.

Art. 178 Na infração de qualquer dos artigos deste Capítulo será imposta a penalidade 20% a 3
salários mínimos regionais, além de outras cominações que couberem.

TÍTULO IV
DO COMÉRCIO - DAS INDÚSTRIAS E PROFISSÕES

CAPÍTULO I
DO COMÉRCIO LOCALIZADO E DAS INDÚSTRIAS E PROFISSÕES

Seção I
Do Licenciamento

Art. 179 Ninguém poderá, no Município, explorar qualquer ramo do comércio, de indústria ou


de profissão, seja estabelecido ou ambulante, sem a prévia licença e com o pagamento de
todos os tributos devidos à Prefeitura.

Art. 180 O interessado dirigirá, previamente, requerimento ao Prefeito do que constará:

I - nome da firma, e sua sede, mencionando rua, número, bairro e distritos;


II - denominação de estabelecimentos;

III - indicação de filiais, se existirem, e sua exata localização;

IV - indicação do ramo a explorar;

V - indicação do capital social;

VI - indicação do armazém ou depósito, fora do estabelecimento e;

VII - declaração se tratar ou não de firma nova, renovação ou de transferência.

§ 1º O interessado fará juntar aos requerimentos uma via do contrato social.

§ 2º Quando o ramo de negócio sofrer a interferência de legislação federal ou estadual,


exigindo esta atendimento prioritário de preceito, a licença não será expedida sem o
cumprimento dessa norma.

Art. 181 A licença concedida a estabelecimento comercial ou individual localizado, não confere
a permissão de venda das mercadorias na via pública, sendo considerados ambulantes aqueles
que forem encontrados nesse procedimento.

Art. 182 A licença expedida impõe o seguinte:

I - que o alvará seja colocado em lugar visível no estabelecimento, e será sempre exibido à
fiscalização quando esta o exigir;

II - que, seja qual for a data de sua expedição, a validade da licença não ultrapassará o
exercício a se findar a 31 de dezembro desse ano;

II - a validade da licença será de 12 (doze) meses a contar data do seu deferimento. (Redação
dada pela Lei nº 8763/2017)

III - que o interessado, ao pretender a mudança de local do estabelecimento consignado no


alvará, promova, antes, a permissão, mediante requerimento à Prefeitura, porque a
inobservância deste preceito importa em outro lançamento para nova licença.

Art. 183 A licença expedida poderá ser cassada por ato do Prefeito:

I - quando concedida sob falsas declarações do requerente, ou quando o licenciado


movimentar negócio diferente do que foi requerido;

II - quando o licenciado se valer da licença para a prática de atos reprovados pelos bons
costumes, ou consentir que outrem os pratique no seu estabelecimento;

III - como medida preventiva a bem da higiene, do sossego e da segurança pública;


IV - por faltas reincidentes e obstinação do licenciado em não atender às intimações do Poder
Público Municipal, ou por solicitação fundamentada, da autoridade competente.

Parágrafo Único - Cassada a licença, o estabelecimento será, em conseqüência, fechado.

Art. 184 Não será concedida a licença aos estabelecimentos industriais que pela natureza dos
produtos, pelas matérias-primas utilizadas, pelos combustíveis empregados, ou por qualquer
outro motivo, possam prejudicar a saúde pública e a segurança coletiva.

Art. 185 A licença para o funcionamento de açougues, padarias, confeitarias, leiterias, cafés,
bares, restaurantes, lanchonetes, hotéis, pensões e outros estabelecimentos congêneres, será
sempre precedida de exame do local e da aprovação da autoridade sanitária competente.

Art. 186 A infração de qualquer artigo deste Capítulo, parágrafo ou inciso, importa em cominar
ao infrator a multa do valor de 20% até três salários mínimos mensais da região, além do que
mais couber.

Seção II
Do Horário de Funcionamento

Art. 187 A abertura e o fechamento dos estabelecimentos comerciais e industriais, no


município, obedecerão obrigatoriamente às seguintes normas de horário, sem prejuízo,
porém, de serem observados os preceitos da legislação federal no que concerne à duração e às
condições de trabalho:

I - Para o Comércio, de modo geral:

a) abertura às 8 horas e fechamento às 18 horas, nos dias úteis, encerrando aos sábados, às 12
horas;
b) permanecerão fechados os estabelecimentos nos domingos, feriados nacionais, estaduais e
municipais.

II - Para a Indústria, em geral:

a) abertura e fechamento entre 6 e 17 horas, nos dias úteis;


b) nos domingos e feriados, cumprir-se-á o disposto na letra "b" do inciso anterior.

