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Júri:
Presidente: Doutor Francisco Manuel Cardoso de Castro Rego, Professor Associado do
Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa.
Vogais: Doutora Maria Manuela Cordes Cabêdo Sanchez Raposo de Magalhães, Professora
Auxiliar do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa;
Doutor Luís Paulo Faria de Almeida Ribeiro, Professor Auxiliar do Instituto Superior
de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa;
Doutora Maria Teresa Amaro Alfaiate, Professora Auxiliar do Instituto Superior de
Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa;
Mestre Ana Cristina Bento Lourenço, Assistente da Universidade Lusíada de
Lisboa, na qualidade de especialista.
Lisboa, 2010
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
AGRADECIMENTOS
Começo por referir que no momento em que escrevo esta página não foi, tal como
pensava, nos últimos minutos antes de fechar o presente trabalho, mas sim um dia de
inspiração entre tantos outros de desespero e ansiedade.
À Carla, que mais do que namorada é uma amiga, agradeço a atenção e o apoio
prestado ao longo destes anos e sobretudo o interesse demonstrado pelo conhecimento que
adquiri, até mesmo nos últimos momentos da formulação teórica e prática deste trabalho.
À Prof.ª Manuela Raposo Magalhães pelas palavras sábias e que me fizeram tomar
um maior gosto pela Arquitectura Paisagista. No dia em que intitulou este trabalho de
“Cidade do Futuro”, percebi logo que seria muito ambicioso e importante nesta escalada
para um futuro mais sustentável. Desde então, integrei a equipa do Centro de Estudos de
Arquitectura Paisagista – Prof. Caldeira Cabral (CEAP), a quem agradeço o apoio e
conselhos dos meus colegas de trabalho: Ana Müller, Andreia Saavedra, João Silva, Manuel
Lopes, Natália Cunha, Rita Martinho e Selma Pena. Entre estes, devo agradecer a maior
disponibilidade da Natália, com um importante acompanhamento (tanto na prática como na
teórica), o que a levou a ser minha co-orientadora interna.
À arquitecta Ana Cristina Lourenço pelo interesse demonstrado e, mais tarde (mas
não menos importante), pelo acompanhamento e apoio neste trabalho através dos seus
conhecimentos urbanísticos e pela sua palavra amiga, que a levaram a ser minha co-
orientadora externa.
RESUMO
Neste sentido, a Cidade do Futuro deve ser encarada como um sistema de sistemas
interligados por uma Estrutura Verde contínua de acordo com a aptidão ecológica e cultural
do território – Estrutura Ecológica Urbana. Tem de ser mais humana, participativa e
acessível a todos através de hábitos de vida sustentáveis, com o consumo equilibrado de
recursos e energeticamente eficiente, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da
população. Para tal, o Sistema-Paisagem é a metodologia indicada para integrar e estruturar
estes sistemas de forma interdependente e auto-regulável.
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CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
ABSTRACT
The concept of City has been evolving, taking advantage of the experiences from the
past, adapting itself to the present with a view of sustainable future, mainly according to the
traditional typology at the Identity and ecological issues by the integration of natural
processes in urban design.
In this sense, the City of the Future should be seen as a system of systems
interconnected by a Continuous Green Structure, according to the ecological and cultural
capability of the territory - Urban Ecological Network. Has to be more humane, participatory
and accessible to everyone through sustainable lifestyle, with a balance consumption of
resources and efficient energy, contributing for the improvement of the population life quality.
For this mean, the Landscape – System is the appropriated methodology to integrate and
structure these systems in an interdependent and self-adjustable way.
Lisbon, as City Region of the Metropolitan Area of the Tagus estuary, has the
challenge of developing a Green Plan and a Soft Mobility Plan through the Environmental
Traffic Management through Urban Design, with a formally consistent structure, that
together, are able to establish a balanced connection between the urban and rural space,
between built and not built, in a strategy of Global Landscape.
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CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
EXTENDED ABSTRACT
The present work has as main objective to discourse about a set of strategic visions
that contribute to a sustainable future for the city, in the context of the Global Landscape. In
this sense, is made a holistic approach with an ecological perspective of theme, in the search
of a stable equilibrium of the human relationship with the environment.
According to the Report of the United Nations Population Fund (UNFPA, 2007) the
urban population on the planet is around 3.3 billion inhabitants, equivalent to half of the world
population, foreseeing that in 2030 to be more than 60%. On the other hand, in the Green
Book of the Commission of European Communities (CCE, 2007) urban areas are defined
with more than 10000 inhabitants, where is concentrated most of economic activities as
motor of development, but also as the greatest contributor to environmental degradation.
Given the importance of these numbers and knowing the dependence generated around
non-renewable resources, unsustainable lifestyles and huge social problems, economic and
ecological that derived therefore, the question arises: Which model city of the future?
In searching for an appropriate response, this work has two components: the
theoretical, which explains a set of strategic visions based on the concept of Global
Landscape and applied by the methodology of Landscape-System; and the practice, based
on the first, with a study case in the city of Lisbon.
Thus, the first theoretical part begins with a historical approach of the evolution of the
city concept, in a perspective that "the city of the past enriches the memory and culture,
measuring and testing the current urbanistic thinking" (Lamas, 1993 - p. 133). To this end, an
essay on the first intuitive appropriations of territory until the achievements of imperial
domination (in the genesis of the traditional city), through its transformation result of the
Industrial Revolution and the subsequent search for new ways of thinking and build the city,
with special attention to modernistic achievements, return to the historical city in Post-
Modernism and the current ecological concerns of Eco-cities.
The Climate Changes and the recurrent Process of Adaptation, with practical
solutions at the level of Landscape Planning, highlighting the contribution of Urban
Climatology for Bioclimatic Comfort;
The Energy Efficiency, which before the end of oil and the discussion about the
fragility of alternative energy as a sustainable resource, defends itself for a Environmental
and Energy strategy based on the Circular Metabolic system, explaining that the energetic
flux with the input and output resources should be viable, through the global knowledge of
process and its balanced management;
As a practical case, the second part presents a proposal to the city of Lisbon, based
on analysis and interpretation at different scales. Initially, is made a framework at regional
level and defined a Regional Ecological Network (EER) for the Lisbon Metropolitan Area
(AML), together with a concept proposal in accordance with the Regional Plan of Landscape
Planning (PROT).
For the county level and, together with a brief historical-urban approach to the Lisbon
city, was produced a morphological characterization at the Research Center of Landscape
Architecture - Prof. Caldeira Cabral (CEAP), of the Instituto Superior de Agronomia, under
the current dissertation. From this work, it´s approached the Green Plan and discussed its
integration into the current review of the Municipal Master Plan 2010 (PDM).
Finally, it´s exposed a proposal intervention at the level of detailed plan for a given
area of the city, between Sete Rios and Entrecampos. This aims to synthesize and apply in
practice the strategic visions, mentioned in the theoretical part (with plans, cuts and
projective perspectives) through the Landscape-System, proving the possibility of defining a
continuous and integrated green structure, according to the ecological and cultural potential -
Urban Ecological Network.
