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ACADEMIA NACIONAL DE POLÍCIA

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA POLICIAL E DOCUMENTOSCOPIA

PATRÍCIA MARIA SOUZA DA COSTA

PROCESSOS GRÁFICOS DIGITAIS:


IDENTIFICAÇÃO E INDIVIDUALIZAÇÃO DE
IMPRESSOS PRODUZIDOS POR IMPRESSORAS
JATO DE TINTA

Rio de Janeiro
2012
2

PATRÍCIA MARIA SOUZA DA COSTA

PROCESSOS GRÁFICOS DIGITAIS:


IDENTIFICAÇÃO E INDIVIDUALIZAÇÃO DE
IMPRESSOS PRODUZIDOS POR IMPRESSORAS
JATO DE TINTA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Academia Nacional de Polícia como exigência
parcial para a obtenção do título de
Especialista em Ciência Policial e
Documentoscopia.

Orientador: MSc. José Roberto Riston

Rio de Janeiro
2012
3

PATRÍCIA MARIA SOUZA DA COSTA

PROCESSOS GRÁFICOS DIGITAIS:


IDENTIFICAÇÃO E INDIVIDUALIZAÇÃO DE
IMPRESSOS PRODUZIDOS POR IMPRESSORAS
JATO DE TINTA

Trabalho de Conclusão de Curso submetido à


banca examinadora da Academia Nacional de
Polícia como exigência parcial para a obtenção
do título de Especialista em Ciência Policial e
Documentoscopia.

Aprovado em ____/____/____.

___________________________________________
Orientador: [Titulação e nome]

___________________________________________
Examinador 1: [Titulação e nome]

__________________________________________
Examinador 2: [Titulação e nome]

Rio de Janeiro
2012
4

Costa, Patrícia Maria Souza da, 1969 –


Processos Gráficos Digitais: Identificação e Individualização de
Impressos Produzidos por Impressoras Jato de Tinta / Patrícia
Maria Souza da Costa. -2012.
111f. :il. Color.; 30cm

Orientador: MSc. José Roberto Riston


Trabalho de conclusão de curso (especialização) – Academia
Nacional de Polícia, Curso de Especialização em Ciência Policial e
Documentoscopia, 2012.

Documentoscopia. 2. Processos Gráficos Digitais. 3. Impressões


a Jato de Tinta. 4. Exames Óticos. 5. Exames Químicos. 6.
Cromatografia Gasosa. 7. Espectrometria de Massas. I.Riston, José
Roberto. II. Academia Nacional de Polícia. Curso de Especialização
em Ciências Policiais e Documentoscopia. III. Título.
5

Aos colegas do SETEC/RJ e demais amigos


que contribuíram, de diversas formas, para a
realização deste trabalho.
6

Ao meu marido e minha filha, pelas ausências


em muitas horas e pela compreensão da
importância deste momento, muito obrigado.
7

Não estamos a discutir um tema sem


importância, mas sim como devemos viver.

Sócrates, na República de Platão (390 a.C.)


8

RESUMO

O presente trabalho pretende elaborar conjunto de imagens obtidas através de


impressoras Jato de Tinta objetivando verificar se é possível identificá-las visualmente,
através dos diversos aumentos aplicados.

Numa segunda etapa foram utilizados exames químicos destrutivos, usando a


cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas como ferramenta analítica,
objetivando verificar se é promissora sua utilização para individualizar impressos produzidos
pelas diversas marcas de impressoras jato de tinta disponíveis no mercado.

Palavras-Chave: Identificação. Aumentos. Cromatografia gasosa. Espectrometria de massas.


Impressora a jato de tinta.
9

ABSTRACT

The present work aims to develop a set of images obtained from Inkjet printers to
verify if it is possible to make visual identification, through the various increases
implemented.

As a second step, destructive testing chemicals using gas chromatography coupled to


mass spectrograph were used in order to verify whether it is promising to tailor their use in
printed materials produced by various brands of inkjet printers on the market.

Keywords: Identification. Increases. Gas chromatography. Gass spectrograph.Inkjet printer.


10

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 12

1 PROCESSOS GRÁFICOS DIGITAIS .............................................................................. 12

1.1Definição 12

1.2 Sistemas de Impressão............................................................................................... 13

1.2.1 Sistema de impressão a jato de tinta................................................................. 13

1.2.1.1 Impressão a jato de tinta de fluxo contínuo 14

1.2.1.2 Impressão a jato de tinta sob demanda 16

1.2.2 Tipos mais comuns de impressoras a jato de tinta 21

1.2.3 Tintas utilizadas em impressoras a jato de tinta 22

2 EXAMES ÓTICOS UTILIZANDO OS VSC 5000 E 6000 ............................................... 27

2.1 Aspectos dos Impressos 28

2.2 Impressos analisados 32

2.2.1 Imagens da Carteira Nacional de Habilitação 33

2 .2.2 Imagens das cédulas do Real 36

2.2.3 Imagens diversas 37

2.3 Resultados dos exames 38

3 EXAMES QUÍMICOS UTILIZANDO A CROMATOGRAFIA GASOSA DE ALTA


RESOLUÇÃO ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE MASSAS
COMPUTADORIZADA ..................................................................................................... 43

3.1 Análise Cromatográfica 43

3.2 Material examinado 43

3.3 Escolha do solvente 44

3.4 Análise dos impressos 45

3.4.1 Análise da região de impresso com tinta colorida 45

3.4.2 Análise da região de impresso com tinta preta 50


11

3.5 Resultados dos exames 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 56

TRABALHOS FUTUROS 58

REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 58

APÊNDICE 1 – ESPECTROS 62

APÊNDICE 2 – IMAGENS OBTIDAS PELO VSC 87

APÊNDICE 3 – IMAGENS DE CÉDULAS DE REAL - AUTÊNTICAS E FALSAS 107


12

INTRODUÇÃO

Com o grande avanço tecnológico na área de processos gráficos digitais, verifica-se


o crescimento progressivo do uso de impressoras de computador, principalmente as
impressoras jato de tinta, cada vez mais precisas e de grande resolução.

Hoje em dia as impressões digitais, principalmente as de jato de tinta, consistem no


método mais utilizado na contrafação de documentos autênticos gerando, assim, um grande
aumento na demanda pericial em documentos produzidos nestes tipos de impressoras.

A metodologia de exames em documentos mecanografados ainda consiste na busca


de características individualizadoras na analise dos datilotipos, procurando falhas ou defeitos
repetitivos nos tipos.

Os princípios deste exame mecanográfico tradicional, na maioria dos casos, são


insuficientes neste tipo de perícia documentoscópica, face às características totalmente
divergentes do sistema de impressão a jato de tinta quando comparados com as máquinas
mecanográficas e impressoras matriciais.

O presente trabalho pretende desenvolver métodos de análise de impressos


produzidos por impressoras jatos de tinta objetivando identificar e individualizar as
impressoras que os geraram.

Um dos métodos consiste em exame ótico utilizando o Comparador Vídeo Espectral


(VSC) em diversos aumentos. Este é um método de análise visual e não destrutivo.

O outro método consiste no exame químico das tintas contidas nos impressos obtidos
pelas diversas impressoras jatos de tinta utilizando-se cromatografia gasosa acoplada à
espectrometria de massas, sendo este, destrutivo.

1 PROCESSOS GRÁFICOS DIGITAIS

Uma impressora gráfica é utilizada, basicamente, para depositar tinta sobre a


superfície de um suporte ou substrato, em quantidades adequadas e localizações exatas, a fim
de produzir imagens de textos e de figuras.

A principal diferença entre os diversos métodos de impressão existentes é a forma


como isso é feito, sendo também importante o tipo de tinta empregada e a qualidade final das
13

imagens produzidas, bem como as possibilidades que o sistema oferece e as limitações


impostas na produção de um determinado impresso. Todas essas características são úteis para
a identificação do método gráfico empregado na produção de um documento, sendo, portanto,
de grande valor para a Documentoscopia.

Um impresso consiste em uma porção de tinta sobre um suporte (papel, p. ex.),


geralmente branco, com o qual essa tinta irá contrastar, formando assim a imagem desejada.
Na terminologia gráfica, a imagem a ser impressa é chamada de arte. Uma arte pode ser
constituída de textos, desenhos, fotografias ou figuras diversas (inclusive uma mistura de tudo
isso).

Nas impressões gráficas convencionais (não digitais), essa arte precisa ser
transformada em um molde físico (matriz), que será usado para a aplicação da tinta no
suporte, mais ou menos como se fosse um carimbo. Nas impressões ditas digitais, não é
necessário produzir nenhuma matriz física, pois a arte será impressa diretamente no suporte
final, por meio de um dispositivo controlado por software, semelhantemente ao que ocorre
com as impressoras jato de tinta, e eletrofotográficas, por exemplo.

As tecnologias de impressão sem forma surgiram a partir da segunda metade do


século XX, com a popularização do uso dos microcomputadores e, conseqüentemente, dos
arquivos digitais.

A partir dos anos 80, a editoração eletrônica começou a se difundir graças ao


desenvolvimento dos computadores e softwares em geral.

Desde então, essas tecnologias vêm conquistando seu lugar no mercado gráfico, pois
abrem possibilidades de diversificação na linha de produtos de impressão oferecidos. Este
crescimento é impulsionado por novos mercados como o de impressões de pequenas tiragens
e impressão de dados variáveis.

1.1 Definição

De acordo como a NBR 14934:2003 que trata da terminologia das artes gráficas, a
impressão sem forma é a “tecnologia de impressão utilizada na reprodução de originais cujas
imagens entintadas são transferidas direta ou indiretamente sobre os suportes sem a
necessidade de formas de impressão, empregando sistemas tais como jato de tinta,
transferência térmica, e impressão eletrostática”.
14

1.2 Sistemas de Impressão

Com base na estrutura de termos contida na NBR 14934:2003; tecnologia gráfica;


terminologia das artes gráficas, as tecnologias de impressão sem forma são subdivididas em
três sistemas de impressão: jato de tinta, transferência térmica e eletrostática, sendo que este
trabalho está focado apenas nos sistemas de impressão a jato de tinta

1.2.1. Sistemas de impressão a jato de tinta

A impressão a jato de tinta é definida como um “sistema de impressão que utiliza um


jato de microgotas de tinta controlado por dados digitais, para projetar áreas de grafismo sobre
um suporte empregando processos de impressão, tais como de fluxo contínuo ou sob
demanda, aproveitando técnicas térmicas, eletrostáticas, piezelétricas e outras” (NBR
14934:2003).

