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Acetatos 1

Introdução

2020 /2021

Licenciatura em Engenharia de Telecomunicações e Informática


3ºano, 1º Semestre , 2020/2021

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 1


Modulação e Codificação
- Segundas: 14h30m-16h (ET-C1,-C2,-C3,-C4,-C5,-C6)

➢ Lecionada por:
João Rebola
 e-mail: joao.rebola@iscte-iul.pt
 Gabinete: D6.31
 Telefone: 217650581
 Página pessoal:
http://www.it.pt/person_detail_p.asp?ID=479

Esclarecimento de dúvidas:
Segunda-feira: online através da plataforma Zoom das 10:00h às 12:00h ou no
gabinete D6.31 (caso seja requerido previamente pelo aluno)

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Modulação e Codificação (ii)

- Quartas: 14h30m-17h30m (ET-C1,-C2,-C3)


- Quintas: 14h30m-17h30m (ET-C4,-C5,-C6)

➢ Lecionada por:
Francisco Monteiro
 e-mail: Francisco.monteiro@iscte-iul.pt
 Gabinete: D6.25
 Telefone: 217650575
 Página pessoal: http://iul.pt/~frmo

Esclarecimento de dúvidas:
Sexta-feira: online através da plataforma Zoom das 10:00h às 13:00h ou no
gabinete D6.25 (caso seja requerido previamente pelo aluno)

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Avaliação
2 possibilidades de avaliação

• Nota final
– Alunos com aproveitamento nos laboratórios
- 80%  {0,5  Teste1+0,5  Teste2}
- 20% nota dos laboratórios

- 80%  {Exame}
- 20% nota dos laboratórios
– Alunos sem aproveitamento nos laboratórios
- 100%  {Exame}

• O cálculo das notas finais é feito às décimas, sendo arrendondado no fim


• Na Época Especial apenas conta a nota do exame escrito

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Avaliação (ii)
• Testes / Exame
– Nota mínima da média final dos testes ou do exame: 9,5 valores
– Nota mínima por teste: 8,0 valores
– 1º teste será a meio do semestre (Dia proposto: 7 de Novembro (sábado))
– 2º teste coincidente com o exame de 1ª época.
– É possível efectuar os testes em ambas as épocas de exame
– Para poderem efectuar a avaliação por testes, é obrigatório os alunos de
1ª inscrição terem aprovação na nota final dos laboratórios
• Esta regra não se aplica a alunos com estatuto especial comprovado
(trabalhadores-estudantes, atletas, …)

A realização do teste intercalar está condicionada ao contexto de pandemia.


Poder-se-á ter de alterar a forma de avaliação ao longo do semestre
consoante esse contexto

Assiduidade: A presença nas aulas não é obrigatória

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Laboratórios
– Nota dos laboratórios vale 4 valores da nota final e é válida nas 2 épocas de
exames
– A inscrição nos laboratórios será realizada no início do semestre no e-learning
– Grupos de 2 alunos
– Requer a entrega de um dimensionamento antes do início da sessão de
laboratório
– A entrega do relatório é efectuada no fim da sessão de laboratório
– Realizados dentro do horário das aulas no Laboratório de Telecomunicações
C6.06
• A nota final dos laboratórios é válida por 3 anos (excluindo o 1º ano de inscrição)
• A cada ano de repetição, a nota final dos laboratórios é reduzida de 1 valor

A realização dos laboratórios está condicionada ao contexto de pandemia.


Poder-se-á ter de alterar ao longo do semestre o formato/funcionamento
dos laboratórios consoante esse contexto

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Laboratórios (ii)

4 sessões de laboratórios:
- Lab. 1 - Modulação de amplitude (AM)
- Lab. 2 – Teorema da amostragem
- Lab. 3 – Codificação de linha
- Lab. 4 – Modulação digital

Quarta-feira Quarta-feira Quinta-feira


9h:30m-12h:30m 14h:30m-17h:30m 14h:30m-17h:30m
TURMAS: TURMAS: TURMAS:
ET-C3,ET-C4 ET-C1,ET-C2 ET-C5,ET-C6
25 Nov. 25 Nov. 26 Nov.
2 Dez. 2 Dez. 3 Dez.
9 Dez. 9 Dez. 10 Dez.
16 Dez. 16 Dez. 17 Dez.

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Calculadoras

Calculadoras a utilizar na disciplina de MC:


– Nas avaliações não podem ser utilizadas calculadoras científicas que:

- permitam armazenamento de ficheiros (*.pdf ou outro tipo de ficheiros)


- permitam comunicações sem fios
- sejam gráficas
- possuam armazenamento de dados em memória fixa
- sejam programáveis

O aluno que utilizar uma das calculadoras não permitidas a MC,


sujeita-se a anulação da prova de avaliação

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Programa

1. Introdução (1 semana)
• Revisões: transformada de Fourier e unidades logarítmicas
• Conceitos básicos de modulação
2. Modulação analógica (2,5 semanas)
• Sinais passa-banda. Modulação de amplitude (AM) e frequência (FM)
• Variantes da modulação de amplitude (DSB, SSB e VSB)
• Desmodulação síncrona e detecção de envolvente
• Modulação de amplitude na presença de ruído
• Multiplexagem por divisão na frequência. Recetor super-heteródino
3. Conversão analógica-digital (2 semanas)
• Teorema da amostragem
• Tipos de amostragem: ideal, natural e Sample&Hold
• PCM uniforme

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Programa (ii)
4. Transmissão digital em banda base (2,5 semanas)
• Sinais digitais PAM (Pulse-amplitude modulation)
• Codificação de linha. Representação no tempo e DEP.
• Desempenho de um sistema digital: probabilidade de erro e diagrama de olho
5. Modulações digitais sobre portadora sinusoidal (2 semanas)
• Modulação ASK (Amplitude-shift keying) e FSK (Frequency-shift keying)
• Modulação PSK (Phase-shift keying)
• Modulação QAM (Quadrature-amplitude modulation)
• Multiplexagem por divisão na frequência ortogonal (OFDM)

6. Codificação de canal (2 semanas)


• Detecção de erros e correcção. Distância de Hamming
• Forward error-correction (FEC)
• Códigos de blocos lineares: Hamming e Reed-Solomon

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Bibliografia

1. Bruce Carlson, Paul Crilly, “Communications Systems”, 5ª ed., 2010, McGraw-Hill,


ISBN: 978-007-126332-0
• a matéria leccionada vai seguir este livro

2. Simon Haykin, Michael Moher, “Communications Systems”, 5ª ed., 2010, John


Wiley & Sons, Inc., ISBN: 978-0-470-16996-4
3. John G. Proakis, Masoud Salehi, G. Bauch, “Contemporary Communication Systems
using Matlab and Simulink”, 3ª ed., 2011, Wadsworth Publishing Co Inc.,
ISBN: 978-0495082514
4. Carlos Salema, “Uma introdução às Telecomunicações com Mathematica”, 1ª ed.,
2009, IST Press, ISBN: 978-972-8469-73-3
5. Slides da disciplina disponíveis na página da cadeira

Página da cadeira: e-learning.iscte-iul.pt

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Sistemas de telecomunicações

• As telecomunicações compreendem o conjunto dos meios técnicos -


sistemas - apropriados para codificar, transportar e encaminhar tão
fielmente quanto possível informação à distância.

• Fonte de informação: natureza analógica ou digital


• Emissor: modulação e codificação
• Canal: transmissão guiada (cabo) ou transmissão rádio
• Receptor: desmodulação e descodificação
• Medidas de qualidade de serviço: fidelidade, fiabilidade

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Sistemas de telecomunicações (ii)

Guiados:
Não-guiados: Avaliação do desempenho (fidelidade)
- Guias de onda
- Cabo coaxial - Espaço livre
- Par simétrico - Atmosfera - Sinais analógicos  relação sinal-ruído
- Linha bifilar
- Fibra óptica - Sinais digitais  probabilidade de erro
 diagrama de olho

Características dos meios de transmissão

- Atenuação: perdas de sinal - Interferência: devido à proximidade de outros


➢ compensada com amplificação meios de transmissão

- Distorção: altera a forma do sinal - Ruído: corrompe o sinal transmitido


➢ compensada com igualação ➢ resulta de fenómenos aleatórios
➢ limitação de largura de banda ➢ reduzido através de filtragem

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Espetro eletromagnético
Designação Prop. Guiada Prop. Rádio Aplicação
Ultravioleta

Visivel Telefone, dados, 1015 Hz


800 nm
Feixes Laser
1 m vídeo
Fibra óptica
2.55 m
1014 Hz
Infravermelho
Comprimento de onda

100 GHz
Ondas milimétricas
Satélite, radar
1 cm
Guia de onda

Frequência
SHF Microondas 10 GHz
(super high frequency)
10 cm
UHF 1 GHz
(ultra high frequency) Telemóveis;
1m Televisão digital
VHF Ondas curtas terrestre
(very high frequency) 100 MHz
10 m VHF TV e FM
HF Cabo coaxial
(high frequency) Rádio amador 10 MHz
100 m
MF
(medium frequency) Difusão AM 1 MHz
1 km
LF Ondas longas
(low frequency) Cabos submarinos 100 kHz
10 km Rádio transoceanico
VLF
(very low frequency) Par simétrico 10 kHz
100 km
Telefone e telégrafo
Áudio
1 kHz

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Modulação

➢ É feita no emissor para permitir uma transmissão fiável e eficiente


➢ Envolve duas formas de onda:

Sinal modulante - informação a transmitir (sinal em banda de base)


com o espectro de frequências
+ centrado à frequência nula

Portadora - escolhida de forma a se adequar à aplicação em causa


- um modulador altera (modula) a portadora de acordo
com as variações do sinal modulante
tipicamente, a frequência da portadora ( fc ) é muito
superior à frequência máxima ( fmáx ) do sinal modulante

Sinal modulado Transporta a informação a transmitir


em torno da frequência da portadora

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Modulação por onda contínua

Sinal modulante Sinal modulante de banda


limitada a fmax = W
t
Onda-contínua (CW –
Portadora continuous-wave) sinusoidal
com frequência fc
t

A informação a transmitir vai na


Sinal modulado
envolvente do sinal

Modulação CW
t
Modulação de
amplitude (AM) fc >> fmáx=W
Nota: sinal modulado com frequência
muito superior à do sinal modulante

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Modulação por impulsos

Sinal modulante

Portadora é constituída
Portadora por um trem de impulsos
t

Sinal modulado
As variações do sinal modulante são
Modulação transmitidas na amplitude dos impulsos
por impulsos
Modulação de
amplitude (AM) t

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Modulação (espetro de frequência)

Sinal modulante Sinal de banda limitada

Banda base
− fmáx 0 fmáx f

=
W Admite-se que a portadora é
um sinal sinusoidal
Portadora
0 fc f
fc >> fmáx=W

Sinal modulado Passa-banda

Com portadora Com portadora suprimida


Espetro do sinal
Suppressed-carrier (SC)
modulante deslocado
para a frequência da
portadora

f f
fc − fmáx fc fc + fmáx fc − fmáx fc fc + fmáx

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Modulação (vantagens)

• Torna a transmissão mais eficiente (adaptada ao meio de


transmissão)
• Permite ultrapassar limitações de hardware (redução do
tamanho das antenas)
• Conduz a uma maior tolerância ao ruído e à distorção
• Permite atribuir diferentes bandas de frequência a diferentes
sinais (Multiplexagem por divisão na frequência - FDM)

Transmissão de vários sinais sobre o mesmo meio de comunicação

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Transmissão passa-banda
Modulação - AM (amplitude modulation)
linear Modulação de amplitude
Analógicas - FM (frequency modulation)
Modulação Modulação de frequência
Modulação por
exponencial - PM (phase modulation)
onda contínua
Modulação de fase
(CW)
- ASK (amplitude-shift keying)
- FSK (frequency-shift keying)
Digitais
- PSK (phase-shift keying)
- QAM (quadrature-amplitude modulation)

- PAM (pulse-amplitude modulation)


Modulação por Analógicas - PPM (pulse-position modulation)
impulsos - PDM (pulse-duration modulation)

Codificadas - PCM (pulse-code modulation)


Conversão
(digitais) - DPCM (PCM diferencial) analógica-digital
- DM (Modulação Delta)

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Múltiplos e submúltiplos

Multiple Name Symbol Submultiple Name Symbol

103 kilo- k 10-3 milli- m

106 mega- M 10-6 micro- μ

109 giga- G 10-9 nano- n

1012 tera- T 10-12 pico- p

1015 peta- P 10-15 femto- f

1018 exa- E 10-18 atto- a

1021 yotta- Y 10-21 zepto- z

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Bibliografia

❑ “Introdução às Telecomunicações” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 1

❑ “Transformadas de Fourier” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 2

❑ “Unidades logarítmicas [dB]” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 3

❑ Exercícios da Ficha Prática 1:


- 1.1 - a), b), c), d), i) ; 1.2-1.10

Vídeos sobre matéria lecionada nos slides:


- https://www.youtube.com/watch?v=DXt-rXDu9M8
- https://www.youtube.com/watch?v=mHvV_Tv8HDQ

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Acetatos 2

Modulação analógica

2020 /2021

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Representação de sinais passa-banda (modulados)

Sinal passa-banda X c ( f ) = 0 , f  fc − W  f  fc + W

W – largura de banda do sinal modulante (informação)


fc – frequência da portadora

fc >> W

Representação em envolvente e fase

xc ( t ) = A ( t )  cos  2 f ct +  ( t ) 

A(t) – envolvente
 (t) – fase
𝑥𝑐 𝑡
A(t )
Representação usando fasores (phasors)
ct +  (t )

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Tipos de modulação

Modulação de amplitude (AM)


➢ Variações do sinal modulante transmitidas através das variações de
amplitude do sinal modulado

A(t) – envolvente

Modulação de fase (PM) e Modulação de frequência (FM)


➢ Variações do sinal modulante transmitidas através das variações de fase
ou frequência do sinal modulado

 (t) – fase

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Representação de sinais passa-banda (modulados)
(ii)
Representação com componentes em quadratura

xc ( t ) = xi ( t )  cos ( 2 f ct ) − xq ( t )  sin ( 2 f ct ) q

A(t ) 𝑥𝑐 𝑡

xi(t) – componente em fase xi ( t ) = A ( t )  cos  ( t ) 𝑥𝑞 𝑡


 (t )
xq(t) – componente em quadratura
xq ( t ) = A ( t )  sin  ( t ) 𝑥𝑖 𝑡 i

xi(t) e xq(t) são sinais em banda base

Envolvente A ( t ) = xi2 ( t ) + xq2 ( t )

 xq ( t ) 
Fase  ( t ) = tan −1

 xi ( t ) 

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Modulação de amplitude
➢ O sinal de informação (sinal modulante) é transmitido através das
variações de amplitude do sinal modulado

Modulação AM convencional (standard) Modulação CW


xm(t) xc(t)
 1 x p (t ) x p (t ) = Ac cos(2f ct )
Ac – amplitude da portadora
Modulação DSB (double-sideband) fc – frequência da portadora
Modulação Banda lateral dupla
de amplitude fc >> fmáx= W
xm(t) xc(t)
(AM)
x p (t )
xm(t) – sinal modulante
Modulação SSB (single-sideband)
xc(t) – sinal modulado
Banda lateral única
xp(t) – portadora
Filtro de banda
xm(t) lateral única xc(t)
x p (t )

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Modulação AM convencional

Modulador AM convencional
 - índice de modulação
xm(t) xc(t)   xm (t )  1
 1 x p (t ) x p (t ) = Ac cos(2f ct )

Componente contínua (DC)


xc (t ) = Ac  1 +   xm (t ) cos(2f ct )

