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Versificação Portuguesa (Manuel Said Ali)
Versificação Portuguesa (Manuel Said Ali)
portuguesa
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|edusP
0 Professor Manuel Said A li ida (21.10.1861
- 27.5.1953), em sua longa vida dedicada à cultu
ra e ao ensino, exerceu reconhecida influência na
formação intelectual de várias personalidades bra
sileiras encontradas em mais de uma geração de
colegas, alunos, aprendizes, discípulos nas discipli
nas que ministrou, nas áreas de conhecimento a que
se dedicou, com devoção pedagógica e competên
cia científica. Os títulos em número razoável que
publicou, todos de qualidade, deixaram a marca de
seus cuidados e de sua preocupação com o rigor do
levantamento e com o método de exposição e aná
lise dos fatos estudados. Suas obras, especialmen
te as de matéria lingüística, quer sincrónica, quer
diacrônica, são de leitura obrigatória para quem
se interessa pelo estudo da língua portuguesa.
Em todos os seus estudos, Said Ali revela uma
face nova do objeto de interesse, apresenta uma
contribuição original. Se não foi pioneiro no trata
mento de um assunto, mostrou dele sempre um novo
ângulo para ser observado. Esse traço inovador de
suas obras tornam-nas sempre atuais. É o que ocor
re com a Versificação Portuguesa, que ocupa um
lugar muito especial entre todas. Exibe a sensibi
lidade e a argúcia do Professor Manuel Said Ali,
atento às questões lingüísticas com implicações
estéticas e literárias, concretizadas na poesia de
língua portuguesa, de Portugal e do Brasil. Não é
um "tratado"; antes, um manual ou “ compêndio"
-c o m o o denominou Manuel B andeira-, claro, rico
de exemplos e, como os que saíram da mesma la
vra, coerente e seguro, que obriga, entretanto,
VER S I F I C A Ç Ã O PORTUGUESA
ŒS P
Reitor Jacques Marcovitch
V ice-reitor Adolpho José Melfi
|edusP
E D ITO R A DA U N IV ER SID A D E D E SÃ O PAULO
M. SAID ALI
Prefácio de
MA N U EL B A N D E I R A
|e d usP
C o p yrig h t © 1999 b y M . S aid A li
ISBN 85-314-0498-3
99-0293 CDD-808.1
Direitos reservados à
V e r s i f i c a ç ã o P o r t u g u e s a ..................................................... 15
Pensavas,
Cismavas,
E estavas
Tão pálida
Então;
Qual pálida
: Rosa
Mimosa,
No vale,
Do vento
M . SAID ALI
Cruento
Batida...
12
nela as formas fixas, estudando o verso livre moderno,
e a este respeito tomamos a liberdade de lhe chamar a
atenção para o notável ensaio de Pedro Henrique-Ureña,
En B u sca d e l Verso Puro. Deus conceda ao provecto mes
tre bastante vida e saúde para contemplar este e outros
trabalhos.
M a n u e l B a n d e ir a
18
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V E R S t F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
19
M. SAID AL I
20
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
24
V E RS I FI C A Ç Â O P O R T U G U E S A
25
M . SAID ALI
A segunda linha de
26
sucede o a d á g io
28
R itmo
50
V E R S I F 1 C A Ç Â 0 P O R T U G U E S A
51
M. SAI D ALI
a) -------- ' ~ —
ò)
c) ~ ~ — ~
n
V E R S I F I C A Ç Â O P O R T U G U E S A
55
M. SAI D AL I
54
S ílabas Fortes
e S ílabas Fracas
Eu tenho um moreno,
Tenho outro de cor;
Tenho um mais pequeno,
Tenho outro maior.
Eu tenho um moreno,
Tenho um de outra cor
56
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
57
SAI D AL I
S a b e t a m b é m d a r v id a c o m c l e m ê n c i a
A q u e m p a r a p e r d ê - la n ã o fez e r ro .
