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06/09/2017

Guilherme Henrique Cavazzana


Engenheiro Ambiental
Me. Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos
(67) 9-9677-2069
rf4895@ucdb.br

2017B

Tratamento de Água
 Potabilidade => Portaria do Ministério da Saúde Nº 2914/2011.
 Conforme demanda.
 Nível do tratamento dependerá da qualidade da água bruta:
 Compreende somente os processos imprescindíveis à obtenção da
qualidade.
 Custo mínimo.
 Para que o tratamento seja evitado, a água bruta deverá ser:
 Mole.
 Pouca cor.
 Baixa turbidez.
 Baixo teor de ferro.
 Isenta de substâncias tóxicas.
 Boa qualidade bacteriológica.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Tratamento de Água
 Processos:
 Aeração.
 Coagulação.
 Floculação.
 Sedimentação ou decantação.
 Filtração e adsorção.
 Correção da dureza ou corrosão.
 Desinfecção.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Tratamento de Água
 Processos de Tratamento e seus Efeitos:

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Tratamento de Água
 Alcance do projeto: 10 a 25 anos.
 Execução em etapas/módulos.
 Possibilidade de executar ampliações.
 Disponibilidade quali-quantitativa.
 Disposição das estruturas:
 Limitar área ocupada.
 Diminuir volume de estruturas.
 Reduzir extensões de canais e tubulações.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991 5

Tratamento de Água
 Variam de acordo com a qualidade da água bruta.
 Condições locais.
 Características de projeto.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Aeração
 Conceito:


Substâncias
voláteis
Água + Ar

Substâncias
solúveis
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Aeração
 Remoção de gases dissolvidos e de substâncias voláteis:
 Gás carbônico: água agressiva.
 Ácido sulfídrico: água agressiva.
 Substâncias aromáticas voláteis. Causadoras de odor e sabor.
 Cloro e metano.
 Introdução de gases:
 Oxidação de compostos ferrosos ou manganosos.
 Aumento dos teores do oxigênio.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Aeração
 Na presença ou excesso de gases e substâncias voláteis.
 Em águas sem contato com o ar:
 Subterrâneas.
 Profundas de represas.

http://www1.folha.uol.com.br/
cotidiano/2014/07/1489368-
sabesp-pede-para-utilizar-
mais-agua-do-volume-morto-
do-cantareira.shtml

Aeração
 Temperatura da água e a pressão parcial do gás => concentração de
equilíbrio do gás e o valor de saturação.
 Velocidade de transferência:

𝐴
𝐶𝑠 − 𝐶 = 𝐶𝑠 − 𝐶𝑜 . 𝑒 −𝐾𝐿 .𝑉

Co = concentração inicial do gás


Cs = concentração de saturação
C = concentração no instante t
KL = coeficiente de transferência
A = área através do qual ocorre a transferência
V = volume da água

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Aeração
 Queda por gravidade:
 Cascata
 Tabuleiro
 Repuxo.
 Borbulhamento.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 199111

Aeração
 Remoção de gás carbônico e substâncias voláteis entre 20 a 45%.
 Instalações de pequeno porte.
 Parâmetros de projeto:
 3 a 4 plataformas.
 Dimensões crescente de cima para baixo.
 Altura entre as plataformas: 0,25 a 0,50m.
 Altura máxima: 0,75 a 3,00m.
 Taxa de aplicação da plataforma inferior: 800 a 1.000 m³/m².dia.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 199112

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Aeração
 Atividade: Dimensione o aerador para a população de 2020, pelo
crescimento aritmético, mercado de 2.000m² e Polo Industrial de
10.000m² com industrias que não utilizarão água em seu processo
produtivo. Sistema com reservatório.