Envolvente Sinal que contém a informação

Sinal modulante
transmitido na envolvente
xi ( t ) = Ac  1 +   xm ( t )  A ( t ) = Ac 1 +  xm ( t )
xc (t ) = Ac  1 +   xm (t ) cos(2f ct )
xq ( t ) = 0  (t ) = 0

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AM convencional (tempo)
Sinal modulante
xm(t)
xc (t ) = Ac  1 +   xm (t ) cos(2f ct )
Amax

Amin t

  xm (t )  1   xm (t )  1 Sobremodulação
Ac,max = Ac 1 +  Amax 
xc(t) xc(t) Inversão
Ac,min = Ac 1 +  Amin  de fase
Ac Ac

t t
−Ac −Ac

Variação da amplitude do sinal modulado A envolvente não reproduz


o sinal modulante !!
(envolvente) reproduz o sinal modulante

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AM convencional (frequência)

2
cos ( 2 f c t )  1  ( f − f c ) +  ( f + f c )
xc (t ) = Ac cos(2f ct ) + Ac   xm (t ) cos(2f ct )
2 (
v ( t ) cos ( 2 f c t )  1 V f − f c ) + V ( f + f c )

fc >> fmáx
Xc( f ) =
Ac
 ( f − f c ) +  ( f + f c ) + Ac  X m ( f − f c ) + X m ( f + f c )
2 2

Sinal modulante Sinal modulado


(banda base) (passa-banda) Portadora não
Xc( f ) transmite informação
Xm( f ) Ac/2
Xm(0) (Ac /2) Xm(0)

f
− fmáx 0 fmáx f − fc − fmáx − fc − fc + fmáx fc − fmáx fc fc + fmáx
LB = W = fmáx
BT = 2W
A largura de banda (LB) é medida
só para as frequências positivas BT – Largura de banda do sinal modulado

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AM convencional (potência)
T /2
1
x (t ) x ( t ) dt
T −T/2
= limT →
Potência média
(no tempo) do sinal modulado 1
T /2
x (t ) ( t ) dt
T −T/2
2
= limT → x 2

ST = x ( t )
2
c

0 fc >> fmáx

Ac2 Ac2
ST = 1 + 2  xm ( t ) +  xm ( t ) +
2 2
1 + 2  xm ( t ) +  2 xm2 ( t )  cos ( 4 f ct )
2 2

Assumindo Ac2
Pc = Potência da portadora
 xm ( t ) = 0 2
 2 ST =
Ac2
 
 1 +  2 S x = Pc + 2 PSB
 xm ( t ) = S x 2
Ac2 2 1
PSB =  S x =  2 S x Pc
4 2
Potência por banda lateral
  xm (t )  1
1 50% da potência total
PSB  Pc
2 é gasta na portadora !!

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Modulação de um tom (AM convencional)

Tone modulation xm (t ) = Am cos(2f mt )

Calcule o sinal modulado no tempo para uma modulação AM convencional, admitindo que o
sinal modulante é um sinal sinusoidal (modulação de um tom)

Ac Am
xc (t ) = Ac cos(2f c t ) +  cos2 ( f c − f m )  t  + cos2 ( f c + f m )  t  
2

Calcule e represente graficamente o espectro de frequências do sinal modulado (modulação de um tom)

Xc( f )=
Ac
 ( f − f c ) +  ( f + f c ) +
2
Ac Am
+  ( f − f c − f m ) +  ( f + f c + f m ) +  ( f − f c + f m ) +  ( f + f c − f m )
4

Calcule a potência do sinal modulado (modulação de um tom)

Ac2  2 Ac2 Am
2
ST = +
2 4

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Modulação DSB-SC

Modulador DSB

xc (t ) = Ac xm (t )cos(2f ct )
1 2
ST = 2 PSB = Ac S x
2
xm(t) xc(t) Desapareceu o termo

x p (t )
de potência relativo à
portadora

Módulo do sinal modulante


DSB-SC

xi ( t ) = Ac xm ( t ) A(t ) = Ac xm (t )
xc (t ) = Ac xm (t ) cos(2f ct )
xq ( t ) = 0  0 , xm (t )  0
 (t ) = 
  , xm (t )  0

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Modulação DSB-SC (ii)

Sinal modulado

Sinal modulante xc(t) Inversão


de fase
xm(t) Ac
Amax

Amin t t
−Ac

Não é possível utilizar detecção de A envolvente não reproduz as


envolvente no receptor variações do sinal de informação
Envolvente = Módulo do
sinal modulante

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Modulação DSB-SC (iii)

Sinal modulante xc (t ) = Ac xm (t )cos(2f ct )


Xm( f )
Xm(0)

Xc( f ) =
Ac
X m ( f − f c ) + X m ( f + f c )
2
−W 0 W f

LB = W

Portadora Não há desperdício


Sinal modulado Xc( f ) suprimida (SC) de potência !!

(Ac/2)Xm(0)

f
− fc − fmáx − fc − fc + fmáx fc − fmáx fc fc + fmáx

BT = 2W LB igual ao AM convencional

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Modulação de um tom (DSB-SC)

Tone modulation xm (t ) = Am cos(2f mt )

Calcule o sinal modulado no tempo para uma modulação DSB, admitindo que o sinal
modulante é um sinal sinusoidal (modulação de um tom)

xc (t ) =
Ac Am
 cos2 ( f c − f m )  t  + cos2 ( f c + f m )  t  
2

Calcule e represente graficamente o espectro de frequências do sinal modulado (modulação de um tom)

Xc( f ) =
Ac Am
 ( f − f c − f m ) +  ( f + f c + f m ) +  ( f − f c + f m ) +  ( f + f c − f m )
4

Calcule a potência do sinal modulado (modulação de um tom)

Ac2 Am
2
ST =
4

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Modulação SSB
Modulador SSB
1 2
ST = PSB = Ac S x
xm(t) Filtro de banda 4
lateral única xc(t) Metade da potência
x p (t ) da modulação DSB

USSB
Sinal DSB Xc( f ) BT = W
Upper-SSB
(Ac/2) Xm(0)

f
− fc − fmáx − fc fc fc + fmáx
(Ac/2) Xm(0)

f LSSB
− fc − fmáx − fc − fc + fmáx fc − fmáx fc fc + fmáx Xc( f ) BT = W
Lower-SSB
(Ac/2) Xm(0)
BT = 2W
f
− fc − fc + fmáx fc − fmáx fc

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Modulação de um tom (SSB)

Tone modulation xm (t ) = Am cos(2f mt )

Calcule e represente graficamente o sinal modulado no tempo para uma modulação USSB,
admitindo que o sinal modulante é um sinal sinusoidal (modulação de um tom)

xc (t ) = cos2 ( f c + f m )  t 
Ac Am
2

Calcule e represente graficamente o espectro de frequências do sinal modulado (modulação de um tom)

Xc( f ) =
Ac Am
 ( f − f c − f m ) +  ( f + f c + f m )
4

Calcule a potência do sinal modulado (modulação de um tom)

Ac2 Am
2
ST =
8

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Modulação VSB
Modulador VSB Vestigial sideband
Modulação SSB não funciona bem para
xm(t) sinais com elevado conteúdo espectral
Filtro de banda lateral
nas baixas frequências
única (não-ideal) xc(t)
x p (t )
Filtro não-ideal deixa passar parte
H( f ) (vestígio) da banda lateral
1 UVSB Xc( f )
0.5
(Ac/2) Xm(0)
fc− fv fc fc + fv fc + fmáx
f
Sinal DSB − fc − fmáx − fc − fc+ fv fc− fv fc fc + fmáx
BT = 2W
(Ac/2)Xm(0)
LVSB Xc( f )
f
B T = W + fv
− fc − fmáx − fc − fc + fmáx fc − fmáx fc fc + fmáx (Ac/2) Xm(0)

f
É possível efectuar modulação VSB a
um sinal AM convencional  VSB+C −fc− fv − fc − fc + fmáx fc − fmáx fc fc+ fv

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Representação passa-banda de sinais SSB e VSB
SSB USSB
𝑥𝑖 𝑡 = 12𝐴𝑐 𝑥𝑚 𝑡
xc (t ) = 12 Ac xm (t ) cos(2f ct )  12 Ac xˆm (t ) sin(2f ct ) USSB
𝑥𝑞 𝑡 = ±12𝐴𝑐 𝑥ො𝑚 𝑡
xˆm (t ) - transformada de Hilbert xm (t ) LSSB
LSSB

1 1 xm (  )
+
Transformada
de Hilbert
xˆm ( t ) = xm ( t )  =  d
 t  − t − 

VSB UVSB
𝑥𝑖 𝑡 = 12𝐴𝑐 𝑥𝑚 𝑡
xc (t ) = 12 Ac xm (t ) cos(2f ct )  12 Ac xm' (t ) sin(2f ct ) UVSB
𝑥𝑞 𝑡 = ∓12𝐴𝑐 𝑥𝑚

𝑡
LVSB
LVSB
fv
( t ) = xˆm (t ) + xv (t ) = xˆm (t ) + j 2 Hv ( f ) X m ( f ) e j 2 ft xm' ( t ) xm ( t )

- obtido após passagem de
xm' df
− fv pelo filtro de banda vestigial H v ( f )

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Comparação entre as modulações AM

AM convencional ST = Pc + 2PSB

BT = 2W
Permite detecção
de envolvente

DSB ST = 2PSB ou
BT = 2W
Não permite detecção
de envolvente

SSB VSB Detecção


síncrona /coerente
ST = PSB 𝑆𝑇 ≈ 𝑃𝑆𝐵 Não permitem detecção
de envolvente
BT = W 𝐵𝑇 = 𝑊 + 𝑓𝑣

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 19


Modulação analógica exponencial

Modulação de frequência (FM) - Frequency modulation -

O sinal modulante (a informação) é transmitido através


Modulação analógica das variações de frequência do sinal modulado
exponencial
Modulação de fase (PM) - Phase modulation -

O sinal modulante é transmitido através das


variações de fase do sinal modulado

xc (t ) = Ac cos2f ct +  (t ) xc ( t ) = Ac cos c ( t ) = Ac Re e jc (t ) 

c (t ) = 2f ct +  (t ) contém a informação relativa


Envolvente Fase ao sinal modulante
constante instantânea Ângulo instantâneo total

Modulação de amplitude → Modulação analógica linear

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 20


Formas de onda ilustrativas das modulações

Sinal
modulante

AM

FM

PM

❖ Figuras retiradas do livro “Communications Systems”,


B. Carlson, P. Crilly; 5º edição, McGraw-Hill, 2010

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Modulação de fase (PM)

 (t ) =   xm (t ) Fase do sinal modulado proporcional ao sinal modulante

 - Desvio de fase ou índice de modulação de fase   xm (t )  180º

xc (t ) = Ac cos2f ct +   xm (t )

Ac2
ST = Potência do sinal modulado constante
2

f i (t )
Frequência instantânea xc(t)
1 d c (t ) 1 d (t )
Ac
 dxm (t )
f i (t ) = = fc + f i (t ) = f c +   (t )
2 dt 2 dt 2 dt
c t

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 22


Modulação de frequência (FM)

f i (t ) = f c + f   xm (t ) Frequência do sinal modulado proporcional ao sinal modulante

f - Desvio de frequência f   f c

d (t )
t

= 2f  xm (t )  (t ) = 2f   xm ( )d +  (t0 ) , t  t0


dt t0

Considerando  (t0) = 0

 t 
xc (t ) = Ac  cos 2f ct + 2f   xm ( ) d  Modulador FM
  Pode ser obtido usando um VCO
(voltage controlled oscillator) –
Ac2 oscilador controlado por tensão
ST =
2 FM directo
Potência do sinal modulado constante

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Modulação de frequência (ii)

f i (t ) = f c + f   xm (t ) xc (t ) = Ac  cos2f i (t ) t 

xm(t) fi(t)

1 fc + f

fc
T t
−1 fc − f

1 1 T t
xc(t) fc + f fc − f

Ac

T
t
−Ac

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FM vs PM
Frequência
Fase instantânea (t) instantânea fi (t)

 dxm (t )
PM   xm (t ) fc + 
2 dt

2f   xm ( )d f c + f   xm (t )
t
FM

Modulador FM obtido a partir de um modulador de fase FM indirecto


y(t) Modulador
Integrador
xm(t) PM xc(t)

Modulador PM obtido a partir de um modulador de frequência

y(t) Modulador
Diferenciador
xm(t) FM xc(t)

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FM e PM de banda estreita
xc ( t ) = xi ( t )  cos ( 2 f ct ) − xq ( t )  sin ( 2 f ct )

Banda estreita
xi ( t )  Ac
 ( t )  1 rad
xq ( t )  Ac  ( t )

Ac A
Xc ( f ) =  ( f − fc ) + j c  ( f − fc ) , f  0
2 2

PM
  X ( f )
 ( f ) = TF  ( t )  =  𝐿𝐵 ≈ 2𝑊
− j f  X ( f ) f
FM

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Modulação de um tom (FM)
Tone modulation xm (t ) = Am cos(2f mt )

+
Am f 
FM xc ( t ) = Ac  J n (  )  cos ( 2 fc t + n 2 f mt ) =
fm
n =−

J n (  ) - Função de Bessel de 1ª espécie de ordem n

Espectro do sinal FM

❖ Tabela e Figura retiradas do livro “Communications Systems”,


B. Carlson, P. Crilly; 5º edição, McGraw-Hill, 2010

© João Rebola, Francisco Monteiro 27


Largura de banda

FM
Valores limite da largura de banda
 2 f  , f   W FM de banda larga
BT =  W – Largura de banda do sinal modulante
2W , f   W FM de banda estreita

Regra de Carson Regra experimental


BT  2 ( f  + W )  f << W e f >> W BT  2 ( f  + 2W )  f > 2W
Utilizada para determinar a LB a −3 dB
dos amplificadores FM

Muito superior à LB da
modulação de amplitude

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Bibliografia

❑ “Modulação de amplitude” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 4

❑ “Modulação de frequência” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 5

❑ Exercícios da Ficha Prática 2: 2.1 - 2.5; 2.7 - 2.9

Vídeos sobre matéria lecionada nos slides:


- https://www.youtube.com/watch?v=Iyzpt3bKTTI
- https://www.youtube.com/watch?v=beFoCZ7oMyY

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Acetatos 3

Desmodulação analógica

2020 /2021

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Deteção de envolvente
Deteção de envolvente AM convencional, VSB+C

xc(t) Detetor de xD(t) xc(t) – sinal modulado


Bloqueio DC
envolvente xD(t) – sinal detectado

➢ Realização prática mais simples do que a deteção coerente


➢ Implica o envio da portadora (componente DC)

Detetor de envolvente Bloqueio DC

1
W   fc
R1C1

❖ Figuras retiradas do livro “Communications Systems”,


B. Carlson, P. Crilly; 5º edição, McGraw-Hill, 2010

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Deteção de envolvente (AM convencional)

sin x1(t) sout


Detetor de sin – potência do sinal modulado
Bloqueio DC
xc(t) envolvente xD(t) sout – potência do sinal detetado

xc (t ) = Ac 1 + μ  xm (t )  cos(2f ct ) x1 ( t ) = Ac 1 +   xm ( t ) 

Após bloqueio DC xD (t ) = Ac   xm (t ) Sinal desmodulado

Potência do sinal modulado Potência do sinal


desmodulado
Ac2 Ac2 2
sin = ST = x ( t )2
c = +  Sx sout = xD2 ( t ) = Ac2  2 S x
2 2
Admite-se xm ( t ) = 0

