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UNIVERSIDADE PAULISTA

CURSO DE FARMÁCIA

LUCIANA DE OLIVEIRA SANTOS CUNHA


R.A 0410878

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO

TEMA: RÓTULOS DE PRODUTOS QUÍMICOS E FICHA DE SEGURANÇA


DE PRODUTOS QUÍMICOS (FISPQ)

POLO DE MATRÍCULA: FLAMBOYANT


2023
2

1. INTRODUÇÃO

A Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) é


um meio de o fornecedor transferir informações essenciais sobre os perigos de
um produto químico (incluindo informações sobre o transporte, manuseio,
armazenagem e ações de emergência) ao usuário deste, possibilitando a ele
tomar as medidas necessárias relativas à segurança, saúde e meio ambiente
(FRIGO, 2019).
A FISPQ também pode ser usada para transferir essas informações
para trabalhadores, empregadores, profissionais da saúde e segurança,
pessoal de emergência, agências governamentais, assim como membros da
comunidade, instituições, serviços e outras partes envolvidas com o produto
químico (FRIGO, 2019).
A ficha de informações de segurança de produtos químicos (FISPQ)
fornece informações sobre vários aspectos de produtos químicos (substâncias
ou misturas) quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente
(BITENCOURT, 2018). A FISPQ fornece, para esses aspectos, conhecimentos
básicos sobre os produtos químicos, recomendações sobre medidas de
proteção e ações em situação de emergência. Em alguns países, essa ficha é
chamada safety data sheet (SDS). Ao longo desta parte da ABNT NBR 14725,
o termo FISPQ será utilizado. A FISPQ também é conhecida como Ficha
de/com Dados de Segurança (FDS) (PEINADO, 2019).
De acordo com a NR - 26 (Sinalização de Segurança), "a rotulagem
preventiva do produto químico classificado como perigoso a segurança e saúde
dos trabalhadores deve utilizar procedimentos definidos pelo Sistema
Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos
Químicos (GHS), da Organização das Nações Unidas".
Um rótulo de produto químico deve conter os seguintes elementos de
comunicação: identificação e composição do produto químico, pictograma(s) de
perigo, palavra de advertência, frase(s) de perigo, frase(s) de precaução,
informações suplementares
A Norma Brasileira ABNT NBR 14725 estabelece critérios para a
inclusão das informações de segurança no rótulo de produto químico perigoso
(de acordo com o sistema de classificação).
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Dessa forma, este relatório tem como objetivo realizar a observação e


avaliação de informações constantes nos rótulos dos produtos químicos para
que o(a) estagiário(a) se aprimore na identificação do perigo, no manuseio
consciente e seguro dos produtos, além de auferir conhecimento aplicável às
adequadas condições de acondicionamento, armazenamento, transporte e
manuseio dos insumos presentes no laboratório.

2. IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS QUÍMICOS

Com o intuito de identificar corretamente uma substância química por


meio da rotulagem adequada, para que haja o devido reconhecimento de
importantes informações sobre os riscos que envolvem o manuseio,
armazenamento e transporte, a professora pediu aos alunos que identificassem
quatro substâncias químicas em estoque no laboratório que apresentem
diferentes pictogramas do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação
e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) e elaborasse uma tabela com essas
quatro diferentes substâncias, identificando os parâmetros na rotulagem dos
produtos químicos.

Tabela 1: Ficha de Avaliação do Ácido Sulfúrico


1. Nome do produto Ácido Sulfúrico 98%
2. Identificação da
ACS Científica
Empresa
3. Composição
Ácido Sulfúrico H2SO4
Química

4. Pictogramas

5. Palavra de Perigo
Advertência
6. Medidas de Contato com a pele: Deve-se retirar rapidamente toda a roupa
Primeiros Socorros contaminada lavando a pele, com jato de água por no mínimo
15 minutos. Lave a área contaminada com água e sabão. Se
aparecer vermelhidão ou bolhas consulte um médico.
Inalação: Deve-se remover a vítima para um local arejado e
fornecer oxigênio se necessário. Encaminhe ao médico.
Contato com os Olhos: Não esfregue os olhos da vítima. Lave
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com água abundante e continuar até a chegada ao hospital para