§ 1º Será permitido o trabalho em horários especiais, inclusive aos domingos e feriados,


excluindo o expediente de escritório nos estabelecimentos que se dediquem à atividades
seguintes: impressão de jornais, laticínios, frio industrial, purificação e distribuição de água,
produção e distribuição de energia elétrica, serviço telefônico, produção e distribuição de gás,
serviço de esgotos, serviço de transporte coletivo, ou outras atividades, que, a juízo das
autoridades federais ou estaduais, seja estendida a prerrogativa.

§ 2º O Prefeito poderá, mediante solicitação e acordo das classes interessadas, permitir a


prorrogação do horário dos estabelecimentos comerciais na última quinzena de cada ano, e
outras datas, sempre respeitadas as limitações de duração e condições de trabalho
preceituadas em legislação específicas.
Art. 188 Terão horário livre de funcionamento:

I - os hospitais, casas de saúde e clínicas médicas;

II - as lojas de flores e coroas;

III - os distribuidores e vendedores de jornais e revistas;

IV - os postos de gasolina;

V - as empresas funerárias;

VI - os serviços internos, com portas fechadas, das atividades industriais e comerciais,


respeitada a legislação trabalhista.

Art. 189 Para as farmácias e drogarias, fica estabelecido:

I - que observarão, em geral, as determinações do Art. 188, parágrafos e incisos, alterados,


porém, o fechamento do estabelecimento para até às 22:00 horas.

II - que, pela Prefeitura, serão organizados grupos desses estabelecimentos, impondo-se um


plantão, a cada um destes, em revezamento de modo que em cada domingo ou feriado,
possam funcionar as farmácias de um grupo, enquanto as outras permanecerão fechadas,
guardada a ordem de classificação adotada.

§ 1º Fica facultado às farmácias, quando de plantão, que no horário da noite, depois das 22
horas, o atendimento se possa fazer mediante um toque de campainha, a fim de se
resguardarem com as portas cerradas.

§ 2º As farmácias, quando fechadas, poderão, em caso de emergência, atender ao público a


qualquer hora do dia ou da noite, sem que tal importe em transgredir o sistema de plantão.

§ 3º Quando fechadas, as farmácias deverão afixar, à porta, uma placa com a identificação dos
estabelecimentos análogos que estiverem de plantão.

§ 4º (Parágrafo revogado pela Lei nº 3.398/78)

§ 5º Em todos os plantões noturnos de farmácias e drogarias será incluído um estabelecimento


localizado no centro da cidade.

Art. 190 Por motivo de conveniência do público, poderão funcionar com horários especiais os
seguintes estabelecimentos:

I - varejistas de frutas, legumes e verduras, aves e ovos:

a) das 6 às 20 horas, nos dias úteis.


b) das 6 às 12 horas, nos domingos e feriados.
II - açougues e varejistas de carnes frescas:

a) das 5 às 22 horas, nos dias úteis.


b) das 5 às 12 horas, nos domingos e feriados.

III - padarias:

a) das 5 às 22 horas, nos dias úteis.


b) das 5 às 12 horas, nos domingos e feriados.

IV - restaurantes, bares, botequins, confeitarias, sorveterias, lanchonetes e bilhares:

a) das 7 às 22 horas, nos dias úteis.


b) domingos e feriados, respeitadas as leis de censura.

V - charutaria e "bombonières", identicamente ao item anterior;

VI - barbeiros, cabeleireiros, massagistas e engraxates:

a) das 8 às 20 horas, nos dias úteis.


b) das 7 às 12 horas, nos domingos e feriados.

VII - cafés e leiterias:

a) no horário das 5 às 22 horas.

VIII - carvoarias e similares:

a) das 6 às 18 h., nos dias úteis.


b) das 6 às 12 h., nos domingos e feriados.

IX - "dancing", cabarés e similares:

a) das 20 às 2 horas da manhã seguinte, respeitados os preceitos atinentes à tranqüilidade ou


sossego público.

X - casa de loteria:

a) das 8 às 24 h.

Art. 191 Para o funcionamento dos estabelecimentos de mais de um ramo de comércio, será


observado o horário determinado para a espécie principal, tendo em vista o estoque e a
receita do estabelecimento.

Art. 192 Na infração de qualquer deste Capítulo, parágrafos ou incisos, será aplicado o valor de
multa correspondente a 20% a três salários mínimos mensais da região, sem prejuízo de outras
cominações que couberem.
CAPÍTULO II
DO COMÉRCIO AMBULANTE

Art. 193 Comércio ambulante é o que não tem local fixo, e só poderá ser exercido, em
qualquer parte do Município, se o negociante se mostrar habilitado com a respectiva e
necessária licença.

Parágrafo Único - A licença do negociante ambulante é pessoal e intransferível, será paga de


uma vez em cada exercício, e, quando não existir requerimento do pedido de licença, ou de
inscrição, prevalecerá o lançamento fiscal.

I - na licença estará, obrigatoriamente, colocado o retrato do vendedor;

II - também, respectivamente, chapa da licença, estará colocada ou afixada na caixa, tabuleiro,


cesta, mala, etc., em que se conduzam as mercadorias.