A primeira patente referente a este processo de impressão data de 1960, desde então
se tornou alvo de constante pesquisa e desenvolvimento. A impressão a jato de tinta tem sido
implementada em equipamentos com diferentes características e tem uma quantidade bem
ampla de aplicações. Fundamentalmente este sistema de impressão pode ser dividido em dois
grandes grupos: jato contínuo e gotas por demanda. Cada um destes dois grupos possui
subdivisões e a figura abaixo apresenta um mapa básico desta tecnologia:

Figura 1: Sistema dos tipos de impressora. Fonte: Apostila de Processos Gráficos – Impressão Digital

A seguir, são apresentados os principais fabricantes de impressoras, bem como a


tecnologia empregada por cada um deles (MAGDASSI, 2010):

a) Impressoras contínuas: Domino, Imaje, Kodak Versamark, VideoJet.


15

b) Impressoras DOD: 1. Térmicas: Canon, Hewlett-Packard, Lexmark; 2. Piezelétricas:


Fujifilm Dimatix, Hitachi Ricoh, Konica Minolta, Seiko-Epson, Tridente, Xaar; e 3.
Eletrostáticas: TTP.

1.2.1.1 Impressão a jato de tinta de fluxo contínuo

Nesta tecnologia, um jato contínuo de tinta é ejetado através de um bico estreito. O


tamanho e a freqüência com que as gotas são produzidas dependem em grande parte da tensão
superficial da tinta líquida, do diâmetro e da pressão aplicada no bico ejetor.

Para garantir regularidade na formação da gota, um cristal piezelétrico aplica uma


pressão de alta freqüência (acima de 1 megahertz) no reservatório de tinta. O controle
direcional sobre as gotas é obtido pela indução de carga eletrostática sobre as mesmas assim
que deixam o bico ejetor. Estas gotas passam então através de uma série de placas, que as
repelem e defletem (desviam), para que as mesmas sejam posicionadas no suporte. A
quantidade de deflexão e o conseqüente posicionamento da gota no suporte são definidos pelo
tamanho da carga induzida assim que ela sai do bico ejetor. (FEUERHARMEL S, 2011).

Esta carga, por sua vez, é controlada pelo sinal digital fornecido por placas, a partir
do arquivo digital rasterizado. A magnitude da carga nas placas é ajustada em valores pré-
determinados tendo até 32 níveis de carga.

Um nível de carga zero poderia causar uma deflexão máxima. Desta maneira, gotas
desnecessárias (referentes ao contra-grafismo) podem ser desviadas e retornar ao reservatório.

A tecnologia de fluxo contínuo pode ser subdividida em deflexão binária, deflexão


múltipla e hertz. (FEUERHARMEL S., 2011).

• Deflexão binária- ao sair do bico ejetor algumas gotas são eletrostaticamente


carregadas enquanto outras não. As carregadas seguem direto para o suporte enquanto as que
não foram carregadas são desviadas para recirculação. Este sistema é muito utilizado para
impressão de códigos em linha, numeração e endereçamento, sendo capazes de imprimir a
velocidade de 5 metros por segundo. (FEUERHARMEL, S. : Apostila de Processo Gráficos,
2011).
16

Figura 2: Deflexão binária. Fonte: Apostila de Processos Gráficos - Impressão Digital

• Deflexão múltipla - as gotas são eletrostaticamente carregadas e defletidas em


diferentes níveis e, as gotas que não foram carregadas seguem diretamente para recirculação
no sistema, sendo o campo de aplicação o mesmo da binária.

Figura 3: Deflexão Múltipla. Fonte: Apostila de Processos Gráficos - Impressão Digital

• Hertz - é um sistema de fluxo contínuo que utiliza bicos extremamente pequenos


produzindo gotas menores, em relação aos já mencionados. As gotas são direcionadas ao
suporte para formar a imagem. Os valores tonais da impressão podem então ser controlados
pela tinta através do número de gotas que formam cada ponto da imagem, aumentando os
níveis de cinza e melhorando a qualidade de impressão.

Apesar da qualidade, estes sistemas são lentos se comparados aos anteriores, sendo
17

mais utilizados em sistemas de provas digitais.

Figura 4: Hertz. Fonte: Apostila de Processos Gráficos Impressão Digital

Com exceção da aplicação comercial em larga escala, o sistema de impressão


contínuo nunca se tornou um sucesso (KELLY, 2006).

1.2.1.2 Impressão a jato de tinta sob demanda

O que difere esta tecnologia da que utiliza fluxo contínuo é que a pressão aplicada no
reservatório não é contínua, mas é somente aplicada quando é necessária a formação de uma
gota. A pressão é aplicada em resposta ao sinal digital eletrônico proveniente do computador.

A tecnologia de gotas por demanda é a mais difundida e utilizada atualmente.


Dependendo do mecanismo utilizado no processo de formação da gota, esta tecnologia pode
ser subdividida em quatro sistemas: térmico, piezelétrico, eletrostático e acústico. No mercado
atualmente os sistemas térmico e piezelétrico são os predominantes. (FEUERHARMEL S.,
2011).

• Térmico - neste método, o reservatório de tinta tem uma resistência próxima ao


bico ejetor. O sinal (impulso elétrico) que vem da unidade de controle da máquina aquece a
resistência. O calor é então transferido da superfície da resistência para a tinta. A tinta é
aquecida até a formação de uma bolha, para tintas a base d’água esta temperatura é em torno
de 300ºC. Quando a formação da bolha ocorre, o vapor d’água presente no seu interior
18

instantaneamente se expande forçando a tinta a sair pelo bico ejetor. A bolha se rompe devido
ao calor da resistência e é neste momento que a gota é formada, seguindo para o suporte.
Todo o processo de formação da bolha e colapso acontece em frações de segundos. A tinta
então preenche novamente o reservatório e o processo é reiniciado. (FEUERHARMEL S.,
2011).

Figura 5: Térmico. Apostila de Mecanografias e Impressos Eletrônicos - módulo III

Piezelétrico - baseado no efeito que dá nome a tecnologia. O efeito piezelétrico


consiste na produção de uma voltagem elétrica quando um cristal é comprimido. O efeito
piezelétrico reverso é a compressão ou expansão de um cristal induzida pela aplicação de uma
voltagem.

O cristal natural que possui esta propriedade é o quartzo. Por serem mais facilmente
sintetizadas, atualmente cerâmicas sintéticas a base de tetanato de bário ou zirconato de
chumbo são mais utilizadas (FEUERHARMEL S., 2011).

No sistema de impressão, impulsos eletrônicos gerados a partir dos dados digitais


provenientes do arquivo digital são aplicados no material piezelétrico fazendo com este se
expanda. Essa expansão faz com que o volume no reservatório de tinta mude, gerando pressão
que se propaga até o bico ejetor. Devido a essa pressão, a gota é formada e expelida.
19

Figura 6: Piezelétrico. Apostila de Mecanografias e Impressos Eletrônicos - módulo III

Atualmente existe uma grande variedade de impressoras a jato de tinta. Podemos


dizer que é a tecnologia de impressão mais versátil no mercado. As máquinas podem ser
pequenas o suficiente para fazer somente endereçamento em envelopes, outras tão grandes
que podem imprimir em materiais com 5 metros de largura.

As tintas e suportes podem ser os mais diversos e estão sempre inter-relacionados,


dessa maneira podemos encontrar máquinas que imprimem em lonas, tecidos, plásticos,
papéis, cerâmicas e até em alimentos.

As figuras abaixo ilustram os esquemas de funcionamento de uma impressora a jato


de tinta sob demanda (método térmico, à esquerda) e de uma impressora a jato de tinta sob
demanda (método piezelétrico, à direita).

Esquema de funcionamento de uma impressora a


jato de tinta sob demanda (método térmico). Esquema de funcionamento de uma impressora a
Fonte: Cost. Frank. Pocket Guide to jato de tinta sob demanda - método piezelétrico.
Digital Printing Fonte: Cost. Frank. Pocket Guide to Digital
Exemplos Printing
Impressora Design Jet 5500 (HP) Exemplos:
Impressora DisplayMaker X-12 (Color Spam) Impressora Vutek 5330
Figura 7: Esquema 1 - Térmico. Esquema 2 - Piezelétrico
20

Exceto pela forma com que a tinta é impulsionada para fora, os sistemas térmico e
piezelétrico funcionam de maneira semelhante e são igualmente eficientes. Uma
particularidade do sistema piezelétrico é que não há a preocupação de usar tintas cuja fórmula
proporcione resistência aos constantes ciclos de aquecimento e resfriamento, o que, em tese,
dá mais liberdade na escolha dos pigmentos e corantes (FEUERHARMEL S., 2011).

As ejeções ocorrem em cada orifício de maneira independente e em uma freqüência


altíssima: acima de 5.000 ciclos por segundo.

Assim, enquanto a cabeça de impressão vai sendo deslocada lateralmente a uma


pequena distância do papel, os orifícios vão expelindo tinta. Ao concluir uma passagem
horizontal, a folha é deslocada verticalmente para que a impressão prossiga.

Por vezes, essa forma de imprimir em bandas acarreta desalinhamentos entre as


imagens produzidas por duas passagens consecutivas da cabeça de impressão, especialmente
quando elas ocorrem em sentidos contrários. Esse defeito, além de ajudar na identificação de
um impresso jato de tinta, permite também medir o tamanho da área de impressão da cabeça.

