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TERMINOLOGIA

Abscesso: Coleção de pus externa ou


internamente
Absorção: Penetração do líquido pela pele
ou mucosa
Acetilcolina: Neurotransmissor mais
abundante nas junções neuromusculares,
nos gânglios autonômicos, nas junções
efetoras parassimpáticas, em algumas
junções efetoras simpáticas e em muitas
regiões no sistema nervoso central.
Acinesia: Impossibilidade de movimentos
voluntários, paralisia.
Afagia: Pode ser definida como
dificuldade de deglutição. Caracteriza-se
por ser um sintoma comum de diversas
doenças. A sua causa está ligada com
alterações neurológicas como o acidente
vascular encefálico, doenças neurológicas
e/ou neuromusculares e também
alterações locais obstrutivas, como as
doenças tumorais do esôfago.

Afasia: É uma deterioração da função da Ataxia: Descoordenação patológica


linguagem falada e escrita, após ter sido motora. Termo usado para descrever o
adquirida de maneira normal e sem déficit movimento descoordenado, o qual pode
intelectual correlativo. É caracterizada influenciar os padrões de movimentos, a
pela dificuldade em nomear pessoas e marcha e a postura
objetos. A principal causa da afasia é o Avitaminose: As avitaminoses são uma
acidente vascular encefálico família de doenças causadas pela falta ou
Algia: Dor em geral, em um órgão ou uma deficiência de vitaminas no organismo.
região do corpo, sem corresponder à lesão Geralmente são devidas a uma
anatômica alimentação incompleta, mas podem
Anasarca: Não é uma doença, mas um também surgir na sequência de outros
sintoma que pode acontecer no curso de problemas de saúde. Algumas destas
várias doenças, caracterizado por um doenças, como o escorbuto (deficiência
inchaço distribuído por todo corpo, devido de vitamina C), provavelmente a primeira
ao acúmulo de fluido no espaço avitaminose conhecida, podem ser
extracelular e no interior das próprias tratadas apenas com suplementos
células vitamínicos
Apático: sem vontade ou interesse para Biópsia: Extirpação de um fragmento de
efetuar esforço físico ou mental tecido vivo com finalidade diagnóstico
Astenia: Corresponde ao termo médico BIPAP: Suporte ventilatório por pressão
que indica a fadiga física. Ela se utilizado em tratamento pulmonar ou
caracteriza por uma fraqueza respiratório, que facilita a inspiração
generalizada e prolongada do organismo, Blenofitalmia: secreção mucosa nos olhos
além de uma diminuição da potência Blenorréia: secreção abundante das
funcional mucosas, especialmente da vagina e uretra
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Blenúria: presença de muco na urina CPAP: É um aparelho que envia um fluxo de


Calafrio: Contrações involuntárias da ar contínuo para as vias respiratórias, por
musculatura esquelética com tremores e meio de uma máscara
bater dos dentes Coagulação: espessamento de um líquido
Caquexia: desnutrição adiantada, formando coágulo
emagrecimento severo. Colecistectomia: remoção da vesícula
Cefaleia: Dor de cabeça biliar
Choque: Síndrome que se manifesta com Colecistite: inflamação da vesícula biliar
pele fria, queda de temperatura, cianose e Colostomia: abertura artificial para saída
morte de fezes a nível do cólon
Ciclo de Dor-Espasmo-Dor: Contração Coma: estado de inconsciência
constante de músculos que causa Congestão: acúmulo anormal ou excessivo
isquemia e estimula os receptores de dor de sangue numa parte do organismo.
nos músculos. A dor, por sua vez, inicia mais Constipação: retenção de fezes ou
espasmos evacuações insuficientes
Cistite: inflamação da bexiga Coprólito: massa endurecida de matéria
Cistocele: hérnia de bexiga fecal nos intestinos
Clister: introdução de pequena Eletrólitos: condutor iônico, líquido, sólido
quantidade de água, medicamento ou ou pastoso, que ao ser dissolvido na água,
alimento no intestino forma uma solução que pode conduzir
Convalescença: É o período de transição eletricidade
depois de uma lesão ou doença, no qual se Eritema: rubor cutâneo que ocorre em
desenvolve a recuperação gradativa das placas de tamanho e forma variáveis,
forças e da saúde provocado por congestão excessiva dos
Coto: É a parte do membro que permanece
capilares
após uma amputação
Eritrócitos: glóbulo vermelho, formado na Hiperestesia: aumento da sensibilidade em
medula óssea, que consiste em célula sem determinado local
núcleo, de cor avermelhada, composta de Hiperplasia: multiplicação anormal ou
proteína denominada hemoglobina, aumento no número de células normais,
responsável pelo transporte do oxigênio levando a um aumento do tamanho do
que irá nutrir as células do organismo órgão correspondente
Homeostase: processo sanguíneo Hipoventilação: redução das trocas
fisiológico mantido em estado de equilíbrio gasosas pulmonares. Hipóxia: redução dos
dinâmico constante pelo organismo níveis de oxigênio celular
Hemoglobina: pigmento encontrado nas Isquemia: deficiência na irrigação de
hemácias do sangue dos vertebrados, em sangue em um órgão ou tecido devido à
alguns invertebrados e nos músculos dos constrição ou obstrução de seus vasos
mamíferos e das aves sanguíneos
Hemoglobinúria: perda de hemoglobina Leucopenia: redução do número de
através da urina. Hemorragia: glóbulos brancos do sangue (leucócitos)
derramamento de sangue para fora do Necrose: processo patológico causado
vaso sanguíneo pela ação degradativa progressiva de
Heparinoterapia: tratamento através da enzimas, geralmente associado com
heparina, que é um fármaco trauma celular severo. É caracterizada por
(glicosaminoglicano sulfatado) do grupo inchaço mitocondrial, floculação nuclear,
dos anticoagulantes, usado no tratamento lise celular descontrolada e por fim, morte
da trombose e outras doenças com celular
coagulação sanguínea excessiva Neoplasia: crescimento celular
descontrolado que sucede a ausência de
demanda fisiológica
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Neuropatia: afecções que atingem os Anatomia do sistema respiratório


nervos do sistema nervoso central ou
periférico
Papiloma: tumor benigno epitelial
circunscrito que se projeta da superfície
circundante; mais precisamente, uma
neoplasia benigna epitelial que consiste
em projeções arborescentes de estroma
fibrovascular recobertas por células
neoplásicas
Parestesia: alteração na sensibilidade de
determinado local
Peristaltismo: contrações segmentares da
musculatura lisa, que configura a atividade
motora de vísceras, como intestino e
ureteres
Plasma sanguíneo: hemocomponente rico
em fatores de coagulação
Pneumotórax: acumulação de ar ou gás Anotações:
no espaço pleural, que pode ocorrer
espontaneamente ou como resultado de
trauma ou um processo patológico, ou ser
introduzido deliberadamente
Prurido: sensação de coceira intensa que
produz a necessidade de friccionar ou
coçar a pele para obter alívio
Inspiração e expiração Transporte de gases respiratórios
A inspiração, dá-se pela contração da O transporte de gás oxigênio está a cargo
musculatura do diafragma e dos músculos da hemoglobina, proteína presente nas
intercostais. O diafragma abaixa e as costelas hemácias. Cada molécula de hemoglobina
elevam-se, promovendo o aumento da caixa combina-se com 4 moléculas de gás oxigênio,
torácica, com consequente redução da formando a oxi-hemoglobina. Nos alvéolos
pressão interna (em relação à externa), pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se
forçando o ar a entrar nos pulmões. para os capilares sanguíneos e penetra nas
A expiração, dá-se pelo relaxamento da hemácias, onde se combina com a
musculatura do diafragma e dos músculos hemoglobina, enquanto o gás carbônico
intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas (CO2) é liberado para o ar (processo
abaixam, o que diminui o volume da caixa chamado hematose).
torácica, com consequente aumento da Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás
pressão interna, forçando o ar a sair dos oxigênio dissocia-se da hemoglobina e
pulmões. difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as
células. A maior parte do gás carbônico (+-
70%)liberado pelas células no líquido tissular
penetra nas hemácias e reage com a água,
formando o ácido carbônico, que logo se
dissocia e dá origem a íons H+ e
bicarbonato(HCO3-), difundindo-se para o
plasma sanguíneo, onde ajudam a manter o
grau de acidez do sangue. Cerca de 23%
do gás carbônico liberado pelos tecidos
associam-se à própria hemoglobina, formando
a carboemoglobina. O restante dissolve-se no
plasma.
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Controle da respiração que são bastante sensíveis ao pH do plasma.


