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Capítulo I

Palácio de Horblanc
— Europa, tá pronta? Perguntou ele à irmã, na grande porta de carvalho onde ficava
o quarto de sua irmã.
— Quase.

— Por que toda essa demora?


— É muita beleza para cuidar, sabe?
Autoestima é tudo.
Então, finalmente ela saiu do quarto. Usava um vestido amarelo vivo, que combinava
com seus olhos amendoados também amarelos e o seu cabelo rosa claro estava preso em
um coque elegante.

— Finalmente, pensei que ia morar nesse quarto.


— Não vai se arrumar?
— Eu já me arrumei! Disse contrariado.
Gregory usava uma toga azul claro estampada com folhas em dourado e sandálias
douradas, que iam até a metade de sua canela.
— Sério? Nem percebi.
– Europa! – Disse sua mãe Eleanor num tom de aviso.
Sua mãe tinha cabelos ondulados cor de carvalhos, assim como os olhos, pele branca
e lábios a rosados. Ele era a cópia exata da mãe até a forma de andar era parecida.
— Eu só estava brincando.
O seu pai James Heart, acabou indo para o Leste para resolver alguns assuntos
políticos e sua família foi convidada a ficar no palácio de Horblanc tempo fosse
necessário, o que era muito estranho já que historicamente eles possuíam uma certa
intriga. Começando quando William Heart matou Elisama Carvall por ter se recusado a
se casar com ele, fato que causou a Quarta Guerra Mundial.
Sempre foi bom de história: — Ela é a chave fundamental da compreensão da nossa
sociedade atual e para a construção de pensamentos críticos. O que era verdade se
não entenderia um dos porquês do ódio entre as famílias reais do Sul e do Leste.
O salão principal era enorme e muito bonito com vários lustres de rubis e ametistas
distribuídos ao longo do salão e um maior que ficava no centro, com capacidade de
comportar até mil pessoas. Nesse dia estava sendo comemorado o aniversário da Isis,
muitas pessoas estavam presentes em sua maioria parlamentares. Havia uma enorme
mesa retangular de cristal no centro onde estava as comidas e bebidas, havia também
várias mesinhas circulares para os convidados.
Ela fazia dezenove anos. Possuía cabelos loiros claros, olhos dourados e pele
branca. Uma moça muita bonita tanto que na primeira vez que a conheceu ficou com o
rosto púrpura com o seu simples olhar. Ela trajava um vestido justo de seda
champanhe, que ia até a metade de suas coxas, sandálias prateadas e um bracelete de
ametista e os cabelos soltos caiam em cascata pelos ombros
Estava sentada ao lado do irmão mais novo, Apollo, no qual sem querer em um dos
passeios pelos jardins o derrubou no lago, mesmo depois dele ter pedido um milhão
de desculpas Apollo parecia querer segurar sua cabeça no lago e soltar apenas
quando as bolinhas parassem.
Ela mostrou os dormitórios que ficariam e os jardins do palácio, sua parte
preferida, ele amava a natureza, tinha vários lagos e fontes amava ver as carpas de
cores vibrantes e variada, árvores enormes, as flores de aromas tão doces quanto
mel, passar os pés na areia fininha que ficava perto do lago, mesmo ficando com o
pé todo sujo depois e as unhas cheias de areia.

Gregory, sua irmã e sua mãe foram até – Isis lhe dar parabéns.
— Feliz aniversário, Isis –disse Gregory, enquanto Europa entregava o presente a
ela.
— Obrigada não precisava.
Ela rasgou o papel, tirando um colar de thruxis vermelhas (muito abundantes no Sul)
— É lindo.
— Vai combinar bastante com seus brincos, disse Europa.
— Já estou criando um bilhão de looks para combinar com esse colar. Jogando o colar
para cima e caindo em sua mão novamente.
Ele sentou em uma pequena mesa redonda onde Polo Russell, filho da soberana e
herdeiro do Norte estava.
— Eae, Gregory, como vai a vida?
— Ainda tô vivo.
Polo era um garoto da mesma idade dele, seu cabelo era ruivo, tinha pele morena e
olhos acinzentados. Se conheciam desde dos cinco anos, uma vez tinham abaixado as
calças do irmão mais novo de Polo. Ficaram de castigo por um mês, mas ele achou que
valeu a pena.
— Que desanimo é esse?
— Sei lá, não tem nada de interessante acontecendo.
— Bem, não ficou sabendo?
— De que?
— Isis vai ganhar uma katana de plasma.
— Quem dá uma katana para alguém?
— Eu iria querer ter uma.

