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FARMACÊUTICA II
AINES
Inflamação
A inflamação é uma resposta de proteção do organismo ao combate a qualquer estímulo nocivo que o
ameaça; pode ser localizada ou uma resposta generalizada.
Obs.: doenças reumáticas: são desordens inflamatórias crônicas. Ainda não se compreende a etiologia
de doenças artríticas e a resposta inflamatória
Etapas da inflamação
As prostaglandinas são moléculas fundamentais no processo inflamatório, sendo o principal alvo para
os anti-inflamatórios: sabe-se que o bloqueio da produção da prostaglandina, principalmente no
receptor de ação da prostaglandinas pode levar ao controle do processo inflamatório As enzimas
COX transformam o ácido araquidônico em prostaglandinas
Molécula derivada de um ácido graxo poli-insaturado, componentes dos fosfolipídios das membranas
celulares
Ácido graxo insaturados são lineares, já a prostaglandina é uma molécula cíclica o anel ciclopentano
é formado pela ação da enzima cicloxiganase.
A COX é responsável pela ciclização do ácido aracdônico em uma das regiões que há presença de
insaturação com o uso de oxigênio essa etapa enzimática forma uma prostaglandina muito instável
que sofrerá outras modificações para se tornar estável. De um modo geral molécula ainda sofrerá outras
reações enzimáticas.
O ácido araquidônico pode formar vários tipos de prostaglandinas, sendo a mais importante a PGE2.
A TXA2 é produzida a partir da PGH2 (prostaglandina produzida pela COX a partir do ácido aracdônico)
que sofre ação enzimática da tromboxano sintase (presente nas plaquetas) a TXA2 é um forte
agregador plaquetário.
A PGH2 também é material de partida para a síntese de PGI2 (prostaciclina) sendo catalisada pela
prostaciclina sintase (presente em células endoteliais) a PGI2 é uma das prostaglandinas que facilitam
a vasodilatação, exudação e o aparecimento de dor.
O ácido araquidônico, além de ser material de síntese para prostaglandinas, também é utilizado para
sintetizar outras moléculas como leucotrienos. essa síntese dependerá do local do processo
inflamatório (sua síntese ocorre principalmente em processos inflamatórios do pulmão); ao invés de se
ter prostaglandinas, são sintetizados leucotrienos, que possuem a mesma função. Os leucotrienos são
hipotensivos e broncoconstritores.
A maioria dos anti-inflamatórios não esteroidais atuam no mesmo sítio ativo: inibição da COX os
inibidores mimetizam o ácido aracdônico.
ISOFORMAS DA COX
SALICILATOS
AAS
A aspirina é a droga anti-inflamatória mais usada até hoje . Possui atividade anti-
inflamatória, analgésica e antipirética
Também é anti-agregante plaquetário: devido a acetilação de COX nas plaquetas inibe a formação de
tromboxano (TXA2)
ÁCIDOS ARILALACANICOS
Há um carbono a mais entre o anel aril (benzênico, indólico, etc.) e o -COOH a diferença entre os
salicilatos e esse grupo, é que o grupo -COOH dos saliciliatos está ligado diretamente no anel aromático
Os anéis aromáticos podem ser diversos, mas são essenciais a estrutura os anéis que funcionam
como 2ª área lipofílica devem estar coplanares para que eles se encaixem adequadamente na COX
Indometacina
O N do indol pode ser substituído por uma ligação dupla gera isomeria trans (estereoquímica) =
diminui a hidrossolubilidade, alterando a farmacocinética
O anel indol não é essencial a atividade
DERIVADOS DA INDOMETACINA
DICOFLENACO
O carbono que separa o anel aril (benzênico, indólico, etc.) e o -COOH possui uma metila = ARIL
PROPRIL aumenta a atividade inflamatória e reduz as reações adversas, pois age preferencialmente a
COX 2 (não é 100% seletiva).
OXICAMS
Apresentam ácido enólico Ligação dupla ligada a -OH apresenta caráter ácido pela presença do
enol !!!
Principais efeitos colaterais dos AINES : lesão gástrica e lesão renal pela falta de seletividade entre COX-
1 e COX-2
Não apresentam nenhuma relação direta entre as famílias, apenas a presença do grupo
fenilssulfonamida a presença desse grupo é o que produz a seletividade à COX2, se liga a um
“bolsão” da COX-2 que é adjacente ao canal principal que leva ao sítio da COX ( Val – Ile); esse bolsão é
inacessível na COX.
Diminuem os efeitos adversos indesejados nos AINES anteriores. No entanto, produzem outros efeitos
adversos como cardiotoxicidade, tendo receituário controlado
Sulidas = nimesulida
RESUMÃO
1) AAS inibe irreversivelmente COX1 e COX2 pela acetilação do resíduo de serina no sítio ativo
2) Inibidores competitivos de ambas isoformas = ibuprofeno, flurbiprofeno, indometacina, ac.
Mefenâmico; variam nas afinidades pelas isoformas de modo geral formam ponte salina
entre o grupo ácido -COOH e o resíduo de aa Arg120
3) Inibidores seletivos de COX-2 possuem a subunidade fenilssulfonamida
O sistema complemento consiste em duas vias de ativação: 1) via de ativação mediada por anticorpos e
2) via alternativa
A inibição do sistema complemento reduz ou elimina o dano tecidual associado a doenças inflamatórias.
A via do ácido aracdônico possui inúmeros alvos para fármacos antiinflamatórios. Os fármacos AINES
tem como principal alvo as enzimas ciclo-oxigenases (COX1 e COX2), inibindo-as.
.....
Salicilatos
Relação estrutura atividade = como a estrutura molecular, através de suas ligações e interações,
desencadeará atividades biológicas
Inibem a biossíntese de prostaglandinas pela inibição de COX-1 e COX-2 em vários níveis de seletividade.
Ar=
Aumento da atividade
R – H, CH3 ou alquil
Todos os inibidores não seletivos de COX-1 possuem um centro ácido que pode ser representado pelos
grupos acido carboxílico, enol, ou acido hidroxãmico.