Figura 8: Visualização dos desalinhamentos. Fonte: Apostila de Mecanografias e Impressos Eletrônicos -


módulo III

Uma diferença prática entre os dois sistemas, no entanto, é que nas impressoras
piezelétricas (Epson) mais antigas, a cabeça de impressão (orifícios, canalículos, contatos
21

elétricos) constituía uma estrutura independente do reservatório de tinta. Assim, não era
necessário trocar todo o conjunto quando acabasse a tinta, e eventuais defeitos da cabeça de
impressão permaneciam presentes até que esta fosse substituída ou consertada. Em modelos
mais recentes, o reservatório de tinta passou a incorporar a cabeça de impressão. Nas
impressoras térmicas (Canon, HP), cabeça de impressão e reservatório sempre foi montado
em um cartucho descartável.

Uma terceira forma de ejeção de tinta vem sendo desenvolvida e já constitui um


grupo heterogêneo quanto às tecnologias empregadas. Trata-se da impressão jato de tinta
eletrostática.

Um dos mecanismos empregados utiliza o Efeito Taylor, e consiste em formar um


campo eletrostático entre o suporte e o orifício de impressão, produzindo um fino cone de
tinta, cuja espessura pode ser controlada pela duração do pulso que gerou o campo elétrico.
Esse mecanismo permite imprimir pontos muito pequenos, com diâmetros variáveis.

Outro mecanismo que também se baseia em efeitos eletrostáticos é a impressão com


névoa de tinta (eletrostatic ink mist jet). Nesse caso, produz-se literalmente uma névoa por
meio de ultra-som, imprimindo uma quantidade variável, mas controlada de gotículas de tinta
(com cerca de 2,5 µm de diâmetro) para formar um único pixel. A intensidade da cor do pixel
dependerá do número de gotículas impressas, e este depende da intensidade do ultra-som
aplicado. (FEUERHARMEL S., 2011).
22

Figura 9: Esquema de funcionamento de impressoras jato de tinta eletrostáticas. Fonte: Apostila de


Mecanografias e impressos Eletrônicos - módulo III

1.2.2 Tipos mais comuns de impressoras a jato de tinta

Com cabeça de impressão incluída no cartucho, como exemplo as impressoras HP,


nas quais os cartuchos são mais caros, possuem qualidade inferior, entretanto tem a vantagem
de que qualquer problema com a cabeça de impressão basta comprar outro cartucho.

Com a cabeça de impressão fixa na impressora, como exemplo as impressoras


Epson, nas quais os cartuchos são mais baratos, possuem qualidade superior mas como
desvantagem quando há problemas com a cabeça da impressão exigem a troca da impressora.
23

Com cabeça de impressão separada, como exemplo as impressoras Canon, nas quais
tanto a cabeça de impressão como os cartuchos podem ser comprados separadamente e por
isso são mais e havendo qualquer problema com a cabeça de impressão pode-se comprar uma
nova cabeça de impressão.(http://www.anasofia.net/pdf/producao_grafica_03.pdf, acessado
em 13/11/12)

1.2.3 Tintas utilizadas em impressoras a jato de tinta

As tintas utilizadas em impressoras diferem completamente daquelas utilizadas em


canetas, quaisquer que sejam elas. Exames utilizando o VSC mais precisamente espectros de
refletância e colorimetria, fontes de iluminação e filtros dos detectores e Luminescência na
região do infravermelho e UV, são exames que podem se utilizados para diferenciar tintas de
canetas mas raramente são úteis para o exame de tintas de impressoras. (Ellen, 2006).

A tecnologia de impressão a jato de tinta colorida é muito versátil com relação aos
tipos de trabalho que pode produzir. As máquinas podem ser rotativas ou planas. Algumas
máquinas rotativas têm a possibilidade de serem modulares (um módulo para cada cor) e de
utilizar um inversor para a impressão do verso, outras podem utilizar tintas especiais para
utilização como sistemas de provas. Ainda há equipamentos que têm as unidades impressoras
dispostas verticalmente, utilizadas na impressão de grandes formatos. As impressoras planas
podem imprimir os mais diversos tipos de suportes como papel, papelão ondulado, cerâmicas,
alimentos etc., bastando serem, máquina e tinta, adequadas ao tipo de aplicação escolhido.

Atualmente as impressoras jato de tinta têm suas tintas divididas em solvente


(geralmente grandes formatos) e aquosa (dividida em pigmentadas e corantes), sendo esta
utilizada por praticamente todos os usuários domésticos e corporativos. (Nadeu, 2012)

Figura 10: Exemplo de impressoras de grandes formatos


24

-Corantes ou pigmentos: os corantes são mais utilizados, entretanto tem menor


resistência a radiação UV. Os pigmentos, ao contrário, apesar de terem maior resistência, têm
a desvantagem de serem compostos de partículas, o que pode ocasionar entupimentos no
cabeçote de impressão. (Nadeu, 2012)

-Solventes: podem ser água, óleo, solventes orgânicos ou monômeros líquidos


(secagem através de cura por radiação UV);

-Resinas: controlam a viscosidade da tinta, ajudam na adesão do corante ou


pigmento à superfície do suporte e proporciona brilho;

-Aditivos: assim como os outros componentes, podem variar de acordo com o


processo. Sais orgânicos ou inorgânicos proporcionam condutividade elétrica à tinta para
promover a permanência da carga elétrica aplicada durante o processo de impressão na gota
ejetada. Outros aditivos podem ser utilizados na formulação da tinta, como por exemplo ,
plastificantes, antioxidantes e bactericidas.

Conforme mencionado acima, de acordo com a aplicação devemos selecionar o tipo


de tinta adequado. Por exemplo, materiais impermeáveis como lonas e vinis não podem ser
impressos com tinta a base de água, pois a secagem não ocorre. Nesse caso, tintas a base de
solvente ou cura por radiação são as mais recomendadas. No outro extremo, a impressão de
comestíveis como bolachas ou em papel arroz para posterior aplicação em bolos confeitados
devem ser feitos com tinta a base de corantes naturais.

A seguir, algumas informações técnicas de importância direta ou indireta para a


Documentoscopia (MAGDASSI, 2010):

A menor gota produzida atualmente é obtida pela tecnologia da Fujifilm Dimatix


(piezelétrica), 1 pl (picolitro) que, em condições ideais, é capaz de produzir um ponto (dot) de
30 μm (micrômetros) de diâmetro. Em condições experimentais, em laboratório, foram
obtidos pontos impressos com até 10 μm1.

Impressoras eletrostáticas podem produzir pontos ainda menores. Esta tecnologia, no


entanto, além de ser relativamente nova e altamente dispendiosa, ainda exige o uso de
solventes eletricamente condutivos.

Há previsão de nos próximos cinco anos se chegar a pontos com 10 μm de diâmetro,


mesmo em condições normais de impressão. No entanto, a redução do tamanho dos pontos
impressos deixou de ser uma prioridade, pois já se ultrapassou em muito o limite da acuidade
25

visual humana, a qualidade final (resolução) das imagens não depende somente do tamanho
dos pontos e, além disso, pontos muito pequenos implicam menor velocidade de impressão.

As características de uma boa tinta são bastante ambíguas. Ela deve ser
suficientemente estável dentro do cartucho de impressão, a ponto de poder ser armazenada
por longos períodos sem sofrer alterações químicas, nem significativa evaporação – mesmo
depois que o cartucho estiver em uso. Ao ser ejetada, no entanto, deve secar quase que
instantaneamente. Uma boa tinta deve também conter alta concentração de colorantes (de
maneira a produzir boa qualidade de cor em uma camada que não tem mais do que 1 μm de
espessura no suporte impresso), mas não deve causar entupimentos nos finíssimos orifícios de
ejeção (nozzles), nem permitir a separação de seus constituintes sólidos e líquidos.

A cabeça de impressão jato de tinta é


constituída de dezenas ou até milhares de
canalículos com um orifício (nozzle) em
sua extremidade, por onde a tinta é
expelida em direção ao suporte. As
impressoras mais antigas possuíam menor
número de orifícios na cabeça de
impressão. As primeiras impressoras
lançadas tinham apenas 9, 12 ou 24 canais
dispensadores de tinta. Atualmente existem
impressoras com 50 ou mais orifícios para
Fonte: Emanuelli, 2012
cada tinta (BIGELOW, 1996 p. 21;70;167
Figura 11: Fonte: Emanuelli, 2012

Para atingir esses objetivos, várias propriedades devem ser rigorosamente


controladas, como viscosidade, tensão superficial, pH e condutividade, entre outras.

A viscosidade dessas tintas é, em geral, muito baixa. Para equipamentos


piezelétricos, deve estar entre 8 e 15 cP (centipoise). Para impressoras térmicas, deve ser
ainda menor (inferior a 3 cP), pois o solvente precisa ser evaporado a cada ejeção.

Além da estabilidade no interior do cartucho, uma grande preocupação é o


comportamento da tinta ao entrar em contato com o suporte final. Dois fenômenos
indesejáveis, splashing (espirros – possivelmente relacionados com a formação de gotas-
satélites) e fingering (espalhamento da tinta em forma amebóide) são minimizados pelo
controle de cinco características da tinta: densidade, velocidade de impacto, diâmetro da gota,
26

viscosidade e tensão superficial. O ângulo de contato tinta/suporte também apresenta


importância.

Portanto, as características dos pontos impressos podem, em um mesmo suporte,


variar em função das propriedades da tinta e do modo de impressão programado (velocidade
de ejeção e distância da cabeça de impressão em relação ao suporte, p. ex.).

Todas essas características também estão relacionadas com a formação de gotas-


satélites, um fenômeno bastante indesejado para os fabricantes de impressoras, pois além de
prejudicarem a qualidade dos impressos, elas também podem se depositar em diversas regiões
internas do equipamento (sob a forma de aerossóis).

Logo após a ejeção da tinta pelo orifício (nozzle), forma-se uma coluna alongada que
se quebra (ainda no ar) em várias gotas esféricas: uma cabeça grande (a gota principal), e
diversas gotículas menores (satélites). Por serem menores, as gotas-satélites sofrem maior de-
saceleração pelo atrito com o ar. Como a cabeça de impressão se movimenta lateralmente
durante a ejeção da tinta, as gotas seguem uma trajetória ligeiramente inclinada em direção ao
papel. Logo, as gotas satélites, que sofreram maior desaceleração e demoram mais a atingir o
suporte, tendem a se depositar um pouco à frente da gota principal.