A respiração é controlada automaticamente Essa capacidade permite que os tecidos
por um centro nervoso localizado no bulbo. recebam a quantidade de oxigênio que
Desse centro partem os nervos responsáveis necessitam, além de remover
pela contração dos músculos respiratórios adequadamente o gás carbônico. Quando o
(diafragma e músculos intercostais). Os sinais sangue se torna mais ácido devido ao
nervosos são transmitidos desse centro através aumento do gás carbônico, o centro
da coluna espinhal para os músculos da respiratório induz a aceleração dos
respiração. O mais importante músculo da movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a
respiração, o diafragma, recebe os sinais frequência quanto a amplitude da respiração
respiratórios através de um nervo especial, tornam-se aumentadas devido à excitação do
o nervo frênico, que deixa a medula espinhal CR. Em situação contrária, com a depressão
na metade superior do pescoço e dirige-se do CR, ocorre diminuição da frequência e
para baixo, através do tórax até o diafragma. amplitude respiratórias.
Os sinais para os músculos expiratórios,
especialmente os músculos abdominais, são A respiração é ainda o principal mecanismo de
transmitidos para a porção baixa da medula, controle do pH do sangue.
para os n. espinhais que inervam os músculos.
Impulsos iniciados pela estimulação psíquica O aumento da concentração de CO2 desloca
ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a a reação para a direita, enquanto sua
respiração. Em condições normais, o centro redução desloca para a esquerda. Dessa
respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, forma, o aumento da concentração de
um impulso nervoso que estimula a contração CO2 no sangue provoca aumento de íons H+
da musculatura torácica e do diafragma, e o plasma tende ao pH ácido. Se a
fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de concentração de CO2 diminui, o pH do
aumentar e de diminuir tanto a frequência plasma sanguíneo tende a se tornar mais
como a amplitude dos movimentos básico (ou alcalino)
respiratórios, pois possui quimiorreceptores
Se o pH está abaixo do normal (acidose), o nervoso, resultando, algumas vezes, em tetania
centro respiratório é excitado, aumentando a (contrações musculares involuntárias por todo
frequência e a amplitude dos movimentos o corpo) ou mesmo convulsões epilépticas.
respiratórios. O aumento da ventilação Existem algumas ocasiões em que a
pulmonar determina eliminação de maior concentração de oxigênio nos alvéolos cai a
quantidade de CO2, o que eleva o pH do valores muito baixos. Isso ocorre
plasma ao seu valor normal. Caso o pH do especialmente quando se sobe a lugares muito
plasma esteja acima do normal (alcalose), o altos, onde a pressão de oxigênio é muito
centro respiratório é deprimido, diminuindo a baixa ou quando uma pessoa contrai
frequência e a amplitude dos movimentos pneumonia ou alguma outra doença que
respiratórios. Com a diminuição na ventilação reduza o oxigênio nos alvéolos.
pulmonar, há retenção de CO 2 e maior Sob tais condições, quimiorreceptores
produção de íons H+, o que determina queda localizados nas artérias carótida (do pescoço)
no pH plasmático até seus valores normais. e aorta são estimulados e enviam sinais pelos
A ansiedade e os estados ansiosos promovem nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os
liberação de adrenalina que, frequentemente centros respiratórios no sentido de aumentar a
levam também à hiperventilação, algumas ventilação pulmonar.
vezes de tal intensidade que o indivíduo torna
seus líquidos orgânicos alcalóticos (básicos),
eliminando grande quantidade de dióxido de
carbono, precipitando, assim, contrações dos
músculos de todo o corpo.
Se a concentração de gás carbônico cair a
valores muito baixos, outras consequências
extremamente danosas podem ocorrer, como
o desenvolvimento de um quadro de alcalose
que pode levar a uma irritabilidade do sistema
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TIPOS DE RESPIRAÇÃO de forma regular; é o ritmo comum em


Taquipneia: aumento da respiração acima situações de acidose metabólica como, por
do normal exemplo, na cetoacidose diabética ou
Bradipneia: diminuição do número de insuficiência renal. Se essa situação se agravar,
o ritmo pode se modificar para ritmo de
movimentos respiratórios
Kussmaul que é a alternância sequencial de
Apneia: Parada respiratória. Pode ser
apneias inspiratórias e expiratórias.
instantânea ou transitória, prolongada ou Ritmo de Biot: Ritmo totalmente irregular tanto
intermitente ou definitiva na frequência como na amplitude. Pode
Ortopneia: Respiração facilitada em aparecer em casos de hipertensão
posição vertical intracraniana e lesões do sistema nervoso
Respiração ruidosa, estertora: Respiração central.
com ruídos semelhantes a “cachoeira” Ritmo de Cheyne Stokes: Ritmo caracterizado
Respiração labriosa: Respiração por períodos de hiperpneia seguidos por
dificultosa, envolve músculos acessórios períodos de apneia. Esse ritmo normalmente
Respiração sibilante: com sons que se ocorre em pacientes com insuficiência
cardíaca congestiva grave, pacientes com
assemelham a assovios.
lesão do sistema nervoso central e hipertensão
Dispneia: dor ou dificuldade ao respirar
intracraniana.
(falta de ar).
Dispneia suspirosa: Presença de
inspirações profundas esporádicas em um
ritmo respiratório normal pode ocorrer em
pessoas com distúrbios psicológicos ou sob
forte emoção.
Ritmo de Cantani: Caracteriza-se pelo
aumento da amplitude do ciclo
respiratório
Perfusão – Perfusão: movimento do sangue venoso
A perfusão pulmonar refere-se ao fluxo (pobre em oxigênio) desde o coração, pela
sanguíneo da circulação pulmonar disponível artéria pulmonar, até os capilares pulmonares
para a troca gasosa, sendo que as suas que rodeiam os alvéolos (constituindo a
pressões são relativamente mais baixas membrana alvéolo-capilar) e a remoço do
quando comparadas com a circulação sangue já arterializado (rico em oxigênio),
sistêmica. A perfusão encontra-se reduzida nos desde os capilares pulmonares até o coração,
ápices devido à força gravitacional. Esse fato pelas veias pulmonares.
permite os alvéolos serem plenamente Considerando em conjunto os sistemas
expandidos. Essa expansão pode comprimir os respiratório e cardiovascular, sua principal
vasos sanguíneos diminuindo mais a perfusão função é prover uma quantidade adequada
sanguínea relação entre o tamanho das vias de sangue arterializado (rico em oxigênio) a
aéreas e fluxo sanguíneo regional na posição todo momento e a todos os tecidos do corpo
ortostática. A perfusão é aumentada nas bases humano. O sistema respiratório arterializa
pulmonares devido à gravidade. Os vasos (oxigena) o sangue, e elimina o gás carbônico
sanguíneos com maior diâmetro evitam a resultante do metabolismo celular. O sistema
completa expansão dos alvéolos podendo cardiovascular distribui o sangue oxigenado a
reduzir seus diâmetros. todo o organismo e o leva de volta,
– Ventilação: entrada de ar, rico em oxigênio, carregando o gás carbônico até o sistema
desde o meio ambiente até os alvéolos e a respiratório.
saída do mesmo desde os alvéolos até o meio
ambiente, agora carregado de gás carbônico, Shunt pulmonar
por meio da via aérea. Um shunt pulmonar é uma condição fisiológica
– Difusão: movimento do oxigênio desde o que resulta quando os alvéolos do pulmão são
alvéolo até o sangue do capilar pulmonar, por perfundidos normalmente com sangue, mas a
meio da membrana alvéolo-capilar e do gás ventilação (o fornecimento de ar) falha em
carbônico na direção contrária. suprir a região perfundida. Um shunt pulmonar
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geralmente ocorre quando os alvéolos se O shunt pulmonar é minimizado pela


enchem de líquido, fazendo com que constrição reflexa normal da vasculatura
partes do pulmão não sejam ventiladas pulmonar à hipóxia. Sem essa
embora ainda sejam perfundidas. Shunt vasoconstrição hipóxica pulmonar, o shunt
intrapulmonar é a principal causa de e seus efeitos hipóxicos agravariam. Por
hipoxemia (O2 sanguíneo inadequado) exemplo, quando os alvéolos se enchem
em edema pulmonar e condições como de líquido, eles são incapazes de participar
a pneumonia, em que os pulmões tornam- nas trocas gasosas com o sangue,
se consolidados(Embora segundo Harrison causando hipóxia local ou regional,
hipoxemia por shunt seja bastante desencadeando assim vasoconstrição. O
incomum). A fração de shunt é a sangue é então redirecionado para longe
percentagem de sangue posto para fora desta área que tem uma relação de
pelo coração que não é completamente ventilação e perfusão pobre, para áreas
oxigenada. Um pequeno grau de shunt é que estão sendo ventiladas.
normal e pode ser descrito como "shunt A diminuição da perfusão relativa à
fisiológico”. Em uma pessoa normal e ventilação (como ocorre na embolia
saudável, o shunt fisiológico raramente é pulmonar, por exemplo) é um exemplo de
superior a 4%, em condições patológicas, espaço morto aumentado. O espaço
como contusão pulmonar, a fração de morto é uma parte das vias aéreas em que
shunt é significativamente maior e até a troca gasosa não acontece, como a
mesmo respirar oxigênio a 100% não traqueia.
oxigena completamente o sangue. Shunt
refere-se a perfusão sem ventilação. Mais
especificamente, o shunt intrapulmonar se
refere a áreas onde a perfusão no pulmão
excede a ventilação.
Anamnese e propedêutica respiratória Escala de Glasgow
Conduzir a anamnese de forma tranquila para
conseguir o máximo de informações do
paciente. Perguntar e avaliar: nome, idade,
sexo, etnia, queixa principal, condições
nutricionais, condições socioambientais,
antecedentes familiares e pessoais, aspectos
psicológicos, história da doença atual e
pregressa, hábitos e vícios, coloração de pele,
nível de consciência (que poderá ser utilizada
e Escala de Glasgow e a Escala de sedação
de Ramsay), sinais vitais, ausculta pulmonar,
padrão respiratório, expansibilidade torácica, Escala de sedação de Ramsay
tipos de tórax, dor, edema. Avaliar a tosse, a
expectoração (caso haja), vias de acesso,
monitorização, traqueostomia, balão intra-
aórtico, dreno torácico, sondas e suporte
nutricional, dispositivos de diálise e incisões
cirúrgicas.

