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Árvore – Descritivo - Lado Materno

Magliocco - De Torrice, Frosinone, Lazio, Itália.

Bisavó - Antonia Panfili, Bisavô – Antonio Magliocco

5 filhos: Filomena, Paola, Pedro, Giuseppe e Sante (avô).

Sante, nascido em 01 ou 02 de Novembro de 1929. 16 anos de idade quando acabou a guerra, em


1945. Era agricultor. Serviu o exército italiano após o final da Segunda Guerra.Veio para o Brasil,
desembarcando em Santos no dia 01 de Janeiro de 1953, aos 23 anos. Trabalhou durante bastante
tempo na construção civil como pedreiro. Morou em São Paulo, capital.

Amiga/vizinha da Itália, morava no Jardim Zaíra, em Mauá, e sugeriu pra ele mudar para lá.
Possivelmente ela apresentou Sante para Emma Collini. Casaram em São Roque, local de residência
anterior dela.
Trabalhou na Malharia Nossa Senhora da Conceição (Móoca ou Bom Retiro?). Construiu casa na
Rua Hugo Scachetti, 231 e um salão comercial na Rua João Aragão, na esquina, onde abriu o Bar do
Sante.

Relato da filha Antoniela e do genro Zublemio: era uma pessoa de extremo coração mole, amistosa.
No bar vendia bastante coisa fiado e por vezes não cobrava dos devedores, que gerava protestos da
esposa, Emma, tanto contra ele como contra os devedores. Outra situação que inflamava a esposa
Emma era ele não se corresponder com a mãe, que ficara na Itália. “Jacú e preguiçoso”, nas palavras
da filha e do genro. Quem acabava redigindo uma carta por vezes era a própria Emma.

Era emotivo e chorava fácil. Em certa ocasião a esposa Emma ficou internada em hospital. Tanto no
período de internação quanto no retorno ao lar, Sante chorou.

Apesar de ser sensível, não demonstrava carinho e afeto com esposa e filhos (característica geral da
família). O filho caçula, Dino, o tirava do sério. Por muitas vezes ameaçou “matá-lo” surrando-o. No
ápice dos conflitos, apartados sempre pela esposa Emma e filha Antoniela, chegou a pisar no pescoço
do Dino.

Faleceu em Mauá, em 31 de Janeiro de 1985, aos 54 anos, em decorrência de uma pneumonia


hospitalar, quando passou por uma cirurgia de úlcera estomacal (talvez desnecessária, segundo a filha
Antoniela.)
Collini – De Villa Caldari, Ortona, Chietti, Abruzzo, Itália.

Bisavó – Maria Cupido, nascida em São Vito Chiettino em 17 de Janeiro de 1893. Doméstica.
Bisavô – Sabatino Collini, nascido em Sant`Apollinare em 24 de Abril de 1894. Alfaiate na Itália.

5 filhos: Pasquale (2), Vincenzo (4), Attilio (5), Adamo (1) e Emma (3) (avó).

Emma, nascida em 01 de Fevereiro de 1923. 22 anos quando acabou a Segunda Guerra Mundial, e
1945. Família veio para o Brasil pelas dificuldades na guerra e pós guerra. Desembarcou no Rio de
Janeiro aos 27 anos, com a mãe e os irmãos em 22 de Novembro de 1950. A pesquisar o motivo do
pai, Sabatino, ter vindo posteriormente, em 09 de Julho de 1954.

Emma, mãe e os irmãos foram para Cornélio Procópio, no Paraná, para trabalhar nas lavouras de café
(Fazenda Filomena e Fazenda São José). Estavam sendo explorados pelos donos das propriedades,
mudando-se para São Roque, São Paulo. Em São Roque toda a família trabalhava envolvida com
costura e tecelagem. Segundo o genro de Emma, Zublemio, todas as mulheres da família Collini, as
filhas ou noras, eram as botavam ordem em casa.

Maria Cupido, a mãe, faleceu de câncer no útero. Sabatino, o pai, faleceu de em 1972 (a confirmar),
de “causas naturais”.

Emma casou-se com Sante Magliocco em São Roque, porém foram morar em Mauá, no Jardim Zaíra.
Foram apresentados um ao outro por amiga/vizinha de Sante na Itália, Concília. Relato da filha,
Antoniela: “Ela não queria se casar com brasileiro, pois os considerava cachaceiros e preguiçosos”.

Emma teve a primeira gravidez mal-sucedida aos 39 anos, com uma filha natimorta. Em 1963, aos
40 anos, nasce Antoniela. Em 1964, Sebadino Aparecido (segundo nome em homenagem/promessa
à Padroeira do Brasil).

Doméstica, costurava para ajudar com dinheiro em casa. Ajudava a administrar o Bar do Sante, do
esposo. Sempre foi muito pró-ativa. Durante muitos anos, já aposentada, fazia muito crochê e algum
tricô. Era o alicerce da casa. Segundo a filha Antoniela e o genro Zublemio, eles tinham muita
tranquilidade e confiança nela no suporte para o casamento deles e para apoio com os filhos do casal.

Pouco ou nada carinhosa, não era de abraçar tampouco beijar. Brincava que beijo era de “Judas”,
referência ao ato de traição a Jesus. Outra frase-brincadeira, com fundo de seriedade: “Não faz mais
que a obrigação”. Supõe-se uma pessoa embrutecida pela vida dura, inicialmente pelas agruras das
Segunda Guerra. Relatos da própria Emma relembravam o passar de fome em grutas onde a família
se escondia de soldados. Teve o padrinho morto por uma bomba quando saiu para buscar água, e dois
dos irmãos foram prisioneiros de guerra. Depois pelas dificuldades no Brasil também.

