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LADRÃO
DE
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ALEGRIA
Jorge Linhares
Loja Virtual:
www.editoragetsemani.com.br
e-mail:editora@getsemani.com.br
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ÍNDICE
Introdução
1. A Alegria do Senhor
2. A Tristeza da Inveja
3. Entristecendo os Pais
4. 0 Desperdício
Conclusão
INTRODUÇÃO
"Certo homem tinha dois filhos; o mais moço deles disse ao
pai:
"Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu
os haveres.
"Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo
o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os
seus bens, vivendo dissolutamente." (Lucas 15.11-13.)
(Salmo 32.11)
A ALEGRIA DO SENHOR
"Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da
terra?
"Dize-mo, se tens entendimento. Quem lhe pôs as medidas, se
é que o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel?
"Sobre que estão fundadas as suas bases ou quem lhe
assentou a pedra angular,
"quando as estrelas da alva, juntas, alegremente cantavam, e
rejubilavam todos os filhos de Deus?" (Jó 38.4-7.)
A alegria é algo que Deus inventou. A Bíblia mostra que,
mesmo antes de a Terra existir, a alegria já se fazia presente. Era
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DAVI
"Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles,
quando lhes há fartura de cereal e de vinho." (Salmos 4.7.)
"Com efeito, grandes coisas fez o Senhor por nós; por isso,
estamos alegres." (Salmos 126.3.)
ISAÍAS
"Também os levarei ao meu santo monte e os alegrarei na
minha Casa de Oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios
serão aceitos no meu altar, porque a minha casa será chamada
Casa de Oração para todos os povos." (Isaías 56.7.)
JOEL
"Não temas, ó terra, regozija-te e alegra-te, porque o Senhor
faz grandes coisas." (Joel 2.21.)
"Assim diz o Senhor: Neste lugar, que vós dizeis que está
deserto, sem homens nem animais, nas cidades de judá e nas ruas
de Jerusalém, que estão assoladas, sem homens, sem moradores e
sem animais, ainda se ouvirá a voz de júbilo e de alegria, e a voz
de noivo, e a de noiva, e a voz dos que cantam:
"O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para salvar-
te; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor,
regozijar-se-á em ti com júbilo." (Sofonias 3.17.)
No Novo TESTAMENTO
O começo do Novo Testamento é alegre. O nascimento do
Senhor Jesus seria motivo de alegria para todos - não apenas
alegria, mas grande alegria:
Senhor. Ele deve ser nossa alegria, uma alegria que nos dá força
para viver.
A TRISTEZA DA INVEJA
bem, eu vou voltar mais sábia para você. Estou indo para o
encontro das mulheres. Vou voltar mais alegre para você."
Ironicamente, o marido respondeu:
"Você não me engana, não. Está indo é para encontrar com o
pastor."
A mulher ficou desarmada. Foi uma expressão tão feia, tão
pesada, que machucou a alma dela. Ela foi até o portão, tentou
tirar o carro da garagem, mas não conseguiu nem dirigir. Entrou
em casa, trocou a roupa e disse ao marido:
"Não vou mais sair."
Vendo que ferira profundamente a esposa, ele disse:
"Não, eu estava brincando. Pode ir.
Mas ele já havia roubado a alegria da esposa. Mesmo que ela
fosse à igreja, não seria mais a mesma coisa. Aquele marido talvez
tivesse inveja da felicidade e da alegria que sua esposa
demonstrava quando falava das coisas de Deus, das maravilhas
que vivia na igreja. Então, dizia aquelas coisas para feri-la, para
roubar dela a alegria de estar em comunhão com o Senhor e com
os irmãos da igreja.
Existem pessoas que são assim. Não gostam de ver ninguém
feliz. Não gostam de ver ninguém expressando os sonhos. Elas dão
logo um jeito de matar o sonho da pessoa. Dão um jeito de ferir,
de machucar. Na hora do regozijo, da alegria, da festa, do prazer,
da satisfação, elas vão lá e dão uma palavra, uma ministração,
que tira a paz e a alegria.
Não conseguem ser felizes, não possuem a alegria. Por isso,
tentam roubar a alegria dos outros.
Certa vez, a nossa igreja deu um almoço, a coisa mais linda,
de confraternização, de comunhão. O objetivo era angariar fundos
para a compra de um terreno. Na época, eu ainda não era o pastor
da igreja, mas fiquei sabendo da história.
Na hora de servir o almoço, a pessoa encarregada de servir o
frango colocou uma coxa no prato de um irmão e uma asa no
prato de outro. Foi armado o problema. Ele ficou bravo:
"Para ele coxa, para mim asa?!"
Largou o prato e falou: "Nunca mais volto aqui; uns levam
coxa, outros, asa."
O irmão que recebera a coxa ainda tentou acalmá-lo,
oferecendo-lhe a coxa. Mas ele já não queria mais.
Roubou a alegria da festa. Todos ficaram constrangidos. Um
momento que era só alegria e confraternização foi abalado por um
ladrão de alegria.
Existem aqueles que não sonham, não têm um alvo para a
vida. Mas, se vêem alguém com sonhos, com planos, logo dão um
jeito de acabar com tudo. Menosprezam o sonho da pessoa ou
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ENTRISTECENDO os PAIS
Certa ocasião, eu fui visitar uma irmã querida aqui da igreja.
