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Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 1

Concurso Público
Como estudar de forma a obter sucesso

 Dedicatória

Dedico este singelo trabalho em primeiro lugar a Deus, que me


capacitou a estar hoje agradecendo pelas vitórias alcançadas, muitas das
quais eu, sinceramente, não esperava obter. Gostaria de conseguir
expressar em palavras e traduzir meus sentimentos de gratidão ao Senhor
por aquilo que Ele me concedeu, mas sou obrigado a reconhecer minha
pouca capacidade de fazê-lo. Ainda bem que Ele conhece meu coração e
sabe entender aquilo que as palavras não expressam, mas que uma
lágrima, às vezes, é suficiente para isso. A Deus seja a glória.

Também faço questão de expressar minha sincera gratidão à


minha esposa Eva, que sem seu apoio e incentivo, como também
compreensão pelos meus rompantes de ansiedade e “ausência em carne e
osso”, eu não teria sido capaz de tamanhas conquistas. Você foi um
presente de Deus para mim, melhor do que todos os concursos que passei
ou virei a passar e, por isso, dedico também a você estas linhas.

Se deixasse de mencionar meus pais, seria muitíssimo ingrato, o


que jamais faria. Apesar de silenciosos em parte, essas conquistas
geraram grande orgulho para eles. Mas devo admitir que o maior orgulho
é meu, principalmente em saber que foi com eles que aprendi a ser
batalhador. E hoje tenho o prazer de dizer que minha mãe, mesmo após
anos longe dos livros e salas de aula, concluiu o ensino médio e está para
ingressar em um curso superior. Não afirmo que foi por minha causa que
ela fez isso, mas que deixou o filhote aqui rindo à toa isso deixou.

Quero dedicar também aos concurseiros deste imenso Brasil,


sabedor que sou das terríveis provações a que são submetidos, às

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


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pressões sem medida no curso desse processo tão complexo que é


enfrentar e sair vencedor de um concurso público, concorrendo com
dezenas, centenas e às vezes milhares de candidatos com objetivos tão
diversos, mas com um sonho em comum: realização financeira e
profissional. A vocês, batalhadores anônimos de uma luta sem trégua, da
qual apenas poucos vencedores são lembrados, embora a vitória, de
várias formas, faça-se presente na superação dos limites de cada um,
muito mais recompensador do que qualquer contracheque no fim do mês,
a vocês parceiros, deixo registrada minha profunda admiração pela
coragem de enfrentar tão árdua luta.

 Agradecimento

Confesso que fico até encabulado de registrar meus


agradecimentos, mesmo por que parece que misturei um pouco de
gratidão na dedicatória, entretanto sinto-me no dever de agradecer
mesmo assim, até porque quero deixar claro que chegar aqui não foi
mérito exclusivamente meu, ou seja, tive auxílios variados e não tenho
intenção de desprezá-los.

Sou grato ao meu colega e amigo Halex Maciel, a quem devo


muito por ter compartilhado comigo um material de qualidade que me
possibilitou uma preparação excelente. Obrigado Halex, sem você eu não
estaria hoje aqui. Desejo que em breve eu possa estar lendo sua história
de vitórias.

Há uma série de pessoas que também foram importantes na


minha preparação, e listá-las aqui seria cansativo e mais, tenho receio que
deixaria de citar alguém e cometer injustiças, logo farei um agradecimento
geral em favor daqueles que contribuíram, de uma forma ou de outra,
para o meu sucesso: professores, colegas, amigos, família de modo geral.
A todos vocês, a quem Deus e eu sabemos que vocês foram importantes
para mim, minha sincera gratidão.

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Sinto-me no dever de agradecer também a algumas pessoas às


quais não conheço pessoalmente, mas que foram importantes, diria
imprescindíveis no meu sucesso: William Douglas e Alex Meirelles. Do
primeiro li seu livro “Guia de Leitura Rápida: Como passar em provas e
concursos”, e do segundo seu “Dicas para concursos do Alex Meirelles”.
Sequer trocamos emails, salvo engano, mas seus conselhos foram
essenciais mesmo para que eu pudesse encontrar meu ritmo de estudo e
me preparar com a qualidade e excelência necessária para as conquistas
do porte que logrei êxito. Obrigado por disporem de seu tempo e
compartilhar experiências fantásticas que me permitiram traçar um
caminho direcionado e permanecer nele até o fim.

Não posso esquecer o prof.º Carlos André Tamez, a quem também


não conheço pessoalmente, o qual acreditou neste trabalho e me deu a
oportunidade ímpar de contribuir com os concurseiros de todo o Brasil,
contando um pouco da minha experiência e quais coisas fazer e quais
evitar para um dia poderem também contar sua história de sucesso.
Obrigado prof.º Carlos André, se eu já o admirava antes, agora ainda
mais.

 Introdução:

Atrativos dos concursos, dedicação dos candidatos, desafios,


noites sem dormir, incompreensões, estabilidade, sonhos, conquistas,
ansiedades e medos, fracassos e vitórias, tristezas e alegrias, etc. Quem é
concurseiro já conhece muito bem a maioria desses termos, talvez com
uma intensidade muito maior que a maioria das pessoas. E se alguém
pensa em seguir esse rumo certamente vai se defrontar com eles, mais
cedo ou mais tarde, quer queira quer não.

Resolvi contar um pouco de minha história aqui porque sei que


muitos, assim como eu no início, cometemos muitos erros por ignorância e

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desconhecimento da forma correta de se proceder. Baseado em alguns


dos meus erros e também dos acertos, propus-me a mostrar o que
funciona e o que atrapalha os estudos de um concurseiro que se dispõe a
estudar até passar.

Tentarei ao máximo utilizar uma linguagem direta e acessível,


proporcionando a melhor compreensão possível a todos, entretanto devo
advertir que este é um trabalho modesto e com limitações, existindo
outros muito superiores a ele, aos quais remeto os interessados a um
entendimento mais profundo acerca do tema.

Não há, aqui, praticamente nada de novo ou especial, nenhuma


receita mágica ou macete espetacular. O máximo que espero é que sirva
de texto inicial para aqueles que estão sem um rumo ou método a seguir e
carecem dessa orientação. Há, de fato, métodos consagrados pela prática
e extremamente úteis a quem de fato se dispuser a pô-los em uso na sua
preparação diária, e não são difíceis de serem seguidos. Os resultados
serão, garanto, mais que recompensadores.

A didática a ser seguida é um texto explicativo seguido, sempre


que necessário, de ilustrações ou exemplos como forma de sedimentar e
fixar o que foi dito, procurando conscientizar o candidato que o melhor
caminho a ser seguido tem um motivo para ser trilhado, ou seja, direi o
que fazer e o porquê fazê-lo daquela forma. Não conheço outra forma de
se ensinar adequadamente aquilo que considero essencial, imprescindível.
Tenho certeza que agindo assim, será possível um nível de aprendizado e
assimilação satisfatórios.

Ao final, anexei duas entrevistas: uma foi feita por um colega que
me mandou as perguntas informalmente, mas foram tão boas que resolvi
enriquecer o texto com elas. A outra foi do Fórum Concurseiros, que me
foi enviada após sair o resultado do MPU. Ficou um pouco extensa, mas é
possível escolher quais perguntas são mais interessantes e ver quais as

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respostas que atendem às dúvidas do candidato.

Após as entrevistas, há outro anexo com algumas dicas práticas


ilustradas com o intuito de facilitar a compreensão e mostrar como a
teoria pode ser vista na vida real. Essas dicas serão de grande valia para
aplicar em seus estudos as técnicas e métodos aqui expostos.

