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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

ANDRÉ LUÍS SCARATE

IMPLANTAÇÃO DE GERENCIADORES DE
CONTEÚDO PARA ADMINISTRAR SITES DA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Maringá

2007
ANDRÉ LUÍS SCARATE

IMPLANTAÇÃO DE GERENCIADORES DE
CONTEÚDO PARA ADMINISTRAR SITES DA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como parte dos requisitos
para obtenção parcial do título de
Especialista, do Curso de Especialização
em Desenvolvimento de Sistemas para a
Web, da Universidade Estadual de
Maringá.

Orientadora:
Professora Ms. Marialva Ferreira Taques

Co-orientadora:
Professora Drª. Tânia Fátima Calvi Tait

Maringá

2007
ANDRÉ LUÍS SCARATE

IMPLANTAÇÃO DE GERENCIADORES DE
CONTEÚDO PARA ADMINISTRAR SITES DA
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado como parte dos requisitos
para obtenção parcial do título de
Especialista, do Curso de Especialização
em Desenvolvimento de Sistemas para a
Web, da Universidade Estadual de
Maringá.

Aprovado em 16 de fevereiro de 2007.

_______________________________________
Professora Ms. Marialva Ferreira Taques

_______________________________________
Professora Drª. Tânia Fátima Calvi Tait
AGRADECIMENTOS

À minha família, em especial à minha mãe e minha irmã, pelo apoio

incondicional.

À professora Marialva, minha protetora, pelo incentivo e pela paciência.

À professora Marice, pela dedicação e pelo carinho.

À professora Tânia, pela disposição e pela amizade.

Ao Bruhmer, pela sua disponibilidade e simpatia.

Ao professor Wesley Romão, pela oportunidade oferecida. Às secretárias

do Departamento de Informática, Elda, Hiolanda, Maria do Carmo e Tânia, sempre

muito atenciosas e dedicadas.

Aos professores Sica, Dante e Sérgio, pelas aulas calorosas.

Aos amigos da turma da especialização, Ângelo, Francisco e Paulo,

nossas conversas intrigantes jamais serão esquecidas.

Finalmente, agradeço à Assessoria de Comunicação Social da

Universidade Estadual de Maringá pela confiança e atenção com que fui recebido

em 2001. Pessoalmente, é uma honra fazer parte desta equipe e, em especial, desta

Universidade.
“Não se pode pisar duas vezes no mesmo rio, já
que as águas continuam constantemente rolando”
Heráclito de Éfeso
RESUMO

Este trabalho descreve a atual situação dos sites da Assessoria de Comunicação


Social da Universidade Estadual de Maringá. Neste contexto, é realizado um estudo
para implantação de um sistema gerenciador de conteúdo visando agilizar o
processo de publicação de notícias, bem como a divulgação das informações
produzidas. O estudo descreve a concepção de teóricos sobre a construção de sites
que embasaram a estruturação do sistema proposto. Adotou-se uma metodologia
que caracteriza este trabalho como uma pesquisa qualitativa e como um estudo de
caso. Foi aplicado um questionário-entrevista para três jornalistas da ASC, com o
objetivo de investigar a experiência do usuário no novo site proposto. Os resultados
permitem concluir que o sistema gerenciador de conteúdo utilizado atende os
objetivos da pesquisa

Palavras-chaves: software livre, gerenciadores de conteúdo, assessoria de


comunicação social
vii

ABSTRACT

This work describes the current situation of the sites of the Consultantship of Social
Communication of the State University of Maringá. In this context, a study is
accomplished for implantation of a system content manager seeking to activate the
process of publication of news, as well as the popularization of the produced
information. The study describes the conception of theoretical about the sites
construction that you/they based the structuring of the proposed system. A
methodology was adopted that characterizes this work as a qualitative research and
as a case study. A questionnaire-interview was applied for three journalists of ASC,
with the objective of investigating the user's experience in the new proposed site. The
results allow to conclude that the system manager of used content assists the
objectives of the research

Key-words: free software, content managers, consultantship of social


communication
viii

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Características de equilíbrio e necessidades de usuários, conteúdo e


contexto .................................................................................................................34
Figura 2: Exemplo de site com os componentes arquitetônicos identificados por
Rosenfeld e Morville..................................................................................................36
Figura 3: Vocabulário visual: A página e o documento (esquerda). A pilha de
páginas e a pilha de documentos (direita).................................................................37
Figura 4: Exemplo de uso de um ponto de decisão numa seqüência de login ........38
Figura 5: Arquitetura da informação e design da interação. Login de acesso .........39
Figura 6: O sistema de navegação de uma loja (p. 30) ...........................................40
Figura 7: Teste de usabilidade proposto por Krug (p. 92). .......................................42
Figura 8: Site da Assessoria de Comunicação Social .............................................54
Figura 9: Site da Rádio Universitária .......................................................................55
Figura 10: Site do Informativo UEM ......................................................................56
Figura 11: Jornal da UEM hospedado em um diretório do site da ASC ................57
Figura 12: Classificados do Informativo UEM........................................................59
Figura 13: Gerenciamento de notícias do Cutenews, com privilégios de
administrador.............................................................................................................61
Figura 14: Download do CMS ...............................................................................65
Figura 15: Transferindo arquivos via FTP .............................................................66
Figura 16: Diretório da instalação..........................................................................66
Figura 17: Alterando as permissões dos arquivos.................................................67
Figura 18: A GPL – General Public License ..........................................................67
Figura 19: Configurando o banco de dados ..........................................................67
Figura 20: Definindo o nome do site......................................................................68
Figura 21: Definindo a senha de administrador.....................................................68
Figura 22: Aviso para remonver o diretório de instalação .....................................68
Figura 23: Template padrão do CMS Joomla........................................................69
Figura 24: Posições dos módulos em um template...............................................71
Figura 25: O gerenciador de módulos apresenta o status, as posições e as
páginas .............................................................................................................72
Figura 26: Editor WysiwygPro integrado ao CMS Joomla .....................................73
Figura 27: Novo site do Jornal da UEM utilizando o CMS Joomla ........................74
Figura 28: Novo site do Informativo UEM, que ainda não está on-line..................74
Figura 29: Proposta do novo site da Assessoria de Comunicação Social.............75
Figura 30: Análise e avaliação dos testes realizados............................................77
Figura 31: Tela de entrada do painel de controle do CMS Joomla........................85
Figura 32: Painel de controle do CMS Joomla. .....................................................86
Figura 33: Biblioteca com as formas para elaborar diagramas de arquitetura da
informação e design da interação. ............................................................................87
ix

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AI Arquitetura da Informação
ASC Assessoria de Comunicação Social
CMS Content Management System (Sistema Gerenciador de Conteúdo)
FSF Free Software Foundation (Fundação para o Software Livre)
FTP File Transfer Protocol (Protocolo de Transferência de Arquivo)
GPL General Public License (Licença Pública Geral)
UEM Universidade Estadual de Maringá
10

S U M Á R IO

LISTA DE FIGURAS.......................................................................................................... viii


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS...............................................................................ix
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 11
1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA .................................. 11
1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA .............................................................................. 11
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................... 11
1.2.2 Objetivos Específicos....................................................................................... 12
1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO ........................................................................... 12
1.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA............................................................................. 13
1.5 METODOLOGIA ................................................................................................. 13
1.6 ESTRUTURA DE ESTUDO ................................................................................ 14
2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 15
2.1 SOFTWARE LIVRE ............................................................................................ 16
2.2 TEORIAS SOBRE CONSTRUÇÃO DE SITES................................................... 17
2.3 ESTUDOS RECENTES SOBRE SITES ............................................................. 22
2.3.1 Design e Avaliação de Interfaces .................................................................... 22
2.3.2 Arquitetura da Informação ............................................................................... 34
2.3.3 Testes de usabilidade dos sites ...................................................................... 41
2.3.4 Os gerenciadores de conteúdo ....................................................................... 43
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS .............................................................. 47
3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS.............................................................................. 47
3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA ............................................................. 47
3.3 CARACTERIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA................................ 48
3.4 DELINEAMENTO E PERSPECTIVA DA PESQUISA ......................................... 49
3.4.1 Ferramentas de levantamento de dados ........................................................ 49
3.4.1.1 Entrevista ......................................................................................................... 49
3.4.1.2 Observações in loco ........................................................................................... 50
3.4.1.3 Questionários...................................................................................................... 51
3.4.1.4 Apresentação dos dados .................................................................................... 52
3.4.1.5 Utilização de tabelas, quadros e figuras ............................................................. 52
4 DIAGNÓSTICO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ...................... 54
4.1 HISTÓRICO........................................................................................................ 54
4.2 O FUNCIONAMENTO DO SITE DA ASC........................................................... 58
4.3 PROBLEMAS COM O SERVIDOR..................................................................... 60
5 APLICAÇÃO DO CMS NOS SITES DA ASC........................................................ 65
5.1 A INSTALAÇÃO PADRÃO DO CMS JOOMLA................................................... 65
5.2 A CONFIGURAÇÃO DO CMS JOOMLA ............................................................ 70
5.3 OS TESTES DE USABILIDADE ......................................................................... 76
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 78
6.1 QUANTO AOS OBJETIVOS............................................................................... 78
6.2 QUANTO ÀS CONTRIBUIÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS
FUTURAS........................................................................................................... 80
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 81
11

1 INTRODUÇÃO

1.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA

Vive-se uma era histórica para a comunicação. Assim como aconteceu no

século passado, transformações significativas marcam a produção e veiculação da

informação. O século XX foi palco do nascimento da mídia eletrônica de massa.

Agora, vê-se o desabrochar da mídia digital, que se popularizou em meados da

última década e vem deste período a procura de explorar todo o potencial dos meios

que a digitalização faz surgir, como a televisão de alta definição, a telefonia móvel e

seus serviços de texto e de imagem, mas, principalmente, a internet, uma grande

rede sem bordas nem centros (SANTAELLA, 2004).

Partindo da premissa de que a mídia digital determina mudanças

organizacionais e da necessidade de se criar um site para a Assessoria de

Comunicação Social - ASC - da Universidade Estadual de Maringá - UEM - que

necessitava implementar um novo canal de comunicação com a comunidade externa

é que este estudo foi desenvolvido.

1.2 OBJETIVOS DA PESQUISA

1.2.1 Objetivo Geral

Utilizar sistemas de gerenciamento de conteúdo para divulgar e

armazenar as informações produzidas pelas coordenadorias da Assessoria de

Comunicação Social (ASC) da Universidade Estadual de Maringá (UEM).


12

1.2.2 Objetivos Específicos

• Analisar os aspectos tecnológicos disponíveis para a implantação

do sistema.

• Estudar a ferramenta de gerenciamento de conteúdo.

• Investigar as diferentes formas de distribuição e apresentação de

conteúdo

• Demonstrar as vantagens da utilização de um sistema de

gerenciamento de conteúdo.

• Realizar testes de usabilidade para verificar a melhoria do site.

• Sugerir a utilização dos sistemas de gerenciamento de conteúdo

para outros setores da UEM.

1.3 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO

O interesse pelo tema originou-se, primeiramente, para atender um

objetivo pessoal em pesquisar as novas tecnologias de gerenciamento de conteúdo,

haja vista a participação em diversos cursos na área de informática, em especial, os

eventos disponibilizados pelo Governo do Estado do Paraná, na área de software

livre. Outro motivo deve-se à atenção pelas diversas áreas de produção de sites,

como design e arquitetura da informação.