Anotações:
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Alterações da pele Cianose tipo central: há queda excessiva da


Palidez: significa atenuação ou saturação arterial, permanecendo normal o
desaparecimento da cor rósea da pele. A consumo de oxigênio nos capilares. Pode
palidez deve ser investigada em toda a ocorrer nas seguintes situações: na qual exista
extensão da superfície cutânea, sem se diminuição da tensão do oxigênio no ar
esquecer das regiões palmoplantares. A inspirado, como observada nas grandes
palidez generalizada indica diminuição das altitudes; hipoventilação pulmonar, quando o
hemácias circulantes nas microcirculações ar atmosférico não chega em quantidade
cutânea e subcutânea. Isso ocorre por dois suficiente para realizar a hematose, seja por
mecanismos: um deles é a vasoconstrição, obstrução da superfície respiratória pulmonar,
generalizada em consequência de estímulos seja por diminuição da expansibilidade
neurogênicos ou hormonais O outro toracopulmonar, ou ainda por diminuição
mecanismo é por redução real das hemácias, exagerada da frequência respiratória; e curto
ou seja, das hemoglobinas que são as circuito (shunt) venoarterial, como se observa
responsáveis pela coloração rosada da pele. A em algumas cardiopatias congênitas.
palidez localizada ou segmentar tem a Cianose periférica: acontece em
isquemia como principal causa. consequência da perda em excesso de
Cianose: significa cor azulada da pele e oxigênio na rede capilar. Isso pode ocorrer por
manifesta-se quando a hemoglobina reduzida estase venosa ou diminuição funcional ou
alcança valores superiores a 5 g/100 ml no orgânica do calibre dos vasos da
sangue. A cianose deve ser procurada no microcirculação.
rosto, especialmente ao redor dos lábios, na icterícia: é a cor amarelada da pele, mucosas
ponta do nariz, nos lobos das orelhas e nas visíveis e escleróticas, resultante do acúmulo
extremidades das mãos e dos pés. Nos casos de bilirrubina sérica. A icterícia deve ser
de cianose muito intensa, todo o tecido distinguida de outras condições em que a pele
cutâneo atinge a tonalidade azulada ou pode tomar coloração amarelada, tais como
mesmo arroxeada. A cianose significa o uso de certas drogas que impregnam a pele
obstrução de uma veia que drena uma região e o consumo excessivo de alimentos ricos em
carotenos. As principais causas de icterícia são Percussão
a hepatite infecciosa, as lesões obstrutivas das A percussão tem como função avaliar de
vias biliares extra-hepáticas e algumas maneira rápida a presença de
doenças que acompanham a hemólise. anormalidades por meio da propagação
Hiperemia: Aumento do volume sanguíneo
do som pelos tecidos. A percussão é
localizado em um órgão ou parte dele, com
classificada em quatro tipos:
aumento da vermelhidão na área afetada
Normal: som claro pulmonar aparece em
pulmões saudáveis e afecções brônquicas
em que o parênquima pulmonar é
preservado.
Macicez: ocorre em condições extensas e
superficiais como atelectasias,
pneumonias extensas, condensações por
infartos pulmonares, massa tumoral,
esclerose pulmonar ou por presença de
líquido interposto como derrame pleural de
grande volume.
Submacicez: situações intermediárias, em
que há presença de líquido/condensação
e ar em uma proporção que há alteração
Anotações:
do som, porém não o bastante para ser
uma macicez.
Timpânico: nos casos de Enfisema
Pulmonar e Pneumotórax em que há
pouco ou nenhum tecido pulmonar
interposto.
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Padrão respiratório Capacidades e volumes

O padrão respiratório normal é - Volume corrente (VC): quantidade de ar


toracoabdominal, ou seja, os que entra e sai dos pulmões: 500 ml
compartimentos, torácico e abdominal - Volume de reserva Inspiratório (VRI):
devem ter um movimento sincrônico quantidade de ar que pode entrar nos
durante o ciclo respiratório, em casos de pulmões após uma inspiração corrente e
alteração em qualquer um desses uma inspiração máxima: 3.000 ml
componentes o padrão respiratório pode - Volume de reserva expiratório (VRE):
se tornar superficial, de predomínio quantidade de ar que pode sair dos
torácico ou abdominal e paradoxal ou pulmões: 1.100 ml
invertido que traduz um grau importante - Volume residual (VR): quantidade de ar
de desconforto respiratório. que permanece nos pulmões; mesmo após
uma expiração forçada: 1.200 ml
Movimentos: - Capacidade Inspiratória (CI):
VC+VRI: 3.500
Movimento Paradoxal: movimento para - Capacidade Residual Funcional (CRF):
dentro do abdome durante a inspiração, VRE + VR: 2.300
significa fraqueza ou fadiga dos músculos - Capacidade Vital (CV):
respiratórios. VC + VRI + VRE: 4.600
Anacrônica: atraso entre tórax e abdome - Capacidade Pulmonar Total (CPT):
Alternância respiratória: predomínio de VC+ VRI + VRE + VR: 5.800
tórax

respiração bronquial são levemente mais


Ausculta
intensos, mais ásperos e têm tonalidade
A ausculta é, definitivamente, o
mais elevada; normalmente eles podem
componente mais importante do exame
ser auscultados ao longo da traqueia e de
físico. Todas as áreas do tórax devem ser
áreas de condensação pulmonar, como
auscultadas, incluindo os flancos e o tórax
ocorre com a pneumonia. Os ruídos
anterior, para detectar alterações
adventícios constituem sons anormais,
associadas a cada lobo pulmonar. Os
envolvendo estertores, sibilos e estridor
aspectos que devem ser auscultados
Os estertores são ruídos respiratórios
incluem
adventícios descontínuos. Os estertores
 Caráter e volume dos sons
finos constituem sons breves e de alta
respiratórios
tonalidade e os estertores grossos, sons de
 Presença ou ausência de sons vocais
duração longa e baixa tonalidade. Os
 Atritos pleurais
estertores são comparados ao som de
 Razão entre a inspiração e a
amassar embalagens plásticas e podem
expiração (razão I:E)
ser imitados pelo atrito de fios de cabelo
A ausculta cardíaca pode revelar sinais de
entre dois dedos próximo do ouvido.
hipertensão pulmonar como hiperfonese
Ocorrem mais comumente em atelectasia,
de componente pulmonar da segunda
processos de preenchimento alveolar
bulha cardíaca (P2), insuficiência
indicam a abertura das vias respiratórias ou
cardíaca, como quarta bulha cardíaca
alvéolos colapsados. Os roncos são sons
ventricular direita (b4) e regurgitação
respiratórios de baixa tonalidade, que
tricúspide. A natureza e o volume dos sons
podem ser auscultados durante a
respiratórios são úteis na identificação de
inspiração ou a expiração.
doenças pulmonares. O murmúrio
vesicular é constituído por sons. Os sons da
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Ocorrem em uma variedade de brônquico ou outros mecanismos limitam o