Art. 194 Os proprietários de hotéis, hospedarias, pensões, restaurantes, bem como os de


armazéns, depósitos ou trapiches, do mesmo modo que os proprietários ou condutores de
veículos que permitirem, em seus estabelecimentos ou meio de transportes, o exercício do
comércio por quem não esteja habilitado pela Prefeitura, mormente, negócio ambulante,
ficarão sujeitos às multas e ao pagamento dos devidos impostos, como se fossem eles os
próprios negociantes.

Parágrafo Único - Na hipótese de ocorrência do que está advertido neste artigo, será
apreendida a mercadoria, conduzida ao depósito da Prefeitura, e não sendo retirada pelo
proprietário mediante o pagamento da multa e tributos, no prazo de oito dias, será a mesma
levada a leilão, na forma preceituada nesta Lei.

Art. 195 Da licença concedida deverão constar os seguintes elementos essenciais, além de
outros que vierem a ser estabelecidos:

I - número de inscrição;

II - nome do negociante, sua residência;

III - mercadoria do negócio.

Art. 196 É proibido ao vendedor ambulante:

I - impedir ou dificultar o trânsito nas vias públicas e outros logradouros;

II - transitar pelos passeios;

III - estacionar nas portas ou portões de quaisquer estabelecimentos ou edifícios, impedindo o


trânsito livre de quem pretenda ingressar ou sair, assim como embaraçando o estacionamento
de veículos;
IV - promover, com companheiros ou desocupados, algazarras e distúrbios nos locais do item
anterior.

§ 1º Sendo o vendedor desobediente ou reincidente, ser-lhe-á, sem prévio aviso, cassada a


licença, sem prejuízo da multa e outras cominações.

§ 2º Na infração de qualquer artigo, parágrafo ou inciso deste Capítulo, será imposta a multa
de valor de 20% até 5 salários mínimos da região, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis.

CAPÍTULO III
DA AFERIÇÃO DE PESOS E MEDIDAS

Art. 197 Nas transações de compra e venda em que intervenham pesos e medidas de qualquer
natureza deverão estes estar aferidos de conformidade com o que dispõe a legislação
metrológica federal.

§ 1º A aferição consiste na comparação dos pesos e medidas com os padrões oficiais


metrológicos e aposição de carinho da Prefeitura ou da autoridade aferidora, naqueles
instrumentos ou aparelhos que forem julgados legais.

§ 2º Somente serão aferidos os pesos de metal, sendo rejeitados os de madeira, pedra, argila
ou substância equivalente.

§ 3º Os estabelecimentos comerciais ou industriais serão obrigados, antes do início de suas


atividades a submeter à aferição os aparelhos ou instrumentos de medir e pesar a serem
utilizados em suas transações.

§ 4º As balanças, pesos e medidas novos, ainda que o negócio seja antigo, não serão usados
antes da aferição.

Art. 198 A operação de aferição se repetirá, anualmente, mas a Prefeitura ou a autoridade


aferidora poderá em qualquer data, mandar proceder a exame de verificação dos
instrumentos e aparelhos a pesar e medir.

§ 1º A aferição quanto ao comércio localizado e à indústria será feita nos próprios


estabelecimentos, com o prévio recolhimento de imposto e taxas respectivos.

§ 2º Quanto ao comércio ambulante, a aferição se fará no local indicado pela autoridade, para
o qual deverão ser transportados aparelhos e instrumentos do negociante.

Art. 199 A medida usualmente admitida para venda de fazendas é o metro e,


excepcionalmente, a pesagem.

Parágrafo Único - Para a transação de lenha em quantidade poderá ser adotado o metro
cúbico, também aferido.

Art. 200 As balanças, pesos e medidas adulterados serão da Prefeitura, fazendo-se, em


seguida, comunicação ao órgão federal de metrologia.
Art. 201 Na infração de qualquer dos artigos ou parágrafos deste Capítulo, será aplicada a
multa do valor de 20% até três salários mínimos da região, sem prejuízo das cominações
outras cabíveis.

TÍTULO V
DO CEMITÉRIO

CAPÍTULO I
DA CRIAÇÃO E DA ADMINISTRAÇÃO

Art. 202 O Cemitério Público - também cognominado Civil ou Público - será criado e
administrado pela Prefeitura, ainda que nele situadas as áreas das associações e corporações
religiosas; excepcionalmente, poderá a Prefeitura firmar convênio para a criação de cemitério,
ficando este sujeito à fiscalização.

Art. 203 A Prefeitura fiscalizará o Cemitério urbano e rural, e a entidade civil ou religiosa, e
aquele construído mediante autorização ou convênio com a municipalidade.