Sob o aspecto profissional, é necessário relatar que em razão de os

jornalistas de Maringá e região registrarem queixas à ASC sobre a dificuldade de


13

encontrar as notícias produzidas pela UEM, bem como a demora na divulgação

dessas informações surgiu a necessidade de inovar as formas de publicação e de

apresentação de conteúdo do site da Assessoria de Comunicação Social, para

torna-lo mais dinâmico e participativo. A inovação também permitiria dar uma

identidade visual ao site, haja vista que ele apresentava um design antigo.

1.4 LIMITAÇÕES DA PESQUISA

A pesquisa foi desenvolvida apenas para o site da Assessoria de

Comunicação Social da UEM.

As informações publicadas antes da implantação do novo sistema

deverão ser alimentadas, posteriormente.

Como não havia laboratório para realizar os testes de usabilidade, estes

foram elaborados e gravados com software de captura de imagens.

Após a gravação, os testes foram assistidos e alguns problemas que

existiam no site antigo foram consertados e apresentados em uma nova proposta,

conforme sugestão dos entrevistados.

1.5 METODOLOGIA

A metodologia utilizada neste trabalho foi a do estudo de caso qualitativo,

ou seja, a investigação dar-se-á de forma mais aprofundada sobre um determinado

fato concreto e não sobre várias realidades de maneira superficial, como ocorreria

no estudo de caso quantitativo.


14

Para Chizzotti apud Lopes (2005) o estudo de caso caracteriza-se pela

coleta de dados de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um

relatório ordenado e crítico de uma experiência, contribuindo para tomada de

decisões ou para propor uma ação transformadora.

1.6 ESTRUTURA DE ESTUDO

Neste primeiro capítulo, estão sendo apresentadas as partes que

compõem este trabalho de pesquisa.

Com base no pensamento de teóricos, no segundo capítulo, são descritos

os estudos e ferramentas para construção de sites.

O terceiro capítulo aborda a metodologia adotada para o desenvolvimento

da pesquisa que caracteriza-se como um estudo de caso. Como técnica de coleta de

dados utilizou-se um questionário-entrevista e observações in loco.

No quarto capítulo é apresentado o diagnóstico do cenário a ser

estudado, ou seja, a Assessoria de Comunicação Social - ASC - da Universidade

Estadual de Maringá – UEM -, bem como é demonstrado o histórico dos sites da

ASC com as respectivas apresentações visuais.

No quinto capítulo, têm-se, então, a descrição sobre a instalação e a

configuração do sistema de gerenciamento de conteúdo .

No sexto capítulo são apresentadas as conclusões do trabalho e as

sugestões de implantação de gerenciadores de conteúdo para outros setores da

Universidade Estadual de Maringá.


15

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Santaella (2004) afirma que em 2003, o Google Inc. -

http://www.google.com - já registrava a indexação de mais de dois bilhões de sites

em sua máquina de procura, o Googlebot. Isto sem contar o número de páginas

adicionais que o Googlebot não pode acessar porque elas encontram-se fechadas

dentro das empresas, nas chamadas intranets – LANs -, ou em arquivos off-lines.

Na opinião da autora, acompanhando esta maré de conteúdo gerada pela

mídia digital, os profissionais da web estão atentos sobre a necessidade de gerir,

administrar e atualizar este crescimento contínuo. A cada dia, um escritor ou um

jornalista lança um site ou um blog para publicar suas notícias e seus artigos na

internet, ou um jornal de uma grande cidade decide lançar um portal com seu

conteúdo produzido diariamente. Millarch (2006) concorda com Santaella (opus cit.),

mas ressalta que o problema é agilizar todo o processo de publicação, editoração,

design, avaliação e envio de conteúdo de forma rápida e, principalmente, nos

tempos atuais, de forma colaborativa. Para o autor, a resposta atual dos profissionais

da web é o sistema de gerenciamento de conteúdo, que é conhecido pela sigla CMS

- Content Management System.

Um sistema de gerenciamento de conteúdo é um software que serve para

organizar e facilitar a criação colaborativa de documentos ou qualquer outro

conteúdo. É um aplicativo usado para administrar um site da web e o seu conteúdo,

utilizando um determinado banco de dados. Millarch (opus cit.) afirma que o sistema

também pode ser usado para armazenamento em um único arquivo sourcing de

documentação. No entanto, este sistema já não é mais utilizado devido a forma de

desenvolvimento dos atuais CMS. No mercado existem sistemas de gerenciamento


16

de conteúdo em fragmentos, com código-fonte livre - software livre - e outros com

soluções comerciais produzidas por empresas especializadas.

2.1 SOFTWARE LIVRE

Segundo a enciclopédia livre Wikipédia, um software é considerado como

livre quando atende os quatro tipos de liberdade para os usuários definidos pela

Free Software Foundation (FSF):

• A liberdade de executar o programa para qualquer propósito - liberdade

número 0 -.

• A liberdade de estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as

suas necessidades - liberdade número 1-. Acesso ao código-fonte é um pré-requisito

para esta liberdade.

• A liberdade de redistribuir cópias de modo que se possa ajudar ao

próximo - liberdade número 2 -.

• A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoa-

mentos, de modo que toda a comunidade se beneficie -liberdade número 3-. Acesso

ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade.

Conforme a Wikipédia, a Fundação para o Software Livre é uma

organização sem fins lucrativos, fundada em 1985 por Richard Stallman, que se

dedica à eliminação de restrições sobre a cópia, redistribuição, entendimento e

modificação de programas de computadores e promove o desenvolvimento e o uso

de software livre em todas as áreas da computação

Para a Wikipédia, a liberdade de executar o programa significa a liberdade

para qualquer pessoa, física ou jurídica, utilizar o software em indeterminados tipos


17

de sistema computacional para diversos tipos de trabalho ou de atividades sem que

seja necessário atender a alguma restrição imposta pelo desenvolvedor ou por

qualquer outra entidade que detenha direitos autorais.

Normalmente, esses programas são distribuidos sob uma licença, como a

Licença Pública Geral (GPL) -General Public License- e segundo a Wikipédia,

seguem um conceito conhecido como Copyleft, que se baseia na propagação dos

direitos.

2.2 TEORIAS SOBRE CONSTRUÇÃO DE SITES

Antes de se chegar a definição do termo CMS, alguns autores já tinham a

preocupação com a forma e a maneira que as primeiras home-pages, ou os

primeiros sites estavam sendo construídos.

Bruner et al (1996) elaboraram uma teoria sobre como deveria ser um site

sólido. Teria que explorar várias, senão todas, as seguintes características:

• Interativa

• Pessoal

• Infocêntrica

• Instantânea

• Mensurável

• Flexível

• Interligada

• Econômica
18

Interativa

Consiste em deixar que o usuário controle e até lidere pelo menos parte

da interação em um site. Isto pode produzir benefícios em termos de satisfação e

fidelidade. Quanto mais processos projetados em torno da capacidade do usuário,

mais completa será a interatividade.

Os autores apontam a questão principal como sendo a internet uma

ferramenta facilitadora para as pessoas realizarem o desejo de se sentirem

envolvidas, principalmente no controle da situação, da escolha. Querem ser parte

deste processo. Bruner et al (opus cit.) afirmam que exatamente por este motivo,

pelo poder de participação, de interação, que muitos blogs, sites B2B e livrarias

fazem sucesso.

Pessoal

Os autores concordam que a chave da personalização é fazer com que o

usuário se sinta no controle da interação. Algumas informações são obtidas nos

cookies e outras por meio de cadastros de log-on. São sites centrados no usuário.

Os cookies podem carregar informações como o domínio do usuário, isto é, .com.br

ou .org.br, o tipo de navegador e a hora da visita, entre outros dados. Já os

cadastros de log-on são requeridos no momento em que o usuário inicia o processo

de interação.

Dependendo do sistema web utilizado, ele pode escolher o recebimento

de artigos sobre um tema escolhido ou enviar uma notícia. Alguns sites permitem a

escolha de cores ou a disposição dos temas e a quantidade de notícias que o

usuário deseja ver, assim que acessar o site.


19

Infocêntrica

Bruner et al (opus cit.) apontam que quanto mais rico em informações o

site, maiores as chances de apresentar um produto complexo. Quanto maior

disponibilidade de informações e transações, mais fácil será convencer o usuário de

que ele está num site bem estruturado e sério. Com os recursos áudio-visuais

disponíveis, como animações e sons, existe uma riqueza de recursos que somados

ao texto, são poderosas ferramentas para agregar valores aos produtos.

No caso de produtos de consumo ou do cotidiano, a alternativa é uma

abordagem de entretenimento, oferecendo jogos on-line, concursos, sorteio de

prêmios, vídeos e campanhas.

Instantânea

A internet é o veículo de comunicação de massa mais imediato,

ultrapassando o rádio, a televisão e principalmente o jornal impresso.

“No jargão da informática, existe um conceito chamado tempo real, que

significa que dados podem dar meia-volta ao mundo e retornar numa fração de

segundo“ (BRUNER et al, 1996, pág. 67).

Os autores citam como exemplo, muitos sites de vendas que oferecem o

sistema de atendimento ao cliente on-line. Outras oferecem e anunciam o número

de produtos em seu estoque, criando emoção aos compradores on-line.

Mensurável

Bruner et al afirmam que na análise da internet fica difícil a informação

fugir das estatísticas. Principalmente porque o simples clicar de um link ou um

banner, por exemplo, envolvem um servidor proxy, que mantém uma cópia completa
20

do site, guardado como cache, frequentemente visitado, aumentando a velocidade

de acesso. Possui também um firewal, um sistema de segurança composto por

softwares capazes de bloquear o acesso de usuários não autorizados, número do IP,

configurações regionais, modelo do navegador web e muitas outras informações.

Segundo os autores, já existem vários softwares disponíveis para

aquisição que conseguem captar essas informações. E, cabe ao profissional ou a

empresa que produz estas estatísticas, utilizar essas informações com ética. Elas

podem ser muito bem agregadas em lojas de vendas on-line, por exemplo,

informando todos os passos do usuário, desde o clique no banner de propaganda

em um site parceiro, passando pelos produtos que visitou, até o final do processo, se

efetivamente este resultou em venda.

Flexível

As informações disponíveis em um site podem ser organizadas e

reorganizadas de várias maneiras, sem precisar respeitar as demais formas de

comunicação existentes, isto é, aquelas utilizadas pela TV, ou por rádio e livros.

Existe tanto a flexibilidade pensada por parte dos projetistas, ou seja,

estruturalmente, como a flexibilidade por parte dos usuários.

Bruner et al ressaltam que os projetistas de sites devem levar em conta a

facilidade de alimentação das informações, pelos administradores do site. Devem

também considerar a interação com o usuário, fazendo com que este sinta que

possa, a qualquer momento, com o menor número de cliques possíveis, encontrar o

que procura e, ainda, ter o poder de personalizar algumas áreas de utilização de

serviços.
21

Interligada

Para os autores, os sites agregam mais valor e interesse quando

aumentam o número de usuários ou visitantes. Eles devem servir como pontos de

comunicação ou roteadores, isto é, equipamentos que redistribuem a rede.

