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O Coração dos
Arcanos da
Corte do Tarot

Pajens, Cavaleiros, Rainhas e Reis

B. Craus Nantai

1ª Edição – 2023

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Dedico este livro a todos que me acompanham no canal do
YouTube "Nossa Jornada no Tarot". Vocês me incentivaram
e me inspiraram. Obrigada!

E dedico também ao meu marido, pois sem ele nada disso


seria possível. Seu apoio e encorajamento são minha base
❤️

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Índice

Introdução............................................................................6
Estrutura Básica dos Arcanos..............................................8
O Tarô..............................................................................8
Arcanos da Corte são Arcanos Menores?......................10
Os Quatro Naipes..............................................................14
Ouros (Terra).................................................................14
Espadas (Ar)..................................................................16
Copas (Água).................................................................17
Paus (Fogo)....................................................................17
Ordem e Evolução dos Naipes......................................19
Os Arcanos da Corte..........................................................23
História e Simbolismo...................................................24
Características das Figuras da Corte..............................30
Pajem.............................................................................30
Cavaleiro.......................................................................31
Rainha............................................................................32
Rei.................................................................................33
Hierarquia: Rei e Rainha...................................................34
Tarologia da Corte.............................................................38
O que a Corte Representa no Tarô.................................38
Pajem de Ouros.............................................................40
Pajem de Espadas..........................................................48
Pajem de Copas.............................................................56
Pajem de Paus................................................................64
Cavaleiro de Ouros........................................................72

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Cavaleiro de Espadas.....................................................80
Cavaleiro de Copas........................................................88
Cavaleiro de Paus..........................................................96
Rainha de Ouros..........................................................104
Rainha de Espadas.......................................................113
Rainha de Copas..........................................................122
Rainha de Paus............................................................130
Rei de Ouros................................................................138
Rei de Espadas.............................................................146
Rei de Copas................................................................155
Rei de Paus..................................................................163
Considerações sobre os Arcanos da Corte.......................171
Lógica & Intuição............................................................175
Fazendo perguntas ao Tarô..........................................175
Ouça sua Intuição........................................................178
Um Erro de Interpretação................................................181
Origem da divisão de gênero para os Arcanos da Corte
.....................................................................................186
A autora e Nossa Jornada no Tarot..................................187
Leituras recomendadas....................................................189
Livros na Amazon (clique sobre os nomes para ver
detalhes).......................................................................189
Sites Interessantes........................................................190

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Introdução

Quando comecei meus estudos do Tarô, por volta de 2002,


via os Arcanos Menores como verdadeiras muralhas a
serem escaladas.
Eu compreendia os 22 Arcanos Maiores, e via neles figuras
arquetípicas compreensíveis. Mas os Arcanos Menores
continuavam um mistério complicado, onde cada livro
tratava-os de uma forma diferente.
Até que, com a experiência dos anos, consegui finalmente
compreender os Arcanos Menores Numerados
(conhecimento esse que transmito em meu canal “Nossa
Jornada no Tarot”, do YouTube: https://bit.ly/Curso-Tarot-
nj).
Mas os Arcanos da Corte continuaram difíceis por alguns
anos e, exatamente por isso, acabei estudando bastante
sobre eles. Procurei material em muitos artigos, li diversos
autores, sempre buscando compreender o que realmente se
ocultava nessas figuras monárquicas tão enigmáticas.
Como interpretá-las? O que representam numa leitura?
Após cruzar tantas informações, acabei chegando a
conclusões importantes (e bem interessantes) sobre os
Arcanos da Corte, e escrevi este livro para que tarólogos e
tarotistas possam também encontrar a mesma clareza que

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encontrei, mas sem precisar precorrer um caminho tão
tortuoso e confuso quanto percorri.
Afinal, o que mais tem dificultado nossa compreensão
dos Arcanos da Corte é a forma como olhamos para eles.

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Estrutura Básica dos Arcanos

O Tarô
Um erro comum que algumas pessoas cometem é
considerar qualquer baralho oracular como Tarô. E basta
mergulhar um pouco no universo da cartomancia para
vermos que não é bem assim.
Para alinhar nosso conhecimento, fiz este rápido capítulo
para que isso seja esclarecido de uma vez por todas: o Tarô
é um conjunto de 78 cartas, sendo que 22 delas são os
Arcanos Maiores (indo do Louco ao Mundo), e as 56
restantes são os Arcanos Menores.
Esses arcanos menores têm também uma subdivisão, que é
a dos naipes: ouros, espadas, copas e paus. Com isso,
temos 14 cartas para cada naipe: dez numeradas (do às ao
10) e quatro Cartas da Corte (que são o foco deste livro).
Qualquer coisa que saia dessa estrutura não é Tarô. É um
conjunto oracular de cartas (assim como o Tarô também é),
mas não é um Tarô.
Alguns exemplos de cartas oraculares que não são Tarô
(mas algumas vezes são confundidas com ele): baralho
cigano (Petit Lenormand), Oráculo dos Anjos, Cartas
Xamânicas, Cartas Clow (provenientes de um mangá
criado pela CLAMP), etc.

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Abaixo, imagens do baralho cigano, que é um dos mais
confundidos com o Tarô (algumas vezes chamado
erroneamente de "Tarô cigano"):

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Arcanos da Corte são Arcanos Menores?
Sim e não. Eles são, sim, considerados Arcanos Menores
no Tarô, porém é mais correto denominá-los
especificamente como Arcanos da Corte. Eles acabam
entrando no grupo dos Arcanos Menores principalmente
por se dividirem em naipes, mas são ligeiramente
diferentes.
Uma coisa que não é muito divulgada é que os Arcanos da
Corte são como se fossem intermediários entre os Arcanos
Maiores e os Arcanos Numerados, já que a Corte do Tarot
contém elementos de ambos: figuras de pessoas (com seus
significados arquetípicos) e os naipes (que trazem questões
cotidianas).

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É importante lembrar que antigamente o Tarô era como nas
imagens acima, ou seja: os Arcanos Numerados (do às ao
dez) não tinham figuras de pessoas. Por esse motivo é que
digo que os Arcanos da Corte são como um intermédio
entre os maiores e os numerados: eles contém elementos de
ambos os grupos: figuras arquetípicas e naipes.
A divisão das cartas do Tarô em Arcanos Maiores e
Arcanos Menores não está relacionada à importância das
cartas, mas sim à natureza das mensagens e aos temas que
cada grupo aborda.
Os Arcanos Maiores são considerados as cartas principais
do Tarô. Cada carta dos Arcanos Maiores representa um
arquétipo ou conceito fundamental, muitas vezes
relacionado a aspectos mais profundos da experiência
humana, como o autoconhecimento, o destino e os estágios
da vida. Essas cartas são frequentemente associadas a
eventos significativos e mudanças de grande escala na vida
das pessoas.
Os Arcanos Menores lidam com aspectos mais práticos e
cotidianos da vida e representam situações e eventos do dia
a dia. Essas cartas são frequentemente usadas para fornecer
detalhes específicos nas leituras, muitas vezes em
complemento dos Arcanos Maiores.
Então, enquanto os Arcanos Maiores são vistos como
mensagens mais amplas e fundamentais os Arcanos
Menores oferecem insights mais detalhados e específicos.

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A distinção entre Arcanos Maiores e Arcanos Menores no
Tarô se relaciona com a finalidade e a profundidade das
mensagens que cada grupo transmite.
E os Arcanos da Corte (que fazem parte dos Arcanos
Menores) abrangem um pouco das duas coisas.

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Os Quatro Naipes

A maneira que usaremos para compreender os pajens,


cavaleiros, rainhas e reis é pela união dos conhecimentos
das figuras da corte com nosso conhecimento sobre cada
um dos naipes.
Por isso, é imprescindível compreender não apenas os
significados dos naipes (e seus elementos), como também a
compreensão de sua evolução simbólica.
Eu sempre falo dos naipes do Tarô usando a sequência
abaixo:
Ouros → Espadas → Copas → Paus
E essa sequência de naipes não é aleatória. Existe uma
lógica evolutiva entre eles no que se refere ao nosso plano
físico, mental, emocional e espiritual.
Antes de adentrar nessa lógica evolutiva, vamos entender
melhor cada um dos naipes do Tarô, e seus elementos.

Ouros (Terra)
Também conhecido como Pentáculos ou Moedas, esse
naipe é do elemento terra. Uma boa âncora para que você

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se lembre disso é o fato de o ouro ser garimpado
diretamente do solo.
Há quem pense que esse naipe no Tarô signifique apenas
dinheiro, riqueza ou pobreza, mas as coisas não são bem
assim. O naipe de ouros refere-se a tudo o que é tangível,
palpável, do mundo físico. Tem a ver com nosso corpo e
tudo o que podemos interagir ou realizar com ele.
Por esse motivo, nossa saúde também é do naipe de ouros,
do elemento terra. Dede a nutrição de nossas células até
nossa limpeza, tudo isso é do naipe de ouros.
Também é desse naipe o trabalho, não no sentido de um
projeto, mas sim no sentido de colocar a mão na massa (a
produção em si), se esforçar fisicamente.
Tudo o que se refere à matéria-prima e recursos materiais
também entra no reino do naipe de ouros (seja dinheiro,
posses, alimentos, ou mesmo ferramentas para criação de
algo).
Então, tudo aquilo que não estiver no campo das ideias, dos
sentimentos ou do espírito, é de ouros: do plano físico (o
que é real em nossa vida, palpável e perceptível).
Inclusive, a própria sensualidade das pessoas e o sexo é do
naipe de ouros. E aqui não falo dos sentimentos
envolvidos, e sim do ato em si, a relação carnal, pois mexe
diretamente com nossos instintos (e os instintos
desconsideram a lógica, as emoções ou o espírito).