Obviamente deixo claro também que críticas e sugestões serão


bem-vindas, sempre no intuito de permitir aos concurseiros de todo o país
a melhor preparação possível.

Mãos à obra então!

1ª Parte: Como fazer um planejamento eficiente com vistas ao


alcance de resultados satisfatórios

I. 4 Coisas para se fazer: uma das coisas que mais aflige os


candidatos é saber por onde começar, o que fazer. Nesse turbilhão
de dúvidas, geralmente se tem a impressão que há muito a ser feito
e poucos recursos para torná-lo realidade. A primeira falsa idéia que
deve ser eliminada é a sensação desagradável que a tarefa é
infinitamente superior às nossas forças. Se a grande dúvida que
surge inicialmente é essa, é justo que a ataquemos logo de imediato,
antes que se alastre e produza maiores estragos.

Vamos tentar esclarecer isso da forma mais simples possível:


comece sempre pelo começo. É tão óbvio que chega a parecer ridículo, não
é mesmo? Mas não deixa de ser a pura verdade.

Todo atleta, antes de iniciar seus treinamentos, faz uma série de


exercícios de aquecimento e alongamento, previamente estabelecidos em
um programa específico. Talvez nem todos façam isso, mas certamente

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todos os atletas bem-sucedidos o fazem. Quer ser bem-sucedido?


Programe-se! Começar pelo começo é isso: planejar. A diferença entre o
sucesso e o fracasso pode estar exatamente aí.

Basicamente, tudo o que você precisa para se dar bem em um


concurso público, seja ele qual for, é: estudar, estudar, estudar e estudar.
É bem provável que neste exato momento você esteja pensando: “puxa,
quando eu pensei que iria aprender algo útil, lá vem ele me dizer aquilo
que já estou cansado (literalmente) de saber!”.

Exatamente, sei que você sabe disso, mas talvez o que você ainda
não saiba é o que fazer com esse conhecimento ou como aplicá-lo de
forma útil para seus estudos. E é para isso mesmo que me propus essa
tarefa: ajudá-lo como fazer mais com aquilo que você já sabe. Vamos
examinar melhor o real significado daquele “ESTUDAR” repetido 4 vezes:

a. ESTUDAR “muito”: tempo + dedicação + perseverança: esse é, sem


dúvida, o melhor conselho que se pode dar a alguém que quer passar
em um concurso: estudar muito. Podem dizer o que quiserem, mas
ainda não inventaram uma fórmula melhor para passar em concursos
do que estudar, pelo menos não dentro da lei, claro;

⇒ Os verdadeiros resultados só aparecem depois de um certo tempo.


Estude não para passar, mas estude até passar, como sempre diz o
bom WD (William Douglas). Não espere obter grandes conquistas
dedicando-se pouco ou nada aos alvos traçados, mas também não
desista diante dos primeiros fracassos. Seja inteligente e sábio
utilizando seus insucessos como degraus para chegar cada vez mais
perto de seus objetivos. Perseverar é estudar com regularidade, ou
sempre, nem que seja devagar mas que seja sempre. É melhor ser
uma tartaruga e chegar em 1º do que ser uma lebre e perder a
corrida.

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b. ESTUDAR “bem”: material + atenção + concentração + organização:


não basta estudar muito, é imprescindível estudar de forma correta, ou
seja, estudar bem. É melhor você estudar bem apenas 1h do que ficar
enrolando 4h e depois se iludir dizendo que está estudando muito.
Estude com qualidade, seu cérebro agradece. Ou estude com ilusão,
seus concorrentes agradecem;

⇒ Turbine seu cérebro – esse texto da Profª. Nanci (disponível no site


da Ed. Ferreira) traz excelentes dicas e informações que poderão
mudar seus conceitos acerca de seu potencial e da forma de encarar
os desafios;

⇒ Em seu texto “Dicas para Concursos” o AM (Alex Meirelles) toca em


pontos cruciais – verdadeiros calos de todo concurseiro – sobre o
que fazer e coisas a se evitar no planejamento dos estudos. O termo
'desculpite', cunhado por ele, tem tudo para figurar em qualquer
pretenso vocabulário de um concurseiro que se preze.

c. ESTUDAR “objetivamente”: focar o objetivo pretendido também é


uma forma de potencializar seus resultados; quem fica pulando de
concurso em concurso, ou seja, fazendo vários concursos sem muita
semelhança entre si tem bem menos chances de ser bem sucedido. O
ideal é que se passe em um concurso, mesmo que não seja aquele tão
sonhado, e depois seja feita uma programação direcionada a ele;

⇒ Defina seu objetivo e concentre seus esforços nesse sentido. É


melhor um só tiro certeiro do que vários que apenas raspam o alvo.
Ser objetivo é a forma mais rápida de sair do 'quase' e chegar no
'finalmente'.

d. ESTUDAR “estrategicamente”: otimize seu estudo através de:

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⇒ Dissecação do edital e suas peculiaridades, pesos, desempates, etc.


A dissecação do edital simplesmente orienta seus estudos para
aquilo que realmente importa – o conteúdo exigido e o que desse
conteúdo deve ser priorizado. Analise o edital até saber praticamente
de cor o que é importante, principalmente em relação à matéria e
critérios de desempate e pesos de conhecimentos gerais e
específicos;

⇒ Tentar descobrir o modo de raciocínio do examinador e aquilo que é


mais considerado pela banca – lei seca, doutrina, jurisprudência,
autores preferidos, etc. Faça isso analisando concursos anteriores e
seus editais, mas principalmente as provas, porque serão elas que
darão a dica principal – qual autor preferido e que linha de
pensamento/interpretação é adotada;

⇒ Praticar bastantes exercícios (provas anteriores) para se adaptar ao


estilo e às questões da banca, o que lhe trará, entre outros
benefícios, agilidade e rapidez nas respostas e diminuição da tensão
emocional na hora da prova. Pense nisso como o treino de
penalidades. Pode parecer chato, mas o jogador bem treinado já
errou muitas vezes e tem conhecimento suficiente para saber o deve
e o que NÃO deve fazer. Não se deixe surpreender, treine bastante.
No MPU2007, por exemplo, eu havia respondido mais de 60 provas
de português da FCC, o que daria em torno de 1.000 questões ou
mais. No fim das contas, fui um dos poucos em todo Brasil que
conseguiu responder corretamente pelo menos 80% daquela
verdadeira trituradora de cérebros.

 Resumindo tudo em uma única frase:

“Apaixone-se pelo estudo, case com ele e seja feliz até que a posse
os separe”!

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2ª Parte: Estratégias de abordagem de conteúdo

I. 4 Maneiras de se estudar corretamente: Para ajudá-lo na tarefa


de se programar com eficiência, vou lhes passar essa técnica que
adaptei aos meus estudos, de forma rápida e simples para facilitar
seu entendimento e também para pô-la em prática sem maiores
traumas.