“O valor de uma rede para seus usuários é igual ao número de usuários

ao quadrado” (Bob Metcalfe apud BRUNER et al , 1996, p. 75).

Da mesma forma, os sites devem ter links para fontes externas, e não

temer a perda do visitante para outros sites. Também devem considerar que a

qualidade dos links disponíveis é mais importante que a quantidade.

Conforme o especialista em utilidade e facilidade de uso da web, Jacob

Nielsen apud Bruner et al (1996, p. 77), “Os usuários estão no controle de seus

próprios destinos. Aceite isso. Você não os possui”.

Econômica

Tratando-se de um veículo de comunicação, os custos com hospedagem

de sites, podem ser considerados baixo. Segundo consulta a provedores, as

despesas mensais com hospedagem, hoje, estão em torno de R$ 20,001.

Mas este valor pode chegar até a R$ 200,00, caso o projeto exija

comércio eletrônico, busca, geração dinâmica de páginas, segurança contra

hackers, programação sob medida, administração de banco de dados e outros

serviços especiais.

1 Valor atualizado pelo autor deste trabalho


22

Seguindo a tendência do software livre, existem diversos programas sob a

licença GPL - General Public Licence - que são de uso público e gratuito, desde que

respeitados os termos de uso. É o caso de alguns gerenciadores de conteúdo.

2.3 ESTUDOS RECENTES SOBRE SITES

Diante de tantas inovações e tecnologias disponíveis, existem estudos

que começam a destacar-se visando o equilíbrio do uso de recursos visuais para

atrair a atenção dos usuários, e, ao mesmo tempo, tornar os sites fáceis de entender

e usar. São eles: design e avaliação de interfaces, arquitetura da informação e testes

de usabilidade.

2.3.1 Design e Avaliação de Interfaces

De acordo com Rocha (2003), no quesito design existem duas

abordagens: uma artística, na qual o profissional se expressa e outra em que se

dirige esforços para resolver o problema do usuário quanto à navegação e

acessibilidade aos sites.

“Interface e interação são conceitos que não podem ser estabelecidos ou

analisados independentemente” (ROCHA, 2003, p. 13).

A interface de um sistema é uma mensagem enviada pelo designer ao

usuário e tem como objetivo comunicar-lhe - na interpretação do designer - as

formas com as quais ele pode interagir com o site para realizar suas vontades ou

resolver seus problemas.


23

Para garantir usabilidade em design para a internet, Nielsen (1999) apud

Rocha (2003), estabelece alguns princípios básicos:

• Clareza na arquitetura de informação

O usuário deve distinguir o que é prioritário e o que é secundário. É

preciso chegar a um bom arranjo da informação. Deve-se atentar sobre como a

informação será localizada. Para o autor, uma alternativa adotada é um link do mapa

do site, para que os usuários saibam onde estão e para onde podem ir.

• Facilidade de navegação

Na opinião do autor, o usuário deve conseguir acessar a informação

desejada, no máximo, em três cliques.

• Simplicidade

Normalmente o objetivo de quem está em um site é encontrar, o mais

rápido, o que deseja, isto é, o serviço ou o produto. O autor argumenta que o site

deve trazer tranqüilidade para quem navega. Deve-se evitar o uso de animação e

sons. A simplicidade não deve significar ausência de informação.

• Relevância do conteúdo

O texto deve ser o mais conciso e objetivo possível, não promocional ou

publicitário. O autor argumenta que o estilo de escrita deve ser otimizado para

leitores on-line que imprimem textos e que necessitam de páginas curtas.


24

• Consistência

É uma poderosa ferramenta de usabilidade. Segundo Nielsen, um site

consistente apresenta as informações sempre da mesma forma. Isto leva a adoção

de procedimentos padrões, como o uso de cores e de fontes, sem causar grandes

surpresas ao usuário.

• Tempo

Ainda, segundo o autor, há estudos que indicam que o tempo para a

página carregar deve estar entre 10 e 15 segundos. As pessoas perdem o interesse

e procuram outro site se o tempo exceder a estes segundos.

• Foco nos usuários

O foco deve estar nas atividades dos usuários que buscam um objetivo

quando usam a web e não toleram nada que lhes dificulte alcançar o que procuram.

Na ótica do autor, os usuários visam a fazer o que querem da maneira mais rápida e

precisa.

Além desses princípios citados por Nielsen e devido a expansão da web,

garantir a usabilidade internacional ganha relevância, atualmente. O uso de

elementos gráficos, ao invés de palavras, auxilia e resolve a maioria dos problemas

de navegação.

De acordo com Rogers (1989) apud Rocha (2003, p. 41), os símbolos

gráficos podem ser classificados em três categorias distintas,


25

• Símbolos de semelhanças ou ícones: retratam o objeto que

representam, ou seja, a imagem da impressora indica a função

imprimir.

• Símbolos de referência: retratam o objeto por referência ou

analogia, por exemplo, o uso da imagem da lupa representa o

preview do arquivo.

• Símbolos arbitrários: formas arbitrárias que somente tem

significado por convenção, por exemplo, o uso do símbolo “?” para

indicar ajuda.

Na opinião de Rogers, é indispensável lembrar que os símbolos gráficos e

os padrões de cores não são necessariamente universais, e têm sua origem e

entendimento na semiótica, que não é objeto deste estudo.

Para Nielsen, os usuários acessam um site porque ele está disponível,

mas só voltam a acessá-lo se perceberem que existe valor no site e se ele se mostra

fácil de ser usado. O autor ressalta, no entanto, que poucas empresas focam o

aumento da usabilidade e de qualidade da informação que os sites provêem, apesar

das considerações anteriores. Não percebem que o poder de atração de um site não

está ligado apenas aos aspectos estéticos, mas ao seu valor.

Nielsen (2006), que desde 1996 compila os dez maiores erros em design

e usabilidade na web, apresenta uma pesquisa com os piores e mais comuns erros

do ano de 2005:
26

a) Mecanismo de procura

O mecanismo de procura é a linha da vida do usuário para poder

sobreviver em sites complexos. Os melhores designs devem oferecer uma caixa de

procura simples e deixar em segundo plano a procura avançada com demais opções

de localização. O autor determina dois motivos, validados por meio de testes de

usabilidade, para focar o mecanismo de busca:

1º - Repassar aos usuários a sensação de que podem controlar seu

próprio destino e criar independência no uso do site. O usuário deve navegar do

modo que deseja, afinal, ele quer simplesmente encontrar o que procura. Por este

motivo é que muitos usuários vão direto para o mecanismo de procura de um site.

2º - O mecanismo de procura também é a fuga mais provável de usuários

quando estão perdidos na navegação. Quando não podem achar um link razoável

para ir, freqüentemente, utilizam a função de procura do site. Por este motivo o

designer deve manter a procura disponível em todas as páginas, visto que não

poderá definir quando os usuários estarão perdidos.

b) Arquivos em PDF para leitura on-line

Nielsen menciona que, em arquivos PDF, o primeiro contato é a quebra do

fluxo da informação, já que existe a necessidade do Acrobat Reader para a sua

leitura. A navegação é diferente nestes tipos de arquivos. Normalmente, são grandes

e difíceis de imprimir. As informações que precisam ser folheadas como manuais e

outros textos maiores devem ser reservadas a estes documentos.


27

c) Não alterar a cor do link visitado

O link é um fator chave no processo de navegação que auxilia o usuário a

entender a posição no site. Sabendo quais links foram visitados, e o retorno dado

por eles, isto é, se a informação foi aproveitável ou não, torna-se mais fácil a decisão

sobre o próximo link a ser acessado. Sendo assim, usuários podem excluir links

infrutíferos nas visitas posteriores. Reciprocamente, os usuários poderiam revisitar

links que acharam útil em visitas anteriores.

Conforme Nielsen (opus cit.), estes benefícios provêm da suposição que

os usuários podem visualizar a diferença entre links visitados e não-visitados, porque

o site mostra-os em cores diferentes. Quando os links visitados não mudam de cor,

os usuários exibem mais desorientação de navegação em testes de usabilidade.

d) Textos sem formatação - muro de palavras -

Em recentes estudos do autor, pesquisas demonstraram que as pessoas

não lêem textos na internet palavra por palavra. Elas visualizam a página, enquanto

escolhem palavras individuais e orações.

Uma parede de texto tende a ser enfadonha, dolorosa e a intimidar a

leitura. Deve-se prender a atenção dos usuários, utilizando formatações de apoio e

destaque como, por exemplo, subtítulos; listas; realce de palavras-chaves;

parágrafos curtos; um estilo de escrita simples, ou seja, uma idéia por parágrafo,

estilo de escrita pirâmide invertida, isto é, inicia-se pela conclusão e depois o

decorrer dos fatos; e o menor número de palavras possíveis para esclarecer o

assunto.
28

e) Tamanho de fonte fixo

Nielsen utiliza-se de duas teorias para justificar a não utilização do

tamanho de fonte fixo:

1ª. A maioria dos webdesigners são jovens e possuem visão perfeita.

Texto minúsculo não os incomoda tanto quanto para pessoas com idade acima de 40

anos. O tamanho de fonte fixo reduz significativamente a legibilidade para essas

pessoas.

Nielsen argumenta que devem ser especificados tamanhos de fonte em

condições relativas, normalmente em porcentagem e não com um número absoluto

de pixels, respeitando as preferências do usuário e deixando-lhe uma opção de

resize, isto é, aumento do tamanho da fonte, quando necessário.

Os jovens webdesigners também tendem a possuir monitores caros, de

alta qualidade e maiores, o que lhes facilita a leitura.

2. Enquanto estão criando um site, eles não lêem a informação que

consta nas páginas. Simplesmente olham o texto para ter certeza que conseguem

ler. Quando não se tem interesse em ler as palavras, não importa se os caracteres

são pequenos.

f) Títulos de página com baixa visibilidade na máquina de procura

O título de página consta dentro do HTML - tag <title> - e normalmente é

usado como a manchete de links em resultados de máquinas de busca. As máquinas

de busca mostram normalmente os primeiros 60 caracteres do título, definidos como

microconteúdos.

Para Nielsen, o ideal é começar com o nome da empresa, seguido por

uma breve descrição do site. Para outras páginas de conteúdo do site, deve-se
29

começar o título com algumas palavras-chaves, descrevendo simplesmente o que os

usuários encontrarão naquela página, ampliando assim o registro do site nas

máquinas de procura.

Os títulos de página também são usados como referência de entrada nos

favoritos dos browsers. O autor afirma que, atualmente, os webdesigners destacam,

ainda mais, a localização da referência de entrada com a utilização de um ícone que

possa facilmente identificar o site ou a empresa.

g) Qualquer destaque que possa ser identificado como anúncio

A atenção seletiva é ferramenta poderosa e os usuários acostumaram-se

a não prestar atenção a qualquer anúncio ou propaganda que interfira no seu modo

de navegação.

Nielsen ressalta que deve-se evitar qualquer design ou elementos gráficos

que aparentam ser anúncio ou propaganda e apresenta alguns exemplos:

• Banner - os usuários nunca fixam os olhos em qualquer coisa que

pareça um anúncio de banner, devido a forma ou a posição na

página.

• Animação - faz com que os usuários ignorem áreas com piscar ou

brilhar de textos ou, ainda, outras animações agressivas, como o

uso excessivo da tecnologia flash.

