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A Kiamat Kultus é uma ordem filosófica que versa a mudança de

valores e expectativas na magia Ritual quebrando regras obsoletas


e dogmas estagnados para menor absorção do neófito. Num
mundo prestes a ser “destruído” (fecundado!), novos valores
devem ser estabelecidos e deuses velhos devem perecer para
darem chances a Roda da Mudança.

Sendo assim, a máxima “ocultista QUERER-SABER-OUSAR-


CALAR, que acompanha a humanidade mística a dezenas de
anos, dará lugar'. & nova ordem mundial que trará o
conhecimento para todos igualmente a partir da máxima SER-
QUERER-SABER-OUSAR-GALAR.

Este documento, assim como a maioria dos grimórios, é uma


coletânea de fórmulas ancestrais e atuais que recolhi (e criei) no
decorrer dos meus anos de estudo e prática do ocultismo em todas
as suas vertentes. Aqui o neófito poderá encontrar desde
operações simples. como correspondências planetárias até a
criação de sigilos e pantáculos mágicos. O que quer que seja que
o operador for semear neste campo do desconhecido é de sua total
responsabilidade.

Não empurramos ninguém na boca do demônio, somente


indicamos de onde provém o cheiro de enxofre e como utilizá-lo
de forma justa, descomplicada e correta.

Não somos profetas, iniciadores, mártires ou impostores. Nossa


meta é a dissolução dos antigos valores!
Introdução..................................................................................................06
Alguns conhecimentos necessários para as Operações Mágicas..........09
Sobre as correspondências planetárias....................................................10
Condições particulares das Operações Mágicas..................................15
Alfridárias..................................................................................................21
Exorcismos e Consagrações......................................................................23
O Maquinário Magista..............................................................................28
Breve Descrição Maquinário Magista.....................................................30
Sigilos e Pantáculos...................................................................................34
Observações finais.....................................................................................41
Bibliografia consultada.............................................................................55

Editado e organizado por Frater Ignatius


Introdução

Não é minha intenção tentar fazer nestas paginas uma


exposição dos mistérios mais profundos relacionados com os
assuntos aqui tratados, mas colocar diante do operante uma série
de métodos através dos duais ele conseguirá demonstrar
satisfatoriamente a si mesmo e aos outros a existência de um
profundo substrato de verdade no que se costuma chamar de
“Ocultismo” e que as artes ocultas são meios seguros definidos de
explorá-los.
O ocultista é aquele que se aplica inteligente e continuamente
à compreensão das forcas ocultas na natureza e as leis do mundo
interior, com o objetivo de colaborar com a natureza e as
inteligências espirituais na produção de efeitos que sirvam a ele
mesmo e aos seus semelhantes. Isto lhe impõe um estudo
minucioso do mistério e poder do som, número, cor, forma; das
leis da simpatia e antipatia; da lei da vibração; da afinidade
espiritual e natural; da lei da periodicidade, da energia cósmica,
da ação planetária; das correspondências ocultas, etc. Ele deve
acrescentar a esses esforços um dom natural de compreensão, um
raro grau de paciência e dedicação, bem como uma aguda
percepção dos fatos naturais.

As paginas que se seguem têm por finalidade colocar o


operante de posse de alguns destes principais métodos; e, embora
nada de natureza esotérica seja divulgado, constatar-se-á que
todos os elementos necessários à compreensão e prática iniciais
das diversas artes ocultas estão incluídos neste pequeno critério e
é pleno o objetivo do autor em colocar à disposição do estudioso
das Artes Mágicas uma quantidade de informações suficiente para
priva-lo efetivamente de qualquer desculpa de ignorância com
relação aos poderes psíquicos latentes no homem e à veracidade
das ciências ocultas.
SER * SABER * OUERER * OUSAR * CALAR
Frater Ignatius
ALGUMS CONHECINETTOS
NECESSÁRIOS PARA AS
OPERAÇÕES MÁGICAS

A prática da magia exige certo conhecimento das leis ocultas


da natureza. Este conhecimento é dividido em três partes:

A) Conhecimento da sua própria natureza ou da sua


predestinação para a magia.

B) Conhecimento do momento propício para as operações,


isto é, da astrologia aplicada à magia por meio das alfridárias.

C) Conhecimento das correspondências naturais do setenário


e sua atuação no mundo físico. Armado destes conhecimentos,
o magista pode empreender as operações misteriosas sem
temer o insucesso ou as surpresas dos entes invisíveis.
SOBRE AS CORRESPONDÊNCIAS
PLANETÁRIAS

Cada loja de ocultismo ensina uma teoria particular a respeito


da construção e utilização do setenário, mas as principais
correspondências planetárias são de caráter universal e imutável.

A) Operações mágicas.

B) Metais, pedras preciosas e perfumes.

C) Animais consagrados.

Para cada nível operacional um objeto (Egrégora) é


sincretizado para funcionar de acordo com as genialidades
planetárias do setenário e, a partir deste, ser uma espécie de canal
para as suas influências. Para que essa harmonia tenha sentido é
necessário o estudo das polaridades planetárias. A Polaridade
Planetária é uma regra magista que define qual planeta se
encontra em harmonia para incorporar as particularidades do
outro e é demarcada pelos graus de positivo/ativo e
negativo/passivo.
Sol

As operações helênicas tendo por fim preservar a saúde, obter


honras, riquezas e toda a sorte. Também é uma boa esfera para
recarregar instrumentos mágicos operacionais de todos os
gêneros.

Lua

As operações lunares são para fazer viagens tranquilas, para evitar


e descobrir traições, criação de daemons, consagrações em geral
(por seu aspecto passivo/nulo) e filtros maternais.

Marte

As operações marciais favorecem as ações militares, preserva contra


assaltos, invulnerabilidade contra inimigos e criação e consagração de
instrumentos de ferro.

Mercúrio

As operações herméticas devem ser feitas para exaltar a


espiritualidade e os dons naturais, adquirir a eloquência, criação de
panaceias e unguentos especiais.
Júpiter

As operações joviais favorecem o comércio, os tesouros e jogos


de azar, o magnetismo e a grandeza. Sob a influência deste astro
que se estabilizam as grandes lojas e instituições religiosas.

Vênus

As operações venéreas têm por objetivo tornar-se agradável aos


outros, obter o amor de uma pessoa ou ser protegido das intrigas
amorosas, além de ser o astro propicio para criação de filtros
amorosos e amarrações.