condições, incluindo bronquite crônica. O fluxo aéreo. Os sons respiratórios também
mecanismo pode estar relacionado com podem ser atenuados na vigência
variações na obstrução à medida que as de derrame pleural, pneumotórax, ou
vias respiratórias se distendem com a lesão obstrutiva endobrônquica.
inspiração e se estreitam na expiração. Os sons vocais envolvem a ausculta
Os sibilos constituem sons respiratórios enquanto os pacientes vocalizam.
musicais e sibilantes, que são mais intensos A broncofonia e a pectoriloquia
durante a expiração. Os sibilos podem áfona ocorrem quando há a transmissão
constituir um achado físico ou um sintoma clara da voz pronunciada do paciente
em geral associado à dispneia. através da parede torácica. É
O estridor é um som predominantemente consequente à condensação alveolar,
inspiratório e de alta tonalidade, como na pneumonia.
provocado pela obstrução extratorácica Diz-se que a egofonia (alteração de I para
das vias respiratórias superiores. E) ocorre quando o paciente pronuncia a
Habitualmente, pode ser auscultado sem letra “I” e o examinador ausculta a letra
estetoscópio. Em geral, o estridor é mais “E”, evidenciada em qualquer condição
intenso que o sibilo, é predominantemente que resulte em condensação pulmonar,
inspiratório e é auscultado com mais como na pneumonia.
intensidade sobre a laringe. Deve provocar Os atritos pleurais são ruídos de rangido ou
a preocupação com a obstrução de via rilhadura, que flutuam com o ciclo
respiratória superior, que coloca a vida em respiratório e se assemelham ao som da
risco. A redução no murmúrio pele atritando-se contra um couro
vesicular indica pouco movimento de ar molhado. São sinais de inflamação pleural
nas vias respiratórias, como acontece na e auscultados em pacientes
asma e na DPOC, em que o espasmo com pleurite ou empiema após
toracotomia. Tosse
A razão I:E é, normalmente, 1:2, mas se Existem dois mecanismos de depuração
prolonga para ≥ 1:3 quando há limitação para proteção das vias aéreas com
do fluxo aéreo, como na asma e na DPOC, relação à entrada de partículas
mesmo na ausência de sibilos. procedentes do meio externo. O primeiro é
o clearance mucociliar, através do qual os
Pontos de ausculta pulmonar movimentos ciliares impulsionam, no
sentido cranial, uma fina camada de
muco com partículas a serem depuradas.
A tosse, ocorrendo por meio de ato reflexo,
é o segundo mecanismo envolvido neste
sistema de proteção das vias aéreas
inferiores, podendo ser voluntária ou
involuntária. Os principais benefícios da
tosse são: eliminação das secreções das
Pontos de ausculta cardíaca vias aéreas pelo aumento da pressão
positiva pleural, o que determina
compressão das vias aéreas de pequeno
calibre, e através da produção de alta
velocidade do fluxo nas vias aéreas;
proteção contra aspiração de alimentos,
secreções e corpos estranhos; é o mais
efetivo mecanismo quando existe lesão ou
disfunção ciliar, como acontece na
mucoviscidose, asma e discinesia ciliar;
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proteção contra arritmias potencialmente Muco: formado a partir do mucosecretor,


fatais (ao originar aumento de pressão que é formado por células que revestem o
intratorácica). O reflexo da tosse envolve brônquio e produz secreção durante o dia.
cinco grupos de componentes: receptores
de tosse, nervos aferentes, centro da tosse,3 fases
nervos eferentes e músculos efetores. Espumosa: + superficial: formação de
bolhas, + viscosa
Tipos de tosse: Fase aquosa: Intermediária, subs. Proteica,
Tosse úmida e secreção produtiva eficaz: parte de plasma, formado por mucosa
muco sai com expectoração brônquica.
Tosse úmida secreção produtiva ineficaz: Fase mucofibrilar: + profundo e inferior: feito
sem expectoração por glicoproteína de alto peso molecular,
Tosse seca: irritação, sem secreção (início elevado em carbo (paciente enfisematoso
de processo inflamatório) mais magro)

Secreção Características do muco


Mucosa: branco, transparente: processo Viscosidade: propriedade que a secreção
viral, irritação, alergia tem de não sofrer ação gravitacional;
Cerosa: fluído não newtoniano
Clara: ICC, asma Tixotropia: Propriedade que o muco tem
Amarelada/ esverdeada: Infecção em se fluidificar em uma agitação ou
bacteriana vibração
Purulenta: Supurução (pus) Elasticidade: é a propriedade do muco
Sanguinolenta/ hemoptoica: ruptura dos em se deformar e retornar a posição
vasos inicial (sair do alvéolo e retornar)

Plasticidade: Propriedade do muco em se Principais sangramentos


deformar e mudar de forma
Transudado: Eliminação de líquido que não Hemoptise: é uma quantidade variável de
tem proteínas sangue que passa pela glote oriunda das
Exudado: eliminação de líquido que tem vias aéreas e dos pulmões.
proteínas Hematemese: à saída pela boca
de sangue com origem no sistema gastro-
Tipos de tórax intestinal, habitualmente do esófago ou do
estômago. É também referido como
"vomito de sangue"
Melena é uma hemorragia intestinal que se
caracteriza pela presença de sangue nas
fezes do indivíduo.
Epistaxe é definida como o sangramento
proveniente da mucosa nasal

Anotações:
Anotações:
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Imagens radiológicas Atelectasia

Normal

Tuberculose Metástase

Cardiomegalia Derrame pleural

Abscesso Pneumotórax
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Enfisema Bronquiectasia

Estruturas na radiografia
Pneumonia

Técnicas fisioterapêuticas drenagem baseia-se na anatomia da


árvore brônquica. Adotando-se a postura
Objetivo: invertida do segmento pulmonar
Melhorar a ventilação pulmonar; acometido, a secreção é encaminhada
Prevenir complicações no pós-operatório e para uma porção mais central, em que
do imobilismo; será removida por meio de tosse ou
Reexpansão pulmonar; aspiração. Geralmente está associada a
Otimizar a oxigenação; outras técnicas.
Mobilizar secreções pulmonares;
Acelerar processo de recuperação;
Estimular e otimizar capacidade funcional;
Reduzir trabalho respiratório.

Drenagem Postural
Utiliza a ação da gravidade para auxiliar a
movimentação das secreções no trato
respiratório, direcionando-as para as vias
aéreas centrais onde poderão ser
removidas através da tosse, promovendo
também melhora da relação
ventilação/perfusão. Nessa técnica a
ação da gravidade atua auxiliando o
deslocamento de secreções periféricas
para regiões proximais do pulmão. O uso
do posicionamento como forma de
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Vibrocompressão Aceleração do fluxo expiratório (AFE)


Consiste na associação das manobras de Consiste no aumento ativo assistido ou
vibração e de compressão torácica, no passivo do volume de ar expirado com o
sentido anatômicos dos arcos costais, objetivo de mobilizar, deslocar e eliminar
aplicada na fase expiratória do ciclo secreções traqueobrônquicas. Consiste em
respiratório, de forma constante, lenta e um movimento toracoabdominal
moderada, promovendo fluidificação e sincronizado. Dessa maneira promove-se
deslocamento de secreções pulmonares um esvaziamento passivo do ar presente
para vias aéreas de maior calibre para nos pulmões, facilitando o deslocamento
que, posteriormente, sejam eliminadas de secreções. A forma passiva da técnica
pela tosse ou aspiração. O fundamento da é normalmente realizada em crianças sem
vibração está vinculado à propriedade do nível de colaboração. A forma ativa
muco de liquefazer-se durante a agitação, assistida consiste em o paciente realizar a
portanto, o emprego desse recurso facilita expiração com a glote aberta,
a depuração da secreção. necessitando do terapeuta para a pressão
manual, e a ativa consiste na participação
plena do paciente.

Drenagem Autógena (DA) volume inspiratório e com a glote aberta,


Utiliza inspirações e expirações lentas, de aumentando assim o fluxo expiratório e
forma ativa, controladas pelo paciente, favorecendo a tosse.
iniciando no volume de reserva expiratório
até o volume de reserva inspiratório. Dessa Ciclo Ativo da Respiração (CAR)
forma tenta-se a mobilização, inicialmente, A técnica é uma combinação de técnicas
de secreções de vias aéreas distais e de expiração forçada, controle da
posteriormente de vias aéreas mais respiração, exercícios de expansão
proximais. A manobra visa maximizar o torácica. Dessa forma, a técnica de ciclo
fluxo de ar nas vias aéreas para melhorar a ativo da respiração (CAR) é efetiva na
eliminação do muco e da ventilação remoção de secreções, evitando o efeito
pulmonar, sendo uma combinação de indexável de obstrução do fluxo aéreo,
controle respiratório em vários níveis de que pode estar presente durante a terapia
volumes pulmonares. A DA apresenta a de expiração forçada isolada. Método de
limitação de necessitar da colaboração execução: O paciente pode estar sentado
efetiva do paciente. ou em decúbitos ou posições específicas
de drenagem. A sequência da
Técnica de Expiração Forçada (TEF) ou combinação compreende: relaxamento e
Huffing controle da respiração, três a quatro
Consiste em um ou dois esforços exercícios de expansão torácica,
expiratórios (huffs) realizados com a glote relaxamento e controle respiratório, repetir
aberta com objetivo de remoção de três a quatro exercícios de expansão
secreções brônquicas com a menor torácica, repetir o controle da respiração e
alteração da pressão pleural e menor relaxamento, executar uma ou duas
probabilidade de colapso bronquiolar. São técnicas de expiração forçada, terminar
expirações forçadas a partir de médio
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com o controle da respiraçãoe retenção de secreções, obtenção de