A distancia entre o centro ácido e o anel aromático/ heroaromático é de apenas 1C (?) e é essencial a
atividade o aumento da distancia diminui a atividade
A segunda área lipofílica, geralmente não coplanar com o anel Ar ou hetero-Ar aumenta a atividade.
CORTICÓIDES
Os corticoides são substâncias biossintetizadas nas glândulas adrenais, localizadas na região superior
dos rins.
Andrógenos adrenais = possuem baixa atividade em homens, em mulheres são precursores dos
hormônios sexuais, estrógenos e andrógenos
Ciclopentano = anel D
Peridrofenantreno = anel A, B e C
Substituições
MECANISMO FISIOLÓGICO
São considerados fatores de transcrição quando se ligam aos receptores; cada glicoesteroide possui seu
respectivo receptor, que se localiza no citosol ou no núcleo da célula alvo.
Quando os glicocorticoides se ligam ao seu receptor, forma-se o complexo esteroide-receptor, que leva
à dimerização, de modo que essa estrutura se encaminha a fita de DNA na sequencia adequada, fazendo
seu papel de transcrição e formando mRNAs, que serão traduzidos em proteínas responsáveis pelas
transformações celulares.
São utilizados para aliviar a dor, inflamação e reduz a alta temperatura febril inchaço e vermelhidão;
Podem ser utilizados para infecções, dores de dente, dor de cabeça
AÇÃO ANTI-INFLAMATÓRIA
Bloqueio da via de metabolismo do ácido araquidônico, por inibição da fosfolipase A2 passo inicial da
cadeia fosfolipídios de membrana não são clivados pela fosfolipase, isto é, não se liberam ácidos
graxos (como ac. Aracdônico)
APLICAÇÕES FARMACOLÓGICAS
Supressão do processo inflamatório e respostas imunes, utilizados para o tratamento de asma, artrite
reumatoide, rejeição de órgãos após transplante
O cortisol, produzido naturalmente, será um mensageiro de feedback negativo, servindo para parar a
produção de substâncias no caso de supressão de resposta imune, ele irá impedir a produção de
mediadores de inflamação como eicosanoides, serotonina, fator de agregação plaquetária, bradicinina,
entre outros.; também impedirá que macrófagos produzam citocinas inflamatórias quando eles são
ativados por um estímulo imune.
CORTICOSTEROIDES SISTÊMICOS
São divididos quanto ao tempo de ação, que irá depender tanto da meia vida quanto da duração de
efeito observado
Ação curta = meia vida baixa e duração de ação entre 1-1,5 dias; a dose utilizada é de 20-25 mg
Ação intermediária = meia vida intermediaria tanto no plasma quanto nos tecidos, duração de ação de
1-1,5 dias. Dose utilizada de 5 mg
São mais potentes que os de ação curta e apresentam menor atividade minerolocorticoide em relação a
cortisona.
Ação longa= apresentam meia vida alta nos tecidos e no plasma, e a duração de ação está em torno de
3 dias. A dose utilizada é de 0,6 -0,75 mg, sendo de 20-30% mais potentes que os de ação curta. Não
possuem atividade mineralocorticoide.
Configuração espacial importante mantida pelas junções dos anéis A,B,C e D na posição trans, caso
haja mudança nessa conformação, a molécula perde a sua capacidade de se ligar ao receptor.
Alterações na geometria das ligações do anel resulta em compostos inativos. Apesar se serem muito
similares na estrutura química e estereoquímica, cada pequena mudança estrutural gera atividades
fisiológicas diferentes.
Os anéis C e D têm uma relação maior com a interação ao receptor: as modificações buscando o
aumento da afinidade ao receptor são feitas nessa região quanto mais grupamento lipofílicos são
adicionados a região, aumenta-se a afinidade ao receptor
Cortisona = derivado inativo devido à carbonila na posição 11, pró fármaco da hidrocortisona.
São fármacos de escolha
quando é necessário terapia
de reposição
A cortisona é considerada
inativa e a hidrocortisona
ativa, são rapidamente
metabolizadas no fígado e
nos rins.
Para evitar a ação mineralocorticoide (nos rins há grande abundância desses receptores), existe a
enzima ... responsável por
transformar a hidrocortisona em
cortisona, evitando que haja essa
atividade.
Prednisona e prednisolona
Adição de dupla ligação entre os carbonos C1-C2, aumenta a afinidade ao receptor glicocorticoides,
apresentando melhor potência anti-inflamatória e antialérgica com menores efeitos adversos.
ALFA- CORTICOIDES
Fármacos que apresentam halogênio na posição 9 alfa (para trás do plano do anel) e dupla ligação entre
C1-C2; a adição do F melhorou a atividade anti-inflamatória e a atividade mineralocorticoide, maior
afinidade pelos receptores mineralocorticoides.
Triancinolona
↑ atividade anti-inflamatória
Dexametasona
Alfa-glicocorticoide
Grupamento metila na posição 16-alfa tentar estabilizar o grupo cetona na posição 17; causa
aumento da lipofilicidade na região C e D, aumentando ainda mais a afinidade ao receptor
glicocorticoide = AUMENTO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA e diminuição a atividade
mineralocorticoide
Betametasona
Fármacos quando ulizados na pele, podem ser absorvidos de forma sistêmica, em menor extensão
A potência vai depender do veículo, dose e características intrínsecas do próprio, muitos fármacos dessa
classe podem ter alta ou baixa potência, devido aos fatores anteriores
Baixa potência = atividade inflamatória moderada e podem ser utilizados de maneira crônica
dexametasona, hidrocortisona, prednicarbato (derivado da prednisolona), desonida
Alta potência = devem ser utilizados para dermatoses mais severas por tempo curto. Não
possuem a -OH na posição 9 alfa desoximetasona, fluorocinolona acetonida, triancinolona.
Muito alta potência = utilizados como alternativa para terapia sistêmica, mas que o local de
ação são áreas mais localizadas, usados por curto período de tempo betametasona
dipropionato, clorobetasol propionato e halobetasol propionato – possuem as características
observadas anteriormente, ligação dupla entre C3-C4 F na posição 9 alfa, grupo metil na
posição 16 beta; para melhorar a lipofilicidade e afinidade pela pele apresentam grupamentos
propionato(substituição dos grupamentos -OH).