o tratamento oftalmológico.
Ingestão: Nunca dê nada para a pessoa ingerir se ela estiver
inconsciente ou em convulsão. Caso ela esteja consciente dar 1
ou 2 copos de água para diluir o reagente.
7. Medidas de Não é combustível. Quando houver chamas envolvendo este
combate ao incêndio material podem ser controladas com pó químico.
Não toque no produto derramado: contenha o vazamento se
8. Medidas de
isso puder ser feito sem risco. Não deixe penetrar água dentro
controle para
do recipiente. Não use água diretamente na área de
derramamento ou
derramamento ou vazamento. Absorva o líquido derramado com
vazamento
material inerte (vermiculite, areia seca ou terra).
Ao manusear este produto de material de manga longa, óculos
de segurança e máscara (F)P1. Armazene em área seca e fria,
9. Manuseio e sob proteção à luz do sol. Separe os materiais combustíveis,
armazenamento orgânicos ou oxidantes. Mantenha a temperatura ambiente bem
fresca (10ºC) pois o aumento da pressão de vapor pode causar
a ruptura do recipiente.
Limites de exposição permitidos: ACGIH: TLV:TWA 1 mg/m3
NIOSH: TWA: 1mg/m3 STEL: 3mg/m3 IDHL: 80mg/m3 NIOSH:
10. Controle de
REL: 1mg/m3 VESTIMENTA MÍNIMA RECOMENDADA: avental
exposição e
de manga comprida de tecido de algodão e óculos de proteção
proteção individual.
LUVAS: Neoprene e borracha MÁSCARA RESPIRATÓRIA:
máscara (F)P1.
Descrição física: líquido incolor, inodoro e oleoso quando puro e
líquido marrom quando impuro, inodoro, denso, oleoso. O
11.Propriedades líquido puro é sólido @ 11°C. MM: 98,08 Ponto de ebulição –
físicas e químicas. 290ºC Ponto de fusão (100%): 10,36°C Peso específico - 98,08
Densidade (96-98%) – 1,841 SOLUBILIDADE: Água: solúvel
com reação Álcool etílico: solúvel.
12. Estabilidade e Este composto é estável à temperatura ambiente em recipientes
reatividade fechados e em condições normais de armazenagem É incompatível
com ácido acético; cetona cianidrina; acetona + ácido nítrico); acetona
+ dicromato de potássio); acetonitrila; acroleína; acrilonitrila;
(acrilonitrila + água); (álcool + peróxido de hidrogênio); álcool alilílico;
cloreto de alila; hidróxido de amônio; 2-amino-etanol; amônia;
tripercromato; anilina; (bromatos + metais); pentafluoreto de bromo; n-
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butiraldeído; (dimetilcarbinol + peróxido de hidrogênio); carbetos;


carbeto acetileno de césio; cloratos; (cloratos + metais); trifluoreto de
cloro; ácido clorosulfônio; nitrídeo cuproso; diidobutileno; epicloridrina;
etileno cianidrina; etileno diamina; etileno glicol; etileno imina;
fulminatos; ácido clorídrico; hidrogênio; heptafluoreto de iodo; (indeno
+ ácido nítrico); ferro; isopreno; silicídeo de lítio; nitrídeo mercúrico;
óxido de mesitila; metais em pó; (ácido nítrico + glicerídeos); p-
nitrotolueno; trihidroxidiaminofosfato pentaprata; percloratos; ácido
perclórico; (permanganatos + benzeno); (1-fenil-2-metilpropil álcool +
peróxido de hidrogênio); fósforo; isocianato de fóforo; picratos;
térciobutoxido de potássio; clorato de potássio; (permanganato de
potássio + cloreto de potássio); permanganato de potássio + água); β-
propiolactona; óxido de propileno; piridina; carbeto de acetileno
rubídio; permanganato de prata; sódio; carbonato de sódio; clorato de
sódio; hidróxido de sódio; aço; monômero de estireno; (tolueno + ácido
nítrico); acetato de vinila; água. CONDIÇÕES A SEREM EVITADAS:
água, combustíveis, calor, fontes de ignição. A decomposição térmica
produz óxidos de enxofre
PODER IRRITANTE: olho coelho 100mg lavagem severa.
CARCINOGENICIDADE: IARC, NTP, OSHA: não consta como
cancerígeno, todavia, alguns estudos têm associado exposições
13. Informações ao ácido sulfúrico ou à mistura de ácidos, ao câncer de laringe.
toxicológicas Não se sabe se o ácido sulfúrico age diretamente como
carcinogênico ou predispõe à doença, em combinação com
outros reagentes. DADOS DE MUTAÇÃO: não disponível
TERATOGENICIDADE: não disponível.
14. Informações
ecológicas
15.Considerações Para descartar as águas de lavagem dos resíduos acertar o pH
sobre tratamento e entre 5,5 e 8,5. As soluções de ácido sulfúrico devem ser
disposição. neutralizadas, cuidadosamente, com barrilha (carbonato de
sódio) ou hidróxido de sódio. Use banho de gelo para
resfriamento do recipiente de neutralização. Despeje no esgoto.
16. Informações
Número ONU: 1830
sobre o transporte
17.Regulamentações NFPA: Saúde 3 Inflamabilidade: 0 Reatividade: 2 Rótulo:
Corrosivo W
Manuseie ácido sulfúrico com extremo cuidado porque ele é
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corrosivo para os tecidos do corpo. A inalação dos vapores pode