• Pop-ups - os usuários fecham as janelas antes de carregar

completamente; às vezes com grande vício. Existe a opção de

suspender a abertura dos pop-ups nos navegadores.


30

h) Violando convenções de design

Segundo Nielsen, a consistência é um dos princípios de usabilidade mais

poderosos e quando o site sempre se comporta do mesmo modo, os usuários não

têm de se preocupar sobre o que acontecerá. Ao contrário, eles sabem o que

ocorrerá, baseado na experiência. Se o sistema quebra as expectativas de usuários,

eles sentirão insegurança.

i) Abrindo novas janelas de browser

Links que não se comportam como esperado dificultam a compreensão

de usuários. Nielsen acredita que um link deve ser uma referência de hypertext

simples, que substitua a página atual com conteúdo novo.

Quando os usuários têm interesse em que o conteúdo apareça em uma

página nova, podem usar o browser, executando o comando de abrir em uma nova

janela.

O autor observa que webdesigners utilizam a prática de abrir links em

uma nova janela e conseguir manter os usuários em seu site. Mas a estratégia

incapacita o botão “voltar” que é o modo normal de retornar ao conteúdo anterior.

j) Não responder às perguntas dos usuários

Segundo Nielsen, o pior exemplo de não responder as perguntas de

usuários é evitar a divulgação do preço de produtos e serviços. Este erro é

predominante em sites B2B - Business to Business -. A maioria apresenta as

soluções da empresa, nas quais não é possível constatar se o produto ou o serviço

atende a 100 pessoas ou 100.000 pessoas.


31

O autor argumenta que o preço é o principal requisito que os clientes

utilizam para entender a natureza de um oferecimento. Não provendo isto, o site

reduz a compreensão do produto ou serviço.

Para Nielsen alguns sites de B2C - Business to Consumer - também

cometem o mesmo erro de esquecer os preços em listas de produto, como em

páginas de categoria ou resultados de procura. O preço é fundamental em ambas as

situações, pois permite aos usuários diferenciarem os produtos e escolher o mais

pertinente. O autor afirma que o sucesso dos sites que comparam preços entre

produtos e lojas já foi constatado.

O consultor de usabilidade, Steve Kruger (2006) lista cinco tarefas

importantes para assegurar que os usuários vejam e compreendam ao máximo o

design do site.

• Criar uma hierarquia visual clara em cada página

• Tirar proveito das convenções

• Dividir a página em áreas claramente definidas

• Deixar óbvio o que pode ser clicado

• Minimizar a confusão

a) Criar uma hierarquia visual clara em cada página

Segundo o autor, quanto mais importante é uma informação, mais

proeminente, mais destacada ela deve se encontrar. Para isso é necessário usar

uma fonte maior, negrito e até outras cores.

Os assuntos relacionados logicamente também devem estar relacionados

visualmente, agrupando-os sob um cabeçalho, por exemplo. Tais informações


32

visualmente agrupadas devem mostrar quais fazem parte de quais, ou seja, a que

seção ou categoria um determinado livro possa pertencer, deixando clara a

hierarquia visual.

Uma boa hierarquia visual nos economiza trabalho fazendo um tipo de pré-
processamento da página para nós, organizando e priorizando seu
conteúdo de uma forma que possamos captar tudo quase
instantaneamente. (KRUGER, 2006, p. 16)

b) Tirar proveito das convenções

Para Kruger (opus cit.), cada meio de publicação, como o jornal, a TV ou

o rádio, desenvolve convenções e continuam a refiná-las e a criar novas, no decorrer

do tempo.

O autor destaca dois itens importantes sobre convenções.

- Elas são muito úteis - mas só tornam-se convenções se realmente

funcionarem. Se bem usadas, facilitam a vida do usuário que sem ter muito trabalho

descobrem como as coisas funcionam.

- Os projetistas relutam em aproveitá-las - os principais motivos são que

foram contratados para inovar e seus pares não reconhecem o melhor uso de

convenções e sim o contrário.

• Dividir a página em áreas claramente definidas

Segundo Kruger (opus cit.), tal medida é importante pois diversos estudos

sobre exames visuais de páginas web sugerem que os usuários decidem

rapidamente em quais partes podem encontrar as informações úteis e, então, quase

não olham mais as outras partes.


33

• Deixar óbvio o que pode ser clicado

Para o autor, uma grande parte do que os usuários estão fazendo na web

é procurar a próxima coisa a fazer, portanto o mais importante é tornar óbvio o que

pode ser clicado ou não. Por exemplo, um botão que têm a função de executar uma

pesquisa, deve se parecer com um botão, não com um link.

• Minimizar a confusão

Kruger (opus cit.) indica dois tipos de situações nas quais existe a

confusão visual:

- Muito o que fazer – quando tudo no site chama a atenção do usuário,

cores vivas, muitas propagandas e muitos destaques.

- Confusão de segundo plano – quando o usuário entra no site e ao

passar o mouse no menu, listam-se umas vinte opções e mais três submenus.

O autor relata que a maioria dos usuários tem problemas com páginas

cheias de informações, com muitos submenus, pois elas tornam-se cansativas. O

ideal é considerar que tudo o que se projeta é confusão visual, até que se prove o

contrário.

No entanto, o autor relaciona seis características para reconhecer um site

com um bom sistema de navegação.

São elas: Identificação do site, nome da página, seções e subseções,

navegação local, indicadores “Você está aqui” e caixas de pesquisa.

Kruger (opus cit.) enfatiza que tais características devem ser rapidamente

e facilmente identificáveis.
34

2.3.2 Arquitetura da Informação

Wurman apud Reis (2006) define a Arquitetura da Informação - AI – como

a que trata da organização da informação para torná-la clara e compreensível. Ou

seja, cuida de projetar a estrutura, o esqueleto de um website sobre o qual todas as

demais partes irão se apoiar - textos, imagens, ícones, banco de dados, entre

outros.

Para Reis (2006), o profissional que trabalha com arquitetura de

informação deve registrar as regras de organização da informação; aplicar estas

regras nos conteúdos; gerar mapas de navegação; esquemas das páginas, isto é, o

esqueleto com a forma de apresentação e o vocabulário controlado, ou seja, quais

as palavras utilizadas, como por exemplo, busca ou procura em um link.

Já Rosenfeld (2006) define AI como a arte e a ciência de estruturar,

organizar e classificar a informação para ajudar as pessoas a encontrar e gerenciar

a informação2.

Figura 1: Características de equilíbrio e necessidades de usuários, conteúdo e contexto


Fonte: http://louisrosenfeld.com/presentations/

2 Tradução do autor deste trabalho


35

O autor esclarece o que pode vir a compor cada uma destas

características que formam o equilíbrio da AI:

• Users – usuários – audiências, metas, tarefas, necessidade da

informação precisa, experiência, comportamento e vocabulários.

• Content – conteúdo – documento e tipos de objetos, metadados,

volume, o site em si, estrutura e relações.

• Context – contexto – metas empresariais, política, cultura, tecnologia e

recursos humanos.

A teoria de Rosenfeld e Morville apud Reis (2006) divide a arquitetura da

informação de um site em quatro grandes sistemas, cada um composto por regras e

aplicações. Juntos, reúnem todos os elementos de interação do usuário com a

informação apresentada pelo site.

• Sistema de Organização - Organization System -: define a

classificação de todo o conteúdo.

• Sistema de Rotulação - Labeling System -: estabelece as formas

de representação, de apresentação da informação, definindo

rótulos para cada elemento informativo.

• Sistema de Navegação - Navegation System -: especifica as

maneiras de navegar, de se mover pelo espaço informacional e

hipertextual.
36

• Sistema de Busca - Search System -: determina as perguntas

que o usuário pode fazer e o conjunto de respostas que irá obter.

Na prática, esses quatro sistemas estão tão conectados que as regras de

qualquer um sempre afetam os demais.

Figura 2: Exemplo de site com os componentes arquitetônicos identificados por Rosenfeld e


Morville

Garrett (2004) propõe um vocabulário visual, um conjunto de símbolos

usado para descrever um sistema, uma estrutura ou um processo. Tal conjunto

formaria um diagrama que seria utilizado como um documento de referência para o


37

desenvolvimento de outros documentos mais detalhados e específicos às

necessidades de cada público, ou seja, um vocabulário visual para a arquitetura de

informação.

Figura 3: Vocabulário visual: A página e o documento (esquerda). A pilha de páginas e a pilha


de documentos (direita)

Conforme Garret (opus cit.), as informações geradas por estes diagramas

são utilizadas por cinco públicos primários:

• Gerentes e Patrocinadores de Projeto: utilizam os diagramas

para obter um sentido geral do escopo e da forma do projeto.

• Geradores de Conteúdo: usam os diagramas para direcionar os

requerimentos de conteúdo.

• Designers Visuais e de Interface: empregam os diagramas para

contar quantos layouts de página únicos devem ser produzidos e,

assim, ter uma noção inicial da navegação e dos requerimentos

para interface destes layouts.

• Tecnólogos: aplicam os diagramas para derivar requerimentos

funcionais

• Arquitetos de Informação e Designers de Interação: fazem uso

dos diagramas para desenvolver uma navegação detalhada e para

requerimentos de interface para cada página.


38

Baseando-se nessa classificação, Garret (2004) afirma que cada um

destes públicos, com exceção dos patrocinadores, precisaria de grande

detalhamento para realizar seus trabalhos. O problema é que os detalhes para cada

público diferem e a maioria destes detalhes é irrelevante para as necessidades de

outros públicos.

Sendo assim, Garret também propôs diagramas visuais para desenvolver

o design de interação. Tais diagramas devem servir e contemplar os trabalhos dos

públicos descritos anteriormente. Abaixo, um exemplo do diagrama utilizando a

arquitetura da informação e o design de interação.

Figura 4: Exemplo de uso de um ponto de decisão numa seqüência de login

Quando uma ação do usuário pode gerar apenas um entre alguns

resultados, o sistema precisa tomar uma decisão sobre o que será apresentado.

Garret estabelece diretrizes para o uso destes elementos e denomina tal ação como

ponto de decisão, representado por um losango.

A figura a seguir apresenta um diagrama visual da arquitetura de

informação e do design de interação elaborados para o site MetaFilter -

http://www.metafilter.com - , somente para o login inicial de acesso.


39

Figura 5: Arquitetura da informação e design da interação. Login de acesso

A biblioteca de formas para elaboração de diagramas visuais de

arquitetura da informação e de design da interação proposto por Garret está

contemplada no anexo 4.

Krug (2006) trata a navegação na web como uma visita a uma loja de

departamentos para adquirir um determinado produto, mas considera as seguintes

excentricidades sobre os sites:

• Não há senso de escala: não é possível apurar quantas páginas possui

um site, portanto é difícil saber quando parar de procurar.

• Nenhum senso de direção: não há esquerda ou direita, para cima ou

para baixo.

• Nenhum senso de localização: a navegação é feita através dos links, e

o que se guarda é uma hierarquia conceitual de como chegar a determinado lugar.


40

Para Krug (opus cit.), a navegação não é apenas uma característica do

site. Ela é o próprio site, da mesma forma que o prédio, as prateleiras e as caixas

registradoras formam uma loja.

Figura 6: O sistema de navegação de uma loja (p. 30)

Tal ilustração apresenta tanto informações da arquitetura de informação

como também informações sobre design de interação.