REA CORTICOIDES TÓPICOS
Grupamento acetonida: substituição das -OH na posição 16; esse grupamento aumenta a lipofilicidade
da molécula e a atividade inflamatória tópica aumenta-se a absorção quanto a afinidade com
receptor
A substituição do F por Cl na posição 9 alfa diminui a potência clorobetasol e habtasol possum alta
potência pela permanenência do F
Via pulmonar e nasal o efeito é local, mas há possibilidade de efeitos sistêmicos, devido a grande
superfície para absorção
Têm meia vida maior e podem ter efeito sistêmico mais grave
Quanto maior a concentração plasmática e quanto maior sua meia vida maioresefeitos adversos
sistêmicos.
Os glicocorticoides mais atuais apresentam características adequadas para esse uso por via inalatória ou
via intranasal
São de um modo geral corticoesteroides mais lipofílicos aumenta afinidade ao receptor e altera as
propriedades farmacocinéticas
ANTI-HISTAMÍNICOS : RECEPTORES H1 E H2
Receptor H1 = 2 pontos de interação; ligação de H com o N imidazólico. A amina terminal protonada interage com
um resíduo de aa com carga negativa. O receptor H1 é transmembrânico, faz ligação com a proteína G
Receptor H2 = 3 pontos de interação, ambos os N do anel imidazólico fazem algum tipo de interação com o
receptor
Há uma distância ideal entre os nitrogênios = o N da posição 1 e o N da cadeia lateral (amina); para que haja uma
interação adequada entre os receptores (ponto farmacofórico*)
A introdução de grupos volumosos no N da posição 1 e uma distância adequada entre o N da posição 1 e o do grupo
amina tornaria a molécula antagonista, isto é, bloqueadora
ESTRUTURA DA HISTAMINA
H1: responsável por respostas alérgicas aumento de permeabilidade vascular, prurido geração de
prostaglandinas, diminuição da condução atrioventricular alvo de antialérgicos
Efeitos fisiológicos: causa vasodilatação dos capilares, estimula a contração da musculatura lisa, estimula
a secreção do suco gástrico, acelera o batimento cardíaco
As conformações trans e gauche coexistem, mas sugere-se que a conformação trans é preferida ambos
receptores H1 e H2
A interação com o receptor H1 é aquela em que a cadeia lateral está completamente estendida e todos
átomo de C e N são coplanares ao anel imidazólico necessário 1 ligação iônica e outra ligação de H
Nos receptores H2, é necessária uma ligação de H a mais → 2 ligações de H e 1 ligação iônica
ANTAGONISTAS HISTAMÍNICOS
Utilizados para alergias, também como agentes antitussígenos, agentes ansiolíticos, agentes
antipsicóticos, antieméticos e antiúlcera.
Efeitos colaterais:
Há uma distância ideal entre os N da histamina, para a melhora da atividade antagonista é necessário
manter a distância ideal → adição de grupo volumosos ligados aos N
Piperoxan
Desenvolvido como antagonista adrenérgicos alfa 2, mas apresenta atividade fraca como anti-
histamínico
*devido a similaridade das aminas biogênicas faz com que haja interação com os receptores
histamínicos
ANTI-HISTAMÍNICOS DE 1ª GERAÇÃO
São efetivos no tratamento de resposta alérgicas como febre, rinite, urticaria e alergia a alimentos.
Também possuem efeitos colinérgicos adrenérgicos, dopaminérgicos e serotoninérgicos a histamina
é uma monoamina e portanto apresenta MUITA semelhança estrutural com as demais da mesma classe.
São geralmente lipofílicos, com baixo peso molecular e ultrapassam a barreira hematoencefálica (efeitos
dopaminérgicos, serotoninérgicos e colinérgicos.
Anti-H1 antialérgicos
Anti-H2 anti-úlcera
AÇÃO DA HISTAMINA
Um agente alergênico pode ocasionar a produção de anti-corpos; essa produção de anti-corpos provoca
sequencialmente, por mecanismo bioquímicos, a liberação de histamina a histamina está
intimamente relacionada com a interação com o receptor histaminérgicos.
A histamina também possui papel fisiológico a interação da histamina com receptores H2 leva à
secreção ácida estomacal.
Moléculas que se ligam ao receptor H1, bloqueando a ação da histamina, bloqueia-se os feitos
histaminérgicos sintomas de reações alérgicas
anti-histamínicos : são moléculas que impedem a mudança conformacional do receptor para a forma
ativa e ao mesmo tempo impedem a ligação da histamina a ele antagonizam H1, pesquisas apontam
que essas substâncias atuam como agonistas inversos
*agonistas inversos=
1ª geração = lipofílicos, baixo peso molecular a barreia hematoencefálica, interagindo com receptores
H1 no SNC causando efeitos adversos pela semelhança química com outos mensageiros químicos,
tem-se respostas dopaminérgicas, serotoninérgicas e colinérgicas
Efeitos adversos: sono, boca seca
*dependendo da estrutura química do fármaco, pode haver promiscuidade de ação uma estrutura
2ª geração= substâncias mais hidrofílicas, característica ácidas, afinidade pela glicoproteína P (logo não
chegam a penetrar profundamente o SNC, pois são retirados pela glicoproteína P) e não ultrapassam a
barreira hematoencefálica ou ultrapassam muito menos;
São fármacos mais seletivos de receptor H, possuem menor capacidade de causar sonolência
Cadeia de 2C deve ser mantida, para que se tenha a atividade bloqueadora íntegra
N terminal (amina) essencial para a atividade. O N da estrutura deve manter as características alcalinas pela
escolha de grupos R adequados pKa = 10, para manter uma forte interação com o receptor.