2 2 S x
sout =  sin
1 +  Sx
2

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Deteção síncrona

Deteção coerente ou síncrona AM convencional, DSB, SSB, VSB

Filtro passa-baixo
xc(t) LB=W xD(t)
xOL(t)
Sync
~ Oscilador local

xOL ( t ) = Ac cos ( 2 fct +  ) Diferença de fase  arbitrária

Mais complexo porque o oscilador tem


que manter um sincronismo perfeito (em
fase e em frequência) com a frequência
da portadora usada no emissor

Sincronismo obtido através de um circuito


realimentado, que normalmente inclui um
PLL (Phase-Locked Loop)

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Deteção síncrona (DSB-SC)
sin x1(t) Filtro passa-baixo sout
xc(t) LB=W xD(t)
xOL(t)
Sinal desmodulado
xc (t ) = Ac xm (t ) cos(2f ct ) Ac2
xD (t ) = xm (t )  cos( )  =  /2 Não há sinal detectado !!
xOL ( t ) = Ac cos ( 2 f c t +  ) 2

Em sistemas reais,  apresenta


Potência do sinal modulado variações aleatórias com o tempo

Ac2
sin = ST = x ( t )2
c =  Sx
2 Sistema tem que garantir um
sincronismo perfeito entre o oscilador
Ac2
=0 sout = x 2
D (t ) = Sx local e a frequência da portadora
4

Potência do sinal Ac2


desmodulado sout = sin
2

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Deteção síncrona (DSB-SC) - frequência
x1(t) Filtro passa-baixo
xc(t) LB=W xD(t)
xOL(t)

Sinal modulante Sinal modulado


Xc( f )
Xm( f ) X (0) LB = 2W
m Ac/2 Xm(0)

−W 0 W f − fc − W − fc − fc +W fc − W fc fc + W
f

LB = W

Sinal após detecção síncrona Filtro passa-baixo com


X1( f )
largura de banda mínima W
Ac2 2 X m ( 0 )

− 2fc − W − 2fc − 2fc +W −W 0 W 2fc − W 2fc 2fc + W f

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Deteção síncrona (AM convencional)

sin x1(t) x2(t) sout


Filtro passa-baixo
Bloqueio DC
xc(t) LB=W xD(t)
xOL(t)
Após filtro passa-baixo Após bloqueio DC
xc (t ) = Ac 1 + μ  xm (t )  cos(2f ct )




 
Ac2  Ac2
x2 (t ) = 1 +   x (t )

xD (t ) =   xm (t )
xOL (t ) = Ac cos(2f ct )
 m 
2 2
Sinal desmodulado

Potência do sinal modulado Potência do sinal


desmodulado
Ac2 Ac2 2
sin = ST = x ( t )
2
c = +  Sx Ac2 2
2 2 sout = x 2
D (t ) =  Sx
Admite-se xm ( t ) = 0 4

Ac2 2  2 S x
sout =   sin
2 1 +  Sx2

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Ruído passa-banda

Filtro passa-banda nin Receptor BT – Largura de banda


xc(t) LB = BT AM xD(t) de transmissão
nPB(t)
HR ( f )
n(t)

Ruído passa-banda
Additive White Gaussian
Noise (AWGN) GnPB ( f )
Gn ( f )
Após filtragem LB = BT
no / 2
passa-banda no/2
f
0 f − fc − BT/2 − fc − fc + BT/2 fc − BT/2 fc fc +BT/2

Densidade espectral
de potência (DEP) do DEP do ruído Potência do ruído
AWGN passa-banda passa-banda
+
n n
Gn ( f ) = o GnPB ( f ) = o  H R ( f )
n
nin = o   H R ( f ) df = no BT
2 2

2 2 2 −

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Ruído passa-banda (ii)
Representação com componentes em quadratura An (t ) = ni2 (t ) + nq2 (t )

nPB ( t ) = ni ( t )  cos  2 f c t  − nq ( t )  sin  2 f c t   nq (t ) 


n (t ) = arctan 
 ni (t ) 
q
ni(t) – componente em fase do ruído
nq(t) – componente em quadratura do ruído An (t ) nPB ( t )

nq (t )
Propriedades do ruído passa-banda n (t )

ni ( t ) = nq ( t ) = nPB ( t ) = 0 ni (t ) i

ni (t )  nq (t ) = 0 são incorrelacionadas são independentes


Ruído
Gaussiano
nin = ni2 ( t ) = nq2 ( t ) = nPB
2
( t ) = no BT

Potências da componente em fase e em quadratura do


ruído são iguais à potência total do ruído passa-banda

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Largura de banda equivalente de ruído
Largura de banda equivalente de ruído:
➢ Largura de banda que um filtro ideal (retangular) deverá ter, para apresentar à
sua saída, um ruído com a mesma potência do ruído filtrado pelo filtro real H( f )

H(f )
2
+
1
H ( f ) df
BN

2
BN = 
H(f)
2
0
max
Áreas
H(f )
2
iguais
max

f
Filtros de Butterworth

H(f) =
2 1
, m = 1, 2,3,
 ( 2m ) B – Largura de banda a −3 dB
BN = B 
1+ ( f B) sin  ( 2m ) 
2m
m – ordem do filtro

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Deteção síncrona com ruído (DSB-SC)
sout
Filtro passa-banda nPB(t) n1(t) Filtro passa-baixo nD(t)
nout
xc(t) LB = BT sin LB=W xD(t)
nin xOL(t)
n(t)
sin – potência do sinal modulado
Ac2 Ac2 Ac2 sout – potência do sinal detetado
sin =  S x sout =  S x sout =  sin nin = no  BT nin – potência do ruído passa-banda
2 4 2 nout – potência do ruído detetado

nPB ( t ) = ni ( t )  cos  2 f c t  − nq ( t )  sin  2 f c t  Relação sinal-


ruído de entrada
sin Ac2 S x
= 
nD (t ) =  ni (t )
Ac
nin 2 no BT
2 sout s
= 2 in
Relação sinal- nout nin
ruído de saída
Ac2 2 Ac2
nout = n (t ) =
2
D ni ( t ) = nin
4 4 sout Ac2 S x
=
Ruído desmodulado nout no BT

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Deteção síncrona com ruído (AM convencional)
sout
Filtro passa-banda nPB(t) n1(t) Filtro passa-baixo nD(t)
Bloqueio DC nout
xc(t) LB = BT sin LB=W xD(t)
n(t) nin xOL(t)

Ac2 Ac2 2 Ac2 2


sin = +  Sx sout =  Sx nin = no  BT
2 2 4

Relação sinal-
nPB ( t ) = ni ( t )  cos  2 f c t  − nq ( t )  sin  2 f c t 
ruído de entrada

sin Ac2 1 +  2 S x
= 
nD (t ) =  ni (t )
Ac
nin 2 no BT
2 sout  2 S x sin
=2
Relação sinal- nout 1 +  2 S x nin
ruído de saída
Ac2 2 Ac2
nout = n (t ) =
2
ni ( t ) = nin
D
4 4 sout Ac2  2 S x
=
Ruído desmodulado nout no BT

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Deteção de envolvente com ruído (AM convencional)
sout
v(t) Detetor de v1(t)
Filtro passa-banda
Bloqueio DC nout
xc(t) LB = BT sin envolvente vD(t)
n(t) nin
Ac2 Ac2 2
v(t ) = xc (t ) + nPB (t ) = Ac 1 +   xm (t ) + ni (t ) cos(2f ct ) − nq (t )sin(2f ct ) sin = +  Sx
2 2
vi(t) vq(t) nin = no  BT

v1 (t ) = Av (t ) = Ac 1 +   xm (t ) + ni (t ) 2 + nq2 (t )

Assumindo que o ruído na componente em quadratura desprezável


sout Ac2  2 S x
v1 (t )  Ac 1 +   xm (t ) + ni (t ) vD (t )  Ac   xm (t ) + ni (t ) =
nout no BT
Sinal + ruído
Bloqueio DC desmodulados

sout  2 S x sin
=2
nout 1 +  2 S x nin

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Desmodulação FM

➢ Detectores de frequência (discriminadores)  produzem uma tensão de saída


que varia linearmente com a frequência instantânea do sinal de entrada

• Conversor FM-AM:
– converte o sinal FM num sinal AM que é desmodulado usando detecção de envolvente.

• Discriminador do desvio de fase:


– circuitos com uma resposta de fase linear que baseiam a sua detecção na derivada da fase ser

d (t ) dt = 2f  xm (t )
proporcional ao sinal modulante.

• Detector de cruzamento por zero:


– a cada cruzamento do sinal por zero é gerado um impulso rectangular. A sequência de
impulsos rectangulares é integrada de modo a ser obtido o sinal modulante.

• Detectores baseados em realimentação (feedback)


– baseados em PLL (Phase-Locked Loop). Compara a fase do sinal de entrada com a fase de um
sinal realimentado, obtendo o sinal detectado através da diferença de fase.

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 14


Conversão FM-AM
Desmodulador AM
sin d x1(t) Detetor de sout
Bloqueio DC
xc(t) dt envolvente x2(t) xD(t)

xc (t ) = Ac cos2f ct +  (t )
Ac2
sR = ST = x (t ) =
2
c
2

d (t ) dt = 2f  xm (t )
Após Diferenciador ideal
derivação
H ( f ) = j 2f H ( f ) = 2f
x1 (t ) = Ac 2f c + 2f  xm (t ) sin2f ct +  (t ) +   H( f )
Aproximação
Deteção de do declive
envolvente

x2 (t ) = Ac 2f c + 2f  xm (t )
fc f0 f

xD (t ) = Ac 2f  xm (t ) sout = Ac2 4 2 f 2 S x


Bloqueio DC

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Desmodulação FM com ruído
sin sout
Filtro nin Limitador de v1(t) Conversor v2(t) Filtro passa-baixo nout
xc(t) passa-banda v(t) amplitude FM-AM LB=W vD(t)
n(t)

xc (t ) = Ac cos2f ct +  (t ) nbp (t ) = ni (t )cos2f ct  − nq (t )sin2f ct  = An (t )cos2f ct + n (t )

v(t ) = xc (t ) + nPB (t ) = Av (t )cos2f ct + v (t )

v(t )
Limitador de
amplitude n (t ) nPB (t )
v1 (t )  Av cos2f ct + v (t ) Envolvente v (t )
xc (t )
constante
 (t )
Ac
−1 
nq (t ) 
v (t ) =  (t ) + tan   
 Ac + n i (t )  nq (t )

v (t ) −  (t ) n (t )
Ac >> ni(t) >> nq(t)
nq (t ) ni (t )
v (t ) = v1 (t )   (t ) + Ac
Ac

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Desmodulação FM com ruído (ii)
sin sout
Filtro nin Limitador de v1(t) Conversor
v2(t) Filtro passa-baixo nout
xc(t) passa-banda v(t) amplitude FM-AM LB=W
n(t) HD( f )

dv1 ( t ) d ( t ) dnq ( t ) d (t ) dt = 2f  xm (t )


v2 ( t ) = Ac = Ac +
dt dt dt
nq2 ( t ) = no  BT

Relação
dnq ( t ) DEP sinal-ruído
 (t ) = G ( f ) = 4 2 f 2Gnq ( f )
sout 3 f 2 S x Ac2
dt = 
nout noW 3 2
G ( f ) Zona multiplicada por f 2 (parábola)

HD( f )
8 2 noW 3
W
nout = 4 no  f df =
2 2

−W
3
−BT/2 −W 0 W BT/2 f

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 17


Multiplexagem por divisão na frequência

x1(t) Modulador Filtro de SCM


DSB banda inferior Subcarrier
multiplexing
0 W1 f f1 f
~ f1 f1 f
~ fc

xB(t)

x2(t) Modulador Filtro de
Modulador
DSB banda inferior xc(t)
0 W2 f f
~ f2 f2 f2 f

f1 f2 fN f
xN(t) Modulador Filtro de
DSB banda inferior
Banda de guarda
0 WN f f
~ fN fN fN f

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Desmultiplexagem na frequência
Filtro passa-
x1(t)
Detetor
banda
f1 f2 fN f f1
f1 f 0 W1 f

xc(t) Desmodulador Filtro passa-


x2(t)
Detetor
RF xB(t) banda
f2 0
f2 f W2 f

Filtro passa-
xN(t)
Detetor
banda
Aplicações fN f 0 WN f
fN
 Canais rádio (em espaço livre)
 Canais telefónicos (sobre o mesmo meio)
 Canais de televisão nas redes de distribuição por cabo (redes
híbridas fibra-coaxial)
 Fibras ópticas - Multiplexagem por divisão no comprimento
de onda (WDM – wavelength division multiplexing)

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 19


Princípio dos recetores de rádio
Emissor xc(t)
Antena
xm(t) emissora
Amplificador Amplificador
Modulador
audio RF

Amplificador de
~ fRF radiofrequência
Oscilador
local
Recetor

xc(t) Antena
receptora
fRF
outros
sinais Amplificador Amplificador
Desmodulador
sintonizável audio xm(t)

Amplificador RF
 Impossível realizar amplificadores
+ sintonizáveis com elevada seletividade
Sintonia

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 20


Recetor superheteródino
 Separação da sintonia e filtragem seletiva no receptor

- fOL – frequência do oscilador local


Recetor superheteródino - fFI – frequência intermédia
- fRF – frequência da portadora RF
xc(t) Antena
receptora fRF
Amplificador de f FI  f RF
frequência
intermédia (FI)


Amplificador Amplificador Amplificador
Desmodulador
RF FI audio xm(t)
fFI à frequência fFI

~ f OL = f RF  f FI

Sintonia Selectividade

xm' (t ) xm' (t )
f OL = f RF + f FI x (t ) cos(2f OLt ) =
'
c cos(4f RF t + 2f FI t ) + cos(2f FI t )
2 2

Eliminada pelo Para o


amplificador FI desmodulador

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 21


Recetor superheteródino (2)
Entrada do amplificador RF Sintonia
BRF BT  BRF  2 f FI
H RF ( f )
BT
f Para eliminar a
frequência imagem
f RF = f OL − f FI ' = f + f = f +2f
f RF OL FI RF FI

Frequência
imagem

Entrada do amplificador FI
Filtragem seletiva
- BT – largura de banda do sinal modulado
BFI H FI ( f )
- BRF – largura de banda do amplificador RF
BFI  BT - BFI – largura de banda do amplificador FI

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Parâmetros da transmissão rádio AM e FM

AM FM
Frequência da
540-1600 kHz 87.5-108 MHz
portadora

Espaçamento
10 kHz 200 kHz
entre portadoras
FM stereo
Frequência
455 kHz 10.7 MHz
intermédia

Largura de
6-10 kHz 200-250 kHz
banda FI

Largura de
3-5 kHz 15 kHz
banda audio

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 23


Bibliografia

❑ “Desmodulação de amplitude” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 4

❑ “Desmodulação de amplitude com ruído” - Carlson, 5ª ed.,


Capítulo 10

❑ “Desmodulação de frequência e fase” - Carlson, 5ª ed., Capítulos 7


e 10

❑ Exercícios da Ficha Prática 3: 3.1 – 3.6; 3.9 – 3.21

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Acetatos 4

Amostragem

2020 /2021

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Teorema da amostragem
➢ Um sinal de banda limitada pode ser recuperado a partir das suas amostras, desde que estas
sejam obtidas uniformemente a um ritmo fs no mínimo igual ao dobro da frequência
máxima W presente no sinal a amostrar f s  2W

Domínio do tempo Domínio da frequência


X( f )
x(t) Transformada - fs – frequência de amostragem
de Fourier - Ts – intervalo de amostragem
t −W 0 W f

Para fs = 2W (Ritmo de Nyquist): Resposta do


Xs( f ) filtro do receptor
xs(t)

t −2fs −fs −W 0 W fs 2fs f


Ts
fs = 1/Ts
▪ Sinal x(t) tem uma largura de banda finita (W Hz) - Na prática não se verifica  Aliasing
▪ As amostras são retiradas com impulsos de largura infinitesimal
▪ Filtro passa-baixo ideal

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Amostragem ideal

x(t) xs(t)
 f s = 1 Ts

s (t )
+
s (t ) =   (t − kTs )
k = −
x(t) xs(t)

t
 t t
Ts Ts

+
S ( f ) = f s   ( f − nfs ) Espectro do
n = −
sinal amostrado
+
xs (t ) = x(t )  s (t ) X s ( f ) = X ( f )  S ( f ) = f s   X ( f − nfs ) Repetição do espectro
n = − X( fs ) com período fs

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Amostragem ideal (2)

X( f ) S ( f )
+
X s ( f ) = fs   X ( f − nf ) s

−W 0 W f  −2fs −fs 0 fs 2fs f


n = −

fs > 2W Xs( f )

−2fs −fs −W 0 W fs 2fs f

fs = 2W (Ritmo de Nyquist) Xs( f )

−2fs −fs −W 0 W fs 2fs f

fs < 2W Xs( f ) Impossível recuperar


Aliasing
sinal original !!