Fonte: von Sperling, 2005 13

Mistura Rápida
 Desestabilização de coloide.
Partículas 10 m 1 m
-3 Partículas Partículas em
dissolvidas coloidais suspensão

 Cor real  Turbidez


 SDT  Cor aparente
 Compostos
dissolvidos 0,45 m  SST

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Coagulação:
 Processo de adição de coagulantes -> redução das forças de repulsão das
partículas em suspensão -> desestabilização das partículas coloidais.
 Eficiência da coagulação -> reação de hidrólise -> aplicação em
região de grande turbulência.
 Diluição do coagulante -> facilidade na aplicação/dispersão.
 Coagulação: mistura rápida.
 Floculação: mistura lenta.
 Dispositivos:
 Hidráulicos:
 Calhas Parshall.
 Ressalto Hidráulico.
 Mecânicos:
 Agitadores mecânicos.
 Turbinas.
 Hélice propulsora.
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Mistura Rápida

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Coagulantes:
 Sulfato de alumínio (sólido ou líquido)
 Cloreto férrico (líquido)
 Sulfato férrico (líquido)
 Cloreto de polialumínio (sólido ou líquido)
 Coagulantes orgânicos catiônicos (sólido ou líquido)

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Processo de Coagulação:
 Solubilidade do alumínio e do ferro em meio aquoso.

6
Fe Total
4
Al Total
2
Log (Al ou Fe)

0
3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

-2

-4

-6

-8

-10

-12

pH

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Processo de Coagulação:
•Tipo de coagulante
 Aspectos:
•Dosagem de coagulante
•pH de coagulação
•Qualidade da água bruta

Aspectos químicos

Aspectos hidrodinâmicos

•Dispersão do coagulante na
fase líquida
•Características físicas da
estação de tratamento de
água 19

Mistura Rápida
 Auxiliares:
 Bentonita;
 Carbonato de cálcio;
 Silicato de sódio;
 Polímeros Acrilamida (Polieletrólitos).

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Gradiente de velocidade:
 Taxa de colisão entre partículas (von Smoluchowski, 1917).
 Em função: grau de agitação e do tempo de mistura.
 Equação de Camp e Stein:

𝑃 𝛾 ℎ𝑝
𝐺= = .
𝜇. 𝑉 𝜇 𝑇
G = Gradiente de velocidade (s-1)
P = Potência, perda de carga gerada pelo dispositivo
μ = coeficiente de viscosidade dinâmica (1,03x10-4kgf.s/m², 20°C)
V = volume
γ = 10³kgf/m³
hp = energia dissipada (m)
T = tempo de mistura (s)
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Mistura Rápida
 AWWA (1971):
Tempo de mistura (s) Gradiente de Velocidade (s-1)
20 1.000
30 900
40 790
>40 700

 Letterman et al.:
𝐺. 𝑇. 𝐶 1,46 = 5,9. 106

G = Gradiente de velocidade (s-1)


T = tempo de mistura (s)
C = dose de sulfato de alumínio aplicada (30mg/L)
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Mistura Rápida
 Tipos de Ressalto Hidráulico:
 Em canais: ocorre por mudança brusca de declividade.
 Calhas Parshall e Vertedores: provocado pela queda livre.
 Para que ocorra o salto:

ℎ1 1
=+ 1 + 8. 𝐹1 2 − 1
ℎ2 2
Onde:
𝑉1
𝐹1 =
𝑔. ℎ1
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Mistura Rápida
 Tipo de Salto desejável:
 Estável: Roude entre 4,5 a 9,0.
 Dissipação de energia de 3,5 a 7,0 HP misturador eficiente
 Tempo de mistura de 1 segundo.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Energia Hidráulica Dissipada (Fórmula de Bélanger):

ℎ2 − ℎ1 3
ℎ𝑝 =
4. ℎ1 . ℎ2

 Extensão do Ressalto (Fórmula de Smetana), para 4,5 ≤ F ≤ 16:

𝐿 = 6. ℎ2 − ℎ1

 Tempo de Mistura:

2. 𝐿
𝑇=
𝑉1 + 𝑉2
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
25

Mistura Rápida
 Ressalto Hidráulico por Mudança de Declividade em Canais
Retangulares:

 Carga hidráulica disponível na seção 1:


𝑉1 2
𝐸1 = 𝐸0 = + ℎ1
2. 𝑔

 Altura da água antes do ressalto:


𝑄 𝑞
ℎ1 = =
𝐵. 𝑉1 𝑉1
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Mistura Rápida
 Ressalto Hidráulico por Mudança de Declividade em Canais
Retangulares:
 Substituindo:
𝑉1 2 𝑞
+ = 𝐸0
2. 𝑔 𝑉1

 Equação de 3º grau, que resulta:

2. 𝑔. 𝐸0 𝜃
𝑉1 = 2. . 𝑐𝑜𝑠
3 3

𝑔. 𝑞
𝑐𝑜𝑠𝜃 = − 3/2
2
. 𝑔. 𝐸0
3

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Atividade: Dimensione o ressalto hidráulico, sendo largura do canal
= 0,50m, altura da água ao fundo do canal = 0,20m e desnível =
0,20m; para a população de 2020, pelo crescimento aritmético,
mercado de 2.000m² e Polo Industrial de 10.000m² com industrias
que não utilizarão água em seu processo produtivo. Sistema com
reservatório.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Calha Parshall:
 Dupla finalidade: medir vazão e mistura rápida.
 Corrente passa de supercrítica para subcrítica.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Calha Parshall:

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Rápida
 Atividade: Dimensione Calha Parshall para a população de 2020, pelo
crescimento aritmético, mercado de 2.000m² e Polo Industrial de
10.000m² com industrias que não utilizarão água em seu processo
produtivo. Sistema com reservatório.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Lenta
 Aglomeração das partículas, pela colisão induzida por seu
movimento relativo.
 Determinação do tempo ótimo de floculação a gradientes contantes.
 Ensaio de coagulação: jar-test.
 Em função:
 pH.
 Temperatura.
 Turbidez.
 Gradiente de velocidade (70 a 15s-1).
 Tempo de detenção (5 a 50 min).

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Lenta
 Floculador Hidráulico:
 Utiliza a energia hidráulica dissipada em forma de carga no fluxo da
água através de um tanque, canal ou canalização.
 Verificam-se:
 Gradiente de velocidade.
 Tempo de floculação.
𝛾 ℎ 𝛾
𝐺= . = . 𝑉. 𝐽
𝜇 𝑇 𝜇
γ = peso específico (1.000 kgf/m³)
μ = viscosidade cinemática da água (1,03.10-4kgf/m².s)
h = perda de carga (m)
T = tempo de floculação (s)
𝑄
V = velocidade da água (m/s) =
𝐴
J = perda de carga unitária (m/m) = 0,80. 𝐶. 𝑅ℎ0,63 . 𝐽0,54
C = 120 para concreto Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Mistura Lenta
 Floculador Mecânico:
 Mais utilizados são os de
movimentos giratórios
com paletas paralelas ou
perpendiculares ao eixo.

 Geralmente são
fornecidos com 4 braços,
sendo que tem 4 paletas
em cada posição
(paralelas ou
perpedinculares).

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Lenta
 Floculador Mecânico:
 Volume da câmara é subdivido em 4.
 Gradiente de velocidade independe do número de paletas na mesma
posição, o benefício de maior númeo de paletas é a homogeneização.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


35

Mistura Lenta
 Floculador Mecânico:
 Recomendações de projeto:
 Tempo de detenção: 30 a 40 minutos.
 Número de compartimentos em série: igual ou superior a 3.
 Gradiente de velocidade: 75 a 10 s-1 (no primeiro 65s-1 e no último 25s-1).
 Área das paletas: menor que 20% da área do plano de rotação.
 Velocidade na extremidade da paleta: menor que 1,20m/s e 0,60m/s 1ª e 3ª
câmaras.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Mistura Lenta
 Floculador Mecânico:
 Para paletas paralelas ao eixo:

𝐶𝐷 . 𝑛3 . 𝑏. 𝑙. 𝑟13 + 𝑟23 + ⋯
𝐺 = 158.
𝜇. 𝑉
 Para paletas perpendiculares ao eixo:

𝐶𝐷 . 𝑛3 . 𝑏. 𝑙13 + 𝑙23 + ⋯
𝐺 = 79.
𝜇. 𝑉
CD = coeficiente de arrasto, 1,16; 1,20; 1,50 e 1,90 para l/b iguais a 1,0; 5,0; 20 e maiores
n = velocidade de rotação das paletas em rps
r = raios das paletas
l = comprimento das paletas
b = largura das paletas
V = volume da câmara
μ = viscosidade cinemática da água (1,03.10-4kgf/m².s)
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Mistura Lenta
 Atividade : Dimensione o Floculador para a população de 2020, pelo
crescimento aritmético, mercado de 2.000m² e Polo Industrial de
10.000m² com industrias que não utilizarão água em seu processo
produtivo. Sistema com reservatório.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Decantador
 Processo de sedimentação de partículas sólidas em suspensão,
utilizando forças gravitacionais para separar as partículas de
densidade superior a da água.
 Partículas muito pequenas ou com densidade inferior a da água =>
filtração.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


39

Decantador
 Comportamento hidráulico (Hazen, 1904):
 Regime de fluxo laminar na zona de sedimentação.
 Fluxo perfeitamente uniforme.
 Concentração de partículas uniforme.
 Não há resuspensão de sólidos.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Decantador
 Considerando um elemento sedimentando em um plano inclinado:

 Vel. de sedimentação (Vs) ≥ Vel. crítica de sedimentação (Vcs):


𝑉ℎ
𝑉𝑐𝑠 =
sin 𝜃 + 𝐿. cos 𝜃
Vcs = velocidade crítica de sedimentação
Vo = Velocidade longitudinal
L = comprimento do decantador
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
θ = ângulo de inclinação
41

Decantador
 Influência do comprimento relativo (L = l/h):
 Eficiência diretamente proporcional ao comprimento.
 Geralmente: L = 10 a 12 metros.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Decantador
 Velocidade Longitudinal (Vh):
 Para evitar que sejam arrastados os flocos:

1/2
8
𝑉ℎ = . 𝑉𝑐𝑠
𝑓

𝑓 = coeficiente de atrito de Fanning


64
Se regime laminar => Rey < 2.000 => 𝑓 =
𝑅𝑒𝑦
Se regime turbulento => Rey ≥ 15.000 => 𝑓 = 0,025

Padronização: 𝑉ℎ = 18. 𝑉𝑐𝑠 => 𝐴𝑠𝑒çã𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑙


𝑉ℎ ≤ 1,5 𝑐𝑚 𝑠
Se limpeza manual => 𝑉ℎ ≤ 0,75 𝑐𝑚 𝑠 (≤ 0,50 𝑐𝑚 𝑠)
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Decantador
 Decantador de Fluxo Horizontal (θ=0˚):

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Decantador
 Decantador de Fluxo Horizontal (θ=0˚):

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Decantador
 Decantador de Fluxo Horizontal (θ=0˚):

Velocidade de sedimentação (cm/min)


Diâmetro (mm)
ρp (kg/m3)
0,01 mm 0,1 mm 1,0 mm 10 mm
2.750 0,59 48,5 1.078 4.676
2.000 0,31 28,5 762 3.504
1.200 0,09 6,1 262 1.520
1.020 0,02 1,2 46 456
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
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Decantador
 Taxa de escoamento superficial: 18 e 70 m³/m²/dia.
 Velocidade de sedimentação: 0,02 a 0,08cm/s.
 Profundidade: 3,5 a 4,5m.
 Relação Comprimento (l) / Largura (b) ≥ 3 a 4.
 Relação entre área superficial (As) / Área transversal (A) ≤ 18.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Decantador
 Atividade: Dimensione o Decantador para a população de 2020, pelo
crescimento aritmético, mercado de 2.000m² e Polo Industrial de
10.000m² com industrias que não utilizarão água em seu processo
produtivo. Sistema com reservatório.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


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Filtro Rápido
 Processo de separação sólido-líquido utilizado para promover a
remoção de material particulado presente na fase líquida, por sua
passagem através de um meio poroso.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 49