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Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
ÍNDICE
PÁGINA
ÍNDICE DE FIGURAS E DE QUADROS IX
ÍNDICE DE ANEXOS XII
ÍNDICE DE ANEXOS (PEÇAS DESENHADAS) XIII
LISTA DE ABREVIATURAS XIV
1. INTRODUÇÃO 1
2. CIDADE 3
2.1 DA INTUIÇÃO HUMANA AO DOMÍNIO IMPERIAL 4
2.2 DO TRADICIONAL AO MODERNO 7
2.3 DA REVOLUÇÃO AO PROGRESSO 11
2.4 AS REALIZAÇÕES MODERNISTAS 15
2.5 A PÓS-MODERNIDADE 18
2.6 OS CONTRIBUTOS PÓS-MODERNISTAS 20
2.7 A SUPER-MODERNIDADE E AS ECO-CIDADES 24
3. CIDADE DO FUTURO 26
3.1 SUSTENTABILIDADE 26
3.1.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 27
3.1.2 DESENVOLVIMENTO URBANO SUSTENTÁVEL 28
3.2 A CIDADE COMO ECOSSISTEMA 30
3.3 PRINCIPAIS QUESTÕES URBANAS 31
3.3.1 ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS 32
3.3.1.1 ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E AQUECIMENTO GLOBAL 32
3.3.1.2 CLIMATOLOGIA URBANA 34
3.3.1.3 CONFORTO BIOCLIMÁTICO 35
3.3.2 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA 37
3.3.2.1 O FIM DO PETRÓLEO 37
3.3.2.2 ENERGIA E EFICIÊNCIA 38
3.3.2.3 ENERGIAS ALTERNATIVAS 39
3.3.2.4 ESTRATÉGIA ENERGÉTICO-AMBIENTAL 41
3.3.3 MOBILIDADE URBANA 42
3.3.3.1 MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE 42
3.3.3.2 MOBILIDADE SUAVE 43
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4. SISTEMA-PAISAGEM 52
4.1 PAISAGEM 52
4.1.1 PAISAGEM NATURAL E PAISAGEM CULTURAL 52
4.1.2 PAISAGEM GLOBAL E CONTINNUM NATURALE 53
4.2 SISTEMA – PAISAGEM 54
4.2.1 ESTRUTURA ECOLÓGICA 56
4.2.2 ESTRUTURA CULTURAL 56
4.2.3 ESTRUTURA ECOLÓGICA URBANA 56
4.3 APLICABILIDADE DO SISTEMA–PAISAGEM 57
6. CONCLUSÃO 80
BIBLIOGRAFIA 81
ANEXOS XVI
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Anexo III – Identificação das Áreas de Conflito (Magalhães et al., 2007 – p. 91) XXI
Anexo V – Carta do Modelo Digital do Terreno Concelho Lisboa (CEAP, 2010) XXIII
Anexo XIII – Principais eixos de circulação de bicicleta previstos para Lisboa de XXX
acordo com o declive (Magalhães e Mata, 2005)
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LISTA DE ABREVIATURAS
CE Comissão Europeia
PO Planos de Ordenamento
PP Plano de Pormenor
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1. INTRODUÇÃO
Deste modo, a primeira parte teórica começa com uma abordagem histórica da
evolução do conceito de Cidade, numa perspectiva de que “a cidade do passado enriquece
a memória e a cultura, aferindo e testando o pensamento urbanístico actual” (Lamas, 1993 -
p. 133). Para tal, discorreu-se sobre as primeiras apropriações intuitivas do território até às
realizações do domínio imperial (na génese da Cidade Tradicional), passando pela sua
transformação resultante da Revolução Industrial e na consequente procura de novas
formas de pensar e construir a cidade, com especial atenção para as realizações
modernistas, o retorno à cidade histórica no Pós-Modernismo e da actual preocupação
ecológica das Eco-cidades.
fruição equilibrada. Assim, são aqui discutidas as principais temáticas actuais e delineadas
medidas para o Desenvolvimento Urbano Sustentável, nomeadamente:
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Como caso prático, a segunda parte apresenta uma proposta para a cidade de
Lisboa, com base na análise e interpretação a diferentes escalas. Primeiramente, é feito um
enquadramento a nível regional e descrita uma possível Estrutura Ecológica Regional (EER)
para a Área Metropolitana de Lisboa (AML), em conjunto com uma proposta conceptual de
acordo com o Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT).
Por fim, é exposta uma proposta de intervenção ao nível do plano de pormenor para
uma dada área da cidade, entre Sete Rios e Entrecampos. Esta tem por objectivo sintetizar
e aplicar de forma prática as visões estratégicas teoricamente mencionadas (com planos,
perfis e perspectivas projectuais) através do Sistema-Paisagem, comprovando a
possibilidade de definir e integrar uma Estrutura Verde contínua no meio urbano, de acordo
com o seu potencial ecológico e cultural – Estrutura Ecológica Urbana.
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CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
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2. CIDADE
Existe ainda uma definição ao nível do uso do solo, em que área urbana é um termo
distinto de cidade. A Lei de Bases do Ordenamento do Território e do Urbanismo (Lei nº
48/98 de 11 de Agosto) classifica na alínea b), do ponto 2 do artigo 15º, do capítulo III, o
solo urbano pelo seu uso com vocação para a urbanização e a edificação.
processo de adaptação.
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Não querendo fazer uma análise exaustiva da história das cidades, é importante
reflectir sobre momentos chave que, de alguma forma, contribuíram para o que estas são
actualmente e explicar as soluções utilizadas de acordo com os condicionalismos temporais
e espaciais. Trata-se de um processo de reflexão com um intuito de aprendizagem (Lamas,
1993). Entende-se assim, que este é um constante recurso ao passado num jogo de
significados quantitativos e qualitativos, de consonância ou dissonância com a Natureza,
confluindo no presente a perspectiva de aferir e testar as soluções futuras.
É neste sentido que a maior parte dos centros urbanos no Egipto localizam-se ao
longo do estreito vale do rio Nilo e, apesar de existirem diferentes objectivos e formas de
estruturar as cidades (a nível religioso, político, social, militar e comercial), estas ainda
dependem essencialmente dos factores biofísicos, nomeadamente morfológicos.
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Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Figura 1 – Esquema de alteração do sistema hidráulico na cidade de Babilónia (Jellicoe, 1995 – p. 26)
Deste modo, a cidade grega distinguiu-se pela sua escala humana de concepção
estrutural, servindo de referência às cidades históricas a partir do período 1600 a.C.. De
igual forma, a civilização grega influenciou a maioria das áreas de conhecimento humano,
mas manteve algumas ligações com o Neolítico no seu processo de concepção
arquitectónica, pelo facto das principais estruturas ficarem localizadas no centro da cidade e
por estas apresentarem um carácter essencialmente escultórico de templo (Pereira &
Duarte, 1999). Por outro lado, a teoria clássica baseada nas proporções matemáticas do
corpo humano na concepção da cidade para os deuses tinha uma certa preocupação
racional, traduzida numa organização social mais próxima do Homem, onde alguns espaços
abertos e equipamentos públicos, com importantes funções administrativas e jurídicas,
ficavam separados dos espaços sagrados (Mumford, 1982). Esta concepção racional
justifica-se quando Aristóteles e Platão (séc. IV a.C.) estimaram índices de população para a
definição de cidade, indicando 10000 como o número ideal (Morris, 1974).
Segundo Lamas (1993) e Mumford (1982), a Àgora foi o primeiro modelo de “praça”
que constituía o espaço público aberto, de encontro social e, mais tarde, de carácter
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comercial, localizado em redor do santuário e que veio a surgir nas restantes cidades
romanas por grupos de povos latinos. A Acrópole, como lugar divino e simultaneamente
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Relativamente à malha estrutural, durante a Grécia Antiga (776 - 323 a.C.) a cidade
desenvolveu-se de acordo com a disposição sucessiva dos seus edifícios. A partir do
período helenístico (323 - 200 a.C.) o tecido residencial envolvente ao centro apresentava
uma quadrícula ortogonal orientada com orientação Norte – Sul (tal como acontecera na
Mesopotâmia) e que funcionava unicamente como meio de organização fundiária,
sobrepondo-se indiferentemente à topografia pré-existente. Este processo racional de
desenho urbano – o traçado hipodâmico (concebido por Hippodamus de Mileto), ficou
célebre pela sua aplicação modular e extensiva noutras cidades da Ásia Menor e
directamente copiada pelos romanos, constituindo-se o elemento de base geométrica na
actual morfologia da cidade - o quarteirão (Jellicoe, 1995 e Lamas, 1993).