−2fs −W W fs 2fs f

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Amostragem real
“Chopper” sampling
➢ o sinal de amostragem consiste num trem de impulsos com
amplitude e duração finita x(t) xs(t)
➢ os filtros de reconstrução não são ideais

➢ as mensagens a amostrar são sinais limitados no tempo cujo
espectro não se pode considerar estritamente de banda limitada s(t )


x(t) xs(t)

t
 t t
Ts Ts

xs (t ) = x(t ) s(t )
+
s(t ) =  p(t − kT )
s
k = −
DT = 100%   = Ts
Duty-cycle
Nonreturn-to-zero (NRZ)

+ DT =
X s ( f ) = X ( f ) S ( f ) = f s  P(nf s ) X ( f − nf s )
Ts
Return-to-zero (RZ)
n = −
DT  100%    Ts

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Sample & Hold

Circuito Sample & Hold (S&H) À saída do amostrador, a amplitude da amostra mantém-
se constante durante um intervalo de tempo de duração 
Interruptor de Interruptor
amostragem de descarga
Modulação por impulsos
em amplitude (PAM)
x(t) xs(t)
- Pulse amplitude modulation -

+
s(t ) =  p(t − kTs ) “Flat-top” sampling
 k = −
Amostragem
x(t) e retenção xs(t)

t t t
Ts Ts

+
xs (t ) =  x(kTs )  p(t − kTs ) X s ( f ) = P( f )  f s  X ( f − nfs )
k
n =−

Espectro do sinal amostrado com amostragem ideal

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Espectro do sinal amostrado
|P( f )| Impulsos rectangulares
X( f )
p(t ) = rect (t  )
f
−W 0 W f −2/ −1/ 0 1/ 2/

Amostragem ideal |Xs( f )|


+
X s ( f ) = f s  X ( f − nfs )
n = −
−2fs −fs −W 0 W fs 2fs f

Amostragem “chopper”
|Xs( f )|
+
X s ( f ) = f s  P(nfs )  X ( f − nfs )
n = −
−2fs −fs −W 0 W fs 2fs f

S&H |Xs( f )| “Aperture effect”


+
X s ( f ) = P( f )  f s  X ( f − nfs )
n =−
−2fs −fs −W 0 W fs 2fs f

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Modulação por impulsos

x(t)
t
Modulação por impulsos
em amplitude (PAM)
A amplitude dos impulsos
Pulse amplitude modulation t
varia de acordo com o sinal
de entrada
Ts
Pulse width modulation
Modulação por impulsos
na duração (PWM) A duração dos impulsos
t
PDM varia de acordo com o sinal
(Pulse duration modulation) de entrada

Modulação por impulsos


A posição dos impulsos
na posição (PPM) t (relativamente ao seu
Pulse position modulation centro) varia de acordo com
o sinal de entrada

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Bibliografia

❑ “Amostragem” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 6

❑ Exercícios da Ficha Prática 4: 4.2-4.9

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Acetatos 5

PCM uniforme

2020 /2021

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Transmissão digital de sinais analógicos

Conversão analógica-digital (A/D)

Sinal Amostrador Quantificador Codificador


analógico

Fluxo de bits codificados Sinal digital

Sinal Conversor
Descodificador
analógico D/A

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PCM - Pulse Code Modulation - Diagrama de blocos -
Circuito de Conversão das amostras
amostragem num conjunto de
Filtro passa-baixo e retenção amplitudes discretas 
Entrada analógica Erro de quantificação
s(t) s(iT)

fs > 2W
W Hz

Quantificador de L níveis

Filtro passa-baixo

Canal s(t) (estimativa)


Codificador Descodificador
de Tx

W Hz
Palavras de Nb bits, Nb = log2 L

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PCM - Pulse Code Modulation - Exemplo -

Sinal original

4.6
4.1
3.3 3.0
2.8
2.4
2.2
Resultado da amostragem
1.4 1.1

Ts 5
4
Resultado da quantificação pelo 3 3 3
inteiro mais próximo 2 2
1 1

Resultado da codificação
001 011 010 100 001 011 010 101 011
(palavra binária), i.e. sinal PCM

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Quantificação
• A quantificação converte um sinal contínuo em amplitude num sinal discreto em
amplitude. Notar que o processo de amostragem converte um sinal contínuo no
tempo num sinal discreto no tempo - Pulse Amplitude Modulation (PAM).

Característica do quantificador
Característica do erro
linear ou uniforme

y = F(x)
Característica ideal Erro = y−x = q Erro está limitado a q/2
saída
Amáx
yi = ( xi + xi −1 ) 2 yi

q xN
x 0 x1 x 2 x0 x
xi − 1 xi x, entrada

Erro de Erro de quantificação Erro de


limiares de decisão
sobrecarga sobrecarga
−Amáx

NOTA: Quando o valor de entrada está entre


xi−1 e xi o quantificador irá produzir o valor yi

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Ruído de quantificação

• O desempenho de um quantificador pode ser descrito pela relação sinal-ruído


de quantificação;
• A potência de ruído de quantificação é descrita em termos estatísticos através
do erro quadrático médio:
+
 =   p ( q ) d q

2 2
q q
−

• Para uma distribuição uniforme do erro em cada intervalo de


p(q )
quantificação de largura q;
q/2
1/q
2
1 q
nq =  q2 = 
−q/2
 q2
q
d q =
12 -q/2 0 q/2 q

• Para um quantificador uniforme, todos os intervalos de quantificação


apresentam o mesmo erro quadrático médio.

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Codificação

• Converte uma amostra quantificada yi numa palavra de Nb bits

• Número de intervalos de quantificação para uma gama de quantificação de


−Amax a Amax: A − (− A ) 2A
L= max max
= max
q q

• Número de bits por amostra: L = 2N  Nb = log 2 L


b

xi palavra
yi
codificada
Nb = 3  L = 8 níveis 1
0.875 111
0.75
0.5 0.625 110
0.375 101
Amax = 1 0.25
0.125 100
0
-0.125 011
−0.25
-0.375 010
q = 0.25 −0.5
-0.625 001
−0.75
−1
-0.875 000

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Relação sinal-ruído de quantificação

+
Potência do sinal (depende
s = x =
2
 x 2 p ( x ) dx
da estatística do sinal)
−

Potência do ruído de q2
quantificação nq =
12

Relação sinal-ruído de s 3L2 s s


= 2 = 3L2 s
quantificação nq Amax A = 1 nq
max

Relação sinal-ruído de quantificação aumenta com


o aumento do número de níveis de quantificação

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Relação sinal-ruído de quantificação (sinal sinusoidal)

• Assumindo que o sinal de entrada é uma sinusóide com amplitude A, logo a


potência média desse sinal vem

s = x 2 ( t ) = A
2
2

• Relação sinal-ruído de quantificação, em dB:

S  s   A2 2   A
= 10 log10   = 10 log10  2  = 7.78 + 20 log10  
n  q
Nq  q  q 12 

• Relação sinal-ruído de quantificação, em termos do número de bits:


2 Amax S  A 
L = 2 Nb = = 1.76 + 6.02 N b + 20 log10  
q Nq  Amax 

Melhoria de 6 dB na relação sinal-ruído por cada bit acrescentado

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Relação sinal-ruído de quantificação (sinal sinusoidal) (ii)

• Para um determinado nº de bits por amostra fixo, a relação sinal-ruído de


quantificação depende da amplitude A do sinal a quantificar:
– sinais com baixa amplitude  S/Nq baixa
– sinais com amplitude elevada  S/Nq elevadas;

S
A = Amax = 1.76 + 6.02 Nb  50 dB
 A  Nq
S
= 1.76 + 6.02 N b + 20 log10  
Nq  Amax  S
A = Amin = 1.76 + 6.02 Nb − GD
Nb = 8 bits Nq

GD = 20 log10 ( Amax Amin ) Gama


Transmissão de voz telefónica GD = 30 dB dinâmica

– sinais com elevadas amplitudes têm pouca probabilidade de ocorrer e


os sinais com baixas amplitudes ocorrem frequentemente.

PCM uniforme pouco eficiente


Solução: Quantificação não-uniforme

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Quantificação não-uniforme

• Solução: dividir a amplitude do sinal de entrada em intervalos não-uniformes,


i.e. intervalos de quantificação mais largos para os sinais de amplitudes
elevadas e intervalos mais estreitos para amplitudes baixas
 S/Nq constante para uma característica de quantificação apropriada

S/Nq independente da amplitude do sinal de entrada

Característica do y = F(x), saída


quantificador não-uniforme

xj − 1 xj x, entrada

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PCM com ruído de descodificação
Ruído Descodificador PCM
aleatório
Sinal digital Descodificador Conversor
PCM de fonte D/A

• Um erro no bit m numa palavra PCM desloca o nível descodificado  m =  ( 2 L )  2m


Nb −1 2
1 2  4
Erro quadrático médio  m2 =
Nb
  L 2m   3N
m =0 b

• Probabilidade de ocorrer um erro de bit numa palavra PCM  NbPb


Pb – depende da codificação de linha utilizada

Potência do ruído de descodificação nd  4 3 Pb

s
Pb  1 4L = 3L2 s
Relação sinal-ruído
2
s 3L2 nd + nq
(quantificação + = s
nd + nq 1 + 4 L2 Pb s 3
descodificação) Pb  1 4L2 = s
nd + nq 4 Pb

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Aplicações do PCM

Voz (telefone) PCM não uniforme


• Frequência de amostragem fs = 8 kamostras/s
• Quantificação não uniforme com L = 256 níveis
• Compressão segundo a lei A com 13 segmentos
(Europa) ou segundo a lei  com 15 segmentos
(EUA e Japão)
• Palavras PCM de 8 bits
• Ritmo binário Rb = 64 kbit/s

CD Audio PCM uniforme DVD Audio PCM uniforme


• fs = 44.1 kamostras/s • fs = 48 kamostras/s
• Quantificação uniforme com 16 bits • Quantificação uniforme com 16 bits
• Ritmo binário (stereo) Rb = 1.4 Mbit/s • Ritmo binário (sistema 7.1) - Rb = 6.1 Mbit/s

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Bibliografia

❑ “PCM” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 11

❑ Exercícios da Ficha Prática 5: 5.1-5.9

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Acetatos 6

Transmissão digital em banda base

2020 /2021

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Sinais digitais PAM

• A representação de uma mensagem digital em banda de base toma normalmente a


forma de uma sequência de impulsos modulada em amplitude (PAM):

x ( t ) =  ak p ( t − kTs )
- ak representa o k-ésimo símbolo
pertencente a um alfabeto de M símbolos
k
- Ts – Tempo de símbolo

Ritmo
binário
– Taxa ou ritmo de símbolo: Rs = 1 Ts [baud] Rb = Rs  log 2 M

– p(t)  forma do impulso de suporte (não modulada):


1 t = 0
p(t ) =  - e.g. p(t) pode ser um
0 t = Ts ,2Ts ,... impulso rectangular rect(t/)

– Esta condição garante que se pode recuperar a mensagem amostrando x(t) periodicamente
nos instantes t = jTs com j = 0, ± 1, ± 2, …, visto que

x ( jTs ) =  a p ( jT
k =−
k s − kTs ) = ak

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Códigos de linha
Bits 1 0 1 1 0 1 0 0

Unipolar Desvantagens do RZ e NRZ


Vantagem do NRZ unipolar: A NRZ unipolar unipolar:
• simplicidade • insuficiente informação de
RZ unipolar temporização em longas
NRZI - uma transição equivale sequências de 1´s e 0´s (RZ)
0 t
ao nível lógico 1  imune às Tb • componente DC e nas
inversões de polaridade baixas frequências
• não tem capacidade de
Polar detecção de erros
NRZ polar
Vantagem do RZ e NRZ
polar:
A/2 RZ polar Desvantagem do RZ:
• menor potência para a 0 • Maior largura de banda
mesma probabilidade de erro t
• componente DC nula −A/2

Bits ‘1’ alternadamente


Alternate Mark
AMI Inversion
A
Bipolar NRZ ou AMI positivos/negativos

Vantagens do AMI: Código pseudo-ternário


0 Desvantagem do AMI:
• componente DC nula;
t • longa sequência de 0´s
• detecção de erros;
• mais transições que o NRZ • dois limiares de decisão
−A
• largura de banda idêntica à
do NRZ

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Códigos de linha (ii)
Bits 1 0 1 1 0 1 0 0

Manchester Desvantagem do Manchester:


Vantagens do Manchester: • Maior largura de banda
• forte componente de A/2
temporização; Bit ‘1’ Bit ‘0’
0
• componente DC nula t
−A/2
Tb/2 −Tb/2
Tb −Tb/2 Tb/2

4-PAM Quaternário polar NRZ

3A/2 Ts
A/2 t
Vantagens do 4-PAM:
• Menor largura de banda −A/2

−3A/2 Mapeamento Mapeamento


ak
natural de Gray
3A/2 11 10
Desvantagens do 4-PAM:
• maior potência para
A/2 10 11
Ts = 2Tb Rs = Rb 2 transmissão do sinal −A/2 01 01
−3A/2 00 00

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Códigos de linha (DEP)
Espectro de sinais digitais aleatórios ( para símbolos incorrelacionados)
 • P ( f ) - espectro do impulso p(t)
Gx ( f ) =  Rs P( f ) + (ma Rs )  P(nR )  ( f − nR )
2 2 2
2 • Rs - ritmo de símbolo
a s s • ma - média da amplitude do símbolo ak
n = −
• a - desvio padrão da amplitude do símbolo ak

Impulsos de Dirac nas Nulo ma = 0 Sinais polares


harmónicas à frequência Rs (equiprováveis)

P ( f ) = 0 , para f = nRs

RZ A2 2 f  A2 
2n
Gx ( f ) = Ts sinc  +  sinc    ( f − nRs )
unipolar 16  s  16
2 R n =− 2
 t 
p(t ) = rect   Gx( f ) • Maior largura de banda (−)
 Ts 2  RZ • Recuperação de relógio (+)
unipolar
NRZ • Espectro nas baixas frequências (−)
unipolar • Recuperação de relógio (−)
AMI • Espectro nas baixas frequências (+)
• Recuperação de relógio (+)

−3Rs −2Rs −Rs Rs 2Rs 3Rs 4Rs f

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DEP (códigos de linha)
NRZ Unipolar RZ Unipolar
Duty-cycle
de 50% Manchester

NRZ Polar AMI 4-PAM polar

Impulsos rectangulares Rb = 1 Mbit/s6


Limitações do canal de transmissão
Receptor
Ruído
Emissor Canal
n(t) Mensagem
x(t) BT = B y(t) regenerada
g=L + LPF Regenerador
Atenuação L

Sincronização

• O sinal y(t) à saída do filtro passa-baixo é expresso por:

y(t ) =  ak ~
p (t − td − kTs ) + n(t ) td - atraso de transmissão
k p (t ) - impulso p(t) distorcido
~

• A recuperação da mensagem é tarefa do regenerador do sinal onde o sinal é amostrado


periodicamente, sendo: Componentes do regenerador:

p(0) = 1 y(tk ) = ak +  a j ~
p (kTs − jTs ) + n(tk )
~ - Igualador
- Amplificador
j k - Recuperação do relógio
- Amostrador
interferência Ruído - Circuito de decisão
tk = kTs + td símbolo inter-simbólica (ISI)
Instante de amostragem resultante da limitação de
largura de banda do canal

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Limitações do canal de transmissão (ii)
• Os efeitos combinados do ruído e da interferência inter-simbólica (ISI) podem resultar em
erros na mensagem regenerada:
y(t)

A
y(tk)

t
0
tk
• Redução da potência de ruído  Reduzir a largura de banda do filtro;
– implica o alargamento do impulso  aumento da interferência inter-simbólica.