41

2.3.3 Testes de usabilidade dos sites

Atualmente, é comum a realização de testes de usabilidade nos projetos

de sites. São testes nos quais o projetista interage com o usuário no sentido de

melhorar o modo como as pessoas podem relacionar-se com os recursos

disponíveis na interface construída. Compreendem-se como recursos a cor do link,

tamanho e estilo de fonte, disposição de menus e imagens ilustrativas, entre outros.

Primeiramente, é necessária a definição da palavra usabilidade no

contexto da internet.

Usabilidade é um atributo de qualidade que avalia a facilidade de uso das


interfaces projetadas para os usuários. A palavra "usabilidade" também
recorre a métodos para melhoria da facilidade de uso durante o processo de
design. (NIELSEN, 2006)

Para Krug (opus cit.), existem muitos atributos de qualidade importantes,

mas os principais que compõem a usabilidade são:

• Capacidade de leitura: diz respeito à facilidade dos usuários em

realizar tarefas básicas, na primeira vez que se deparam com o

design.

• Eficiência: uma vez que os usuários conhecem o design, verificam

a rapidez com que conseguem executar as tarefas.

• Capacidade de lembrança: quando os usuários voltam ao design,

depois de um período, analisam com que facilidade podem

executar as tarefas e restabelecer a proficiência.


42

• Erros: apontam quantos erros os usuários realizam, qual a

gravidade destes erros e como podem se recuperar destes

enganos e retornar ao caminho certo.

• Satisfação: evidenciam o quanto é agradável usar aquele design.

Para Krug, a usabilidade significa:

Assegurar-se de que algo funcione bem: que uma pessoa com habilidade e
experiência comuns (ou até menos) possa usar algo – seja um website, um
caça a jato ou uma porta giratória – para seu propósito desejado sem ficar
frustrada com isso. (KRUG, 2006, p. XIV)

Com anos de experiência na área, o autor relaciona as cinco melhores

desculpas plausíveis para não testar websites. Entre elas estão a falta de tempo, a

escassez de dinheiro, não conhecer especialistas para realizar os testes, não ter um

laboratório para realizar os testes e não saber interpretar os resultados dos testes.

Baseando-se nestas desculpas ele criou um simples teste de usabilidade,

que funciona conforme a ilustração abaixo:

Figura 7: Teste de usabilidade proposto por Krug (p. 92).


43

Para Krug, é importante testar no mínimo três a quatro usuários, fazendo

mais rodadas de testes. Destaca a importância de se realizar tantos testes quantos

forem necessários até se chegar à conclusão de que o site está robusto.

Após cada rodada de testes, o autor determina que seja feita uma

triagem, examinando os problemas que as pessoas identificaram e a resolução

destes problemas, descobrindo a melhor forma de consertá-los.

2.3.4 Os gerenciadores de conteúdo

Suh et al (2003) esclarecem que a administração de conteúdo aplica a

tecnologia para automatizar as tarefas mais tediosas que exigem esforço manual. A

administração de conteúdo também define um sistema para manter o site projetado

separadamente dos códigos para o servidor web e do conteúdo criado por seus

autores. Da mesma forma, provê os meios e a oportunidade para fazer o site ser

utilizável, atraente, localizável, acessível, rápido e atualizado.

Em geral, os autores sintetizam o uso do CMS para realização de três

tarefas principais:

• Administrar recursos: organizar unidades de conteúdos

• Transformar: apresentar o conteúdo

• Publicar: entregar o conteúdo para o público

Para eles, a ligação entre os processos humanos de produção e a infra-

estrutura técnica de administração de conteúdo é conhecida como workflow.


44

Workflow é uma série de tarefas pré-definidas que facilitam a progressão de


recursos de conteúdo pelos recursos de administração, transformação, e
atividades de publicação. (SUH et al, 2003)

Millarch (2006) esclarece melhor o conceito de workflow, ou fluxo de

tarefas, que permite que conteúdos sejam adicionados ao sistema, porém ainda não

disponíveis aos usuários finais, até a aprovação final de um editor–chefe.

O autor ainda faz uma relação das vantagens que um sistema de

gerenciamento de conteúdo pode apresentar:

• Estruturação do processo de autoria, no qual todos podem contribuir,

cada um na sua área de atuação e conhecimento

• Diminuição do tempo necessário para a criação de novas páginas e

atualizações das já publicadas

• Harmonia estética com o resto do site e demais conteúdos

• Melhor estruturação da navegação, mantendo a coerência com o projeto

inicial de arquitetura da informação

• Maior flexibilidade, para acrescentar ou editar conteúdos de forma

descentralizada e em qualquer lugar, dia ou noite, dentro ou não do escritório

• Permissão granular de acesso às informações publicadas

• Maior segurança

• Gerenciamento de versão dos conteúdos

• Escalabilidade

• Diminuição dos custos de manutenção


45

Além destas vantagens,

...um CMS permite que a empresa tenha total autonomia sobre o conteúdo
e evolução da sua presença na internet e dispense a assistência de
terceiros ou empresas especializadas para manutenções de rotina. Nem
mesmo é preciso um funcionário dedicado (o famoso webmaster), pois cada
membro da equipe poderá gerenciar o seu próprio conteúdo, diluindo os
custos com recursos humanos. (Millarch, 2006)

Consultas a biblioteca virtual Wikipedia - http://www.wikipedia.org -,

identificam que inicialmente foram desenvolvidos alguns sistemas de administração

de conteúdos internos para organizações que necessitavam enviar muita informação

para seus funcionários, via rede interna, a intranet.

A Wikipedia aponta que em 1995, a CNET Networks, Inc., organização

americana de mídia digital, contratou uma empresa para desenvolvimento de

sistemas internos, chamada Vignette. A companhia começou oferecendo um

software que funcionava como um sistema de administração de notícias, com base

para a web. Este sistema permitia a criação de documentos e modelos para

apresentação do conteúdo, atualmente conhecidos como templates.

Ainda, conforme a Wikipedia, em 1998, a Pencom Web Works, uma

empresa de consultoria para projetos de internet, introduziu o Metaphoria Data

Transformer Server, contratando desenvolvedores da plataforma Java para

desenvolver aplicações que seriam alimentadas com conteúdo e distribuídas em

canais diferentes. O produto não teve sucesso, mas os conceitos introduzidos por

esse aplicativo abriram o caminho para a maioria dos modernos sistemas de

gerenciadores de conteúdo.

Na Wikipedia, o termo CMS, originalmente, era tratado como sistema de

planejamento de sites para a web ou sistema de administração de sites da web.

Porém, atualmente, o termo é usado para designar uma grande variedade de


46

sistemas diferentes, incluindo sistemas de portais; sistema de galerias de imagens;

sistemas de wiki, um portal colaborativo; e mais recentemente groupware, um

sistema de gerenciamento de projetos e serviços.

Segundo a Wikipedia, dentre os diversos CMS no formato de software

livre destaca-se o Joomla!. Este CMS é o resultado da separação entre a equipe de

desenvolvedores do Mambo 4.5.2 e a empresa Miro, detentora dos direitos autorais

sobre o Mambo, outro CMS open source. A separação ocorreu porque a empresa

Miro transferiu o controle do Mambo para uma fundação, a Mambo Foundation na

qual os desenvolvedores teriam apenas uma participação passiva e pouco

representativa. Os desenvolvedores preocupados com a integridade do projeto e

com o futuro dos utilizadores não aceitaram as condições e criaram o Joomla 1.0, a

partir do código-fonte do Mambo 4.5.2.


47

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

Após a revisão de literatura sobre construção de sites e gerenciadores de

conteúdo, observa-se que a teoria pode ser implementada nos sites da ASC.

A partir dessa premissa, este capítulo descreve os procedimentos

metodológicos adotados para realizar a pesquisa acadêmica.

Para Demo (1997) a metodologia deve ser uma preocupação

fundamental, haja vista que se refere às formas de se fazer ciência que tem como

objetivo tratar a realidade de forma prática e teórica. Tal objetivo é alcançado por

meio da adoção de procedimentos e ferramentas que apontam os caminhos a serem

percorridos.

3.2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA PESQUISA

Por se tratar de um estudo de caso qualitativo, para alcançar os

resultados pretendidos, a análise da assessoria a ser estudada deve ser

apresentada de forma direta, mas com profundidade, com descrições detalhadas,

bem como deve apresentar as dificuldades atuais.

O estudo de caso envolve uma situação e retrata uma realidade de um

determinado período. É um instrumento capaz de proporcionar descobertas através

de procedimentos simples.

Roesch apud Stake (1994) relata que o estudo de caso não é um método,

mas a escolha de um objeto a ser estudado.


48

Esse objeto pode ser estudado de forma qualitativa ou quantitativa,

dependendo do interesse do pesquisador e da finalidade da pesquisa a ser

desenvolvida.

No caso qualitativo, segundo Roesch apud Stake (1994) o propósito é

entender melhor o caso particular, concentrando-se nos principais pontos a ser

demonstrados e não nos casos de comparação com outros sites, pois dessa forma

seria uma análise quantitativa.

Seguindo essa idéia, essa pesquisa é montada de forma qualitativa, já

que visa a análise de uma situação com a descoberta de seus problemas para

elaborar estratégias de resolução. A situação específica é a implantação dos

gerenciadores de conteúdo para administrar sites de uma assessoria de

comunicação.

3.3 CARACTERIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

A Assessoria de Comunicação Social objetivava divulgar as informações

geradas pela UEM de forma mais dinâmica. No entanto, as condições técnicas do

servidor da Instituição não apresentavam possibilidades de implementar sistemas

mais sofisticados para divulgação.

Com a aquisição de um novo servidor pela administração da UEM, surgiu

a condição para que novas ferramentas de produção de conteúdo fossem

implantadas, sendo esta implantação o objetivo deste estudo.


49

3.4 DELINEAMENTO E PERSPECTIVA DA PESQUISA

3.4.1 Ferramentas de levantamento de dados

Todas as informações são conseguidas por meio de dados, entretanto,

nem todos os dados geram informações. Para que um dado se transforme em

informação é necessária a utilização das chamadas ferramentas de levantamento de

dados. Só assim, os fatos e detalhes de um determinado sistema passam a ser

adequados para que decisões sejam tomadas, procedimentos possam ser

determinados e conclusões sejam possíveis. Existem diversas ferramentas de

levantamento de dados, mas somente será destacada as de maior importância para

o desenvolvimento deste estudo.

3.4.1.1 Entrevista

Entrevista é uma técnica utilizada para coletar informações necessárias à

complementação de uma pesquisa.

Para Marconi e Lakatos (1992, p. 70) a entrevista é um encontro entre

duas pessoas, a fim de que uma delas obtenha informações a respeito de

determinado assunto, mediante uma conversação de natureza profissional. É um

procedimento utilizado na investigação social para a coleta de dados ou para ajudar

no diagnóstico ou no tratamento de um problema social.

Segundo Marconi e Lakatos (1992) a entrevista pode ser:

Padronizada ou estruturada: é aquela em que o entrevistador segue um

roteiro previamente estabelecido; as perguntas são predeterminadas. A entrevista se


50

realiza de acordo com um formulário elaborado e é efetuada, de preferência, com

pessoas selecionadas de acordo com um plano.