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Espadas (Ar)
Esse naipe é do elemento ar. Uma âncora para que você se
lembre disso é se imaginar com uma espada na mão,
cortando o vento.
No Tarô, o naipe de espadas representa o plano mental,
pensamento lógico, o raciocínio, e tudo o que exige a
mente de alguma forma. O ato de você estar estudando
através deste livro, por exemplo, é do naipe de espadas do
Tarô.
Por necessitar da lógica para a construção de pensamentos,
esse naipe também tem a ver com diálogos e discussões
(qualquer mensagem trocada entre pessoas, inclusive um
monólogo).
Uma característica do naipe de espadas é o de parecer
desalmado e doloroso. Isso acontece porque é um naipe
que desconsidera sentimentos, tendo como foco apenas a
lógica pura e simples, o mais prática possível.
Se você refletir bem, a razão e o coração muitas vezes
andam por caminhos opostos. Exatamente por isso o naipe
de espadas costuma ser tão conflituoso e difícil. Mas,
muitas vezes, necessário também. Pois sem os
pensamentos lógicos e frios tendemos a tomar decisões
emotivas no calor do momento, levando-nos a
arrependimentos amargos. O excesso do naipe de espadas
machuca, mas a ausência dele pode causar desastres a
longo prazo.

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Copas (Água)
Também conhecido como Cálices, esse naipe é do
elemento água. Uma âncora bem simples para que você se
lembre disso é o fato de que um cálice leva líquidos dentro
dele.
No Tarô, o naipe de copas representa o plano dos
sentimentos. Sejam eles bons ou ruins, tudo o que se refere
a sentimentos é desse naipe. Nossos sonhos e desejos
(conscientes ou inconscientes), os relacionamentos que
temos com as pessoas (seja amoroso, fraternal ou de
amizade), e tudo o que envolve as emoções de forma geral.
O elemento desse naipe, a água, é fluido e pode se adaptar
até aos frascos de formatos mais complicados. E assim
como a água, nossos sentimentos podem ser profundos e
misteriosos… Ou correr rápido e violento, como um rio.
Por isso, temos que tomar cuidado com os sentimentos
excessivos e sem controle, pois podemos nos afogar (e
levar outras pessoas junto).

Paus (Fogo)
Também conhecido como Bastões, esse naipe é do
elemento fogo. É fácil criar uma âncora para se lembrar
disso ao imaginar uma tocha, que nada mais é do que um
bastão com fogo na ponta.

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Enquanto que os naipes de ouros, espadas e copas tratam
respectivamente dos planos físico, mental e emocional de
nossa existência, o naipe de paus (fogo) trata do plano
espiritual.
Esse é o naipe mais abstrato de todos, pois nosso lado
espiritual tem um pouco de todos os planos de nosso ser. A
força instintiva da sobrevivência (ouros), e os pensamentos
(espadas) que moldam nossos sentimentos (copas).
Então podemos ver o naipe de paus como uma
transcendência de tudo isso, pois esse naipe vai além de
apenas querer suprir necessidades, vai além de apenas
pensar ou desejar. Esse é o naipe que quer realizar coisas. É
o naipe dos projetos de vida, dos objetivos colocados em
prática.
É quando sentimos um fogo arder dentro de nosso coração,
nos fazendo querer criar algo novo. É o ímpeto criativo. É
nosso espírito querendo se expressar de alguma forma,
fazendo acontecer.
O elemento fogo, do naipe de paus, é uma chama espiritual
que arde dentro de todos nós. E, assim como o fogo, esse
ímpeto do elemento de paus transforma tudo em que toca.

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Ordem e Evolução dos Naipes
Se observar bem, você poderá notar uma certa ascensão
desde o naipe de ouros até o de paus:
 Ouros: No início, com ouros, o que temos são os
instintos primitivos. A atenção às necessidades
básicas fisiológicas, o foco no “TER”, acumulando
coisas e dando atenção unicamente ao plano físico. É
quase como uma criança que começa a se entender
como gente no mundo e quer tudo para si;
 Espadas: Quando os instintos básicos foram
domados, desponta o pensamento e as ideias, pois
passamos a analisar conscientemente o mundo à
nossa volta. Aqui o foco é no “SER”, pois queremos
nosso lugar no mundo. Porém, tal como
adolescentes, essa força vem com certa imaturidade
e arrogância;
 Copas: Aqui é quando atingimos a maturidade. Já
dominamos o “ter” e já nos entendemos com o “ser”
pensante, e agora passamos a considerar tanto os
nossos sentimentos quanto os sentimentos de outras
pessoas. É uma sensibilidade consciente que nos
permite vivenciar o “ESTAR”, ou seja, estar íntegro
consigo mesmo e com o que temos, pensamos e
sentimos naquele momento;
 Paus: Este estado de evolução vem depois que
percebemos que nada em nossa vida é eterno. Seja

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nossas posses, nossas ideias, ou até mesmo nossos
desejos, são passageiros e mutáveis. Nessa fase
aprendemos o “FICAR”, no sentido de compreender
que o existir é o que vale. E essa compreensão é tão
abstrata que muitas vezes não a alcançamos
enquanto encarnados. A consciência do simples
“FICAR”, ignorando o ter, o ser e o estar, pode
assustar algumas pessoas, pois é o mesmo que nos
voltarmos para a infinitude do Universo e tentar
entender suas dimensões, abrindo mão de nosso
egoísmo.
***
Esses estágios são uma metáfora para a forma como
evoluímos ao longo da vida. Eles podem ser vivenciados
em várias facetas: na escola, no trabalho, em uma situação
familiar, etc.
Em uma tiragem de Tarô, não se preocupe em quebrar a
cabeça pensando nesses estágios. Por exemplo: se em uma
pergunta vierem cartas do naipe de ouros (que é
considerado o estágio inicial na evolução), não significa
que você (ou seu consulente) está imaturo(a) naquele
aspecto.
Esse conceito de evolução elemental é para
compreendermos a relação de nossa existência com os
planos material, mental, emocional e espiritual. Todos são
importantes, e o excesso ou ausência de um desses planos
pode causar complicações em nossas vidas.

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Veja alguns exemplos de como todos esses estágios de
evolução são importantes e necessitam fazer parte de nossa
vida:
 OUROS (em excesso): pessoa materialista que
enxerga o mundo de forma superficial e
empobrecida (não importa se ela seja rica ou pobre);
 OUROS (em escassez): pessoa que não valoriza o
que tem, ou que não se esforça para manter os
bens/saúde;

 ESPADAS (em excesso): Uma pessoa que fere com


palavras e passa por cima dos sentimentos alheios
sem se importar;
 ESPADAS (em escassez): pessoa impulsiva, que
não reflete sobre suas ações nem analisa fatos antes
de agir;

 COPAS (em excesso): pessoas muito emotivas ou


dramáticas, que podem acabar desenvolvendo
transtornos psicológicos;
 COPAS (em escassez): pessoas apáticas,
desinteressadas ou desanimadas a respeito da vida,
podendo até vir a desenvolver algum desprezo pelas
outras pessoas;

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 PAUS (em excesso): pessoas que podem
desenvolver uma positividade tóxica ou até um
fanatismo a respeito de algum assunto, querendo que
o mundo compre sua causa independente do preço;
 PAUS (em escassez): pessoas que vivem no modo
automático, apenas reagindo às situações, sem um
propósito na vida;
***
É possível que você tenha se visto em alguma dessas
características, nem que seja apenas um pouco. Isso
acontece porque nossas vidas dificilmente permitem que
tenhamos todos os elementos em perfeito equilíbrio dentro
de nós. E isso é perfeitamente natural.
Saber identificar nossos excessos ou nossa escassez facilita
bastante na hora de retomar o equilíbrio. E compreender a
natureza dos Arcanos da Corte pode lhe inspirar bastante
para retomar o controle de sua vida e equilibrar seus planos
físico, mental, emocional e espiritual.

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Os Arcanos da Corte

Tal como já foi falado (e é importante reforçar), os Arcanos


da Corte são como um intermediário entre os Arcanos
Maiores e os Arcanos Numerados. Por esse motivo, eles
não vêm depois dos arcanos numerados (como
costumamos ver em vários livros), mas sim antes.
Eles se localizam entre os Arcanos Maiores e os Arcanos
Numerados. Assim:
Arcanos Maiores → Arcanos da
Corte → Arcanos Numerados
Lembrando que tanto a Corte quanto os Numerados são
Arcanos Menores, por serem auxiliares aos 22 principais.
Agora, por que essa ênfase na posição é relevante? Eu
explico… É para compreendermos que a natureza dos
Arcanos da Corte é ligeiramente diferente dos Arcanos
Maiores e dos Arcanos Numerados. Ter isso em mente
poderá ajudar na compreensão dessas 16 cartas.
Um outro adendo importante é sobre a nomenclatura dessas
cartas. Em alguns decks eles recebem nomes diferentes,
como o Pajem que pode ser Valete ou Princesa em alguns
decks, o cavaleiro que pode ser Príncipe, e assim por
diante, de acordo com o criador do deck, que algumas

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vezes mudam os nomes de algumas cartas para se adequar
às suas visões de mundo.
Concordo que isso pode ser confuso, e por isso os decks de
Tarô mais recomendados para iniciantes são os tradicionais
(como o deck de Raider Waite, facilmente encontrado em
qualquer livraria mística).
Porém, independente dos nomes usados nos decks
artísticos, lembremos que os significados são os mesmos
em todos os decks de Tarô, desde que exista o padrão que
citei no capítulo "Estrutura Básica dos Arcanos".
Aqui usaremos as nomenclaturas de Pajem, Cavaleiro,
Rainha e Rei, que é o que a tarologia considera como
padrão, e é o que eu particularmente acho mais intuitivo
para compreendermos os Arcanos da Corte.