Chamo-a de “Técnica dos 4 I's”, talvez por falta de um nome melhor,


talvez pela facilidade de associá-la ao dia-a-dia. Vamos a ela:

a. 1º “I”: jamais esqueça o Imprescindível;

⇒É tudo aquilo que não pode ser deixado de lado. São os principais
conceitos de cada disciplina que formam seu arcabouço teórico e que
são cobrados exaustivamente pelas bancas examinadoras. Examine
o conteúdo programático pelo edital e veja quais as matérias mais
importantes, as de maior peso e, dentre essas, aquilo que é
figurinha repetida nas provas. É o que eu chamo de “filé mignon” do
edital.

b. 2º “I”: nunca despreze o Importante;

⇒É o 2º escalão no grau de importância dos estudos, configurando-se


como o que de mais recente vem sendo cobrado e alterações
importantes com grandes chances de serem exigidas nas provas, ex.
EC45 no TRF12006. Esteja atento principalmente para mudanças
relevantes na legislação específica e nas mudanças recentes que
atinjam diretamente a matéria cobrada no edital.

c. 3º “I”: não descarte o Interessante;

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⇒ Podemos dizer que o interessante é aquela matéria ou conteúdo da


disciplina que é cobrada esporadicamente nas provas, de tempos em
tempos, sem, contudo, obedecer a uma regularidade que nos indique
se será exigida logo a seguir. Todavia, se houver tempo, essa
matéria pode ser estudada como complemento ao entendimento de
outros tópicos nebulosos ou mesmo para desanuviar a mente. Preste
atenção também a tópicos atuais e matérias que vêm ganhando
espaço e importância no “mundo real”, como por exemplo
“segurança da informação”, que tem tudo para sair de interessante
e se tornar importante num futuro próximo.

d. 4º “I”: não perca tempo com o Irrelevante;

⇒ Deter-se aqui é o mesmo que perder tempo e esforços preciosos. Se


você está com a mente cansada, a melhor saída é parar um pouco e
se movimentar, andar, ler um livro ou revista interessantes e logo
voltar ao batente. Aqui poderíamos citar aqueles artigos legais
jamais cobrados ou matérias/conteúdos importantes, mas que não
foram exigidos especificamente no edital. Pro MPU não tive
condições de estudar a monstruosa LOMP LC 75/93 (+ de 200
artigos), então estudei apenas através de exercícios para tentar
descobrir o que as bancas achavam de importante nela. Resultado:
da prova de 70 questões caiu apenas uma (com peso 1) e acertei a
bendita. Pode parecer irrelevante, mas muita gente estudou/perdeu
tempo estudando pra uma matéria que teve 0,66% de importância
no certame, ou seja, apenas um ponto de 150 possíveis.

⇒ Pergunta: como descobrir quem é quem – dos 4 “I's” – no


meio de um turbilhão de conteúdo quase indecifrável?

Resposta: Através da análise das provas anteriores é possível


identificar nas perguntas e respostas a linha de raciocínio e da forma

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de cobrança da matéria e autores utilizados pela Banca


Examinadora. Isso é, talvez, a melhor dica que poderia ser dada a
alguém que vai fazer um concurso ou está se preparando para um a
médio ou longo prazo.

3ª Parte: Atitudes emocionais positivas

I. Ao contrário do imaginário popular, ajudar concorrentes não é trair a si


mesmo nem contribuir para o próprio fracasso. Transformar concorrentes
em aliados é uma estratégia inteligente que pode encurtar o longo
caminho até à tão desejada aprovação. Entenda dessa forma: ajudando
aos outros você está dizendo a si mesmo que está em um nível bom, ou
seja, que as pessoas precisam crescer para alcançar você. Ao contrário, as
pessoas que “sabotam” os “concorrentes” estão como que dizendo a si
mesmos que estão em um nível que qualquer um pode ultrapassá-los, e se
tornam um verdadeiro poço de insegurança. Se você se dispuser a auxiliar
seus colegas, mesmo que sejam seus concorrentes diretos (se bem que
considero concorrente direto apenas quando há uma única vaga, fora isso
você concorre consigo mesmo), você acumula créditos para ser ajudado no
futuro. Eu fui muito ajudado, e agora estou procurando ajudar você. Vale a
pena? Veja meu currículo e tire suas próprias conclusões. Por tudo isso,
comece a cultivar e desenvolver desde logo estas qualidades, pois você só
tem a ganhar:

a. Perseverança: a forma mais fácil de não se conseguir é nem tentar e


a 2ª mais fácil é desistir logo que surgir a primeira dificuldade. Todo
vencedor ostenta um traço marcante: a persistência. Além disso, é
necessário fazer surgir em si a incrível capacidade de transformar os
comentários negativos em motivação. Sinceramente, não sei dizer
como esse processo funciona, mas o desânimo por causa de
comentários negativos é um dos principais fatores que levam alguém a
desistir de seus sonhos e ideais. Mantenha o máximo possível de

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distância de quem só usa o tempo em pôr os outros pra baixo; você,


pelo contrário, use as palavras para incentivar seus colegas e amigos;

b. Humildade: apesar de todos sabermos e repetirmos isso de que


ninguém sabe tudo, muitas vezes agimos como se soubéssemos e
desprezamos auxílios que poderiam nos elevar a um nível inesperado.
Não há candidatos melhores que outros, mas o que há são candidatos
mais bem preparados que outros. Ser humilde é o mesmo que dizer a si
mesmo: é possível melhorar, dá para ir mais longe, ainda não cheguei
lá, mas vou conseguir;

c. Companheirismo: atrelado ao tópico anterior, na prática quem ajuda


aos colegas também é ajudado de uma forma ou de outra e desenvolve
relacionamentos saudáveis e tranqüilidade para a hora “H”. Quando
você ajuda quem precisa, vai para prova com a sensação de que
precisa apenas dar o máximo de si pra se sair bem; quando você não
ajuda é como se estivesse concorrendo com o resto do mundo,
carregando um fardo insuportável numa ladeira íngreme. Nunca se
esqueça disso: Evite relacionar-se com pessoas pessimistas ou
otimistas demais. Se umas se iludem a respeito das dificuldades, as
outras iludem os outros a respeito das facilidades, ou seja, ninguém
merece. Evite também aquelas que são desleais aos companheiros;
você não precisa de uma punhalada nas costas justamente quando o
que mais carece é de auxílio.

d. Tranqüilidade: a soma dos fatores anteriores resultará em


tranqüilidade na hora da prova. Muitos candidatos bem preparados
sucumbiram diante da prova por lhes faltar apenas isso. Uma boa dica
que vai ser útil para muitos candidatos é não estudar na véspera. Se
você estuda na véspera e chega à prova ansioso, é sinal que é melhor
mudar de tática. Talvez você não acredite, mas não estudar na véspera
produz melhores resultados do que estudar, lógico que isso não é uma
regra infalível. Outra consideração importante: um dos maiores

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causadores de nervosismo é impor a si mesmo uma carga de cobrança


exorbitante ou fora da realidade pessoal. Cobre-se na hora do estudo,
na hora da prova apenas relaxe e resolva-a com a maior calma
possível.

4ª Parte: Quebra de paradigmas (tabus, mitos), máximas e


macetes úteis na caminhada e Conclusão.