Q u e c o b r a ç o d o s s e u s / C r is to p e l e ja (C a m .)
C a m in h o d a v ir tu d e , / a lto e f r a g o s o
M a s n o fim / d o c e e a le g r e (.Id e m )
A lb a tr o z , a lb a tr o z , / d á - m e e s t a s a s a s (C . A lves )
’S t a m o s e m p l e n o m a r... / D o id o n o e s p a ç o
B r i n c a o lu a r , d o u r a d a b o r b o l e t a (Id e m )
58
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Igualmente em O me:
59
M . SAI D ALI
40
C esura
O s g o l p e s d o g ib ã o // a ju n ta e a c h e g a (C a m .)
D o s M o u r o s o s b a té is / / o m a r c o a lh a v a m {Id e m )
N ã o m e n o s é tr a b a lh o // q u e g r a n d e e r r o (Id e m )
O v e n t o g e m e // n o fe r a l c ip r e s t e
O m o c h o p ia // n a m a r m ó r e a c r u z (S . d e P a ss o s )
42
V E R S I F I C A Ç Ã O p o r t u g u e s a
45
C a v a l g a m ENTO
(Enjambement)
1. Confrontem-se:
Et pois “Rétribué Ser-
46
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Vo tuo” muit’omildoso
(Cant, de Sta. Maria, p. 31).
Labitur ripa, love non probante U-
xorius amnis
(Hor., O d e s I, 2, 19.)
2. Boileau, A r t p o é t i q u e , no elogio a Melherbe:
Enfin Malherbe vint, et, le premier en France,
Fit sentir dans le vers une juste cadence,
47
Limites do Verso
50
Verso de
Três S ílabas
T u , o n te m ,
Na dança,
M . SAI D ALI
Que cansa,
Voavas,
Coas faces
Em rosas
Formosas
De vivo
Lascivo
Carmim;
Na Valsa
Tão falsa,
Corrias,
Fugias,
Ardente,
Contente,
Tranqüila,
Serena,
Sem pena
De mim.
52
V erso de
Q uatro S ílabas
Se delira,
E só por motivo seu.
(GONZAGA)
54
Verso de
C inco S ílabas
Se a esta falta,
Tem outra pronta,
Que a dura ponta
Jamais torceu.
Ninguém resiste
Aos golpes dela:
M . SAI D ALI
Marília bela
Foi quem lha deu.
(G onzaga)
Foram-lhe algozes
Os seus extremos;
Mortais, amemos,
Mas não assim.
( G a rção)
Se o peito morto
Doce conforto
Sentisse agora
Na sua dor,
Talvez nest’ora
Viver quisera
Na primavera
De casto amor.
(C. de A breu)
Folha revolta
Que anda no chão,
Lágrima solta
Do coração;
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V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Deixai pesares,
Cantai louvores,
Ornai de flores
Os seus altares.
{Id e m )
57
Verso de
S eis S ílabas
Saudade e suspeitas
A torto e a direito
Não sereis desfeitas,
M . SAI D ALI
A verdura amena,
Gados que paseéis,
Sabéis que a deveis
Aos olhos de Helena,
Os ventos serena,
Faz flores de abrolhos
O ar de seus olhos
( C a m .)
A vista furtiva,
O risò imperfeito
Fizeram a chaga,
Que abriste no peito,
Mais funda e maior
( G o nzaga)
60
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Do dono talvez!
Amores, amores
Deixá-los dizer
61
M . SAI D ALI
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos,
Só pode exaltar.
<*
62
Verso de
S ete S ílabas
I.
Orfeu as cordas fere
(G o nzaga)
II.
Deu-lhe dedos ligeiros
(G onzaga)
64
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
III.
Que rompiam os ares
(C a m .)