Saturno

As operações saturninas governam todas as operações ocultas, de


ambos os caminhos (mão direita e esquerda), contra feitiços
traições ocultas favorecem a vingança e servem para a criação de
daemons.
CORRENPONDÊCIAS MINERAIS E VEGETAIS

CORRESPONDÊTICIAS ANIMAIS

Tais são as principais correspondências planetárias que o


operante deve reconhecer antes de entregar-se a realização das
operações mágicas. Para o inicio das operações mágicas é
necessária uma minuciosa observação dos parâmetros favoráveis
do tempo. Este tempo, chamado de “Tempo Operativo”, é
dividido em 4 gêneros distintos: ANO OPERATIVO, MÊS
OPERATIVO, SEMANA OPERATIVA e DIA OPERATIVO.
O ANO OPERACIONAL

O Ano Operacional divide-se em quatro estações:


Talvi = Primavera;
Gasmaran = Verão;
Ardareal = Outono e
Fallas = lnverno.
Cada uma destas estações é governada por gênios (daemons),
assim como o Sol, a Lua e a Terra tem nomes diferentes em cada
estação.
SEMANA OPERACIONAL

O gráfico da Semana Operacional é simples de ser consultado


e cada daemon apadrinha um dia da semana, seguido de seus
ministros e correspondentes planetários.

DIA OPERACIONAL
O Dia Operacional consta de 24 horas que se dividem em 12
períodos diurnos e 12 noturnos. Na tabela seguem os nomes
mágicos de cada hora acompanhados de seus contribuintes
celestes.
ALFRIDÁRIAS
Existem alfridárias de todos os tipos, cada uma delas adaptada
ao sistema ao qual foram desenvolvidas. Adiante apresentarei
como exemplo a Alfridária Cósmica. A ideia destas ferramentas,
operacionais é a consulta dos corpos celestes que regem
rotativamente todas as horas do dia a partir do Sol, passando pela
Lua; Marte e consequentemente até chegar às 18 horas onde tem
inicio o horário operacional noturno. Cada hora é apadrinhada por
um planeta e suas especialidades e o total de horas do Dia
Operacional, são divididas em três tipos:

Horários Elementais Diurnos: (para os astros com maior


influência diurna).

Horários Elementais Noturnos: (para os astros com maior


influência noturna).

Horários Elementais Eclípticos: (para os astros andrógenos;


que atuam nos dois períodos).
Logo, as operações sob o domínio do dia são regidas pelo Sol,
Marte e Júpiter. As noturnas pela Lua e por saturno e as
eclípticas/andróginas por Mercúrio e Venus.
EXORCISNOS E CONSAGRAÇÕES
“Toda intenção que não se manifesta por atos é vã e a palavra
que exprime é uma palavra ociosa.
É a ação que prova a vida e é também a ação que prova e
demonstra a vontade”.
(Eliphas Levi - Dogma e Ritual da Alta Magia)

Para o exorcismo e limpeza do local todos os instrumentos


empregados devem ser convertidos para o propósito com a
utilização das seguintes regras:

1º - preparação de acordo com as influências planetárias.


2º - aspersão com água convertida.
3º - fumigação com os perfumes convertidos.
4 º - unção com óleo convertido.
5º- gravação com egrégora.
6º - divinação.
7º - colocação em lugar reservado.

Realizada a confecção dos instrumentos, o próximo passo é a


“limpeza astral” do ambiente. O salão operacional deve ser
isolado do quarto do operador e exorcizado para que influências
externas não afetem o ritual e para tal realização são necessárias
as seguintes regras:

1º - Fechamento do local com circulo operacional.


2º - exorcismo e aspersão com água convertida.
3º - exorcismo e fumigação com os perfumes convertidos.
4º - exorcismo e consagração com sal convertido.
5º - gravação com egrégora.
6º - divinação.
7º - invocação e banimento do ente utilizado.
O OUARTO OPERACIONAL
O quarto operacional, assim como os demais instrumentos
mágicos, deve ser tomado somente no momento das operações.
Sua utilização pode ser também de caráter meditativo e de
doutrinação contanto que sejam respeitadas as regras de
isolamento ritual. A construção deste varia de senda por senda,
mas sua estrutura básica é a seguinte:

a) Estante para consulta de livros.


b) Prateleiras para estocagem de material operacional.
c) Signografias nos quatro pontos do quarto.
d) Um altar.
e) Um colchão ou saco de dormir.

Nos casos em que o quarto mágico é necessário para


doutrinação é necessário o isolamento de todas as influências
externas que venham atrapalhar a harmonia aetérica do local. Para
este fim, o operador ou neófito deve entrar no quarto somente
após uma ablução com água convertida acompanhada de uma
unção com óleo também convertido. Os pés e mãos devem estar
descobertos para melhor absorverem (ou despejarem) a energia
local.

ABLUÇÃO E UNÇÕES
Ablução: do latim ablutio, "lavagem") é um rito presente em
muitas religiões. As abluções rituais nasceram das purificações
necessárias após a contaminação proveniente do contacto com os
Cadáveres; das relações sexuais; do parto; da menstruação, etc.
Em outras situações, relacionam-se a ritos de preparação para o
sacrifício.
As abluções são feitas com água, folhas (ramos), areia, ou sangue.
A ablução realizada para tomar o quarto operacional é simples:
Com um “asperge” jogar a água convertida na frente do corpo do
operador ou neófito de cima para baixo e na parte de trás do
corpo, de baixo para cima. Logo após ser aspergido o operador ou
neófito deve ser ungido ritualisticamente com óleo convertido.

A unção é o passo final para a passagem do operador ou


neófito adentrar aos lugares de poder. O operador residente do
quarto mágico deve tomar o óleo convertido e com o dedo
mindinho “assinar” os pontos de absorção energética do corpo
humano, que são:

a) A fronte.
b) A nuca.
c) O peito.
d) Os pulsos.
e) O ventre.
f) O peito dos pés.

Somente depois deste rito que o visitante será tido como um


“mashiague” e poderá adentrar.

EXORCISMO DO QUARTO MÁGICO


Para a consagração do quarto mágico será utilizado água
convertida misturada com o óleo, o sal e a cinza, também
convertidos. Este amalgama é conhecido como Ácqua Præter, ou
maná, e deverá ser mantido numa patena apropriada para a
ocasião. Após a signatura dos quatro cantos da sala operacional, o
operador deve aspergir a solução por três vezes por parede, em
sentido anti-horário e sempre repetindo o exorcismo ritualístico
de banimento:

“Asperges me cum hyssopo, et mundabor o Domine,


lavabis me et super nivem dealbabor.”

Após o exorcismo dos quatro cantos, o operador deverá


consagrar o local com um incenso ritual de sua própria confecção
e com um turibulo, fumigar os quatro cantos do quarto, em
sentido horário repetindo o seguinte:

“Conjuro te creatura, per eum que te creavit in nomine


santissimæ Trinitas, ut sis mihi in hac operatione et in
quacumque alia quan facere intendo, fidelis socius amicus.”

No término do ritual o operante deverá lavar as mãos e o rosto


com água convertida e secá-las num manustérgio operacional.