História e Simbolismo
Nenhum historiador tem dados concretos sobre o
surgimento das cartas de Tarô como as conhecemos hoje,
nem os motivos de sua criação, mas o pouco que se sabe
nos leva à Europa, por volta dos séculos XIV ou XV, onde
os mais antigos decks e documentações relacionadas a
jogos de Tarô foram encontrados.
O mais antigo deck de Tarô de que temos notícia
atualmente é o Visconti-Sforza, que teria sido pintado

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especialmente para um presente de casamento entre
membros das famílias Visconti e Sforza, no final da era
Medieval.

Essa origem medieval do Tarô fica evidente quando


observamos as figuras nele estampadas. Bobos da Corte (o
Louco), sacerdotisas, Imperadores e Imperatrizes, as
roupagens do Papa (o Hierofante), e principalmente os
Arcanos da Corte, trazendo as clássicas imagens do Pajem,
Cavaleiro, Rainha e Rei.
E entender as posições sociais dessas pessoas na Idade
Média nos ajudará na compreensão dos arquétipos dos
Arcanos da Corte.
Na época medieval, os cavaleiros integravam as forças
militares de um reino. Era a função de um cavaleiro
proteger as terras do rei, ou estar à frente de investidas
militares que lhe fossem ordenadas.

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Havia diversas formas de se tornar um cavaleiro, mas uma
delas era a ascensão hierárquica: um menino da nobreza,
geralmente por volta dos sete anos de idade, tornava-se
pajem de um cavaleiro.
A função do pajem era, principalmente, a de mensageiro do
reino, servo e aprendiz de um cavaleiro ou de algum nobre
da corte.

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Na adolescência esse jovem tornava-se um escudeiro,
viajando com o cavaleiro para ver de perto suas funções (e
ainda agindo como um servo e aprendiz). Era somente na
maturidade, entre 18 e 20 anos, que acontecia uma
cerimônia para que ele fosse nomeado cavaleiro.

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Muitas vezes esses cavaleiros continuavam nessa mesma
função até o fim de suas vidas.
É claro que este é um resumo bem superficial de como
funcionava a cavalaria na Idade Média, mas é um bom
começo para compreendermos um pouco a posição social
em que eram colocadas as figuras do pajem e do cavaleiro
perante um rei e uma rainha.
Voltando então para a Corte do Tarô, podemos concluir que
os elementos que os pajens estão segurando, nas cartas, não
pertencem aos jovens pajens, mas sim a seus cavaleiros.
Eles só estão carregando esses elementos por aspirarem um
dia tê-los para si, e não por conhecerem tais elementos.

Eles almejam essa posição (de cavaleiro), e por isso estão


nessa função: para que fiquem mais próximos de suas
aspirações e, com isso, poderem ter algum contato com os
elementos de seu interesse.

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Características das Figuras da Corte
Vamos ver agora o que cada uma dessas personalidades
têm em comum, independente dos naipes.
Faremos também uma interessante associação deles com
cada elemento, verificando que existem aí semelhanças que
não podem ser ignoradas:

 Pajens se assemelham à energia da Terra (ouros);

 Cavaleiros se assemelham à energia do Ar (espada);

 Rainhas se assemelham à energia da Água (copas);

 Reis se assemelham à energia do Fogo (paus);


Caso isso tenha lhe parecido estanho, não se preocupe.
Vamos ver tudo em detalhes.

Pajem
Eles trazem a energia da juventude e a curiosidade de uma
criança, ávida por entender o mundo à sua volta.
Os pajens são como aprendizes, muito empolgados com a
vida, detentores de um potencial imenso, mas ainda
imaturos e ingênuos no que se refere ao domínio de suas
aspirações.

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Têm energia de sobra para fazer o que deve ser feito, e
enxergam o mundo com os olhos de uma criança, onde
tudo é possível, sem saber que precisarão enfrentar as
pedras no caminho.
Por esse motivo, não se restringem na criatividade e
inspiração. Também não enxergam (ou não aceitam) os
limites e os obstáculos, podendo muitas vezes tropeçar ou
se frustrar.
Eles se assemelham ao elemento Terra por serem
instintivos e muito ligados às sensações (lembre-se que o
tato é do elemento terra, plano físico).

Cavaleiro
Já mais conscientes dos desafios, os cavaleiros têm a
principal característica da impetuosidade no sentido de se
lançar nas aventuras com a mesma energia de um
adolescente curtindo a vida.
Apesar de ele ter muito mais consciência de seu trajeto do
que um pajem, ele ainda não é um realizador, ainda não
atingiu seus objetivos. Mas tem toda a energia e
determinação para abrir os caminhos necessários para isso.
O cavaleiro é quem sai para o mundo propagando uma
ideia ou defendendo seu reino, tendo um dinamismo
juvenil e a ousadia que só o cavaleiro tem;

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Eles se assemelham ao elemento Ar por agirem de acordo
com seus ideais, estando conscientes dos desafios e agindo
mesmo assim, por considerar que planejaram bem o trajeto
(lembre-se que pensamento é do elemento ar, plano
mental).

Rainha
As rainhas têm o estereótipo da mãe que cuida de uma
prole ou que se atenta às questões mais internas de um lar
(ela pega as coisas de fora e traz para dentro).
Ela é centrada em seus objetivos, mas não tem mais a
euforia que vimos no cavaleiro. Isso porque a rainha já
compreende o reino em que vive, não precisa mais cometer
loucuras para abrir caminhos, e não deseja esbarrar com os
imprevistos que uma ação impetuosa podem acarretar.
Já experiente e conhecendo os desafios, a rainha preserva o
que já foi conquistado.
Elas se assemelham ao elemento Água por estarem mais
ligadas ao mundo interior, e estão sempre olhando por seu
castelo e os que nele habitam (lembre-se, essa ligação
consigo e com os outros é do elemento água, plano
emocional).

32
Rei
Os reis têm o estereótipo do pai que vai atrás de recursos e
cuida das questões mais externas de um lar (ele pega as
coisas de dentro e expande para fora).
Assim como a rainha, ele também é centrado em seus
objetivos, mas com foco em ampliar suas realizações,
sabendo que existe muito além do que se pode enxergar
nos muros de uma edificação.
Diferente da rainha, que olha para o interior do castelo, o
rei observa por cima das muralhas se perguntando o que
mais ele pode conquistar, pois sabe que tem essa
capacidade (que fique claro: a rainha também tem essa
capacidade, e sabe disso, mas opta por ter um foco
diferente ao olhar para dentro).
Já experiente e conhecendo os desafios, o rei aumenta o
que já foi conquistado.
Os reis se assemelham ao elemento Fogo por estarem mais
envolvidos com o todo, e por isso podem parecer mais
distantes, já que têm uma visão do todo e não se importam
com assuntos triviais (lembre-se, essa compreensão
universal é do elemento fogo, plano espiritual).

33
Hierarquia: Rei e Rainha

A essa altura, ao entendermos a evolução dos elementos e


compreendermos a hierarquia entre um pajem e seu
cavaleiro, é natural pensarmos que os degraus continuam
subindo quando olhamos para a Rainha e o Rei, levando
muitos a pensar que, no Tarô, o Rei é como uma evolução
da Rainha.
Algo como essa imagem aqui:

34
Eu também pensava dessa forma (e me incomodava com
isso), pois é o que mutos livros didáticos dão a entender
(inclusive, o conceito de evolução elemental que apresentei
pode criar essa percepção).
Em um mundo onde lutamos para conquistar a igualdade
entre direitos e deveres do homem e da mulher, ver as
cartas de Tarô inferindo que o Rei é uma “evolução” da
rainha pode fazer com que algumas pessoas sintam certo
desconforto.
Felizmente, no Tarô as coisas não são assim. Precisamos
compreender que, ao olhar os Arcanos da Corte, no Tarô, a
Rainha e o Rei estão no mesmo patamar de evolução,
poder e capacidade. Então, a hierarquia correta dos
Arcanos da Corte no Tarô é essa:

35
Um outro ponto que quero ressaltar é sobre a explicação
anterior onde a rainha olha para dentro, e o rei olha para
fora.
Isso não significa que a rainha é limitada por não ver além,
nem que o rei é desnaturado por não olhar seu castelo.
Ambas as posições, de olhar para dentro ou para fora, são
essenciais em nossas vidas, e estão presentes em todas as
pessoas, seja homem ou mulher. E assim como mostrei no
subcapítulo "Ordem e Evolução dos Naipes", o excesso ou
escassez de uma coisa ou de outra pode causar
desequilíbrio.
A visão do Rei e da Rainha representam, então, dois lados
de uma mesma moeda. Dois aspectos importantes da
maturidade dentro das figuras da corte.
É importante também não se prender ao gênero masculino
ou feminino, mesmo que o Tarô apresente isso na forma
estereotipada de um rei e uma rainha.
Quando eu falar nos aspectos femininos ou masculinos
atribuídos à rainha ou ao rei, tenha em mente que não
estamos falando de atitudes de homem, ou atitudes de
mulher, e sim de polaridades arquetípicas que estão
presentes em todas as pessoas, independente do gênero.
Veja a seguir do que se tratam essas polaridades
arquetípicas:

36
 Polaridade arquetípica FEMININA: associada a
traços como intuição, emoção, sensibilidade,
flexibilidade, receptividade, acolhimento,
colaboração e empatia. Esses traços são
frequentemente vistos como mais orientados para o
interior (pega as coisas de fora e traz para dentro), e
por isso são associados às rainhas dos Arcanos da
Corte.
 Polaridade arquetípica MASCULINA: associada a
traços como força, coragem, racionalidade,
assertividade, objetividade, autoridade, disciplina e
agressividade. Esses traços são frequentemente
vistos como mais orientados para o exterior (pega as
coisas de dentro e expande para fora), e por isso são
associados aos reis dos Arcanos da Corte.
***
Na psicologia de Carl Gustav Jung, a polaridade
arquetípica feminina no inconsciente de um homem é
chamada de Ânima. Já a polaridade arquetípica masculina
dentro do inconsciente de uma mulher é chamada de
Ânimus. O ideal para nossa integração da personalidade é
desenvolver de forma equilibrada ambas as polaridades,
como lados opostos da mesma moeda, e que se completam.
Falo isso para enfatizar que essas polaridades são
diferentes entre si, mas nenhuma é melhor do que a outra.
Ambas são importantes e necessárias em todos os seres
humanos.