Art. 204 O Cemitério Municipal, integrando as atribuições conferidas à Secretaria de Saúde, a


que será subordinado, compreende o Cemitério urbano e os rurais, estes nos distritos e
povoados.

Art. 205 O titular da administração do Cemitério urbano é o Administrador, e dos rurais é o


Zelador- chefe de cada um destes, todos de nomeação do Prefeito.

Art. 206 A permanência do Administrador e do Zelador-chefe, respectivamente, na Necrópole


e nas proximidades desta, obedecerá ao horário do expediente, normalmente das 7 às 18
horas, podendo se ausentar para as refeições ou a serviço, e tal permanência deverá, também,
ser observada em horário extraordinário, quando de ocorrências excepcionais que envolvam
as atividades do Cemitério.

Art. 207 A administração do Cemitério terá a seu cargo os servidores municipais da Necrópole,
como sejam: zeladores-auxiliares, coveiros, pessoal de limpeza e outros que forem
necessários.

Parágrafo Único - Os empreiteiros, construtores e zeladores de sepulturas, embora


autônomos, devem obediência à Administração da Necrópole.

Art. 208 Compete ao Administrador e ao Zelador-Chefe, nos respectivos cemitérios a seu


cargo:

I - dirigir os serviços, fazendo realizar os trabalhos e cumprir as ordens, inclusive emanadas das
autoridades superiores a que estão subordinadas;

II - manter o silêncio, a ordem, a disciplina e o respeito que merecem o sentimento religioso e


a veneração aos mortos;
III - examinar, diligenciar, encaminhar com claras informações, registrar, arquivar todos os
documentos e papéis de seu trato, principalmente os que se referem à inumação e exumação,
perpetuação, temporaneidade ou arrendamento;

IV - impedir o ingresso, na área da Necrópole, de pessoas que, por seus antecedentes e


condições personalíssimas de saúde física e mental, revelem o ânimo de fazer desordens,
algazarras ou de realizar violação, dano ou depredação de sepulturas ou do próprio municipal;

V - fiscalizar pessoalmente a abertura de sepulturas, construção e reconstrução de túmulos, a


fim de que, principalmente, seja mantido rigor no arruamento e alinhamento de Quadras e
Seções, bem como a localização e a distância entre sepulturas e túmulos;

VI - atender e estar atento a todas às autoridades de serviço e pessoas relacionadas com o


Cemitério.

Art. 209 São livros obrigatórios da escrituração do Cemitério:

a) Registro geral de sepultamento;


b) Registro geral de sepulturas perpetuadas e temporárias;
c) Protocolo para registro de requerimentos e outros papéis necessários dessa exigência;
d) Registro de ocorrências.

Art. 210 Todos os livros de registros deverão ter os termos de abertura e de encerramento


assinados pelo Secretário de Saúde, que rubricará todas as folhas devidamente numeradas.

Art. 211 Toda a escrituração obedecerá à ordem sucessiva de dia, mês e ano, com clareza,
correção, sem rasura, emendas, entrelinhas e sem folhas em branco de permeio.

Art. 212 As caiações, pinturas, obras simples de limpeza, reparo, não dependem da licença,
nem requerimento, taxa ou emolumentos, e podem ser feitos mediante anuência da
Administração.

Art. 213 As taxas, impostos e emolumentos serão afixados com a Lei Tributária do Município.

CAPÍTULO II
DO ARRUAMENTO - DO ALINHAMENTO - DAS QUADRAS

Art. 214 A área do Cemitério será dividida em Quadras, e estas em Seções.

Art. 215 Haverá, sempre, pelo menos um arruamento central e outro perimetral, mormente na
linha do muro divisório. Outros arruamentos internos serão criados e mantidos em número e
posição que facilitem o trânsito de pedestres, evitando-se o pisoteio das sepulturas.

Parágrafo Único - A administração de cada cemitério deverá pôr em prática providências de


alinhamento para as novas sepulturas, de forma a que, de futuro, estejam instituídos e
rigorosamente mantidos os arruamentos.

Art. 216 Os arruamentos principais, mormente, entre Quadras e perimetrais, deverão ter a
largura mínima de 2 metros, de meio-fio a meio-fio, ou do muro divisório à linha de sepulturas,
e não estando assentados os meios-fios, subentende-se entre dois alinhamentos de
sepulturas.

Parágrafo Único - O arruamento entre Seções de Quadras deverá ter, no mínimo, 1,50 m de
largura.

Art. 217 As Quadras serão identificadas por letras alfabéticas maiúsculas, inscritas em placas
que ficarão encimadas em posteação, no arruamento ou cruzamentos deste.

Art. 218 As Seções, que estarão situadas nas áreas das Quadras, serão identificadas por
algarismos arábicos, encimadas estas placas em posteação, fixada no cruzamento ao
alinhamento das Seções.