Despadronizada ou não-estruturada: o entrevistado tem liberdade para

desenvolver cada situação em qualquer direção que considere adequada. É uma

forma de poder explorar mais amplamente uma questão. Em geral, as perguntas são

abertas e podem ser respondidas dentro de uma conversação informal.

A pesquisa realizada neste estudo não utilizou a entrevista não-

estruturada, visto que:

Entrevistas totalmente sem estrutura não são recomendadas. Situações em


que o entrevistado fala livremente, sem interrupção ou intervenção, com
freqüência resultam num acúmulo de informações difíceis de analisar, que
muitas vezes não oferecem visão clara da perspectiva do entrevistado
(ROESCH, 1999, p. 159).

O autor deste trabalho utilizou o sistema semi-estruturado, pois no início

das entrevistas alguns pontos principais foram definidos e durante as entrevistas

algumas outras perguntas foram efetuadas, enriquecendo o levantamento e

tornando o trabalho mais completo.

3.4.1.2 Observações in loco

Observações in loco são observações no próprio local da pesquisa.

Para Marconi e Lakatos (1995) a observação utiliza os sentidos na

obtenção da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em

examinar fatos ou fenômenos que se deseja estudar.

Essas observações devem ser feitas no local onde a situação acontece,

registrando-se os dados na medida dos acontecimentos e sem preparação.

Nesse tipo de observação o pesquisador tem de estar ou se deslocar até

a situação analisada para coletar as informações necessárias sem passar por


51

intermediários. Essas informações, chamadas de informações primárias, são

fundamentais para uma análise independente e precisa, pois não tem uma análise

prévia de outras pessoas. Quando o pesquisador se utiliza de livros, referências ou

de posições já emitidas sobre algum fato, ele faz uso de informações secundárias,

ou seja, com uma opinião de um terceiro sobre o fato. Esta opinião pode refletir a

realidade ou pode conter conceitos diferentes do que se deseja constatar.

Numa observação in loco é o próprio pesquisador que fará a análise do

que foi constatado para aprofundar os dados que deram origem as informações.

3.4.1.3 Questionários

Para Roesch (1999), o questionário não é apenas um formulário, ou um

conjunto de questões listadas sem reflexão. O questionário é um instrumento de

coleta de dados que busca mensurar alguma coisa.

Marconi e Lakatos (1992) afirmam que o questionário é um instrumento

de coleta de dados, constituído por uma série ordenada de perguntas, que devem

ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador.

Destaca-se também que o questionário deve ser previamente testado

para não conter informações que gerem dúvidas em quem vai produzi-lo ou então

que não utilize palavras ou expressões que não sejam conhecidas por quem

necessita responder. Caso não seja testado previamente o questionário pode conter

perguntas que não terão respostas adequadas, ou pior, que podem ser distorcidas

ou entendidas de uma forma que não seja a prevista.


52

3.4.1.4 Apresentação dos dados

A apresentação dos dados é feita passo-a-passo, mostrando os

elementos mais importantes e indicando o que realmente a pesquisa obteve, na

tentativa de descrever os processos analisados, a forma com que foram analisados,

para que se possa chegar ao ponto da conclusão com uma estrutura adequada e

correta.

Marconi e Lakatos (opus cit.) afirmam que a análise é explicativa,

demonstrando os fatores envolvidos. Não poderia ser comparativa, pois o próprio

estudo de caso, conforme já demonstrado nesse Capítulo, é qualitativo, ou seja,

realizado em uma única organização.

Os resultados são discutidos observando-se pontos fortes e fracos e

apresentados de forma escrita, visual e por figuras, sempre enumeradas e com a

preocupação de tornar acessível aos leitores o entendimento integral da pesquisa. A

apresentação dos resultados deve sempre levar em conta que quem deles se utiliza

pode não compreender as situações por uma única forma de análise, portanto, todos

os resultados devem ser apresentados de formas variadas para que se alcance um

entendimento mais adequado.

3.4.1.5 Utilização de tabelas, quadros e figuras

Segundo Marconi e Lakatos (1982), tabela é um método estatístico

sistemático, de apresentar os dados em colunas verticais ou fileiras horizontais, que

obedece à classificação dos objetos ou materiais da pesquisa.


53

A tabela facilita a compreensão rápida do leitor, desde que seja simples,

clara e objetiva. É construída a partir de dados obtidos pelo próprio pesquisador.

Uma boa tabela é capaz de apresentar idéias e relações, independente do texto de

informações. Destaca-se que quanto maior ou mais complexa for a tabela, mais

complicada será sua análise. Elas devem ser simples e adequadas para a

compreensão.

Marconi e Lakatos (opus cit.) argumentam que o quadro já é mais

elaborado, pois utiliza dados obtidos de fontes secundárias. É mais utilizado para

agrupamento de palavras e frases. Serve também como um indicador de tendências

ou para concluir estudos direcionados e para reunir informações de grande

importância.

As figuras que são utilizadas nesta pesquisa são, basicamente,

ilustrações, printscreen dos sites, fluxogramas e desenhos de layout dos sites. Tais

ilustrações servem para que os leitores possam visualizar a totalidade dos recursos,

sendo que, posteriormente, foram complementadas por explicações para enriquecer

o entendimento.
54

4 DIAGNÓSTICO DA ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

4.1 HISTÓRICO

O site da Assessoria de Comunicação Social, teve seu início em agosto

de 2004, a pedido da então assessora, professora Marialva Taques, que precisava

implementar um novo canal de comunicação para divulgar ainda mais as atividades

da Instituição à comunidade externa, principalmente aos jornais da cidade. Até

então, existiam quatro meios de comunicação institucionais. A Rádio Universitária

FM 106,9 (RFM), o Informativo da UEM, o Jornal da UEM e o mailing list.

Internamente, era produzido o clipping de notícias, serviço que agrupa, seleciona e

distribui aos interessados as notícias publicadas nos jornais.

Figura 8: Site da Assessoria de Comunicação Social


55

A Rádio Universitária FM, no domínio www.rfm.uem.br, é uma emissora

educativa que oferece ao ouvinte uma programação musical diferenciada e de

qualidade voltada, principalmente, à MPB, às músicas instrumental e erudita, e para

um jornalismo sério e dinâmico com atenção especial à UEM, à região e ao Paraná.

A RFM também veicula campanhas contra as drogas, de prevenção do câncer e

outras coordenadas por professores da Instituição.

Figura 9: Site da Rádio Universitária

O Informativo, no domínio www.informativo.uem.br, é um boletim

semanal, impresso pela gráfica da UEM, com tiragem de 2.800 exemplares

distribuídos às quartas-feiras. Circula com as informações gerais da UEM, como os

eventos a serem realizados, as defesas de teses, os cursos de especialização, de

mestrado e de doutorado, as visitas de autoridades e com os assuntos de interesse


56

da comunidade interna, ou seja, de professores, de alunos e de funcionários. Tem

sua divulgação pela internet no site www.informativo.uem.br, iniciada em outubro de

2000. Como o material era disponibilizado em arquivo compactado, ou seja, em .zip

e formatado no programa Microsoft Word, a leitura tornava-se um tanto trabalhosa.

Figura 10: Site do Informativo UEM

O Informativo também divulgava os classificados de alunos, de

funcionários e de professores. O interessado em publicar deveria ser da comunidade

interna e entrava em contato, via telefone, para que o seu classificado fosse

publicado na edição daquela semana. Não existia nenhum sistema de controle e de

registro, simplesmente o anúncio era anotado, revisado e, caso houvesse espaço,

publicado naquela edição. Havia situações de o anúncio ser retirado por falta de

espaço na diagramação do boletim que dava prioridade às notícias. Com isso,

alguns anúncios perdiam a validade.


57

O Jornal da UEM publica matérias relacionadas aos estudos e ao

desenvolvimento das pesquisas dos professores e alunos de pós-graduação da

UEM. Também aborda temas históricos, culturais e do cotidiano de Maringá e da

Instituição. É impresso na gráfica do jornal O Diário do Norte do Paraná, de Maringá,

com tiragem de aproximadamente 25 mil exemplares que são distribuídos

encartados no jornal, no último domingo de cada mês. O Jornal da UEM não possuía

seu próprio site, e estava hospedado em um diretório do site da Assessoria.

Figura 11: Jornal da UEM hospedado em um diretório do site da ASC

O mailing list é realizado pelos jornalistas da Coordenadoria de Imprensa,

órgão da Assessoria responsável pela criação das matérias jornalísticas. Até então,

os jornalistas escreviam a matéria, selecionavam as fotos e enviavam a notícia por

e-mail. Cada jornalista possuía um mailing list, gerenciado pelo programa Microsoft
58

Outlook Express. Se um novo e-mail fosse adicionado ao mailing list principal, havia

a necessidade de se fazer atualizações em todos os outros microcomputadores, que

perfazem um total de cinco. Havia situações em que cada jornalista adicionava o e-

mail em seu mailing list individualmente. Como resultado, ocorriam registros

diferentes nos microcomputadores.

O clipping de notícias era executado de forma extremamente trabalhosa.

Os jornalistas liam os jornais, no total de sete assinaturas, e marcavam as notícias

publicadas com caneta destaca-texto. Em seguida, as notícias eram recortadas e

fotocopiadas por um estagiário. Depois, era necessário reler as notícias para marcar

o destino, ou seja, a que departamentos ou pessoas a notícia interessava. Em

seguida, as notícias recortadas eram enviadas aos interessados. Todo esse

processo tomava um enorme tempo dos funcionários envolvidos.

4.2 O FUNCIONAMENTO DO SITE DA ASC

Primeiramente, foram disponibilizadas todas as informações institucionais

da Assessoria e seus respectivos órgãos, entre eles a Secretaria, a Coordenadoria

de Imprensa, a Coordenadoria de Promoção e Relações Públicas e a Rádio

Universitária FM 106,9.

Logo após, foram colocados os arquivos mais solicitados para download,

como logotipos e fotos da Instituição. Os arquivos diminuíram o trabalho para os

jornalistas, que normalmente tinham de enviar as solicitações por e-mail, a cada

novo evento que a Universidade participava.

O Informativo da UEM recebeu um novo design e as edições passaram a

ser publicadas no formato .html, o que facilitou a leitura. Também foi possível aplicar
59

um mecanismo de procura por palavra-chave, baseado no “GoogleBot”, o indexador

de sites do Google, no domínio www.google.com.

Para os classificados veiculados no Informativo, foi criado um banco de

dados, utilizando PHP (Hypertext Preprocessor), uma linguagem interpretada de

programação de computadores, livre e muito utilizada para gerar conteúdo dinâmico

na Web e MYSQL, um sistema de gerenciamento de banco de dados que utiliza a

linguagem SQL (Structured Query Language - Linguagem de Consulta Estruturada)

como interface. O domínio dos classificados é www.asc.uem.br/classificados.

Figura 12: Classificados do Informativo UEM

Com as mudanças, todos os classificados passaram a ser anunciados,

bem como separados por categorias, como carros, casas, celulares, eletro-

eletrônicos, entre outras. O usuário preenchia o formulário com os dados e o

enviava. Existia um painel de controle no qual o anúncio era revisado e autorizado


60

para publicação. Também podiam ser alterados e excluídos, dependendo da

necessidade.

A Rádio Universitária FM teve seu site redesenhado com a inserção da

programação semanal, da ficha técnica, do horário e do resumo dos programas

apresentados. A única inovação naquele momento foi a criação de um link para que

a transmissão pudesse ser feita via internet.