Critério de Nyquist
Num canal passa-baixo ideal de largura de banda B, a taxa máxima de transmissão sem
interferência intersimbólica (ISI) é igual ao dobro da largura de banda do canal. Logo, não
é possível transmitir símbolos sem ISI, a um ritmo superior ao dobro da largura de banda

1 Rs
Rs =  2 B Bmin =
Ts 2

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Critério de Nyquist
• A utilização da taxa de símbolos máxima permitida (Rs = 2B - ritmo de Nyquist) pelo
critério de Nyquist envolve a utilização de um impulso especial, o impulso sinc:

 f 
p(t ) = sinc(Rst ) = sinc(t Ts ) P( f ) = Ts rect  
TF

 Rs 
– Não há influência do filtro passa-baixo, com largura de banda Bfiltro  Rs/2, no sinal visto
que P( f) = 0 para | f | > Rs /2. Assim, este impulso não sofre distorção devido ao filtro
passa-baixo e por isso pode-se ter Rs = 2B;
– Não há interferência inter-simbólica, embora p(t) não seja limitado no tempo, visto que este
tipo de impulso é igual a zero nos instantes t =  Ts,  2Ts, ….

“1” “1”

Não existe ISI


(nos instantes de amostragem)

−Ts 0 Ts 2Ts

Instantes de amostragem

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Critério de Nyquist (ii)
• Na prática, o impulso sinc não é realizável  requer uma função de transferência ideal e torna
crítica a precisão temporal (sincronização) no instante de amostragem

Impulsos cosseno-elevado
Factor de excesso de banda: 0   1

Espectro do impulso para f > 0 Impulso no tempo


Largura de banda:
P( f ) p(t)
 =0 B=
1 R
(1 +  ) = s (1 +  )
2Ts 2
Ts  = 0.5 1 R
Bmin = = s  =0
2Ts 2
 =1  = 0.5  =1
Rs Largura de banda
BN = equivalente de
2 ruído
t
0 Rs Rs f −2Ts −Ts 0 Ts 2Ts
2 Rs 2  (1 + 0.5 )
 1−   =0
 Ts , 0 f 
2Ts

 T   cos ( t Ts )  t 

P ( f ) = Ts  cos 2  s  f −
1−  1− 
 f 
1+  p (t ) = sinc  
 ,
1 − ( 2 t Ts )
2
  2  2Ts  2Ts 2Ts  Ts 
 1+ 
0 , f 

 2Ts

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Diagrama de olho

• Indicador qualitativo do desempenho de um sistema;


• Construção do diagrama de olho:
– depende do nº de símbolos adjacentes que interferem com o símbolo em análise:
• se só os símbolos adjacentes interferem então teremos 8 sequências para analisar
• as sequências piores são 010 e 101

• Parâmetros que podem ser avaliados através da observação do diagrama de olho:

instante de amostragem óptimo


Distorção nos instantes
de amostragem (ISI)
margem de ruído

Limiar de decisão

Distorção nos cruzamentos


por zero (T)

Declive dá a sensibilidade a erros


no instante de amostragem
Intervalo de tempo em que o
sinal pode ser amostrado Jitter (%) = T/Tb x 100

Nota: Não-linearidades no sistema de transmissão


criam assimetrias no diagrama de olho.

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Diagrama de olho (cosseno-elevado)

Jitter elevado

=1
=0

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Diagrama de olho (penalidade de potência)

Emissão Recepção

• Estimativa da penalidade de potência devido ao Penalidade = 20log  Vcc 


10  
fecho de olho causado pela transmissão: 
 tr 
V

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Máscaras para o diagrama de olho

• Norma G.957 especifica máscaras para diagramas de olho de diferentes sistemas


de comunicação por fibra óptica

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Probabilidade de erro (Bit Error Rate - BER)
• Assume-se que:
– o canal não introduz distorção  o impulso recebido está livre de ISI;
– o ruído é aditivo, branco, gaussiano, tem média nula e é independente do sinal  AWGN

• Receptor digital de banda de base:

G( f ) =no/2 Regenerador

LPF y(t) y(tk) xe(t)


x(t)
+ H( f ) S/H
sinal regenerado
comparador
sincronização

• O amostrador (Sample & Hold - S/H) retira amostras do sinal: y(tk ) = ak + n(tk )
• As amostras são comparadas com um limiar de decisão V:

y (t k )  V  1
y (t k )  V  0

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Probabilidade de erro (ii)

y(t)
• Sinal x(t) unipolar: ak = A (bit 1)
1 0 1 1 0 1 0
ak = 0 (bit 0); A
y(tk)
V
• A fdp de y(tk) depende da fdp do ruído e do
símbolo transmitido 0
tk t
 fdp condicionada (ao símbolo xe(t)
transmitido) A
H : a = 0  Y = N
y(tk ) = ak + n(tk )   0 k
 H 1 : ak = A  Y = A + N 0
1 0 0 1 0 1 1 t

variável aleatória com


distribuição gaussiana Erros

pY (y|H0) = pN (y) −
n2
1
fdps condicionadas: fdp do ruído: pN (n) = e 2 2
pY (y|H1) = pN (y−A) 2 2

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Probabilidade de erro (iii)
• A figura seguinte mostra curvas típicas para as fdps condicionadas, assim como o limiar de decisão V

pY ( y | H 0 ) = pN ( y ) pY ( y | H1 ) = pN ( y − A) 
V 
Pe 0 = P(Y  V | H 0 ) =  pY ( y | H 0 )dy = Q 
V  
 A −V 
V
Pe1 = P(Y  V | H1 ) =  p ( y | H )dy = Q  
  
Y 1
−

0 V=Vopt A y +
Q(k ) =
1
 e d
− 2
2
Pe1 Pe0
2 k

• A probabilidade média de erro de bit é dada por 𝑃𝒃 = 𝑝0 𝑃𝑒0 + 𝑝1 𝑃𝑒1

• Limiar de decisão óptimo está localizado em Vopt = A 2

𝐴
Probabilidade de erro de bit mínima 𝑃𝒃 = 𝑄
2𝜎
Pe1 – Probabilidade de erro na recepção de bits ‘1’
Pe0 – Probabilidade de erro na recepção de bits ‘0’ - sinais binários
p1 – Probabilidade de ter sido transmitido um bit ‘1’ - ruído gaussiano branco
p0 – Probabilidade de ter sido transmitido um bit ‘0’ - símbolos equiprováveis

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 17


❖ Figura retirada do livro “Communication
systems”; B. Carlson, P. Crilly, 5ª edição,
McGraw-Hill, 2010

Função Q
Q(3.1) 𝑃𝒃 = 10−3

Q(4.8) 𝑃𝒃 = 10−𝟔

Q(6) 𝑃𝒃 = 10−𝟗

Q(7 ) 𝑃𝒃 = 10−𝟏𝟐

Q(8) 𝑃𝒃 = 10−𝟏𝟓

Relação com função de erro


complementar
1  x 
Q ( x) = erfc  
2  2

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 18


Probabilidade de erro em sistemas M-ários
• Considere-se um sinal M-ário polar com um número par de níveis equiespaçados e
com símbolos M-ários equiprováveis

ak =  A 2,  3 A 2, ,  ( M − 1) A 2

Pe =
1
 ( Pe 0 + Pe1 + + Pe, M −1 )  1   A 
Pe = 2  1 − Q 
M  M   2 
Probabilidade de erro de símbolo

Sinal quaternário polar (4-PAM)


 A   A  1  A  3  A 
Pe,0 = Pe,3 = Q   e,1
P = P = 2Q   Pe =  6Q   = Q 
 2   2   2  2  2 
e ,2
4

ak =  A 2,  3 A 2

❖ Figura retirada do livro


“Communication systems”, C.
Carlson;,J. Rutledge, P. Crilly; 4º
edição, McGraw-Hill, 2002

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 19


Probabilidade de erro (vários códigos)

NRZ polar
Polar
ak = +A/2 (bit 1) ak2 =A 42
 s
ak = −A/2 (bit 0) Pb = Q  
 n 
 A 
Símbolos à
Pb = Q  
distância de A
 2  Unipolar
NRZ unipolar
 1 s
ak = +A (bit 1) Pb = Q   
 2 n
ak = 0 (bit 0) ak2 = A2 2

❖ Assumindo impulsos
Potência média do
- ruído AWGN; sinal recebido
s= ak2 rectangulares com duração
igual ao tempo de símbolo

- símbolos equiprováveis;
- ausência de ISI; Potência média do ruído n =2

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 20


Probabilidade de erro (vários códigos)

AMI
ak2 = A2 2
ak = +A; −A (bit 1) 3  A  3  1 s
Pb = Q   Pb = Q   
ak = 0 (bit 0) 2  2  2  2 n

Mapeamento
4-PAM polar de Gray
Pe
ak2 = 5 A2 4
ak = +3A/2 (símbolo 3) Pb 
log 2 (M )
ak = +A/2 (símbolo 2) 3  A  3  1 s
Pb = Q   Pb = Q   
ak = −A/2 (símbolo 1) 4  2  4  5 n 
ak = −3A/2 (símbolo 0)

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 21


Filtro adaptado
➔ Filtro passa-baixo (no receptor digital) que remove o ruído em excesso sem introduzir ISI
➔ Maximiza a relação sinal-ruído no instante de amostragem
➔ Probabilidade de erro independente da forma do impulso utilizado

Impulso recebido é um impulso isolado com duração finita  x ( t ) = ak p ( t − kTs )

Filtro adaptado • td – atraso de propagação

1 1 +
h (t ) =  p ( td − t ) H(f )= 
( f )e − j 2 ftd Energia do impulso
p 2 ( t ) dt
p p
P
de suporte
p = 
−

x(t) h(t) y(t)


ak
1/ ak

0
 0 0
t0 t0+ t  t tk− tk tk +  t

Gn ( f ) = no 2 n
+
n
+
no
Potência do ruído
 H(f)  h ( t ) dt =
2 2
 = o
2
df = o
após filtro adaptado 2 −
2 −
2 p

1
Impulsos cosseno-elevado  p = Ts =  2 = no BN
2 BN 22
Energia média por símbolo
Energia média por símbolo es = s  Ts = ak2   p

es Símbolos
Energia média por bit eb = = s  Tb eb = es
log 2 M binários

Duty-cycle de 50%
NRZ polar NRZ unipolar RZ polar RZ unipolar

A2 A2 A2 Tb A2 Tb
eb =  Tb eb =  Tb eb =  eb = 
4 2 4 2 2 2

AMI Manchester 4-PAM polar NRZ

A2 A2 5 A2 5 A2 5 A2
eb =  Tb eb =  Tb es =  Ts =  Tb eb =  Tb
2 4 4 2 4

Filtro adaptado

 A   A2  p   A2 e  Probabilidade de
Q  = Q    = Q  log 2 M  b  erro independente
 2   2 no   2a 2 no  da forma do impulso
 k 

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 23


Probabilidade de erro em função de Eb/No
NRZ polar, Manchester, RZ polar Melhor desempenho
 Pb – Probabilidade de erro de bit
 A  eb  0

Pb = Q   Pb = Q  2  10010
 2   no 

10−210
-2

NRZ unipolar, RZ unipolar


 eb 
-4
10−410
 A 
Pb = Q  Pb = Q 

 2   n 
 o  10−610
-6

NRZ polar
AMI NRZ unipolar
10−810
-8

AMI
3  A  3  eb 
Pb = Q  Pb = Q  4-PAM polar
2  2  2  no  10−10
-10
10

4-PAM polar 10−12


10
-12
00 22 44 66 88 10
10 12
12 14
14 1616
3  A  3  4 eb  Eb/No [dB]
Pb = Q   Pb = Q  
4  2  4  5 no  Eb N o  dB  = 10 log10 ( eb no )

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 24


Regeneradores

Sinal à entrada
do receptor Igualador y(t) y(tk) xe(t)
+ S&H
amplificador sinal
regenerado
Comparador

Extractor
de relógio Esquema para um
regenerador
binário (M=2)

• Amplificador: repete o sinal de entrada na saída, amplificando-o;


• Regenerador: regenera o sinal de entrada realizando 3 funções (3R):
– Re-formatação (Igualação e amplificação - Reshaping)
– Re-temporização (extracção do sinal de relógio - Retiming)
– Regeneração (amostragem e decisão - Regeneration)

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 25


Regeneradores (probabilidade de erro)

Regenerador Regenerador
Emissor m−1
Receptor
1
p p
meio de transmissão

• Cada regenerador é caracterizado por uma probabilidade de erro p dependente do código de


linha ou técnica de modulação usada:

– Para o código NRZ polar (± A/2): p=Q ( s n )


• À medida que um dado bit é transmitido de secção em secção, este pode sofrer erros
acumulativos (admitindo independência entre repetidores):

Prob(bit sofrer k erros em m secções) = Pk = Ckm p k (1 − p )m−k (distribuição binomial)

• Só haverá erro na recepção quando um bit sofrer um nº ímpar de erros. Assim, a


probabilidade de erro de bit para uma cadeia com m secções é:

  Ckm p k (1 − p )
m−k
Pe,m = Pk =  mp se p << 1
k ímpar k ímpar

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 26


Fator de ruído
• Fator de ruído caracteriza o excesso de ruído introduzido por um repetidor
- g – ganho do repetidor
si so - si/ni– relação sinal-ruído à entrada do repetidor
ni g no - so/no– relação sinal-ruído à saída do repetidor
nint - nint – ruído gerado internamente no repetidor
'
nint '
- nint – ruído gerado internamente no repetidor
(colocado à entrada do repetidor)

(
no = g ni + nint
'
) no = gF  ni

' Repetidor ideal


nint Quanto maior o factor de ruído, mais
Fator de ruído: F = 1+ F =1
ni ruído é introduzido pelo repetidor

kB – constante de Boltzmann = 1.3810-23 J/K


'
Ruído Térmico: ni = kBTamb BN F = 1+
T int BN – largura de banda equivalente de ruído
Tamb – temperatura ambiente de referência [K]
Tamb
Tint' – temperatura do ruído gerado no repetidor [K]

si ni Relação sinal-ruído decresce da


Fator de ruído de um repetidor: F=
so no entrada para a saída do repetidor

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Fator de ruído de uma secção

• Para compensar as perdas dos cabos de transmissão usam-se repetidores


colocados ao longo do percurso

Secção 1 Secção 2 Secção m

cabo
gc < 1
repetidor cabo repetidor
…. cabo
gc < 1
repetidor
gc < 1
Tamb = T0 gr gr Tamb = T0 gr
Tamb = T0 Fr
Fr Fr

• Cada secção é constituída por um troço de cabo seguido por um repetidor


cujo ganho deverá compensar as perdas do cabo:
– se o cabo estiver à temperatura ambiente de referência, T0, e as suas perdas
forem lc =1/gc então o fator de ruído do cabo Fc = 1/gc= lc ;
– se o repetidor apresentar um ganho gr e tiver um fator de ruído Fr  cada
secção tem ganho gcr = grgc e fator de ruído Fcr = Fr / gc .

