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Palácio de Horblanc
— Europa, tá pronta? Perguntou ele à irmã, na grande porta de carvalho onde ficava
o quarto de sua irmã.
— Quase.
Gregory, sua irmã e sua mãe foram até – Isis lhe dar parabéns.
— Feliz aniversário, Isis –disse Gregory, enquanto Europa entregava o presente a
ela.
— Obrigada não precisava.
Ela rasgou o papel, tirando um colar de thruxis vermelhas (muito abundantes no Sul)
— É lindo.
— Vai combinar bastante com seus brincos, disse Europa.
— Já estou criando um bilhão de looks para combinar com esse colar. Jogando o colar
para cima e caindo em sua mão novamente.
Ele sentou em uma pequena mesa redonda onde Polo Russell, filho da soberana e
herdeiro do Norte estava.
— Eae, Gregory, como vai a vida?
— Ainda tô vivo.
Polo era um garoto da mesma idade dele, seu cabelo era ruivo, tinha pele morena e
olhos acinzentados. Se conheciam desde dos cinco anos, uma vez tinham abaixado as
calças do irmão mais novo de Polo. Ficaram de castigo por um mês, mas ele achou que
valeu a pena.
— Que desanimo é esse?
— Sei lá, não tem nada de interessante acontecendo.
— Bem, não ficou sabendo?
— De que?
— Isis vai ganhar uma katana de plasma.
— Quem dá uma katana para alguém?
— Eu iria querer ter uma.
— Bem, você não é um grande exemplo de... digamos... cuidado com objetos pontudos –
Respondeu Europa.
Gregory ficou levemente ofendido com o comentário, e ao invés de tentar dar uma
resposta a altura, se dirigiu a grande mesa central para comer, havia cogumelos
defumados, carne de carneiro, salada de frutas, suco de flor de sabugueiro e uma
infinidade de pratos típicos do Leste, como o uáti um peixe recheado de frutas e
castanhas que ficava enterrado por seis meses para fermentar.
Era estranhamente agradável, apesar de ter ficado com nojo no início.
O que mais chamou a sua atenção foi o grande bolo de cinco andares, a massa era de
baunilha recheado de sorvete de morango e por cima cobertura de chocolate branco.
Quando terminou de comer tudo que queria sentiu–se como fosse explodir, não devia
ter comido tanto.
— Eu duvido você tomar mais copo de suco, disse Gregory.
— Tá maluco, meu?!! Quer me matar???!, disse com uma careta de dor– Se eu comer
mais alguma coisa é perigoso sair pelos meus olhos.
— A gente não devia ter comido tanto.
Kyle Heart se aproximou.
— Olá Gregory.
— Oi, tio.
— É muito bom vê–lo novamente, vejo que cresceu desde da última vez que nos vimos.
— Igualmente.
— Quando eram menores vocês dois eram grandes agentes do caos, ainda bem que
cresceram.
Gregory teve de rir.
—Sério? Nem me lembro –mentiu.
— Sim, não paravam quietos, creio eu que poderiam até explodido Aphrodite inteira
se o seu pai deixássemos.
O pior é que era verdade.
— Bem, Polo, Isis lhe convidou a ficar um tempo aqui no palácio, gostaria de ficar?
Polo e ele se entre olharam.
— Diga a ele que eu ia gostar muito de ficar.
Kyle assentiu com a cabeça e saiu.
— Nem se quer acredito que eles confiam em deixar a gente no mesmo lugar depois de
tudo que fizemos, disse rindo.
Ele também riu.
— Vamos fazer mais uma obra de arte??, perguntou com um tom de malícia.
—Talvez.
— Vamos para o jardim, mudando de assunto.
— Claro, tô doido pra ver aquelas carpas que você me contou que tinha enquanto me
balanço naquele balanço perto do lago.
Os caminhos estavam escuros, a única luz que tinham eram o da lua e das estrelas,
mas ele continuou o caminho sem nenhum problema, já tinha ido lá inúmeras vezes
conseguiria fazer o trajeto até de olhos vendados.
—Como você tá enxergando?
— Com os olhos.
— Não me diga! É mesmo?
— Aqui, chegamos!
— Até que enfim.
As águas cristalinas do lago estavam calmas, Gregory ficou feliz por isso, seria
mais fácil ver as carpas. Ele ficava ainda mais lindo à noite com as belas plantas
luminosas.
— Onde elas estão?–Gregory perguntou.
— Ali.
— Nossa! eu não fazia a mínima ideia que elas brilhavam no escuro é bonito, né?
Essa espécie também emite uma descarga elétrica para se proteger dos predadores.
Quando olhou para seu primo, percebeu que Polo já estava no balanço.
— Perdão? Falou alguma coisa?
— Por que não tá balançando?
— Ainda tô cheio.
— Eu já melhorei.
BBUUUUUUUUUUUUUMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMMM.
Ouviram um som tão alto que poderia ter explodido seus tímpanos.
– Pelo amor de Deus, Polo, você escutou isso também, né?
— Seria difícil não ouvir.
— Ele e Polo decidiram voltar ao salão.
— Meu Deus –disse James
— O que houve?– Perguntou Polo a Hector.
— Eu não sei parecia uma explosão.
Foi aí que notaram na grande fumaça verde que havia no céu. Um dos guardas que
ficavam nos portões entrou correndo no salão. A cara do coitado estava branca como
leite.
— O que houve?— perguntou Hector
— A nave do Russel,ela...ela explodiu – Respondeu com a voz ofegante.
— Não, não pode ser!!– disse Polo– Tem certeza?
—Alguns dos convidados se aproximaram para ver do por que de toda aquela
aglomeração na porta.
— Meu Deus, Gregory, disse seu pai, James.
Polo que havia posto as costas cotra a parede no lado de fora,estava com o rosto
vermelho e cheio lágrimas inundando seu rosto, numa tentativa de se livrar delas
ficava esfregando o rosto com as mãos.
— Se acalma, tudo vai ficar bem - disse James. – Por que não se levanta e senta em
uma das mesas?
— Feche os portões ninguém mais entra ou saí, até que toda a área seja averiguada e
escaneada – Declarou Hector.
— Entendido – Em seguida o guarda saiu dali o quão rápido quanto havia chegado.