Como cada veículo de comunicação da Assessoria possuía seu domínio,

www.informativo.uem.br, www.rfm.uem.br, www.jornal.uem.br, o site central,

www.asc.uem.br, foi dividido em dois frames, ou seja, duas divisões de páginas e

também foi implementado um menu na linguagem javascript. Desta maneira, o

visitante poderia acessar os outros domínios sem perder as características do site

principal.

4.3 PROBLEMAS COM O SERVIDOR

Mas o problema central era disponibilizar as notícias para que jornalistas

de vários veículos de comunicação pudessem acessar e consultar. Além das

notícias, era preciso disponibilizar também as respectivas fotos. E cada jornalista da

Assessoria deveria ter acesso e autonomia para publicar as notícias. Após muitas

pesquisas, decidiu-se pela utilização de um Content Management System (CMS), ou

seja, um sistema de gerenciamento de conteúdo.

No entanto, os recursos tecnológicos disponíveis no servidor da UEM não

permitiam a instalação de um CMS bem estruturado, com acesso a banco de dados.

Nesta época, o servidor utilizava o PHP na versão 4.10 e o banco de dados MySQL

na versão 3.23. A solução encontrada foi utilizar um sistema de gerenciador de


61

conteúdo mais simples e compacto, pois os mais avançados necessitavam de mais

tecnologia.

Decidiu-se utilizar o CuteNews, versão 1.31. Há que se afirmar que não

se tratava de um CMS, mas sim de um gerenciador de notícias com armazenamento

em um único arquivo-fonte de documentação. Ou seja, tudo o que fosse planejado e

executado com ele, mesmo em diferentes categorias, era gravado em um único

arquivo chamado news.txt.

Figura 13: Gerenciamento de notícias do Cutenews, com privilégios de administrador

O primeiro teste deste gerenciador foi utilizado para otimizar o processo

do clipping de notícias, a pedido da então assessora, professora Marialva Taques.

Tal serviço não tinha mais condições de ser realizado, pois envolvia vários

funcionários, tempo e despesas com fotocópias e material de escritório. O sistema

foi instalado no endereço http://www.asc.uem.br/clipping/.


62

Foi designado um funcionário para realizar este serviço. Entretanto, o

clipping só era produzido com os jornais que possuíam site. O trabalho era o de

garimpar as noticias nos jornais da cidade e do Estado e posteriormente publicá-las

com o sistema escolhido. O uso deste sistema foi uma evolução para a Assessoria.

O trabalho que antes envolvia muitos funcionários, muito tempo e material, foi

reduzido para quatro a seis horas diárias de trabalho de apenas um funcionário.

A princípio, o problema estava resolvido. Este sistema de instalação via

FTP (File Transfer Protocol), ou Protocolo de Transferência de Arquivos e via

navegador Web possuía sistema de publicação, busca por palavras-chave, divisão

por categorias, painel de controle, registro e autenticação de usuários.

Utilizava CSS (Cascading Style Sheets), um modelo de estilo que serve

para definir a apresentação de documentos em uma linguagem de formatação, como

o HTML. Era possível modificar todo o estilo da página, alterando a configuração de

apenas um arquivo.

Também possuía um sistema de criação de templates ou modelos.

Criava-se um novo modelo com configurações diferentes, por exemplo, poderia

existir um modelo para a categoria Notícias e um outro para a categoria Eventos,

com cores, tamanhos e fontes diferentes.

Havia a figura do administrador, do editor e dos jornalistas. O jornalista

acessava somente a sua área de publicação. O editor tinha privilégios e acessava

todas as notícias publicadas por todos os jornalistas. E o administrador, o sistema

integral. O sistema foi instalado no endereço www.asc.uem.br/cutenews/.

Como inovação tecnológica, o sistema utilizava a instrução da linguagem

PHP chamada include( ), que tem a propriedade de incluir e de avaliar o arquivo

informado. Ou seja, as notícias podiam ser publicadas em qualquer lugar do site da


63

Assessoria simplesmente utilizando-se o seguinte código inserido no corpo do

documento .html:

include("path/to/show_news.php"); isto é,

inclua(“caminho/para/mostrar_notícias.php”);

Com isto, as notícias produzidas pelos jornalistas poderiam ser publicadas

não só no site da Assessoria, como também no site da Universidade Estadual de

Maringá – UEM, no domínio www.uem.br, caso fosse necessário.

Este sistema foi viável até alcançar o tamanho de 7Mb no arquivo

principal, chamdo news.txt. Atingindo este tamanho, para visualizar as últimas dez

notícias publicadas, o servidor precisava abrir o arquivo inteiro, ou seja, deveria

processar aproximadamente 7Mb. Sem contar as consultas que estavam sendo

feitas por outros usuários, que também exigiam a abertura do mesmo arquivo. Como

resultado, quando o arquivo atingiu o tamanho de 8Mb, o servidor não conseguia

mais executar. Não tinha condições técnicas para isso. Somente com um novo

servidor poderia ser possível a sua continuidade.

O que surgiu como solução, tornou-se uma dificuldade depois de dois

anos de notícias on-line. A aplicação não mais alcançava o resultado que a

Assessoria necessitava. Tornava-se imperativo uma outra solução para o problema.

Em agosto de 2006, o novo servidor de páginas Web já estava

funcionando e todas as páginas da Assessoria foram transferidas. O sistema antigo

poderia trabalhar por mais alguns meses, mas foi necessária a transferência de 50%

dos dados do arquivo principal, o news.txt, pois o mesmo continha as notícias

publicadas e também o clipping de notícias.

O sistema foi instalado em um subdiretório para receber, separadamente,

as notícias e o clipping. Feitas a separação e a transferência, o sistema foi


64

normalizado, mas era esperado que assim que o arquivo atingisse o tamanho de

8Mb, os problemas recomeçariam.

As pesquisas e estudos continuavam, pois a capacidade e as restrições

deste sistema eram conhecidas e a cada mês surgiam outros aplicativos que

poderiam substituir esta ferramenta.

Com a implantação do novo servidor de páginas web, com novas

tecnologias e recursos de processamento, sugeriu-se à Assessoria a migração total

dos dados, ou seja, a transferência de todas as páginas da assessoria, para um

sistema gerenciador de conteúdo. Foi apresentado o CMS Joomla!, um sistema atual

e dinâmico de gerenciamento de conteúdo e a sua implantação é objeto de estudo

desta monografia.
65

5 APLICAÇÃO DO CMS NOS SITES DA ASC

5.1 A INSTALAÇÃO PADRÃO DO CMS JOOMLA

O processo de instalação do CMS Joomla! é o mesmo em todos os sites.

Será apresentado a primeira instalação realizada. O que diferencia os sites é a

distribuição do conteúdo, o design e a configuração realizada.

A instalação consiste nos seguintes passos:

1. Download do CMS.

Isto pode ser feito acessando o site

www.joomla.org e clicando no link

download. A página será redirecionada

para o site http://forge.joomla.org. Neste

site estão disponíveis as versões

anteriores do sistema, algumas Figura 14: Download do CMS

correções e atualizações, bem como a

última versão denominada stable. Após

o download é necessário descompactar

o arquivo.
66

2. Transferir os arquivos via FTP (File

Transfer Protocol).

Deve-se enviar os arquivos

para o servidor de hospedagem de

sites. Normalmente é utilizado um

programa para transferência de arquivo

específico, via FTP. Foi utilizado o


Figura 15: Transferindo arquivos via FTP
CuteFTP, versão 4, freeware.

3. Acessar o diretório da

instalação.

Transferidos todos os arquivos, deve-se

acessar a instalação do CMS, digitando

o endereço no navegador web o

domínio e a pasta onde os arquivos

foram enviados. Por exemplo,

www.asc.uem.br/cms. O CMS fará uma

pré-checagem dos recursos

necessários para sua instalação. A

permissão de leitura e escrita de

diretórios e arquivos é o próximo passo

para continuar a instalação.


Figura 16: Diretório da instalação
67

4. Alterar as permissões

dos arquivos.

Para alterar as permissões

de leitura e escrita dos arquivos deve-

se novamente utilizar o programa

CuteFtp. Quando todos os arquivos

estiverem alterados a pré-checagem irá Figura 17: Alterando as permissões dos


arquivos
identificá-los com a cor verde.

5. A GPL – General Public

License

Normalmente o software livre

é distribuído sob uma licença como a

Licença Pública Geral - GPL e segue

um conceito conhecido como Copyleft,

que se baseia na propagação dos Figura 18: A GPL – General Public License

direitos.

6. Configurar o banco de

dados

Estas informações devem ser

fornecidas pelo webmaster da

Instituição. É necessário o

preenchimento do nome, usuário e a

senha relativos ao banco de dados. Figura 19: Configurando o banco de dados


68

7. Definir o nome do site

A confirmação de sucesso do

passo anterior é o preenchimento do

nome do site. Esta informação poderá

ser alterada, se necessário, acessando-

se o painel de controle.

Figura 20: Definindo o nome do site

8. Definir a senha de

administrador

É necessária a definição da

senha do administrador e o registro do

e-mail. O site pode, se configurado,

enviar e-mail para o administrador, a

cada notícia publicada. Figura 21: Definindo a senha de administrador

9. Remover o diretório de

instalação

Quando a instalação for

finalizada, é necessária a remoção do

diretório instalattion, por questões de

segurança. Novamente utiliza-se o

software CuteFtp. Figura 22: Aviso para remonver o diretório de


instalação
69

Figura 23: Template padrão do CMS Joomla.

Após remover o diretório de instalação, o site padrão do CMS Joomla é

apresentado. Este é o template padrão instalado. O anexo 2 mostra a tela de login

para adminstradores ou participantes do site. O anexo 3 mostra o painel de controle,

logo após o login.

A partir desse ponto, é necessária a configuração do site. Para tanto, é

necessário conhecer os recursos, componentes e plugins do Joomla! e como eles

podem ser instalados.


70

5.2 A CONFIGURAÇÃO DO CMS JOOMLA

Primeiramente é necessário entender que o funcionamento do CMS

Joomla é baseado em componentes, módulos e mambots, ou seja, plugins. Toda a

configuração de apresentação de conteúdo é baseada nestes três itens. Também é

indispensável lembrar que existem duas condições, o frontend e o backend.

O Frontend é a página principal e o Backend é a administrativa do site,

que é acessada por um endereço especial. Estes três itens encontram-se no

backend e só podem ser acessados, num primeiro momento, pelo administrador do

site.

Os componentes são as aplicações responsáveis por mostrar os

conteúdos. São as aplicações efetivas, como por exemplo, uma galeria de fotos, um

fórum, etc.

Os módulos são pequenos blocos de códigos que podem ser colocados

em qualquer lugar do template e não dependem de nenhuma ação do usuário para

serem mostrados.

Os mambots ou plugins, são trecho de código que é disparado quando

algum conteúdo for carregado pelo CMS.

Na realidade, dependendo da ferramenta a ser escolhida, como por

exemplo um editor de textos que pode necessitar da instalação de componentes e

plugins, ou seja, depende dos recursos que serão utilizados.

Mas o início da configuração de um site gerenciado com o Joomla

começa com os módulos. Eles distribuem o conteúdo no site. Qualquer módulo pode

ser visualizado em qualquer posição, mas nem todos se encaixam perfeitamente. É

necessário bom senso para configurar as posições e os módulos.