Parágrafo Único - A Administração do Cemitério deverá, quando da inexistência de ruas nas


Seções, assinalar com antecedência, fixando piquetas ou posteação de tamanho maior ou
menor, o necessário alinhamento, para que, de futuro, com o abandono das ultrapassadas, ou
aberturas das novas sepulturas, essas ruas estejam criadas, possibilitando, também a
arborização da Necrópole.

CAPÍTULO III
DAS SEPULTURAS

Art. 219 As sepulturas são particulares ou comuns. As particulares são perpétuas e


temporárias, ou de arrendamento:

I - a perpetuação assegura irrevogável concessão diária, após expedição do respectivo alvará,


ressalvada a retomada pela Prefeitura, quando ocorrer continuado "abandono" ou desasseio
da sepultura ou túmulo;

II - a temporaneidade ou arrendamento é a concessão diária pelo período de três anos, sem


direito a construção de "caixa" ou de "carneiro" na sepultura;

III - comuns são todas as demais sepulturas cujos restos mortais são removidos tão logo
vencidos 36 meses, quando de adultos, ou de 24 meses, para menores de dez anos.

Art. 220 As sepulturas perpétuas são as permissíveis de "caixa" simples, ou dupla, admitindo-
se a sobreposição para até três sepultamentos para cada "caixa".

Art. 221 O prazo de intocabilidade da sepultura é de 36 meses a de adulto e de 24 meses a de


menores de 10 anos.

Art. 222 Caracteriza os estado de "abandono" o fato da sepultura perpétua ou temporária se


apresentar em continuado estado de decomposição ou de asseio por dois (2) anos ou mais, o
que autoriza:

I - a Administração do Cemitério instaurar o processo de "abandono", consignando com clareza


esse estado, encaminhando, em seguida, o instrumento à Secretaria de Saúde;
II - promover a Prefeitura a notificação do interessado com o prazo de 60 dias:

a) por correspondência, sob AR, se residente no Município, com endereço conhecido;


b) por edital publicado duas vezes no órgão oficial de atos da municipalidade. Comparecendo o
interessado e requerendo a recomposição da sepultura, ser-lhe-á fixado prazo pra realização
da obra, pagando, inclusive, as despesas do processo de notificação e emolumentos à
recuperação;

III - na hipótese de não comparecimento do interessado, o Prefeito decretará o despacho


"estado de abandono" da sepultura, autorizando a demolição dos remanescentes pela
Administração da Necrópole, com o recolhimento do material, bem como os restos mortais,
estes ao ossário;

IV - O Prefeito, no mesmo despacho, declarará desocupada a área e restabelecido o pleno


direito de outro sepultamento, sem qualquer indenização pelo motivo da perpetuação
abandonada.

Art. 223 A perpetuação e a temporaneidade serão concedidas mediante requerimento do


interessado ao Prefeito, dispensada a exigência de concorrência por se tratar de matéria que
por si só demonstra a existência de interesse público relevante e, sobremodo, por se cogitar de
sepultamento, que não pode ficar na dependência de providências administrativas que
consomem tempo.

§ 1º O Chefe do Executivo, uma vez deferido o requerimento, autorizará, por decreto, ao setor
competente da Secretaria Municipal de Administração, a expedição do correspondente
certificado de titularidade, condicionado ao prévio pagamento do respectivo preço, a ser
fixado por tabela própria.

§ 2º Do mesmo modo, o preço referente à temporaneidade e sua renovação será determinado


pela tabela referida no parágrafo anterior.

Art. 224 A temporaneidade ou arrendamento poderá ter renovação uma única vez, por mais
um período de dois anos, sendo, porém, permitida a conversão em perpetuação com o
pagamento dos tributos devidos.

Art. 225 Somente cruzes, emblemas e lápide de fácil remoção se permitirão nas sepulturas de
arrendamento e comuns, mas, vencido o prazo respectivo, serão removidos e recolhidos pela
Administração, que lhes dará o destino conveniente, sem indenização.

Art. 226 As sepulturas, túmulos e mausoléus deverão obedecer, rigorosamente, ao


arruamento e o alinhamento, seja das alamedas, Quadras e Seções.

Art. 227 As covas para sepultamento terão as seguintes medidas:

I - para adultos e infantes maiores de dez anos, dois metros de comprimento, por oitenta
centímetros de largura, e um metro e vinte centímetros a um metro e cinqüenta centímetros
de profundidade, conforme a natureza do terreno;
II - para infantes menores de 10 anos, um metro e vinte centímetros de comprimento,
quarenta centímetros de largura, e a profundidade até um metro e vinte centímetros;

III - quando a sepultura se destinar à perpetuação ou temporaneidade, sendo para menor de


dez anos, será sempre as medidas como de adulto.

Art. 228 Toda sepultura deverá ter no seu frontal uma placa com a inscrição de número.

