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PROJETO DE INVESTIGAÇÃO

UM CICLO DO COBRE
Disciplina de química. Trabalho realizado por
José Caetano, Leonor Jorge, Maria Rita Sanches e Matilde Martins
Para que seja possível a concretização deste projeto, é necessária a listagem de todas as substâncias e
materiais que serão utilizados. Uma vez que se trata de uma atividade laboratorial, existem diversas regras a
seguir para que estejamos sempre em segurança. Assim, é fundamental termos consciência dos perigos a
que estamos sujeitos e que saibamos como nos precaver dos mesmos. Para além de tudo isto, é evidente
que temos de saber como proceder ao longo da atividade. Neste trabalho, todos estes pontos serão
abordados.
Material: Equipamento:
1. Espátula
2. Goblé de 250mL 1. Balança
3. Goblé 600mL 2. Placa de aquecimento
4. Pinça 3. Estufa
5. Pipeta graduada de 10mL
6. Pipeta volumétrica de 10mL
7. Pipeta volumétrica de 15mL
8. Pipeta volumétrica de 30mL
9. Pompete
10. Proveta de 100mL
11. Proveta de 10 mL
12. Vareta de vidro
13. vidro de relógio
Reagentes e Consumíveis

1. Fio de Cobre
2. Solução aquosa de ácido nítrico, HNO 3 (16M)
3. Solução aquosa de hidróxido de sódio, NaOH (3M)
4. Solução aquosa de ácido sulfúrico, H2 SO4 (6M)
5. Zinco em pó
6. solução aquosa de ácido clorídrico HCI (6M)
7. Água destilada
8. Acetona
É de destacar que, como em qualquer atividade experimental, é imprescindível o cumprimento de todas as
regras de segurança em laboratório, de forma a que toda a realização da atividade decorra em segurança.
De acordo com o Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos, conhecido por GHS, é importante o cumprimento de regras como: o uso permanente de bata
durante toda a realização da atividade; o uso de óculos protetores e/ou luvas, se necessário; a bancada de
trabalho deve estar sempre limpa e arrumada, de forma a facilitar o próprio procedimento e evitar
acidentes; deve ainda ser utilizada a hotte na mistura de ácidos que libertem vapores irritantes.

Tendo em conta os reagentes e os produtos de reação das cinco etapas que constituem o ciclo do cobre,
é necessário falar especificamente de certos compostos para estarmos cientes dos perigos dos mesmos.
Na tabela seguinte, encontram se as informações de segurança, de acordo com o sistema GHS,
relativamente aos reagentes e produtos de reação desta atividade laboratorial.
Pictograma de
Nome Advertências Recomendações
perigo

Usar luvas de
Hidróxido de sódio Provoca queimaduras na proteção/vestuário de
(c=3M) pele e lesões oculares proteção/ proteção
graves.
ocular / proteção facial.

Líquido e vapor facilmente Manter afastado do


inflamáveis. Provoca irritação calor, faísca, chama
Acetona ocular grave, pele seca/ aberta e superfícies
gretada, sonolência e
quentes.
vertigens.

Não respirar vapores.


Provoca queimaduras na
Usar luvas de
Dióxido de pele e lesões oculares
proteção/vestuário de
nitrogénio graves, é fatal por proteção/ proteção
inalação. ocular / proteção facial.

Fig.1: informação de segurança


Pictograma de
Nome Advertências Recomendações
perigo

Usar luvas de
Pode ser corrosivo para
proteção/vestuário de
Ácido nítrico os metais. Provoca
proteção/ proteção
(c = 16 M) queimaduras na pele e
ocular / proteção facial.
lesões oculares graves.

Usar luvas de
Provoca irritações proteção/vestuário de
Ácido sulfúrico
graves oculares, proteção/ proteção
(c = 6M) respiratórias e cutâneas ocular / proteção facial.

Líquido e vapor facilmente Evitar contacto com a


Ácido clorídrico inflamáveis. Provoca lesões pele, com os olhos e
(c = 6M) oculares graves e inalação.
sonolência/vertigens.

Fig.1: informação de segurança


Planificação do trabalho

A proposta do nosso grupo consiste na realização da experiência dia 20 de fevereiro de 2024. Esta será feita no
laboratório da escola D. Manuel I, onde se encontram todos os materiais e substancias necessárias à concretização
da atividade. Isto significa que a mesma não terá custos acrescidos.

O ciclo do cobre envolve a realização de cinco reações, reações estas que serão explicadas e devidamente
ilustradas de seguida.