— E como você sabe disso?

— Eu tenho minhas fontes confiáveis. Na realidade Polo estava andando além do


palácio, por conta da sua grande curiosidade , e escutou um dos funcionários
reclamando do peso de uma tora de madeira que movia para uma pequena mesa e
perguntava por que um simples robô não podia fazer o trabalho para seu colega que
segurava a tal katana pra limpar e esse colega havia tido o qual sortuda era Isis
para ganhar um presente top da galáxias como aquele.
Gregory notou em uma garota na ponta da mesa passando morangos na fonte de
chocolate, seus cabelos castanhos possuíam algumas mechas ruivas que caiam até os
ombros, os olhos eram marrons, trajava azul marinho, com alguns detalhes em branco.
— Que foi tá pensando na morte da bezerra?
— Quem é aquela menina?
— Qual delas?
— Aquela que está passando morango na fonte de chocolate – falou Gregory quase em
impaciência.
— Aquela é Camille Willians.
— Sério?
— Sim, uai.
Fazia muito tempo desde de que a viu, quando crianças adoravam brincar juntos ou
jogar vídeo game até tinha ajudado a abaixar as calças do Piere e pregar peças com
outras pessoas, o alvo predileto deles era a Europa, tinham colocado tinta verde no
xampu dela, por sorte ela conseguiu tirar no mesmo dia. Mas ninguém soube do
envolvimento dela. Nem se quer a reconhecia mais.
—Então, quer ir para fora?
— Fazer o que lá?– Perguntou Polo.
— Podemos dar um passeio nos arredores do palácio, ou você prefere ficar nessa
chatice?
— Bora –disse Polo se levando em um pulo.
— Espera, melhor depois, olha, apontou para a aglomeração perto da mesa retangular
– acho que já vão dar o presente para Isis.
Gregory puxou Polo para verem.
— Cuidado com minha roupa, doido.
— Desculpa.
Um embrulho foi trazido por um robô.
Ele o pegou e rasgou o embrulho, e mostrou uma katana ainda na bainha, tinha vários
detalhes em bronze e prata. Nunca vira coisa tão bela e tão mortal como aquela.
— Nossa ela é tão linda – ela disse.
Outro robô trouxe uma mesa com uma tora de madeira encima. Provando que as
habilidades de observação de Polo estavam corretas,desembainhou a katana o aço era
da cor de um lago profundo.
Ela pegou a katana com a duas mães com muita delicadeza e deu um golpe no ar para
testar.
—Ela é bem afiada.
— É uma katana é para ser afiada– respondeu seu irmão.
Várias pessoas se aproximaram para dar uma espiada naquela arma mortal. Ela
finalmente se preparou para dar um golpe na madeira que foi cortada ao meio,
produzindo um som muito alto, a parte de cima, assim que tocou o chão virou cinzas.
— Muito top – disse Polo.
—Top? Isso foi incrível! Disse Europa fascinada.
— Por que nosso pai nunca me deu uma dessas? -Perguntou Gregory para ninguém em
especial.

— Bem, você não é um grande exemplo de... digamos... cuidado com objetos pontudos –
Respondeu Europa.

Gregory ficou levemente ofendido com o comentário, e ao invés de tentar dar uma
resposta a altura, se dirigiu a grande mesa central para comer, havia cogumelos
defumados, carne de carneiro, salada de frutas, suco de flor de sabugueiro e uma
infinidade de pratos típicos do Leste, como o uáti um peixe recheado de frutas e
castanhas que ficava enterrado por seis meses para fermentar.
Era estranhamente agradável, apesar de ter ficado com nojo no início.
O que mais chamou a sua atenção foi o grande bolo de cinco andares, a massa era de
baunilha recheado de sorvete de morango e por cima cobertura de chocolate branco.
Quando terminou de comer tudo que queria sentiu–se como fosse explodir, não devia
ter comido tanto.
— Eu duvido você tomar mais copo de suco, disse Gregory.
— Tá maluco, meu?!! Quer me matar???!, disse com uma careta de dor– Se eu comer
mais alguma coisa é perigoso sair pelos meus olhos.
— A gente não devia ter comido tanto.
Kyle Heart se aproximou.
— Olá Gregory.
— Oi, tio.
— É muito bom vê–lo novamente, vejo que cresceu desde da última vez que nos vimos.