causar severos danos aos pulmões, o contato com a pele ou
olhos pode causar severas queimaduras e pode resultar em
cegueiras.
17. Outras CNPJ:13.767.262/0001-28. Lote: ACS1144-1L Fabricação:
Informações Nov/2019 Validade: Nov/2025

Tabela 2: Ficha de avalição do Ácido Clorídrico


1. Identificação do Nome químico: ácido clorídrico Fórmula química: HCl
produto Sinônimo: ácido muriático CAS: 7647-01-0
A inalação deste composto é corrosiva para o trato
respiratório e pode causar necrose do epitélio bronquial.
2. Identificação de
São irritantes para os olhos, membranas de mucosas,
perigos
superior e pele. pode ser fatal se ingerido. causa severas
queimaduras na pele.
3. Composição e
Número CAS: 7647-01-0 ~38% (comercial) 20% (azeótropo)
informações sobre
PERIGOSO
os ingredientes.
4. Medidas de CONTATO COM A PELE: Retire as roupas contaminadas e
primeiros- lave a pele, imediatamente com água. Neutralize com
socorros. solução de trietanolamina a 5%. Se aparecerem sintomas
como vermelhidão ou bolhas, leve a vítima para o hospital.
INALAÇÃO: Saia da área contaminada. Leve a vítima para
um local arejado. Se a vítima apresentar dificuldade
respiratória ministre oxigênio e leve imediatamente para o
hospital. Para entrar no ambiente contaminado proteja-se
com máscara GA. CONTATO COM OS OLHOS: Cheque se
a vítima tem lentes de contacto e removas. Lave com água
durante 20 a 30 minutos no lava-olhos. IMEDIATAMENTE
transporte a vítima para o hospital. INGESTÃO: NÃO
INDUZA O VÔMITO. Reagentes corrosivos destroem as
membranas da boca, garganta e esôfago e podem ser
aspirados para os pulmões da vítima durante o vômito,
aumentando os problemas médicos. Se a vítima estiver
consciente e sem convulsões ministre 1 ou 2 copos de água
para diluir o reagente e IMEDIATAMENTE leve para o
7

hospital. Se a vítima estiver inconsciente ou em convulsão,


não ministre nenhum líquido, deixando a cabeça de lado
abaixo do corpo. NÃO INDUZA O VÔMITO.
IMEDIATAMENTE TRANSPORTE A VÍTIMA PARA O
HOSPITAL.
Não é combustível. A temperatura de autoignição não é
relatada. Use agentes extintores compatíveis para o fogo ao
redor. O calor extremo ou o contato com alguns metais
liberam gás hidrogênio que tem limite de explosão de 4 a
5. Medidas de 75%. Por causa do fogo formam-se produtos da
combate a decomposição térmica como cloretos e gás hidrogênio e
incêndio deve-se usar máscara de pressão positiva para combater
incêndios. Roupas normais de combate a incêndio não são
efetivas para este composto. Resfrie com spray de água o
lado exterior dos tanques. Não jogue as águas de combate
do fogo no esgoto
Notifique o pessoal da segurança, isole e ventile a área.
Neutralize com pedra calcária comprimida, cinza de soda ou
bicarbonato de sódio. Após a neutralização jogue areia,
6. Medidas de
terra ou vermiculite e disponha este material contaminado
controle para
em recipientes próprios para descarte. Se o vazamento for
derramamento ou
muito grande, quando possível fazer contenção para não
vazamento.
espalhar o produto pois este infiltra-se no solo penetrando
até o lençol freático e dissolvendo material se este for
carbonatado. Encaminhe os resíduos para aterro classe 1.
Ao manusear este produto cuidado com os respingos. Use
7. Manuseio e avental de manga longa, máscara GA e os óculos de
armazenamento. proteção. Estoque em lugar fresco, seco e arejado. Proteja
de luz solar e fontes de aquecimento.
OSHA: PEL 5ppm (limite máximo) ACGIH: TLV 5ppm (limite
8. Controle de máximo) NIOSH: REL 5ppm (limite máximo) VESTIMENTA
exposição e MÍNIMA RECOMENDADA: avental de manga longa com
proteção prendedor adequado para as luvas e óculos de segurança,
individual. luvas e botas: borracha butílica, pvc máscara respiratória
recomendada: máscara GA.
9. Propriedades Descrição física: líquido incolor com fumos. Pode ser
físicas e químicas. fracamente amarelado se estiver contaminado com ferro,
8