I. A experiência pessoal é um bem adquirido através de muito esforço e


sacrifício, e aqueles que se dispõem a repassá-las aos outros estão dando
a eles a imperdível oportunidade de aprenderem com seus acertos e não
repetirem seus erros. Não, não estou elogiando a mim mesmo, mas ao
dizer isso estou fazendo referência àqueles que antes de mim agiram
assim, e foi com eles que aprendi a estudar adequadamente e tento
repassar o que aprendi. Por isso, nunca desperdice a oportunidade de
aprender com a experiência de alguém mais tarimbado, pois pode
significar uma economia incrível de tempo e esforço que serão
direcionados para outros alvos igualmente importantes.

a. Mitos e tabus acerca dos concursos públicos:

⇒ só passa gênio: errado, passa quem estuda seguindo os passos


relatados anteriormente. Quer um exemplo? Eu mesmo. Não sou
gênio nem superdotado, mas já passei em concursos super-difíceis
e, garanto, não foi sorte nem comprei “gabarito”;

⇒ só tem mutreta: a fraude é exceção, a regra é a lisura – aliás, se


nosso país seguisse a escrita de transparência dos concursos
públicos ele seria muito melhor. Ou seja, vale a pena estudar, pois
ainda há instituições sérias nesse país, e o instituto do concurso
público é uma delas;

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⇒ passa na sorte: sorte pode ser conceituada como a união de duas


variáveis, quais sejam: a preparação e a oportunidade. Quem estiver
bem preparado quando a oportunidade surgir saberá aproveitá-la
adequadamente. Percebeu que a preparação necessariamente
antecede a oportunidade? Pois se quiser passar em um bom
concurso a partir de hoje, comece a estudar a partir de “ontem”;

⇒ qualquer coisa serve: aprenda isso, que sem foco e sem objetivos
não se chega a lugar nenhum. Hoje em dia acabou o amadorismo
em concursos públicos, pelo menos nos de maior porte e nos de
salários mais atraentes. Sem uma preparação adequada não se
consegue um resultado satisfatório. É possível que seja escolhido de
imediato um concurso inferior ao pretendido para adquirir certa
estabilidade e então ser feito um planejamento específico ao sonho
almejado;

⇒ encarar a concorrência de forma realista: não é o nº de candidatos


que vai dizer se você será vitorioso ou não, mas a sua história
pessoal e a preparação. Seu maior concorrente é você mesmo, é
você quem pode te tirar ou colocar dentro das vagas, além do mais
você precisa apenas de uma vaga. Parece fácil demais para ser
realidade, não é? Mas é isso mesmo, nós é que complicamos aquilo
que pode ser fácil e feito sem muita complicação.

⇒ não tenha medo de seus concorrentes: aja de forma – saudável,


claro – que sejam seus concorrentes a terem medo de você. Como
impor medo aos concorrentes? Preparando-se com antecedência e
de forma correta. Mas também não saia dizendo a torto e a direito
que você é “o cara”, que é isso, que é aquilo. Se assim fizer, apenas
demonstrará que está apto a assumir a próxima vaga no hospital
psiquiátrico, na em uma repartição pública. Quem olha pra
concorrência ainda não está seguro o suficiente de si mesmo para

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atingir todo o seu potencial. Mas nunca deixe de tentar, mesmo que
a concorrência seja estratosférica; sua verdadeira e primeira batalha
é com a prova, depois com o desempenho dos concorrentes caso
passe na primeira;

b. Máximas e conselhos úteis: são os famosos bizus dos bam-bam-


bans do momento, aqueles que chegaram a uma espécie de “olimpo”
dos concurseiros. São vistos por muitos candidatos como heróis, mas
são tão humanos como nós mesmos, apenas mais dedicados, talvez.
Mas com certeza dignos de nossa admiração e do nosso sincero
reconhecimento pelos seus grandes feitos. Alguns desses “heróis” - que
compartilham conosco – por isso que faço questão de chamá-los
“heróis” – meros mortais, seus métodos e receitas de sucesso:

⇒ William Douglas, Alexandre Meirelles e Demétrio Pepice, Gustavo


Barchet – todos estes, e outros mais, têm algo de importante a dizer
e lições a repassar. Alguns montaram sites incríveis com orientações
fantásticas, não só para o mundo dos concursos, mas também para
uma vida melhor, vivida de forma vitoriosa em vários aspectos.
Aliás, estudar com dedicação sempre fará bem a qualquer um,
independente do nº. de concursos ou aprovações que sejam
conquistadas;

⇒ faça resumos, rabisque à vontade de acordo com seu entendimento,


faça esboços e invente siglas. Isso pode ser a diferença entre o
sucesso e o fracasso na sua preparação (ex.: TRF1_2006 – questão
de AFO, disponível no anexo III em forma gráfica);

⇒ faça o máximo de provas anteriores da banca examinadora, pois isso


pode ser essencial na resolução de algumas questões e no ganho de
tempo. Muitas questões repetem-se com o passar do tempo, ou
mesmo são semelhantes a outras já elaboradas, tornando mais fácil

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a tarefa de descobrir a linha de raciocínio adotada pela banca. Se


não houver nenhum outro ganho palpável, pelo menos já vale o de
te deixar afiado e ágil no momento mais crucial de todos: responder
a prova;

⇒ estude através de ciclos: para a maioria será a melhor experiência


de todas, que é estudar várias matérias praticamente ao mesmo
tempo e assimilar seu conteúdo. É algo incrível mesmo, que pode
simplesmente propulsionar sua aprendizagem a níveis jamais
alcançados. O Alex Meirelles em seu texto explica como fazê-lo de
uma forma bem didática, disponível para baixar em seu site.

c. O chute consciente: existe o chute consciente? Sim, ele existe, mas


não deve ser usado de maneira indiscriminada e é apenas um recurso
adicional. Através do chute consciente você pode potencializar as
chances de acerto em questões intrigantes, dúbias ou até então
desconhecidas:

⇒ identifique com precisão o que o enunciado/comando da questão


exige – isso é de importância fundamental. Evite os mesmos erros
que eu, como por exemplo, errar a questão mais fácil da prova do
MPU2007 porque marquei a CORRETA quando na verdade era para
assinalar a INCORRETA;

⇒ verifique de imediato as alternativas absurdas ou ilógicas, levando-


se em conta o enunciado. Quando seu nível de estudo atinge certo
patamar, visualizar alternativas que são verdadeiras “aberrações”,
na grande maioria das vezes, não é coisa complicada de se fazer;

⇒ verifique se há questões espelho (auto-excludentes). Mesmo que


você saiba absolutamente nada da questão em si, se duas
alternativas forem o contrário da outra, há mais de 90% de chance

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de a resposta certa ser uma delas; ex. DNIT2006 – ADM/S01


disponível no anexo III;

⇒ verifique suas marcações anteriores e observe as alternativas


restantes. No concurso TTN1994, ao responder a prova de
matemática, que consistia de 8 questões, respondi com certeza
apenas as 5 primeiras. Todavia, percebi que nenhuma das respostas
apontava a alternativa “E”, logo foi minha primeira opção de “chute”,
esperando acertar pelo menos uma das três tentativas. Dei sorte,
pois das três, duas eram a alternativa “E” e ganhei pontos preciosos.
Embora não tenham sido suficientes para ser aprovado, aprendi uma
lição importante com isso;

⇒o gabarito FCC, um caso à parte: a FCC tem um estilo peculiar de


atribuir as questões em seus gabaritos, e se você tiver uma
convicção da marcação de algumas questões, há a possibilidade de
se descobrir com razoável certeza uma alternativa na sequência, ex.
de gabarito no anexo.

d. Encarando a prova: na famosa hora “H”, o que é que pode fazer


diferença a seu favor?