Comparativamente, Roma que deriva da cidade de Tibre junto do rio com esse
nome, rapidamente cresceu devido à construção de uma ponte que permitia o acesso e a
troca comercial estratégica com as colónias gregas a Sul. Daí em diante (27 a.C. – 395 d.C.)
tornou-se um império que cobria toda a Europa Ocidental até à Inglaterra, incluindo a
Península Ibérica e a região mediterrânica, estendendo-se também ao Egipto (Pereira &
Duarte, 1999). Esta capacidade de domínio resultou do aproveitamento das proporções
matemáticas e geométricas da subtileza grega, evoluindo na técnica da concepção de
grandes infra-estruturas utilitárias, tais como o sistema viário, a rede de abastecimento de
água, esgotos e drenagens pluviais, ou até os espaços públicos com capacidade para
albergar grandes eventos (Lamas, 1993). A utilização intensiva do arco e do cimento foram
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constituído segundo uma ordem cósmica e universal, com um perímetro rectangular, cujo
centro ocupado pelo Fórum (a Àgora grega) é cruzado por dois eixos principais: o
Decumanus maximus (Oeste – Este) e o Cardus (Norte – Sul), assentes numa malha
ortogonal para fácil assimilação e organização espacial. Contudo, o sistema em quadrícula
era essencialmente ocupado por edifícios residenciais, constituído por pátios comunitários
de acesso interior e não como um instrumento de estética urbana (Lamas, 1993).
A Alta Idade Média ocorreu entre o séc. XI e XV, após a queda do Império Romano.
Daqui resultou a proliferação de novos reinos cristãos, alguns deles de efémera duração,
organizados segundo um regime feudal (de actividade agrícola) e com preponderante elo de
ligação com a Igreja Católica. Por outro lado, as invasões muçulmanas na Europa (Sul da
Península Ibérica) introduziram a cidade islâmica, distinta da cidade de origem feudal, pela
noção de habitar com um carácter privado e intimista, espelho do seu quotidiano religioso.
O Renascimento (séc. XIV - XVI), com origem em Florença é, tal como o nome
anuncia, o renascer ideológico do Homem como centro do Mundo – Humanismo, baseado
na experiência de realidades concretas e mensuráveis, pondo em causa as teorizações da
Igreja e retomando as concepções da Antiguidade, em que as proporções humanas são o
cânone da tradição clássica – Classicismo (Pereira & Duarte, 1998). Contudo, este
fundamento historicista mantém no Homem uma certa crença religiosa, notória pela relação
directa entre a imagem da cidade e as concepções cósmicas e, mais tarde (séc. XVII), pela
presença da Igreja na contra-reforma do período Barroco (Rosenau, 1983).
Da mesma forma que o artista revelava a doutrina ao assinar as suas obras, a cidade
renascentista descobriu o efeito estético no seu produto racional – a perspectiva (de
Brunelleschi, 1420), assente em rigorosas leis matemáticas e geométricas, num jogo de
elementos morfológicos constituintes da cidade medieval e adaptado da subtileza clássica.
Outros pressupostos surgiram da obra de Vitrúvio – De Architectura (séc. I a.C.): a ordem, a
disposição, a euritmia, a proporção, a conveniência e a distribuição (Lamas, 1993).
Apareceram assim as primeiras Villas do período Quatrocento (séc. XV) em Itália que
apresentavam uma geometria regular adaptada à topografia orgânica, através da construção
de terraços num sentido de domínio humano, mas a uma “escala medieval” (ex. Villa Medici
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por Michelozzi, em 1451). Mais tarde (séc. XVI), o cuidado na integração do edificado com a
sua envolvente - por Palladio (ex. da Villa Rotunda, em 1550) e o desenho sublime de
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Vignola através do jogo de formas naturais (ex. da Villa Lante, em 1566), foram importantes
contributos na definição do jardim renascentista como parte integrante da Paisagem,
tornando-se uma referência para o Romantismo do séc. XVIII (Jellicoe, 1995).
(componente ilusória introduzida pelo Maneirismo do séc. XVI), apresentava uma escala
monumental que enfatizava a percepção sensorial e a afirmação do domínio humano, o qual
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o Barroco explorou até ao seu limite (ex. da Baixa Pombalina de 1755, em Lisboa) (Lamas,
1993 e Rosenau, 1983).
Como tal, Lamas (1993) relata com maior detalhe as cidades que mantinham o
traçado barroco do princípio do século, com o aperfeiçoamento e aplicação sistemática do
quarteirão, que servia para organizar os lotes de crescimento rápido e garantir a composição
clássica. Adaptaram-se os equipamentos públicos às novas necessidades, com recurso a
técnicas de produção e materiais de construção industriais. Foi disso exemplo a intervenção
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Outro modelo inglês com grande influência foi a Cidade Jardim (figura 5),
considerado universal pelo seu criador Ebenezer Howard em 1898, que dava importância à
agricultura e defendia a proximidade do local de trabalho às habitações. Constituído por
círculos concêntricos adaptados à realidade local, cada anel estava destinado a ser ocupado
de forma intercalar por áreas rurais e urbanas (Rosenau, 1983). Howard preocupava-se com
a auto-suficiência do sistema de funcionamento, tomando uma analogia botânica da cidade
como uma flor e estipulava um processo de
crescimento com o controlo de consumos a
fim de evitar desperdícios, de modo a que,
chegando aos 32000 habitantes, seria
necessário construir uma outra cidade
autónoma (Relph, 1987). Após a segunda
Guerra Mundial, em 1944, Patrick
Abercrombie aplicou estes princípios (num
estilo eclético conjugado com o ideal
romântico) no modelo de cidades satélite
do Plano de Londres – New Towns, embora
defendendo a contenção urbana,
ao Figura 5 – Modelo da Cidade Jardim com forma
contrário do crescimento sem limites concêntrica e anéis de espaços mono-funcionais
frequente na época (Hall, 1988). intercalares (www.urbanidades.arq.br)
1896), criando uma nova linguagem internacional, com o intuito de replicação modular
(Lamas, 1993).
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É neste sentido que Magalhães (2001) aborda a questão das novas descobertas
científicas no âmbito da biologia, nomeadamente o potencial fotossintético das plantas
verdes no processo de transformação do anidrido carbónico em oxigénio (por Jean Senebier
em 1783). Este feito contribuiu para a introdução massiva de vegetação e a abertura de
espaços verdes que permitissem a entrada de sol nos novos modelos de concepção
urbanista – o higienismo, embora sem coerência formal. Assim, os grandes parques e
jardins tinham uma função essencialmente pública e higienista, de pulmões verdes no caso
do Central Parque em Nova Iorque (1857) ou de faixas verdes (concêntricas e radiais da
Cidade Jardim e lineares da Cidade Linear) no caso do Sistema de Parques em Boston
(1880) por Frederick Olmsted, como desafogo às grandes cidades (Jellicoe, 1995 e
Magalhães, 2001). Porém, a influência da escola inglesa trouxe de novo a tipologia de
desenho sublime, patente no carácter naturalizado e na utilização de elementos clássicos
das Villas renascentistas. O jardinesco de John Loudon (1832), com o sublime e o pitoresco
conjugado num naturalismo exótico, apelava à emoção e ao sentimento da natureza no seu
estado selvagem – o estado de alma (Jellicoe, 1995). Foi assim que a Arquitectura
Paisagista do séc. XIX manteve uma ligação com a tradição, recusando a simetria e a
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Por sua vez, Magalhães (2001) define a Arquitectura Modernista como uma
actividade de resolução de problemas, determinada pelas condições físicas extrínsecas ao
Homem. Perante o dualismo formal da concepção racional e da concepção intuitiva, que
envolvia as várias vertentes do conhecimento na arquitectura, surgiram as seguintes teorias:
o Funcionalismo que defendia a forma (recta), resultante das características dos materiais e
valorizando a sua função – a lógica; enquanto o Expressionismo afirmava a sensibilidade
dos sentimentos interiores, através da valorização simbólica – a intuição. Entre estes,
existiram ainda as academias de Belas Artes que salvaguardavam tanto as características
extrínsecas como a intuição do artista, mas numa concepção tradicional. Também os
considerados organicistas exploravam a forma inspirada pela intuição e pela natureza,
embora pertencessem à corrente positivista (ex. de Wright). Contudo, tanto os
expressionistas como os funcionalistas recusavam qualquer pré-concepção dos modelos
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Relph (1987) esclarece que existia uma forte ligação entre as várias acepções
artísticas abstractas e a arquitectura: primeiro a experiência da máquina, depois a sua
representação pelo artista e por fim a projecção do arquitecto, numa realização conjunta de
paisagem moderna. O melhor exemplo foi o design alemão da Bauhaus (no princípio dos
anos 20) com a procura de uma resposta eficiente às necessidades da era da máquina,
apresentando soluções padrão, minimalistas e funcionais integradas no edificado,
fundamentado pelo ideal de que “menos é mais” de Mies van der Rohe.