CONSAGRAÇÕES

Bênção da água

A água deve ser pura e cristalina, de preferência de chuva ou


mineral. Após soprá-la por três vezes consecutivas o operador
deverá colocar quatro porções de cinza convertida, quatro
punhados de sal convertido, quatro gotas de óleo convertido e
realizar o exorcismo da água:

“Fiat firmamentum in médio aquarum et separet aquas ab


aquis quæ superius sicut quae inferius, et quæ inferius sicut
quæ superius, ad cœlum et rursus e cœlo in terram descendit.
Exorciso-te creatura aquæ ut sis mihi speculum dei vivi in
operibus ejus, et fons vitæ, et ablutio peccatorum.”
Faz-se então o sinal do Pentagrama sobre a Água, guarde a Água
em uma garrafa lacrada junto ao altar.

Bênção do sal

O sal deve estar no seu estado bruto e, caso possível, retirado do


mar pelo próprio operador. Caso contrário pode-se utilizar o sal
grosso comum. Após sopra-lo por três vezes, o operador deve
acrescentar quatro gotas de água convertida, porções de cinza
convertida, quatro gotas de óleo convertido e realizar o exorcismo
do sal:

“In isto sale sit sapientia et ab omni corruptione servet


mentes nostra et corpora nostra, per omnia umbra sapientiæ et
in virtude Mater Materis, recendant ad isto fantasmata hylaæ ut
sit sal cœlestis, sal terræ er terra salis, ut nutrietur bos triturans
et addat spei nostæ cornua tauri volantis.”

Assim convertido, deve ser posto num vaso de cristal e colocado


no altar, junto com a água.

Bênção da cinza

A cinza deve ser recolhida dos incensos acesos no altar ou


operações mágicas e peneirada de suas impurezas até que sobre
somente um finíssimo pó acinzentado. Após soprá-lo (com
Cuidado) por três vezes consecutivas o operador deve colocar
quatro gotas de água convertida, quatro porções de sal convertido,
quatro gotas de óleo convertido e realizar o exorcismo das cinzas:

“Revertatur cinis at fontem aquarum viventum, et Fiat terra


fructificans et germinet arborem vitæ, per tria nomina quæ
Netsah, Hod est Jesod, in principio et in finis, per Alpha et
Omega qui sunt in spiritu Azoth.”
Após sua conversão deve ser guardado no altar junto com a Água
e o Sal e a Cinzas convertidos.

Bênção do óleo

O óleo deve ser puro e de preferência, vegetal. Após soprá-lo por


três vezes consecutivas o operador deve acrescentar quatro
porções de sal convertido, quatro gotas de água convertida, quatro
porções de cinza convertida e realizar o exorcismo do óleo:

“Revertatur sumus at fontem arboræ viventium, et fiat terra


fructificans, et germinet arborem vitæ et sumus fortificatio, per
tria nomina Netsah, Hod et Yesod, in principio et in finis, per
Alpha et Omega qui sunt in spiritu Azoth. Amen!”

O maquinário magista pode ser bastante complexo e


diversificado. Valendo-se da indumentária cerimonial de cada loja
(que pode se tornar desnecessariamente muito extensa) vou
resumir estes paramentos para listar apenas os instrumentos
operacionais básicos e no mais, cabe ao operador ou neófito
incrementar depois seu próprio “arsenal” magista. Os
instrumentos primários das operações ocultas são os seguintes:

a) Amicto cerimonial.
b) Espada ritual.
c) Adaga cerimonial.
d) Báculo cerimonial.
e) Grimório pessoal.
f) Mantilia cerimonial.
g) Indumentária convertida.
h) Ostensório convertido.

Os instrumentos secundários serão descritos como:

a) Circulo mágico.
b) Turibulo cerimonial.
c) Manustérgio.
d) Patena.
e) Castiçais.
f) Âmbula.

E por final, os instrumentos terciários:

a) Velas.
b) Pós para fumigação.
c) Giz convertido.
d) Buril para gravação.
e) Lâmpadas coloridas.
f) Pequeno abajur ou lanterna.
g) Espiriteiras.
BREVE DESCRIÇÃO DO MAQUINÁRIO

Amicto cerimonial: o manto é a armadura do operador. Deve ser


confeccionada ou convertida em tecido virgem sob a influência de
Saturno.

Espada ritual: é a extensão do braço do operador no plano


espiritual. Deve ser confeccionada ou convertida sob influência de
Marte e utilizada em rituais de invocação e consagração.

Adaga cerimonial: tem a mesma utilidade da espada, mas em


escala menor. Deve ser confeccionada ou convertida sob
influência de Marte e utilizada em rituais de abertura e
encerramento.
Báculo cerimonial: é a conexão do operante com os elementos
da Terra. Deve ser confeccionado ou convertido com madeira
sagrada e sob a influência de Mercúrio e Marte e utilizado em
rituais de conversão de elementos e materiais.

Grimório pessoal: é o diário pessoal do operador e nele todas as


suas operações (as que funcionaram e as que falharam) devem ser
nele relatadas. Deve ser confeccionado ou convertido com papel
virgem, sob influência de Saturno e Mercúrio.

Mantilia cerimonial: toalha que serve como uma “armadura” do


altar. Deve ser confeccionada ou convertida sob influência do Sol
e signografada de acordo com a senda do operador.

Ostensório convertido: é o corpo físico da “entidade” residente


no altar. No ostensório estão concentrados todos os elementos
(físicos e astrais) das energias cultivadas na egrégora do altar.
Deve ser confeccionado ou convertido sob a influência dos sete
planetas principais e signografado de acordo com a elaboração da
egrégora.

Circulo mágico: funciona como um “campo de força” nas


operações. Deve ser confeccionado ou convertido com uma corda
de linho e sob a influência do Sol.

Turibulo cerimonial: proporciona a atmosfera correta para as


operações. Deve ser confeccionado ou convertido sob influência
de Saturno.

Manustérgio: pequena toalha utilizada pelo operador após a


manipulação dos perfumes e demais “químicas” ocultas. Existem
diversas utilidades para os manustérgios, inclusive o de absorção
de esperma, sangue e demais fluidos decorrentes dos rituais de
“hieros gamos”. Deve ser confeccionada ou convertida em linho
branco e sob a influência da Lua e signografada de acordo com a
senda do operador.
Patena: prato utilizado para rituais de oferenda ao altar além de
ser receptáculo de água de chuva, água convertida, fluidos vitais e
outras soluções ritualísticas. Deve ser confeccionada ou
convertida em metal e sob a influência de Marte e Mercúrio.

Castigais: são as “torres” de comando do altar. Cada castiçal


deve ser elaborado por uma influencia positivo-ativa e outra
negativo-passiva. Devem ser confeccionados ou convertidos em
metal e sob a influência de Marte e Saturno.