Filtro Rápido
 Classificação:
 Meio filtrante:
 Rápido => Camada de areia e/ou antracito => alta taxa.
 Lento => Carvão ativado => baixa taxa.
 Filtros de camada profunda

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 50

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Filtro Rápido

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 51

Filtro Rápido

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 52

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Filtro Rápido
 Classificação:
 Sentido de escoamento:

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 53

Filtro Rápido
 Classificação:
 Controle Hidráulico:
 Taxa de filtração constante
 Com variação de nível

 Sem variação de nível

 Taxa declinante

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 54

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Filtro Rápido
 Materiais filtrantes:
 Coeficiente de uniformidade:
 Materiais utilizados em filtros devem apresentar grãos com tamanho e
variação dentro de um determinado padrão.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 55

Filtro Rápido
 Materiais filtrantes:
 Coeficiente de uniformidade:

Meio Filtrante d10 (mm) C.U. Altura (m)


CAMADA ÚNICA
Areia 0,45-0,55 <1,6 0,60-0,80
Areia 0,80-1,20 <1,5 1,20-1,80
Antracito 1,1-1,5 <1,5 1,20-1,80
AREIA-ANTRACITO
Areia 0,45-0,55 <1,6 0,15-0,30
Antracito 0,90-1,10 <1,8 0,30-0,60
AREIA-ANTRACITO-GARNET
Areia 0,45-0,55 <1,6 0,15-0,30
Antracito 0,90-1,10 <1,8 0,30-0,60
Garnet 0,20-0,30 ------ 0,10-0,15
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
Disciplina: Tratamento de Água 56

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Filtro Rápido
 Índices físicos dos materiais granulares:

Índices Físicos AREIA ANTRACITO CAG GARNET


Massa
específica 2.650 1.450-1.730 1.300-1.500 3.600-4.200
(Kg/m3)
Porosidade 0,42-0,47 0,56-0,60 0,50 0,45-0,55
Coef. de 0,7-0,8 0,46-0,60 0,75 0,60
esfericidade

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 57

Filtro Rápido
 Critérios de Projeto:
 Taxa de filtração:
 Condições locais da qualidade da água bruta.
 Características do meio filtrante.
 Carga hidráulica.
 Filtros de camada simples: 120 a 360 m³/m².dia => NBR = 180 m³/m².dia.
 Filtros de cama dupla: 240 a 600 m³/m².dia => NBR = 360 m³/m².dia.
 Número de filtros:
 Tamanho da ETE.
 Taxa de filtração.
 Etapas.
 Fatores econômicos.
 Arranjo geral e disposição.
 Condições de lavagem.
 Mínimo 3, geralmente, par.
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
Disciplina: Tratamento de Água 58

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Filtro Rápido
 Critérios de Projeto:
 Áreas:
 Inferior a 170m² (cada).
 Filtros simples => A ≤ 70m².
 Filtros de dupla camada => A ≥ 40m².
 Forma e dimensões:
 Quadrada ou retangular.
 Considerar:
 Tipo de fundo do filtro (fundo falso ou blocos de Leopold) => dimensões
múltiplas de 20cm.
 Tipo de lavagem.

 Condições de custo mínimo.


𝐵 𝑛+1
=
𝐿 2𝑛
B = largura de uma câmara.
L = comprimento de uma câmara.
n = número de câmaras.
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
Disciplina: Tratamento de Água 59

Filtro Rápido
 Critérios de Projeto:
 Espessura das camadas filtrantes:
 Camada única de areia: 0,60 a 0,80m => 0,70m.
 Dupla camada:
 Antracito: 0,45 a 0,70m => 0,55m.

 Areia: 0,15 a 0,30m => 0,25m.

 Tripla camada:
 Pedregulho: 0,30 a 0,55m => 0,50m.

 Altura da câmara:
 Altura livre adicional: 0,25 a 0,40m => 0,30m.
 Altura da água sobre o leito filtrante:
 Camada única: 1,40 a 1,80m => 1,60m.