Ficou viúva na véspera de completar 62 anos. Passou a viver sob o mesmo teto da filha Antoniela e
do genro Zublemio.

As dificuldades a fizeram sempre buscar oferecer abundância alimentícia quando já longe da


dificuldade material. Não media esforços para encontrar Leite Ninho para o primeiro neto, Vitor, que
não mamava no peito, caminhando por vários mercados no Jardim Zaíra até encontrar. Mais tarde, já
nos anos 1990, mantinha a dispensa cheia de leite longa-vida e bolachas, para a satisfação dos netos.
História sempre contada em reuniões familiares e com amigos a de que nos anos 60, 70, as condições
financeiras só permitiam alguns quitutes mais elaborados nas festas de fim de ano, por exemplo
consumo de refrigerantes.
Com o passar da idade demonstrou mais afeto, principalmente nos momentos do nascimento 4 dos
netos. Tinha poucas noites completas de sono, segundo a filha Antoniela. Teve problemas com
infecção urinária a vida toda, iniciando no período de confinamento nas grutas durante a segunda
guerra. Houve vez de terem que buscar remédios com soldados dada a situação. Também tinha
problemas intestinais: colite.

Desenvolveu Alzheimer no final da vida, ficando acamada por quase 2 anos. Faleceu em 14 de abril
(confirmar) de 2012, aos 89 anos. Também tinha câncer na bexiga.

Antoniela Magliocco do Carmo, Mãe – 28 de Abril de 1963

Primeira filha de Sante e Emma. Cresceu sob os cuidados familiar no formato patriarcal. Não tinha
permissão para sair na rua, ajudava com tarefas domésticas. Lembra de cozinhar com 9 anos de idade,
ajudando a mãe que costurava.

Conheceu o namorado, futuro marido, Zublemio, com 13 anos de idade (Dino, o irmão, convidou
Zublemio para ajudar a pregar piso de taco em madeira na casa). Moravam na mesma rua. Casou-se
aos 17 anos, tendo o primeiro filho, Vitor, aos 19. A segunda filha, Fernanda, viria aos 25.

Teve o primeiro trabalho com carteira assinada aos 13 anos (6 de setembro de 1976), na mesma
malharia em que o pai, Sante, trabalhava na Moóca. Depois trabalho em malharia no Bom Retiro,
rapidamente como escriturária em imobiliária. Em 1986 ingressou como pajem/professora/tia de
creche no SESI Jardim Zaíra, onde trabalhou até 1999. Formou-se no magistério em 1995, aos 32
anos. Formou-se em Pedagogia em 2004, aos 41 anos. Ingressou via concurso público nas Prefeituras
de Mauá, Suzano e por último na capital São Paulo, atuando sempre como professora em Educação
Infantil.

Precisou argumentar muito com Zublemio para poder estudar, visto que o esposo preferia que ela se
dedicasse mais aos filhos, e os horários de trabalho e estudo atrapalhariam. Felizmente logrou sucesso
nas empreitadas argumentativas.

Se auto declara ansiosa e medrosa. Tem medo de dirigir, de nadar, entre outras coisas. O medo a
acompanha desde a infância. A ansiedade, pró-atividade e inquietude foram herdadas da mãe, Emma.
Desconta no açúcar, a ansiedade.

Também tem dificuldade na demostração pública de carinho e afeto físico, porém nunca mediu
esforços para ajudar os filhos no que precisasse. Apesar das gravidezes terem sido tranquilas, quando
do nascimento dos filhos as preocupações e medos de mãe de primeira viagem afloraram. Os filhos
foram superprotegidos.

É bastante discreta e cordial no trato da vida pessoal. “Elegante”, nas palavras da nora Verônica.

Sebadino Aparecido Magliocco, tio – 11 de Julho de 1964

Segundo filho de Emma e Sante. Desde pequeno sempre foi agitado. “O capeta em forma de guri”.
Fazia estardalhaço por coisas que queria e os pais não podiam dar por condições financeiras
desfavoráveis. Vivia em conflito em casa, quebrando coisas. Ameaçado de apanhar pelo pai, passava
a noite escondido, na rua, na laje de casa, sendo resgatado pela mãe e pela irmã. O temperamento o
fez ser expulso de todas as escolas que frequentou.

Não esteve presente no casamento da irmã Antoniela. Arremessou uma xícara na cabeça da mesma
irmã quando essa era recém-mãe. (Zublemio soube da história apenas em 02/11/2020).

“Acordou” para a vida aos 21 anos, quando o pai, Sante, faleceu em 31 de Janeiro de 1985. Havia
trabalhado na CooperRhodia durante 11 meses. Assumiu a administração do Bar do Sante junto com
o cunhado Zublemio.

Nos anos 1990 passou a trabalhar como transportador autônomo, iniciando com uma Kombi,
passando a ter caminhões Volkswagen. No auge desses anos chegou a ter 3 caminhões. Ambicioso e
pró-ativo.

Casou-se em 1989 com Maria de Fátima Dias do Prado. O casal teve 2 gravidezes prematuramente
interrompidas. Em 1996 torna-se pai, aos 32 anos. Nasce a primeira filha, Bárbara. Bárbara que
recentemente questionou a tia Antoniela, irmã do Dino, porque ele era tão ríspido, pouco carinhoso.

Problemas magliocco-collinianos: ansiedade, dificuldade em demonstrar afeto explicitamente,


problemas estomacais (azia), intestinais (prisão de ventre), temperamentais (explosão de raiva na ala
masculina), urinários e renais. Consumo de açúcar e massas.

Problemas dantas-carmonianos: Alguns com alcoolismo. Diabetes, colesterol, triglicerides e ácido


úrico.

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