Art. 229 Os túmulos e os jazigos terão gravados por seu construtor na face anterior, o número
da sepultura.

Art. 230 Todos os concessionários de área de perpetuação de temporaneidade, bem como as


associações e corporações, são obrigados a manter a sua custa o asseio e conservação dos
respectivos túmulos, sob pena de caracterização do "estado de abandono" e a decretação
deste, de acordo com o Art. 222 desta Lei.

CAPÍTULO IV
DA INUMAÇÃO E DA EXUMAÇÃO

Art. 231 O sepultamento somente se fará quando exibida a certidão de óbito (guia de
enterramento) expedida pelo Oficial do Registro Civil do local em que ocorreu o falecimento, a
qual receberá o "visto" da Administração da Necrópole, se não houver impedimento.

Art. 232 Quando ocorrer o não atendimento da exibição de certidão de óbito, poderá o


sepultamento ser realizado em "cova rasa", se o corpo vier acompanhado de ordem escrita de
autoridade judicial da Comarca, ou policial do Município, ou do Prefeito, todavia, sempre com
o "visto" da Administração do Cemitério.

Parágrafo Único - Ocorrendo a hipótese deste artigo, e, vencido o prazo de 15 dias sem que
seja apresentada a certidão de óbito à Administração do Cemitério, dará por escrito ciência do
ocorrido ao Prefeito, por intermédio da Secretaria de Saúde, em expediente com os seguintes
esclarecimentos extraídos do Livro de Ocorrências:

a) nome do falecido;
b) procedência do corpo;
c) indicação da autoridade de quem emanou a ordem;
d) outros esclarecimentos.

Art. 233 Se algum corpo for apresentado para sepultamento sem a exibição de certidão de
óbito e sem ordem da autoridade nos termos dos artigos anteriores, a Administração da
Necrópole reterá seus condutores, levando-os à autoridade policial local, ou convocando esta
ao Cemitério, a cujo agente da lei os confiará, e, incontinenti, dará ciência pelos meios rápidos
a seus superiores, registrando o fato no Livro de Ocorrências, recolhendo o corpo ao
Necrotério.

§ 1º Sendo a comunicação feita verbalmente, será esta, em seguida, confirmada por ofício;
§ 2º Decorridos 24 horas da comunicação, sem as providências reclamadas, será feito o
sepultamento em "cova rasa", dando-se, novamente, ciência aos superiores, com Registro no
mesmo Livro.

Art. 234 Nenhum corpo será sepultado antes de decorridos 24 horas do óbito, a não ser que se
cuide de pessoa falecida em virtude de doença contagiosa mencionada na respectiva certidão.

Parágrafo Único - Estando presente algum médico que assuma a responsabilidade do


sepultamento, a inumação poderá ser realizada.

Art. 235 À entrada do corpo no Cemitério, poderá o Administrador ou o Zelador-chefe,


ordenar a abertura do ataúde, e, havendo fundamento para qualquer suspeita de violência ou
outro crime, suspenderá o sepultamento, procedendo de conformidade com o Art. 233 desta
Lei.

Art. 236 Os sepultamentos serão efetuados de sol a sol, isto é, de seis às dezoito horas e, não
será em nenhuma hipótese, enterrado mais de um cadáver na mesma sepultura,
simultaneamente, nem desrespeitado o período de tempo fixado no Art. 221.

Art. 237 Antes do expirado o prazo de 36 meses para os adultos e de 24 meses para menores
de dez anos, não será permitida a abertura da sepultura, quer para exumação de restos
mortais, quer para outro sepultamento.

Parágrafo Único - Todavia, em casos excepcionais, justificados em requerimentos dirigidos ao


Prefeito, ou em virtude de diligência Judicial ou Policial, as sepulturas poderão ser abertas, e,
como nos casos de exumação, tomando-se as providências de cautela à saúde dos funcionários
da exumação, presente o médico legista e seu auxiliar.

Art. 238 O sepultamento gratuito far-se-á em Quadra especial e somente será considerado se
o corpo vier acompanhado de atestado Policial ou declaração da Santa Casa de Misericórdia.

Art. 239 Somente, mediante autorização do Prefeito em requerimento firmado por quem de


direito, com os esclarecimentos de motivação e destino, será permitida a saída de ossos.

Art. 240 Na ocasião do sepultamento, o ataúde será levado perante à Administração da


Necrópole, a cuja autoridade os condutores entregará os respectivos documentos, e, obtido o
"visto", satisfeitas as exigências do fisco, anotará à Administração no conhecimento os
números da Quadra, e da sepultura, consignando o valor das despesas efetuadas, em seguida,
serem restituídos esses documentos aos interessados.