37
Tarologia da Corte

Depois de entender os elementos dos naipes e as figuras da


corte, vamos finalmente ver cada uma das 16 cartas
separadamente, combinando os conceitos estudados.
Se você compreender os 4 elementos e as 4 figuras da corte
(sabendo associar os elementos a essas figuras), já terá tudo
o que é preciso para dominar os 16 Arcanos da Corte.

O que a Corte Representa no Tarô


Durante uma leitura de Tarô, quando nos deparamos com
um Arcano da Corte, a forma de interpretá-la é olhando
para a personalidade da carta: um padrão de
comportamento que se repete na pessoa, uma postura a ser
adotada (ou a ser evitada), etc.
Uma mesma carta poderá significar coisas completamente
opostas dependendo da situação.
O que vai determinar se interpretaremos uma coisa ou
outra é a pergunta feita, ou a casa em que a carta cair.
Vou dar um exemplo simples para que isso fique mais
claro: se você pedir um conselho de como deve agir, e sair
uma carta de pajem, saberemos que a recomendação é

38
adotar uma postura mais leve e um olhar de interesse
genuíno sobre a coisa (tal qual uma criança curiosa que
quer aber tudo sobre algo novo). O naipe direcionará esse
conselho a nível material, mental, emocional ou espiritual.
Já se fosse uma pergunta sobre como NÃO agir, e saísse
esse mesmo pajem, devemos olhar para os aspectos mais
negativos de imaturidade dele para sabermos que atitudes
evitar.
Fique agora com as definições específicas de cada um dos
Arcanos da Corte no Tarot.
Todos eles têm, ao final da explicação, figuras de cartas de
diferentes decks (os nomes dos decks em questão vêm
antes de cada imagem).

39
Pajem de Ouros
O Pajem de Ouros aspira por novas realizações,
empreendimentos, tudo de uma forma arriscada, pois é uma
carta que gosta de apostar, sempre acreditando que a sorte
está ao seu lado (ou simplesmente ignorando a
possibilidade de falha).
Ele é a personificação dos nascimento do desejo de se
integrar ao mundo físico, e por esse motivo pode acabar
sendo facilmente seduzido por sensações e agindo de forma
imprudente e instintiva.
Para ele, essas empreitadas são como grandes brincadeiras.
Mas se ele aprender a levá-las a sério (deixando a visão
imatura de lado), têm o potencial de se tornar algo
grandioso.
O Pajem de Ouros é uma carta que está associada a
questões práticas e materiais. Como tal, sugere uma atitude
de concentração e disposição para lidar com questões
tangíveis e concretas (mas nesse ponto ainda não há ação,
apenas desejo e determinação para iniciar).
Ele tem a energia da Terra, com atitudes de Terra.

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Deck "Rider-Waite-Smith":

41
Deck "Britt's 3rd Eye":

42
Deck "Forest of Enchantment":

43
Deck "Light Seers":

44
Deck "Mystical Manga Tarot":

45
Deck "Mystic Mondays":

46
Deck "Shadowscapes":

47
Pajem de Espadas
O Pajem de Espadas traz os primeiros impulsos do
pensamento independente, e por esse motivo pode haver
algum tipo de insensibilidade e malícia em suas decisões,
ou mesmo a curiosidade e bisbilhotice de uma criança.
Por ainda ter um desenvolvimento imaturo da forma de
pensar e dos diálogos, o Pajem de Espadas pode ser
fofoqueiro, briguento, e dado a fazer comentários cruéis ou
chantagens para conseguir o que quer. É como quando uma
criança descobre uma nova habilidade e a experimenta de
todas as formas antes de compreender seus limites.
Inclusive, isso pode acarretar numa inconstância no que se
diz, ou mesmo nas atitudes, já que não tem ideias
concretizadas, mas apenas um tenro início volátil e frágil.
Mas mesmo essas coisas são a prova do surgimento de
novas ideias e do pensamento independente (deixando de
necessitar das opiniões alheias), mesmo que ainda bruto e
sem lapidação.
Ele tem a energia da Terra, com atitudes de Ar.

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Deck "Rider-Waite-Smith":

49
Deck "Britt's 3rd Eye":

50
Deck "Forest of Enchantment":

51
Deck "Light Seers":

52
Deck "Mystical Manga Tarot":

53
Deck "Mystic Mondays":

54
Deck "Shadowscapes":

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Pajem de Copas
O Pagem de Copas é a personificação daquela criança
doce, sensível e com uma imaginação muito, muito fértil.
São os primeiros passos com a conexão emocional e,
portanto, as emoções aqui acontecem à flor da pele, sem
defesas para uma possível decepção por ainda estar
imaturo.
O pajem de copas é honesto, pois não consegue usar de sua
inteligência para ganhos próprios (como o Pajem de
Espadas), e por esse motivo tende a ser ingênuo, e
facilmente manipulado por mentes mais afiadas.
Existe uma inconstância no Pajem de Copas mas, diferente
da inconstância do Pajem de Espadas, a inconstância do
Pajem de Copas é por ele se distrair facilmente, criando e
perdendo interesse nas coisas o tempo todo, pois tem a
capacidade de amar e desejar tudo ao mesmo tempo, como
uma criança numa loja de brinquedos.
Apesar disso, uma amizade iniciada com a energia do
Pajem de Copas tende a ser forte e para a vida toda, desde
que seja nutrida.
Ele tem a energia da Terra, com atitudes de Água.

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Deck "Rider-Waite-Smith":

57
Deck "Britt's 3rd Eye":

58
Deck "Forest of Enchantment":

59
Deck "Light Seers":

60
Deck "Mystical Manga Tarot":

61
Deck "Mystic Mondays":

62
Deck "Shadowscapes":

63
Pajem de Paus
O Pajem de Paus se doa para as causas (suas ou de outros)
com toda a sinceridade do mundo, e não mede esforços
para que todos ao seu redor estejam tão empolgados quanto
ele.
É o mais confiável dos pajens no que se refere a ter uma
mão a mais para ajudar, e para iniciar novos
empreendimentos.
No entanto, sua mania de agir sem dar tempo de maturar as
ideias demonstram certa impulsividade em projetos
sonhadores.
O Pajem de Paus sente um frenesi para colocar em prática
suas ideias, e isso pode acabar atrapalhando sua vida
pessoal ou mesmo os que convivem com ele (por só pensar
nos novos projetos e não conseguir focar no que já está
iniciado).
Mas essa mente aberta do Pajem de Paus é uma postura
essencial para quem busca novas experiências. Inclusive,
Pajens de Paus são bons em encontrar oportunidades
(semelhante ao Pajem de Copas, mas aqui ele tem maior
disposição para colocar em ação, e não apenas ficar
admirando). Agora, se as oportunidades serão algo bom ou
ruim, dependerá das cartas ao redor.
Ele tem a energia da Terra, com atitudes de Fogo.

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Deck "Rider-Waite-Smith":

65
Deck "Britt's 3rd Eye":

66
Deck "Forest of Enchantment":

67
Deck "Light Seers":

68
Deck "Mystical Manga Tarot":

69
Deck "Mystic Mondays":

70
Deck "Shadowscapes":

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Cavaleiro de Ouros
O Cavaleiro de Ouros é aquele que gosta de agir apenas
nas coisas em que encontra segurança ou garantia de
sucesso.
Não gostando de se arriscar, ele se ancora nas tarefas
cotidianas do dia a dia, se esforçando ao máximo para ser
cada vez melhor, mas nunca ousando além daquilo que
conhece. Ele é ambicioso, mas coloca isso em prática se
esforçando mais, em vez de se arriscar. Pode-se dizer que é
um workaholic, ou seja, viciado em trabalho.
Esforço e segurança é seu lema, e por conta desse foco o
Cavaleiro de Ouros tem suas habilidades bem
desenvolvidas em uma determinada tarefa (faz muito bem
aquilo a que se propõe), mas tem medo de iniciar algo
novo.
Só adere a inovações se a técnica já for comprovada, e se
ele tiver certeza de que tem capacidade para lidar com
aquilo. Do contrário, prefere permanecer em terrenos
familiares e atingir suas ambições aumentando a carga ou
intensidade do trabalho. Por esse motivo, se você ver um
Cavaleiro de Ouros em ação, pode ter certeza que ele tem
plena confiança em si e em suas habilidades.
Ele tem a energia do Ar, com atitudes de Terra.