cloro ou matéria orgânica. Odor pungente forte. Massa


molecular: 36,46 Densidade: 1,194g/ml a -26°C Ponto
congelamento: -17,4°C solução 10,81% Ponto ebulição: -
84,8°C Forma azeotrópico com 20%HCl: 108,58°C
SOLUBILIDADE: Água: 823g/L @ 0°C; 561g/L @ 60°C
Etanol a 95%: solúvel Éter: solúvel Benzeno: solúvel
Pressão de vapor (mm Hg): 3040 @ 17,8°C Densidade de
vapor (Ar=1): 1,257 Índice de refração:1,34168 @ 18°C
(solução 1N) Aparecimento de odor: 0,1 @ 5ppm pH das
soluções aquosas: 1,0N=0,1; 0,1N=1,1; 0,01N=2,02;
0,001N=3,02; 0,0001N=4,01
Este reagente é altamente estável ao calor (decompõe-se a
1782°C). Este reagente polimeriza em contato com aldeídos
ou epóxidos; ataca muitos metais (exceto mercúrio, prata,
ouro, platina, tântalo e algumas ligas metálicas), plásticos e
borrachas; reage explosivamente com álcoois + cianeto de
hidrogênio, e permanganato de potássio; incendeia em
10. Estabilidade e
contacto com flúor, acetiletos metálicos ou crbetos; é
reatividade
incompatível com anidrido acético, 2-amino etanol, hidróxido
de amônio, fosfeto de cálcio, ácido cloro sulfônico, 1,1-
difluoretileno, etileno diamina, ácido perclórico, óxido de
propileno, hidróxido de sódio, perclorato de prata +
tetracloreto de carbono, ácido sulfúrico, acetatos, brometo
de magnésio, sulfato mercúrio e cloro + dinitroanilina.

PODER IRRITANTE; olho coelho 100mg lavagem média


11. Informações CARCINOGENICIDADE: não listado como cancerígeno
toxicológicas. DADOS DE MUTAÇÃO: não disponível
TERATOGENICIDADE: Dados de efeitos reprodutivos:
TCLo: ihl - rat 450 mg/m3 (1d antes da prenhez produz
fenotoxicidade e homeostase) IDHL: valor 100ppm
Toxicidade crônica plantas: 100ppm Danos colheitas
12. Informações irrigadas: 350mg/L LC100 trutas 10mg/L/24h contração
Ecológicas LC50 peixes estrela 100-330ppm LC50 100-330mg/L/48h
LC50 caranguejo de praia 240mg/L/48h.
13. Considerações Neutralize com NaHCO3 a 5% até pH 5,5 - 8,5. Despeje no
9

sobre tratamento e
esgoto.
disposição.
14. Informações sobre
Número ONU: 1789
transporte.
15. Regulamentações NFPA: Saúde: 3 Inflamabilidade: 0 Reatividade: 2 Rótulo:
Corrosivo. A inalação deste composto é corrosiva para o
trato respiratório e pode causar necrose do epitélio
bronquial. é irritante para os olhos, membranas de
mucosas, superior e pele. pode ser fatal se ingerido. causa
severas queimaduras na pele.
16. Outras CNPJ: 64.210.657/0001-17. Lote: 106534 Fabricação:
informações out/2019 Validade: out/2023