CAPÍTULO V
CONSTRUTORES E EMPREITEIROS ZELADORES DE SEPULTURAS

Art. 241 Construtor ou empreiteiro é a pessoa, sem vínculo empregatício com a


municipalidade, que, como autônomo, se obriga a exercer o seu ofício de pedreiro ou
construtor no Cemitério para o qual esteja habilitado, por alvará respectivo, nos trabalhos de
feitura das "caixas" de sepulturas, assentamento de túmulos, jazigos, realização de reparos,
caiação e outras tarefas de sua profissão, e sob as seguintes condições:
I - deverá o interessado encaminhar previamente, requerimento ao Prefeito, em que:

a) suplica inscrição para executar os trabalhos de sua profissão;


b) indique o Cemitério no qual pretende exercer a sua atividade;
c) afirma em documento que se obriga a cumprir as normas desta Lei, atinentes a Cemitérios e
às determinações emanadas da respectiva Administração;
d) faça juntar prova da inscrição, como contribuinte do INSS, e de estar em atividade e quite
com essa Autarquia;
e) afirme desobrigar a municipalidade do ônus empregatício ou de responsabilidade por
acidente;
f) junte dois retratos 3 x 4, a fim de um ser afixado no requerimento da solicitação e o outro na
hipótese de deferimento, no alvará ou certificado expedido pela municipalidade.

II - deverá satisfazer o pagamento que lhe for exigido na Lei Tributária em cada exercício,
exibindo à Administração da Necrópole o comprovante para anotação.

Art. 242 Construtor ou empreiteiro, desde que portador de alvará ou certificado, estará


obrigado, em seguida, perante à Administração da Necrópole:

I - relacionar em documento, os operários a seu serviço, com a respectiva qualificação de cada


um, mencionando o número da carteira de trabalho e de inscrição no INSS, comprovando a
quitação para com a autarquia, documentos esses que exibirá;

II - afirmar, em documento, sua exclusiva responsabilidade com os operários a seu cargo, no


que concerne a salários, riscos por acidente e demais obrigações das leis trabalhistas;

III - firmar compromisso em documento, em que se obriga a construir até quatro, "caixas", de
sepulturas, continuadamente por determinação e sindicação da Administração da Necrópole,
para que esta possa atender às exigências eventuais dos interessados, sendo o construtor
reembolsado das mesmas à proporção da concessão de cada um;

IV - comparecer, mesmo por preposto autorizado, diariamente, perante o Administrador ou o


Zelador-chefe, sob pena de cassação do alvará, quando ocorrerem faltas repetidas anotadas
no Livro de Ocorrências.

Art. 243 A ninguém, seja construtor ou marmoraria:

I - se permitirá possuir, no Cemitério, "caixa" para sepultamento, a fim de ser vendida ou


negociada com interessados, direito que assiste exclusivamente à Prefeitura;

II - se permitirá o armazenamento de materiais na área do Cemitério, senão na quantidade à


feitura de "caixas" ou assentamento de túmulos, para os quais o alvará tenha sido expedido;

Art. 244 Construtor ou marmoraria:

I - removerão, imediatamente, à conclusão de cada obra, e todas as vezes que a permanência


é desaconselhada pela Administração da Necrópole, todos os detritos resultantes dos seus
trabalhos;

II - somente farão transportar por carrinhos ou carrocinhas empurradas a mão, o material a


empregar na área do Cemitério, inclusive a argamassa para a execução dos serviços, e esta
será preparada em local indicado pela Administração da Necrópole;

Art. 245 "Zeladores de sepulturas" são pessoas, sem vínculo empregatício com a Prefeitura
que, a serviço de interessados ou concessionários, se propõem a manter o asseio das
sepulturas e, para obterem a credenciação ao exercício de seus trabalhos, serão obrigados a:

I - dirigir requerimento ao Prefeito, mencionando domicílio, estado civil e nacionalidade, e,


também, indicando o Cemitério no qual desejam ser credenciados;

II - juntar dois retratos 3 x 4 para ser afixado ao requerimento, e outro, ao alvará de


credenciação;

III - relacionar filhos e dependentes, maiores de 10 anos, de que se farão acompanhar no


trabalho;

IV - assinar declaração desobrigando a Prefeitura de qualquer reivindicação salarial ou


indenização por acidentes, inclusive quanto aos acompanhantes, declarando inexistência de
qualquer vínculo empregatício, mas se obrigando a cumprirem os preceitos desta Lei no que se
refere a Cemitérios e as ordens emanadas da Administração desta;

V - assinar declaração se obrigando a manter o máximo asseio nas sepulturas e túmulos a seu
cargo, removendo os restos de flores e outros em decomposição para o local indicado pela
Administração da Necrópole;

VI - recolher os tributos devidos, anualmente.

Art. 246 Na infração dos artigos deste Capítulo, parágrafos e incisos se aplicam a penalidade
do valor de 20% a três salários mínimos da região, sem prejuízo de outra cominação que
couber.