Ambula: pequeno receptáculo de cristal onde se guarda os


resquícios da “comunhão” na Hierodula Mundi e demais rituais.
Deve ser confeccionado ou convertido em cristal ou vidro nobre e
sob a influência de Mercúrio e Vênus.

Velas: funcionam como “faróis” das influências planetárias. Cada


uma das sete velas deve ser confeccionada ou convertida de
acordo com seus respectivos agentes planetários.

Pós para fumigação: incensos preparados pelo operador para


rituais especiais. Devem ser preparados de acordo com seus
respectivos agentes planetários e elementais.

Giz convertido: utilizados para signografar os sinais, pantáculos


e demais símbolos utilizado na magia cerimonial. Devem ser
confeccionados ou convertidos de acordo com a senda do
operador.

Buril: instrumento pontiagudo utilizado para gravar pedra,


madeira e demais superfícies. Normalmente é utilizado para
signografar as pecas de giz convertido. Deve ser confeccionado
ou convertido em ferro e sob a influência de Saturno e Marte.

Lâmpadas coloridas: proporcionam a mesma atmosfera ritual do


turibulo. Assim como as velas, cada uma das sete lâmpadas deve
ser confeccionada ou convertida de acordo com seus respectivos
agentes planetários. Para suporte pode-se usar um pequeno abajur
ou mesmo uma lanterna.
Espiriteiras: as espiriteiras são receptáculos de cristal ou vidro
nobre que funcionam como uma espécie de lampião. Assim como
os castiçais, cada espiriteira deve ser elaborada por uma
influência positivo-ativa e outra negativo-passiva.
SIGILOS E PANTÁCULOS

O Pantáculo é um instrumento conhecido por todos os


esclarecidos estudantes de Magia. Nos tratados de magia, dá-se o
nome de Pantáculo a um selo mágico, muitas vezes impresso em
pergaminho virgem, feito de pele de bode, ou gravado em metal
precioso, tal como o ouro ou a prata. Mas não precisa ser
necessariamente feito desses materiais. Triângulos, quadrados,
estrelas de cinco ou seis pontas inscrevem-se nos círculos do selo;
letras hebraicas, caracteres cabalísticos, palavras latinas se
desenham sobre figuras geométricas. Considera-se que os selos
tem relação com realidades invisíveis, cujos poderes eles
permitem compartilhar. Eles podem servir para suscitar os
tremores de terra, o amor, a morte e para lançar toda a espécie de
sortilégios. Eles simbolizam, captam e mobilizam, ao mesmo
tempo, os poderes ocultos.
A palavra Pantáculo, de origem grega, é composta por “pan”,
que significa “tudo”, e “kleo”, que significa “honra”, ou mesmo,
“renome”. Segundo os ocultistas, os pantáculos são fontes
inesgotáveis de energias e forcas que encerram incalculáveis
poderes dentro de si. Existem diversos tipos pantáculos criados
por diversos iniciados de vários graus em diferentes épocas.
Basicamente o Pantáculo é um pedaço circular de madeira, que
também pode ser feito de metal como cobre ou estanho e até
mesmo de papel e graficamente é representado como um círculo
contendo símbolos, quaisquer que sejam: figuras geométricas,
triângulos, quadrados, pentagramas, hexagramas, etc., onde,
eventualmente, são aplicadas letras hebraicas, caracteres
cabalísticos; palavras latinas; animais sagrados; e muitos outros;
ou a conjugação deles. O Pantáculo é um símbolo da Terra e o
menos compreendido dos instrumentos mágicos e é o único que
muda e cresce com o próprio Mago. Toma a forma de um disco
com símbolos inscritos em ambos os lados, com valor pessoal
para o Mago. De um lado está aplicada de forma simbólica a ideia
que o Mago tem do Deus supremo em qualquer tradição que
esteja trabalhando; estes símbolos são o resultado de muita
meditação e pensamentos profundos. Do outro lado, seguindo a
mesma forma de disciplina mental, ele deve desenvolver um
símbolo que representa a si mesmo em relação aquela Divindade.

Assim como o universo e a Divindade mudam e se adaptam ao


novo crescimento, os símbolos também mudarão após certo
período de tempo. Começa-se com uma ideia do criador e de si
próprio em justaposição a como a vê agora, mas o Mago i medida
que crescer em compreensão e sabedoria, precisará fazer um novo
Pantáculo, ent4o, com novos símbolos. O Pantáculo se parece
bastante com a Roda da Fortuna no baralho do Tarô': a roda da
vida, nascimento e morte. Cada novo disco será uma prova de seu
crescimento. Assim temos pantáculos que recebem nomes de
acordo com seus idealizadores ou dos símbolos que contém, por
isso podemos ter:

Pantáculo de Fausto (contendo o Pentagrama idealizado por


Fausto).
Pantáculo de Pitágoras (idealizado pelo próprio).

Pantáculo de Ezequiel (idealizado pelo próprio).

Os Pantáculos de São João (contendo os Sete Selos de São João).

Pantáculo de Salomão (contendo o Hexagrama, ou o Selo de


Salomão), e muitos outros.

O pantáculo funcionaria conforme a vontade impressa do


mago, operador, fiel ou adepto de uma religião, seita ou ordem
que sobre a joia grava a intenção que tem a vontade maior
consumida em objetivos próprios e regulamentada pelos direitos
universais. A autoridade e autorização é uma relação “dua” como
entre filho e pai, chefe e subordinado, comandante e comandado,
governador e governado.

Os pantáculos pertencem a classe da Alta Magia ou Teurgia


com forças terríveis e extremamente fortes de inclusão, exclusão
ou ajuntamento de raças para o bem comum duma coletividade.
Simboliza, portanto tudo o que o mago acredita, seus ideais e
passos dados no caminho iniciático, além dos passos que pretende
dar.
O sigilo é uma técnica usada na Magia do Caos. Baseia-se no
fato de que, se você conseguir atingir seu subconsciente com um
desejo, ele se manifestará de modo positivo, ou seja, se realizará.
Para enganar o subconsciente, o mago transmuta seu desejo em
uma coisa, um símbolo, e o lança em gnose para que este aja no
real sensível. Foi aperfeiçoado a partir dos estudos de Austin
Osman Spare, principalmente, e Aleister Crowley. Possui muitas
versões diferentes, principalmente em relação ao lançamento, mas
em sua maioria são validas.