R = R curtos favorecem a ação não seletivamínicos; R longos e com características hidrofílicas e ácidas podem
favorecer o aumento da seletividade dos receptores H1, e ao mesmo tempo, diminuir os efeitos adversos.
mepiramina: grupo metoxi na posição para do fenil, presença de uma piridina ligada ao N
tripelenamina: atividade similar ao febenzamina; o N do anel piridínico não interfere
significativamente na atividade, é adicionado apenas por questões farmacocinéticas
Presença de grupos
volumosos
São considerados 4
Há um carbono quiral na
classe → enantiômeros S
ativos
O substituinte R deve estar OBRIGATORIAMENTE na posição para para que haja atividade anti-
histamínica → o substituinte na posição orto possui ação anticolinérgica
Difenidramina = utilizadas em vários anti-arlérgicos; por ser uma molécula pequena, penetram
facilmente o SNC, provocando sono, tem uso indicado também para indução de sono
Carbinoxamida = o grupo funcional piridina e a adição do cloro no anel benzênico aumentam
muito a potência do fármaco, pois favorecem a interação com o receptor H1, principalmente
pelo N pirimidínico (o N possivelmente mimetiza mais facilmente o N do anel imidazólico, do
que o O)
Há muitas semelhanças entre outros compostos que atuam nas monoaminas biogênicas
difenidramina X fluoxetina
Piperazinas: N básico separa de outro N por 2 C, num anel piperazínico; mesmo estando num anel, os N
parecem estar numa distância espacial próxima à distancia d da histamina (distância ideal para interação
com o receptor histamínico H1)
Nitrogenios separados
por 2 C → estão em
um ciclo piperazínicos
Substituições no grupo
volumoso devem ser
para → aumenta a
atividade anti-
histamínica
hidroxizina: Cl
aumenta a potência, a
cadeia lateral longa
com -OH, aumenta a
hidrossolubilidade;
apresenta poucos
efeitos adversos apesar de ainda interagir com o SNC
Prometazina= também foi utilizado como protótipo para anti-psicóticos, molécula que possui
promiscuidade com outros receptores. Possui ótima atividade anti-histamínica, mas tem
grande efeito indutor de sono
prometazina: apresenta ação anti-histamínica, mas causa muito sono, possui atividade
antimuscarínica, usado como anti-parkinson
*cloropromazina: antipsicótico
dibenzocicloeptanos = são substâncias tricíclicas, a disposição espacial permite uma semelhança com os
anti-histamínicos anteriores
Azatadina: o N presente na piridina mimetiza a distância d desejada para que haja afinidade
com o receptor H1; esse grupo volumoso aumenta a afinidade com o receptor, pela
possibilidade da formação da ligação H, que é diminuída pela ausência de um dos átomos
eletronegativos presentes nas outras classes
A maioria dos compostos tricíclicos apresentam muita semelhança aos depressivos → a angulação é
extremamente importante
ANTI-HISTAMÍNICOS DE 2ª GERAÇÃO
têm como protótipo a ciclizina, alongando o grupo volumoso ligado ao anel com heteroátomo N
ANTI-ULCERATIVOS
Cimetidina:
proteção estomaca l a
A histamina possui um anel imidazólico que pode existir em forma de dois tautômeros. Ligado ao anel
imidazólico há uma cadeia de 2 C com um grupo alfa-amino terminal o pKa do grupo amino é de 9.8
Para atuar como antagonista H2, aumenta-se a distância entre o nitrogênio e o anel → adicionam-se
mais carbonos estendendo a cadeia lateral → o aumento da cadeia lateral permite a atividade
antagonista H2
Aumento da cadeia lateral faz com a parte que realiza a ligação iônica passa a se ligar a um aa que
desencadeia a atividade antagonista
metiamida: a adição do grupo metil no imidazol, contribui para a estabilização do tautômero, também
aumenta a atividade antagonista H2 (?), mas não ao nível desejado
Depressores não seletivos do SNC analgesia, perda da consciência, relaxamento muscular, redução da
atividade reflexa
ainda não está bem esclarecido o mecanismo de ação dos anestésicos inalatórios
CARACTERÍSTICAS
Anestésicos locais: bloqueio da condução nervoso nos nervos sensoriais periféricos, na região
ond é aplicado o anestésico
Anestésicos por inalação: anestesia geral, manutenção da anestesia
Anestésicos injetáveis: anestesia geral, utilizados para indução de analgesia ou para fornecer
anestesia complementar, ou permitir a anestesia por um curto tempo.
ESTÁGIOS DA ANALGESIA
PRINCÍPIOS FARMACOCINÉTICOS
Gases/ liquido volátil, quando utilizado por via inalatória, chegam aos aovéolos no pulmão do paciente e
são absorvidos pelo sangue. A partir da circulação sanguínea, são distribuídos pelos tecidos, sendo o
alvo o cérebro
Para que o fármaco esteja na concentração adequada no cérebro, é preciso que o sangue esteja
saturado com anestésico; a saturação sanguínea dependerá da solubilidade e afinidade do anestésico
com o sangue
Fármacos altamente solúveis no sangue irão demorar para alcançar um grau de saturação adequado
para se causar a anestesia além do tecido cerebral
Fármacos que são menos solúveis no sangue, têm o processo de saturação mais rápido
Menor solubilidade mais rápida é a saturação sanguínea
Concentração aoveolar mínima (MAC) = concentração aoveolar em 1 Atm, que produz imobilização em
50% dos pacientes parâmetro utilizado para avaliar a potência do anestésico inflamatório
Anestésicos inalatórios geralmente não são usados sozinhos, e sim combinados com outros tipos de
anestésicos, pois a combinação de anestésicos possibilita diminuir a concentração de cada um deles
utilizados, diminuindo também os efeitos adversos.
Oxido nitroso= gas hilariante, fraco anestésico, utilizado em processo dentais; possui baixa solubilidade
no sangue, age rapidamente. Não é utilizado sozinho, útil em combinações para diminuir os efeitos
adversos; em altas concentrações causa hipóxia
Éteres halogenados
Enflurano e Isoflurano= presença do cloro traz mais estabilidade e segurança, são fármacos
potentes, apresentam solubilidade média no sangue. Em comparação com o halotano, eles tem
características melhores em relação a depressão circulatória e indução de arritmia, sendo mais
seguros; ambos tem um bom nível de relaxamento muscular. Não são formados metabólitos
tóxicos. O enfluorano induz o relaxamento da musculatura uterina, não pode ser utilizado
durante o parto, pois pode interrompê-lo.