relaxamento. amostras de secreções pulmonares,
aumento aparente do trabalho
Aspiração respiratório, deterioração dos gases
É um procedimento invasivo que consiste arteriais sugerindo hipoxemia, hipercapnia
na retirada de secreções de vias aéreas ou queda na saturação de oxigênio.
inferiores com o objetivo de manter a
permeabilidade, facilitar oxigenação e
prevenção da broncoaspiração em
pacientes que não conseguem expectorar
voluntariamente. A aspiração de
secreções é classicamente realizada com
a desconexão do paciente do ventilador e
com a introdução do cateter de sucção
dentro do tubo endotraqueal (sistema
aberto). Alternadamente esse
procedimento pode ser realizado com a
utilização de um sistema acoplado ao
circuito do ventilador, que permite a
introdução do cateter de aspiração sem a
desconexão do paciente da ventilação
mecânica (sistema fechado). Indicações:
presença visível de secreções na luz do
tubo, sons respiratórios audíveis ou
alterações na ausculta pulmonar,
mudanças radiológicas consistentes com a
Hiperinsuflação manual com ambu (HM)
Originalmente chamada de "bag
squeezing", a técnica é utilizada em
pacientes que cursam com quadro de
hipersecreção pulmonar e que estejam em
uso de VM. Consiste na utilização do ambu
associado às técnicas de vibração e
compressão torácicas. Trata-se de uma
série de excursões respiratórias amplas,
profundas, com uma pausa inspiratória de
3 segundos, seguida de rápida expiração
simulando a tosse. A técnica consiste na
utilização de uma bolsa de hiperinsuflação
manual (Ambu) em associação com
manobras de vibração e pressão torácica.
Deve ser realizada por 2 fisioterapeutas em
uma atuação em conjunta. O primeiro
administrara o ambu, fornecendo um
volume maior que o volume corrente (VC)
utilizado pelo paciente, se possível, para
chegar próximo ao limite da capacidade
pulmonar total (CPT) e o segundo
sincronizará a manobra de
vibrocompressão após a hiperinsuflação.
Desse modo, provoca-se a aceleração do
fluxo expiratório, o que gera um fluxo
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turbulento e estimula o mecanismo de Expansão pulmonar


tosse, levando a um deslocamento das Recursos terapêuticos para expansão ou
secreções impactadas na periferia reexpansão pulmonar no manejo dos
pulmonar e carreando-as para a região de pacientes criticamente enfermos surgiram
vias aéreas de maior calibre. É utilizado em pela necessidade de se prevenir ou tratar
pacientes entubados, sob ventilação a redução de volume pulmonar. O colapso
mecânica ou traqueostomizados, para alveolar causa perda volumétrica com
prevenir áreas de colapso pulmonar e consequente redução na capacidade
retenção de secreções. residual funcional (CRF), podendo levar à
hipoxemia e aumento no risco de
Manobra de PEEP/ZEEP infecções e lesão pulmonar caso não seja
Na manobra de pressão expiratória final revertido. Assim, as técnicas de expansão
positiva-pressão expiratória final zero ou reexpansão podem ser efetivas tanto
(PEEPZEEP), teoricamente, ao elevarmos a na profilaxia quanto no tratamento do
PEEP, o gás é redistribuído através da colapso pulmonar associado a
ventilação colateral, alcançando alvéolos determinadas situações clínicas.
adjacentes previamente colapsados por
muco. Essa redistribuição propicia a Exercícios Respiratórios
reabertura de pequenas vias aéreas Também conhecidos como exercícios de
descolando o muco aderido à sua parede. inspiração profunda e a espirometria de
Posteriormente, ao diminuirmos a PEEP incentivo, estão indicados para pacientes
para 0 cmH2O, modifica-se o padrão de colaborativos e capazes de gerar grandes
fluxo expiratório auxiliando o transporte das volumes pulmonares. Capacidade vital
secreções das vias aéreas de menor forçada (CVF) superior a 20ml/kg, com
calibre para as centrais. risco de complicações pulmonares

decorrentes da hipoventilação. A vias aéreas (BiPAP). Ventilação mecânica


Inspiração Fracionada consiste em realizar não-invasiva: A CPAP (Pressão positiva
inspirações nasais sucessivas e curtas, com contínua nas vias aéreas) é obtida com
uma pausa (apneia) após cada inspiração gerador de fluxo podendo ser utilizada em
curta, até atingir a capacidade pulmonar pacientes em ventilação espontânea com
total, e a seguir, uma expiração bucal. e sem vias aéreas artificiais e consiste na
Tem-se também a Inspiração Sustentada aplicação de um nível de PEEP associada
Máxima, em que o paciente é orientado a a um fluxo inspiratório nas vias aéreas. Os
realizar uma inspiração profunda até a benefícios do uso da CPAP estão
capacidade inspiratória máxima, seguida largamente descritos na literatura e estão
de uma pausa inspiratória, e em seguida, a diretamente relacionados ao aumento da
expiração bucal. Estes exercícios podem pressão alveolar e da CRF. Estes benefícios,
ser associados à elevação dos membros consequentemente, determinam
superiores. recrutamento de alvéolos previamente
colapsados. O Bilevel é um modo de
Técnicas com pressão positiva ventilação não-invasiva que tem como
O uso de dispositivos ou equipamentos que característica a utilização de dois níveis de
geram pressão positiva nas vias aéreas pressão positiva, que são aplicadas na fase
pode ser aplicado somente na fase inspiratória e expiratória, gerando
inspiratória, somente na fase expiratória ou aumento do volume pulmonar. A pressão
em ambas as fases da respiração. Neste aplicada durante a fase inspiratória é
grupo estão os dispositivos que oferecem sempre maior que a expiratória permitindo
RPPI (Respiração por pressão positiva que, mesmo com mínima ou nenhuma
intermitente), sistema EPAP, CPAP (pressão colaboração do paciente, ocorra
positiva contínua nas vias aéreas) e aumento da pressão transpulmonar. Na
ventilação com dois níveis de pressão nas atualidade, o Bilevel e a CPAP são recursos
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utilizados para expansão pulmonar, das unidades alveolares comprometidas.


contudo o Bilevel deve ser o recurso de Pressiona-se manualmente a região,
primeira escolha devido à vantagem de torácica correspondente à área pulmonar
fornecer dois níveis de pressão comprometida durante a fase expiratória
separadamente. A CPAP não é capaz de que deve ser forçada e longa. Em seguida
aumentar a ventilação alveolar, motivo pede-se ao paciente que realize uma
pelo qual, na presença de hipercapnia, é inspiração profunda; nesse momento
dada preferência ao uso da ventilação encontrará uma resistência promovida
não-invasiva com dois níveis de pressão. O pelo fisioterapeuta que, no mesmo
ideal é manter o Bilevel, com pressões mais momento, retira a compressão
baixas (EPAP < 8 e IPAP < 15). Se o paciente bruscamente, o que direciona o fluxo
evoluir para intubação orotraqueal e ventilatório para a região dependente e
ventilação mecânica, o fisioterapeuta promove a expansibilidade da região a ser
deve monitorizar os parâmetros de tratada.
ventilação mecânica, a pressão do
balonete, progredir o desmame e a
extubação. O auxílio à equipe é
indispensável em situações de Técnicas foram retiradas do Procedimento Operacional
Padrão - Unidade de Reabilitação do Hospital de Clínicas
emergência. da Universidade Federal do Triângulo Mineiro / Ebserh

Técnicas Manuais de Reexpansão


Pulmonar
Consistem em comprimir o tórax na
expiração e descomprimir de forma
abrupta permitindo restaurar a ventilação
Ventilação mecânica não invasiva Em relação à VNI o que pode ser
conseguido com avaliação do trabalho
A ventilação não invasiva (VNI) consiste na respiratório e observação das alterações
aplicação de ventilação artificial sem a do volume corrente e do volume-minuto.
necessidade da utilização de próteses
endotraqueais. A ligação entre o paciente
e o respirador mecânico ocorre por
intermédio de máscaras especiais, via
nasal ou facial.
Os principais objetivos da VNI baseiam-se
em reverter as principais alterações que os
diferentes tipos de doenças apresentam,
isto é, aumento da PaCO² aumento do
volume minuto e, consequentemente, do
trabalho respiratório - que pode evoluir em
alguns pacientes -, com diminuição do
volume minuto e do nível de consciência,
levando à necessidade de intubação.
Sabendo-se dessas alterações, tenta-se
com a VNI atingir melhores níveis de pH
sanguíneo, aumento da PaO² e diminuição
ou ajuste da PaCO² e diminuição do
trabalho respiratório. Para tanto, toma-se
também necessário conhecer a fundo a
fisiopatologia de cada doença e
identificar a resposta de cada paciente
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Livro ABC da fisioterapia respiratória

CPAP (continuous positive airway pressure)