Por outro lado, os espaços para peões sobrevieram na apropriação de ruas estreitas
das cidades medievais europeias (poupadas pela guerra) incompatíveis com o tráfego
rodoviário, através de um tratamento estético mais humano. No entanto, as cidades norte-
americanas apresentavam “praças” pouco convidativas, integradas num dos pisos dos
edifícios ou numa rede de ruas subterrâneas ladeadas por lojas (incapazes de sustentar a
vegetação), libertando a superfície para o trânsito e estacionamento automóvel. O traçado
da estrada, adaptado à disposição prévia do edificado, apresentava-se com um desenho
padrão de acordo com a velocidade e o fluxo automóvel, através da utilização de materiais
que permitissem a rápida circulação para a resolução dos problemas de tráfego (ex. do
alcatrão) e segregando o peão por uma questão de segurança (Relph, 1987).
Embora o termo Ecologia remonte ao séc. XIX, com a ascensão da biologia como
reacção à tensão da industrialização e tenha sido utilizado pela primeira vez em 1866 por
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2.5 A PÓS-MODERNIDADE
Nos anos 60, Kevin Lynch (1960) abordou a imagem da cidade pela percepção
visual e estética do utilizador, contribuindo com uma nova definição de Identidade.
Fundamentou a importância da identidade dos objectos pelo seu reconhecimento, pela sua
relação (estrutural e espacial) com o observador e pelo significado (prático e emocional)
patente nas suas características distintas dos outros objectos. Esta abordagem revela uma
visão mais humana de cidade em vez de uma imposição formal, definida pela
imaginabilidade: “(…) qualidade de um objecto físico que lhe dá uma grande probabilidade
de evocar uma imagem forte num dado observador” (Lynch, 1960 - p. 17). Para tal, Lynch
defendia a concepção morfológica e tipológica da cidade tradicional, com vias, limites,
bairros, cruzamentos e pontos marcantes que servissem de base para a intervenção urbana.
No entanto, considerou que esta está sujeita a um processo sequencial a longo prazo e com
um controlo formal por partes, devido à sua grande escala e permanente alteração
urbanística, desde que garantidos os elementos estruturantes (nomeadamente as vias) –
design consciente. Também considerou importante o papel activo do utilizador na
organização espacial e na definição da imagem da cidade, com a possibilidade desta
adquirir novas componentes – imagem aberta, através da formulação de planos resultantes
da opinião pública que ilustrem os factores relevantes, assim como os problemas visuais. A
aplicabilidade prática destes planos resultava na hierarquização de uma rede de caminhos
contínuos e na diversidade morfológica de espaços significativos na cidade, numa estrutura
aberta a novas e diferentes abordagens (Lynch, 1960).
Por fim, Aldo Rossi (1965) começou por encarar a cidade como um lugar de
arquitectura histórica e define-a pelo seu significado singular, determinada pelas
características não só espaciais mas sobretudo temporais - locus. Assim, transformou os
constituintes da memória colectiva dos espaços em arquétipos, definindo o termo “tipologia”
como a capacidade de ambientação morfológica. Por outro lado, defende uma estrutura e
organização de trabalho interdisciplinar que se traduza numa abordagem conjunta de
espaço artificial e de espaço natural (Rossi, 1971).
conceptual tornou-se inovadora pelo equilíbrio interactivo entre a forma e a função, através
de uma metodologia de intervenção essencialmente estética, mas com consciência técnica.
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Carlo Aymonino (1975) e Maurice Cerasi (1977) deram continuidade a este conceito pela
flexibilidade espacial e temporal do desenho urbano, através da sobreposição por sistemas
(Magalhães, 2001). Por outro lado, Norberg-Schulz (1979) fê-lo evoluir como a resultante
das necessidades humanas em relação a um determinado sítio, não só pelo significado
simbólico das características naturais, mas também pelo misticismo local – Genius loci.
Como Paisagem, descreveu o conceito de Habitar num contexto ecológico (Schulz, 1979).
Numa abordagem formal, Robert Krier (1975) e o seu irmão Leon Krier (1978)
foram defensores dos valores da cidade tradicional através do potencial simbólico da forma,
fundamentando o sentimento de pertença no plano civilizacional e afectivo, servindo
também de orientação estrutural: “… construir e tratar pátria devia ser o primeiro objectivo
da aspiração humana, da inteligência e do trabalho e, portanto, da arte de construir
cidades.” (Krier, 1999 – p. 205). Leon esclareceu que a forma deve revelar a função,
sobretudo nos edifícios colectivos e nos espaços públicos, de modo a estabelecer uma
identidade utilitária. Descreveu que a intervenção na cidade histórica deve ter em conta o
valor patrimonial dos edifícios, aconselhando a utilização de técnicas tradicionais para
manter a autenticidade das formas, nomeadamente da fachada. No entanto, admite o
recurso a materiais industrializados pela flexibilidade de uso e capacidade de adaptação
(Krier, 1999; Lamas, 1993 e Magalhães 2001).
Deste modo, nos últimos cinco anos da corrente década a opção de sustentabilidade
tem surgido com o conceito de Eco-cidade, apostando sobretudo em estruturas verdes
suspensas e na arquitectura eco-eficiente, recorrente de energias alternativas (ditas
renováveis) e com uma abordagem ecológica.
primeira cidade ecológica do mundo, situada numa ilha chinesa da foz do rio Iangtzé em
Shangai. Esta cidade procura criar uma comunidade inclusiva dos valores tradicionais
chineses, patente no seu ambiente urbano sustentável e integrado no ecossistema
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Outra mega-eco-cidade projectada para os Emirados Árabes Unidos (no seu deserto
de Abu-Dhab) chama-se Masdar. Embora tenha os mesmos princípios de Dongtan, Masdar
deverá ser uma cidade reconhecida pela sua auto-eco-regulação interna, com um ciclo
fechado de consumo de recursos, sem emissões de CO2 e sem desperdícios de matéria
(Nogueira, 2010).
PÁGINA 25
3. CIDADE DO FUTURO
3.1 SUSTENTABILIDADE
Como medida para contrariar tal situação, o Livro Verde sobre Ambiente Urbano de
1992 identificava como a principal causa de degradação urbana a poluição atmosférica com
origem no espaço edificado. Em 1994 realizou-se a primeira Conferência Europeia sobre
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C. O entendimento da cidade como um sistema pode ser aplicado pela teoria dos sistemas
para compreender a complexidade dos processos contínuos de transferência, mudança
e desenvolvimento que nela ocorrem – sistema complexo.
Por outro lado, Lynch (1981) deprecia as primeiras analogias de cidade como um
organismo, explicando que estas não são entidades autónomas e não possuem partes
funcionais claramente diferenciadas, assim como desvaloriza o uso exclusivo da forma
orgânica na sua concepção. Refere então que este modelo pode servir as gerações futuras
pela sua perspectiva holística, considerando o aglomerado populacional como um conjunto
multifuncional, com a interacção constante dos seus constituintes diversos, que se apoiam
mutuamente entre si e cujo processo e a forma são indivisíveis. Defende que “a
incorporação destes objectivos, da cultura e, em especial, da capacidade de aprender e de
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social. Do ponto de vista ecológico (componente implícita), estas são geralmente discutidas
ao nível das alterações climáticas, da eficiência energética e da mobilidade urbana.