72
Deck "Rider-Waite-Smith":

73
Deck "Britt's 3rd Eye":

74
Deck "Forest of Enchantment":

75
Deck "Light Seers":

76
Deck "Mystical Manga Tarot":

77
Deck "Mystic Mondays":

78
Deck "Shadowscapes":

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Cavaleiro de Espadas
O Cavaleiro de Espadas é a energia explosiva do plano
mental, que está sempre em movimento. Por isso, acaba
sendo flexível para mudanças repentinas, mas é também
bastante volátil (exatamente por gostar – e desejar – essas
mudanças).
Sendo quase como uma máquina de analisar e planejar, o
Cavaleiro de Espadas precisa de constantes estímulos
mentais, e por isso odeia a monotonia e a rotina, que o
fazem sentir que estão num marasmo sem fim (neste
sentido, ele é o oposto do Cavaleiro de Ouros).
Podem ser pessoas excelentes ao guiar alguém para fora da
zona de conforto, mas não são tão bons com
relacionamentos românticos monogâmicos. Se ele sentir
que está tudo muito parado, acabará fazendo algo para
chacoalhar as coisas, e essa atitude o levará a ferir alguns
corações no meio do caminho.
De pensamento rápido, o Cavaleiro de Espadas sabe lidar
muito bem com imprevistos. Portanto, é excelente para se
encarregar das resoluções de problemas, contornando
obstáculos em prol do melhor resultado.
Por não se prender em padrões e estar sempre buscando
sair da mesmice, o Cavaleiro de Espadas tem uma visão
ampla do mundo.
Ele tem a energia do Ar, com atitudes de Ar.

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Deck "Rider-Waite-Smith":

81
Deck "Britt's 3rd Eye":

82
Deck "Forest of Enchantment":

83
Deck "Light Seers":

84
Deck "Mystical Manga Tarot":

85
Deck "Mystic Mondays":

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Deck "Shadowscapes":

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Cavaleiro de Copas
O Cavaleiro de Copas gosta de viver suas paixões ao
máximo. É romântico e tem o dom da sedução. Não apenas
no sentido romântico, mas também para conseguir o que
quer através da lábia, pois ele sabe como identificar e
mexer com os sentimentos das pessoas, falando aquilo que
elas querem ouvir.
Isso faz com que este cavaleiro seja mestre em iludir,
muitas vezes prometendo mais do que pode cumprir. Aqui
é importante enfatizar que nem sempre faz isso por
maldade. Acontece que ele cede ao calor do momento,
deixando o coração tomar conta de suas ações.
Pelo motivo acima, o Cavaleiro de Copas também acaba
iludindo a si mesmo, pois pode se perder em suas próprias
fantasias e não enxergar as coisas como elas são, sempre
querendo ver o melhor lado das pessoas, mesmo que a
situação ruim seja clara. Ele se apega fácil (às pessoas, às
coisas, às ideias), e é difícil convencê-lo a largar.
Apesar disso, o Cavaleiro de Copas consegue também
converter cetas situações ruins para algo mais leve,
exatamente por ter a habilidade de inspirar outras pessoas
para que vejam o mundo através de sua visão romântica,
artística e criativa. Ele se sacrifica por quem ama, mas quer
ser amado, bajulado e reconhecido como herói por conta
disso.
Ele tem a energia do Ar, com atitudes de Água.

88
Deck "Rider-Waite-Smith":

89
Deck "Britt's 3rd Eye":

90
Deck "Forest of Enchantment":

91
Deck "Light Seers":

92
Deck "Mystical Manga Tarot":

93
Deck "Mystic Mondays":

94
Deck "Shadowscapes":

95
Cavaleiro de Paus
O Cavaleiro de Paus é aquele que consegue planejar seus
projetos com maestria para que a ação seja mais efetiva e
dinâmica. Por esse motivo, ele é conhecido por ser um líder
carismático e motivador, capaz de direcionar as pessoas
para seguirem os objetivos.
Sua coragem e determinação ao colocar os projetos em
prática são contagiantes, e ele não mede esforços para
alcançar o sucesso em suas empreitadas, mesmo que isso
signifique enfrentar seus medos. O Cavaleiro de Paus é,
portanto, um símbolo de coragem e ousadia.
Por conta disso, O Cavaleiro de Paus pode ser impulsivo,
impaciente e propenso a tomar decisões precipitadas, o que
pode levar a erros e arrependimentos futuros (todos os
cavaleiros têm essa característica da impulsividade, porém
nesse é mais acentuado, por ele ser o cavaleiro da ação,
misturando Ar e Fogo).
Enquanto o Cavaleiro de Ouros é confiante ao executar
apenas as tarefas que já domina, o Cavaleiro de Paus tem
autoconfiança para se embrenhar até naquilo que não
entende muito bem, pois crê que, ao ser jogado na situação,
aprenderá como lidar com ela. Às vezes ele de fato
consegue, e às vezes não. Pode-se dizer que o Cavaleiro de
Paus costuma superestimar suas habilidades, e subestimar
as situações que enfrenta.
Ele tem a energia do Ar, com atitudes de Fogo.

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Deck "Rider-Waite-Smith":

97
Deck "Britt's 3rd Eye":

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Deck "Forest of Enchantment":

99
Deck "Light Seers":

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Deck "Mystical Manga Tarot":

101
Deck "Mystic Mondays":

102
Deck "Shadowscapes":

103
Rainha de Ouros
A Rainha de Ouros é centrada e representa o poder dos
instintos e da sensualidade, por ser a força das emoções
(rainha = água) projetada no plano físico (ouros = terra).
Lembrando que, neste caso, a sensualidade não é apenas no
sentido sexual, mas também no sentido de sentir, das
sensações. O que nos conecta ao mundo físico.
Ela sabe conservar e cuidar daquilo que conquistou, e
daquilo que a ela confiaram (seja dinheiro ou até um
relacionamento). Isso pode se desenvolver como um apego
ao “TER” e, se não houver equilíbrio, a Rainha de Ouros
pode se tornar materialista e acumuladora, já que se apega
ao que considera dela (desde objetos até projetos e
pessoas).
Apesar disso, ela é generosa quando percebe que isso
valerá a pena, e vê presentes e ajudas quase como um
investimento (quando estão de acordo com seus
propósitos). A Rainha de Ouros não se importa se pessoas
queridas dependam dela, e até gosta de sentir que tem esse
“controle material” sobre aqueles a quem quer por perto
(um exemplo da pessoa que mima aqueles que ama com
comidas, presentes, e uma casa limpa e acolhedora).
O plano material da Rainha de Ouros é estável (havendo
riqueza ou não, ela tem capacidade de manter uma
estabilidade), mostrando sua capacidade de
autossuficiência e de gerenciar seus recursos com eficácia.

104
Por esse motivo, é também apegada a sua situação, ou
empenhada para encontrar a estabilidade através dos meios
que conhece e domina. Ela não se arrisca muito para
conquistar a estabilidade. Vai sempre por caminhos já
desbravados.
Se ela estiver se sentindo confortável (fisicamente,
mentalmente, emocionalmente ou espiritualmente), não
tem interesse em novas conquistas. Mas é importante se
atentar para saber se esse “sentir-se confortável” não é uma
desculpa para estagnar por medo de arriscar.
Ela tem a energia da Água, com atitudes de Terra.

105
Deck "Rider-Waite-Smith":

106
Deck "Britt's 3rd Eye":

107
Deck "Forest of Enchantment":

108
Deck "Light Seers":

109
Deck "Mystical Manga Tarot":

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Deck "Mystic Mondays":

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Deck "Shadowscapes":

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Rainha de Espadas
A Rainha de Espadas compreende o lado das pessoas, mas
mesmo assim é afiada em suas palavras, podendo muitas
vezes dar conselhos dolorosos. Não é que ela não sinta
empatia. É que ela já se fortaleceu tanto com as dores da
vida que sabe que chorar não adianta.
Por esse motivo ela pode até aparentar certa indiferença
com demonstrações muito emotivas, pois vê isso como
fraqueza. Ela sabe amar, porém toma muito cuidado sobre
como demonstra esses sentimentos, para que não seja
manipulada. Seu coração é protegido por altas muralhas de
gelo até para seus amados.
A Rainha de Espadas tem dificuldade em perdoar, mesmo
que a questão seja boba, e costuma guardar rancor e
desejos de vingança.
É leal a tudo o que acredita, resistindo a tentações com
facilidade por não se entregar à sensualidade ou à emoção.
É mestra em manipular palavras para que a realidade se
alinhe aos seus ideais. Isso faz com que a Rainha de
Espadas tenha sérias dificuldades em compreender quando
estiver errada, já que do ponto de vista dela é detentora da
razão, e necessita de provas concretas provando por A mais
B que está errada.
Apesar disso, a Rainha de Espadas tem uma inteligência
acima da média e sabe ter clareza na hora de se comunicar.

113
Sua perspicácia afiada faz com que ela perceba “embustes”
e segundas intenções antes que qualquer outro.
É exigente consigo mesma e com os outros, podendo fazer
com que as pessoas se afastem por conta dessa
personalidade difícil.
Ele tem a energia da Água, com atitudes de Ar.

114
Deck "Rider-Waite-Smith":

115
Deck "Britt's 3rd Eye":

116
Deck "Forest of Enchantment":

117
Deck "Light Seers":

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Deck "Mystical Manga Tarot":

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Deck "Mystic Mondays":

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Deck "Shadowscapes":

121
Rainha de Copas
A Rainha de Copas guarda mistério sobre seus sentimentos,
pois aprendeu a controlar as emoções mais profundas. Isso
faz com que costume falar em enigmas, nunca revelando
abertamente o que pensa ou sente. É sempre nas
entrelinhas.
Esse ar de mistério não é somente com os outros, mas
também consigo mesma, pois existe uma nebulosidade
sobre seus próprios projetos e o que realmente deseja. E
isso porque ela se aprofunda tanto nas coisas que pode
acabar se perdendo.
Essa característica faz com que a Rainha de Copas não seja
muito realizadora, preferindo mergulhar em si mesma e
agir somente quando sua intuição falar mais alto.
Inclusive, a intuição na Rainha de Copas é a mais forte da
corte, característica semelhante à da Sacerdotisa (arcano
maior de número 2), e ela sabe compreender as emoções
alheias mesmo que não falem a ela diretamente. Isso
porque sua empatia é enorme, e sua sensibilidade para
entender o clima do ambiente é alta.
Dessa forma, ela se torna boa conselheira emocional,
sabendo como anestesiar corações feridos ou incentivar
sonhos adormecidos.
Ele tem a energia da Água, com atitudes de Água.