⇒a tranqüilidade advinda de uma boa preparação. Não há nada que


substitua a tranqüilidade na hora de se responder uma prova que
poderá mudar o rumo de sua vida para melhor;

⇒a serenidade de não se cobrar um resultado irreal ou ilusório. Já


bastam os outros cobrando você, por isso não engrosse ainda mais
essa lista que, muitas vezes, é formada por pessoas que não se
importam com você nem compartilham das suas alegrias e nem
acompanham suas tristezas;

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 18

⇒ uma boa condição de saúde antes e durante a prova. Invista


também em seu corpo, afinal será ele que terá de suportar as horas
intermináveis de estudos e a terrível provação de enfrentar o
cadernos de questões no dia determinado pela banca. Além disso, há
os exames caso seja aprovado. Ninguém merece passar no concurso
e ser reprovado no exame de fezes, concorda? Foi só para
descontrair, lógico;

⇒ uma concentração e atenção elevadas na resolução das questões. É


inútil o candidato saber toda a matéria, de cor e salteada, se não
estiver atento e concentrado ao resolver a prova. Errar o que não se
sabe não causa grande constrangimento, mas errar o que se sabe é
bastante doloroso, principalmente quando o descobrimos apenas ao
corrigir o gabarito;

⇒ marcar o gabarito oficial com o máximo de atenção. Esse é outro


erro bastante comum e mais corriqueiro do que se imagina.
Qualquer um pode passar por isso de marcar errado no caderno de
respostas uma (ou mais) questão respondida corretamente na
prova. Em concursos onde uma questão tira ou põe o candidato
dentro das vagas, isso é simplesmente crucial. Eu também já passei
por essa experiência no concurso DNIT2006, mas graças a Deus não
perdi a vaga por essa falta de atenção. Mas isso, infelizmente, não
pode ser dito de todos que passaram por essa experiência tão
decepcionante.

II. Conclusão:

⇒ passar em um concurso público não é questão de sorte, embora ela


também esteja presente na ampla gama de elementos que podem
determinar o sucesso ou fracasso do candidato. Estudar para um
concurso, mesmo sendo nele reprovado, pode abrir várias outras

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 19

portas. O tempo e a dedicação despendidos nesse processo


certamente serão úteis em algum momento da vida, talvez sendo
mesmo o diferencial que alçará o indivíduo à galeria do vencedores.

⇒ Ser reprovado em um concurso não é o fim do mundo, pelo


contrário, pode até mesmo se tornar em um novo começo, uma
nova história. Cada experiência vivida torna-se mais um degrau
vencido, mais uma etapa ultrapassada, uma distância a menos a ser
percorrida no longo caminho ao sucesso. Desistir nunca foi uma
opção para os verdadeiros vencedores, nem deverá sequer constar
em seu vocabulário caso deseje também figurar um dia no rol dos
protagonistas das grandes conquistas, mesmo que seja considerada
uma grande conquista apenas para você mesmo. Vá em frente, há
um lugar de honra à sua espera logo mais à frente.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 20

Fontes de pesquisa úteis:

 http://concursos.correioweb.com.br/forum: fórum CorreioWeb;


 http://alexandremeirelles.googlepages.com/alexandremeirelles: site do AM
com links para diversos sites interessantes, em especial “Dicas para
concursos” e “Entrevista do Deme pro Ponto”, entre outros;
 www.editoraferreira.com.br: além de materiais excelentes, dicas úteis;
 www.vemconcursos.com.br: materiais e dicas;
 www.pontodosconcursos.com.br: excelentes materiais e dicas
importantes;
 www.pciconcursos.com.br: acompanhamento de editais, downloads de
provas;
 www.williamdouglas.com.br: site do WD com textos motivacionais e úteis,
além de outros links, inclusive da Ed. Impetus;
 www.cursoaprovacao.com.br: site do Curso Aprovação;

Identificação:

Wallace Sousa Circuncisão, formado em Administração de Empresas pela


UFRN/1998 – Campus de NATAL/RN e atualmente exercendo o cargo de
Analista Administrativo – Administrador na Administração Pública Federal.

Concursos prestados:

 Banco do Brasil/1992: 156º lugar;


 Banco Meridional do Brasil/1992: 9º lugar;
 TTN/1994: classificação não divulgada pela ESAF;
 TRE_MT/2005: 119º para Técnico Judiciário Área Administrativa;
 DNIT/2006: 2º lugar para Analista Administrativo – Administrador;
 SAD_MT/2006: 3º lugar para TAIG/Administrador;
 AGU/2006: 4º lugar para Administrador;
 TRF1/2006: 5º lugar para Analista Judiciário – Área Administrativa;
 MPU/2007: 1° lugar em MT e 5° no Brasil (~ 24.000 inscritos).

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 21

Anexo I

Perguntas de um concurseiro (feitas via email):

 Quantas horas por dia você estudava??


olha, como eu trabalho atualmente das 7:30-11:30/13:30-17:30 só
tinha tempo no hor almoço (1h) e à noite, mas dae resolvi acordar +
cedo e estudar 1h antes também - foi cansativo, mas vlw mto a pena,
sem isso eu ñ teria conseguido no TRF (eram + de 1600 cand). Isso
dava pouco + de 4h/dia líquidas (tirando as paradas). Mesmo sem
trabalhar ñ conseguia, dificilmente, estudar + q isso (4-5h);
 Quanto tempo demorou, em média, de dedicação para você passar nesses concursos
do TRF e também AGU??
olha, essa perg é difícil pq demanda mto tempo, mas vou tentar
resumir pra vc: eu estudei pro BB em 1992; dae pro TTN em 1994; foi
ae q cometi um grande erro: me acomodei e deixei a vida me
levar...rss; voltei a estudar em 2005 pro TRE_MT e com a ñ aprovação
me decepcionei e desmotivei de novo e arriei (desmontei) a égua... a
vida me levou de novo...rss; mas no final de 2005 resolvi tomar
vergonha na cara e fazer algo decente até o fim, dae comecei a
estudar pro DNIT (nem te conto o q houve) e só passei nesse pq Jesus
foi bom comigo e me ajudou mesmo, sem brincadeira; dae veio a
SAD_MT q peguei + - no embalo e consegui ficar entre os 3 tb; dae
mano, virou vício rss, vi que podia ir + longe e quis tentar vôos +
altos. Parei de estudar em maio (SAD) e retornei em agosto pro TRF
quando nem tinha saído ainda o edital; entre o edital e a prova do
TRF1 saiu a AGU e eu sabia q ñ dava pra estudar pros 2 e resolvi focar
o TRF1; estudei msm pra AGU umas 2 semanas intercaladas com TRF1
porque mtas matérias eram semelhantes; foi outra surpresa ficar em
4º na AGU empatado com a 3ª hehehe, eram 3 vgs!; dae chegou o
TRF1 e ñ fui tão bem como gostaria: fiz 85% e queria fazer 95%;
terminei em 5º sem acreditar q chegaria lá... eita Jesus bão! Ah, acho
q você confundiu AGU com CGU, porque o TRF é melhor que AGU mas
um pouco inferior à CGU (um dos meus sonhos...)
 Como você aproveitava o seu tempo??