Tabela 3: Ficha de Avaliação do Éter Etílico


Nome químico: éter etílico Fórmula química: C2H5OC2H5
1. Identificação do
Sinônimos: dietil éter; dietileéter; éter sulfúrico; óxido de
produto
etila. CAS: 60-29-7
Perigoso para a saúde e a integridade física. O produto se
inflama com extrema facilidade à temperatura inferior a
0ºc. O produto quando armazenado pode formar peróxidos
explosivos. Efeitos potenciais para a saúde.
• Por inalação: irritação da via respiratória, tosse, dispneia,
edema pulmonar.
• Por ingestão: irritação da via digestiva, náusea, vômito,
dores abdominais hipermotilidade intestinal, diarreia.
2. Identificação de • Contato com a pele: tem uma ação desengraxante com
perigos vermelhidão, dermatite alergia e rachaduras na pele.
• Contato com os olhos: irritante
• Sistema nervoso central: cefaleia, depressão geral,
tontura, possibilidade de perda de memória e dificuldade
respiratória.
• Exposição crônica: O produto é dotado de toxicidade
crônica média. Possibilidade de alteração na função
hepática. No sistema nervoso central: cefaleia, estado de
depressão geral, torpor, vertigem, sonolência e narcose.
3. Composição e Número CAS: 60-29-7 >99,5% PERIGOSO
10

informações
sobre os
ingredientes.
CONTATO COM A PELE: lave abundantemente com água
e sabão. INALAÇÃO: ventile o ambiente. Remova o
paciente para o ar fresco. Em caso de mal-estar consulte o
4. Medidas de
médico. CONTATO COM OS OLHOS: lave com água por
primeiros-
10 minutos e consulte o médico em caso de irritação.
socorros.
INGESTÃO: lave bem a boca com muita água. Provoque o
vômito. Administre carvão ativos suspenso em água ou
óleo de vaselina mineral medicinal.
Flash Point: - 45°C lel: 1,9% uel: 36,0% Auto
inflamabilidade: 160°C Chamas quando envolvem este
5. Medidas de
material podem ser controladas com dióxido de carbono,
combate a
espuma e pó químico, não use água, evite respirar a
incêndio
fumaça, se houver exposição à fumaça use proteção
respiratória.
Use roupas de proteção, máscara VO, óculos de
6. Medidas de segurança e luvas de borracha. Não fume. Contenha o
controle para vazamento com areia ou terra. Recolha o produto para
derramamento ou reutilização ou absorvê-lo com material poroso e inerte.
vazamento. Lave o local e recolha o líquido de lavagem para
tratamento.
Evite o contato e inalação de vapores. Ao manusear este
produto use roupas de proteção, máscara VO, óculos de
segurança e luvas de borracha. Deixe longe do calor,
fagulhas e fogo, utilizar óculos de proteção. Não estoque
7. Manuseio e
perto de oxidantes fortes e peróxidos inorgânicos.
armazenamento.
Conserve em ambiente bem arejado, num frasco de vidro
escuro. Evite locais com acúmulo de carga eletrostática.
Conserve em recipiente bem fechado. Estoque na ÁREA
VERMELHA do almoxarifado.
8. Controle de Limites de Exposição Permitidos: ACGIH: TLV:TWA: 1200
exposição e mg/m3 = 400 ppm TLV:STEL: 1500 mg/m3 = 500 ppm
proteção VESTIMENTA MÍNIMA RECOMENDADA: avental de
individual. manga longa e óculos de segurança LUVAS: de borracha
descartável MÁSCARA RESPIRATÓRIA
11

RECOMENDADA: com filtro para vapores orgânicos (VO).


Descrição física: líquido incolor Odor: etéreo Massa
molecular: 74,12 Densidade relativa: 0,71g/ml Ponto de
9. Propriedades
fusão: -116,3°C Ponto de ebulição: 34,6°C Densidade de
físicas e químicas.
vapor no P.Eb. (área=1): 2,6 SOLUBILIDADE: Água: 7,5%
@ 20°C Solvente: solúvel.
Evitar aquecimento brusco. Pode inflamar-se em contato
10. Estabilidade e com ácido mineral oxidante e agentes oxidantes fortes. É
reatividade incompatível com material comburente. O produto pode
inflamar-se. Pode formar peróxido explosivo.
11. Informações
toxicológicas.
Rápida remoção por evaporação. ECOTOXICIDADE:
12. Informações
LC50 (peixes): 2840mg/L/48h (Leuciscus idus) LC50
Ecológicas
(dafnia): >100mg/L/48h.
13. Considerações
sobre tratamento Encaminhe para incineração.
e disposição.
14. Informações Número ONU: 1155
sobre transporte.
NFPA: Saúde: 2 Inflamabilidade: 4 Reatividade: 1 Rótulo:
F+ Inflamável Perigoso para a saúde e a integridade física.
15. Regulamentações o produto se inflama com extrema facilidade a temperatura
inferior a 0ºc. o produto quando armazenado pode formar
peróxidos explosivos.