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
O conhecimento científico do séc. XXI tem permitido prever, até determinado ponto,
a dimensão dos efeitos desta variabilidade climática. Kunstler (2006) dá o exemplo do efeito
na corrente do golfo México: com o degelo dos glaciares do norte, a temperatura das águas
desce e a salinidade também, impedindo a corrente marítima de retornar o ciclo que
mantém a temperatura equilibrada, podendo este ser um sinal para uma nova era glacial
após um período de aquecimento. Por outro lado, descreve o número de inundações e
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derrocadas que ocorreram em todo o Mundo durante o ano de 2002, enquanto em 2003
uma grande onda de calor causou cerca de 30 mil mortos na Europa. Com isto, é cada vez
mais incerto o comportamento do clima nos próximos tempos (Kunstler, 2006).
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Para Domingos (2009), as alterações climáticas a uma escala global não são uma
consequência directa das acções do Homem, sendo que o comportamento “irregular” do
clima sempre existiu. Explica então que, perante os actuais modelos de previsão, o ciclo de
ocorrências parece ter vindo a sofrer alterações. Contudo, trata-se de modelos complexos,
assentes num conjunto de equações não lineares com soluções matemáticas apenas
aproximadas (parametrização), cuja qualidade dos parâmetros depende dos dados
fornecidos. Por outro lado, descreve as incongruências apresentadas pelos vários relatórios
do IPCC (1990 – 2007) na avaliação do clima ao longo do tempo: em vez de factos
científicos baseados nas leis fundamentais da física, existiram influências parciais com o
intuito de enfatizar a ideia de que, as alterações climáticas no séc. XX, ocorreram por
influência das emissões de gases com efeito de estufa. Contudo, confrontados os dados
utilizados no caso Hockey Stick em 2001, acabou por se identificar no 4º relatório do IPCC
(2007) que existiu uma ocorrência de aquecimento no período da Idade Média (séc. XI),
seguindo-se de um arrefecimento glacial, justificando o actual fenómeno como uma
ocorrência natural (figura 11). É
com esta atitude política
alarmista que surge o termo de
Aquecimento Global e que no
entender de Domingos (2009)
torna-se enganadora e
incorrecta, sugerindo antes uma
estratégia com base no
conhecimento da origem do
problema, devendo-se usar o
Figura 11 – Gráfico do Modelo Climático que mostra um
termo de Alterações Climáticas
igual aquecimento global no período medieval do séc. XI
(ou de Variabilidade Climática).
(IPCC, 2007 in Domingos, 2009 – p. 33)
petróleo), mas sobretudo de uma situação sem remédio. Portanto, a espécie humana terá
de adaptar-se ao clima, reajustando o seu modo de vida às condições locais e
momentâneas Kunstler (2006). Domingos (2009) explica que este Processo de Adaptação,
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
ao invés dos modelos globais que figuram no IPCC, deve ter em conta os modelos de
Variabilidade Climática com uma previsão meteorológica regional, utilizando as condições
iniciais e de fronteira da previsão global, a par dos fenómenos atmosféricos a nível local.
Superfície Activa
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desenho das áreas verdes (com o objectivo de reduzir o aquecimento urbano), com a
manutenção de corredores de circulação de ar fresco e limpo, e com medidas necessária a
reduzir a emissão de poluentes” (Kuttler,1988 apud Andrade, 2005 – p. 81).
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
um pico a nível mundial, já se sucedeu entre 2000 e 2008. Todavia, o grande problema está
no facto da restante reserva ainda disponível ser de difícil acesso e extracção inviável,
devido ao seu elevado custo energético. Por outro lado, esse pico apresentar-se-á de uma
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
forma gradual, assumindo uma curva com um aspecto de planalto, o que se torna alarmante
pela sua aparente estabilidade com carácter ilusório – a longa emergência (Kunstler, 2006).
Por outro lado, a eficiência por definição, é o quociente do produto obtido pelo gasto
resultante. Como eficiência energética, entenda-se a energia gasta para se obter uma
finalidade útil pré-determinada. Para a sua quantificação, tendo em conta as leis acima
referidas e assumindo o seu valor máximo de 100%, a Intensidade Energética de Economia
(IEE), que exprime o quociente da energia primária (Tep) pelo produto resultante (PIB), é o
termo mais utilizado para representar o Índice de Eficiência Energética. Seguindo a prática
corrente (IEE=Tep/PIB), o Tep corresponde à Tonelada de Petróleo Equivalente e o PIB
relativo ao Produto Interno Bruto, isto é, o valor economicamente acrescentado. Portanto, o
máximo de eficiência corresponde ao mínimo de intensidade, através da diminuição do
gasto de energia primária e o aumento do valor acrescentado. Para tal, é necessário ter-se
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É neste sentido que Domingos (2009) e Kunstler (2006) defendem uma política
energética baseada num processo colectivo e numa economia de valor acrescentado,
através da incorporação de conhecimento ou de elementos valorativos. Portanto, assumindo
que a tecnologia tem os seus limites no crescimento quantitativo (entropia positiva), a aposta
centra-se no desenvolvimento qualitativo e por isso renovável e transmissível (entropia
negativa). Domingos (2009) dá o exemplo da valorização trazida pelo design com a sua
distinção qualitativa relativamente à produção standard.
Com base neste conhecimento e de acordo com o livro O Fim do Petróleo – o grande
desafio do séc. XXI, Kunstler (2006) descreve a inviabilidade de um conjunto de energias
renováveis, justificando que a maior parte da actual tecnologia não é mais do que um
processo de gestão com origem fóssil, exigindo sempre gastos de produção e manutenção
dependentes do petróleo (alta entropia) e, portanto insustentáveis: “Na verdade, todas as
fontes energéticas que se baseiam em combustíveis não fósseis dependem, em certa
medida, da economia subjacente dos combustíveis fósseis.” (Kunstler, 2006 – p. 132).
Desde o inicio do séc. XXI têm surgido outros modelos assentes na chamada
despolimerização termal, que procura reproduzir matéria a partir de resíduos orgânicos de
origem fóssil. Assumindo a 2ª lei da termodinâmica, esta estratégia passa por reduzir o
gasto energético na sua produção através da reciclagem de pneus, plásticos, computadores,
etc. Este é um processo de reciclagem que, para as actuais circunstâncias em que existe
uma grande quantidade de resíduos de origem fóssil, torna-se uma solução acertada. No
entanto, esta não corresponde às necessidades a longo prazo. Também a biomassa, que
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Por outro lado, o hidrogénio é por alguns invocado como a mais recente aposta
tecnológica para “salvar” o planeta do fim do petróleo. Apesar de ser um recurso abundante
(constituinte da água – H2O) e não poluente, este requer mais energia para sua
decomposição do que aquela que dele resulta. Por outro lado, a baixa densidade do
hidrogénio, devido ao seu baixo peso atómico, exige infra-estruturas de grandes dimensões
para o seu armazenamento. É extremamente corrosivo e inflamável quando em contacto
com o ar, tornando-se perigoso no uso quotidiano e exigindo constante manutenção para o
seu recurso. Com isto, e embora já seja utilizado por algumas indústrias, este nunca irá
substituir o petróleo no domínio da actual produção económica.