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 22

aproveitava mais lendo ou mais resolvendo exercícios?? Ambos,


mas eu aprendo + exercitando porque assimilo melhor a matéria e
vejo como o examinador cobra a matéria/conteúdo, vendo onde eu
passava batido coisas que ñ achava importante mas eram exigidas em
provas.
 Estudava sozinho??
gosto de estudar sozinho, mas se tivesse q estudar com outro colega
discutindo ñ seria problema, mas acredito que a maior parte do tempo
deve-se estudar sozinho, pelo menos eu rendo melhor assim. Fiz
alguns cursinhos até pegar ritmo; quando você sabe pouco de uma
matéria é interessante fazer um cursinho pra te abrir a mente, mas
depois que embalar o melhor é pegar o melhor material que puder e
mandar brasa. Outra coisa: no TRF1 eu estudava mto só e fazia um
curso de resolução de exercícios da FCC, recomendo. Você estudar e
depois ir fazer exerc com o profº explicando os macetes, pegadinhas
etc., é 10!
 Você passou em todos os concursos que você fez??
hahahahahahahahahahahahahahahaha, isso foi alguma piada? - uma
das minhas maiores decepções foi o TTN1994, estudava na
UFRN/Administração, trabalhava no Banco Meridional (que
praticamente me exauria) e estudava o tempo que sobrava; acho que
fiquei entre os 20 colocados, mas minha nota me possibilitava ocupar
4 de 5 vagas no restante do Brasil - no Nordeste o negócio era super-
pesado, e ainda é. Outra decepção foi o TRE_MT em 2005: saí do
emprego 15dd depois de casar(!) – não via vantagens de continuar lá
– só pra estudar pro TRE e estudei muito errado. Pra começar fazia
quase 10 anos que não estudava mais pra concursos; depois o
material que consegui não foi dos melhores; o tempo de estudo foi
curtíssimo, menos de 2 meses. Ainda assim faltou apenas uma (!)
questão pra eu ficar com uma das vagas. Foi até melhor sabe... quem
sabe se eu passasse não teria me acomodado e hoje não estaria tendo
tantas experiências pra contar e vontade de ajudar os outros.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 23

Anexo II

Entrevista por email para FConcurseiros

Nome: Wallace Sousa Circuncisão


Idade: 34a
Casado/Solteiro: casado
Formação: Administrador – UFRN1998.

O Início de Tudo:
Deixe-me avisar vc de algo: esta história é um pouco comprida. Espero que se vc
se dispuser a lê-la até o fim, isso possa ser útil em sua vida. Eu gostaria de poder
ter um auxílio assim qdo comecei a estudar pra concursos. Minha história
começou há algum tempo, uns 10-12 anos para ser mais exato. Trabalhar na
iniciativa privada não me satisfazia, nem pessoalmente nem financeiramente. Daí
para os estudos e encarar os concursos públicos foi apenas um pequeno passo.
Devo registrar: um passo do qual não me arrependo de tê-lo dado.

Concursos em que foi aprovado e Concursos em que foi reprovado:


Essa é uma conta que não fecha (rss), mas vou tentar equacioná-la aqui, tirando
o vestibular: meu primeiro concurso foi o do Bco do Brasil em 1991-92 no RN, a
primeira prova foi anulada e na 2ª consegui me sair bem melhor, até pq estudei
melhor tb – não me lembro com precisão a classificação e a concorrência.
Chamaram pouquíssimos daquele concurso, uma lástima – até hoje ainda
acontece. Aproveitando o embalo (quase não estudei, mas a preparação do BB foi
decisiva), fiz o do Bco Meridional, uma SEM – Soc Econ Mista – semelhante ao
BB. Fiquei em 9° e fui chamado em torno de 1 ano depois. Trabalhei 3 anos lá, e
aprendi que trabalhar em bco sempre foi difícil (rs). Nessa época tive um surto e
queria sair de lá a qualquer custo: estudei pro TTN1994. Foi uma coisa de louco:
fazia Administração na UFRN, trabalhava no BMerid 6h e estudava o tempo que
sobrava. Naquela época a ESAF não divulgava a relação total dos candidatos, logo
não sei dizer qual foi minha classificação, mas eram 8 vagas e devo ter ficado em
15° aprox. Naquele concurso eu teria passado em 4 de cada 5 lugares do Brasil.
Natal foi um dos poucos que não obteria êxito, pro meu azar. Algumas coisas
pessoais me fizeram abandonar a carreira de concurseiro, exatamente qdo eu
estava bem próximo de conseguir algo bom. Por muito tempo fiquei me
martirizando por isso – nunca resolveu nada. Mas em novembro de 2004 tomei 2
decisões que mudaram o rumo da minha vida: resolvi casar e pedir demissão do
emprego pra retornar à vida de concurseiro! Não, não foram 2 decisões
malucas... ambas deram certo. Sou grato a Deus pela esposa abençoada que Ele
me deu. Mas enfim, estudei menos de 2 meses pro TREMT2005 – nível médio –
após mais de 10 anos parado! Resultado? Não passei. Esse foi meu primeiro
pensamento. Hoje digo: quase passei; apenas mais 1 questão e eu teria ficado
entre as 60 vagas. Mas isso me levou a ficar todo o resto do ano de 2005 me
culpando e chorando pelos cantos – tb não resolveu titica nenhuma. Daí no final
de 2005 assisti uma pregação de um pastor que admiro muito (Pr. Silas Malafaia:
Ânimo – o agente ativador do ser). Lá eu descobri o verdadeiro culpado de meus
problemas: eu mesmo! Então tomei uma decisão revolucionária: “vou deixar de
ser parte do problema e me tornar parte da solução!”. Decidi que só pararia de
estudar até passar em um bom concurso. Em dezembro saiu o concurso do DNIT,
com as provas marcadas para março2006. Eram 3 vagas para Administrador.
Disse á minha esposa: “amor, vou fazer um concurso!”, e ela: “quantas vagas?”,

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 24

“3!”. “Não tinha um mais fácil não?”; “amor, bons concursos são assim, além do
mais eu só preciso de 1 vaga!”. Ganhei ela no papo (rss). Infelizmente no meio
da minha preparação, um grave problema familiar quase me tirou do páreo: o
esposo da minha cunhada veio do interior se tratar de uma doença desconhecida
e ficou morando conosco. Menos de 1 mês após sua chegada, ele veio a falecer –
era câncer! Fiquei totalmente desestabilizado, mas faltando 10 dias para a prova
decidi não desperdiçar aquela oportunidade e voltei às apostilas. Resultado:
Fiquei em 2° pq passei errado pro gabarito uma questão. Deus não me deixou
fazer aquela prova sozinho, Ele estava comigo. Depois veio SADMT2006 para
Administrador: 3º (empatei c/ os 2 primeiros em questões acertadas). Quando
essas coisas aconteceram, descobri algo: dava para ir mais longe. E foi o que fiz,
continuei estudando para bons concursos que aparecessem. Surgiu o TRF1 –
Tribunal Regional Federal 1ª Região. Acompanhei pelos fóruns que logo sairia o
edital, daí já iniciei os estudos em agosto e o edital saiu 45dd depois. Nesse meio
tempo saiu o da AGU – Advocacia Geral da União, para Administrador, mas como
eu já estava focado no TRF1, nem dei bola. Seria praticamente impossível
conciliar trabalho e estudo para ambos os concursos, então o desprezei. Mas falei
dele para uma colega minha e afirmei pra ela que aquele era O concurso dela,
que eu tinha certeza que uma daquelas vagas era dela! Ela acreditou mesmo e
estudou pra valer. Foi a 1ª disparada e entre as melhores notas do Brasil! Uns 15
dias antes da prova fiz uma revisão rápida, saindo um pouco do TRF1 e consegui
ficar em 4º empatado com a 3ª – eram 3 vagas. Então veio a prova do TRF1, não
fui tão bem como previa, mas mesmo assim consegui ficar em 5º de mais de
1600 inscritos, uma grande vitória levando em conta minhas limitações. No MPU
é que as coisas complicaram bastante: adoeci logo depois do TRF1 e fiquei de
molho uns 15dd sem conseguir olhar pros livros. Depois disso tentei estudar mas
o cérebro não assimilava quase nada! Estou perdido, pensei. Houve vezes em que
tive vontade de chorar olhando para os materiais, sem conseguir estudar. Me deu
vontade de desistir umas 5 vezes, pensando que iria “sujar” minha reputação de
bons resultados até então. Tomei uma decisão que me curou disso: “não importa
que colocação eu fique, vou fazer essa prova! Nem que eu morra nessa batalha,
mas se for para morrer que seja como um guerreiro – lutando!” Orei bastante tb,
acordava de madrugada e olhava para o céu, “Senhor”, eu dizia, “me ilumine
nessa prova. Vou fazer minha parte, mas me abençoe, por favor”. E Ele me
ouviu: contrariando TODAS as minhas melhores expectativas, fiquei em 1° no
Mato Grosso para An. Administrativo e em 5° no Brasil. Se eu não tivesse
respondido a alternativa CERTA de uma questão que era pra responder a
ERRADA, teria sido o único no Brasil a fazer mais de 60 questões das 70 da
prova. Dividi o podium com 2 garotas, uma de Brasília e outra do Espírito Santo –
fiquei como “bendito o fruto” (rss). Fico tremendo só de pensar SE eu tivesse
desistido, mas agradeço a Deus por não ter feito essa bobagem.