Tabela 4: Ficha de Avaliação do Álcool Etílico


1. Identificação do Nome químico: etanol Fórmula química: C2H5OH
12

Fórmula estrutural: CH3CH2OH Sinônimos: álcool etílico


anidro absoluto; absoluto farmacêutico; absoluto anidro;
produto
absoluto desnaturado, 95°; 95° farmacêutico; 94°
desnaturado; 90° desnaturado. CAS: 64-17-5
Perigoso à saúde e à integridade física. o produto se
inflama facilmente se exposto a uma fonte de calor e
também a temperatura inferior a 21ºc. efeitos potenciais
para a saúde:
• Por inalação: irritação das vias respiratórias, tosse,
dispneia, possibilidade de edemas de diversas
gravidades em função da concentração e do tempo de
2. Identificação de
exposição.
perigos
• Por ingestão: irritação das vias digestivas, náuseas,
vômito, hipermotilidade intestinal, diarreia.
• Contato com os olhos: ação irritante.
• Exposição crônica: possibilidade de alteração da
função hepática, alteração do sistema nervoso central
com cefaleia, estado de depressão geral, torpor,
vertigem, sonolência, narcose.
3. Composição e Número CAS: 64-17-5 90-99,9% PERIGOSO
informações sobre
os ingredientes.
CONTATO COM A PELE: lave abundantemente com
água e sabão. INALAÇÃO: remova a vítima para o ar
fresco. Em caso de persistir o mal-estar encaminhe a
vítima ao médico. CONTATO COM OS OLHOS: lave
4. Medidas de com água, abundantemente, por pelo menos 10 minutos
primeiros-socorros. no lava-olhos. Encaminhe para o médico se aparecer
irritação. INGESTÃO: enxague a boca com muita água,
sem engolir. Provoque o vômito. Pode-se ministrar
carvão ativo suspenso em água ou óleo de vaselina
mineral medicinal.
5. Medidas de Flash Point: 12°C lel: 3,5% uel: 15% É combustível.
combate a incêndio Chamas quando envolvem este material podem ser
controladas com dióxido de carbono, espuma e pó
químico. Evite respirar a fumaça. Use proteção
13

respiratória. Auto inflamabilidade: 423°C.


Coloque roupas de proteção. Contenha os vazamentos
6. Medidas de controle com terra e areia. Não fume. Elimine todas as fontes de
para derramamento ignição. Recolha o produto para reutilização ou
ou vazamento. eliminação. Pode ser absorvido com material poroso e
inerte. Lave o local adequadamente.
Ao manusear este produto use avental de manga longa,
óculos de segurança e máscara (VO). Evite o contato e
inalação de vapores, não fume, mantenha longe das
7. Manuseio e
chamas, fagulhas e fontes de calor. Não misture com
armazenamento.
oxidantes fortes e peróxidos inorgânicos. Guarde em
local fresco e arejado. Estoque na ÁREA VERMELHA do
almoxarifado.
Limites de Exposição Permitidos: ACGIH: TLV:TWA:
1900 mg/m3 = 1000 ppm 3 0 0 Vestimenta mínima
8. Controle de
recomendada: avental de manga longa e óculos de
exposição e
segurança, luvas: borracha descartáveis máscara
proteção individual.
respiratória recomendada: máscara (VO). Vida útil baixa
para VO a 10 X TLV 3520.
Descrição física: líquido incolor Odor: característico
Massa molecular: 46,07 Densidade relativa: 0,789 a
9. Propriedades 0,833 g/ml Densidade de vapor ao P. Eb. (área=1): 1,59
físicas e químicas. Ponto de fusão: cerca de -114°C Ponto de ebulição: 77 a
79°C Pressão de vapor (mm Hg): cerca 40 @19°C
SOLUBILIDADE: água: miscível
Este composto é termicamente estável em condições
normais de uso e estocagem. Evite contato com material
comburente. O produto pode se inflamar. Pode inflamar-
10. Estabilidade e
se em contato com ácido mineral oxidante, metais
reatividade
elementares (alcalinos, alcalinos terrosos), nitritos,
peróxidos e hidroperóxidos inorgânicos. Pode dar
produtos tóxicos com ácidos fortes.
11. Informações
toxicológicas.
CARCINOGENICIDADE: classificado como A4 – dados
insuficientes para classificar a substância como
14