O primeiro passo para acriação do sigilo é resumir seu desejo


em uma frase de forma clara sem muitos detalhes, como por
exemplo: “quero dinheiro para comprar meu apartamento até meu
aniversário em Janeiro de 2011”, podemos resumir esta frase para
“dinheiro para o apartamento”. Agora deve-se retirar as letras
repetidas, espaços e acentos, resumindo a frase para
"DINHEROPATM". Essas letras então devem ser dispostas de
qualquer maneira, a fim de se criar um símbolo elegante,
agradável ao magista. O importante é ter afinidade com o sigilo
que cria, e não o fazer de qualquer forma. Como em toda a Magia
do Caos, o melhor a se fazer é desenvolver uma técnica pessoal
para a criação destes sigilos. Pode-se retirar ou modificar o que se
quiser no símbolo, primando e perfeição e elegância. É bom frisar
que o símbolo no pode ter ligação nenhuma com o intento, já que
o objetivo da construção do sigilo é tornar seu desejo algo
palpável e que possa passar ao inconsciente sem ser percebido, de
modo a modificar a realidade em função do desejo do mago.
Esquema rústico para exemplificar a construção do sigilo. (Este
exemplo é para a frase quero ingressos para o show de Rock do
dia 27") No momento da especificação do intento, é bom ser
consciente dos meios para obter o resultado desejado. Dessa
forma, alterar o intento de quero dinheiro para comprar meu
apartamento até meu aniversário em Janeiro de 2011" para quero
dinheiro para comprar meu apartamento com o dinheiro da venda
de meus livros até meu aniversário em Janeiro de 2011" pode
aumentar a efetividade do sigilo. Há variadas formas de
lançamento de um sigilo, porém a tradicional é feita da seguinte
forma: “enquanto visualiza o sigilo deve-se afastar da mente todo
e qualquer pensamento, principalmente em relação ao desejo e
assim criar um (vácuo)” em sua mente, isso permitira que o sigilo
passe do consciente para o subconsciente de modo desapercebido.
O lançamento pode ser feito junto com outras atividades como
caminhadas, relaxamento ou sexo, mais uma vez lembrando que a
experiência pessoal é imprescindível. Após o lançamento, o
desejo e a expectativa de resultados devem ser afastados da
mente. Evitar a ansiedade por resultados pode ser difícil, mas é
necessário para que o desejo se manifeste.
ALGUNS SIGILOS DA MAGIA ENOCHIANA
OBSERVAÇÕES FINAIS
Para finalizar este grimório vou colocar um texto que
encontrei no site Morte Súbita que me chamou bastante a atenção.
Este material me cativou pela forma clara e sem rodeios com que
tratou a magia e seus operadores levando assim, em consideração,
a máxima crowleyana de que não existiriam os deuses sem a
intervenção humana e que toda esta cadeia de acontecimentos e
ritos milenares são consequências de nossa “atuação” neste
imenso teatro chamado Existência.

Espero que aproveitem bem o que tem a oferecer este


magnífico escrito sobre o “Teatro da Magia” e se alguém souber
quem foi o escritor de tal artefato me enviem os dados para o e-
mail alecsignatius@ymail.com. Obrigado pela atenção dirigida
até o final destas paginas virtuais e que a razão não escureça seus
símbolos e sigilos.
Frater Alecs Ignatius - Kiamat Kultus

O TEATRO DA MAGIA
A Magia é mais que uma necessidade hoje, e tem um alcance
muito maior que no seu período xamanístico; suas aplicações e
funções no século XX são mais abrangentes. Ela pode ser
utilizada como:

1) terapia;
2) antídoto;
3) religião;
4) disciplina;
5) caminho;
6) teatro,

Ou qualquer combinação destas seis utilizações. Como toda


forma de teatro, quanto melhor a interpretação de alguém, mais
interessante será. E quanto mais interessante for, mais provável
será o aperfeiçoamento da interpretação de alguém.

O objetivo do magista é fazer com que sua interpretação atinja


o potencial máximo de sua capacidade, e é com isto na mente que
se oferecem as seguintes improvisações que poderão ajudar o
futuro magista a obter uma maior flexibilidade no Teatro da
Magia.

Anonimato

A utilização de máscaras sem rosto num ritual traz muitas


vantagens:

1) Qualquer pessoa que deseje ficar no anonimato poderá valer-se


de sua utilização.

2) Em local cuidadosamente escolhido ou indicado, a utilização


de máscaras pelos celebrantes
fará com que o tempo e as descrenças sejam mais facilmente
abolidos. Ver um rosto conhecido, do mesmo modo que ver um
objeto familiar traz alguém de volta ao aqui e agora.

3) A sonoridade da voz é ampliada por uma máscara bem feita.


Sonorização. A utilização de ruídos incomuns pode ter um efeito
surpreendente, especialmente naqueles que desconheçam a
origem destes ruídos. Musica eletrônica ou musica tocada de três
para frente pode ser útil, mas o magista achará mais benéfico para
si e seus companheiros se ele mesmo criar sons estranhos no
próprio local da magia. Por exemplo, uma bola de gude rolada
lentamente no interior de um pandeiro pode causar um efeito
desorientador quando corretamente utilizada num local externo,
do mesmo modo que um bambu ou um cano de metal com água
suavemente balançado de um lado para o outro. O som de um
chifre para chamar boi cria uma gnose própria.
Caracterizações
1) Adote uma postura de conexão total com o universo e de
sucesso em todos os seus empreendimentos e atividades. Isto
produz efeitos extraordinários.

2) Adote uma postura do tipo "sou o ser mais afortunado do


planeta”. A sorte será uma consequência lógica para este tipo de
postura mental.

3) Mude seus hábitos. Por exemplo, pare de roer suas unhas ou de


fumar por dois meses. Então volte aos antigos hábitos. Por mais
dois meses altere arbitrariamente outros hábitos como, por
exemplo: a utilização da mão esquerda para realizar atos
normalmente praticados com a direita ou vice-versa. Quem for
ambidestro pode experimentar fazer isto com os pés.

Caminhar ao contrario
Passe um dia inteiro por mês andando e correndo de costas.
Não olhe para onde você está indo, para desenvolver uma técnica
que lhe permita evitar grandes objetos ou buracos. As práticas
seguintes podendo ser ateis neste sentido.

Visão às cegas
Os cegos frequentemente desenvolvem um sentido extra que
os ajuda a evitar objetos em seu caminho. E possível para pessoas
que enxergam desenvolver este sentido a um ponto tio formidável
que elas consigam, por exemplo, guiar uma bicicleta de olhos
vendados. Inicialmente, a técnica consiste em memória e
visualização detalhada do lugar a ser trilhado com os olhos
vendados, enquanto se tenta “ver” com o corpo inteiro ao invés de
apenas com os olhos. Após alguma prática será possível para
qualquer um diferenciar as cores desta forma. Peritos nesta
técnica, depois de passar dez anos ou mais aperfeiçoando-a,
podem até ler livros desta forma. Caminhar em terreno acidentado
em noites sem lua, longe da iluminação das cidades, ajuda a
desenvolver esta habilidade.