Deslurano = todos seus halogênios são moléculas de flúor, possui baixa solubilidade no sangue,
isto é, uma rápida indução de anestesia e retorno do processo anestésico. Apresenta odor
pungente;não está associado a nefro e hepatotoxicidade
Metoxiflurano = maior solubilidade no sangue, levando a lenta indução e retorno, apresenta
instabilidade química relativa, mais potente do grupo, associado a nefrotoxicidade
Sevoflurano= não é irritante às vi aéreas; mais potente que o desflurano
ANESTÉSICOS INJETÁVEIS
Propofol = agente anestésico que busca aumentar a atividade gabaérgica no SNC agonista do
receptor GABA, mas se liga no sítio ativo dos benzodiazepínicos. Abre os canais e aumenta o influxo de
Cl para dentro da célula; causa-se hiperpolarização do neurônio e diminui-se sua atividade.
Fospropofol= pró-fármaco do propofol, tem em sua estrutura um éster com um grupamento fosfato,
que aumenta a solubilidade na água.
Cetamina = potente anestésico, com ação rápida, possui ação analgésica associada aos receptores
opiodes bloqueio dos canais de cátions de glutamato ou NMDA,
levando a inibição da ativação do estado de alerta e perda de
consciência. Pode levar a a dependência.
Etomidato= hipnótico
ANESTÉSICOS INTRAVENOSOS
Tipental
Efeitos adversos
O S aumenta a lipofilicidade,
Benzodiazepínicos
Diazepam
Midazolam
Cetamina
Manutenção anestésica
Potencial de abuso
Etomidato
Hipnótico
Éster, os anéis de sua estrutura causam um impedimento estérico a hidrolise pelas esterases
Esteroide anestésico
Alfaxolona
Propofol e fosfopropofol
Remoção de esterocentros e anéis fundidos, facilidade na obtenção sintética, menos tóxica, menos
potente
....
O movimento dos elétrons, faz com que o éster seja facilmente clivado, pois o oxgenio do grupo éster se
torne mais eletronegativo para resolver essa questão foi desenvolvida a lidocaína,
os grupos Me com posição orto causam impedimento estérico, impedindo a clivagem daa molécula por
esterases efeito orto
A lidocadina, co
De um modo geral são éteres com grupo etil ou metil com susbtituintes halogenados
Desflurano=
Metoxiflurano =
Anestésicos voláteis
OPIOIDES – HIPNOANALGÉSICOS
Algumas referências
https://europepmc.org/article/NBK/nbk546642
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK546642/
....
Analgésicos opioides: são substâncias sintéticas análogas aos naturais. São depressores
seletivos do SNC, elevam o limiar da percepção de dor;
Analgésicos não-esteroides: atuam na inibição da COX e possuem atividade analgésica, anti-
inflamatória, anti-reumática, antipirética;
A morfina é um alcaloide extraído do ópio, é o principal alcaloide responsável pela ação analgésica do
ópio. Há também os compostos codeína e papaverina;
Receptores
Mi (MOR) = forte sedação, efeito analgésico mais forte, efeitos adversos como depressão
respiratória, euforia, adição. É o principal receptor dos hipnoanalgésicos;
Delta (DOR)= não causa sedação, mas euforia estudo para anti-depressivos
Kappa (KOR)= não causa euforia (causa disforia, menor risco de dependência – não afeta a
respiração, sendo mais seguro;
MORFINA – REA
Anel A = anel aromático com gupo R’’ (C3); na posição 3 posssui uma -OH fenólica, que pode ou não
estar presente em derivados
Anel B= hexano
Anel C= hexeno com grupo R’ (C6), possui -OH alcoólica, não essencial, podendo ser modificada para
outros grupos
Substituição por uma carbonila, há aumento da atividade. A adição de -OH em C9 também aumenta a
atividade biológica. Em C5, a substituição por -Me, aumenta a atividade biológica
Anel D= tetrahidrofurano
Anel E = fica para fora do plano. O grupo N-metil é importante para a atividade. A retirada do grupo -
Met diminui a atividade em 20%, pela redução da lipofilicidade, a adição de outro grupo metil
(formando o dimetilamônio) torna a molécula inativa. A retirada total do grupo N-metil também torna a
molécula inativa.
Pode-se substituir o N no anel E por outros grupos, MAS NÃO PODE TIRAR A METILA. A substituição do
N, pode garantir um extra-binding, isto é, provocam interações adicionais
...
N-metílico
Pode-se substituir o N no anel E, por outros grupos e dependo do grupo inserido, pode-se garantir um
extra-binding, isto é, pode-se gerar interações adicionais com o receptor;
A adição de cadeias alquílicas no N com até 4C leva a diminuição do agonismo, mas percebeu-se que ao
ultrapassar esse número a atividade aumentava
Feniletilmorfina= o grupo feniletilmorfina não consegue encaixar muito bem na região antagonista do
receptor, mas ao girar, consegue ter uma forte interação com a região agonista; por isso apresenta
atividade agonista 15x mais ativa que a morfina;
Nalorfina, naloxona são utilizados para reverter/inibir o efeito da morfina, são ANTAGONISTAS
O grupo alil possui uma flexibilidade espacial, ele pode girar e o par eletrônico do N pode assumir
diferentes conformações o braço do N se movimenta
A adição do -OH na posição 14 torna a molécula com substituinte alil ou outro com cadeia não extensa
antagonista
Há duas regiões de interação, uma que favorece a ligação antagonista e outra que favorece a ligação
agonista com o grupo alil o grupo alil, mediante a flexibilidade espacial, pode tanto interagir tanto
com a região com efeito antagonista e também pode interagir com a região que provoca o efeito
agonista. Pelo comprimento do grupo, ele faz uma interação mais forte com a região antagonista
A -OH na posição 14 atrapalha a movimentação do grupo alil, ou seja, a presença dela favorece a
conformação em que o grupo alil interage mais fortemente com o grupo que provoca o efeito
antagonista.