cancerígena ao homem e/ou animal DADOS DE


MUTAÇÃO: nenhuma evidência TERATOGENICIDADE:
nenhuma evidência
DBO5%: 72% taxa de oxigênio dissolvido
12. Informações
ECOTOXICIDADE: LC50 peixes: 1030mg/L/96h
Ecológicas
(Pimephales promelas).
13. Considerações Para aproveitamento em laboratório destila-se
sobre tratamento e fracionadamente. Para descarte final encaminhe para
disposição. incineração.
14. Informações sobre
Número ONU: 1170
transporte.
NFPA: Saúde: 0 Inflamabilidade: 3 Reatividade: 0 Rótulo:
Inflamável, F
15. Regulamentações Perigoso à saúde e à integridade física. o produto se
inflama facilmente se exposto a uma fonte de calor e
também a temperatura inferior a 21ºc.
16. Outras Informações CNPJ:64.210.653/0001-32. Lote: 102284 Fabricação:
fev/2019 Validade: fev/2025.

Conforme apresentado na tabela 1, o ácido sulfúrico é um líquido claro,


incolor e inodoro que apresenta aspecto oleoso em condições normais de
temperatura e pressão. É um potente ácido inorgânico, altamente corrosivo
para compostos orgânicos e abrasivo para a maioria dos metais. É usado na
fabricação de fertilizantes, baterias, explosivos e na síntese química de
medicamentos, entre muitos outros usos (CETESB, 2019a).
O ácido sulfúrico é um poluente atmosférico comum formado a partir de
dióxido e trióxido de enxofre em contato com umidade. Esses compostos de
enxofre são liberados na atmosfera por atividade vulcânica e emissões
antropogênicas, principalmente na queima de carvão e outros combustíveis e
em diversos processos industriais (MARTINS, 2016).
As águas dos oceanos contêm sulfato em concentrações aproximadas
de 2,65 mg/g, contribuindo com uma parcela significativa das emissões de
enxofre para a atmosfera. Na água, o ácido sulfúrico encontra-se dissociado,
sendo que o sulfato pode formar sais insolúveis e precipitar ou então ser
reduzido ou oxidado. A chuva ácida é uma das consequências da presença
15