A imagem a seguir mostra um esquema desse processo.

Figura 12: Formação de gotas-satélites. Fonte: MAGDASSI, 2010

Conforme já foi visto acima, a tintas de impressoras jato de tinta são misturas de
corantes ou pigmentos, solventes, resinas e aditivos (plastificantes, antioxidantes e
bactericidas).
27

As tintas aquosas, ou à base de água, utilizam água como ingrediente primário, que
age como veículo para depositar o colorante (corante ou pigmento) nos substratos. Deve-se
notar que outros co-solventes (não-água) também são usados junto à solução de tinta para
ajudar a formar o jato desejado e o resultado da impressão. Ao imprimir, a primeira camada
de revestimento da mídia absorve a tinta. A água e os co-solventes, então, evaporam
permitindo que a camada seque e retenha os colorantes.

As chamadas inkjet "solvente" imprimem seus trabalhos da mesma maneira. A


diferença-chave é que usa solventes orgânicos (e não a água), para depositar os colorantes.
Estes solventes são apropriados para penetrar na própria mídia, eliminando a necessidade de
uma camada de revestimento especial (camadas de revestimento). Os solventes evaporam no
ar, o que permite a secagem imediata do substrato. Como os colorantes geralmente são do tipo
pigmento e curados no próprio substrato, as impressões são muito duráveis. E como nenhum
tratamento especial é necessário para o substrato aceitar as tintas solventes, o custo das mídias
é muito mais baixo.

Em estudos de tintas remanufaturadas e de recarga verificou-se que a composição


básica da tintas preta consiste em carbono preto modificado disperso em água (0,5% a 5%);
glicerina (0,1% a 10%), glicóis (0,1% a 10%), água (50% a 95%) e aditivos. (Murúa, 2012).

Também se verifica que todas as tintas possuem via de regra 3 componentes


principais: Veículo, aditivos e tingentes. O veículo normalmente é água (deionizada ou tri-
destilada). Os aditivos ou sistemas solventes guardam atrás de si seus segredos, e é com eles
que as principais características da tinta são controladas. E finalmente os tingentes que
efetivamente dão a cor da tinta, podendo ser totalmente solúveis em água (corantes) ou
emulsões (dispersão de pigmentos insolúveis). O correto balanceamento dos componentes é
crucial para a qualidade final das tintas.

A seguir, alguns exemplos de composição de tintas coloridas: (acessado pelo site


http://www.tutorzone.com.br/como_fazer/projeto%20de%20Fabrica%E7%E3o%20de%20tint
as%20deskjets%20w%20injet.pdf, 2012).

Corante Recomendada: Corante Alternativa I


81 % Água Deionizada 10,0 a 15,0% Corante
5 % Corante 6,0% Mowilith DM 760
12 % Dietileno Glicol 2,0% Etanol
2 % Álcool Isopropílico 5,0 % 1,2 Propileno Glicol
71,8 a 76,8% Água Deionizada
28

Corante Alternativa II Tinta pigmentada


10,0 a 15,0% Corante 2,5 a 5,0 % Pigmento
6,0% Polivinilpirrolidone 68,5 a 66,0% Água Deionizada
5,0% 1,2 Propileno Glicol 18,0% Dietileno Glicol
0,2% Fongrabac IG 0 a 4,6% Trietanolamina
75,8 a 80,8% Água Deionizada 2,8% N-metil.2-pirrolidone
3,6% Isopropanol
Figura 13: Exemplo de composição de algumas tintas não originais.

Segue abaixo a descrição da finalidade de alguns compostos utilizados nas tintas:

ÁGUA - Baixa a Viscosidade das tintas à base de água. Baixa, também o pH.

GLICOL PROPÍLICO - Para retardar a média de secagem das tintas à base de água.
Pode ainda ser usado para evitar a impressão suja. Deve-se adicionar em pequenas
quantidades.

ÁLCOOL ISOPROPÍLICO (Isopropanol, 2-propanol, isopropil álcool) - Aumenta a


média de secagem das tintas à base de água.

TRIETANOLAMINA (Tri(2-hidroxietil)amina; TEA; Aminotrietanol etilamina;


2,2,2-Nitriloetanol) - Neutralizador, Retarda a média de secagem da tinta.

N METIL-2-PIRROLIDONE - Dispersante e Homogenizador.

ETANOL (álcool etílico) . Controle do tempo de secagem da tinta.

2 EXAMES ÓTICOS UTILIZANDO OS VSC 5000 E 6000

Nos exames em impressos produzidos por impressoras a jato de tinta a utilização da


mesma metodologia que se usa para impressos mecanográficos tradicionais, por impressoras
de impacto, tais como máquinas de escrever e impressoras matriciais, não se mostram
adequados.

Em estudos pretéritos verifica-se que em exames óticos, com auxílio de lupa até 40:1
e iluminação com ângulo de incidência variável, é possível analisar o brilho e a tonalidade da
tinta, bem como a absorção da mesma no papel. Algumas tintas são constituídas por
pigmentos sólidos em suspensão, como na Lexmark 3200, o que faz com que os mesmos
sejam depositados sobre as fibras do papel, conferindo sutil volume à impressão. Em outras
formulações os corantes são líquidos, sendo completamente absorvidos pelo suporte. O efeito
desses dois tipos de tintas pode ser facilmente diferenciado pela análise ótica. (Saldanha,
2004).
29

2.1 Aspectos dos Impressos produzidos por impressoras a jato de tinta

A análise visual dos impressos produzidos por impressoras a jato de tinta, com o
objetivo de identificá-las e individualizá-las, se baseia nas características intrínsecas de seus
impressos e nos defeitos que podem ocorrer nas impressoras

Conforme já descrito anteriormente, as impressoras a jato de tinta não imprimem


linhas de texto, mas faixas ou bandas. Durante a impressão, a cabeça (cartuchos) é deslocada
horizontalmente para a direita e para a esquerda, depositando tinta em uma faixa de papel cuja
altura corresponde à distância entre o primeiro e o último orifício de impressão.

Ao concluir uma passagem horizontal, o papel é deslocado verticalmente a uma


distância igual à da banda impressa, para que seja produzida a faixa seguinte. Portanto, a
altura dessas bandas é uma indicação precisa do tamanho (altura) da cabeça de impressão.

Durante o deslocamento da cabeça de impressão podem ocorrer desalinhamentos


entre bandas subseqüentes, fenômeno muito característico de impressoras jato de tinta,
denominado banding. O banding também pode ser causado por falha em um (ou mais) canal
de impressão (entupimento do orifício, p. ex.). Uma análise com ampliação permite identificar
a causa. (FEUERHARMEL S., 2011).

Figura 14: Banding em impressão jato de tinta. Fonte: JÜRGENS, 1999.


30

Outra característica própria das impressoras a jato de tinta é que elas estão sujeitas a
algumas distorções que ocorrem após a deposição das gotículas de tinta, especialmente em
papéis não revestidos (STONE, 1996 p. 11):

Bleeding (sangria): é a mistura ou sobreposição de duas tintas de cores diferentes,


devido à migração de uma delas ou de ambas. Em impressos jato de tinta, sobreposições de
pontos de duas (ou mais) tintas normalmente ocorrem, a fim de produzir uma terceira cor (por
isso as tintas empregadas precisam ter certa transparência). O que se descreve neste item é a
mistura de dois pontos antes da secagem das tintas, ou então, a sobreposição de dois pontos
que, apesar de bastante próximos, não deveriam sobrepor-se.

Blooming (expansão, abertura, eflorescência): é a tendência de um ponto de tinta


individual expandir-se (crescer) em todas as direções. Esse fato, além de diminuir a resolução
das imagens, também esmaece (diminui a densidade) as cores, pois as moléculas dos
colorantes são distribuídas em uma área maior do que a originalmente programada.

Wicking (afilamento): refere-se à tendência de a tinta espalhar-se ao longo das


bordas de uma fibra do papel.

Esses efeitos causam, microscopicamente, heterogeneidade na forma e dimensões


dos pontos impressos que podem ser visualizados a seguir:

Figura 15: Heterogeneidade de forma e de diâmetro dos pontos de tinta, devida a distorções causadas pela
expansão e distribuição irregulares (papel não-revestido).

Outra distorção que também pode ocorrer é a formação de gotas-satélites, que


consistem em pequenos “espirros”, formados pelo impacto das gotas de tinta jogadas contra o
31

suporte por uma cabeça de impressão em constante movimento horizontal. (FEUERHARMEL


S., 2011).

Assim como gotas de sangue que caem de uma pessoa em movimento produzem um
padrão de gotículas que indicam o sentido em que aquela pessoa se movia, as gotas-satélites
também são uma indicação segura do sentido em que a cabeça de impressão se deslocava no
momento em que produziu cada ponto impresso no suporte.

Figura 16: Gotas-satélites. À esquerda, detalhe ampliado. À direita, sua análise permite constatar qual o
sentido do movimento da cabeça de impressão no momento que cada região do impresso foi produzida.
As impressoras jato de tinta permitem ajustar a distância entre a cabeça de impressão
e a superfície a ser impressa, conforme a espessura do suporte. Assim, se o ajuste existente
não estiver de acordo com a espessura do papel utilizado, os orifícios de ejeção podem estar
demasiadamente próximos ou distantes. A primeira situação favorece a ocorrência de espirros
inespecíficos da tinta – spattering – (BIGELOW, 1996 p. 172), possivelmente aumentando a
formação das gotículas-satélites.

É importante frisar que nem todas as impressoras jato de tinta produzem gotas-
satélites. Um mesmo equipamento pode, inclusive, produzir essas gotículas em determinadas
situações e em outras não (dependendo das configurações usadas).
32

Figura 17: Impressões feitas no mesmo equipamento, em três modos de qualidade diferentes. No modo
fine, foram produzidas pouquíssimas gotas-satélites, possivelmente devido a uma redução na velocidade
da cabeça de impressão.