No silêncio consiste
( I d em )
Extinguiu-se o vulcão
(C a sim ir o d e A b r e u )
65
C o m o é fu n d o o s e n tir
(.I d e m )
Tu já mataste a sede,
Mate-me a sede a mim
(Idem )
O ito S ílabas
Em espanhol:
Tu los siglos hollarás
(E spro n ced a )
68
M ie n tr a s g rita m a ld ic ie n te
(C a m p o a m o r )
II____¿ ¿ „ .r „
O ritmo dos versos deste tipo pode confundir-se
com o dos versos do esquema precedente. A primeira sí
laba não é necessariamente inacentuada, mas soa como
tal na recitação natural que liga as palavras iniciais, ate
nuando a primeira sílaba e reforçando a terceira.
III.
Gostavam do sol brilhante
( G on çalves D ias )
(Id e m )
70
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Em espanhol:
Recé con amor ardiente
(C a m p o a m o r )
Descansa perpetuamente
(Idem )
IV .
71
Sentindo a brisa do rio,
Ouvindo o melro a cantar
( J o ã o d e Le m o s )
Em espanhol:
Tocando el mar de colores
(C a m p o a m o r )
En mi la ciencia enmudece
( Id e m )
V. ~ .
Fogem d ’ouvir as sereias
(Sá de Mir.)
75
M . SAID ALI
Em espanhol:
Muestran sus garras feroces
(C a m po a m o r )
74
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
75
Verso de
Nove S ílabas
I.
78
II____
Movimento anapéstico até a 6- sílaba:
III.
A freqüente pausa depois da 4- dá idéia de um
tetrassílabo a que se acrescentasse um pentassílabo:
Vagalumes e borboletas
Roxas, brancas, rajadas, pretas
( I d em )
IV.
Difere do esquema precedente em ser forte a 4a em
vez da 34:
A lto , p o r é m , tã o a lto s o a
(R a im u n d o C o r r e ia )
D ez S ílabas
82
Arde o pau de resina fumosa,
Não fui eu, não fui eu que o acendi.
O nze S ílabas
a)
Cousas que hão de ser feitas per manha
86
VE R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
b) '
Têm pés e não andam; mãos e não palpam
>'
Quando daqueles que César mataram
(I dem )
87
M . SAID ALI
D o c e re p o u s o d e m in h a le m b ra n ça
(Idem )
1. Esta diferença entre as duas partes do verso faz lembrar o dístico céle
bre de Schiller, em que o poeta compara a combinação de hexámetro
e pentámetro com a subida e descida da coluna de água de um repuxo.
93
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Esquemas e exemplificações:
I.
Série de alternância binária:
89
M . SAID ALI
II. - ~ ~ ~~~ ~
Compõe-se a primeira parte do anfíbraco + anapes
to, seguindo-se ritmo alternante. Ligeira pausa após o
anfíbraco evita a colisão da átona terminal com as duas
átonas imediatas. Devem ser incluídos aqui versos que,
com leitura exageradamente lenta, pertenceriam ao es
quema I: R epousa / lá n o céu / etern am en te e não R epou /
s a lá / n o céu :
90
As armas e os barões assinalados
{I dem)
III.
Não pode o movimento anapéstico inicial do hende
cassílabo ir além do segundo grupo rítmico. O elemento
acentuado do terceiro incidiria na antepenúltima sílaba
do verso que necessariamente deve ser fraca:
92
Waterloo, Waterloo, lição sublime
(M a g a l h ã e s )
De outras línguas:
Ilia.