Por fim, Kunstler (2009) descreve ainda que única alternativa plausível de produzir
electricidade a longo prazo e sem a dependência do petróleo é a energia nuclear. Contudo,
esta opção tem uma “carga política” muito pesada, devido ao tremendo potencial atómico do
urânio: “um único átomo de urânio físsil produzirá uma quantidade de energia dez milhões
de vezes superior à da combustão de um único átomo de carbono” (Kunstler, 2009 - p. 181),
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assim como pela sua elevada perigosidade radioactiva. Com a quantidade de urânio que
existe convencionalmente na natureza será possível gerar electricidade durante os próximos
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
100 anos. No entanto, o seu modo de produção exige grandes quantidades de calor através
de reactores de fissão nuclear controlada. Este processo aparentemente não origina
quaisquer gases de poluição atmosférica e a sua construção/manutenção produz um
elevado risco radioactioactivo, podendo vir a desencadear um desastre ambiental com
efeitos irreversíveis. O autor explica que esta é a alternativa mais realista nos moldes da
actual economia, mas apenas um auxílio para a alteração nos hábitos de vida e na procura
de novas soluções durante a longa emergência.
Contra esta opinião, Domingos (2009) afirma que o Sol é a fonte energética mais
viável a longo prazo, devendo-se tirar o máximo partido do seu potencial através de
mecanismo de produção eléctrica local. Kunstler (2006) descreve a importância da
construção passiva com a utilização de técnicas tradicionais e o planeamento urbano de
acordo com a aptidão do meio: o aproveitamento da luz solar para aquecimento e
iluminação, o recurso a materiais reutilizáveis e de mínima manutenção, assim como a
disponibilidade de alimentos em hortas existentes na proximidade da habitação. Concluindo,
Domingos (2009) justifica que tal estratégia reflectir-se-á na redução das emissões de CO2 e
numa consequente melhoria da qualidade do ar, para além de contribuir para a criação de
postos de trabalho qualificado.
Porém, Viegas (2006) in Libório (2006) relembra que não deve existir uma atitude
radical na mudança de mentalidades, mas a aplicação de medidas para a progressiva
alteração de hábitos de vida, aceitando o recurso aos meios motorizados de forma regrada.
pelo peão. Numa concepção urbana do Modernismo Operacional a partir dos anos 30, a rua
perde a sua função estruturante e orientadora de espaço público, que só volta a ser
reivindicada a partir dos anos 70, com as primeiras medidas de gestão de tráfego numa
estratégia de desviar o trânsito das zonas mais congestionadas, mas persistindo o problema
de excesso de velocidade (Gomes, 2008 e Magalhães 2001).
“The sustainable arterial street is a flexible and responsive space that meets the
needs of current users of the city and local systems without compromising the ability of future
users of the two systems to meet their own needs.” (Plowright e Marshall, 2004 – p. 5C3.9).
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Este consórcio justifica assim que o conceito de rua, como um espaço flexível e
capaz de responder às necessidades actuais e futuras, contribui como estratégia de
desenvolvimento sustentável na cidade.
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Por outro lado, é necessária uma classificação tipológica que descreva o papel da
rua no seu contexto global. Para tal, deve ser feita a especificação das suas funções
primordiais e a diferenciação de condutas, através da definição de tipologias que garantam a
decisão consciente no processo do desenho urbano e gestão do tráfego eficiente. Assim,
enquanto o modelo convencional utiliza uma classificação que estabelece níveis
hierárquicos de acordo com o tráfego automóvel e a posição da estrada relativamente à
rede (definido por um desenho urbano que facilite maiores ou menores velocidades de
circulação), com uma relação inversa da acessibilidade (figura 18); este consórcio
estabelece uma classificação de diferentes tipos de rua, ao combinar as variáveis de
circulação e de acesso em simultâneo, de acordo com a função de ligação e de lugar (figura
19). As diferentes tipologias variam de acordo com a coexistência destas variáveis, podendo
identificar-se a função mais apropriada e os respectivos utilizadores (Marshall, 2004).
“(…) retirar de cada período da história aquilo que ele tem de melhor para nos dar e
enriquecê-lo com as lições tiradas dos erros cometidos, em vez de invalidar as experiências
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Esclarecida a questão das alterações climáticas como fenómeno natural que sempre
existiu e o facto do recurso à energia fóssil estar a terminar, a espécie humana deve iniciar
um Processo de Adaptação com uma atitude preventiva. O ordenamento do território (e em
particular o planeamento urbano) deve basear-se nos princípios básicos da Ecologia, das
Ciências Físicas e das Ciências da Saúde e na gestão sustentável dos recursos, de acordo
com uma política de Eficiência Energética e um plano de Mobilidade Suave.
Recomenda-se então, numa estratégia local com efeito global e numa perspectiva
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Neste sentido e, tendo em conta o trabalho desenvolvido por Gomes (2008) sobre
Modos Suaves, são em seguida descritos um conjunto de procedimentos urbanísticos à
escala da Rua que se resumem pela Gestão de Tráfego Ambiental através do Desenho
Urbano Sustentável. A autora recorre ao modelo desenvolvido pelo consórcio ARTISTS
(Plowright e Marshall, 2004), que descreve a rua como um sistema arterial da cidade (link
status) e que, simultaneamente, engloba uma sucessão integrada de vários subsistemas
locais (place status). Todavia, este deve recorrer a um plano preventivo de ordenamento do
território a par do Plano Verde, tendo em conta a sua aptidão ecológica e a integração
contínua da vegetação (Magalhães, 2001).
Por outro lado, Viegas (2006) in Libório (2006) descreve um conjunto de medidas ao
nível da gestão dos transportes públicos motorizados como meio intermediário à utilização
dos modos suaves, devendo este ser entendido como um recurso ao transporte da bicicleta
para percursos de longa distância e não uma solução para o dia-a-dia dentro da cidade. O
objectivo é diminuir o tempo despendido em movimentos pendulares, com o local de
trabalho relativamente próximo de casa. Para tal é importante criar um sistema multimodal
com a oportunidade de escolha e tarifas acessíveis (havendo uma única entidade
reguladora), um serviço de acompanhamento ao utilizador e a sua correcta integração com
os restantes sistemas.
destas águas na rega dos espaços verdes permite usufruir, por sua vez, de outros
benefícios ecológicos numa estratégia conjunta e auto-sustentável (Gomes, 2008 e Lopes,
1982).
Por outro lado, as hortas urbanas – figura 25 (além dos benefícios anteriormente
descritos) são importantes abastecedoras locais de alimentos sem grande dependência
energética, com o escoamento de produtos através da criação de feiras e rumarias.
Simultaneamente, são espaços de lazer e convívio, com multiplicidade de funções e
recursos (Magalhães et al., 2006 e Kunstler, 2006).
Embora se conclua que não existe um modelo ideal, a Cidade do Futuro deve incluir
três importantes critérios para o seu correcto planeamento integrado:
Em síntese, o desenho urbano da cidade deve apresentar-se com uma malha formalmente
bem definida, onde a vegetação contínua integra e delimita os espaços tipológicos, sendo
que os edifícios se dispõem de forma independente, mas estruturada. Um bom exemplo
deste tipo de desenho urbano é a intervenção resultante da Exposição Mundial de Lisboa,
realizada em 1998 (Expo’98). Ainda que localizada em leito de cheia e exposta aos efeitos
da frente ribeirinha, o actual Parque das Nações apresenta uma Estrutura Verde com
alinhamentos contínuos (nas ruas) ou pontuais (nos logradouros) de diferentes espécies,
que delineia a malha e orienta o espaço edificado integrado no espaço aberto (figura 26).
Nos últimos anos, esta prática estendeu-se às áreas habitacionais envolventes com a rua a
servir para a circulação automóvel, enquanto os logradouros (públicos ou semi-públicos) são
para exclusivo acesso pedonal e lazer. A sua valorização ecológica e identitária resulta não
só da organização do edificado, mas sobretudo pela integração da vegetação, pela
implantação de um plano de mobilidade suave e da participação pública.