Analisando as características e distorções apresentadas verifica-se que o papel


utilizado na impressão é uma variável extremamente importante quando se examina impressos
produzidos por impressoras a jato de tinta. Nas imagens a seguir pode-se visualizar que
utilizando a mesma impressora é possível ser obter imagens bem diferentes apenas com o uso
de papeis com características diversas.

Figura 18: Impresso produzido por equipamento jato de tinta contínuo em papel comum não revestido.
Fonte: JÜRGENS, 1999.

Impresso produzido por equipamento jato de tinta contínuo. Pontos de diâmetros variáveis. A boa definição
das bordas dos pontos se deve ao uso de um papel revestido, não constituindo necessariamente uma
característica das impressoras contínuas.
Figura 19: Impresso produzido por equipamento jato de tinta contínuo. Fonte: JÜRGENS, 1999.
33

2.2 Impressos analisados

O presente trabalho pretende verificar se apenas através da aplicação de aumentos


maiores, de até 130:1, sem variação do ângulo de incidência da iluminação, é possível
diferenciar os diversos impressos e, até mesmo, identificar a impressora que o imprimiu. Para
a realização destes testes utilizou-se a imagem, capturada por escaner em 600 dpi, da carteira
nacional de habilitação emitida pelo DETRAN do Rio de Janeiro em 04 de junho de 2009,
parcialmente ilustrada a seguir, imprimindo tal imagem em diversas impressoras de marcas e
modelos diversos.

Figura 20: Espelho da CNH utilizado no trabalho

Além da CNH também foram utilizados outros impressos diversos, assim como
cédulas falsificadas, de diversas denominações, da segunda família do Real.

Das vinte impressoras utilizadas apenas uma consistia em impressora a jato de tinta
industrial, a saber a impressora DILLETA 500i, utilizada pela Casa da Moeda do Brasil para
imprimir a numeração e o código de barras do novo passaporte brasileiro.

Após a obtenção dos impressos, utilizou-se o VSC 5000 para realizar imagens com
aumentos de 10:1; 18:1; 40:1 e 80:1 e o VSC 6000 para obtenção das imagens com aumentos
de 60:1 e 130:1.
34

Foram analisados 20 impressos produzidos por diferentes impressoras a jatos de tinta


e duas cédulas falsificadas. Treze impressos reproduzindo a imagem da CNH e os demais
compostos por outros impressos diversos, descritos nos próximos tópicos.

Para fins de organização das imagens apenas as imagens com aumentos de 10:1 e
130:1 ficarão dispostas no corpo do trabalho. As imagens na íntegra estarão disponíveis no
Apêndice II.

2.2.1 Imagens da Carteira Nacional de Habilitação

IMPRESSORAS AUMENTO DE 10:1 AUMENTO DE 130:1

CANON IP1900

EPSON
STYLUS C83

AP 410 N
35

HP PSC 1310

CARTUCHO
COMPATÍVEL

HP Photosmart
C4780

HP DESKJET
3535

HP DESKJET
F4480
36

HP Photosmart
C4700

HP OFFICEJET J
4680

HP DESKJET
930 C

HP PSC 2510
Photosmart
37

HP Photosmart
Plus B210 a

HP DESIGNJET
1055 CM

2.2.2 Imagens das cédulas do Real

CÉDULAS AUMENTO DE 10:1 AUMENTO DE 60:1

FALSIFICADAS

CÉDULA DE
R$50,00

CÉDULA DE
R$100,00
38

2.2.3 Imagens diversas

IMPRESSORAS AUMENTO DE 10:1 AUMENTO DE 130:1

HP Photosmart
8100 séries

CARTUCHO
RECARREGADO

HP Deskjet
D1600 séries

CARTUCHO
RECARREGADO

HP Photosmart
7200 série

CARTUCHO
REMANUFATU
RADO

HP OFFICEJET
4500
39

EPSON L200

LEXMARK
Z515

DILETTA 500i

2.3 Resultados dos exames

Na comparação dos impressos obtidos no presente trabalho verificou-se o que se


segue:

- Presença de desalinhamento nas passagens da cabeça de impressão, “banding” , nos


impressos obtidos pelas impressoras EPSON STYLUS C83, CANON IP1900 E
PHOTOSMART C4700, verificando-se que cada uma delas possui um tamanho diferente de
cabeça de impressão face às diferentes larguras entre as falhas.
40

Figura 20: IMPRESSORA EPSON STYLUS C83

Figura 21: IMPRESSORA CANON IP1900


41

Figura 22: HP Photosmart C4700

- Divergência visual no brilho e tonalidade das tintas em todos os impressos.

- Divergência visual na forma e tamanho dos pontos em todos os impressos.

- Presença de gotas satélite no impressos obtidos pelas impressoras AP410N e


DILETTA 500i .

Figura 23: IMPRESSORAS AP410N e DILETTA 500i

Analisando os resultados obtidos nos exames óticos, como metodologia de exame


para comparar impressos produzidos por impressoras a jato de tinta, constata-se que a
presença de banding é uma caraterística importante, não somente pela presença do
desalinhamento mas porque, desta forma, é possível conhecer a largura da cabeça de
impressão da impressora que produziu o impresso.
42

Ao comparar impressos que possuam “banding” de larguras diferentes é possível


determinar que fossem produzidos por impressoras diferentes.

A simples presença de divergências visuais no brilho e tonalidade das tintas, na


forma e tamanho dos pontos assim como a presença de gotas-satélite não caracteriza
impressos divergentes, pois outras variáveis como tipo de papel e mudanças nas
configurações de uma mesma impressora (ex: “fine”, “normal” ou “rascunho”) podem
ocasionar estas divergências.

Portanto ao se constatar divergências como as supracitadas são importantes a


realização de exames diretamente nas tintas para que se que confirme, ou não, que os
impressos foram produzidos por impressoras diferentes.

Desta forma é possível concluir que os exames óticos com variação de aumento
podem ser utilizados na comparação de impressos produzidos por impressoras a jato de tinta,
sendo considerados como exames excludentes.

No caso destes exames não serem conclusivos se faz necessário o exame diretamente
nas tintas, podendo ser exames óticos, não destrutivos, ou químicos, destrutivos.
43

3 EXAMES QUÍMICOS UTILIZANDO A CROMATOGRAFIA GASOSA


DE ALTA RESOLUÇÃO ACOPLADA À ESPECTROMETRIA DE
MASSAS COMPUTADORIZADA

A cromatografia gasosa de alta resolução (GCAR) é um método físico-químico de


separação que se fundamenta na migração diferencial dos componentes de uma mistura
devido a diferentes interações entre duas fases imiscíveis: fase móvel (gás) e fase estacionária
(líquida), que consiste de um filme de um líquido pouco volátil suportado sobre a parede de
um tubo capilar.

Os constituintes básicos de um sistema cromatográfico consistem de um sistema de


introdução de amostra, uma coluna cromatográfica inserida em um forno que permite o
controle rigoroso de temperatura e um sistema de detecção. (COLLINS, 2006)

O sistema de injeção da amostra é responsável por vaporizar e controlar a quantidade


de amostra injetada na coluna cromatográfica. Em geral possui temperatura 50ºC acima do
ponto de ebulição do componente menos volátil da amostra. A amostra vaporizada é
introduzida em um fluxo adequado de fase móvel ou gás de arraste que percorre a coluna
cromatográfica contendo a fase estacionária, onde ocorre a separação da mistura. O gás de
arraste deve ser inerte tanto ao analito como à fase estacionária. Em geral, se utiliza hélio,
nitrogênio ou hidrogênio, sendo o hélio o gás preferencial quando o sistema de detecção é o
espectrômetro de massas. Um sistema pneumático controla a pressão do gás de arraste na
coluna e, conseqüentemente, a velocidade com que este transporta a amostra através da fase
móvel.

Na coluna ocorre o processo de separação cromatográfica e este é o resultado de


repetidos processos de adsorção e dessorção durante o movimento dos componentes da
mistura. A separação ocorre devido às diferenças na distribuição de cada componente entre as
fases móvel e estacionária no interior da coluna.

As colunas capilares são as utilizadas na cromatografia gasosa de alta resolução e,


em geral, possuem comprimento que variam de 10 m até 100 m com um diâmetro interno
entre 0,15 a 0,75 mm. A maioria é confeccionada com sílica fundida. (RISTON J. R., 2011).

O detector detecta os componentes da mistura após serem separados e eluirem da


coluna cromatográfica. O detector ideal deve possuir, dentre outras características,
44

estabilidade, reprodutibilidade e rapidez nas detecções, e, quando possível, não destruir a


amostra.

A espectrometria de massas é uma técnica utilizada para separar e detectar


fragmentos ionizados de moléculas, ou moléculas e átomos inteiros também ionizados, de
acordo com a sua relação massa/carga (m/z).

Esta técnica pode ser empregada como um detector e identificador de estruturas em


cromatografia em fase gasosa, o que facilita em muito a análise de misturas cromatográficas,
pois pode, além de quantificar, determinar a identidade da molécula. Apesar do custo e da
complexidade operacional de um espectrômetro de massas serem mais elevado do que o dos
detectores comumente usados em cromatografia gasosa, este é considerado o melhor detector
para cromatografia, pela capacidade de identificar substâncias, por ter sensibilidade elevada e
boa relação sinal/ruído. (AQUINO NETO, 2003)

3.1 Análises Cromatográficas

As análises por cromatografia gasosa de alta resolução acoplada à espectrometria de


massas (CGAR-EM) foram realizadas em cromatógrafo a gás Agilent Technologies INC
modelo 6890N, equipado com coluna capilar de sílica fundida (Agilent Technologies INC)
HP5-MS, 5% fenil-metil-siloxano (30m x 0,25mm d.i., 0,25µm de espessura de filme),
acoplado a um detector seletivo de massas Agilent Technologies 5973N. As injeções foram
feitas no modo sem divisão de fluxo (“splitless”) utilizando helio como gás carreador
(0,8mL/min, fluxo constante). As temperaturas do injetor e da interface foram fixadas em
220ºC e 250ºC, respectivamente. As temperaturas do forno foram programadas nas seguintes
condições: temperatura inicial de 50ºC, taxa de programação de 25ºC/min até 290ºC, mantida
por 12min. O volume de injeção de amostra foi de 1µL, utilizando-se amostrador automático.
As análises foram realizadas no modo de impacto de elétrons (IE) com energia de ionização
de 70eV, sendo a faixa de monitoramento de massas de 40 a 550 u.m.a.