122
Deck "Rider-Waite-Smith":

123
Deck "Britt's 3rd Eye":

124
Deck "Forest of Enchantment":

125
Deck "Light Seers":

126
Deck "Mystical Manga Tarot":

127
Deck "Mystic Mondays":

128
Deck "Shadowscapes":

129
Rainha de Paus
A Rainha de Paus é uma líder carismática, pois isso está em
sua natureza. Ela gosta de inspirar e nutrir os sonhos de
pessoas que tenham um projeto em mente, e gosta de
incentivar a participação de todos para a execução de algo.
Extremamente entusiasmada, ela executa suas tarefas com
independência, paixão e energia. Essa devoção aos
objetivos e sua preparação para alcançá-los são evidentes e
contagiantes.
Cheia de virtudes, é confiável em todos os aspectos pois
existe constância em suas palavras e atitudes. Sua
moralidade não é forçada, mas vem de dentro, fazendo
parte de seu caráter.
Em momentos de pressão ela pode ter dificuldade para
mudar de planos, sempre acreditando que deve manter o
atual e se empenhar mais. Isso pode tornar a Rainha de
Paus muito autoritária e controladora, com dificuldade de
abrir mão dos atuais planos.
Apesar disso, ela é aberta para novas ideias, desde que o
objetivo continue o mesmo.
Ele tem a energia da Água, com atitudes de Fogo.

130
Deck "Rider-Waite-Smith":

131
Deck "Britt's 3rd Eye":

132
Deck "Forest of Enchantment":

133
Deck "Light Seers":

134
Deck "Mystical Manga Tarot":

135
Deck "Mystic Mondays":

136
Deck "Shadowscapes":

137
Rei de Ouros
O Rei de Ouros é um mestre na gestão financeira e das
coisas do plano material, de forma geral. Diferente da
Rainha de Ouros, que tem um foco maior em manter o que
conquistou, o Rei de Ouros é ambicioso, e procura
expandir seu patrimônio (não apenas financeiro, mas de
habilidades, conhecimento, saúde, etc).
Ele é como um pai provedor para a família, e gosta de ver
todos ao seu redor com as necessidades materiais saciadas,
porém não gosta que dependam inteiramente dele,
preferindo que cada um busque seus próprios meios de se
manter. Pode-se dizer que o Rei de Ouros prefere ensinar a
pescar do que dar o peixe.
Detesta desperdícios, e tem plena consciência daquilo que
possui, não cedendo ao que considere supérfluo. Essa
característica faz com que ele possa agir com avareza às
vezes, por ser territorialista (ou egoísta) com as coisas que
conquistou.
O Rei de Ouros representa o estágio em que algo já
alcançou a estabilidade, mas que ainda tem espaço para
crescer.
Ele tem a energia do Fogo, com atitudes de Terra.

138
Deck "Rider-Waite-Smith":

139
Deck "Britt's 3rd Eye":

140
Deck "Forest of Enchantment":

141
Deck "Light Seers":

142
Deck "Mystical Manga Tarot":

143
Deck "Mystic Mondays":

144
Deck "Shadowscapes":

145
Rei de Espadas
A atenção do Rei de Espadas já se distanciou tanto das
pessoas e dos sentimentos que a empatia já não paz parte
de seu cotidiano (diferente da Rainha de Espadas, que de
fato entende os sentimentos, apesar de ainda assim cortá-
los com sua espada).
O Rei de Espadas é um mestre na estratégia pois, ao não
ser influenciado pelas emoções, tudo o que planeja é pelo
bem da empreitada, mesmo que signifique sacrifícios
enormes (semelhante a um rei frio que envia seu próprio
filho à guerra por saber que é uma peça chave para a
vitória).
Sua lealdade está do lado daquilo que considera lógico,
mesmo que isso signifique ir contra aqueles que o amam.
Ele não pensa duas vezes para usar sua espada em nome de
seus ideais (esteja ele certo ou errado), e isso significa que
não se importa em ferir quem quer que se esteja em seu
caminho (até os que estão ao lado dele).
Por estar desligado de seus sentimentos, mas sempre ativo
mentalmente, o Rei de Espadas tem sempre o controle de
uma situação, pois consegue pensar logicamente até nos
ambientes mais caóticos e desencorajadores. Isso faz com
que consiga ser imparcial em seus.
O Rei de Espadas costuma ser ingrato com as pessoas que
o ajudaram, já que tem o hábito de tomar para si as ideias
que considere boas. Só pelo fato de ele modificar um

146
pouco a ideia e colocá-la num planejamento maior,
considera que a autoria daquilo é totalmente sua.
Outra característica do Rei de Espadas é a de manter suas
ideias a todo custo, o que faz com que seja perfeccionista,
cobrando demais aos outros e a si mesmo. Essa mania em
manter seus ideais também o torna teimoso e inflexível.
Ele tem a energia do Fogo, com atitudes de Ar.

147
Deck "Rider-Waite-Smith":

148
Deck "Britt's 3rd Eye":

149
Deck "Forest of Enchantment":

150
Deck "Light Seers":

151
Deck "Mystical Manga Tarot":

152
Deck "Mystic Mondays":

153
Deck "Shadowscapes":

154
Rei de Copas
O Rei de Copas faz mais pelos outros do que por si mesmo.
Ele quer ver as pessoas bem, e realizando seus desejos, mas
tem medo de se entregar aos seus próprios, pois isso pode
significar a perda do controle, que é uma constante nos
reis. Então, ele sabe o que deseja, mas não se coloca à
frente para a realização.
Diferente da Rainha de Copas, que mantém mistério sobre
seu campo emocional, o Rei de Copas é aberto sobre isso e
usa a si mesmo como exemplo para ajudar os outros a
encontrar suas respostas.
O Rei de Copas é capaz de gerenciar suas emoções em
situações de conflito, mas não da forma fria e calculista
como o Rei de Espadas, pois o Rei de Copas tem uma
empatia grande e sempre pensa nos outros antes de agir.
Apesar de ser uma figura de autoridade e ter habilidades
emocionais bem desenvolvidas, o Rei de Copas pode ser
inseguro em relação a si mesmo, às suas decisões e às suas
relações com os outros.
Essa insegurança pode se manifestar como uma
necessidade excessiva de aprovação ou medo de
desagradar as pessoas, fazendo com que elas não o vejam
mais como “rei”.
Ele tem a energia do Fogo, com atitudes de Água.

155
Deck "Rider-Waite-Smith":

156
Deck "Britt's 3rd Eye":

157
Deck "Forest of Enchantment":

158
Deck "Light Seers":

159
Deck "Mystical Manga Tarot":

160
Deck "Mystic Mondays":

161
Deck "Shadowscapes":

162
Rei de Paus
O Rei de Paus é o mais alegre e de bem com a vida, dentre
todos os reis. Ele sabe o que quer, faz planos e é
determinado em suas ações para conquistar.
As causas pelas quais luta são nobres e não egoístas. E não
porque ele suprime os próprios desejos, mas sim porque
seus desejos estão alinhados com a evolução de todo o seu
entorno.
Assim como a Rainha de Paus, o Rei de Paus é excelente
líder e de grande carisma. Porém enquanto ela é mais
flexível, valorizando a participação de todos, o Rei de Paus
tende a querer as coisas mais do seu jeito, agindo como um
líder não muito participativo, pois prefere estar à frente das
decisões e gerenciando as ações do grupo de longe.
O Rei de Paus usa seu entusiasmo e sua autoconfiança para
colocar ideias visionárias em prática, e principalmente para
convencer as pessoas de que essas ideias têm valia (ele
sabe vender seu peixe, mesmo que seja apenas uma espinha
podre).
Ele tem noção das limitações, mas sempre procura um
meio de contornar isso, ficando muito frustrado caso falhe.
Ele tem a energia do Fogo, com atitudes de Fogo.

163
Deck "Rider-Waite-Smith":

164
Deck "Britt's 3rd Eye":

165
Deck "Forest of Enchantment":

166
Deck "Light Seers":

167
Deck "Mystical Manga Tarot":

168
Deck "Mystic Mondays":

169
Deck "Shadowscapes":

170
Considerações sobre os
Arcanos da Corte

Conhecer os Arcanos da Corte é como sermos apresentados


a personagens de uma grande história de nossas vidas.
Identificamos a nós mesmos nas cartas, e identificamos
também pessoas de nosso convívio. Provavelmente, ao se
deparar com algumas características, você tenha pensado
"Nossa, tal pessoa é exatamente assim", e essa associação é
interessante para que você comece a criar um vínculo e
intimidade com os Arcanos da Corte.
Note que, assim como todas as cartas do Tarô, os Arcanos
da Corte também têm seus lados de luz e de sombra. Coisas
positivas e negativas. Não é correto ver um arcano como
apenas bom, ou apenas mau. É como mostrei no item
"Ordem e Evolução dos Naipes" do capítulo "Os Quatro
Naipes": não é bom nem o excesso, nem a ausência das
energias elementais.
À medida que nos aprofundamos nas complexidades dos
Arcanos da Corte, é essencial reconhecer que a vida, assim
como o Tarô, é uma tapeçaria de dualidades. Cada carta
representa um aspecto multifacetado da experiência
humana, e suas interpretações são moldadas pelo contexto
e pelas conexões que fazemos. As cartas da corte espelham