71

Não se pode configurar o módulo banner para ser apresentado na

posição left. A seguir, um template com as posições definidas para os módulos

dispararem o conteúdo.

Figura 24: Posições dos módulos em um template

Cada site da Assessoria de Comunicação Social recebeu uma instalação

do Joomla, num diretório comum chamado CMS. Após a instalação, o próximo

passo é a configuração dos módulos. Os módulos podem ser configurados

acessando-se o painel de controle, recurso disponível somente para o administrador

do sistema.

As alterações feitas são apresentadas instantaneamente na página

principal e nas outras. Conforme a figura na próxima página, alguns módulos estão

publicados e outros não.


72

Figura 25: O gerenciador de módulos apresenta o status, as posições e as páginas

Com um simples clique pode-se publicar outros módulos, bem como

restringir o acesso caso necessário. Na figura acima, o User Menu só pode ser

acessado por usuários registrados.

Um dos principais recursos para a publicação de conteúdo do CMS é a

possibilidade de utilizar um editor WYSIWYG - What You See Is What You Get, - O

que você vê é o que você tem. Estes editores permitem que um documento,

enquanto manipulado na tela, tenha a mesma aparência na sua publicação final.

Este tipo de editor enriquece a publicação de conteúdo, pois permite ao

usuário destacar palavras com negrito, itálico, sublinhado, bem como inserir tabelas,

links, imagens e arquivos em pdf.

Dentre os vários editores disponíveis para instalação no sistema, foi

escolhido o WysiwygPro por oferecer um bom gerenciador de arquivos e melhor

comportamento nos navegadores Internet Explorer e Firefox.


73

Figura 26: Editor WysiwygPro integrado ao CMS Joomla

Este editor é encontrado no site www.wysiwygpro.com e pode ser

adquirido através de registro e donwload. Outros editores para o Joomla podem ser

encontrados no endereço http://extensions.joomla.org.

O próximo passo é a definição do template a ser usado. Existem vários

sites que distribuem templates gratuitamente e alguns que os comercializam. Nada

impede que o template gratuito possa ser modificado.

Para os sites do Jornal da UEM e Informativo da UEM foi escolhido o

mesmo template. Tal escolha foi motivada para mostrar a facilidade de padronização

dos sites com o uso do CMS.

O site do Jornal da UEM recebeu o template seriousblue, o qual foi

adquirido por meio de registro e download no site http://www.funky-visions.de/cms/.

Após algumas alterações foi apresentado o frontend do novo site do Jornal da UEM.
74

Figura 27: Novo site do Jornal da UEM utilizando o CMS Joomla

Figura 28: Novo site do Informativo UEM, que ainda não está on-line.
75

O site do Informativo UEM recebeu o mesmo template, mas ainda não

está no ar devido às modificações que estão sendo feitas na versão impressa.

O site da Assessoria de Comunicação Social recebeu um template

diferente dos demais. A proposta do novo site pode ser visualizada no endereço

www.asc.uem.br/cms.

Figura 29: Proposta do novo site da Assessoria de Comunicação Social

Neste template foram implementadas algumas orientações dos autores da

revisão bibliográfica, principalmente Rosenfeld e Morville, Krug e Nielsen.

Rosenfeld e Morville dividem a arquitetura de informação de um site em

quatro grandes sistemas: organização, rotulação, navegação e pesquisa.


76

Para Krug, os sites com um bom sistema de navegação devem indicar

seis principais características. Identificação do site, nome da página, seções e

subseções, navegação local, indicadores “Você está aqui” e caixa de pesquisa.

Já Nielsen, de uma maneira geral, enfatiza que o site deve oferecer ao

usuário ferramentas para que ele possa controlar sua navegação e criar

independência na sua utilização.

5.3 OS TESTES DE USABILIDADE

Os testes de usabilidade foram realizados segundo as informações

obtidas com a teoria de Krug, a qual orienta que deve-se realizar rodadas de testes

com menos usuários para obter-se resultados mais concretos, ou seja, testando

muitos usuários num primeiro teste, provavelmente, eles vão indicar os mesmos

erros.

Os testes foram realizados em um computador na sala da Coordenadoria

de Promoção e Relações Públicas, onde foi instalado o programa Camtasia 4

Studio, um software que produz vídeos tutoriais com o conteúdo apresentado no

desktop, ou seja, grava o som, o movimento do mouse, das teclas e das janelas.

O anexo 5 apresenta o questionário-entrevista elaborado para ser

aplicado nos testes realizados somente no site da ASC. Foram entrevistados apenas

três jornalistas, porém, foram realizadas duas rodadas de testes.

Após a aplicação dos testes pôde-se assistir aos vídeos dos entrevistados

e identificar o nível de experiência no uso do site, as dificuldades encontradas na

navegação, bem como as sugestões apresentadas e os aspectos a serem

consertados no site na primeira rodada de testes.


77

ANÁLISE E AVALIAÇÃO
DOS TESTES
(PRIMEIRA RODADA)
Usuário 1 (F) Usuário 2 (P) Usuário 3 (R)
• Dificuldade de usar
a caixa de busca • Dificuldade de usar
Dificuldades de navegação Nenhuma
• Problemas em a caixa de busca
relação às cores
• Ausência de menu
• Ausência de menu na lateral esquerda
na lateral esquerda • Problemas com a • Problemas com a
Principais erros
• Problemas com a apresentação das apresentação das
encontrados no site
apresentação das informações informações
informações • Problemas no
design

Experiência de usuário

Apresentação de sugestões

Figura 30: Análise e avaliação dos testes realizados

Os erros, as dificuldades encontradas e as sugestões apresentadas na

segunda rodada ainda não foram providenciados devido a exigüidade do tempo.

Esta tarefa será realizada antes do lançamento do site.


78

6 CONCLUSÃO

Neste capítulo são apresentadas as conclusões do presente trabalho.

Para melhor compreensão, o capítulo foi dividido em duas partes. Na primeira, são

expostas as principais conclusões quanto aos objetivos pretendidos; na segunda, as

contribuições e sugestões para futuras pesquisas.

6.1 QUANTO AOS OBJETIVOS

O trabalho teve como objetivo geral utilizar sistemas de gerenciamento de

conteúdo para divulgar e armazenar as informações produzidas pelas

coordenadorias da Assessoria de Comunicação Social da Universidade Estadual de

Maringá.

Foi investigada a capacidade do servidor da UEM em oferecer recursos e

tecnologia para a instalação dos sistemas. Cabe ressaltar que o servidor não

oferece todos os recursos necessários, não seguindo orientações sobre a

configuração da linguagem PHP.

A ferramenta estudada foi o CMS Joomla, a qual apresentou-se flexível e

customizável, sendo capaz de publicar, gerenciar e arquivar as informações

produzidas. Com a instalação de um editor web, também foi inovada a forma de

publicação das notícias a serem acessadas, tornando-as mais agradáveis para a

leitura.

Dentro das diversas vantagens já relacionadas, destacam-se os recursos

que proporcionam interação e controle do usuário. Outras vantagens importantes a

serem relatadas são:


79

• Código aberto (Licença GPL)

• Sistema simples de fluxo de aprovação

• Arquivamento para conteúdo não utilizados (Lixeira)

• Gerenciamento de banners

• Sistema de publicação para o conteúdo

• Sumário de conteúdo no formato RSS

• Busca otimizada (qualquer palavra registrada)

• Frontend já traduzido em várias línguas

• Fácil instalação para novos templates, módulos e componentes

• Hierarquia para grupos de usuários

• Estatísticas básicas de visitantes

• Editor de conteúdo WYSIWYG

• Sistema de enquete simples

Com o CMS Joomla também é possível utilizar algumas funcionalidades

já desenvolvidas pela comunidade e disponíveis para uso:

• Sistema de envio de newsletter (com cadastro e sistema de envio

pela própria ferramenta de administração)

• Calendário de eventos

• Catálogo de produtos

• Álbum de fotos

• Fórum

• Blog

• Sistema de notícias e artigos


80

• Enquete com resultados em tempo real

• Gerenciador eletrônico de documentos

• Para qualquer página de conteúdo existe a possibilidade de

imprimir, salvar a página em PDF e indicar a página

Na análise dos testes de usabilidade, foi possível identificar algumas

dificuldades no uso do site e o nível de experiência de cada usuário. Pode-se afirmar

que a realização de testes é tarefa vital no desenvolvimento de um site.

6.2 QUANTO ÀS CONTRIBUIÇÕES E SUGESTÕES PARA PESQUISAS


FUTURAS

Espera-se que o presente estudo tenha contribuído para uma melhor

forma de divulgação e arquivo das informações produzidas pela Assessoria de

Comunicação Social da Universidade Estadual de Maringá.

Recomenda-se um estudo de viabilidade para utilização do CMS Joomla

para o desenvolvimento de sites de demais órgãos da Instituição. Tal sugestão

baseia-se no fato de a Instituição não manter um setor específico para a produção e

suporte de websites.

Diante disso, acredita-se que uma análise mais aprofundada desse tema

poderia contribuir para melhores resultados na gestão de sites e de informações

produzidas pelos profissionais da Instituição.


81

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84

ANEXOS
85

ANEXO 2

Figura 31: Tela de entrada do painel de controle do CMS Joomla.


86

ANEXO 3

Figura 32: Painel de controle do CMS Joomla.


87

ANEXO 4

Figura 33: Biblioteca com as formas para elaborar diagramas de arquitetura da informação e
design da interação.
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ANEXO 5

TESTE DE USABILIDADE

ORIENTAÇÕES (ENTREVISTADO)

ƒ ESTE TESTE TEM COMO OBJETIVO VERIFICAR A USABILIDADE DE UM SITE PARA


QUE SE POSSA CORRIGIR POSSÍVEIS DISTORÇÕES.

ƒ ESTÁ SENDO TESTADO O SITE, NÃO O USUÁRIO. NÃO SE PREOCUPE COM OS


ERROS.

ƒ SOLICITA-SE QUE AO REALIZAR AS AÇÕES, “PENSE EM VOZ ALTA”.

ƒ FAÇA TODAS AS PERGUNTAS QUE JULGAR NECESSÁRIAS. NÃO SERÁ POSSÍVEL


RESPONDÊ-LAS IMEDIATAMENTE. POR FAVOR, AGUARDE AS RESPOSTAS. NO
MOMENTO, O INTERESSE É VERIFICAR O COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS.

QUESTIONÁRIO

1. QUAL SUA PROFISSÃO?


2. QUANTAS HORAS POR DIA USA A INTERNET?

DESENVOLVIMENTO (ENTREVISTADOR)

(MOSTRAR O SITE)
ENTREVISTADOR PEDE PARA:

ƒ INDICAR O QUE AGRADA NO SITE NUM PRIMEIRO MOMENTO

ƒ LOCALIZAR UMA NOTÍCIA SOBRE QUALQUER ASSUNTO

ƒ IDENTIFICAR ALGUNS ITENS DE NAVEGAÇÃO: NOME DA PÁGINA, SEÇÕES,


NAVEGAÇÃO LOCAL, INDICADORES DE LOCALIZAÇÃO E PESQUISA NO SITE

ƒ CONSIDERAÇÕES PESSOAIS

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