3.2 Material examinado

Foram retiradas amostras de 9cm2 de área dos vinte impressos obtidos através das
diversas impressoras jato de tinta já descritas.

Estas amostras foram retiradas da região da fotografia, amostra “1” que corresponde
45

à amostra colorida, da região de impresso preto, amostra “2” e de uma região onde não havia
qualquer impressão, amostra “3” que corresponde ao branco.

Figura 24: Região correspondente à amostra “1”

Figura 25: Região correspondente à amostra “2”

3.3 Escolha do solvente

Para iniciar a escolha do melhor solvente primeiramente utilizaram-se amostras


obtidas através das impressoras: HP deskjet 930c (amostra- 1), HP Photosmart C4680
(amostra- 2) e HP Photosmart C4780 (amostra- 3) e as submeteu a testes de solubilidades com
alguns solventes, dentre eles a água.

Para a escolha dos solventes que iriam ser utilizados foi selecionados a água, outros
solventes comuns, de fácil disponibilidade e com alta polaridade: Acetona, Acetonitrila, e
Metanol e outros encontrados na literatura: Clorofórmio e DMSO.

Em análise visual, extração dos pigmentos visíveis, verificou-se que todas as


amostras eram solúveis em água que, entretanto, não pode ser o solvente escolhido, pois
poderia causar danos à coluna que já estava em uso no cromatógrafo, disponível para exames.

É importante esclarecer que foi utilizada amostra de 9cm2 e com uma quantidade
suficiente de solvente para submergir completamente a amostra.

A tabela a seguir mostra os resultados obtidos do teste de solubilidade destes


solventes (solubilidade das substâncias visíveis – tingentes). Na cromatografia destes
solventes é possível verificar quais substâncias não tingentes foram extraídas. Os espectros
encontram-se no Apêndice 1 - I - ESCOLHA DO SOLVENTE.
46

Cromatogramas
HP deskjet 930c HP Photosmart HP Photosmart
c4680 c4780
DMSO solúvel solúvel solúvel Fig. I.4
Clorofórmio insolúvel insolúvel insolúvel Fig. I.3
Acetonitrila insolúvel insolúvel insolúvel Fig. I.2
Acetona insolúvel insolúvel insolúvel Fig. I.1
Metanol Parcialmente Parcialmente Parcialmente Fig. I.5
solúvel solúvel solúvel
Água solúvel solúvel solúvel ---

Na análise dos dados obtidos nos cromatogramas verificou-se que o DMSO, apesar
de extrair muitas substâncias não poderia ser utilizado por ser muito pouco volátil, muito
polar, com ponto de ebulição muito alto e por isso ficava fortemente retido na coluna, o que
acarretou em picos referentes a solventes muito largos e com cauda, e na presença de
resquícios do solvente até o fim da corrida, não promovendo, desta forma, uma boa
metodologia de extração.

Na análise dos cinco cromatogramas concluiu-se que o melhor solvente, que


promove melhor extração, sem comprometer a coluna foi o metanol.

Verificou-se, também que, nas condições utilizadas na coluna e com o metanol como
solvente, as substâncias extraídas possuíam baixo tempo de retenção, saíram logo no início da
corrida, consistindo nos glicóis que conforme a literatura são os responsáveis pela fixação da
tinta no papel.

3.4 Análise dos impressos

3.4.1 Análise da região de impresso com tinta colorida

Foram retiradas amostras, de 9cm2 dos impressos que continham tintas coloridas, das
20 impressoras analisadas que foram extraídas com metanol e analisadas por CG/EM. Para
cada uma das amostras foi realizada também a extração com metanol de uma mesma
quantidade de papel em branco, seguida de análise, para obtenção de uma análise em branco.
(RISTON J. R., 2011)
47

O objetivo desta análise em branco é determinar quais substâncias são efetivamente


extraídas da tinta da impressão e quais são extraídas do papel sobre o qual foi realizada a
impressão ou é resultado do processo de extração em si.

Este procedimento de realização de análise em branco foi também utilizado para as


impressões em preto e branco.

Os resultados obtidos para as impressões coloridas são os seguintes:


TEMPO DE CROMATOGRAMAS
IMPRESSORAS SUBSTÂNCIAS ENCONTRADAS
RETENÇÃO

CANON IP1900 3,45 Dietileno Glicol Fig. II.A

3,5 a 3,7 Glicerina

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

5,32 Etriol

EPSON STYLUS C83 3,47 Dietileno Glicol Fig. II.B

3,5 a 3,7 Glicerina

3,90 1,5-pentanodiol

4,12 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

5,36 Etriol

6,10 Surfinol 104

6,40 Butoxitrietileno Glicol

AP 410 N 3,50 Glicerina Fig. II.C

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

12,26 Substância não identificada1

HP PSC 1310 3,4 a 3,7 Glicerina Fig. II.D

1
espectro de massas obtido não permitiu identificação da substância com as bibliotecas disponíveis.
48

CARTUCHO 3,9 1,5-pentanodiol


COMPATÍVEL
4,10 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

5,34 Etriol

6,41 Butoxitrietileno Glicol

HP Photosmart 8100 séries 3,48 Dietileno Glicol Fig. II.E

CARTUCHO 3,9 1,5-pentanodiol


RECARREGADO
4,12 2-pirrolidona

4,56 1,6-hexanodiol

5,31 Etriol

6,41 Butoxitrietileno Glicol

HP Deskjet D1600 séries 3,47 Dietileno Glicol Fig. II.F

CARTUCHO 3,5 3-metoxi-1,2-propanodiol


RECARREGADO
3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

6,46 Butoxitrietileno Glicol

HP Photosmart 7200 série 3,47 Dietileno Glicol Fig. II.G

CARTUCHO 3,90 1,5-pentanodiol


REMANUFATURADO
4,12 2-pirrolidona

4,55 1,6-hexanodiol

4,85 Butoxi-etoxi-etanol

5,31 Etriol

HP Photosmart C4780 3,49 Dietileno Glicol Fig. II.H

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol
49

5,32 Etriol

5,73 1-(2-hidroxietil)-2-pirrolidona

6,40 Butoxitrietileno Glicol

HP DESKJET 3535 3,52 3-metoxi-1,2-propanodiol Fig. II.I

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

5,32 Etriol

6,41 Butoxitrietileno Glicol

HP DESKJET F4480 3,51 3-metoxi-1,2-propanodiol Fig. II.J

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

5,32 Etriol

6,40 Butoxitrietileno Glicol

HP Photosmart C4700 3,49 Dietileno Glicol Fig. II.K

3,90 1,5-pentanodiol

4,10 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

5,31 Etriol

6,41 Butoxitrietileno Glicol

HP OFFICEJET 4500 3,48 Dietileno Glicol Fig. II.L

3,91 1,5-pentanodiol

4,13 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

5,31 Etriol

6,40 Butoxitrietileno Glicol


50

HP OFFICEJET J 4680 3,49 Dietileno Glicol Fig. II.M

3,90 1,5-pentanodiol

4,10 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

5,31 Etriol

5,76 1-(2-hidroxietil)-2-pirrolidona

6,40 Butoxitrietileno Glicol

HP DESKJET 930 C 3,51 Dietileno Glicol Fig. II.N

3,90 1,5-pentanodiol

4,10 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

5,08 Trietileno Glicol

5,31 Etriol

6,40 Butoxitrietileno Glicol

HP PSC 2510 Photosmart 3,52 Glicerina Fig. II.O

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

5,32 Etriol

6,40 Butoxitrietileno Glicol

HP Photosmart Plus B210 a 3,48 Dietileno Glicol Fig. II.P

3,52 Glicerina

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

5,31 Etriol

5,74 1-(2-hidroxietil)-2-pirrolidona
51

6,39 Butoxitrietileno Glicol

EPSON L200 3,5 a 3,6 Glicerina Fig. II.Q

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,53 1,6-hexanodiol

6,09 Surfynol 104

6,39 Butoxitrietileno Glicol

LEXMARK Z5152 3,46 Dietileno Glicol Fig. II.R

3,51 2,6-dimetil-4-heptanol3

4,10 2-pirrolidona

DILETTA 500i S 3,46 Dietileno Glicol Fig. II.S

3,5 a 3,7 Glicerina + 3-metoxi-1,2-


propanodiol (provável mistura)

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

5,33 Etriol

5,61 1,2,6-hexanotriol

6,39 Butoxitrietileno Glicol

HP DESIGNJET 1055 CM 3,90 1,5-pentanodiol Fig. II.T

4,10 2-pirrolidona

5,32 Etriol

3.4.2 Análise da região de impresso com tinta preta

Foram retiradas amostras de 9cm2 dos impressos que continham tintas pretas, das 20
impressoras analisadas que foram extraídas com metanol e analisadas por CG/EM, chegando-

2
cromatograma de baixa qualidade não permitiu identificação de componentes minoritários.
3
espectro de massas obtido indica essa estrutura como mais provável, mas não permitiu identificação inequívoca
52

se ao seguinte resultado:

TEMPO DE CROMATOGRAMAS
IMPRESSORAS SUBSTÂNCIAS ENCONTRADAS
RETENÇÃO

CANON IP1900 3,45 Dietileno Glicol Fig. II.A

3,52 a Glicerina
3,67

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

5,33 Etriol

EPSON STYLUS C83 3,47 a Dietileno Glicol + Glicerina Fig. II.B


3,50

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

AP 410 N4 4,12 2-pirrolidona Fig. II.C

HP PSC 1310 3,91 1,5-pentanodiol Fig. II.D

CARTUCHO 4,11 2-pirrolidona


COMPATÍVEL

HP Photosmart 8100 séries 3,46 Dietileno Glicol Fig. II.E

CARTUCHO 3,50 a Glicerina


RECARREGADO 3,78

3.91 1,5-pentanodiol

3,96 Substância não identificada5

4,11 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

5,35 Etriol

Substância não identificada6

4
cromatograma de baixa qualidade não permitiu identificação de componentes minoritários.
5
espectro de massas obtido não permitiu identificação da substância com as bibliotecas disponíveis.
53

5,52 Trietanolamina

6,10 Butoxitrietileno Glicol

6,39

HP Deskjet D1600 séries 3,45 a Dietileno Glicol + Glicerina Fig. II.F


3,65
CARTUCHO
RECARREGADO 3.91 1,5-pentanodiol

3,96 Substância não identificada7

4,11 2-pirrolidona

5,32 Etriol

6,14 Trietanolamina

HP Photosmart 7200 série 3,48 Dietileno Glicol Fig. II.G

CARTUCHO 3,91 1,5-pentanodiol


REMANUFATURADO
4,12 2-pirrolidona

4,85 Butoxi-etoxi-etanol

5,30 Etriol

HP Photosmart C4780 3,50 Dietileno Glicol Fig. II.H

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,57 1,6-hexanodiol

5,32 Etriol

HP DESKJET 1515 3,91 1,5-pentanodiol Fig. II.I

4,11 2-pirrolidona

HP DESKJET F4480 3,91 1,5-pentanodiol Fig. II.J

4,11 2-pirrolidona

4,57 1,6-hexanodiol

6
espectro de massas obtido não permitiu identificação da substância com as bibliotecas disponíveis.
7
espectro de massas obtido não permitiu identificação da substância com as bibliotecas disponíveis.
54

HP Photosmart C4700 3,47 Dietileno Glicol Fig. II.K

3,90 1,5-pentanodiol

4,10 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

HP OFFICEJET 4500 3,47 Dietileno Glicol Fig. II.L

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,51 1,6-hexanodiol

5,31 Etriol

5,75 1-(2-hidroxietil)-2-pirrolidona

6,39 Butoxitrietileno Glicol

HP OFFICEJET J 4680 3,48 Dietileno Glicol Fig. II.M

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,51 1,6-hexanodiol

5,31 Trietileno Glicol

6,40 Butoxitrietileno Glicol

HP DESKJET 910 C 3,52 1-metoxi-1,2-propanodiol Fig. II.N

3,91 1,5-pentanodiol

4,10 2-pirrolidona

4,54 1,6-hexanodiol

5,07 Trietileno Glicol

5,31 Etriol

6,40 Butoxitrietileno Glicol

HP PSC 2510 Photosmart 3,54 Glicerina Fig. II.O

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona
55

4,51 1,6-hexanodiol

5,34 Etriol

6,43 Butoxitrietileno Glicol

HP Photosmart Plus B210 a 3,46 a Dietileno Glicol + Glicerina Fig. II.P


3,60

3,91 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,51 1,6-hexanodiol

5,32 Etriol

5,71 1-(2-hidroxietil)-2-pirrolidona

6,39 Butoxitrietileno Glicol

EPSON L200 3,44 a Glicerina Fig. II.Q


3,70

3,90 1,5-pentanodiol

4,11 2-pirrolidona

4,51 1,6-hexanodiol

5,11 Trietileno Glicol

5,31 Etriol

6,09 Surfynol 104

6,39 Butoxitrietileno Glicol

LEXMARK Z515 3,47 Dietileno Glicol Fig. II.R

3,90 2,6-dimetil-4-heptanol8

2-pirrolidona
4,11
1,6-hexanodiol
4,54
Butoxitrietileno Glicol
6,44

8
espectro de massas obtido indica essa estrutura como mais provável, mas não permitiu identificação
inequívoca.
56

DILETTA 500i 3,45 Dietileno Glicol Fig. II.S

3,50 Glicerina

3,90 1,5-pentanodiol

4,10 2-pirrolidona

4,55 1,6-hexanodiol

5,31 Etriol

HP DESIGNJET 1055 CM 3,91 1,5-pentanodiol Fig. II.T

4,10 2-pirrolidona

5,30 Etriol

3.5 RESULTADO DOS EXAMES

Na análise química das tintas foi extraída apenas uma amostra tripla (colorida, preta
e papel em branco) de cada tipo de impressora.

Nas condições de cromatografia utilizadas todas as substâncias que foram extraídas e


consideradas relevantes, saem com tempo de retenção de 3 a 7 minutos.

As substâncias identificadas durante as análises são compatíveis com os dados da


literatura: foram encontrados polióis, 2-pirrolidona e derivados e surfactantes.

Verificou-se que algumas substâncias, como o 1,5-pentanodiol, a 2-pirrolidona, o


1,6-hexanodiol e o etriol, aparecem na maioria dos cromatogramas obtidos, mas possuíam
picos com alturas diferentes, ou seja, estão presentes em quantidades diferentes.
57

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho consistiu em uma análise preliminar com o objetivo de buscar novas
metodologias de exames em impressos produzidos através de impressoras a jato de tinta,
baseando-se nas características físicas da impressão e na composição química das tintas.

Quanto às características físicas da impressão buscou-se verificar se apenas através


dos diversos aumentos aplicados seria possível diferenciar os impressos.

Analisando os resultados obtidos nos exames óticos, como metodologia de exame


para comparar impressos produzidos por impressoras a jato de tinta, constata-se que a
presença de “banding” é uma caraterística importante, não somente pela presença do
desalinhamento mas porque, desta forma, é possível conhecer a largura da cabeça de
impressão da impressora que produziu o impresso. Ao comparar impressos que possuam
“banding” de larguras diferentes é possível determinar que foram produzidos por impressoras
diferentes.

A simples presença de divergências visuais no brilho e tonalidade das tintas, na


forma e tamanho dos pontos assim como a presença de gotas-satélite não caracteriza
impressos divergentes, pois outras variáveis como tipo de papel e mudanças nas
configurações de uma mesma impressora (ex: “fine”, “normal” ou “rascunho”) podem
ocasionar estas divergências.

Portanto ao se constatar divergências como as supracitadas é importante a realização


de exames diretamente nas tintas para que se que confirme, ou não, que os impressos foram
produzidos por impressoras diferentes.

Desta forma é possível concluir que os exames óticos com variação de aumento
podem ser utilizados na comparação de impressos produzidos por impressoras a jato de tinta,
sendo considerado método excludente.

Quanto à composição química das tintas verificou-se a viabilidade de usar o CG na


análise de tintas de impressoras a jato de tinta em documentos impressos (Mizrachi, 1998).

Foi extraída apenas uma amostra tripla (colorida, preta e papel em branco) de cada
tipo de impressora.

Nas condições de cromatografia utilizadas todas as substâncias que foram extraídas e


consideradas relevantes, saem com tempo de retenção de 3 a 7 minutos, sendo que, todas as
58

identificações foram feitas só pelo espectro de massas.

As substâncias identificadas durante as análises são compatíveis com os dados da


literatura: foram encontrados polióis, 2-pirrolidona e derivados e surfactantes.

Verificou-se que algumas substâncias, como o 1,5-pentanodiol, a 2-pirrolidona, o


1,6-hexanodiol e o etriol, aparecem na maioria dos cromatogramas obtidos, mas possuíam
picos com alturas diferentes, ou seja, estão presentes em quantidades diferentes.

O que se verificou foi uma diferenciação na quantidade de material total extraído e


na relação entre as substâncias relevantes. Pelos resultados qualitativos obtidos, a proporção
entre essas substâncias individualizam os tipos de tinta examinados. A análise quantitativa do
material extraído, portanto, seria necessária para a caracterização mais precisa das tintas
utilizadas no estudo.

A análise dos cromatogramas e espectros demonstraram que a análise de tintas por


esta metodologia é viável, entretanto existe muito a se aprofundar no assunto.

Uma vez que é inviável a criação de um banco de dados que vá exaurir todas as
possibilidades de modelos de impressora e cartuchos de tinta, o método apresentado é
unicamente excludente, permitindo apenas afirmar com certeza de quais impressoras os
impressos em questão não foram originados. No caso de exames comparativos de diversos
impressos o método permite afirmar, no caso de espectros divergentes, que os mesmos foram
produzidos por tintas diferentes

Para haver uma validação estatística do método seria necessário extrair uma maior
quantidade de amostra (amostras triplas) de cada impressora, verificando-se a
reprodutibilidade dos resultados, a precisão e a robustez do método, entre outros parâmetros
de avaliação.
59

TRABALHOS FUTUROS

Quanto aos exames químicos destrutivos, além da necessidade de uma validação


estatística do método utilizado, acompanhada de um exame quantitativo mais rigoroso, já
citada nas considerações finais, o estudo realizado abre outras questões que podem ser
abordadas futuramente. Um estudo possível seria avaliar se existe uma variação com o tempo
das substâncias extraídas, de forma qualitativa e quantitativa, ou seja, se impressos produzidos
com uma mesma impressora e mesma tinta com lapso de tempo de pelo menos alguns meses
apresentariam resultados discrepantes.

Outra análise possível de ser realizada seria mudar as condições da extração e então
se verificar se ocorre extração de outros grupos de substâncias, pois nas condições que foram
utilizadas houve extração basicamente de glicóis, substâncias mais leves que saem com menor
tempo de retenção. (Barrero-Moreno, 2007).

Quanto aos exames óticos, um estudo possível seria avaliar como reagem as tintas de
impressoras a jato de tinta quando submetidas a outros recursos do VSC 5000, por exemplo, a
medição da intensidade RGB das tintas, colorimetria, espectros de absorção, transmissão e
refletância, luminescência na região do infravermelho e UV.