A CPAP é aplicada a partir de um gerador
de fluxo continuo, induzindo uma pressão
contínua na qual o volume corrente do
paciente permanece de acordo com o
esforço respiratório. Nesse modo, o
ventilador mantém uma pressão superior à
pressão barométrica durante todo o ciclo corrente adequado na fase inspiratória,
respiratório. O objetivo é aumentar a mantendo um volume residual. Essa variação
pressão na via aérea para alcançar da modalidade também necessita de
maiores volumes pulmonares, melhorando ventilador mecânico específico para sua
utilização, pois permite melhor monitoração do
a relação ventilação/ perfusão (V/Q).
escape de ar na interface ventilador/
Pode também ser aplicada por um
paciente, podendo até minimizá-lo ou eliminá-
ventilador mecânico convencional no lo para melhor conforto e maior ventilação
modo espontâneo ou em um aparelho alveolar. Nessa modalidade, a pressão
específico para ventilação não invasiva no inspiratória é denominada de lPAP (inspiratory
modo CPAP. positive airway pressure) e a pressão expiratória
é denominada de EPAP (expiratory positive
Complicações da CPAP: airway pressure)
• barotrauma;
• aumento do trabalho respiratório; As modalidades podem ser utilizadas nos
• hipercapnia; diversos tipos de aparelho e dividem-se
• auto PEEP; em:
• aumento da pressão intracraniana; •mandatória controlada: iniciada e
• diminuição do débito cardíaco;
finalizada exclusivamente pelo ventilador;
• aumento do trabalho cardíaco.
•mandatória assistida/controlada:
deflagrada de forma mista pelo paciente
BIPAP (bilevel positive airway pressure)
A BIPAP (duas fases de níveis pressóricos na via ou pelo ventilador;
aérea) pode demandar dois níveis de pressão, • espontânea: o paciente determina o
sendo variáveis as respirações nesses dois início e o final da ventilação.
níveis. Outra aplicação da BIPAP assemelha-se
à pressão de suporte com PEEP, isto é,
auxiliando o paciente a alcançar um volume
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Como complicações do BIPAP podemos Ventilação Mecânica Invasiva


citar as mais comumente encontradas na
literatura: Na ventilação mecânica com pressão
• lesões orofaciais, com o ressecamento, positiva, o ar é bombeado para o sistema
escaras, respiratório pelo fluxo gerado pelo
•conjuntivite irritativa; ventilador, este fluxo, por sua vez, progride
• aerofagia; em direção ao parênquima pulmonar,
• cefaleia; vencendo a impedância do sistema
• aumento do trabalho respiratório; respiratório, ou seja, sua resistência e sua
• piora do quadro de IRpA; complacência. Nesse contexto, há
• arritmias; elevação das pressões alveolar e pleural
• infarto agudo do miocárdio. para valores superiores aquelas da pressão
atmosférica (pressão positiva) com o
estiramento do parênquima pulmonar, que
é rico em fibras elásticas. A expiração se
faz de modo passivo, como na respiração
espontânea normal. Para tanto, o
ventilador apenas interrompe o fluxo de ar,
findando a inspiração e possibilitando sua
saída por meio da abertura da válvula da
exalação. A pressão positiva alveolar, ou
supra-atmosférica. e a retração elástica do
pulmão insuflados empurram o ar para o
ambiente externo. Na literatura, há quatro
fases distintas do ciclo respiratório:

1) Fase inspiratória: Corresponde à fase do


ciclo em que o ventilador realiza a
insuflação pulmonar, conforme as
propriedades elásticas e resistivas do
sistema respiratório. Válvula inspiratória
aberta;
2) Mudança de fase (ciclagem): Transição
entre a fase inspiratória e a fase expiratória;
3) Fase expiratória: Momento seguinte ao
fechamento da válvula inspiratória e
abertura da válvula expiratória, permitindo
que a pressão do sistema respiratório
equilibre-se com a pressão expiratória final
determinada no ventilador;
4) Mudança da fase expiratória para a fase
inspiratória (disparo): Fase em que termina
a expiração e ocorre o disparo (abertura Modos convencionais de ventilação
da válvula ins) do ventilador, iniciando mecânica
nova fase inspiratória. A/C, VCV – Assistido/controlador com
Anotações: ciclagem volume.
A/C, PCV – Assistido/controlado com
pressão constante, ciclado a tempo.
PSV – Ventilação com pressão de suporte.
SIMV – Ventilação mandatória intermitente
sincronizada
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Modo Ventilatório com Controle de assegurar a ventilação alveolar. Alguns


Volume - VCV A/C profissionais preferem os modos mistos ou
É um modo de ventilação no qual o espontâneos como SIMV com PSV ou
ventilador libera uma pressão positiva para mesmo PSV isolada, nestes casos o
um volume corrente pré-determinado. Ela paciente deve estar com o "drive"
será assistida em resposta ao esforço do ventilatório preservado e uma
paciente ou controlada para uma monitorização ventilatória constante deve
frequência pré-determinada caso o ser mantida.
paciente não apresente nenhum esforço
respiratório. O modo controlado é iniciado Modo Ventilatório Assisto-controlada-
por tempo e o assistido é por pressão ou PCV: Ventilação assisto-controlada por
fluxo (formas mais comum de disparo). pressão - PCV
Então, um nível de sensibilidade, uma É um modo ventilatório que delibera uma
frequência respiratória mínima, uma taxa e inspiração para uma pressão pré-
curva de fluxo inspiratório e um volume determinada em resposta ao esforço do
corrente devem ser programados. A paciente (ventilação assistida) ou
pressão de pico varia de acordo com as mediante uma frequência respiratória (FR)
mudanças das impedâncias do sistema programada, caso o paciente não
respiratório (pressões elástica e resistiva do apresente esforço respiratório (ventilação
SR) e do esforço respiratório do paciente. controlada). Este modo pode ser iniciado
Indicação: Este modo ventilatório é por tempo (controlado), em função da FR
geralmente utilizado como de suporte ajustada, ou por pressão / fluxo (assistido),
ventilatório inicial na maioria dos casos em função do esforço inspiratório do
admitidos na UTI em virtude de podermos paciente, que é percebido pela
sensibilidade do respirador. Em ambos,

uma FR mínima, uma sensibilidade e um respirações mandatórias, o paciente pode


tempo inspiratório devem ser iniciar respirações espontâneas, cujos
programados. volumes dependem do grau de esforço
respiratório do indivíduo. Em intervalos
Modo Ventilatório PSV (Ventilação por regulares o ventilador libera um volume ou
Pressão de Suporte) uma pressão previamente determinada.
Consiste no oferecimento de nível pré- Fora destes ciclos o paciente ventila
determinado de pressão positiva e através do circuito do ventilador.
constante nas vias aéreas do paciente,
aplicada apenas durante a fase
inspiratória, após o ventilador
“reconhecer” o início de uma inspiração
espontânea. Ciclagem do ventilador
acontece por fluxo. A fase inspiratória
termina quando o cai a 25% do pico
máximo no início da inspiração. O modo
PSV costuma ser usado no pré-desmame,
onde se reduz a PS gradualmente
avaliando-se a capacidade do paciente
se adaptar a níveis cada vez mais baixos
até que um valor mínimo seja atingido,
habitualmente entre 7 a 10cmh2o.

Ventilação Mandatória Intermitente (SIMV)


Combina os modos A/C com períodos de
ventilação espontânea. Nos intervalos das
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Terminologia Ventilação Mecânica


Drive respiratório: representa o estímulo do
centro respiratório, ou seja, o comando
cerebral dado para a musculatura
respiratória. O estímulo ou drive respiratório
é um dos reflexos mais básicos e
importantes do tronco cerebral. Alterações
do drive respiratório podem ser observadas
nos padrões anormais de respiração:
Cheyne-Stokes, Kussmaul, Biot, dentre
outras.
Trabalho muscular respiratório: representa
o gasto energético durante a respiração.
Lembramos que a cada movimento
respiratório dos músculos (diafragma,
músculos intercostais internos e externos, e
acessórios) é gerado um consumo de
glicose e oxigênio, do mesmo modo que o
uso intenso de uma musculatura pode
ocasionar metabolismo anaeróbio e
fadiga.
Pressão de pico: ponto mais alto de
pressão atingido na via aérea durante o
ciclo respiratório