 Dupla camada: 1,80 a 2,40m => 2,20m.

 Carga disponível: diferença entre o NA mínimo do filtro e o NA de saída.


 Altura do fundo falso:
 Mínima ≥ D + 0,25 ≥ 0,50m (D = diâmetro da tubulação de saída).
Disciplina: Tratamento de Água Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991 60

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Filtro Rápido
 Fundo falso:

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 61

Filtro Rápido

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 62

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06/09/2017

Filtro Rápido

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 63

Filtro Rápido
 Retrolavagem:
 Quando o nível da água atingir o limite máximo.
 Controle da turbidez de saída (Geralmente superior a 0,5 UNT)
 Perda de carga igual ou superior a carga hidráulica máxima disponível
(Geralmente da ordem de 2,0 a 3,0 metros)
 Carreira de filtração com duração superior a 40 horas.
 Quantidade de água:
 Velocidade ascensional x Área do filtro => Vazão.
 Tempo de lavagem 1 filtro => 6,5 minutos => Volume.
 Necessárias bombas de recalque ao reservatório + 1 reserva => tempo de
lavagem do filtro e altura manométrica do reservatório:
 Permitir a lavagem do filtro em posição mais desfavorável com vazão máxima.
Considerar: Perdas na tubulações e peças, Perdas no fundo falso, Perdas na
cama de pedregulho, Perda de carga na areia e Perda de carga nos bordos da
calha vertedora.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 64

32
06/09/2017

Filtro Rápido

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 65

Filtro Rápido
1) Selecionar o tipo de filtro.
2) Fixar a taxa de aplicação.
3) Estabelecer número de filtros.
4) Calcular a área de cada filtro.
5) Adotar e dimensionar o tipo de fundo do filtro.
6) Estabelecer as dimensões em planta e corte.
7) Especificar a granulometria dos materiais filtrantes.
8) Especificar camada suporte.
9) Estabelecer expansão desejada.
10) Determinar velocidade ascensional.
11) Calcular a vazão de água de lavagem.
12) Selecionar e dimensionar os equipamentos de controle.
13) Dimensionar as tubulações de lavagem.
14) Fixar o tempo nominal de lavagem.
Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991
Disciplina: Tratamento de Água 66

33
06/09/2017

Filtro Rápido
15) Calcular o volume de água para lavagem.
16) Locar e dimensionar as calhas coletoras da água de lavagem.
17) Determinar o volume desejável para o reservatório de água de lavagem.
18) Dimensionar o conjunto de recalque de água de lavagem.
19) Calcular as perdas de carga no sistema de lavagem e fixar as alturas dos
níveis inferior e superior da água no reservatório.
20) Projetar um sistema de lavagem auxiliar (se necessário).
21) Calcular as perdas de carga no meio filtrante limpo e sujo, e verificar as
taxas de filtração mínima e máxima.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 67

Filtro Rápido
 Atividade: Dimensione o Filtro Rápido para a população de 2020,
pelo crescimento aritmético, mercado de 2.000m² e Polo Industrial
de 10.000m² com industrias que não utilizarão água em seu processo
produtivo. Sistema com reservatório.

Fonte: Richter & Azevedo Netto, 1991


Disciplina: Tratamento de Água 68

34
06/09/2017

Desinfecção
 Processo de destruição de microrganismos patogênicos presentes na água:
bactérias, protozoários, vírus e vermes.
 Desinfecção ≠ Esterilização.
 Exemplo: vírus da hepatite e poliomielite.
 Importância:
 Tratamento físico-químico não remove completamente os microrganismos.
 Devido à necessidade de manter cloro residual livre na rede de abastecimento.

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água Netto, 1991 69

Desinfecção
 Cloro:
 Vantagens:
 Desinfetante mais utilizado.
 Disponível em gás, líquido ou sólido.
 Barato.
 Alta solubilidade.
 Deixa residual.
 Destrói a maioria dos microrganismos patogênicos.
 Desvantagens:
 Venenoso.
 Corrosivo.