Fcr  dB = Lc + Fr

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Fator de ruído de uma cadeia de amplificadores
• Ganho total de m secções em cadeia é: g sist = gcr ,1  gcr , 2  gcr ,3  gcr ,m
• Fator de ruído total de m secções em cadeia vem na forma
Fcr , 2 − 1 Fcr ,3 − 1 Fcr ,m − 1
Fsist = Fcr ,1 + + + ... +
g cr ,1 g cr ,1 g cr , 2 g cr ,1 g cr , 2 ...g cr ,m−1
• Se o ganho e fator de ruído de todas as secções forem iguais:
Lembre-se que
– ganho total de m secções em cadeia é g sist = g m n
1 − r n+1
cr
 rk = 1− r
– factor de ruído total de m secções em cadeia é pois k =0
que pode ser usado em
( m −1) +1
m
Fcr − 1 1 − g cr− m  1 
Fsist = 1 +  k −1 = 1 + (Fcr − 1) m −1 
1 
k 1−  
 g cr 
k =1 g cr 1 − g cr−1   =
 1 
k =0  g cr 
1−  
 g cr 

• Se o ganho de todas as secções for 1, i.e. os amplificadores compensam exactamente as perdas,


e o fator de ruído de todas as secções for igual:
– ganho total de m secções em cadeia é gsist = 1
– fator de ruído total de m secções em cadeia é

Fsist = 1 + m ( Fcr − 1) = mFcr − ( m − 1)  mFcr = m Fr g c


Conclusão: Duplicar o nº de
amplificadores aumenta o
fator de ruído total de 3 dB
válido para Fcr >>1  gc << 1

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Repetidores (relação sinal-ruído)

Amplificadores

 a relação sinal-ruído vai-se degradando com a transmissão, i.e com o aumento


do nº de secções.

so si s 1s  s  si
Fsist  mFcr = Fsist  o      = n Fcr
no ni no m  n 1  n 1 i

(s/n)1 é a relação sinal-ruído à saída


da primeira secção (1º amplificador)
Regeneradores

 a relação sinal-ruído mantém-se igual ao longo das secções  a probabilidade


de erro é que se vai degradando

so  s 
Fsist = Fcr =  Desempenho calculado à
entrada do 1º regenerador
no  n 1

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Regeneradores versus amplificadores

Probabilidade de erro de bit para Probabilidade de erro de bit para


uma cadeia com m secções com uma cadeia com m secções com
amplificadores regeneradores

 s  1s   s 
Pe,m = Q   = Q     Pe,m  mp = mQ    
  n 1 
 n  m  n 1   
Há acumulação de Não há acumulação de
ruído até à recepção ruído até à recepção
Ganho de potência, dB

20 Pe = 10−5
Exemplo: Para m = 10 secções sistemas com
15 amplificadores exigem mais cerca de 8.5 dB
10
de potência (por repetidor) que sistemas
com regeneradores
5

0
1 2 5 10 20 50 100 m
(s/n)1 – Relação sinal-ruído à saída da 1º secção

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Bibliografia

❑ “Baseband digital transmission” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 11

❑ Exercícios da Ficha Prática 6: 6.1, 6.3-6.6, 6.8-6.21

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 32


Acetatos 7

Modulação digital

2020 /2021

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Modulação digital

Sinal modulante Sinal digital

Portadora Onda contínua (CW) Onda sinusoidal

Objetivos da modulação digital

 Maximizar a taxa de transmissão de símbolos


 Minimizar a probabilidade de erro
 Minimizar a potência transmitida
 Minimizar a largura de banda Melhorar a eficiência espetral

Rb – Ritmo binário
R
Eficiência espetral:  = b [bits/s/Hz] B – Largura de banda do
B canal efectivamente usada
na transmissão

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Técnicas de modulação digital

“On”-”Off” keying

ASK – Amplitude-shift keying


Modulação digital de amplitude

FSK – Frequency-shift keying


Modulação digital de frequência

PSK – Phase-shift keying


Modulação digital de fase

QAM – Quadrature amplitude modulation Modulação de amplitude em quadratura

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DEP (modulação digital)

xc ( t ) = Ac  xi ( t )  cos ( 2 f ct ) − xq ( t )  sin ( 2 f ct ) Sinal passa-banda (modulado)

xi (t) – Componente em fase


xq (t) – Componente em quadratura

Densidade espectral de potência (DEP) de sinais digitais modulados

Ac2
Gc ( f ) =  Gi ( f + f c ) + Gi ( f − f c ) + Gq ( f + f c ) + Gq ( f − f c )
4
Gi ( f ) – DEP da componente em fase
Gq( f ) – DEP da componente em quadratura

Supondo que a componente em fase é um sinal M-ário digital


+ 
xi (t ) =  ak  p(t − kTs ) Gi ( f ) =  Rs P( f ) + (ma Rs )  P(nRs )  ( f − nRs )
2 2 2 2
a
k = − n = −

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Critério de Nyquist (sinais modulados)

Critério de Nyquist (aplicável às modulações ASK, PSK e QAM)

➔ Para transmitir um sinal digital a um ritmo de símbolo Rs [símbolos/s] num canal passa-banda
sem interferência intersimbólica (ISI), a largura de banda do canal deve ser, pelo menos, igual ao
ritmo de símbolo

Bmin = Rs Admite impulsos de suporte sinc(t/Ts)

B  Rs (1 +  )
Impulsos
cosseno-elevado

 – factor de excesso de banda

Banda-base:
Num sistema passa-banda (modulado), é necessário
B  s (1 +  )
R
o dobro da largura de banda (relativamente a um
2 sistema em banda-base) para transmissão sem ISI

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ASK (Amplitude-Shift Keying)
- M−1 amplitudes “On”
Modulação de amplitude ➔ processo “On-off keying”
- Uma amplitude “Off”

1 0 1 1 0 1 0 0
+
xi (t ) = a k  p(t − kTs ) xq ( t ) = 0
k = −

0 t
Tb
Ac 2-ASK

0 t xc ( t ) = Ac xi ( t ) cos ( 2 fct )

3Ac
2Ac 4-ASK ak = 0,1, , M − 1 Unipolar
Ts
Ac
p(t) – impulsos NRZ
0 t

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ASK (Amplitude-Shift Keying) (ii)

M −1 M 2 −1  t 
ma =  =
2 p ( t ) = rect   P ( f ) = Ts sinc ( f Ts )
a
2 12  Ts 


Gi ( f ) =  Rs P( f ) + (ma Rs )  P(nRs )  ( f − nRs )
2 2 2 2
a
n = −

( M − 1)  f
2
M 2
−1
Gi ( f ) = Ts sinc2 ( f Ts ) + ( )
12 4
Ac2
Gc ( f ) =  Gi ( f + f c ) + Gi ( f − f c ) 
4
LB  2Rs
Gc( f )

fc − 2Rs fc − Rs fc fc + Rs fc + 2Rs f

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FSK (Frequency-Shift Keying)

Modulação de frequência
➔ M símbolos distintos são codificados com frequências diferentes (em torno da portadora fc)

f k = fc + f d  ak ak = 1, 3, ,  ( M − 1)
fd – desvio de frequência x(t) xc(t)
+ FSK
xc ( t ) = Ac  cos ( 2 f t + 2 f
k =−
c d ak t )  p ( t − kTs )
~ ~ ~
f0 f1 fM−1
1 0 1 1 0 1 0 0

x(t) xc(t)
Modulador CPFSK
0 t
Tb FM
2-FSK Continuous
Ac ~ fc
-phase FSK

0 t

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FSK (Frequency-Shift Keying) (ii)
FSK binário (M = 2) f d = n Rb 2 , n inteiro

xi ( t ) = cos ( 2 f d t ) Gi ( f ) =
1
 ( f − f d ) +  ( f + f d ) Independente do impulso
de suporte e de ak
4

xq ( t ) =  ak sin ( 2 f d t ) p ( t − kTb )
k

Tb − j f d Tb
Gq ( f ) =  e sinc ( f + f d ) Tb  − e sinc ( f − f d ) Tb 
2
j f d Tb

Gc( f ) LB  3Rb Sunde’s FSK


Geral (FSK binário):
fd = Rb/2
LB  2Rb+2fd
fc
f
fc −3Rb/2 fc −Rb/2 fc +Rb/2 fc + 3Rb/2

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PSK (Phase-Shift Keying)

Modulação de fase  M símbolos distintos são codificados com fases diferentes

+
xc ( t ) = Ac  cos ( 2 f t +  )  p (t − kT )
k =−
c k s

( 2ak + N ) 2 ak
k =  k = N =0
M M
ak = 0,1, , M −1 2 ak 
k = + N =1 Rotação angular
M M

➢ Diferentes símbolos espaçados na fase de 2/M


➢ Sínal modulado com amplitude constante Ac

+ +
xi ( t ) =  I p (t − kT )
k =−
k s
I k = cos k xq ( t ) =  Q p (t − kT )
k =−
k s Qk = sin k

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PSK (Phase-Shift Keying) (ii)

M=2 Binary PSK (BPSK) ou 2-PSK N =0 N =1


q q
1 0 1 1 0 1 0 0 /2
Ac ‘1’
 ‘0’ ‘1’ 0

0 t i i
‘0’
Tb
 −/2

M=4 Quaternary PSK (QPSK) ou 4-PSK N =0 N =1


q ‘01’ q
/2 ‘01’ ‘00’
1 0 1 1 0 1 0 0
3/4 /4
Ac
‘11’  0 ‘00’ /2
i i
0 t
−/2  /2 −3/4 −/4
Ts ‘11’ ‘10’
‘10’

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PSK (Phase-Shift Keying) (iii)

I k = Qk = 0 I k2 = Qk2 =
1 I k Qk = 0 Componentes em fase e em quadratura
2 estatiscamente independentes

Ts
Gi ( f ) = Gq ( f ) = sinc2 ( f  Ts )
2

Gc ( f ) =
Ac2Ts
4

 sinc2 ( f + f c ) Ts  + sinc2 ( f − f c ) Ts  
DEP equivalente à ASK
LB  2Rs
Ausência de dirac em fc
Gc( f )
Aumento nº símbolos
não aumenta a LB
 FSK

fc − 2Rs fc − Rs fc fc + Rs fc + 2Rs f

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PSK diferencial (DPSK)
Modulação de fase diferencial
 em vez de se transmitir uma fase por cada símbolo (fases absolutas) como no M-PSK, transmite-se
a diferença de fase

Na recepção permite detectar os símbolos usando um comparador de fase


Evita a geração (no receptor) de uma portadora de referência para detecção coerente
(ou síncrona) do sinal modulado em fase (como efectuado no M-PSK)

M=2 Differential PSK (DPSK)

mensagem binária mk 1 0 1 1 0 1 0 0 mk = 1 ak = ak −1
ak
mk = 0
1 1 0 0 0 1 1 0 1
ak = ak −1
mensagem codificada

fase transmitida k 0 0    0 0  0
saída do comparador de fase + − + + − + − −
mensagem regenerada 1 0 1 1 0 1 0 0 ak = ak −1  mk

bit inicial arbitrário


M-DPSK com DEP equivalente à DEP do M-PSK

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QAM (Quadrature-amplitude modulation)

Modulação de amplitude em quadratura

 usa o princípio de modulação em quadratura, onde 2 portadoras (desfasadas de /2) são moduladas
em amplitude por 2 sinais digitais

xc ( t ) = Ac  xi ( t )  cos ( 2 f ct ) − xq ( t )  sin ( 2 f ct )


M = L2
+
xi ( t ) =  I p (t − kT )
k s I k = 1, 3, ,  ( L − 1) ➢ M-QAM pode ser interpretado
k =− como a soma linear de 2 sinais ASK
+ com L níveis de amplitude em
xq ( t ) =  Q p (t − kT )
k =−
k s Qk = 1, 3, ,  ( L − 1) quadratura

Ik

cos(ct)
Esquema do
Sinal
binário Conversor Gerador
~ xc(t)
série- do sinal
modulador QAM Rb
paralelo IeQ
90º

Qk −sin(ct)

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QAM (ii)

q q
M=4 4-QAM M=4 4-PSK
01 d/2 00 01 00

−d/2 d/2
i i
−d/2
11 10 11 10

M = 16 16-PSK q
M = 16 16-QAM
0110 0010
q 0111 0011
0101 0001
0111 0110 3d/2 0010 0011 0100 0000
1100 1000 i
1101 1001
0101 0100 d/2 0000 0001 1111 1011
1110 1010
−3d/2 −d/2 d/2 3d/2
i
➢ O desempenho do M-QAM é igual ou superior ao do M-
1101 1100 −d/2 1000 1001 PSK (distância maior entre afixos para a mesma potência
−3d/2 média) nomeadamente para valores elevados de M
1111 1110 1010 1011

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QAM (iii)

I k = Qk = 0 L2 − 1
I =Q =
2
k
2
k
3

L2 − 1
Gi ( f ) = Gq ( f ) = Ts sinc2 ( f  Ts )
3
Ac2 L2 − 1
Gc ( f ) = 2 
4
Ts
3

 sinc2 ( f + f c ) Ts  + sinc2 ( f − f c ) Ts  
Aumentar o nº Maior gasto de
de símbolos potência
LB  2Rs
Gc( f )

LB equivalente à ASK, PSK

fc − 2Rs fc − Rs fc fc + Rs fc + 2Rs f

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DEP (modulação)
BPSK  = 1 bit/s/Hz 4-QAM  = 2 bits/s/Hz 16-PSK  = 4 bits/s/Hz

16-QAM  = 4 bits/s/Hz 32-PSK  = 5 bits/s/Hz 64-QAM  = 6 bits/s/Hz

Rb = 1 Mbit/s f c = 5 MHz Impulsos rectangulares NRZ


Recetores para modulações digitais

▪ A deteção de um sinal digital inclui a desmodulação e o circuito de decisão que


transforma o sinal recebido no sinal digital
▪ Os métodos de deteção são semelhantes aos existentes para as modulações
analógicas
▪ Deteção síncrona ou coerente → exige a geração no recetor de uma portadora local,
sincronizada na frequência e na fase com o sinal recebido
▪ Deteção não coerente → utiliza-se quando o controlo da fase da portadora na receção
não pode ser efetuado ou é demasiado caro/complexo

▪ ASK e FSK – os sinais distinguem-se pelas diferentes amplitudes ou frequências


 deteção não coerente pode ser feita através de deteção de envolvente
▪ QAM e PSK – deteção síncrona com modulador em quadratura
▪ DPSK – deteção diferencial

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 18


Detetor Coerente

Detetor coerente para M-PSK


( k +1)Ts
Detetor de
Sync
 kTs
Iˆk
correlação
xc(t) ~ cos( t) c
Regenerador ˆk
90º fase
Detetor com
−sin(ct)
filtragem ( k +1)Ts
adaptada
AWGN

kTs
Qˆ k

Detetor coerente para M-QAM

( k +1)Ts

Sync
 kTs
Regenerador Iˆk
xc(t) ~ cos( t)
c
Sinal binário
estimado
Conversor
90º binário
−sin(ct)
( k +1)Ts
Qˆ k
AWGN
kTs
Regenerador