Qual a estratégia quando o tempo de preparação é muito curto. Digo do


edital até a prova?
Focar as matérias principais, as de maior peso e analisar as provas anteriores
para descobrir quais pontos são reincidentes e mais explorados pela banca
examinadora.

Qual a estratégia quando não temos previsões de concurso?


Estudar as matérias básicas/coringas, que sempre são exigidas para a área
pretendida – área fiscal, jurídica, etc. Estudar num ritmo intermediário que não te
deixe preguiçoso e que possibilite uma arrancada quando o edital for publicado.
Ter um desempenho excelente nas matérias básicas é quase uma garantia de se

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 25

sair bem no concurso pretendido. As matérias secundárias podem ser cobertas


com certa facilidade se vc está bem preparado nas principais.

Quais dicas vc daria para alguém que quer se tornar um Analista do


MPU? Por onde começar a preparação?
Tanto um técnico quanto um analista do MPU devem saber bem as matérias de
Direito. Dir. Administrativo, Constitucional, Penal e do Trabalho são básicas para
quase todos os cargos, tanto os jurídicos quanto os administrativos. Português
pode ser o diferencial que vai fazer um candidato galgar posições decisivas,
quando tudo o mais estiver truncado.

Como foi o seu planejamento de estudo?


Foi assim mesmo: bem planejado, à exceção dos concursos do MPU e do DNIT,
cujas aprovações considero um presente de Deus, que abençoou meus estudos
de forma tremenda. Neles meu nível de estudo não era suficiente para chegar
aonde cheguei, mas Deus me supriu aquilo que não pude fazer por mim mesmo.
Nos demais segui o modelo de estudo por ciclos do Alex Meirelles e a divisão do
horário de forma racional, disponível no site do William Douglas. Um bom
planejamento é simplesmente a diferença entre o sucesso e o fracasso nesses
tempos de concorrência absurda e candidatos cada vez mais preparados. Um fato
marcante foi eu ter feito um simulado uns 20dd antes da prova e ter me saído
muito mal, mas mal mesmo. Só que eu já sabia que ia me sair mal. O que eu fiz
daí pra frente foi focar aquelas matérias onde estava deficiente, e tentar me
manter onde estava bem. Contabilidade era uma das que estava mal, mas dei
uma de inteligente (rss): chamei um colega de trabalho que é contador e
passamos a estudar juntos essa matéria. Eu dava dicas pra ele de português e
ele me ajudava em contabilidade. Resultado: das 10 consegui acertar 7, o que
para mim foi fantástico, sem dizer essencial para a colocação que fiquei.

Qual é a melhor estratégia para quem só estuda, antes e depois do


edital? Quantas Horas/Dia?
Difícil dizer, mesmo pq cada um tem seu ritmo, e isso é o mais importante:
descobrir seu ritmo. Eu diria, sem medo de errar, que a qtde de horas de estudo
deve ser aquela que vc consegue suportar. Como assim? Simples. Enquanto vc
estiver estudando e assimilando, continue. Tente descobrir seu limite. Todavia,
depois que tiver descoberto qual seu tempo de estudo máximo diário, não abuse;
deixe sempre aquele gostinho de “quero-mais” pro outro dia. Caso contrário, vc
poderá se cansar demais num dia e não render nada no outro; o que vale mesmo
é a constância e a perseverança. Quando eu estava só estudando, dificilmente
conseguia estudar mais de 5h/dia líquidas (de estudo mesmo). Mas isso era uma
questão pessoal minha: nunca consegui estudar muito tempo seguido mesmo,
por isso sempre tentei aproveitar ao máximo o tempo efetivamente estudado.
Depois que comecei a trabalhar – 7:30-11:30 e 13:30-17:30, estudava 4h/dia.
Não estava sendo suficiente, daí comecei a acordar 1h mais cedo pra estudar e
assim consegui o 5° lugar no TRF1. Sinceramente falando, considero que menos
de 5h/dia líquidas de estudo são insuficientes para um resultado que possa
colocar o candidato dentro das vagas.

Qual é a melhor estratégia para quem trabalha e estuda, antes e depois


do edital? Quantas Horas/Dia?
A reposta desta pergunta foi dada na questão anterior.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 26

Quais as dicas que vc daria de Bibliografia para MPU? Quais livros vc


utilizou?
Em primeiro lugar, a dica básica: o que NÃO usar: apostilas condensadas! As que
prestam são raras. Claro, há exceções, mas prefiro não arriscar, e somente
recorro a elas em último caso. Sem dúvida, as melhores dicas de bibliografia são
os livros das editoras Ferreira e Impetus. Eu gosto e utilizo bastante as aulas
online do Ponto dos Concursos, tanto pela praticidade quanto pela forma de
apresentação do conteúdo. Quando eles fazem as aulas direcionadas para o
concurso, é certamente uma das melhores opções. A desvantagem é que não são
baratas.

Qual a sua opinião a respeito de cursos preparatórios?


Se for um bom cursinho, sem dúvida vale a pena. Eu mesmo freqüentei um aqui
em Cuiabá/MT antes do concurso da SAD e foi decisivo, pelo menos para ficar nas
primeiras colocações. Mas uma verdade deve ser dita: o que faz o candidato
passar não é o cursinho, por melhor que ele seja, mas sim a dedicação individual
do candidato, seus estudos particulares. O cursinho ajuda muito em relação a
tirar dúvidas, resolver questões e descobrir macetes, mas o empenho individual
certamente é a mola mestra que catapulta o concurseiro para dentro do número
de vagas ou das primeiras colocações.