É possível formar um ciclo pela formação de ligação de H entre o N e -OH, que gera o impedimento
estérico para o grupo alil;
Interação fármaco-receptor
Retirada do anel E = perda de atividade, devido a perda do grup N-metil que é essencial para a
interação com o receptor e atividade agonista;
Retirada do anel A = perda de atividade, pois a -OH fenólica é essencial a atividade analegésica
e interação com o receptor;
Retirada do anel D= morfinanos o anel D pode ou não interagir com um resíduo de tirosina,
mas mantem-se a atividade
Retirada do anel C e D = benzomorfanos mantem-se a atividade
Retirada dos anéis B, C e D = fenilpiperidínicos mantém a atividade
MORFINANOS
Morfinanos são mais potentes e de maior tempo de alão que os derivados de morfina. Também
possuem toxicidade e características de dependência comparáveis ou superiores à morfina;
Levalorfano = antagonista não puro, mas se apresenta mais 5x potente que a nalorfina
Fenilmorfanino = o grupo ligado ao N gera uma forte ligação agonista ao receptor, portanto é mais
potente que a morfina
Benzomorfanos
Retirada do anel C e D
Metazocina = potencia semelhante a da morfina
Bremazocina = longa duração, mais ativo que a morfina, parece não ter propriedade vicianes e não
deprime a respiração;
Fenilpiperidínicos
Difenilpropilamidas
A metadona não provoca os efeitos de euforia e sedação convencionais. Tem menos efeitos de
abstinência;5
Usado no tratamento de dependência de heroína e morfina, funciona como “desmame”;
A metadona possui um carbono quiral, no qual o enantiômero R é 2x mais ativo que a morfina
Tramadol = possui atividade agonista fraca. Tem baixo risco de adição, não causa depressão respiratória
e constipação; pode inibir a recaptura de NOR e 5-HT, apresenta muita semelhança com a venlafaxina.
Encefalinas e endorfinas
...
MORFINA
Há três ligações com o receptor biológico, podendo haver uma 4 ª ligação 4ª ligação é essencial para
a definição da atividade agonista ou antagonista
Estrutura
Possui substituições nos C3 e C6, ambos apresentam -COOH como substituição; a substituição em C3
diminui um pouco a atividade analgésica, mas a molécula ainda é mais ativa que a morfina
Com a retirada do grupo -Me, diminui-se a atividade analgésica o grupo CH3 é essencial a atividae
Dimetilamônio: inativo
Susbtituções no C6 ?
O anel D não participa da atividade analgésica, sua retirada não interfere na atividade biológica
Benzomorfanos – não possuem o anel tetrahidrofurano (anel D) e o anel hexeno (anel C),
Fenazocina, pentazocina
Apresentam atividade mista
RESUMÃO
Estrutura da morfina
B=
...
Mecanismo de ação
São receptores acoplados a proteína G hiperpolarização dos neurônios e bloqueio do sinal da dor;
Há 3 receptores principais
Receptor mi (MOR): morfina se liga fortemente, potente analgesia e efeito indesejados principal alvo
dos hipnoanalgésicos;
Receptor kappa (KOR): menor intensidade da ligação da morfia, analgesia acompanhada de sedação;
ausência de efeitos indesejados
Receptor sigma: interação com analgésicos endógenos (encefalinas) e com a morfina; ausência de
sedação, euforia e dependencia
Efeitos colaterais: depressão do centro respiratório, constipação intestinal, naúsea, excitação e euforia,
tolerância e dependência;
...
Extensão dos fármacos= transformar a molécula maior, buscando novos pontos de interação
REA- Morfina
Ansiedade: é uma reação natural em níveis adequados, nos prepara para uma situação de luta e fuga. É
considerada uma patologia a partir do momento em que interfere nas atividades sociais e funcionais do
indivíduo;
São substâncias que podem ser usadas para diferentes níveis de sedação, desde leve sedação até
anestesia profunda.
Alvos de fármacos
Um dos principais alvos farmacológicos são os receptores GABA
GABAa= ionotrópicos, permitem de maneira direta a entrada de íon. São canais iônicos, que são
acionados por ligantes,
Possui 5 unidades. O sítos dde ligação se localizam entre as subunidade beta e alfa, há também sítios
alostéricos em que outros ligantes atuam (ex: benzodiazepínicos,)
O GABA se liga no seu sítio, levando a abertura do canal e entrada do Cl, o que leva a hiperpolarização
da membrana e inibição do sinal neuronal depressão do SNC
GABAb= metabotrópicos,
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
Barbitúricos
O principal uso dos barbitúricos é como anticonvulsivantes e anestésicos gerais, o uso como hipnótico é
muito restrito;
Tem maior utilidade como anestésicos gerais e anticonvisionante do que como hipnóticos e ansiolíticos;
São derivados do ácido barbitúrico, que não possui atividade, mas a inserção de substituintes leva a
compostos ativos.
Mecanismo de ação: atuam em receptores GABAa, ativando-os. Por serem receptores inibitórios,
diminuirão a atividade do SNC.
Acredita-se que o sítio ativo dos barbitúricos em dois domínios do canal, em alfa e beta, mas
principalmente em beta;
Os barbitúricos se ligam a um sítio alostérico no receptor GABA, sendo responsável pelo aumento do
tempo de abertura dos canais de cloreto; podem atuar na ausência de GABA em concentrações mais
altas;
REA barbitúricos
Posição 1 – N: substituintes como grupos alquil, acil, aril; quando presentes diminuem a atividade
Posição 5: pode receber substituintes R1 e R2, que são essenciais para a atividade R2= grupo etil
(substituinte mais comum), grupo ótimo; R1 afeta a potência, o início de ação
Dependendo dos substituintes nas posições 2 e 5, há diferentes efeitos farmacológicos, de modo que a
molécula atua (anestésico ou anticonvulsionantes);
Efeito ultra curto (anestésicos gerais) = causam rápida e profunda depressão do SNC, pois
penetra em grande quantidade o SNC;
Efeito curto
Efeito intermediário
Efeito longo (anticonvulsionante)= embora causem sedação e efeitos hipnóticos, o uso mais
provável é como anticonvulsionante, pois possui um efeito prolongado no SNC, ficam mais
tempo no organismo por maior dificuldade metabólica
Posição 2= oxigênio
Benzodiazepínicos
São mais seguros que os barbitúricos, mas podem causar tolerância, dependência e capazes de causar
amnésia anterógrada;
Flumazenil = possui atividade antagonista nos receptores BDZ, irá impedir a ação dos fármacos
benzodiazepínicos, pode ser utilizado para o tratamento de overdose
Mecanismo de ação
Se ligam num sítio alostérico do GABA, localizado entre as subunidades alfa e gama, aumentando a
afinidade do GABA pelo receptor e a frequência de abertura do canal. Há maior entrada de Cl na célula,
hiperpolarizando-a.