Pressão de platô: estresse que exerce a Fração inspirada de oxigênio (FiO2):


parede dos alvéolos. concentração ou teor de oxigênio
PEEP: pressão positiva no final da ofertado ao paciente.
expiração. Toxicidade relacionada com o oxigênio:
Auto-PEEP ou PEEP intrínseca: pressão ou efeitos adversos ao uso de altas
estresse gerados de forma patológica pelo concentrações de oxigênio (FiO2 > 0,60 ou
volume de ar aprisionado nos alvéolos. A 60%).
ocorrência desse fenômeno é observada Sensibilidade: é a força mínima ou
principalmente em decorrência do tempo “sinalização” que o paciente deve gerar
expiratório insuficiente para o para que o ventilador perceba sua
esvaziamento alveolar. Observamos sua necessidade de respirar.
ocorrência, principalmente, em pacientes Volume corrente total: é a quantidade de
com doenças obstrutivas (asma, DPOC). gás que entra (inspiração) e sai
PEEP ou PEEP extrínseca: pressão positiva (expiração) dos pulmões a cada ciclo
que o ventilador mecânico exerce ao fim respiratório.
da expiração. Tem como funções básicas: Volume-minuto: é a quantidade de gás
expansão alveolar, melhora da troca que circula em um minuto dentro dos
gasosa, da oxigenação e da pós-carga do pulmões; nada mais é do que o volume
ventrículo direito e diminuição do consumo corrente × frequência respiratória.
de oxigênio pelo miocárdio pela redução Complacência: forma que o parênquima
do fluxo coronariano, diminuindo a pulmonar consegue acomodar o volume
demanda celular. de ar que entra nos pulmões a cada ciclo
Relação inspiração/expiração: fração respiratório. • Resistência: é a propriedade
entre os tempos inspiratório e expiratório, das vias aéreas em resistir à entrada de ar.
durante o ciclo respiratório.
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Recrutamento: consiste em aumentar a Exames laboratoriais


pressão transpulmonar (pressão Gasometria
controlada e PEEP) de modo breve e O exame tem como objetivo avaliar se o
controlado, com a finalidade de
oxigênio fornecido aos tecidos e a coleta
reabertura de alvéolos previamente do gás carbônico estão em níveis ideais.
colapsados. São aferidos principalmente os níveis de pH
PRONA: é o posicionamento de pacientes (acidez), CO2 (dióxido de carbono),
com hipoxemia grave em decúbito saturação de O2 (oxigênio) e a
ventral. O objetivo da posição é reduzir a
normalidade da oxigenação. Os resultados
pressão hidrostática no pulmão dorsal e,
indicam o funcionamento da ventilação e
assim, obter melhora da pressão parcial de
do equilíbrio ácido-base no sangue.
oxigênio no sangue arterial (PaO2), pH: avalia os íons de hidrogênio (H+) no
melhora das trocas gasosas e diminuiçãosangue;
da lesão pulmonar induzida pela PaCO2 (Pressão parcial de dióxido de
ventilação mecânica. carbono): mede a quantidade de dióxido
Disparo: é a transição da face expiratória
de carbono que se dissolve no sangue e a
para a fase inspiratória. intensidade que chega aos alvéolos;
Ciclagem: é a passagem da fase PaO2 (Pressão parcial de oxigênio): mede
inspiratória para a fase expiratória. a pressão do hidrogênio e como está a
Desmame: refere-se ao processo de movimentação das moléculas de O2 entre
transição da ventilação artificial para a
os alvéolos (estrutura do pulmão) e os
espontânea nos pacientes que
capilares (vasos sanguíneos);
permanecem em ventilação mecânica HCO3 (Bicabornato): mede os níveis do
invasiva por tempo superior a 24 horas bicabornato no sangue. A substância atua
na regulação do pH, impedindo o
desequilíbrio ácido-base.
SaO2 (Saturação de oxigênio): mede a pH e PaCO2
quantidade de hemoglobina que está
ligada às moléculas de oxigênio; ACIDOSE RESPIRATÓRIA
BE (Base excess) Sinaliza o excesso ou Hipoventilação
déficit de bases dissolvidas no plasma Causas: Diminuição do drive respiratório;
sanguíneo. obstrução das vias áreas superiores...

Rim controla o HCO3 – metabólico pH e PaCO2


Pulmão controla o CO2 – respiratório
nSSe alterar o pH mas o rim e o pulmão ALCALOSE RESPIRATÓRIA
Hiperventilação
conseguir controlar, não haverá
Causas: dor; ansiedade; febre; grandes
alterações. Porém, normalmente isso não
altitudes...
ocorre, um dos dois sempre irá falhar.

pH pH e HCO3
acima de 7,45 – ALCALOSE
abaixo de 7,35 – ACIDOSE ACIDOSE METABÓLICA
Causas: insuficiência renal; febre; doenças
n Sugere alteração no desequilíbrio no infecciosas...
sistema metabólico ou respiratório
menor que 6,8 ou maior que 7,8 –
normalmente é incompatível a vida
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PH e HCO3
ALCALOSE METABÓLICA
Causas: Insuficiência respiratória crônica;
oferta excessiva de bicabornato, perca
excessiva do conteúdo gástrico...
pH PCO2 e HCO3

ACIDOSE MISTA

pH PCO2 e HCO3

ALCALOSE MISTA

Glicose
PH anormal: compensação parcial É a principal fonte de energia do
organismo, sendo produto final do
PH normalizado: compensação metabolismo de açúcares e carboidratos.
completa A análise da glicemia é importante para
diagnóstico e monitoramento terapêutico
da diabetes
Parcialmente compensado: PH anormal
– PACO2 e HCO3 normal Valores de referência:
Recém-natos: 40 a 80mg/dl
Crianças: 60 a 100mg/dl
Processo de compensação: PH, PACO2
Adultos: 70 a 110 mg/dl
e HCO3 anormal *
- Maior risco de TVP (trombose venosa
Completamente compensado: PH profunda) e TEP (tromboembolismo
pulmonar);
normal, PACO2 e HCO3 anormal
- Maior fadigabilidade devido à alteração
de irrigação arterial dos membros inferiores
(claudicação);
- Risco de lipotímia na presença de
hipoglicemia;
- Risco de convulsões.
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Ureia músculo. É filtrada no glomérulo e seu


É o metabólito principal resultante do aumento só é observado após o aumento
catabolismo proteico (principal fonte de da ureia e seu aumento ocorre quando há
eliminação do nitrogênio e disseminação aproximadamente metade ou mais de
de aminoácidos). É produzida pelo fígado néfrons comprometidos.
e passa para a circulação sanguínea para
ser degradada ao nível intersticial e Valores de referência:
eliminada pelo suor, trato gastrointestinal e Crianças: 0,3 a 0,7 mg/dl
rins. Adultos: 0,5 a 1,3 mg/dl
Os valores podem estar aumentados nos
Valores de referência: 10 a 45 mg/dl. casos de redução do fluxo sanguíneo renal
Os valores podem estar aumentados (ICC, Choque e desidratação),
(uremia) nos casos de desidratação, febre, insuficiência renal, uso de drogas e nas
estresse, queimaduras, hemorragias obstruções do trato urinário. A diminuição
gastrointestinais, diabetes, insuficiência dos valores pode ocorrer nos casos de
renal, nefropatias, insuficiência cardíaca e desnutrição grave, doença hepática
obstrução do trato urinário por litíase ou grave, baixo desenvolvimento pondero-
obstrução prostática. Os valores podem estatural e em pessoas com pouca massa
estar diminuídos em casos de insuficiência muscular.
hepática aguda, dietas hipoproteicas,
caquexia, gravidez e doença celíaca. Importância fisioterapêutica ureia e
creatinina
Creatinina - Risco de falha no desmame ventilatório;
É um produto metabólico formado pela - Risco de congestão pulmonar.
descarboxilação da creatina-fosfato no

Sódio Valores de referência:


É o maior cátion do líquido extracelular e Adultos: 3,5 a 5,3 mEq/L e
desempenha papel fundamental na RN: 3,7 a 5,9 mEq/L
distribuição da água corporal.
- Risco de arritmias cardíacas;
Valores de referência: 136 a 146mEq/L - Distúrbios neuromusculares.
Hipernatremia: valores aumentados
podem ocorrer por desidratação, Medicamentos na UTI
diabetes, acidose diabética e outras.
Hiponatremia: baixa ingestão de sódio, uso
abusivo de diuréticos, hipotireoidismo,
hipoproteinemia, cirrose, síndrome
nefrótica e ICC (insuficiência cardíaca
congestiva)

- Risco de oscilação da pressão arterial.