171
nossas próprias complexidades internas e as das pessoas ao
nosso redor, lembrando-nos de que somos seres profundos,
complexos, e em constante evolução.
Através do estudo dos Arcanos da Corte, não apenas
adquirimos uma linguagem simbólica poderosa para
compreender as dinâmicas humanas, mas também
ganhamos uma ferramenta para o autoconhecimento. Ao
explorar o espectro de personalidades representadas pelas
cartas, podemos identificar nossas próprias características,
tanto as que nos orgulhamos quanto as que desejamos
aprimorar. É uma jornada que nos convida a crescer,
evoluir e encontrar equilíbrio.
Afinal, assim como nas cartas do Tarô, nossa própria
existência é um equilíbrio delicado entre a luz e a sombra,
o positivo e o negativo, a expansão e a limitação. Cada
experiência é uma oportunidade de aprendizado e
autodescoberta, e as cartas da corte são nossas
companheiras nessa jornada de compreensão e
transformação, evoluindo do "ter" (ouros, terra) para o
"ser" (espadas, ar), e desse para o "estar" (copas, água) e o
"ficar" (paus, fogo).
E por falar em elementais, eles são uma forte âncora para
que você se lembre sempre da principal energia de cada um
dos Arcanos da Corte:
 PAJEM DE OUROS: energia de Terra com
atitudes de Terra (a figura da corte mais marcante
nesse elemento, por tê-lo reforçado duplamente);

172
 PAJEM DE ESPADAS: energia de Terra com
atitudes de Ar;
 PAJEM DE COPAS: energia de Terra com atitudes
de Água;
 PAJEM DE PAUS: energia de Terra com atitudes
de Fogo;
 CAVALEIRO DE OUROS: energia de Ar com
atitudes de Terra;
 CAVALEIRO DE ESPADAS: energia de Ar com
atitudes de Ar (a figura da corte mais marcante nesse
elemento, por tê-lo reforçado duplamente);
 CAVALEIRO DE COPAS: energia de Ar com
atitudes de Água;
 CAVALEIRO DE PAUS: energia de Ar com
atitudes de Fogo;
 RAINHA DE OUROS: energia de Água com
atitudes de Terra;
 RAINHA DE ESPADAS: energia de Água com
atitudes de Ar;
 RAINHA DE COPAS: energia de Água com
atitudes de Água (a figura da corte mais marcante
nesse elemento, por tê-lo reforçado duplamente);

173
 RAINHA DE PAUS: energia de Água com atitudes
de Fogo;
 REI DE OUROS: energia de Fogo com atitudes de
Terra;
 REI DE ESPADAS: energia de Fogo com atitudes
de Ar;
 REI DE COPAS: energia de Fogo com atitudes de
Água;
 REI DE PAUS: energia de Fogo com atitudes de
Fogo (a figura da corte mais marcante nesse
elemento, por tê-lo reforçado duplamente);
***
Para recordar o motivo de cada figura da corte se
assemelhar a cada um desses elementos, volte até o
capítulo "Os Arcanos da Corte", no subcapítulo
"Características das Figuras da Corte".

174
Lógica & Intuição

Fazendo perguntas ao Tarô


Antes de começar a interpretar as cartas de Tarô, é
importante termos uma pergunta bem clara em mente. De
preferência, até escrevê-la para que não seja esquecido
nenhum detalhe, ou para que não a modifiquemos (mesmo
que sem querer) depois de tirarmos as cartas. Isso é
importante porque a maneira como uma pergunta é feita
influencia na resposta. Então se eu fizer uma pergunta de
uma forma, tirar as cartas, e depois esquecer como a
pergunta foi feita, a interpretação poderá ficar
comprometida.
Vejamos um exemplo:
Digamos que Mariana teve uma discussão com uma pessoa
querida, e deseja entender melhor essa situação. Em
pensamento, Mariana faz a seguinte pergunta: "Por que Tal
pessoa agiu assim comigo?", e tira as cartas sem anotar a
questão.
Durante a tiragem, Mariana tenta recordar o que perguntou,
mas não lembra exatamente as palavras usadas. Lembra
apenas o sentido geral, então a reformula na mente: "Por
que fui tratada dessa forma por Tal Pessoa?".

175
Percebe como o sentido geral é o mesmo, mas a maneira de
formular a pergunta muda bastante o sentido da resposta
que seria dada pelas cartas? Na primeira pergunta ("Por
que Tal pessoa agiu assim comigo?”) o foco é na outra
pessoa, não em Mariana. Então, as cartas que Mariana tirou
é para responder especificamente a isso, analisando as
atitudes da outra pessoa em relação à consulente.
Já a segunda pergunta ("Por que fui tratada dessa forma
por Tal Pessoa?") tem um foco em Mariana e por isso a
interpretação muda.
Vamos supor que, para a primeira pergunta, Mariana tenha
tirado um Pajem de Espadas. Se ela tivesse anotado
corretamente a questão, poderia interpretá-la assim:
Tal Pessoa pode ter agido assim com Mariana por
inexperiência, ou até por ter entendido mal alguma
situação, e se precipitado na comunicação. Existe
também a possibilidade de que Tal Pessoa seja
impulsiva e tenha dificuldade de controlar seus
pensamentos e palavras.
Essa é a interpretação que Mariana teria feito para a
pergunta original. Porém, em nosso exemplo Mariana
esqueceu as palavras exatas da pergunta ao tirar as cartas,
então acabou não interpretando dessa forma.
Com o Pajem de Espadas diante dela, Mariana tenta se
lembrar do que havia perguntado e pensa: "Hum, acho que

176
algo sobre o por quê de eu ter sido tratada de tal forma
por Tal Pessoa, certo?".
Como o sentido geral da pergunta é semelhante, essa
mudança parece inofensiva, mas como agora o foco da
pergunta de Mariana é ela mesma, a interpretação poderia
ficar assim:
A ação de Tal Pessoa pode ter sido uma resposta ao
que Mariana estava mostrando. Talvez Tal Pessoa
esteja percebendo Mariana como sendo impulsiva,
ou até maliciosa (característica do Pajem de
Espadas), e por isso a tratou assim.
Percebe como essa pequena mudança no foco da pergunta
modificou também a interpretação? Isso pode ser
prejudicial, pois as cartas que tiramos respondem apenas à
pergunta que foi feita antes de as escolhermos. Depois
que foram escolhidas, a mudança de pergunta (mesmo que
sutil) gera não apenas confusão, mas respostas incorretas
(visto que o foco pode mudar, como no exemplo).
Por esse motivo sempre enfatizo para que anote a pergunta,
palavra por palavra, antes de tirar as cartas. Dessa maneira
você evita essas pequenas confusões, como a que vimos
com Mariana.
Uma outra coisa importante é que a pergunta deve ser
direta e objetiva (sem dubiedade), para que as respostas do
Tarô também sejam claras e objetivas. Uma pergunta mal

177
formulada ou dúbia (como: "Escolho A ou B?") pode levar
a respostas confusas ou contraditórias.
Além da pergunta, precisamos prestar atenção na casa em
que a carta caiu. Em uma tiragem de Tarô, cada casa tem
um significado específico. Conhecê-las corretamente
ajudará a ter mais contexto para a interpretação. Por
exemplo, um Cavaleiro de Ouros caindo numa casa que
represente obstáculo será interpretado diferente do mesmo
Cavaleiro de Ouros numa casa de conselho.

Ouça sua Intuição


No Tarô, muitas vezes as respostas não estão claras e
precisamos recorrer à nossa intuição para interpretar as
cartas de forma adequada.
Uma vez que a pergunta esteja formulada (e anotada!) e a
casa foi identificada, é hora de ouvirmos nossa intuição. A
interpretação das cartas não é apenas baseada em seus
significados tradicionais, mas também em como elas se
relacionam entre si e com a pergunta feita. Por isso, é
importante prestar atenção à intuição e à impressão geral
que as cartas lhe passam.
A chave aqui é: observe suas primeiras impressões ao
virar a carta. Como taróloga(o), observar suas primeiras
impressões ao interpretar o Tarô é uma das melhores
maneiras de entrar em sintonia com a intuição e

178
compreender a mensagem das cartas. A intuição é uma
ferramenta poderosa que nos ajuda a acessar informações
que não são facilmente perceptíveis pela mente consciente.
Portanto, ao observar as primeiras impressões que a carta
lhe causa podemos identificar as emoções e sensações que
estão presentes, e usá-las como base para interpretar a
mensagem da carta.
Mas atenção: a intuição não deve ser a única base para a
interpretação do Tarô. É preciso alinhar sua intuição com a
lógica da leitura, considerando a pergunta feita e a casa em
que a carta foi revelada. Além disso, é importante que você
tenha familiaridade com o significado das cartas e suas
simbologias, e isso vem naturalmente com estudo e com a
prática constante.
E voltando à questão da intuição, aqui vale um alerta: a
intuição é uma ferramenta subjetiva e pode ser
influenciada por nossas emoções, crenças e experiências
pessoais, o que não é bom para a interpretação. Portanto, é
importante manter uma postura equilibrada ao interpretar
o Tarô e não deixar que a intuição se torne a única fonte de
interpretação das cartas.
Por exemplo, não se lance na interpretação das cartas
quando estiver muito agitada(o), ansiosa, ou
excessivamente triste e preocupada(o). Qualquer
sentimento extremo (mesmo os positivos) podem distorcer
nossa percepção da resposta, levando a uma interpretação
equivocada.

179
A intuição é uma ferramenta poderosa, mas deve ser usada
com sabedoria e bom senso para não se tornar suposição ou
prepotência.