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Figura 26 – Malha formalmente bem definida, com estrutura verde orientadora do espaço edificado
no Parque da Nações - Lisboa, 2007 (http://cartaestrategica.cm-lisboa.pt)
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
4. SISTEMA-PAISAGEM
4.1 PAISAGEM
A palavra “Paisagem” deriva do latim pagus que significa território cultivado. Desta,
sobrevieram semelhanças nas diversas línguas: em francês paysage, com o termo pays que
significa pátria e o age (do latim agine), como a arte de ordenar o espaço em resposta às
necessidades do Homem (Telles, 2002). Em italiano é paesaggio e em espanhol paisage.
Nas línguas germânicas, landscape em inglês e landschaft em alemão, sendo que a última
advém do holandês landschap, com o prefixo land de terra trabalhada. Em português a
palavra é de origem latina (Magalhães, 2007).
Caldeira Cabral (1973) define Paisagem como “a figuração da biosfera e que resulta
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num equilíbrio ecológico e numa maior segurança e diversidade económica. Pelos princípios
de essência biológica, a edificação e os outros usos do solo devem distribuir-se de forma
contínua no território, em função dos pressupostos de aptidão ecológica e de capacidade
ambiental, não esquecendo a paisagem pré-existente. Esta deve ter por base o conceito de
continuum naturale defendido por Cabral (1980), mais tarde expresso na Lei de Bases do
Ambiente como “o sistema contínuo de ocorrências naturais que constituem o suporte da
vida silvestre e da manutenção do potencial genético e que contribui para o equilíbrio e
estabilidade do território” (alínea d), do nº 2, do artigo 5º, da Lei nº 11/87 de 7 de Abril).
Segundo Abreu et al. (2002), o conceito de Paisagem Global tem vindo a ser
entendido como uma dissolução do espaço urbano e do rural, tal como a identidade de cada
um deles, em detrimento de um espaço global. No entanto, as expressões de Paisagem
Urbana e Paisagem Rural servem essencialmente para salientar determinadas
características, mas através de uma estrutura base que não as torne independentes,
conferindo-lhes um carácter forte e característico.
4.2 SISTEMA-PAISAGEM
“(…) o novo modelo das Áreas Metropolitanas terá que ser radicalmente alterado e
repensado com novas premissas, das quais a mais importante é a redução dos automóveis
em circulação, uma nova preocupação com a rede de transportes públicos e com a rede de
Mobilidade Saudável, uma Estrutura Ecológica produtiva em alimentos e que
simultaneamente contribua para a Mobilidade Saudável, com percursos de uso quotidiano,
incluindo os cicláveis, nela integrados.” (Magalhães et al., 2007 – p. 73).
Proposta Ecológica
Na conservação da fauna e flora costeira, em conjunto com a definição de
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Num Plano Operativo, deve-se agir prioritariamente nas áreas de grande conflito
(anexo III) em salvaguarda dos recursos naturais - Acções Prioritárias.
Proposta Cultural
Em complementaridade à Estrutura Ecológica, propõe-se a criação de Policentros
autónomos e de igual importância hierárquica, coincidentes com pontos de interesse
ecológico e cultural. Estes devem ser formalmente coerentes, com a coexistência de
multifunções, orientados por corredores verdes e pela estrutura viária radioconcêntrica de
Mobilidade Urbana Sustentável. Para tal, o transporte público ferroviário e fluvial que ligam
as duas margens deve estar integrado com o ferroviário ligeiro (ex. metro de superfície),
assim como aos modos suaves (rede ciclável e pedestre) no acesso de curta distância.
verdes que interliguem o espaço rural ao espaço urbano, assim como o espaço exterior ao
espaço edificado, numa estratégia de Paisagem Global (Magalhães et al., 2007).
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Lisboa, que outrora vivia de trocas comerciais como porto de chegada e partida das
navegações marítimas, teve sempre uma forte relação com o Tejo, tomando-o como fonte
de recursos e posicionamento geográfico estratégico – figura 30 (Tostões, 2006). Matos
(2006) justifica com esta condição histórica, que Lisboa tem um importante papel
coordenador da região estuarina do Tejo relativamente à AML.
Desde o período Fenício (séc. X a.C.) até ao séc. XIX d.C., Lisboa começou por se
desenvolver na colina do Castelo estendendo-se ao longo das margens do rio Tejo e
adaptando-se progressivamente à morfologia acidentada para o interior. A sua configuração
inicial era muito diferente da actual, com o rio a permitir o acesso de embarcações até à
zona do actual Martim Moniz. A cidade romana (séc. II a.C. – I d. C.) organizava-se com o
comércio e industria na zona baixa, as residências na encosta e o castelo no alto da colina.
A Cerca Velha, reconstruída no séc. IV – V d.C., delimitava a cidade resultante das
ocupações muçulmanas. Rapidamente se estendeu além desta e durante a época medieval
(séc. XII - XIV) cresceu ao longo das estradas pontuadas por conventos franciscanos
envolvidos por miradouros verdes ao longo das encostas. Surgiram importantes pólos
sociais na Baixa, na colina do Castelo e na colina dos Mártires, delineada pela Nova Cerca
fernandina e com o centro no Rossio. No período manuelino (séc. XV), o esteiro da Baixa é
aplanado e criada uma nova praça de grande actividade comercial e administrativa
(decorrente dos Descobrimentos Marítimos) e onde se encontrava o Paço Real – Terreiro do
Paço. Nos séculos seguintes, a cidade foi crescendo espontaneamente ao longo das
principais vias de saída, com intervenções urbanísticas pontuais no séc. XVII para
responder ao crescimento populacional. Com o terramoto de 1755, surge uma estrutura
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menos orgânica, ocupando quintas de recreio e espaços conventuais ao longo das estradas
de Benfica e de Campolide, até ao limite equivalente à nova Estrada da Circunvalação
(Primeira Circular) construída nos anos 50 do séc. XIX (Marques, 1972 e Matos, 2006).
Monsanto, a construção da actual A5 para ligar a cidade ao Estádio Nacional, entre outras
avenidas que articulam as saídas e vias de cintura (Tostões, 2006).
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Os dados fornecidos pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) são datados de 2006 e
têm por base o Modelo Digital do Terreno (MDT) com resolução espacial de 5 m, o
suficiente para elaborar cartografia à escala original de 1/25000 (anexo V). O sistema de
projecção foi o de Hayford-Gauss com o elipsóide internacional Datum 73.
Hidrografia descreve-se por uma rede de linhas que une pontos (nas situações de
inflexão das curvas de nível) de cotas mais elevadas no caso das linhas de festo e de cotas
mais baixas para as linhas de água (Magalhães et al., 2007). No anexo VIII é possível
verificar as principais linhas de água tributárias do estuário do Tejo, nomeadamente as de
Alcântara, Chelas, Valverde (Av. Liberdade), Arroios (Almirante Reis), Marvila e Olivais,
assumindo maior expressão a sul, pela complexidade de níveis hierárquicos,
correspondente aos vales encaixados. Os festos assumem maior importância nas situações
de colina onde o terreno é mais acidentado.
al., 2007).
Figura 32 – Perfil esquemático dos sistemas morfológicos da Paisagem (Magalhães, 2001 – p. 342)
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Aeroporto
Carnide
Lumiar
Campo Grande
Benfica
N. Srª. de Fátima
Campolid
e
Alcântara
O Plano Verde de Lisboa, elaborado em 1993 por uma equipa coordenada pelo Prof.
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pontuais de carácter urbano, inserido num tecido Figura 34 – Esquema dos sistemas de
consolidado da cidade histórica; e Estrutura Verde espaços abertos de Lisboa (Telles et al.,
Ribeirinha pela especial relação com o Tejo. 1997 - p. 28)
viário concêntrico, que estabeleçam ligações entre os dois sistemas anteriormente descritos.
O Ribeirinho é composto essencialmente por espaços públicos de recreio.