Potássio
É o principal cátion do líquido intracelular.
As variações da concentração de potássio
alteram diretamente a capacidade de
contração muscular. Valores inferiores a 3,0
e maiores 6,0 mEq/L são associados a
sintomas neuromusculares e alterações de
ritmo cardíaco.
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Anotações:

Todos os medicamentos foram retirados do blog


“Enfermagem ilustrada”

Posicionamento no leito
Todas as imagens foram retiradas do livro ABC
da fisioterapia respiratória

Sugestões de posicionamento

Posicionamento dos dedos da mão com toalha, imagem


vista na horizontal
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Fisiopatologia produtiva crônica, sibilos e obstrução


parcialmente reversível das vias
DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva respiratórias em tabagistas com história de
Crônica) asma. Em alguns casos, a distinção entre
bronquite obstrutiva crônica e bronquite
A DPOC envolve: asmática não é clara e pode ser
- Bronquite obstrutiva crônica chamada de sobreposição de DPOC e
(determinada clinicamente) asma (ACO).
- Enfisema pulmonar (determinado O enfisema pulmonar é a destruição do
patológica ou radiologicamente) parênquima pulmonar, acarretando a
perda da retração elástica dos septos
A bronquite obstrutiva crônica é a alveolares e da tração radial das vias
bronquite crônica com obstrução das vias respiratórias, o que aumenta a tendência
respiratórias. A bronquite crônica é ao colapso destas. É sucedido por
definida como tosse produtiva na maioria hiperinsuflação pulmonar, limitação do
dos dias da semana, com duração total fluxo aéreo e aprisionamento de ar. Os
de pelo menos 3 meses em 2 anos espaços aéreos dilatam-se e com o tempo
consecutivos. A bronquite crônica torna- desenvolvem vesículas ou bolhas.
se bronquite obstrutiva crônica se houver Considera-se a obliteração das pequenas
o desenvolvimento de evidências vias aéreas a lesão mais precoce que
espirométricas de obstrução das vias precede o desenvolvimento do enfisema.
respiratórias. A bronquite asmática
crônica é uma condição sobreposta
semelhante, caracterizada por tosse
Asma deflagradores broncoconstritivos.
A asma envolve: Contribuintes adicionais à hiper-
- Broncoconstrição reatividade da via respiratória envolvem a
- Edema e inflamação das vias perda de inibidores da broncoconstrição
(fator relaxante derivado do epitélio e
respiratórias
prostaglandina E2) e de outras substâncias
- Hiper-reatividade das vias respiratórias que metabolizam broncoconstritores
- Remodelamento das vias respiratórias endógenos (endopeptidases), em virtude
da descamação do epitélio e do edema
Em asmáticos, as células TH2 e outros tipos da mucosa. O tamponamento mucoso e
celulares — notavelmente, eosinófilos e a eosinofilia sanguínea periférica
mastócitos, mas também outros subtipos constituem achados adicionais clássicos
CD4+ e neutrófilos — formam um infiltrado na asma e podem ser um epifenômeno da
inflamação da via respiratória. Entretanto,
inflamatório extenso, no epitélio e na
nem todos os pacientes com asma têm
musculatura lisa das vias respiratórias,
eosinofilia.
levando ao remodelamento desta. A
hipertrofia da musculatura lisa obstrui a via Bronquiolite
respiratória e aumenta a reatividade a O vírus se alastra do trato respiratório alto
alergênios, infecções, irritantes, para o médio e pequenos brônquios e
estimulação parassimpática (o que bronquíolos, causando necrose epitelial e
provoca a liberação de neuropeptídios iniciando uma resposta inflamatória. O
pró-inflamatórios, como substância P, aparecimento de edema e exsudato é o
neurocinina A e peptídio relacionado resultado da obstrução parcial mais
geneticamente à calcitonina) e outros
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pronunciada na expiração e leva ao obstrução das vias respiratórias


aprisionamento do ar nos alvéolos. A frequentemente observada durante os
obstrução completa e a absorção do ar testes de função pulmonar.
aprisionado podem levar a múltiplas áreas
Com a progressão da doença, a
de atelectasia, o que pode ser
exacerbado ao respirar concentrações inflamação se espalha além das vias
altas de oxigênio inspirado. respiratórias, causando fibrose do
parênquima pulmonar circundante. O
Bronquiectasia fator que leva à inflamação das vias
A bronquiectasia difusa ocorre quando respiratórias de pequeno calibre depende
um distúrbio causador desencadeia a da etiologia da bronquiectasia.
inflamação das vias respiratórias de Contribuintes comuns incluem o prejuízo
pequeno e médio calibre, liberando na desobstrução das vias respiratórias (em
mediadores inflamatórios a partir dos razão da produção de muco viscoso
neutrófilos intraluminais. Os mediadores espesso na FC, falta de motilidade ciliar na
inflamatórios destroem a elastina, a DCP ou danos aos cílios e/ou vias
cartilagem e o músculo nas vias respiratórias secundários à infecção ou à
respiratórias de grosso calibre, resultando lesão) e defesas prejudicadas do
em broncodilatação irreversível. hospedeiro; esses fatores predispõem os
Simultaneamente, nas vias respiratórias pacientes à infecção e inflamação
inflamadas de pequeno e médio calibre, crônicas. No caso da deficiência
os macrófagos e linfócitos formam imunitária (particularmente a CVID), a
infiltrados que engrossam as paredes das inflamação autoimunitária também pode
mucosas. Esse espessamento provoca a contribuir.

A bronquiectasia focal geralmente ocorre inferiores. Gotículas maiores tendem a se


quando uma via respiratória de grosso alojar nas vias respiratórias proximais e
calibre torna-se obstruída. A normalmente não resultam em infecção.
incapacidade resultante de remover A infecção geralmente começa a partir
secreções leva a um ciclo de infecção, de um único núcleo da gotícula, que
inflamação e danos nas paredes das vias tipicamente contém poucos organismos.
respiratórias. O lobo médio direito na Talvez um único organismo possa ser
maioria das vezes está envolvido, porque suficiente para causar infecção em
seu brônquio é pequeno e angulado e pessoas suscetíveis, mas pessoas menos
tem linfonodos próximos. Linfadenopatia suscetíveis podem exigir uma exposição
decorrente de infecção micobacteriana reiterada para que a infecção se
às vezes provoca obstrução brônquica e desenvolva. Para dar início à infecção,
bronquiectasias focais. bacilos M. tuberculosis devem ser
ingeridos pelos macrófagos alveolares. Os
bacilos que não são mortos pelos
macrófagos na verdade se replicam
Tuberculose
dentro dos macrófagos, matando-os no
A infecção requer inalação de partículas
final (com a ajuda de linfócitos CD8);
suficientemente pequenas para
células inflamatórias são atraídas para a
atravessar as defesas respiratórias
área, causando pneumonite focal que
superiores e se depositar profundamente
coalesce e evolui para os característicos
no pulmão, geralmente nos espaços
tubérculos observados na histologia.
aéreos subpleurais dos lobos medianos ou
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Nas semanas iniciais da infecção, alguns ramificações terminais dos brônquios e, às


macrófagos infectados são transportados vezes, os interstícios (espaço entre um
para linfonodos regionais (p. ex., hilar, alvéolo e outro).
Basicamente, pneumonias são
mediastinal), onde acessam a corrente
provocadas pela penetração de um
sanguínea. A disseminação agente infeccioso ou irritante (bactérias,
hematogênica para qualquer parte do vírus, fungos e por reações alérgicas) no
corpo, em particular para a porção espaço alveolar, onde ocorre a troca
apical-posterior dos pulmões, epífises dos gasosa. Esse local deve estar sempre muito
ossos longos, rins, corpos vertebrais e limpo, livre de substâncias que possam
meninges pode ocorrer. A disseminação impedir o contato do ar com o sangue.
hematogênica é menos provável nos Diferentes do vírus da gripe, que é
altamente infectante, os agentes
pacientes com imunidade parcial
infecciosos da pneumonia não costumam
decorrente da vacinação ou à infecção
ser transmitidos facilmente.
natural prévia por M. tuberculosis ou
micobactérias ambientais. Síndrome da angústia respiratória aguda
(SDRA)
A SDRA é caracterizada por inflamação
Pneumonia difusa da membrana alvéolo-capilar, em
É uma infecção que se instala nos resposta a vários fatores de risco
pulmões, órgãos duplos localizados um de pulmonares ou extrapulmonares. Esses
cada lado da caixa torácica. Pode fatores de risco causam lesão pulmonar
acometer a região dos alvéolos através de mecanismos diretos (exemplo:
pulmonares onde desembocam as aspiração de conteúdo gástrico,
pneumonia, lesão inalatória, contusão
pulmonar) ou indiretos (exemplo: sepse, inflamatórios (TNF-a, IL-1, IL-6 e IL-8) e anti-
traumatismo, pancreatite, politransfusão). inflamatórios (IL-10, antagonistas do
Ocorre lesão à membrana alvéolo-capilar, receptor de IL-1 e do receptor do TNF
independente da causa desencadeante solúvel) favorece a manutenção da
da lesão pulmonar, com extravasamento inflamação. A lesão pulmonar inicial é
de fluido rico em proteínas para o espaço seguida por reparação, remodelamento e
alveolar. A lesão epitelial alveolar envolve alveolite fibrosante.
a membrana basal e os pneumócitos tipo I
e tipo II, levando à redução da quantidade
e à alteração da funcionalidade do
surfactante, com o consequente aumento
da tensão superficial alveolar, ocorrência
de atelectasias e redução da
complacência pulmonar.

Lesão ao endotélio capilar é associada


com numerosos eventos inflamatórios,
como recrutamento, sequestro e ativação
de neutrófilos; formação de radicais de
oxigênio; ativação do sistema de
coagulação, levando à trombose
microvascular; e recrutamento de células
mesenquimais, com a produção de
procolágeno. No espaço alveolar, o
balanço entre mediadores pró-
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Check-list dos estudos de Pneumo

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Imagem retirada da internet, algumas técnicas tem ............................................................................


comprovação que não funcionam, não esqueça
de pesquisar a fundo a técnica para a ............................................................................
aplicabilidade no paciente
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Check-list dos estudos de Pneumo Provas e trabalhos do estágio

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