180
Um Erro de Interpretação

Muitas pessoas acreditam em mitos e estereótipos


associados aos Arcanos da Corte, o que pode levar a uma
interpretação equivocada das mensagens transmitidas pelo
Tarô.
Um dos erros mais comuns é considerar todos os aspectos
da carta ao interpretá-la. Cada um dos Arcanos da Corte
possui diversas facetas e características, mas nem todas são
aplicáveis em qualquer situação durante uma leitura. É
importante conhecer bem a carta e permitir que sua
intuição guie a escolha da faceta que se encaixa melhor na
situação, de acordo com a casa da carta e a pergunta feita.
Por esse motivo também não é adequado lermos para o
consulente o texto exato do livreto a respeito da carta
tirada. O consulente não está estudando como você, e não
entende a importância da pergunta e da casa como você
compreende. É para isso que servem as(os) tarólogas(os):
para serem os intermediários da mensagem que as cartas
estão passando. Salvo em casos em que você e seu
consulente estejam estudando tarô juntos (o que, por sinal,
é muito bom para ter uma segunda opinião durante os
estudos, e aprendermos a enxergar de diferentes pontos de
vista).

181
Outro erro muito comum é olhar para os Arcanos da Corte
e associar características negativas da carta a um
conhecido, crendo que essa pessoa tem somente essa faceta
em sua personalidade. É verdade que iremos identificar nas
cartas muitas características (positivas e negativas) que nos
façam lembrar conhecidos (ou a nós mesmos). E não há
nada de errado com isso, pois essa associação é uma forma
de entendermos as pessoas e o mundo (e as cartas!).
O problema vem quando colocamos um rótulo que engloba
tudo o que a pessoa é, sem levar em consideração que
aquela característica (por exemplo, o lado “xereta” do
Pajem de Espadas) é apenas uma das muitas partes que
formam uma pessoa. Como seres humanos complexos, não
somos totalmente isso ou totalmente aquilo. Na verdade,
somos como uma junção disso tudo, sendo que algumas
características despontam mais do que outras dependendo a
situação.
Pode observar que, em algumas situações, podemos nos
parecer mais com um arcano, e em outras situações nos
parecemos com outro totalmente diferente. Um exemplo é
uma pessoa que é “Rainha de Espadas” nos negócios, mas
“Cavaleiro de Paus” no romance. E mesmo ao olhar para
essas áreas específicas, pode-se identificar diferentes
comportamentos de acordo com o dia e o humor. Isso não
significa que a pessoa tem personalidade inconstante.
Significa apenas que é um ser humano normal, já que todos
temos esses altos e baixos de acordo com as situações.

182
Falei isso tudo para que fique claro que não devemos
espremer as pessoas em caixas minúsculas dos estereótipos
das cartas. O ideal é sempre estarmos com a cabeça aberta
na hora da leitura.
E aqui também vale um alerta: cuidado para não interpretar
os Arcanos da Corte de forma literal, como se fossem
descrições físicas de uma pessoa. Falo isso porque há quem
associe esses arcanos como, por exemplo, um homem
jovem e moreno, uma mulher adulta e loira, e assim por
diante, como se a aparição de um Arcano da Corte na
leitura fosse o Tarô apontando um homem ou uma mulher
na vida do consulente, e isso é um equívoco, já que o Tarô
não aponta características físicas, e sim as características
psicológicas e emocionais da pessoa em foco na
pergunta. E mesmo isso é válido somente para o momento
em que a leitura foi feita, já que as pessoas mudam como
se sentem ou pensam de acordo com as situações.
Por exemplo, numa leitura sobre relacionamento há quem
julgue o aparecimento de alguma figura da corte como
sendo um possível amante envolvido na relação. Ou, numa
questão sobre negócios, ao ver uma carta da corte o
tarólogo pode pensar que está representando um homem ou
mulher querendo prejudicar o consulente. E isso não é
verdade.
Mas interpretar dessa forma é um erro, já que o Tarô
mostra apenas as energias que envolvem o consulente (ou

183
as energias da pessoa foco da pergunta), e não aponta
terceiros em suas características físicas.
Em algumas leituras, os Arcanos da Corte podem
representar pessoas específicas, sim. Por exemplo, o
Cavaleiro de Copas pode representar alguém com
características associadas a essa carta. No entanto, não
significa necessariamente que um rapaz jovem aparecerá,
mas sim que alguém com essas características pode
desempenhar um papel importante na vida do consulente.
Porém, o Tarô só fará esse apontamento (do surgimento
dessa pessoa) se perguntarmos a respeito.
Por exemplo, se for perguntado o motivo de um cônjuge ter
traído, e a resposta for uma Rainha de Copas, não significa
que uma pessoa com essas características surgiu como
amante e causou a traição. Nesse caso, como o foco da
pergunta foi o cônjuge traidor, a Rainha de Copas estará
apontando características do próprio cônjuge.
Isso é importante: atente-se sempre à pessoa foco da
pergunta (por isso anote sempre, já que mudar a maneira
como a pergunta é feita, pode mudar a pessoa foco da
pergunta).
Ah, e essa lógica é válida para todas as 78 cartas do Tarô,
não somente para os Arcanos da Corte.
Num segundo exemplo, se o consulente já sabe que existe
uma terceira pessoa (amante) na relação, pode-se perguntar

184
o quê, nessa pessoa, fez com que o cônjuge traísse. Nesse
caso, a resposta estaria se referindo à pessoa amante, por
termos especificamente feito tal pergunta.
Estou focando nesse aspecto porque esse é um equívoco
cometido com frequência, principalmente quando a
pergunta é sobre relacionamentos românticos. As pessoas
creem que o Tarô conta uma fofoca, e interpretam como
querem, mas... Como já comentei, o que o Tarô faz é ler as
energias que envolvem a pessoa foco da pergunta.
Lembre-se: o que temos em mãos é uma ferramenta
simbólica e arquetípica e, como tal, ao se referir às
pessoas é sempre no sentido subjetivo, como energia e
comportamento.
Entendendo isso, imagino que também esteja claro que o
fato de uma carta ter na imagem uma figura masculina ou
feminina não tem relação com o gênero do consulente,
nem com o gênero das pessoas na vida dele (como já
abordei no capítulo "Hierarquia: Rei e Rainha"). O aspecto
masculino ou feminino refere-se às polaridades
arquetípicas que estão presentes em todos os seres
humanos, sejam homens, mulheres ou não bináries.
Portanto, é importante não fazermos suposições de gênero
baseadas nesses estereótipos ao interpretar o Tarô. Esses
erros de interpretação dos Arcanos da Corte podem levar a
leituras imprecisas e a uma compreensão limitada das
mensagens transmitidas pelas cartas.

185
Origem da divisão de gênero
para os Arcanos da Corte
O principal motivo para que algumas pessoas ainda vejam
os Arcanos da Corte como um homem ou uma mulher na
vida do consulente tem a ver com o Baralho Cigano.
Neste sistema oracular há, de fato, duas cartas que
representam pessoas do gênero masculino e feminino. E
pelo fato de os Arcanos da Corte terem pouquíssimo
material didático focado neles, as pessoas acabam pegando
emprestado do Baralho Cigano esse conceito para
simplificar suas interpretações.
Mas é preciso lembrar que a forma de ler o Tarô e o
Baralho Cigano são bem distintas. Ambos diferem em suas
estruturas, simbologia e origens. Portanto, não vamos
misturar as coisas.
Caso o consulente precise ver como uma determinada
pessoa está influenciando sua vida, isso deve ser
perguntado diretamente ao Tarô, especificando essa
pessoa na pergunta. Por exemplo: se existe uma
desconfiança de um empresário para com um sócio, a
melhor pergunta seria para descobrir como esse sócio vê o
empresário nos negócios, como ele tem tratado a empresa,
e o que ele deseja para o futuro da sociedade. Somente
então é que o Tarô irá retornar uma leitura mais correta
acerca das energias envolvendo a pessoa naquela questão.
O mesmo vale para perguntas de qualquer outra natureza,
seja romântica, espiritual, financeira, etc.

186
A autora e
Nossa Jornada no Tarot

Sou B. Craus Nantai, mas pode me chamar de Nantai.


Nasci em 1986 e estudo as cartas desde meus 15 ou 16
anos (não me lembro ao certo), quando comecei a buscar
respostas para perguntas transcendentais que meus pais ou
a igreja não conseguiam responder.
Sou criadora do canal do YouTube "Nossa Jornada no
Tarot", onde publico alguns vídeos didáticos na intenção
de simplificar os conceitos, e perpetuar de alguma forma o
conhecimento que fui adquirindo ao longo dos anos.
Convido você a conhecer e a se inscrever no canal. Sua
presença lá será bem-vinda:
youtube.com/@NossaJornadaNoTarot

Meu contato: bcrausnantai@gmail.com

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Leituras recomendadas

Livros na Amazon
(clique sobre os nomes para ver detalhes)

 Bíblia Clássica do Tarot, de Rachel Pollack;

 A Biblia do Tarô: O Guia Definitivo das Tiragens


e dos Significados dos Arcanos Maiores e
Menores, de Sarah Barlett;

 Manual do Tarô Origem: Definição e Instruções


Parara o Uso do Tarô, de Hajo Banzhaf;

 História do tarô: Um estudo completo sobre suas


origens, iconografia e simbolismo, de Isabelle
Nadolny;

 Tarô: Simbologia e Ocultismo: Volume 1, de Nei


Naiff;

 Tarô: Vida e Destino: Volume 2, de Nei Naiff;

 Tarô: Oráculo e Métodos: Volume 3, de Nei


Naiff;

189
Sites Interessantes
 As figuras da corte e suas associações elementais;
 Origens do Tarô: referências históricas do séc. XIV;
 O cavaleiro medieval;
 Como se entrava na Cavalaria medieval;
 Ânimus e Ânima na visão de Jung;

CONHEÇA LINDOS DECKS DE TARÔ


(toque aqui para acessar)

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