Adrenalina
Coloque-se em situações precárias ou perigosas o mais
frequentemente possível. Da mesma forma que chamar sua
atenção sobre como a vida tem sido boa para você até agora, esta
atividade amplia a capacidade de premonição. Este fenômeno
mental é impossível de explicar ou descrever. Ele tem que ser
experimentado. Ainda por cima, ele aumenta a atividade liminar
espontânea, durante a qual os lampejos de premonição acontecem
com maior probabilidade.

O Fantasma da Opera
Este processo traz poucos benefícios além do interesse
acadêmico de observação de seus resultados e será necessária a
prática muito bem feita de um ritual de banimento posterior ao
mesmo.
Teoria: um poltergeist é um aglomerado de energia não
direcionada criada espontaneamente por adolescentes de ambos os
sexos.
Fato: se a atenção de um grupo de adolescentes for
inteligentemente direcionada por um individuo carismático para a
possibilidade da existência de uma 'presença' num local
especifico, a atividade do poltergeist inevitavelmente acontecerá.
Nota: não tente isto se você não for capaz de controlar as energias
pouco sutis que serão criadas nem se você não conseguir manter a
calma do grupo durante a atividade do poltergeist. Embora
inicialmente seja divertido e sem maiores consequências, o
comportamento de um homúnculo deste tipo pode facilmente
fugir ao controle. Durante a experiência mantida pelo autor deste
texto, janelas foram quebradas e vários objetos foram destruídos.
Além disto, não apenas as pessoas relacionadas à experiência
foram afetadas por ela. Pessoas adultas que não tiveram nada a
ver com a experiência e que nem souberam dela posteriormente
contaram-me que mantiveram “contatos” realistas comigo,
incluindo visão e voz, sem que eu soubesse. Outras pessoas
sensíveis foram afetadas de maneiras muito diversas para que se
consiga descrever.
Uma poderosa técnica de banimento foi necessária para livrar
a casa de seu hóspede indesejado e o autor diz que preferiria
caminhar um milhão de quilômetros sobre cacos de vidro antes de
realizar novamente a experiência em questão.

Cristais
O poltergeist poderia ter sido acalmado de outra forma. Há
uma tradição mágica que diz que os demônios podem ser
aprisionados pelos cristais e o autor fez bom uso desta informação
para resgatar o poder de um aglomerado de energia instável de
origem desconhecida que o afligia. É improvável que ninguém
tenha conseguido trabalhar adequadamente o sistema de
Abramelin em virtude de ele ter encapsulado uma energia
reconhecida e descrita pelo Magista sob um nome especifico. Tais
energias são excreções ou extensões de Kia do mesmo modo que
braços e pernas; elas são arquétipos, essências expelidas pelo ser
corretamente estimulado. A técnica da magia é reconhecer e
ordenar estas energias, algumas das duais parecem ser mais
poderosas que o próprio organismo. Os cristais, entretanto, são os
seres mais geometricamente ordenados do universo, quer sejam
naturais, como o quartzo, ou químicos, e esta sentido natural de
ordem pode ser aproveitado com sucesso.
Aglomerados de energia turbulenta (demônios) podem ser
concentrados em cristais sólidos e ali mantidos até que o magista
seja capaz de reabsorvê-los sem efeitos colaterais indesejados.
Tradicionalmente, o cristal pode ser limpo em água corrente.
De modo análogo, energias ou poderes deficientes no magista
podem ser trabalhados pela utilização de formas cristalinas de
crescimento rápido, como cloreto de cobalto em placas de vidro,
como sigilos; sigilos sólidos que podem ser observados em seu
crescimento e que podem ser facilmente destruídos pela absorção
do poder gerado pelo ritual. Do mesmo modo, elementos
químicos de cores variadas podem ser utilizados para tipificar
funções diversas.

Armas Mágicas
Invente novas armas mágicas e confira a elas poder mágico
para fins específicos. Uma bengala ou cajado para auxiliá-lo em
caminhadas noturnas pode ser um bom começo. Evite ao máximo
as armas tradicionais (espada, bastão, taça, adaga, pantáculo), a
não ser que realmente surtam o efeito desejado.

Ganho através de sacrifício


Cuidadosamente, sem poupar detalhes, construa uma arma
mágica de qualquer tipo. A confecção terá sido correta se:

a) A arma mágica for de uso puramente pessoal;

b) Se a mesma assisti-lo com sucesso na realização de alguma


função mágica especifica.

Em tempo você construiu uma arma mágica pessoal utilizando


toda a sua habilidade. Ela é bela, poderosa e uma extensão de
você mesmo. Durante algum tempo você a utilizou e aumentou o
seu carisma de modo a já estar quase confiando nela. Então,
quando uma grande quantidade de energia para uma determinada
operação mágica for necessária, destrua a arma mágica ou dá a
mesma de presente a alguém. A energia liberada por este
sacrifício é muito maior que o poder gerado pelo uso da arma. É
claro que as operações que exigem tal quantidade de energia não
acontecem o tempo inteiro. Muitos magistas morreram sem
jamais terem feito uso dos instrumentos que construíram para esta
finalidade.

Objetos como Sigilos

Um pedaço de pau, uma peta de joalheria, qualquer objeto que


possa ser carregado pode ser utilizado como sigilo. Este será
programado pela função subconsciente da mesma forma que
qualquer outro sigilo, exceto pelo fato de ter sido desenhado para
exercer sua influência apenas sobre um determinado tipo de
situação ou quando segurado de uma forma especial. Em virtude
disto, ele pode ser multifuncional. Quanto mais livre for a mente
do magista, tanto mais versátil será a arma mágica.

Perfumes como Sigilos


Fabrique você mesmo os seus perfumes e transforme-os em
sigilos para a ampliação de funções especificas como poder
pessoal, magnetismo, atração sexual, capacidade intelectual e
assim por diante. Ao proceder assim, mantenha em mente a teoria
que prega que o sentido olfativo “fala” subliminarmente ao
organismo. As essências devem ser escolhidas apenas após terem
sido previamente experimentadas e as atribuições tradicionais das
mesmas terem sido completamente alteradas. O magista poderá
concluir, por exemplo, que alfazema excita a pele e não o espírito
(como é popularmente dito), e que cânfora aumenta o desejo de
matar insetos voadores ao invés de ampliar as clássicas
propriedades da esfera da Sefira Netzach.

A Meditação da Escadaria

Imagine-se no topo de uma enorme escada em espiral cujas


dimensões sejam tão vastas que sua curvatura mal possa ser
percebida. Vestido de manto cerimonial ou nu, armado de seus
instrumentos mágicos ou desarmado, comece a caminhar
lentamente, observando detalhes como a textura do tapete ou a
suavidade do mármore. Quando a gnose acontecer, observe as
pessoas que passam por você no caminho de subida ou de
descida, bem como quaisquer outros detalhes.