A primeira coisa a fazer antes de qualquer reação propriamente dita é cortar um fio de cobre de modo a obter uma
amostra de, aproximadamente, 0.3 gramas. Em seguida, pesamos essa amostra, registamos o valor até ao centigrama
e colocamo-lo num goblé de 250 ml.
Reação A
Dióxido de
nitrogénio

Cu (s) + 4 HNO3(aq) → Cu(NO3 )2 (aq) + 2 H2O (l) + 2 NO2 (g)


Nitrato de cobre II

Na hotte, adicionamos 4,00 mL de ácido nítrico, HNO3 (C= 16 mol/dm3) com o auxilio de uma pipeta
graduada de 10 mL e uma pompete. Para que a reação seja mais rápida, quando param de se libertar
vapores (NO2), misturamos tudo com uma vareta de vidro até que o sólido desapareça. Posteriormente,
acrescentam-se 100mL de água destilada com uma proveta e o auxilio de uma vareta de vidro.
No fim desta epata devemos estar perante algo assim:

Fig.2: Fim da
reação A
Reação B Nitrato de
sódio

Cu(NO ) (aq) + 2 NaOH(aq)


32
→ Cu(OH) 2 (s) + 2 NaNO3 (aq)
Hidróxido de
cobre II

No inicio desta reação teremos uma solução aquosa de nitrato de cobre (II) no goblé. A esta, na hotte, vamos
adicionar 30mL de uma solução aquosa de hidróxido de sódio, NaOH (C=3mol/dm3). Em seguida, mexemos a
solução com uma vareta de vidro para promover a precipitação do sólido, hidróxido de cobre (II).

No fim desta etapa devemos observar algo semelhante à figura 3.

Fig.3: Fim da reação B


Óxido de cobre II
Reação C (sólido escuro)

Cu(OH) 2 (s) → CuO (s) + H 2O(l)

Esta reação corresponde à decomposição do hidróxido de cobre (II) em óxido de cobre (II) e água. Temos de colocar o
goblé com a mistura resultante da reação B, numa placa de aquecimento e aquecê-la até que esteja perto do seu
ponto de ebulição, sem o atingir. Durante o aquecimento continuamos a agitar a mistura com a vareta de vidro de forma
constante. Aquilo que era (no inicio da reação C) uma solução de cor azul vivo, depois de aquecida, tornar-se-á negra.
Deixamos que esta arrefeça durante aproximadamente dois minutos, mexendo com a vareta de vidro. Posteriormente,
paramos de agitar a solução e deixamos que o sólido de cor preta se deposite no fundo do goblé. Quando isto
acontecer, decantamos uma primeira vez. Em seguida, adicionamos 200ml de água destilada com o objetivo de lavar o
sólido e remover excessos de reagentes que tenham sido usados anteriormente. Continuamos a decantar até que a
quantidade de água presente no goblé seja a mínima possível.
Fig.4: Observação esperada da solução antes
e depois do aquecimento.
Reação D Sulfato de cobre II

CuO(s) + H2 SO4 (aq) → CuSO4 (aq) + H2O(l)

Esta trata-se de uma reação ácido-base, através da qual se sintetiza sulfato de cobre (II), a partir de óxido de cobre (II)
e ácido sulfúrico. Começamos por colocar o goblé que continha o CuO(s) na hotte. Isto é necessário porque um dos
reagentes é o ácido sulfúrico, H2SO4. Tendo em conta que este é corrosivo e perigoso por inalação, é muito
importante prosseguir cuidadosamente durante a sua utilização. Adicionam-se, em seguida, 15mL de H2SO4
(C=6mol/dm3), com uma pipeta graduada e uma pompete, agitando, depois, com a vareta de vidro.
Ao longo desta etapa deveremos observar as seguintes alterações:

Fig. 5: Mistura logo após a Fig. 6: Aspeto da solução Fig. 7: Fim da reação D
adição do ácido sulfúrico depois de algum tempo.
Reação E

CuSO (aq) + Zn(s)


4
→ Cu(s) + ZnSO4 (aq)
Chegamos à última reação do ciclo. Esta é uma reação de oxidação-redução em que há transferência de
eletrões do zinco sólido para os iões Cu2+. Desta forma, podemos afirmar que durante a reação, o zinco
sólido será oxidado a Zn2+, os iões cobre (Cu2+) serão reduzidos a cobre sólido e os iões sulfato são
expectadores. O primeiro passo a realizar é pesar e colocar num goblé 1,30g de zinco em pó. Para isto,
necessitamos de uma balança e de uma espátula. Em seguida, vamos adicionar o zinco ao produto resultante
da reação anterior. As figuras 8 e 9 representam o que esperamos observar nesta etapa.

Fig.8:Solução antes Fig. 9: Solução após a


da adição do zinco. adição do zinco
Na hotte, devido à libertação de vapores, agita-se a solução representada na figura 9 com uma vareta
de vidro, até se obter um liquido praticamente incolor. Depois deixamo-la repousar até que o cobre
sólido se deposite.

Fig.10: Deposição esperada do


cobre sólido.

Depois decantamos todo o liquido possível, tendo atenção às perdas de sólido. Posteriormente, na hotte,
adicionamos, com uma pipeta volumétrica, 10mL de ácido clorídrico, HCl (C=6mol/dm3). Essa mistura será
depois levada para a placa de aquecimento onde a aquecemos ligeiramente.
Para finalizar esta última etapa, ainda temos de realizar alguns processos. Depois de decantar, é necessário transferir o cobre
do goblé para um vidro de relógio. Lavamos o cobre com acetona e colocamo-lo dentro da estufa para que possa secar. Por
fim, retira-se o cobre seco da estufa, colocando-o num goblé (previamente pesado) e pesamo-lo até ao centigrama.

Realizados todos os
processos referidos,
iremos, por fim,
calcular o rendimento m (cobre obtido)
do ciclo !
η 100
m (fio de cobre)

m (cobre seco no goblé) m(goblé)


Fim

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