Variante do esquema III. A primeira será tônica se se
forçar a voz em atenção ao acento vocabular. Carregan
do-a, porém, na terceira, em leitura mais acelerada, o que
parece corresponder à intenção do poeta, fica prejudica
da a tonalidade inicial e o movimento rítmico destes ver
sos identifica-se ao tipo III:
IV. ~ - - / ~ - ~ / ~ ~ ~
Seguem este esquema os versos seguintes:
(G onzaga)
94
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
V. ------
Os versos desta espécie têm pausa depois da 4a ou
5a, terminações respectivas de palavra oxítona ou paroxí-
tona:
95
M. S AI D AL I
Comparem-se:
( P e tra rca )
96
Y E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
97
M , SAID ALI
Comparem-se:
VII. - --------
O segundo hemistiquio é igual ao do tipo VI. O pri
meiro começa por iambo em vez de troqueu:
96
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Comparem-se:
99
O verso de doze sílabas obedece, na sua forma tra
dicional de alternância ternária fixa, a um movimento
uniforme de extraordinária beleza. Não se ajusta com a
versificação atual, que, em matéria de versos longos, pre
fere a variedade que lhe proporcionam o hendecassílabo
e o alexandrino.
Poetas notáveis do século passado, menos afeiçoa
dos que os de hoje ao alexandrino, cultivaram com amor
e carinho o verso de doze sílabas e nos legaram, no gê
nero, composições lindas e inesquecíveis. Tais são: De-
precaçâo , Seus Olhos, Sonho, Se Eu Fosse Querido, Gigan
te áe Pedra (em parte), 1-Juca-Pirama (em parte), Marabá
e outras de Gonçalves Dias, Minha Mãe, Na Rede, Segre
dos de Casimiro de Abreu; Crepúsculo Sertanejo, O Baile
na Flor de. Castro Alves; O Mendigo de Soares de Passos.
M . SAI D ALI
102
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Do mesmo autor:
105
M. SAI D AL I
E em lindos cardumes
Sutis vagalumes
Acendem os lumes
Pra o baile na flor.
E então nas arcadas
Das pet’las douradas
Os grilos em festa,
Começam na orquestra
Febris a tocar...
E as breves
Falenas
Vão leves,
Serenas,
Em bando
Girando,
Valsando,
Voando
No ar!...
104
escreveu as estrofes linha por linha segundo o esquema
108
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
(I d em )
Comparem-se:
II.
lio
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
Comparem-se:
III.
( G u erra J u n q u e ir o )
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V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
IV. ~ ~ ~ ~ ~ ~ „ _ ¿ ~ „
11 5
M. SAI D ALI
V. - - - - - - - -
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Versos em francês:
VI.
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M . SAID ALI
(I d em )
Confrontem-se:
116
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
117
M . S A I D ALI
Confrontem-se:
VIII. ~ ¿ ~ ¿ ~ ¿ ------ .r ~ „
V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
IX.
X.
XI. ~
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M. SAID ALI
XII. ~ ~ ~ ~ ¿
XIII. - - - - - - — ^ ^-
120
R ima
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V E R S I F I C A Ç Ã O P O R T U G U E S A
1. A p r e o c u p a ç ã o d e r e p e tir e r a o u tr a s e s t r o fe s o s f in a is d o s v e r s o s d a e s
t r o f e i n i c i a l c u l m i n a n a c u r i o s a c r i a ç ã o d e A rnaud D an iel , p o e t a p r o v e n
R ib e ir o e C a m õ e s . É a c é l e b r e sextina, c a n ç ã o fo rm a d a d e s e is e s tâ n c ia s
d e s e i s v e r s o s , c o m p l e t a d a s p o r u m a s e m i - e s t r o f e d e t r ê s l i n h a s ( toma
m a s o s v o c á b u l o s f in a is d e c a d a l i n h a r e p r o d u z e m - s e d e e s t â n c i a e m
e s t â n c i a n e s t a o r d e m : 6 a, I a, 5 a, 2 * , 4 * , 3 a. A s e m i - e s t r o f e f i n a l r e p r o d u z
o s s e i s v o c á b u l o s , n o in t e r i o r e n o f i m d e c a d a v e r s ó :
P eq u en o trech o da Sextina Ia de Ca m õ e s :
125
M . SAID ALI
124
V ersos sem R ima
V ersos S oltos
126
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127
As com posições poéticas apresentam -se-nos ora
como uma série de versos longa e sem limite certo, re
partida às vezes em subséries do mesmo gênero, ora sob
a forma de grupos de poucas linhas, grupos geralmente
semelhantes entre si pela estrutura e pela disposição das
rimas. Dá-se-lhes o nome de estrofes, estân cia s e (nas
canções populares) copias.