Esta é uma meditação muito útil para se voltar no tempo, isto


é, para treinar a memória mágica, sendo que cada degrau
representa um período de tempo. As imagens recebidas durante o
estado de gnose podem ser examinadas posteriormente e
utilizadas como chaves para outras experiências liminares.

A Espiral Astral
Imagine a escuridão vazia do infinito, sendo você um ponto
invisível num ponto invisível. Imagine uma vasta espiral para a
qual você está sendo atraído e pela qual você será inevitavelmente
tragado, uma espécie de “buraco negro”. A espiral conduz a um
universo paralelo ou a qualquer outro lugar que você gostaria de ir
e é um instrumento valioso para se experimentar aquilo que se
chama popularmente de 'viagem astral'. A medida que você for
sendo sugado pela espiral, construa uma forte imagem do lugar
onde você quer estar e então a gnose acontecera. A evidência
prática pode ser utilizada no exame dos resultados obtidos.

Adivinhação
Invente novos métodos de adivinhação, quanto mais bizarros
e incomuns, melhor. Exemplo: Examine a sombra projetada por
uma mulher nua numa tela iluminada de computador e
prognostique as principais noticias do dia seguinte para o
continente sul-americano.

Todos os esquemas de adivinhação são arbitrários, servindo


apenas para disparar uma habilidade especifica normalmente
“adormecida”. A questão se resume a encontrar o gatilho que
exerça o maior efeito possível sobre sua capacidade pessoal.

Anátemas Zoológicos
Capture um sapo e coloque-o em sua boca. Há duas razões
para isto:

1) A repulsa absoluta causada pelo fato de ter um anfíbio tentando


sair de sua boca trar-lhe-á uma tremenda liberação de energia
idêntica a que é usada em bruxaria.

2) Um sapo aterrorizado expele bucofilina, uma droga


alucinógena cujos efeitos são bastante conhecidos pelos Xamãs
do mundo inteiro. Solte o sapo aliviado com os seus
agradecimentos.

Colecione certo número de caracóis ou lesmas e permita que


se alimentem por vários dias de plantas com virtudes mágicas,
como, por exemplo, a beladona. Coloque-os depois numa caixa
com cevada para remover o lodo e então ferva-os em água com o
sabor que quiser. Quando o líquido tiver sido reduzido à metade,
deixe-o esfriar e beba-o.

Ambos os procedimentos podem ser utilizados com sucesso


em magia do tipo dos grimórios medievais, sendo que as criaturas
utilizadas tipificam os demônios descritos nos textos antigos.

Vinho Sacramental

Uma garrafa de vinho tinto não será suficiente. O vinho


concede ao magista uma boa oportunidade de exercer sua
habilidade alquímica. O vinho pode ser inteiramente feito pelo
magista através da utilização de ervas adequadas a trabalhos
específicos, alucinógenos naturais fermentáveis ou cocções com
efeitos semelhantes. De qualquer modo, seu sabor deve ser
incomum e provocante.

Missa Negra
A missa negra tradicional, embora tenha pouco valor mágico
em si, deveria ser realizada pelo menos uma vez por todo magista
de qualquer orientação; não como um ato de blasfêmia, mas como
um antídoto para o psicosmo pervertido dos dogmas medievais
persistentes da igreja católica, aos duais, todos nós ocidentais, de
uma forma ou de outra, fomos condicionados.

Sigilos
O magista pode necessitar de algo que ele é incapaz de obter
através de canais normais. Algumas vezes é possível provocar o
conhecimento necessário pela intervenção direta da vontade
contanto que isto não provoque uma tensão muito grande sobre o
universo. O mero ato de querer raramente é efetivo, à medida que
a vontade torna-se envolvida em um diálogo com a mente. Isto
dilui a habilidade mágica de muitas maneiras. O desejo torna-se
parte do ego complexo; a mente torna-se ansiosa de falha. A
vontade de não realizar o desejo surge para reduzir o medo de
falha. Logo o desejo original é uma massa de ideias conflitantes.
Frequentemente os resultados desejados surgem apenas quando
eles tiverem sido esquecidos. Este último fato é a chave para os
sigilos e muitas outras formas de feitiços mágicos. Os sigilos
trabalham por que estimulam a vontade a trabalhar
subconscientemente, evitando a mente objetiva.

Existem três partes para a operação com um sigilo:

O sigilo é construído:
O sigilo é perdido para a mente;
O sigilo é carregado.
Na construção de um sigilo, o objetivo é produzir um glifo do
desejo, estilizado para não sugerir o desejo de imediato. Não é
necessário utilizar sistemas de símbolos complexos. Para perder o
sigilo com sucesso, a forma do sigilo e o desejo associado devem
ser expulsos do estado de consciência normal. O magista esforça-
se contra qualquer manifestação dele ou volta sua atenção a forca
para outros. Algumas vezes o sigilo pode ser queimado, enterrado
ou jogado no oceano. E possível perder uma palavra de poder de
um feitiço pela constante repetição a medida que isto
eventualmente esvazia a mente do desejo associado. O sigilo é
carregado nos momentos que a mente tiver atingido a quietude
através do transe mágico, ou guando uma forte emoção paralisa o
seu funcionamento normal. Nestes momentos a atenção é
concentrada sobre sigilo, ou como uma imagem, ou mantra, ou
como um desenho. Alguns dos momentos em que os sigilos
podem ser carregados $ao os seguintes: durante o transe mágico;
no momento do orgasmo ou grande exaltação; em momentos de
grande medo, raiva ou embaraço; ou em momentos quando uma
intensa frustração ou desapontamento surgem. Alternativamente
quando outro desejo forte surge, este desejo é sacrificado
(esquecido) e o sigilo é concentrado ao invés do primeiro. Após
manter o sigilo na mente pelo tempo que for possível, é sábio
bani-lo pela evocação do riso.

Um registro deve ser guardado de todo os trabalhos com


sigilos, mas de tal forma que não cause a deliberação consciente
sobre o desejo sigilizado.

Sonhar
O estado onírico prove um conveniente egresso nos campos
da divinação, entidades e exteriorização ou “experiências fora do
corpo”. Todos os humanos sonham a cada noite de suas vidas,
mas poucos podem recontar suas experiências mesmo uns poucos
minutos após acordar.

As experiências oníricas são tão incongruentes que o cérebro


aprende a preveni-las de interferir com a consciência desperta. O
magista objetiva ganhar acesso completo ao plano onírico e a
assumir o controle dele. A tentativa de fazer isto, invariavelmente
envolve o magista em uma batalha bizarra e mortal com seu
próprio sensor psíquico, que usará quase qualquer tática para
negar estas experiências a ele.