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água Netto, 1991 70

35
06/09/2017

Desinfecção
 Ozônio:
 Vantagens:
 Maior tendência de uso.
 Mais intenso e rápido.
 Utilizado antes da coagulação: oxidação de substâncias que geram odor e
sabor.
 Desvantagens:
 Tóxico.
 Corrosivo.
 Não gera residual persistente.
 Custo dos equipamentos e da produção de ozônio.

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água Netto, 1991 71

Desinfecção
 Cloração:
 Agem na desativação de enzimas.
 Eficiência:
 Natureza do desinfetante:
 Cloro livre é 30 vezes mais eficiente que o cloro combinado.

 Temperatura:
 A cada 10ºC aumenta em 2 a 3 vezes a destruição.

 pH.
 Compostos dissolvidos:
 Demanda de cloro para oxidação de H2S, Fe, Mn e NH3.

 Dosagem.
 Tempo de mistura.
 Câmara de contato.

Fonte: Richter
& Azevedo
Netto, 1991
Disciplina: Tratamento de Água 72

36
06/09/2017

Desinfecção
 Cloração:
 Posto de cloração:
 Acondicionamento de cilindros:
 Pequeno porte: 45 a 60kg:

 Posição vertical: fluxo de cloro gasoso.

 Dosagem máxima: 18kg/dia/cilindro.

 Grande porte: 900kg:

 Posição horizontal: fluxo gasoso ou líquido.

 Dosagem máxima: 180kg/dia/cilindro.

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água Netto, 1991 73

Desinfecção
 Cloração:
 Posto de cloração:
 Tamanho e quantidade de cilindros:
 Em função do consumo diário de cloro e fluxo máximo.

 Consumo de 50kg de cloro/dia => cilindro grande.

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água Netto, 1991 74

37
06/09/2017

Desinfecção
 Cloração:
 Posto de cloração:
 Tamanho e quantidade de cilindros:
 Cilindros e cloradores => áreas separadas => menor comprimento de
tubulação possível.
 Espaço => suficiente pra armazenar os cilindros em uso, reservas, vazios e
movimentação.
 Temperatura entre 18-20°C (10-70°C).

 Evitar contato sol direto.

 Não possuir ligação com pisos inferiores ou subsolos.

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água 75
Netto, 1991

Desinfecção
 Cloração:
 Capacidade:
 Em função:
 Vazão máxima de tratamento.

 Dosagens de cloro requeridas para desinfecção e demanda de oxidações.

𝑄. 𝐷
𝐶=
1000
Onde:
C = capacidade (kg/dia)
Q = vazão máxima de tratamento (m³/dia)
D = dosagem máxima esperada de cloro (mg/L)

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água 76
Netto, 1991

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06/09/2017

Desinfecção
 Cloração:
 Capacidade:
 Dosagens de cloro requeridas para desinfecção e demanda de oxidações.

Disciplina: Tratamento de Água 77

Desinfecção
 Cloração:
 Mistura e Câmara de Contato:
 Dois pontos de dosagens: pré e pós-cloração.
 Pré-cloração: antes da coagulação => 3 minutos de contato.
 Pós-cloração:
 Canal de saída do filtro => injetar a pelo menos 1,00m de profundidade.

 Tubulações => fluxo turbulento => D/3 ou difusor ao longo da seção.

 Tanques => menos eficiente => difusor de fundo com 1,20m de coluna
d’água no mínimo.
 Câmara de contato:
 Maior ineficiência de TAA.

 Para [Cl-] ≥ 0,2mg/L => 10min, recomendado 20min (pH =7,5).

 Para [Cloraminas] ≥ 1,0mg/L => 60min, recomendado 120min (pH =6,0).

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água Netto, 1991 78

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06/09/2017

Desinfecção
 Atividade: Dimensione a Capacidade de Cloração necessária para a
ETA que atenderá ao exercício anterior (Filtro Rápido).

Fonte: Richter
& Azevedo
Disciplina: Tratamento de Água Netto, 1991 79

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