— Igualmente.
— Quando eram menores vocês dois eram grandes agentes do caos, ainda bem que
cresceram.
Gregory teve de rir.
—Sério? Nem me lembro –mentiu.
— Sim, não paravam quietos, creio eu que poderiam até explodido Aphrodite inteira
se o seu pai deixássemos.
O pior é que era verdade.
— Bem, Polo, Isis lhe convidou a ficar um tempo aqui no palácio, gostaria de ficar?
Polo e ele se entre olharam.
— Diga a ele que eu ia gostar muito de ficar.
Kyle assentiu com a cabeça e saiu.
— Nem se quer acredito que eles confiam em deixar a gente no mesmo lugar depois de
tudo que fizemos, disse rindo.
Ele também riu.
— Vamos fazer mais uma obra de arte??, perguntou com um tom de malícia.
—Talvez.
— Vamos para o jardim, mudando de assunto.
— Claro, tô doido pra ver aquelas carpas que você me contou que tinha enquanto me
balanço naquele balanço perto do lago.
Os caminhos estavam escuros, a única luz que tinham eram o da lua e das estrelas,
mas ele continuou o caminho sem nenhum problema, já tinha ido lá inúmeras vezes
conseguiria fazer o trajeto até de olhos vendados.
—Como você tá enxergando?
— Com os olhos.
— Não me diga! É mesmo?
— Aqui, chegamos!
— Até que enfim.
As águas cristalinas do lago estavam calmas, Gregory ficou feliz por isso, seria
mais fácil ver as carpas. Ele ficava ainda mais lindo à noite com as belas plantas
luminosas.
— Onde elas estão?–Gregory perguntou.
— Ali.
— Nossa! eu não fazia a mínima ideia que elas brilhavam no escuro é bonito, né?
Essa espécie também emite uma descarga elétrica para se proteger dos predadores.
Quando olhou para seu primo, percebeu que Polo já estava no balanço.
— Perdão? Falou alguma coisa?
— Por que não tá balançando?
— Ainda tô cheio.
— Eu já melhorei.
BBUUUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM.
Ouviram um som tão alto que poderia ter explodido seus tímpanos.
– Pelo amor de Deus, Polo, você escutou isso também, né?
— Seria difícil não ouvir.
— Ele e Polo decidiram voltar ao salão.
— Meu Deus –disse James
— O que houve?– Perguntou Polo a Hector.
— Eu não sei parecia uma explosão.
Foi aí que notaram na grande fumaça verde que havia no céu. Um dos guardas que
ficavam nos portões entrou correndo no salão. A cara do coitado estava branca como
leite.
— O que houve?— perguntou Hector
— A nave do Russel,ela...ela explodiu – Respondeu com a voz ofegante.
— Não, não pode ser!!– disse Polo– Tem certeza?

—Sim eu vi com os meus próprios olhos.

—Alguns dos convidados se aproximaram para ver do por que de toda aquela
aglomeração na porta.
— Meu Deus, Gregory, disse seu pai, James.
Polo que havia posto as costas cotra a parede no lado de fora,estava com o rosto
vermelho e cheio lágrimas inundando seu rosto, numa tentativa de se livrar delas
ficava esfregando o rosto com as mãos.

— Se acalma, tudo vai ficar bem - disse James. – Por que não se levanta e senta em
uma das mesas?

Ele foi levantado e guiado pra dentro meio desorientado.

— E agora o que fazemos?– perguntou o guarda que havia entrado.

— Feche os portões ninguém mais entra ou saí, até que toda a área seja averiguada e
escaneada – Declarou Hector.

— Entendido – Em seguida o guarda saiu dali o quão rápido quanto havia chegado.

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