Cabe ressaltar que as análises espectrométricas realizadas pelo VSC não são robustas
nem preciso-exatas como de um espectrômetro. No mesmo sentido estão as análises
colorimétricas baseadas na CIE 1931 e 1960, servem apenas para comparação/estudo no
mesmo equipamento (de preferência em análises realizadas simultaneamente). Estas análises
são úteis, basicamente, para eliminar o subjetivismo da detecção das cores pelo olho humano.
(FOSTER+FREEMAN, 2006).
60

REFERÊNCIAS

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Deionizadores, acessado em 13/11/12 pelo
site:http://www.tutorzone.com.br/como_fazer/projeto%20de%20Fabrica%E7%E3o%20de%2
0tintas%20deskjets%20w%20injet.pdf

AQUINO NETO, F.R.; SOUZA, D.S. Cromatografia - Princípios Básicos e Técnicas


Afins. Rio de Janeiro: Interciência, 2003. p.187.

BARRERO-MORENO J, TIRENDI S, RENIERO F, GIORDANO G, KOTZIAS D; Rapid


Commun. Mass Spectrum. 2008; 22: 471-476.

BIGELOW S. J. Troubleshooting and repairing computer printers: McGraw-Hill, 1996. -


2a ed.: 474 p.

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Campinas: Editora UNICAMP, 2006.p.456.

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CRC, 2006. - 3a Ed.

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http://genesistintas.com.br/blog/2012/09/26/producao-de-tintas-digitais-a-base-de-
solvente-2/ em 26/09/2012.
61

FEUERHARMEL S. Apostila de Identificação de Processos Gráficos, Curso de


Especialização em Ciência Policial e Documentoscopia, Processos Gráficos, 2011.

FEUERHARMEL S. Apostila de Impressão Digital, Curso de Especialização em Ciência


Policial e Documentoscopia, Processos Gráficos, 2011.

FEUERHARMEL S. Apostila de Impressoras Eletrônicas Digitais, Curso de Especialização


em Ciência Policial e Documentoscopia, Mecanografia e Impressos Eletrônicos, 2011.

FEUERHARMEL S. Apostila de Tintas para Impressoras INKJET, Curso de


Especialização em Ciência Policial e Documentoscopia, Mecanografia e Impressos
Eletrônicos, 2011.

FOSTER+FREEMAN. VSC 5000 Comparador Espectral de Vídeo: manual do usuário 11a


versão do software 5.7. 2006, 75.

JÜRGENS M. C. Preservation of ink jet hardcopies. – New York : Rochester Institute of


Technology, 1999.

KELLY J. S. e LINDBLOM B. S. Scientific examination of questioned documents - Boca


Raton : CRC Press, 2006.

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Springer, 2001. – 1207 p.

MAGDASSI, S. The chemistry of inkjet inks - Singapore: World Scientific, 2010.


62

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identification of colors photocopiers by FT-IR and CG-MS, J. Forensic Sci.,1998;
43(2):353-361.

LMURÚA H, artigo publicado na revista na ReciclaMais Nº 12 (www.reciclamais.com).

NADEU W, Tintas – Verdades Reveladas – parte 1, acessado pelo site


http://www.tonerink.com.br/reportagens/tintas1.pdf em 12/11/12.

NADEU W, Tintas – Verdades Reveladas – parte 2, acessado pelo site:


.http://www.tonerink.com.br/reportagens/tintas2.pdf em 12/11/12.

RISTON, J.R. Apostila de Cromatografia, módulo II, Curso de Especialização em Ciência


Policial e Documentoscopia, Análise Química de Documentos, 2011.

SALDANHA, R. G. Procedimentos para perícia de documentos elaborados em


impressoras jato de tinta. Revista do IGP, Porto Alegre: Instituto-Geral de Perícias, v. 1, n.
1, p. 11-12, 2004.

Site http://www.anasofia.net/pdf/producao_grafica_03.pdf, acessado em 13/11/12.

STONE M. D. The underground guide to color printers - Addison Wesley Publishing


Company, 1996. – 342 p.
63

APÊNDICE 1 – ESPECTROS

I - ESCOLHA DO SOLVENTE

I.1 Acetona
64

I.2 Acetonitrila
65

I.3 Clorofórmio
66

I.4 Dimetilsufóxido
67

I.5 Metanol
68

II - ANÁLISE DAS AMOSTRAS

II.A. Espectros referentes à impressora CANON IP1900 sendo:

A1-amostra colorida, A2 amostra preta e A3 branco (papel em branco).


69

II.B. Espectros referentes à impressora EPSON STYLUS C81 sendo:

B1-amostra colorida, B2 amostra preta e B3 branco (papel em branco).


70

II.C. Espectros referentes à impressora AP 410 N sendo:

C1-amostra colorida, C2 amostra preta e C3 branco (papel em branco).


71

II.D. Espectros referentes à impressora HP PSC 1110 – CARTUCHO COMPATÍVEL sendo:

D1-amostra colorida, D2 amostra preta e D3 branco (papel em branco).


72

II.E. Espectros referentes à impressora HP PHOTOSMART 8100 SÉRIES CARTUCHO


RECARREGÁVEL sendo:

E1-amostra colorida, E2 amostra preta e E3 branco (papel em branco).


73

II.F. Espectros referentes à impressora HP DESKJET D1600 SÉRIES CARTUCHO


RECARREGÁVEL sendo:

F1-amostra colorida, F2 amostra preta e F3 branco (papel em branco).


74

II.G. Espectros referentes à impressora HP PHOTOSMART 7200 SÉRIES CARTUCHO


REMANUFATURADO sendo:

G1-amostra colorida, G2 amostra preta e G3 branco (papel em branco).


75

II.H. Espectros referentes à impressora HP PHOTOSMART C4780 sendo:

H1-amostra colorida, H2 amostra preta e H3 branco (papel em branco).


76

II.I. Espectros referentes à impressora HP DESKJET 1515 sendo:

I1-amostra colorida, I2 amostra preta e I3 branco (papel em branco).


77

II.J. Espectros referentes à impressora HP DESKJET F4480 sendo:

J1-amostra colorida, J2 amostra preta e J3 branco (papel em branco).


78

II.K. Espectros referentes à impressora HP PHOTOSMART C4700 sendo:

K1-amostra colorida, K2 amostra preta e K3 branco (papel em branco).


79

II.L. Espectros referentes à impressora HP OFFICEJET 4500 sendo:

L1-amostra colorida, L2 amostra preta e L3 branco (papel em branco).


80

II.M. Espectros referentes à impressora HP OFFICEJET J 4680 sendo:

M1-amostra colorida, M2 amostra preta e M3 branco (papel em branco).


81

II.N. Espectros referentes à impressora HP DESKJET 910C sendo:

N1-amostra colorida, N2 amostra preta e N3 branco (papel em branco).


82

II.O. Espectros referentes à impressora HP PSC 2510 PHOTOSMART sendo:

O1-amostra colorida, O2 amostra preta e O3 branco (papel em branco).


83

II.P. Espectros referentes à impressora HP PHOTOSMART PLUS B210A sendo:

P1-amostra colorida, P2 amostra preta e P3 branco (papel em branco).


84

II.Q. Espectros referentes à impressora EPSON L200 sendo:

Q1-amostra colorida, Q2 amostra preta e Q3 branco (papel em branco).


85

II.R. Espectros referentes à impressora LEXMARK Z515 sendo:

R1-amostra colorida, R2 amostra preta e R3 branco (papel em branco).


86

II.S. Espectros referentes à impressora DILETTA 500 I sendo:

S1-amostra colorida, S2 amostra preta e S3 branco (papel em branco).


87

II.T. Espectros referentes à impressora HP DESIGNJET 1055 CM sendo:

T1-amostra colorida, T2 amostra preta e T3 branco (papel em branco).


88

APÊNDICE 2 – IMAGENS OBTIDAS PELO VSC 6000

A - CANON IP1900,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
89

B - EPSON STYLUS C83,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
90

C - AP 410 N,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
91

D - HP PSC 1310 – CARTUCHO COMPATÍVEL,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
92

E - HP Photosmart 8100 séries – CARTUCHO RECARREGADO,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
93

F - HP Deskjet D1600 séries – CARTUCHO RECARREGADO,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1

Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
94

G - HP Photosmart 7200 séries – CARTUCHO REMANUFATURADO,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1
Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
95

H - HP PHOTOSMART C4780,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
96

I - HP DESKJET 3535,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
97

J - HP DESKJET F4480,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
98

K - HP PHOTOSMART C4700,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
99

L - HP OFFICEJET 4500,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1 Aumento de 130:1


100

M – HP OFFICEJET J 4680,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
101

N- HP DESKJET 930 C,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 130:1
Aumento de 80:1
102

O – HP PSC 2510 Photosmart,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
103

P – HP Photosmart Plus B210 a,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1
Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
104

Q – EPSON L200,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
105

R – LEXMARK Z515,

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1
Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
106

S – DILETTA 500i e

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1
Aumento de 130:1
107

T – HP DESIGNJET 1055 CM.

Aumento de 10:1 Aumento de 18:1

Aumento de 40:1 Aumento de 60:1

Aumento de 80:1 Aumento de 130:1


108

APÊNDICE 3 – IMAGENS DE CÉDULAS DE REAL - AUTÊNTICAS E FALSAS

IMAGENS DA CÉDULA DE R$50,00

Aumento de 10:1 – CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 10:1 – CÉDULA FALSA

Aumento de 18:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 18:1– CÉDULA FALSA

Aumento de 40:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 40:1– CÉDULA FALSA


109

Aumento de 60:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 60:1– CÉDULA FALSA

Aumento de 60:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 60:1– CÉDULA FALSA

Aumento de 130:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 130:1– CÉDULA FALSA


110

IMAGENS DA CÉDULA DE R$100,00

Aumento de 10:1 – CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 10:1 – CÉDULA FALSA

Aumento de 18:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 18:1– CÉDULA FALSA

Aumento de 30:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 30:1– CÉDULA FALSA


111

Aumento de 40:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 40:1– CÉDULA FALSA

Aumento de 60:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 60:1– CÉDULA FALSA

Aumento de 130:1– CÉDULA AUTÊNTICA Aumento de 130:1– CÉDULA FALSA

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