O sonho dela era que o pastor a visitasse. Ela estava sempre me
convidando para ir à casa dela. Aquela irmã demonstrava que se
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alegraria muito com uma visita minha à sua casa. Eu ficava muito
comovido com o carinho dela.
Algum tempo depois, num momento de grande alegria, de
grande satisfação, ela tornou a me convidar:
"Pastor, eu ficaria muito feliz se o senhor pudesse ir à minha
casa."
Eu tinha muita vontade de ir à casa dela, mas faltava-me
oportunidade, pois naquela ocasião a minha agenda estava
sempre cheia. Naquele dia, contudo, eu senti que já havia passado
da hora de eu dar uma alegria àquela irmã. Na verdade, eu
também me regozijaria muito, pois é bom saber que somos
amados e que nossa presença é desejada.
Então, marquei com ela o dia da visita. Na hora marcada,
cheguei à casa dela, e fui recebido com muita atenção.
Ela preparou um pão de queijo, e um cafezinho. Achava-se
muito feliz - o pastor estava na casa dela! Coisa tremenda, não é?
Quando eu não era pastor, eu ficava imaginando como seria
bom se o pastor fosse à minha casa. Devia ser um negócio
tremendo.
E ela estava regozijante, feliz. Quando estávamos no auge da
conversa na sala, comendo um pão de queijo, tomando um
cafezinho, naquela alegria, a filha dela chegou.
A mãe disse para ela:
"Filha, olha o pastor aí. Cumprimenta o pastor.
E a moça me dirigiu um olhar frio e disse:
"Oi, tudo bem?"
Eu pensei: "Tem ladrão de alegria no pedaço". Daí a pouco,
ela passa pela sala e vai lá para o quarto. É evidente quando uma
pessoa quer estragar a alegria dos outros. Daí uns cinco minutos,
ela gritou:
"Mãe! Vem cá! Mãe!"
E a mãe disse:
"Pastor, espera um pouquinho que eu vou ali, tá? Minha
filha chegou do serviço."
Aí a mãe entrou e demorou uns dez minutos. A gente escuta
um cochicho, não é?! Mesmo sem querer, senti que ela estava
tentando acalmar a filha. Pouco depois, escutei a batida da porta.
A mãe veio e disse:
"Não repara não, pastor, essa porta vem e bate mesmo. Essa
porta é assim mesmo. Eu vou buscar mais pão de queijo."
Ela buscou o pão de queijo, pôs o cafezinho. E continuou a
conversar:
"Mas, pastor, como agente estava contando..."
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A alegria daquela irmã era visível. Como era bom saber que
éramos causa da alegria de alguém! Pouco depois, a moça chega
na sala e, irada, diz:
"O mãe, cadê a minha blusa? Eu já falei com a senhora que
eu não quero a minha irmã usando a minha blusa!"
"Ah, filha, espera aí, vai com outra. Usa outra roupa.
Aquela moça era uma "jararaca" mesmo, cheia de veneno.
"O mãe, depois a senhora conversa aí, depois vê essas coisas
da igreja aí. Eu quero minha blusa. Agora! Se vira."
Ah, eu vi como a alegria vai embora. Como aquela pessoa
roubou a alegria! Eu não sabia se ia embora, porque quando
alguém está brigando assim, você é visita, não sabe se vai embora,
não sabe se fica, não sabe se ora, não sabe se tenta separar a
briga, se tenta acalmar. Então fiquei quieto. Fiquei ali calado. A
gente fica sem ação. E a mãe:
"Pastor, ela está nervosa, ela está... Essa menina está meio
nervosa esses dias. Vamos lá, minha filha."
"Não, eu quero a blusa! Quando ela chegar, a senhora vai
ver."
E ela abria e fechava a porta do quarto, batendo com força,
reclamando e fazendo ameaças. Uma confusão, uma coisa feia.
Aquela mulher havia programado uma noite de alegria, uma
noite de festa. E a filha dela não sossegou enquanto não roubou a
alegria daquela noite.
No final da história, lá pelas nove e meia, quinze para as dez,
eu levantei para ir embora, e a mãe me disse:
"Pastor, o senhor me perdoa; o senhor perdoa minha filha?"
"Perdôo, irmã. Eu estou acostumado com esses ladrões de
alegria."
Mas ela me acompanhou lá fora, chorando. Foi terrível. Era
uma noite de festa, noite de satisfação. Aquela moça, porém,
roubou a alegria, roubou o direito da mãe de ser feliz.
Quem tem irmãos, deve tomar muito cuidado para não ser
uma pessoa que rouba a alegria da sua casa. Tem de respeitar as
visitas. Precisa respeitar as situações dentro de casa. Foi isso que
o irmão do filho pródigo fez. Ele tirou a alegria da casa.
Muitos fazem isso. São filhos problemáticos. Roubam a
alegria dos outros, não têm prazer e não gostam que os outros
tenham prazer. São intragáveis, carrancudos, nervosos,
chateados. Ninguém pode mexer nas coisas deles.
Precisamos aprender a viver bem. Temos de compreender
que uma vida dentro de casa tem de ser bem-vivida, com alegria,
compreensão e camaradagem.
Os pais não podem roubar a alegria dos filhos; o esposo não
pode roubar a alegria da esposa; nem a mulher, a alegria do
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marido. O lar foi projetado por Deus para ser um lugar de alegria,
não de discussões, brigas e desentendimentos.
O DESPERDÍCIO
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CONCLUSÃO
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