Quais foram seus maiores erros e acertos na sua preparação para


concursos?
Os erros foram muitos, e os acertos poucos, mas louvo a Deus que os acertos
foram mais decisivos que os erros! Os erros foram, entre outros, querer desistir
várias vezes, desanimar por causa do CR (cadastro reserva, que denominei de
sofrimento reserva), que mesmo você sendo bem colocado, não tem qualquer
perspectiva de ser chamado – pelo menos na área administrativa. Os acertos
foram não ter desistido (no auge da angústia recebi um email de amigos sobre
não desistir, um dos melhores que já li sobre esse tema) e ter lançado mão da
ajuda dos amigos, ter focado onde estava fraco e, considero isso essencial, ter
orado pedindo a bênção de Deus na hora da prova. Ainda que alguém ache
bobagem eu dizer isso, mas ter sido o 5º do Brasil me dá a certeza que fiz a coisa
certa. Outra coisa interessante que ocorreu: decidi não estudar na véspera, tal
como fiz pro TRF1. Fiz um acordo com meu cérebro: na reta final tive uma
conversa séria comigo mesmo e disse assim pra mim mesmo - “olha cérebro, vou
te dar descanso na véspera, mas até lá vou te cobrar muito! E tem mais, vou
confiar em você! Vou deixar que você faça como achar melhor para guardar e se
lembrar das matérias no dia da prova. No sábado nem vou pegar nos livros, mas
no domingo quero você mais afiado que navalha de barbeiro”. E fiz assim mesmo
e não me arrependo.

Qual a sua opinião a respeito de se focar ou não em um concurso?


Depende. Na maioria das vezes é importante focar sim, principalmente se você
tem tempo disponível e já está estabilizado financeiramente ou tem quem o
sustente. Fora isso, uma opção é tentar um concurso mais fácil ou meio-termo e
depois fazer um planejamento para o concurso dos sonhos.

Quais os conselhos que vc daria para alguém que está batendo na trave
há algum tempo e ainda não chegou lá?
Não desista! Se eu não tivesse parado em 1994, quando quase passei no TTN
(hoje TRF), já estaria bem há muito tempo. Quando não passei no TRE2005, por

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 27

causa de apenas 1 questão, minha 1ª impressão foi: que decepção, estudei tanto
e não passei. Isso me levou simplesmente a ficar 1 ano totalmente alheio a tudo,
desiludido e desanimado. Se eu tivesse pensado de forma mais sábia, tipo “Puxa,
faltou pouco! Mais um pouquinho e chego lá!”, o caminho para o sucesso teria
sido muito mais curto e com bem menos sobressaltos. Lembro do que Kaká, da
seleção brasileira disse: “Não me incomodo de errar. Quando eu acertar, ninguém
vai mais se lembrar dos meus erros, mas todos vao comemorar o gol comigo”
(uma paráfrase). Assim também deve ser conosco, erramos muito, mas quando
acertarmos, todo o esforço terá valido a pena e seremos lembrados pelo acertos,
não pelos erros. Está batendo na trave? Quem sabe a bola volta, bate no goleiro
e entra? Não foi assim que o Brasil perdeu pra França em 1996? pois bem,
continue chutando que uma hora entra.

Quanto tempo vc estudou exclusivamente para o MPU? Pq vc escolheu


este concurso?
Não muito tempo, mas o que estudei para todos os concursos antes do MPU
foram úteis no sucesso que alcancei nele. Ou seja, os estudos pro DNIT, SAD,
AGU e TRF12006, todos, sem exceção, contribuíram para que no MPU eu me
saísse de forma tão surpreendente (até para mim). Escolhi o MPU porque era o
que estava na mira, também porque havia saído do TRF12006 bem classificado, e
se passasse nele, teria a oportunidade de ser chamado para ambos e escolher, já
que eles se equivaliam.

Como vc se preparou nos dias que antecede e no dia da prova (estudou,


revisou ou relaxou)?
Falei sobre isso em pergunta anterior, mas vou acrescentar o seguinte: no
TRF12006 estudei na véspera, mas muito mesmo. Que eu me lembre, acertei
apenas uma questão de todo o dia que estudei e vi aquela matéria específica.
Todavia, errei 2 questões que eu sabia e marquei uma tremenda bobeira. Logo,
fazendo um balanço, acho que saí no prejuízo. Não tenho certeza, mas me parece
que o stress de estudar na véspera deixa o candidato propenso a errar coisas
simples, banais, coisas que ele sabe e não erraria em situação normal. Depois
desse concurso do MPU que relaxei na véspera, não pretendo mais quebrar a
cabeça assim. Se eu tiver que ralar, vou ralar até o dia anterior, na véspera vou
só relaxar mesmo. Quando fiz o concurso do Banco do Brasil, meu 1º concurso,
quando o BB ainda tinha status, relaxei na véspera e o resultado também foi
bom. Todavia, no DNIT o estudo da véspera foi crucial, mas nesse ocorreram
fatores de força maior que me impediram de estudar no tempo adequado.
Aconselho ao candidato tentar descobrir o que é melhor para ele.

O Fórum Concurseiros: dê sua opinião.


O FConcurseiros é, sem dúvida, um espaço essencial para todo aquele que deseja
se preparar para um concurso de forma eficiente e satisfatória. No meu caso,
participar de um fórum representou dar um salto de qualidade na minha
preparação que foi decisiva. Através do FConcurseiros conheci o Halex Maciel,
que compartilhou comigo um material de primeira qualidade, responsável direto
pelos resultados que obtive da AGU2006 em diante. Todavia, minha participação
no fórum não foi das mais atuantes, por 2 fatores: 1º que a mudança de
endereço (servidor) me desvinculou um pouco do contato que tinha; 2º que os
concursos que prestei não existiam muitos interessados nele. Mas quero ressaltar
que para área fiscal, entre outras, não conheço outro espaço que seja tão
importante para os candidatos quanto o FConcurseiros.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 28

Quer falar mais alguma coisa? Pode escrever ou complementar as


perguntas.
Curiosidades dos concursos que prestei:

- TREMT2005: faltou uma questão para me colocar dentro das vagas (eram 60 e
fiquei em 119º);
- DNIT2006: errei uma questão ao passar para o gabarito, e perdi o 1º lugar por
isso. Não pensei que iria passar, mas tive um sonho que me via surpreso por
haver passado em 2 fases de um mesmo concurso (objetiva e discursiva), o que
se concretizou;
- AGU2006: estudei 15dd antes da prova especificamente para ele, saindo da
preparação do TRF12006. Fiz a 2ª nota em questões, mas nos pesos empatei
com a 3ª e fiquei em 4º;
- TRF12006: no meio da preparação, tive um sonho em que eu olhava a relação
dos aprovados. Fiquei quase desesperado porque meu nome não estava nem
entre os 15 primeiros. Esse foi um dos motivos que me fez começar a estudar
também de madrugada e conquistar o 5º lugar. Duro foi ter de aguentar até sair
a lista final, pois eu só fiquei despreocupado até sair o resultado da redação! rss
- MPU2007: errei a 1º questão que fiz da prova – a mais fácil de informática!
Marquei a CERTA e era pra marcar a ERRADA! Por causa disso, deixei de ser o
único do Brasil a acertar mais de 60 questões das 70. Esses erros banais às vezes
nos custam uma aprovação. E são os mais dolorosos. No meu caso não fez falta:
de 5º nacional teria sido o 3º (não o 1º por conta dos pesos), mas para muitos
pode ser o motivo de não serem aprovados dentro do limite de vagas.

Espero que estas palavras sejam úteis para lhe ajudar a estudar melhor e,
principalmente, não desistir diante das dificuldades a que todos estamos sujeitos.
Sinceramente, que Deus te abençoe caro leitor anônimo e companheiro de provas.
Desejo que um dia também possamos compartilhar das vitórias. Amém.

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 29

Anexo III

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador


Palestra de Motivação para Concurseiros – 2ª Edição/abr2007 30

Elaboração: Wallace Sousa Circuncisão – Analista Administrativo – Administrador

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