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 19


Probabilidade de erro (binários)

BPSK  2eb  Melhor desempenho


Pb = Q  
 n
Detecção  o  0 Pb – Probabilidade de erro de bit
10010
coerente

10−210
-2
síncrona

Sunde’s FSK, 1  1 e  10−410


-4
Pb = exp  −  b 
OOK 2  2 no 
Detecção de 10−610
-6

envolvente

1  e  10−810
-8

DPSK Pb = exp  − b 
BPSK
2  no 
Comparação 10−10
10
-10 OOK, Sunde’s FSK
de fase DPSK
10−12
 = 1 bit/s/Hz
-12
10
00 22 44 66 88 10
10 12
12 14
14 16
16
Sinais binários Eb/No [dB]

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Probabilidade de erro (M-ários)
M-PSK Detecção coerente (em quadratura)
Pb – Probabilidade de erro de bit
  eb 
0
2  10010
Pb  Q  2 log 2 ( M ) sin 2    
log 2 ( M )  M  no 
10−210-2

M-QAM Detecção coerente (em quadratura)


10−410
-4

4  1   3log 2 ( M ) eb 
Pb   1 −  Q  
log 2 ( M )  M   M −1 no  10−610-6 4-QAM, 4-PSK
 8-PSK
16-PSK
M-DPSK Comparação de fase (em quadratura) 10−810-8
4-DPSK

2     eb  8-DPSK
Pb  Q  4 log 2 ( M ) sin 2    10 −10-10
10 16-QAM
log 2 ( M )   2M  no 
 64-QAM

(M  4) 10−12
10
-12
00 22 44 66 88 10
10 12
12 14
14 16
16
Eb/No [dB]
 = log 2 ( M )

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Error vector magnitude
▪ Métrica de obtenção do desempenho a partir da constelação diretamente relacionável
com a probabilidade de erro de bit
Símbolo transmitido
Símbolo recebido
Error vector magnitude (EVM):
N sim

 so ( k ) − si ( k )
2

evm = k =1
N sim

 si ( k )
2

k =1

Nsim – Número de símbolos transmitidos


si(k) – Coordenada do símbolo transmitido
so(k) – Coordenada do símbolo recebido

1
evm = EVM  dB  = 10 log10 ( evm ) = − SNR  dB 
s n
Pb=10-3 EVM [dB]
M-QAM 4-QAM −9.80
4  1   3 1  16-QAM −16.54
Pb   1 − 
 Q  
log 2 ( M )  M   M − 1 evm  64-QAM −22.55
256-QAM −28.41
Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 22
Espaço de sinais
▪ O espaço de sinais é um espaço multidimensional onde os sinais podem ser
representados como vectores
▪ As bases ortonormadas {n(t), n = 1, 2, , N} que definem esse espaço são
descritas por
+
1 , n = m Ortogonais e com
n ( t ) , m ( t ) =  n (t ) m (t ) dt = 
*
norma unitária
− 0 , n  m

▪ O sinal sk(t) pode ser descrito relativamente às bases


N +
sk ( t ) =  sk ,n n ( t ) sk ,n = sk ( t ) , n ( t ) =  sk ( t ) n* ( t ) dt
n =1 −

Representam as coordenadas dos vectores no espaço de sinais


Coordenadas dos pontos da constelação

+ N

 sk ( t ) dt =  sk ,n
2 2
es ,k = = sk
2
Energia do símbolo sk:
− n =1

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 23


Espaço de sinais (ii)

xc ( t ) = Ac  xi ( t )  cos ( 2 f ct ) − xq ( t )  sin ( 2 f ct ) Sinal passa-banda (modulado)


+ +
xi ( t ) =  I p (t − kT )
k =−
k s xq ( t ) =  Q p (t − kT )
k =−
k s QAM, PSK, ASK

 Considerando um intervalo de tempo Ts (k fixo),

xc ( t ) = Ac I k p ( t ) cos ( 2 f ct ) − AcQk p (t ) sin ( 2 f ct )

 e definindo as bases ortonormadas p – energia do impulso

2 2
1 ( t ) = p ( t ) cos ( 2 f ct ) 2 ( t ) = − p ( t ) sin ( 2 f ct )
p p

Energia de um símbolo
p p
xc ( t ) = Ac I k1 ( t ) + AcQk2 ( t ) (para um k fixo)
2 2
es ,k = I k2 Ac2  p 2 + Qk2 Ac2  p 2
Coordenadas dos  p p 
sk =  Ac I k  Energia média de símbolo
pontos da , AcQk
 2 2 
constelação   es = es ,k

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Espaço de sinais (iii)
BPSK 2  q
Q-PSK, 4-QAM 2  q

s2 A/2 s1
Símbolos à
s2 s1 1  i −A/2 A/2
distância de A 1  i
−A/2 A/2 −A/2
s3 s4

A  A2  A A A2
s1 →  , 0  es ,1 = s1
2
= s1 →  ,  es ,1 = s1
2
=
2  4 2 2 2

 A  A2  A A A2
s2 →  − , 0  es ,2 = s2
2
= s2 →  − ,  es ,2 = s2
2
=
 2  4  2 2 2

Energia  A A A2
es ,1 + es ,2 A2 s3 →  − , −  es ,3 = s3
2
=
média por es = =  2 2 2
símbolo 2 4
 A A A2
s4 →  , −  es ,4 = s4
2
=
Energia A2 2 2 2
eb = es =
de bit 4
es ,1 + es ,2 + es ,3 + es ,4 A2 es A2
es = = eb = =
4 2 2 4
Símbolos à mesma
distância da origem têm
a mesma energia Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 25
Espaço de sinais (iv)
Ruído no espaço de sinais
N + E  nn  = 0 Média nula
n ( t ) =  nn n ( t )  n ( t )  ( t ) dt
Variáveis
nn = *
n gaussianas n 2 , n = m
n =1
− COV  nn nm  =  o
0 , nm
Potência de ruído:  2 = no 2 Equivalente a filtro
adaptado h(t) = n(t) Incorrelacionadas  Independentes

BPSK Q-PSK, 4-QAM 2 decisões

Probabilidade de erro V   V2 
Pe ,1 = Pe ,2 = Pe ,3 = Pe ,4 = 2Q   = 2Q  
   2 
V   V2   
Pe = Pb = Q   = Q  

    2 
  Vopt = A 2

Vopt = A 2 Limiar de
decisão óptimo  A2 4   e 
Pe ,1 = 2Q   = 2Q  2 b 
 no 2  no 
  
A2 4   e 
Pb = Q   = Q  2 b 
 no 2  no  Pe ,1 + Pe ,2 + Pe ,3 + Pe ,4  e   e 
  Pb = Q  2 b 
Pe = = 2Q  2 b  
4 
 no   no 

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OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing)
▪ Divide a banda de frequências disponível Bw em Nsc subcanais (subportadoras) que são
ortogonais entre si

𝐵𝑤 ≈ Δ𝑓 ⋅ 𝑁𝑠𝑐
- ADSL
- Wi-Fi
- WiMax
- Redes móveis
fk fm f

f = f k − f m
• fk – frequência da sub-portadora k
1 Garante
• Rsc – ritmo de símbolo da subportadora k
Δ𝑓 = • R – ritmo de símbolo “single-carrier”
𝑡𝑠 ortogonalidade • ts – período de observação  duração do
símbolo OFDM sem prefixo cíclico

▪ Enviam-se Nsc símbolos em paralelo na banda disponível a um ritmo mais lento Rsc = R/ Nsc
▪ Em cada subportadora envia-se um símbolo M-QAM
▪ Ortogonalidade permite sobreposição do espectro em torno de cada subportadora

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OFDM (ii)

Sinal OFDM Frequência da subportadora k

+ N sc −1  t − iTs − Ts 2 
xc ( t ) =   X k ,i ( t )  e j 2 fk t  rect  
Símbolos OFDM
transmitidos em série
i =− k = 0  T s 
𝑘−1
Símbolo QAM transmitido na 𝑓𝑘 =
subportadora k no símbolo OFDM i 𝑡𝑠

Um símbolo OFDM
1
N sc −1 𝑅𝑠𝑐 =
𝑇𝑠
xc ( t ) =  X k ( t )  e j 2 fk t • Ts –duração do símbolo OFDM com prefixo cíclico
k =0

Ortogonalidade Condição necessária à


ortogonalidade
𝑡𝑠
1
𝑒 𝑗2𝜋𝑓𝑘 𝑡 , 𝑒 𝑗2𝜋𝑓𝑚𝑡 = න exp 𝑗2𝜋 𝑓𝑘 − 𝑓𝑚 𝑡 𝑑𝑡 = 0 𝑓𝑘 − 𝑓𝑚 = 𝑙 , 𝑙∈ℤ
0
𝑡𝑠

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Emissor OFDM

Rsc= R/Nsc

Sinal digital xc(t)


em série
Rsc = R/Nsc
R

Necessita de um
sincronismo perfeito
das frequências das
subportadoras

❖ Figura retirada do livro “Communication systems”,


B. Carlson, P. Crilly, 5º edição, McGraw-Hill, 2010
Rsc = R/Nsc

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Emissor OFDM (IDFT)
❖ Figura retirada do livro “Communication systems”,
B. Carlson, P. Crilly, 5º edição, McGraw-Hill, 2010

Sinal digital
em série
Rsc = R/Nsc xc(t)
R
IDFT
Inverse
Discrete
Fourier
Transform

Rsc = R/Nsc Digital-to-


analog
converter
Amostrando em nTs/Nsc
N sc −1 Implementada eficientemente
w(n) =  Xk  e j 2 kn N sc = IDFT  X k ( n )  usando a IFFT (Inverse Fast
k =0 Fourier Transform)
Nsc → potência de 2
Prefixo cíclico
Sem prefixo cíclico Com prefixo cíclico

Emissor

Receptor

ISI com símbolo


OFDM seguinte

❖ Figuras retiradas do livro “OFDM for optical communications”,


Prefixo
Ts = ts + G
Quebra da W. Shieh, I. Djordjevic, Academic Press, 2010.

ortogonalidade cíclico
 InterCarrier
Interference (ICI) Condição para zero ISI e ICI
Largura de banda do
• td – diferença de atraso entre
td   G sinal OFDM
subportadoras (devido ao canal) 2 𝑁𝑠𝑐 − 1
• DFT – Discrete Fourier Transform 𝐵𝑤 = +
𝑇𝑠 𝑡𝑠

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Bit loading e ritmo binário

• A sequência digital (em série) com o ritmo binário R é convertida em blocos de bits
que são armazenados numa memória
• Os bits são divididos entre Nsc subcanais, sendo o número de bits alocados a cada
canal dependente da relação sinal-ruído (SNR) do sub-canal
• Os bits alocados a cada sub-canal vão modular uma portadora usando QAM

Bit loading Diferentes modulações M-QAM nas subportadoras

Rb,k = Rsc log 2 ( M k ) Ritmo binário em cada


subportadora k Para modulação QAM igual
N sc −1 em todas as subportadoras
Rb =  Rb,k Ritmo binário do
sinal OFDM
𝑅𝑏 = 𝑁𝑠𝑐 log 2 𝑀 ∙ 𝑅𝑠𝑐
k =0

• Mk – Número de símbolos usados na subportadora k

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 32


Probabilidade de erro
• Probabilidade de erro da transmissão OFDM será a média das probabilidades de erro
calculadas para cada subportadora k que contenha informação
N sc −1
Pb,k

• Pb,k - Probabilidade de erro na sub-portadora k;
Pb = • Ni – Número de subportadoras que contêm informação;
k =0 Ni
Power Diferentes SNRs nas
loading subportadoras
M-QAM

4  1   3log 2 ( M k )  eb  
Pb ,k   1 − Q   
log 2 ( M k )  Mk  
  M k −1  no  k 
• (s/n)k – Relação sinal-ruído da subportadora k
•(eb/no)k – Relação energia de bit - densidade de ruído da
subportadora k

4  1   3 s 
Pb ,k   1 − Q    Critério de Nyquist passa-
log 2 ( M k )  Mk   M k − 1  n k
 

 banda em cada subportadora k

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Igualação dos subcanais

OFDM  agregação de canais QAM de banda estreita

Espaçamento
entre subcanais Permite uma igualação mais simples
estreito

Resposta Resposta do Resposta do subcanal


do canal subcanal aproximadamente linear

Igualador
1
Ik ( f ) =  cte
Hk ( f )

Elevada redução da ISI

❖ Figura retirada do livro “Communication systems”,


B. Carlson, P. Crilly, 5º edição, McGraw-Hill, 2010

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Bibliografia

❑ “Bandpass digital transmission” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 14

❑ Exercícios da Ficha Prática 7: 7.1-7.18

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Acetatos 8

Codificação de canal

2020 /2021

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Codificação

Codificação
Codificação de linha
→ melhorar a eficiência espetral
Criptografia (transmissão em banda base)
→ Preservar a segurança
das comunicações

Codificação → Codificação para


Codificação de canal controle de erros
de fonte
→ Compressão de dados
Deteção de Correção de
erros erros

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Codificação de canal
➢ Principais objetivos da transmissão de sinais digitais → minimização dos erros
▪ Codificação para controlo de erros
▪ Implica a adição sistemática no emissor de bits de controlo extra (bits redundantes) à
mensagem transmitida

Deteção de erros Automatic-repeat-request (ARQ) CRC – Cyclic Redundancy Code

 Deteção dos erros pelo recetor usando a informação redundante (e.g., CRC)
 Recetor pede a retransmissão da informação que contém os erros detetados
 Implica a existência de um canal de retorno
 Técnica adequada para a transmissão em redes de dados (redes de computadores)

Correção de erros Forward-error-correction (FEC)


 Correção dos erros no recetor através da informação redundante recebida
 Aplicada quando não é possível a retransmissão da informação
 Técnica adequada às redes de telecomunicações (SDH/OTN)

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Códigos de repetição e de paridade
Códigos de repetição (n, k)
→ Cada bit k da mensagem é representado por uma palavra de código com n bits idênticos
→ Qualquer erro de transmissão na palavra recebida altera o padrão de repetição
complementando os diferentes bits errados
→ Redução do ritmo de transmissão de 1/n

Código de repetição (3,1)

Palavras válidas: 000, 111


Palavras inválidas: 001, 010, 100, 101, 110, 011 Indicam a presença de erros

Códigos de paridade (n, n-1)


→ Baseados na noção de bit de paridade - Par: número de bits ‘1’ na palavra de código é par
- Ímpar: número de bits ‘1’ na palavra de código é ímpar
Código de paridade (3,2)
Bit de paridade
Palavras válidas: 000, 011, 101, 110 Cálculo do bit paridade par:
Palavras inválidas: 001, 100, 010, 111 𝑃 = 𝑋1 ⊕ 𝑋2 ⋯ ⊕ 𝑋𝑘

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Redundância
→ Para enviar k bits da mensagem, transmitem-se 𝑛 = 𝑘 + 𝑟 bits
→ r bits de redundância (FEC overhead)

→ os n bits transmitidos definem as 2n palavras possíveis a serem recebidas


→ os k bits transmitidos definem as 2k palavras passíveis a serem transmitidas
número de palavras válidas

Taxa de redundância: 𝑡𝐹𝐸𝐶 = 𝑟Τ𝑛 Redundância do código: 𝜌𝐹𝐸𝐶 = 𝑟Τ𝑘


(redundancy rate) (redundancy code)

Taxa de código: 𝑟𝐹𝐸𝐶 = 𝑘Τ𝑛 𝑡𝐹𝐸𝐶 1


(code rate) 𝜌𝐹𝐸𝐶 = = −1
𝑟𝐹𝐸𝐶 𝑟𝐹𝐸𝐶

n = k + r bits codificados são transmitidos no mesmo intervalo de tempo que


k bits de informação

Aumento do ritmo binário no canal de transmissão de n/k

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Transmissão de códigos FEC

Blocos de Blocos de
Blocos de n = k + r bits n = k + r bits Blocos de
k bits k bits
Codificador Canal de Descodificador
𝑅𝑏,𝑖 FEC(n,k) 𝑅𝑏,𝑙 transmissão 𝑅𝑏,𝑙 FEC(n,k) 𝑅𝑏,𝑖
Tx Rx

Ritmo binário Ritmo binário


da informação da linha
(dados) (efetivo)

Redundância do código:
Taxa do código: 𝑟𝐹𝐸𝐶 = 𝑅𝑏,𝑖 Τ𝑅𝑏,𝑙 (redundancy rate)
(code rate)
𝜌𝐹𝐸𝐶 = 𝑅𝑏,𝑙 Τ𝑅𝑏,𝑖 − 1

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Distância de Hamming
• Distância de Hamming entre duas palavras binárias:

– Definição: Número de bits que se tem de alterar para passar de uma


palavra para outra (equivalente a fazer uma soma em módulo 2):

0110 1100
Soma em módulo 2  1100 1101
1010 0001 => d = 3

– No caso particular em que se compara a sequência de bits


transmitida, T, e recebida, R, a distância de Hamming representa o
número de bits errados.