CAPÍTULO VI
DA FREQÜÊNCIA E DO POLICIAMENTO

Art. 247 É franco o ingresso de qualquer pessoa, corporação e agremiação no Cemitério, em


qualquer dia, das seis às dezoito horas, não se podendo impedir, durante este tempo,
quaisquer celebrações ou comemorações coletivas, guardadas as disposições atinentes ao
policiamento interno, principalmente dos bons costumes, decência e veneração.

Art. 248 É proibido o ingresso, e, conseqüentemente, o trânsito de veículos na área interna do


Cemitério.

Art. 249 É proibido:

I - no Cemitério urbano, o ingresso de carro funerário que se deterá frente à Administração e


dele, após a liberação, será retirado o ataúde para ser conduzido ao local do sepultamento;

II - no Cemitério urbano, o ingresso de veículo que conduzir cadáver destinado ao Necrotério;

III - no Cemitério urbano ou rural, quando neste o arruamento facilitar o ingresso de veículo de
transporte para manobras de carregar ou descarregar material de grande peso ou volume, a
critério da Administração e por tempo que este fixar.

Art. 250 É proibido, nos Cemitérios:

a) faltar com respeito e perturbar o silêncio;


b) escalar muros;
c) andar, assentar-se, deitar-se sobre jazigos, túmulos, sepulturas ou canteiros;
d) subir as árvores, túmulos e sepulturas;
e) escrever, desenhar figuras nos muros, paredes e lápides;
f) danificar árvores, túmulos, sepulturas com a violação destas e extrair os objetos do seu
interior;
g) lavrar e contar pedras.

Art. 251 Na infração dos artigos deste Capítulo, parágrafos e incisos se aplicam as penalidades:

a) de advertência pela Administração de Necrópole, (não se compreendendo as simples faltas),


que constará do Livro de Ocorrência;
b) cassação do alvará, ou cancelamento da credenciação, mediante processo, nas faltas
gravíssimas, sem prejuízo de ação penal, a cassação e atribuição do Prefeito;
c) multa de 20% até 3 salários mínimos mensais, sem prejuízo das cominações outras.

CAPÍTULO VII
DOS TRIBUTOS E DAS LICENÇAS

Art. 252 Todos os tributos que gravarem serviços e obras no Cemitério estarão exigidos no
Código Tributário, e serão recolhidos diretamente à Secretaria de Fazenda, ou por agente
credenciado deste órgão.

Art. 253 As licenças para serviços e obras somente serão expedidas mediante o prévio
recolhimento dos respectivos tributos, e nenhuma obra ou serviço poderá ter início ou
concluído sem sua rigorosa obediência aos preceitos desta Lei e às recomendações da
Administração da Necrópole, sob pena de ser embargada, incontinenti, com a cominação da
penalidade, do procedimento administrativo e judicial que couber, instaurando-se processo
que será encaminhado, através à Secretaria de Saúde, ao conhecimento e decisão do Prefeito,
sendo o fato registrado no livro de Ocorrências.

TÍTULO VI
DISPOSIÇÕES FINAIS

CAPÍTULO ÚNICO

Art. 254 Em todos os casos em que, por conseqüência de infração, for imposta obrigação de,
dentro de certo prazo, fazer ou desfazer, consoante o Art. 109 desta Lei, fica entendido que,
expirado o termo assinado, poderá a Prefeitura fazer ou desfazer aquilo que o infrator deveria
ter feito ou desfeito, se assim o reclamar o interesse público e o princípio de autoridade, sem
prejuízo de multa e mais cominações.

Art. 255 Nenhuma inobservância desta Lei deixa de induzir o infrator à pena de multa e esta,
na hipótese de ocorrer o que dispõe o Art. 4º, será do valor de 20% a três salários mínimos
mensais da região, a juízo da Comissão Julgadora, sem prejuízo das cominações outras cabíveis
na espécie.

Art. 256 As penas estabelecidas nesta Lei não isentam o infrator da responsabilidade civil ou
criminal em que tiver incorrido, concomitantemente.

Art. 257 Os funcionários municipais serão responsáveis civil e criminalmente, pelos danos e
prejuízos que, por dolo, culpa, negligência, erro ou omissão causarem, no exercício de suas
funções, ao patrimônio municipal.

Art. 258 Os funcionários municipais são testemunhas idôneas em qualquer caso de infração
desta Lei.

Art. 259 As posturas ulteriores, enquanto não for revogada esta Lei, ser-lhe-ão apenas em
aditamento como parte suplementar e integrante do mesmo.

Art. 260 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 261 Revogam-se as disposições em contrário, em especial as Leis


nº 3.398/78, 5.282/92, 5.929/95, 6.284/96, 7.013/00 e 7.712/05.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES, 10 de dezembro de 2008.

Alexandre Marcos Mocaiber Cardoso


Prefeito

Publicado no DOM de 24-26/12/2008.

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