O receptor atua num modelo de 3 estados, na qual ele vai poder flutuar entre 2 principais estados=
estado ativo, no qual os agonistas irão atuar, possibilitando a abertura de canal (estabilizam o estado
ativo); estado neutro= sem efeito no receptor, antagonistas se ligam aos dois estados, mas impedem a
ligação e efeito dos agonistas; estado inativo = agonistas inversos (têm um efeito inverso ao agonismo,
logo irão causar um estado de excitação do SNC) estabilizam o estado, o canal permanece fechado.
Flumazenil = antagonista
...
Os agonistas dos receptores benzodiazepínicos apresentam eficácia similar e menor índice de efeitos
adversos, causam menos dependência.
REA BENZODIAZEPÍNICOS
Anel A = importante para interação pi staking com resíduos de aa do receptor tem-se um anel
aromático ou heretoaromático nessa posição;
C6, C8 e C9 não podem estar substituídos, leva a diminuição da atividade biológica ansiolítica
para interação no receptor benzodiazepínico, é preciso que tenha um local específico desses fármacos
um aceptor de prótons, para quando ocorrer uma ligação de H dentro do sítio ativo, ele possa interagir
com um resíduo de histidina (doador de prótons do sítio ativo) posição 2; essa carbonila é um aceptor
de prótons, mas pode ser substituído por outros grupos aceptores, como S
Substituintes no N (posição 1) devem ser grupos não volumosos, se forem volumosos atrapalham com a
a interação com o receptor
Posição 3 pode ter como substituinte -OH, gerando maior hidrossolubilidade e metabolismo mais rápido
Apesar de não possuir nenhum centro quiral, o anel B pode assumir 2 conformações que acabam sendo
imagem especulares uma da outra, não são sobreponíveis, e pode haver diferença para a interação com
o receptor;
A interconversão da forma a para A forma B é muito rápida; não se sabe qual das duas tem maior
interação com o receptor
Quando há substituinte na posição 3, gera-se um centro quiral, sendo o enantiômero S mais ativo e
estabiliza a molécula numa conformação A
lorazepam e oxazepam: são comercializados como misturas racêmicas e não como enantiômeros puros.
Anel C= não é essencial para a atividade, observou-se in vitro que não tem nenhuma interação
específica, mas contribui com interações hidrofóbicas ou estéricas com o receptor.
substituintes na posição para (C4) não são permitidos, isso sugere que susbtituintes causariam alteração
estérica na molécula
A adição de grupos eletro-retiradores (halogênios) na posição orto (C2 e C6) levam ao aumento da
atividade biológica ansiolíica
Outros compostos surgiram a partir da anelação da posição 1-2, adiciona-se grupamentos entre o N e a
cetona. Nesse novo anel, grupamentos aceptores de ligações de hidrogênio são colocados; esses
grupamentos vão manter a atividade biológica e se tornam potentes agonistas dos receptores
benzodiazepínicos imizazol, triazol;
Alprazolam
O alprazolam possui o anel triazol, é seletivo apenas para os efeitos ansiolíticos dos benzodiazepínicos,
não apresentam efeito sedativo grande;
Antagonistas benzodiaepínicos
São moléculas agonistas que se encaixam numa região muito próxima aos benzodiazepínicos no
receptor;
São fármacos desenvolvidos para ter seletividade para a subunidade alfa1 do receptor GABAa. A
subunidade alfa 1 é responsável pelas propriedades sedativas e hipnóticas;
Causam menor sedação residual e efeitos colaterais cognitivos e psicomotores que os BDZs
Imidazopiridina
O fármaco mais importante da classe é o zolpidem. Possui capacidade ansiolítica fraca, é usado para
insônia, pois tem maiores efeitos hipnóticos e sedativos.
A melatonina é uma espécie produzida a partir da serotonina, possui uma amina acetilada e uma
metoxila, enquanto a serotonina tem uma amina livre e uma hidroxila;
A melatonina tem uma absorção errática e baixa biodisponibilidade, por isso há moléculas análogas;
Não produz sedação residual, não produz letargia, não causa prejuízo cognitivo, não causa tolerância e
não causa insônia rebote;
ANTI-DEPRESSSIVOS
Classes de fármacos
Sais de lítio
DEPRESSÃO
O humor depressivo é gerado pelo conjunto da ausência desses hormônios. Entretanto essa hipótese
não é plenamente justificada
Atuam inibindo o SERT, responsável pela recaptação da 5-HT na fenda sináptica; atuam somente as
células pré-sinápticas;
Fenoxifenilpropilamina
São moléculas que possuem como estrutura geral um sistema aromático ligado e um grupo aril/alcoxi
ligados a uma cadeia intermediária de 2 a 3 C, que possui uma amina secundária
Há moléculas que podem subtituidas na posição C2 do anel aril, mas perdem completamente a
capacidade inibidora de serotonina, e passam a ter uma capacidade de captação de NE;
Citalopram
Escitalopram
São canais que transferem para o interior das células as aminas bioativas e alguns íons;
ISRS são padrão ouro para o tratamento de depressão e ansiedade. Em relação aos compostos tricíclicos
apresentam maior faixa terapêutica.Não causam tolerância ou dependência. Porém pode ocorre
síndrome de abstinência.
Efeitos adversos: náuseas, diarreia, ansiedade, insônia, disfunção sexual;
...