Richard Hamming (1915-1998) é um dos pioneiros


no estudo das questões relacionadas com a
detecção e correcção de erros.

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Distância de Hamming (ii)
Distância mínima, dmin, de um determinado código:
➢ Definição: Menor distância de Hamming entre qq. duas palavras válidas do
código.

Exemplo: Código de repetição (10,2) Mensagem Palavra código

𝑑𝑚𝑖𝑛 = 5 00 0000000000

01 0000011111

10 1111100000

11 1111111111

• É sempre possível a deteção de erros sempre que o número de erros na


palavra de código recebida é menor que dmin
• Quando o número de erros é igual ou excede dmin, a palavra errada
corresponde a uma palavra de código válida → erros não são detectados

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 8


Distância de Hamming (iii)
Deteção de até l erros por palavra: 𝑑𝑚𝑖𝑛 ≥ 𝑙 + 1

Correção de até t erros por palavra: 𝑑𝑚𝑖𝑛 ≥ 2𝑡 + 1

Correção de até t erros e deteção 𝑑𝑚𝑖𝑛 ≥ 𝑡 + 𝑙 + 1


de até l > t por palavra:

Código de repetição (3,1) Código de paridade (3,2)

𝒅𝒎𝒊𝒏 = 𝟑 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 𝟐

- Deteção de l  2 erros - Deteção de l  1 erro


- Correção de t  1 erro - Não permite correção de erros

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Tipos de códigos FEC
Códigos de blocos:
→ trabalham sobre blocos de bits (ou símbolos) de tamanho fixo
→ descodificação tipicamente efetuada usando algoritmos de “hard-decision”
→ baseiam as suas propriedades na álgebra conhecida como Campos finitos (Finite fields
ou Galois fields)
❑ Cíclicos
❑ Hamming
❑ Bose-Chaudhuri-Hocquenghem (BCH)
❑ Reed-Solomon (RS)

Códigos convolucionais:
→ trabalham sobre sequências de bits (ou símbolos) de tamanho arbitrário
→ descodificação tipicamente efetuada usando algoritmos de “soft-decision”
→ mais robustas na correção de erros que os códigos de blocos → complexidade acrescida
(overhead)
❑ Convolucionais
❑ Turbo códigos
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Códigos de blocos lineares
→ Um código de bloco (n,k) consiste em vetores de código de n bits, onde cada vetor
corresponde a uma única mensagem de k bits, com k < n

Código sistemático:
→ Os primeiros k bits de um vetor de código correspondem aos bits da mensagem e os
restantes r = n – k correspondem aos bits redundantes (check bits ou parity bits)

Vetor código: Notação matricial:


x = [m1 m2 mk c1 c2 cr ] 𝐗= 𝐌 𝐂 (2k  n)
m c

Obtenção da matriz dos vetores de código: 𝐗 = 𝐌𝐆

Matriz geradora G (k  n) G = I k P  Sub-matriz P (k  r)


𝑝11 𝑝12 ⋯ 𝑝1𝑟
Ik – matriz identidade k  k 𝑝21 𝑝22 ⋯ 𝑝2𝑟
𝐏= ⋮ ⋮ ⋮
𝑝𝑘1 𝑝𝑘2 ⋯ 𝑝𝑘𝑟

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Códigos de blocos lineares (ii)
→ Matriz G reproduz o vetor mensagem nos primeiros k elementos de x, enquanto a matriz
P gera os vetores correspondentes aos bits redundantes

Obtenção da matriz dos vetores de check (2k  r): C = mP

Cada elemento j-th de C é calculado usando a coluna j-th de P: 𝑐𝑗 = 𝑚1 𝑝1𝑗 ⊕ 𝑚2 𝑝2𝑗 ⊕ ⋯ ⊕ 𝑚𝑘 𝑝𝑘𝑗

Syndrome decoding:
→ Descodificação baseada na matriz de verificação de paridade (parity-check matrix) H (r  n)
H =  PT I r 

→ Propriedade útil na deteção de erros: 𝐱𝐇 𝐓 = 0 0 ⋯ 0 Vetor nulo

s – Síndrome (vetor de r bits)


Deteção de erros baseada em: s = yH T
y – Vetor recebido
→ Se 𝐬 ≠ 0 0 ⋯ 0  y não é um vetor de código – erros detetados na transmissão

Correção de erros obtida por pesquisa em tabelas (look-up tables)


Palavra estimada: xˆ = y  eˆ ê – padrão do erro com n bits obtido a
12
partir da tabela de síndromes
Códigos de Hamming
Propriedades
▪ Comprimento do vetor de código: n = 2 − 1
r Distância de Hamming
▪ Número de bits da mensagem: k = 2r − r − 1 d min = 3
▪ Número de bits redundantes: r = n − k - Deteção: até 2 bits errados
(com r  3) - Correção: até 1 bit errado

Para construir um código de Hamming sistemático, basta preencher a submatriz P


com todas as palavras com r bits com dois ou mais ‘1’, com qualquer ordem

Exemplo: Hamming (7,4) r =3


Mensagem arbitrária
1 0 0 0 1 0 1 c1 = m1  m2  m3  0
  m = ( m1 m2 m3 m4 )
 0 1 0 0 1 1 1
G= c2 = 0  m2  m3  m4
0 0 1 0 1 1 0
 
0 0 0 1 0 1 1  c3 = m1  m2  0  m4

I4 P
Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 13
Códigos de Hamming (ii)
Palavras de código para o Hamming (7,4)

Distância de
Hamming

S – Matriz dos síndromes


Ê – Matriz dos padrões de erro
Descodificação
Síndromes Hamming (7,4)
1 1 1 0 1 0 0 
 
H = 0 1 1 1 0 1 0 
1 1 0 1 0 0 1 

PT I3 Assume correção
de 1 erro de bit
por palavra
Probabilidade de erro com FEC
Blocos de Blocos de
Blocos de n = k + r bits n = k + r bits Blocos de
k bits k bits
Codificador Canal de Descodificador
FEC(n,k) transmissão 𝑃𝑏,𝑙 FEC(n,k) 𝑃𝑏,𝑖
Tx Rx
Probabilidade de Probabilidade
erro de bit na de erro de bit
linha (efetiva) da informação

Probabilidade de erro na linha (pré-FEC BER):


→ Probabilidade de erro que se mede efetivamente na ligação (linha)
→ Medida diretamente na linha usando contagem de erros (BER Tester) ou estimada através
de métodos indiretos usando a relação sinal-ruído, EVM ou diagrama de olho medidos

Probabilidade de erro da informação (pós-FEC BER):


→ Probabilidade de erro atingida após a correção de erros
→ Melhoria da probabilidade de erro quantificada através do Ganho do Código (coding gain)

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 15


Probabilidade de erro com FEC (ii)
Probabilidade de erro de bit na linha:
→ depende da modulação digital ou da codificação de linha

𝑒𝑏 K1, K2 – fatores dependentes da modulação/código de linha


𝑃𝑏,𝑙 = 𝐾1 𝑄 𝐾2 ∙ 𝑟𝐹𝐸𝐶
𝑛𝑜
Probabilidade de erro de bit na linha piora devido ao
aumento do ritmo de transmissão causado pela codificação

Probabilidade de erro de símbolo da informação:


Combinações de n a m
n
n m
=     Pb,l  (1 − Pb,l )
n−m
Pe, s ,i n n!
 =
m =t +1  m   m  ( n − m )! m!

Probabilidade de
ocorrerem m erros
num bloco de n bits
Aproximação para p reduzido
 n  t +1 2t + 1
( ) Probabilidade de erro
n −t −1
Pe, s ,i   
 b ,l
P  1 − P Pb,i   Pe, s ,i
 t + 1
b ,l
de bit da informação n

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 16


Probabilidade de erro com códigos de Hamming
BPSK / QPSK

Probabilidade de erro de bit de informação sem FEC: 𝑃𝑏,𝑖,𝑠𝑒𝑚𝐹𝐸𝐶 = 𝑄 2 𝑒𝑏 Τ𝑛𝑜

Probabilidade de erro de bit na linha com FEC:

𝑒𝑏
𝑃𝑏,𝑙 = 𝑄 2 ∙𝑟
𝑛𝑜 𝐹𝐸𝐶

Ganho do código

→ Quantifica a melhoria na probabilidade de


erro de bit obtida com FEC @ Pb ,i = 10−4
𝐺𝑐 = 1 dB
→ Medido para uma determinada
probabilidade de erro de bit de informação
𝑒𝑏 𝑒𝑏
𝐺𝐶 = 10log10 − 10log10
𝑛𝑜 𝑛𝑜 𝐹𝐸𝐶

𝑠 𝑠
→ Ganho dos códigos de Hamming não é muito elevado
𝐺𝐶 = 10log10 𝑛 − 10log10 → Aumento pouco significativo do ganho com o
𝑛 𝐹𝐸𝐶
aumento do comprimento do código
Códigos de Reed-Solomon
• Códigos de Reed-Solomon (RS) → códigos de blocos lineares (n,k)  RS(n,k)
• Não trabalham sobre bits individualmente, mas sim sobre grupos de bits ➔ símbolos
• Códigos RS(n,k) têm a restrição: se um símbolo é composto por b bits ➔
comprimento do código: n = 2b−1
– Se b = 8 bits (1 byte)  n = 255 𝑑𝑚𝑖𝑛 = 𝑟 + 1
• Número de bits redundantes r tem de ser par

Probabilidade de erro da palavra de código (ou bloco):


❖ Recetor opera sobre um bloco de n símbolos, e sabendo o código usado no emissor, pode
corrigir corretamente k símbolos de informação, se até r/2 dos n símbolos estejam em erro
❖ Existirá um erro na palavra de código quando, no mínimo, r/2+1 símbolos de n são
recebidos com erros
Probabilidade de receber exatamente m símbolos Probabilidade de erro do símbolo descodificado
errados numa palavra de código com n símbolos quando se recebem m símbolos errados numa
palavra de código com n símbolos
𝑛 𝑚 𝑛−𝑚
𝑚 𝑛
⋅ 𝑃𝑒,𝑠,𝑙 1 − 𝑃𝑒,𝑠,𝑙 𝑚 𝑛−𝑚
𝑚 ⋅ ⋅ 𝑃𝑒,𝑠,𝑙 1 − 𝑃𝑒,𝑠,𝑙
𝑛 𝑚
Pe,s,l – probabilidade de erro de símbolo na linha
m/n – probabilidade de, quando se selecionar um
símbolo dos n símbolos correspondentes ao bloco,
18
esse símbolo esteja errado
Probabilidade de erro com códigos RS
Probabilidade de erro na palavra de código
→ probabilidade de receção de pelo menos
𝑟Τ2 +1 símbolos errados em n símbolos Probabilidade de erro de símbolo da informação
𝑛
𝑛 𝑛−𝑚 n
m n m
  e , s ,l ( e , s ,l )
𝑚

𝑃𝑤 = ෍ ⋅ 𝑃𝑒,𝑠,𝑙 1 − 𝑃𝑒,𝑠,𝑙 n−m
𝑚=𝑡+1
𝑚 Pe, s ,i =   P  1 − P
m =t +1 n  
m
𝑡 = 𝑟 Τ2
𝑥 – maior número inteiro menor ou igual a x (floor)

Probabilidade de erro de símbolo na linha

Pe,s ,l = 1 − (1 − Pb,l )
b

Não esquecer!!
Probabilidade de erro de bit da informação

Pb,i = 1 − (1 − Pe,s ,i )  Pe,s ,i = 1 − (1 − Pb ,i )


1b b
Probabilidade de erro de bit na linha
afetada pela taxa do código rFEC

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 19


Probabilidade de erro de bit com códigos RS

Aproximação para a  r 2 + 1  n  r 2 +1


( )
n −  r 2 −1
probabilidade de erro de Pe, s ,i   
 e , s ,l
P  1 − P
n  
 r 2 
 + 1 
e , s ,l

símbolo da informação
com 𝑛𝑃𝑒,𝑠,𝑙 <<1

→ Permitem obter ganhos do


código bastante elevados
→ Redução significativa da
probabilidade de erro da
informação

Códigos de blocos mais


populares usados na prática 𝐺𝑐 = 4.7 dB
−9
@ Pb ,i = 10
𝐺𝑐 = 5.6 dB
Aproximação bastante precisa
para probabilidades de erro de
bit baixas

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 20


Combinação de códigos
→ Aumentar o desempenho dos códigos  aumentar o comprimento do código
Aumento da complexidade da descodificação

→ Combinação de códigos  utiliza-se para obter códigos com comprimento longos e


complexidade realizável

Códigos de produto

→ obtidos através do produto de 2 códigos lineares (n1,k1) e (n2,k2)

𝑟𝐹𝐸𝐶 = 𝑟𝐹𝐸𝐶,1 𝑟𝐹𝐸𝐶,2 𝑑𝑚𝑖𝑛 = 𝑑𝑚𝑖𝑛,1 𝑑𝑚𝑖𝑛,2 𝑑𝑚𝑖𝑛,1 𝑑𝑚𝑖𝑛,2 − 1


𝑡=
2

Códigos concatenados
→ Utiliza dois codificadores concatenados  Outer encoder(N,K) e Inner encoder (n,k)
→ Outer encoder  codifica K símbolos de k bits em N símbolos de k bits
→ Inner encoder  codifica cada símbolo de k bits numa palavra de comprimento n
𝐾𝑘 𝑑𝑚𝑖𝑛 = 𝑑𝑚𝑖𝑛,𝑖𝑛𝑛𝑒𝑟 𝐷𝑚𝑖𝑛,𝑜𝑢𝑡𝑒𝑟
𝑟𝐹𝐸𝐶 =
𝑁𝑛
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Combinação de códigos (ii)

Códigos
RS

𝑅𝑏,𝑙 = 𝑅𝑏,𝑖 Τ𝑟𝐹𝐸𝐶

Códigos de
produto RS

Códigos
concatenados

𝐹𝐸𝐶 22
Bibliografia

❑ “Bandpass digital transmission” - Carlson, 5ª ed., Capítulo 13

❑ Exercícios da Ficha Prática 8: 8.1-8.12

Modulação e Codificação © João Rebola, Francisco Monteiro 23

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