O único método de ganhar acesso completo ao plano onírico é


manter um livro e instrumentos de escrita próximos ao lugar de
dormir em todos os momentos. Neste livro, registre os detalhes de
todos os sonhos tão logo quanto possível após acordar.

Para assumir o controle consciente sobre o estado onírico, é


necessário selecionar um tópico para sonhar. O magista deve
começar com experiências simples, tais como o desejo de ver um
objeto em particular (real ou imaginário) e dominar isto antes de
tentar a divinação ou exteriorização. O sonho é fixado pela forte
visualização do tópico desejado em uma mente, pelo contrário,
silenciada, imediatamente antes de dormir. Para experiências mais
complexas o método dos sigilos pode ser empregado.

Um registro de sonhos é mais bem guardado separado dos


registros mágicos já que eles tendem a tornar-se volumosos.
Entretanto, qualquer sucesso significante deve ser transferido para
o diário mágico.

Embora a pessoa possa temer a visão dele, um registro mágico


guardado apropriadamente é o fiador mais seguro do sucesso no
trabalho do Liber MMM: ele é ambos, um trabalho de referência
com que avaliar o progresso e, mais significativamente, uma
injeção de ânimo para esforços adicionais.
Caos: O Segredo do Universo

Será que consciência, magia e Caos não são a mesma coisa? A


consciência faz com que as coisas aconteçam espontaneamente
sem uma causa anterior. Geralmente, isto acontece no cérebro,
onde aquela parte da consciência que chamamos de "Vontade"
agita o sistema nervoso para fazer com que certos pensamentos e
ações acontecem. Ocasionalmente, a consciência é capaz de fazer
com que coisas acontecem espontaneamente fora do corpo
quando ela está fazendo magia. Qualquer ato de vontade é magia.
De modo análogo, qualquer ato de percepção consciente também
é magia; uma ocorrência em matéria nervosa é espontaneamente
percebida pela consciência. Algumas vezes esta percepção pode
acontecer diretamente sem o uso dos sentidos, como na
clarividência.

A magia não pode ser confinada à consciência. Todos os


eventos, inclusive a origem do universo, acontecem basicamente
por magia. Isto quer dizer que eles acontecem espontaneamente
sem uma causa anterior. A matéria nos dá impressão de ser regida
por leis físicas, mas estas são apenas aproximações estatísticas.
Não é possível dar uma explicação final de como coisa alguma
acontece em termos de causa e efeito. Em algum ponto, sempre
chegaremos à conclusão de que tal evento “simplesmente
aconteceu espontaneamente”, seja ela a explosão inicial do
universo (a teoria do Big-Bang) ou qualquer outra coisa. Isto
parece levar-nos a um universo completamente aleatório e
desordenado, mas não é assim. Jogue um dado e você poderá
obter qualquer resultado de um a seis; jogue-o seis milhões de
vezes e você obterá quase exatamente um milhão de seis. Não
existe razão alguma para representarmos as leis do universo pela
estrutura do dado; elas também são fenômenos que simplesmente
aconteceram de modo espontâneo e poderão deixar de ser assim
um dia se a espontaneidade produzir algo diferente.

Entretanto, fica muito difícil imaginar os eventos acontecendo


espontaneamente sem uma causa anterior mesmo que isto ocorra
toda vez que alguém exerce sua vontade. Por esta razão, pareceu
preferível chamar a essência deste fenômeno de Caos, posto que a
parte de nosso ser que entende as coisas é constituída de matéria
que, predominantemente, obedece à forma estatística da
causalidade. De fato, todo o nosso pensamento racional está
estruturado na hipótese de que uma coisa causa outra. Assim,
nosso pensamento à incapaz de apreciar a natureza da consciência
ou do universo como um todo, pois estes são espontâneo, mágicos
e caótico por natureza. Entretanto, seria injustificado deduzir que
o universo é consciente e pode pensar da mesma maneira que nós:
o universo é o pensamento do Caos, se preferirmos. Podemos
compreender os seus pensamentos, mas não o Caos do qual eles
se originam. De modo análogo, podemos estar acostumados a
usar nossa consciência e exercer a nossa vontade, mas jamais
compreenderemos o que estas são exatamente.

Todos os maiores ramos da filosofia tentam responder a


pergunta especifica sobre a existência. A ciência pergunta "como"
e descobre cadeias de causalidade. A religião pergunta “por que”
e acaba inventando respostas teológicas. A arte pergunta “dual” e
chega aos princípios da estética. A pergunta que a magia tenta
responder é “o que” e, assim, ela é um exame da natureza do ser.
Se formos diretamente ao âmago da questão e perguntarmos 4
magia qual é a natureza da consciência, do universo e de tudo o
mais, obteremos a resposta de que são fenômenos espontâneos,
mágicos e caóticos. A forca que inicia e move o universo é a
mesma forca que esta no centro da consciência, e ela é arbitrária e
aleatória, criando e destruindo sem qualquer outro objetivo além
de divertir-se. Não há nada moralista ou espiritual sobre Caos e
Kia. Vivemos num universo onde nada é verdadeiro, embora
alguma informação possa ser útil para finalidades especificas.
Somos nós, individualmente, que devemos decidir aquilo que
desejamos considerar como bom, mau, significativo ou divertido.
O universo se diverte constantemente e convida-nos a fazer o
mesmo. Se houvesse uma razão de ser para a vida, o universo
seria muito menos divertido. Tudo o que podemos fazer é segui-lo
placidamente ou lutar uma batalha heroica e inútil contra ele.
Assim, somos livres para alcançar toda a liberdade disponível e
fazer o que sonharmos com ela.

Notas BiBliOgRÁfiCAs
Dogma e Ritual da Alta Magia - Eliphas Levi
Magus - Francis Barret
Manual de Ocultismo - Sepharial
Psicologia e Alguimia - Carl Jung
Morte Súbita - http://imortesubita.org/
Hana Vel Legis - http/hanavellegis.blogspot.com/
Meretrix Mater - httpimeretrixmater.blogspot.com/
Ocultura - httpd/www.ocultura.org.-br/
The Gabinet of the Solar Plexus - httpd/dolorosa-
reveries.blogspot.com/
Tratado de Ciëncias Ocultas - Papus
Os Livros de Thelema - Aleister Crowley
Tratado de Magia Teirgica - (desconhecido)
Cvltvs Cvltvr - https/cultuscultur.blogspot.com/
A Doutrina Oculta - Helena P. Blavatsky
Wikipédia - http:dipt.wikipedia.org/
Eon - http:/www.eon.comb.r/
Thelema - http/the-lema.blogspot.com/
Talismas Revelados - Yves Gael
Arquivos pessoais do Kiamat Kultus

Kiamat Kultus

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