As mais usadas contêm desde dois até dez, doze ver
sos, ou pouco acima. Estâncias muito compridas revelam
talento e destreza invulgar; dificultam, todavia, ao leitor a
percepção nítida dos limites e correlação de estrtatura
entre umas e outras. Podem impor-se à admiração; agra
dam, porém, geralmente mais os poemas compostos em
estâncias menores não excedentes a oito, dez versos.
M . SAID ALI
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M . SAID ALI
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1 ?5
M. SAI D AL I
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m
M. SAI O AL I
m
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M . S A I D ALI
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V E R S I F I C A Ç Â O P O R T U G U E S A
1 . N o ite s d e I n v e r n o e E lm a n i T a b e r n ü la
de R a im u n d o C o r r e i a , composi
ções e m forma d e sonetos (duas quadras e dois tercetos), contêm ver
s o s de dimensões diferentes. Tais inovações na literatura moderna apa
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M. SAI D AL I
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Poesía e P rosa
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M . SAID ALI
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Título Versificação Portuguesa
Autor M . Said Ali
Produção Edusp
Projeto Gráfico e Capa R icardo Assis
Editoração Eletrônica Ricardo Assis
Editoração de Texto A lice Kyoko M iyashiro
Revisão de Texto Antônio Madalena
Revisão de Provas Oswaldo de Camargo
E rica Bombardi
T ania M ano Maeta
Arte-final Ju lia Y agi
Andrea Yanaguita
Divulgação M aria Helena Arrigucci
M ôn ica Cristina G . dos Santos
Flav ia Cristina Moino
Secretaria Editorial R ose Pires
Elian e Reim berg
Formato 14 ,0 x 2 1 ,0 cm
Mancha 9 ,2 x 15,7 cm
Tipologia Gatineau 10,5/15
Papel Cartão Supremo 2 5 0 g/m2 (capa)
Pólen Rustic Areia 85 g/m2 (m iolo)
Número de Páginas 152
Tiragem 1500
Laserfilm Edusp
Impressão e Acabamento Imprensa O ficial do Estado
de São Paulo
à reflexão. Há ali propostas e conceitos que insti
gam o pensamento, que o surpreendem e provocam.
Na verdade, Versificação Portuguesa traz mui
tas propostas que envolvem aspectos variados de
natureza lingüística, poética ou literária, propria
mente, e estilística. Não trata apenas da métrica
ou de modelos de versos. As análises e os comentá
rios apostos a cada exemplo ou fato selecionado, a
cada tópico composto por Said A li, "um dos maio
res sintaticistas da língua", na opinião de Paiva
Boléo, enriquecem de informação o leitor e des
pertam seu gosto por um tipo de conhecimento, im
portante e necessário aos que se dedicam aos estu
dos literários e lingüísticos, mas nem sempre devi
damente cultivado.
Esta publicação da Edusp, com os cuidados e a
qualidade que distinguem suas edições, por certo
cumpre uma inestimável missão com êxito previsí
vel, a de oferecer aos especialistas em estudos lite
rários e lingüísticos, aos estudantes, ao leitor de
poesia, aos admiradores de Manuel Said A li e aos
que amam a cultura de língua portuguesa a opor
tunidade de terem mãos um dos menos conhecidos
livros do grande gramático, lingüista, filólogo, pro
fessor e humanista brasileiro, um precioso fruto de
sua longa vida de trabalho. Que a Versificação Por
tuguesa receba uma acolhida digna de sua origem,
da matéria que contém, premiando assim o afetuo
so esforço de sua publicação.
O s v a ld o H u m b e r t o L. C e s c h in