Possuem um anel de 6 a 7 membros, possuem o sistema tricíclico ligado a uma amina secundária ou
terceária por uma cadeia de mais ou menos 3C
Quando a amina é secundária, esse tipo de molécula inibe mais a recaptura de NE, quando a amina é
terceária inibe mais a recaptação de 5-HT essa diferença provavelmente é causada por impedimento
estérico;
Sistema tricíclico com um hetereoátomo no anel do meio, e uma cadeia latera com amina terceária ou
secundária
É uma segunda linha de tratamento devido ao baixo índice terapêutico; utilizados na depressão
refratária e no sistema público ainda é muito usado;
Clomipramina = maior recaptação de 5-HT do que NE;
Boca, seca, visão turva, retenção urinária, sedação, arritmias e convulsões, disfunção sexual
IRSN
Inibem eficazmente tão os receptores de 5-HT quanto de NE, de forma igualitária, numa proporção
próxima a 1:1
Lembrar a estrutura das fenoxifenilpropilaminas Cadeia carbônica com N terminal, grupo fenoxi ou
bioisotérico seguem um modelo triangular de conformação
Tem uma resposta superior e mais rápida do que os ISRS, apresentam melhores efeitos aversos e não
bloqueio, pouca afinidade por outros receptores
IRSD
Fenil-etil-aminocetona
Brupopiona
Possui estrutura muito semelhante a NE e DA, mas tem maior afinidade para inibir receptores de DA;
Não apresenta efeitos colateriais sexuais, pouca afinidade por receptores muscarínicso, H1 e alfa1
Inibidores da MAO
Uso restrito
A MAO reconhece o fármaco como se fosse uma amina biogênica, e se liga a ela;
São usados para pacientes com depressão atípica e refratária uso muito restrito
Efeitos adversos= tremores, boca seca, hipotensão, palpitações problemas para dormir, ansiedade,
tontura, fraqueza;
Apresentam muitos efeitos adversos e podem ter interações com alimentos contando tiramina e
triptofano;
ANTIPSICÓTICOS
...
Hipóteses que envolvem dopamina, serotonina, glutamato, neuropeptídeos, ligantes de receptores
muscarínico, adenosina e fosfolipase A2
A hipótese da dopamina é a mais aceita a classe das fenotiazinas afeta o metabolismo da dopamina
Hiperfunção dopaminérgica
Os fármacos atuam bloqueando a ligação da dopamina em seus neurotransmissores; fazendo com que
ela se acumule na fenda sináptica, sendo submetida a degradação, por monoamina oxidases;
Receptores de dopamina
Existem 5 isoformas de receptores dopaminérgicos: D1, D2, D3, D4 e D5. São receptores
transmembrânicos e acoplados a proteína G
D1 e D5 ativam a a adenlinato
D2, D3, e D4 inibem a adenilato
Mecanismo de ação: Não se tem o mecanismo totalmente esclarecidos, sabe-se a principal a atuação
está relacionado ao bloqueio de receptores do tipo D2
Para o tratamento de esquizofrenia, os fármacos irão atuar principalmente em receptores D2, mas
também pode atuar nas isoformas (efeitos adversos);
Via límbica efeito nos sintomas positivos, diminuição da agitação e das alucinações
CLASSE DE ANTI-PSICÓTICOS
Fenotiazídicos = clorpromazina,
Butirofenonas
Difenilbutalamidas
Benzamidas
Segunda geração = atípicos – a tuação maior em outros tipos de receprores D4, 5HT2, alfa-1, alfa-2, H1
Benzazepinas
Benzioxazol
TIOXANTÊNICOS
REA
Átomo de S na posição 5
Átomo de N na posição 11
A cadeia lateral precisa ter 3C separando os dois átomos de N para que mantenha a atividade
neuroléptica e não anti-histamínica (presença de 2C);
O grupo amino: deve estar obrigatoriamente protonado em pH fisiológico, portanto suas substituições
devem ser grupos alqúilicos pequenos (metil ou etil)
Fenotiazínicos de longa duração = fármacos modificados para atuar de forma intramuscular, formando
um depósito dentro do tecido, que será liberado aos poucos
Tem a inserção de um grupamento éster com uma cadeia longa. O ester deve ser hidrolisado e
conforme isso ocorre, ele é liberado na corrente sanguínea o paciente, mantendo uma concentração
sempre elevada, numa dose;
Flufenazina enantato
Flufenazina decanoato
Ferfenaniza enantatao
X = na posição para; se o substituinte for o F, o fármaco terá aumento da atividade neuroléptica, não é
essencial, mas aumenta a atividade
Cadeia alquílica = deve haver uma cadeia alquilica de 4C entre a cetona e o átomo de N, é essencial para
atividade, seu tamanho NÃO pode ser alterado e não deve possuir ramificações;
Grupamento cetônico = Não pode ser reduzido, pois diminui-se a atividade neuroléptica
Podem ser modificados em ésteres de cadeia longa para a formação de um depósito intramuscular e ser
liberado lentamente;
Droperidol: apresenta atividade neuroléptica, mas atua como sedativo de ação curta e é um potente
anti-hemético, utilizado para induzir anestesia;
Benzamidas
Sulpirida, metoclopramida
Sulpirida: potência neuroléptica adequada, perfil hidrofílico alto, portanto tem limitada penetração no
SNC
Metoclopramida: antagonista de receptor D2, baixa atividade neuroléptica, mais utilizada como anti-
hemético, pois diminui a motilidade gástrica;
ANTIPSICÓTICOS ATÍPICOS
Derivados de benzazepina = apresentam baixo risco de efeitos extrapiramidais, tem efeito superior para
o tratamento de sintomas negativos
Mecanismo de ação: difere dos típicos, pois tem moderada interação com receptores dopaminérgicos,
colinérgicos e muscarínicos (M3-M5). Apresenta alta afinidade pelos receptores muscarínicos M1 e M2
Olanzapina= possui maior afinidade como antagonista D2 do que a clozapina, mas também possui alta
afinidade pelos receptores de serotonina;
Benzisoxol = risperidona
Estrutura baseada nas benzamidas, que possuem antagonismo D2, e apresenta afinidade por receptores
serotoninérgicos, H1 e adrenérgicos