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Dra.

Ana Carolina Parapinski dos Santos


A importância do uso do tipo e de uma boa qualidade do agregado não pode
ser subestimada. Os agregados graúdo e miúdo ocupam aproximadamente
entre 60% a 75% do volume do concreto (70% a 85% da massa) e influenciam
fortemente nas propriedades tanto no estado fresco como endurecido, nas
proporções da mistura e na economia do concreto.
A determinação das propriedades físicas dos agregados deve ser procedida
em amostras.
✓ Representativa (características → granulometria)
✓ Coletar materiais de diversos pontos, agrupá-los e homogeneizá-los;
✓ NBR NM 26:2009 – Agregados: Amostragem
✓ NBR NM 27:2001 - Agregados - Redução da amostra de campo para
ensaios de laboratório
1º passo: Tamanho da amostra

Tabela 1: Quantidade de amostras a serem coletadas para os ensaios


químicos e físicos dos agregados. NBR NM 26:2009
1º passo: Tamanho da amostra

Tabela 2: Quantidade de amostras a serem coletadas para estudos em concreto


(dosagem e comprovação da resistência).
A 1ª etapa – Quarteamento:

Pilha de agregado →
formato de um cone

Formato tronco cônico

Dividir em 4 partes

Homogenizar 2 partes oposta

Repetir a ação até o tamanho


necessário
Quarteador:
Denomina-se composição granulométrica de um agregado a proporção
relativa, expressa em percentagem, dos diferentes tamanhos de grãos que
constituem o material.

Pode ser expressa pelo material que passa ou pelo material retido
acumulado, por peneira.
Composição granulométrica Características máximas e mínimas
das partículas
Quanto à sua composição granulométrica, os agregados podem são
classificados pela NBR 7211:2005 da seguinte forma:

➢ Miúdos: aqueles cujos grãos passam pela peneira 4,75 mm e ficam


retidos na peneira 0,15 mm.

➢ Graúdos: aqueles cujos grãos passam por uma peneira de malha


quadrada com abertura nominal de 75 mm e ficam retidos na peneira de
4,75 mm.

➢ Agregado total: agregado resultante da britagem de rochas cujo


beneficiamento resulta em uma distribuição granulométrica constituída
por agregados graúdos e miúdos ou por mistura intencional de
agregados britados e areia natural britada.
Associando a composição granulométrica à origem dos agregados, pode-se
assim denominá-los:

➢ Areia natural: agregado miúdo proveniente de jazidas naturais.


➢ Areia de britagem: agregado miúdo proveniente da britagem de rochas
em pedreiras. É também comercialmente conhecido como areia
industrial.
➢ Brita: agregado graúdo proveniente da britagem de rochas em pedreiras.
➢ Seixo rolado: Agregado graúdo proveniente de leitos de rio ou regiões
adjacentes. São também conhecidos como pedregulhos.
Ensaio:
➢ Formar 2 amostras (de acordo com a NBR NM 27)
➢ Massa mínima:
Cuidar a máxima quantidade de massa
depositada sobre cada peneira:
Procedimento:

1) Secar as duas amostras de ensaio em estufa (105 a 110ºC), esfriar a


temperatura ambiente e determinar suas massas (M1 e M2). Tomar a
amostra M1 e reservar a outra.

2) Encaixar as peneiras da série normal e intermediária, previamente


limpas, numa seqüência crescente de aberturas da base para o topo do
conjunto. Sob a peneira inferior (0,15 mm) encaixar o fundo.

3) Colocar a amostra sobre o conjunto de peneiras tampando, a seguir, a


peneira superior.
4) Promover a agitação mecânica do conjunto até que se atinja constância
de peso nas frações retidas em cada peneira. A tolerância admitida é de
1% em relação à massa do material retido na peneira, verificada em duas
pesagens sucessivas.

5) Remover o material retido em cada peneira para uma bandeja


identificada.

6) Escovar a tela em ambos os lados para limpar a peneira.


O material removido pelo lado interno → retido
desprendido na parte inferior → passante
7) Determinar a massa total de material retido em cada uma das peneiras e
no fundo do conjunto. O somatório de todas as massas não deve diferir
mais de 0,3% de M1

8) Repetir todo o procedimento para a amostra com M2.


Do laboratório → massa retida em cada peneira
Análise granulométrica do Agregado Miúdo
➢ Dimensão Máxima Característica: Corresponde à abertura de malha, em
mm, da peneira da série normal ou intermediária, a qual corresponde
uma percentagem retida acumulada igual ou imediatamente inferior a
5% em massa.

➢ Dimensão Mínima Característica: Corresponde à abertura de malha, em


mm, da peneira da série normal ou intermediária, a qual corresponde
uma percentagem retida acumulada igual ou imediatamente superior a
95% em massa.

➢ Módulo de Finura: É o valor da soma das porcentagens retidas


acumuladas nas peneiras da série normal, divido por 100. Deve ser
determinado com aproximação de 0,01.
Abertura das peneiras (mm)

0,15 0,3 1,18 2,36 4,75 6,3


0,1 0,6 1 9,5 10
0

10

20

Porcentagens retidas acumuladas


30

40

50

60
Zona Utilizável - Limite Inferior

70
Zona Utilizável - Limite Superior

80
Zona Ótima - Limite Inferior

90
Zona Ótima - Limite Superior

100
Porcentagem, em
peso, retida
acumulada nas
peneiras
Análise granulométrica do Agregado Graúdo
NBR 7211 (2009): Agregados para
concreto -Especificação
Agregados para concreto:

Devem ser compostos por grãos de minerais duros,


compactos, estáveis, duráveis e limpos, e não devem conter
substâncias de natureza e em quantidade que possam afetar
a hidratação e o endurecimento do cimento, a proteção da
armadura contra a corrosão, a durabilidade ou, quando for
requerido, o aspecto visual externo do concreto.
Composição Granulométrica –
Abrir a NBR NM 248
A designação das faixas e os limites impostos na NBR 7211substituíram a
denominação antiga e ainda causam confusão em termos comerciais. Ainda
é comum se especificar os agregados graúdos pela sua graduação (brita 0,
brita 1, etc).
De um modo geral, pode-se afirmar que é possível utilizar-se areias fora
das faixas recomendadas pela NBR 7211:2005. Entretanto, durante o
processo de dosagem do concreto, esta deficiência em granulometria deve
ser compensada na definição da relação entre agregado graúdo e miúdo
que deve ser tanto maior quanto mais fino o agregado miúdo.

Além disso, o uso de agregados miúdos mais grosseiros produz mistura


mais ásperas e é necessário um teor elevado de areia para se conseguir
maior trabalhabilidade.

Areias mais grossas são mais apropriadas para misturas mais ricas em
cimento ou para uso em concretos de baixa trabalhabilidade.

O uso de areias muito finas, geralmente implica num aumento da demanda


de água nos concretos e argamassas, mas pode-se reduzir o teor de
argamassa nos concretos, o que, de certa forma, diminui o problema.

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