excessiva de óxidos de enxofre na atmosfera e causa grande danos nas


plantas terrestres e ecossistemas aquáticos (VILELA, 2017).
O ácido clorídrico representado na tabela 2, na forma gasosa apresenta
coloração amarelada, odor penetrante e irritante. É um ácido forte, corrosivo
em seu estado puro a temperatura ambiente. Quando em contato com a água
se dissolve completamente formando ácido clorídrico aquoso, sua forma mais
conhecida (REZENDE, 2018). O composto é empregado na fabricação de
PVC, agrotóxicos, seda artificial, medicamentos e como reagente químico para
laboratórios e diversos processos industriais. Pode ser utilizado como agente
de limpeza doméstica, em solução diluída que recebe o nome de ácido
muriático (CETESB, 2020).
O ácido clorídrico se forma naturalmente pela reação do cloreto de sódio
com sulfatos ácidos nas águas dos oceanos ou na atmosfera. Os gases
vulcânicos são também uma importante fonte natural do composto. A emissão
antropogênica ocorre durante atividades industriais e na incineração do lixo
(REZENDE, 2018). O cloreto de hidrogênio gasoso liberado na atmosfera
distribui-se pelo ar dissolvendo-se na umidade e formando ácido clorídrico.
Com se trata de um ácido forte ocorre dissociação em íons cloreto e H+ com
consequente redução do pH. Os íons cloreto são removidos da atmosfera por
deposição úmida. No solo seco, o ácido clorídrico sofre volatilização. Em
superfícies úmidas e na água, o ácido clorídrico se dissocia em cloreto e H+
(CETESB, 2020).
Na tabela 3 está representado o éter etílico, O éter etílico trata-se de um
líquido incolor extremamente inflamável e bastante volátil, apresentando uma
temperatura de ebulição igual a 34,6 °C. Apresenta vapores mais densos do
que o ar e que se acumulam na superfície do solo. Juntamente com o oxigênio,
os vapores do éter etílico formam uma mistura explosiva (DE CORDOVA,
2019).
O éter é uma substância muito usada como anestésico, relaxando os
músculos e afetando um pouco a pressão arterial, a respiração e a pulsação
(DE CORDOVA, 2019). No entanto, apresenta algumas desvantagens como
provocar irritação no trato respiratório e possibilidade de causar incêndios nas
salas de cirurgia. Assim como ocorre com a acetona, a comercialização do éter
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etílico em grandes quantidades é controlada pela Polícia Federal, uma vez que
é um dos componentes utilizados na produção da cocaína (ANDRADE, 2019).
Na tabela 4 está representado o álcool etílico, O etanol é um composto
leve, fácil de ser obtido e que se mistura facilmente com água e com a grande
maioria dos líquidos de baixo peso molecular. Ele é altamente inflamável,
podendo entrar em combustão, se submetido a uma fonte de calor, a partir de
13°C. Em seu estado puro, o álcool é altamente tóxico, já em misturas de baixo
teor ele pode ser ingerido pelo ser humano de forma moderada (CETESB,
2019b).
O álcool possui um poder calorífico menor que o da gasolina e diesel, o
que significa que ele gera menos energia e rende menos quilometragem por
litros (CETESB, 2019b). Sua densidade é menor que a da água e maior que a
da gasolina, e seu PH é praticamente neutro. Entre os compostos químicos, o
etanol é considerado um composto orgânico, que são aqueles formados por
cadeias de carbono. Isso faz com que ele seja encontrado mais facilmente em
estado líquido ou gasoso, ao contrário dos compostos inorgânicos, como os
minerais, que em seu estado natural costumam ser sólidos (NUNES, 2017).
Entre os compostos orgânicos, o etanol faz parte da família dos álcoois,
compostos em que o carbono saturado (com todas as ligações preenchidas)
liga-se com a hidroxila (NUNES, 2017). Seu nome deve-se à junção do prefixo
"etano", comum a todos os compostos orgânicos com dois átomos de carbono
em sua cadeia, com o sufixo "ol", relativo a todos os álcoois que possuem
apenas uma hidroxila em sua formação (CETESB, 2019b). Dessa forma, não é
inteiramente correto chamar o etanol apenas de "álcool", pois álcool é qualquer
elemento orgânico que possui a hidroxila "OH" ligada a um carbono saturado,
como metanol, butanol e propanol (MORAES; BACCHI, 2019).
Dentre todos os álcoois, o etanol é o mais comum de ser obtido. A
composição em massa de sua molécula é de 52,24% de Carbono, 13,13% de
Hidrogênio e 34,73% de Oxigênio (CETESB, 2019b).
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3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, L. G. DE. Conceito do Éter Étílico. n. 1907, p. 1–9, 2019.


BITENCOURT, C. L. Mapa De Riscos E Sua Importância: Como Aplicá-Lo a
Uma Gráfica. n. 1, p. 3–11, 2012.
CETESB. Àcido Sulfùrico. Roth, v. 2006, n. 1907, p. 1–18, 2019a.
CETESB. Etanol. 2019b.
CETESB. Ácido clorídrico - Ficha de Informação Toxicológica. p. 2, 2020.
DE CORDOVA, C. M. M. Éter etílico. p. 7–9, 2019.
FRIGO, L. B. Ficha de informações de segurança de produtos químicos
(FISPQ). Norma, 2019.
MARTINS, O. A. DA S. Processos de fabricação de ácido sulfúrico. p. 41, 2016.
MORAES, M. L. DE; BACCHI, M. R. P. Etanol - do início às fases atuais de
produção. Revista de Política Agrícola, v. 23, n. 4, p. 5–22, 2019.
NUNES, E. F. Cana-De-Açúcar : A Produção De Etanol e seus Benefícios. p.
1–29, 2017.
PEINADO, H. S. Segurança e Saúde do Trabalho na Indústria da
Construção Civil. [s.l: s.n.].
REZENDE, L. Processos químicos industriais I - ÁCIDO CLORÍDRICO. p. 1–
16, 2018.
VILELA, V. M. Produção De Ácido Sulfúrico, 2017.

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