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Deste modo, apesar da edificação da cidade moderna estar sobre uma matriz
predominantemente verde, a EEU apenas integra os sistemas anteriormente descritos e
dotados de um maior número de características ecológicas. Para uma continuidade que
garanta a sua estabilidade e equilíbrio, deve-se assegurar um Sistema de Corredores de
ligação através de ruas arborizadas (com espécies diversificadas e no mínimo com 5m de
altura) e faixas de protecção às grandes vias.
Quanto à Estrutura Verde, esta deve regrar o desenho urbano do espaço público
articulado com o edificado, através de instrumentos de concretização ao nível do Plano de
Pormenor (PP) que, por sua vez, deve seguir a delimitação definida pelos Planos de
Urbanização de acordo com a EEM integrada no PDM. Para além da localização e
dimensionamento, “o PP pressupõe a respectiva formalização em termos morfológicos e
tipológicos, representando as massas verdes, bem como os principais elementos
estruturantes, tanto inertes, como verdes, às três dimensões.” (Telles et al., 1997 - p. 33)
com o incremento das acessibilidades, recorrer ao uso dos modos suaves e dos veículos
eléctricos, através da participação activa do cidadão na concretização deste plano.
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Com esta perspectiva, a utilização da bicicleta (como o modo suave mais eficiente no
acesso a curta distância dentro da cidade) carece de uma rede de acesso confortável e
segura, através da avaliação das potencialidades da Paisagem. Deste modo, a Rede
Ciclável proposta por Magalhães e Mata (2005) para Lisboa assenta na Aptidão Ciclável,
com declives longitudinais até 5 % capazes de servir uma grande abrangência de
utilizadores. Embora seja possível traçar outros percursos com declives superiores (a cobrir
cerca de 60% do concelho como mostra o anexo XIII), não se devem estabelecer ligações
demasiado longas, mas pequenos troços que embora contínuos, têm pontos de paragem
para descanso e manutenção. Por outro lado, esta rede deve adaptar-se em função dos
elementos que se pretende servir, nomeadamente equipamentos colectivos, interfaces de
transportes públicos e patrimonial.
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Quanto à Estrutura Verde, não existem espaços públicos de recreio e lazer dentro da
referida área de estudo, apenas na sua envolvente (Campo Grande, Campo Pequeno, F. C.
Gulbenkian e Jardim Zoológico). A Praça de Espanha é um espaço ecologicamente
importante (servindo de bacia de recepção), mas com acessos e usufruto público deficitário.
Por outro lado, constata-se que a maior densidade de “áreas verdes” coincidem com o
sistema húmido e estão associadas aos grandes equipamentos, embora sem estrutura nem
continuidade. Também os logradouros, igualmente aptos para a regeneração da vegetação,
apresentam apenas 32 % de “revestimento verde” (não havendo informação do seu grau de
permeabilidade), sendo o restante ocupado por elementos inertes resultante da extensão do
edificado no piso térreo.
baseado no trabalho de Gomes (2008), que descreve o papel da rua no seu contexto global,
com especial atenção à facilidade de acesso ao peão:
1. Via Rápida – Estrada exclusivamente rodoviária que liga zonas urbanas, com intenso
tráfego automóvel e velocidades de circulação > 50 km/h, onde os modos suaves são
considerados em tipologia de segregação;
2. Rua Distribuidora – Ligação entre aglomerados urbanos, sobretudo com função de
passagem, de médio tráfego automóvel e com velocidades de circulação até 50 Km/h.
Os modos suaves são considerados em tipologia de segregação;
3. Rua Distribuidora Local – Distribuição do tráfego principal dentro do aglomerado
urbano, com velocidades < 30 Km/h e funções de acesso às zonas de serviços e
comércio. É possível a coexistência da bicicleta, mas com segregação do peão;
4. Rua Local – Distribuição do tráfego secundário dentro do aglomerado, com velocidade
<30 Km/h e função de acesso a áreas residenciais com comércio. Segregação do peão;
5. Rua Residencial – Rua Local com carácter mais intimista, velocidades de circulação
automóvel < 16 Km/h e com acesso ocasional de chegada/partida, dedicada ao peão
pela coexistência de todo o tipo de utilizadores;
6. Rua pedonal – Rua ou acesso exclusivamente pedonal, restrito ao automóvel;
7. Rua de Estadia – Via de acesso em espaços com exclusiva função de estadia, restrito
ao automóvel e com velocidade de circulação < 15 Km/h. Predomina a coexistência de
acessos com prioridade aos modos suaves;
Deste modo, a figura 38, além de definir uma proposta hierarquização, também
apresenta uma nova estrutura da rede viária. A estratégia passa por reconverter as Vias
Rápidas numa tipologia hierárquica mais adequada, de nível inferior (Rua Distribuidora ou
Distribuidora Local). No entanto, é possível verificar situações de alteração de Rua Local
para Rua Distribuidora Local (de nível superior), para reforçar o seu carácter estruturante.
acessibilidade com segurança para o peão nos níveis mais baixos da hierarquia, conduzindo
o automóvel para vias vocacionadas para o efeito, nos níveis mais altos.
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Por outro lado, o desenho dos cruzamentos adaptado de Gomes (2008) e com
fundamentos em Prinz (1980) estabelece a continuidade da cota pelo passeio nas situações
de Distribuição Local, Local ou Residencial (sendo a Local considerada o elemento ligante)
e prevalecendo sempre o nível hierárquico mais baixo para garantir segurança e conforto ao
peão (anexo 04).
A par da rede viária, foi desenhada uma estrutura de percursos pedestres e cicláveis
que passa dentro dos logradouros e estabelece ligações directas aos espaços de interesse
paisagístico. A implementação da Mobilidade Suave carece da adequação das ruas pré-
existentes à sua possível circulação, quer através da construção de novas infra-estruturas
(pontes, pontos de manutenção, iluminação e ensombramento), quer pela avaliação da
aptidão ecológica e cultural. No caso da bicicleta, há que escolher a tipologia ciclável mais
adequada, de acordo com a função e intensidade de fluxos dos restantes modos de
circulação, assim como os aspectos relacionados com sinalização e informação. Portanto,
nas situações de ciclovia unilateral, com a coexistência do peão e de baixa intensidade de
tráfego, a largura mínima é de 2 a 2,5 m, enquanto se for alta é de 2,5 a 3 m. Para a
bidireccional, é 2,5 a 3 m e 3 a 4 m respectivamente (Magalhães e Mata, 2005).
Tipologias de Segregação
1. Via Rápida – Apesar de não serem propostas nesta área de estudo, devem integrar-se
na Paisagem através de uma estrutura verde contínua com as seguintes características:
- duas a três faixas de rodagem por sentido, tendo cada uma 3,5 a 4 m de largura;
- largura da estrada entre 23 e 27,5 m, com faixa verde central e a largura dos passeios
> 5 m, apresentando segregação ou coexistência de ciclovia bidireccional;
- vegetação arbustiva central e arbórea (de grande porte) lateral.
- duas faixas de alinhamento arbóreo lateral, com vegetação de médio porte, sendo
uma delas de folha caduca (Tilia tomentosa, Prunus Cerasifera e/ou Ginkgo biloba).
De um sentido:
- uma faixa de rodagem de 3 m de largura e uma de estacionamento lateral com 2,5 m;
- coexistência da bicicleta no sentido da faixa de rodagem e uma ciclovia unilateral para
o sentido inverso, tendo os passeios laterais > 1,5 m de largura;
- um alinhamento arbóreo lateral com vegetação de médio porte e folha caduca (Tilia
tomentosa, Prunus Cerasifera e/ou Ginkgo biloba).
Tipologias de Coexistência
O Plano Verde de Lisboa (Telles et al., 1997) define para esta área de estudo dois
tipos de Sistemas: o Descontínuo, típico da cidade tradicional, onde a Estrutura Verde
surge essencialmente pela recuperação dos logradouros com revestimento vegetal
(sobretudo árvores) e a sua reconversão para utilização pública ou semi-pública; E o
Contínuo Radial, composto por espaços de recreio do género da Gulbenkian, incluindo
lagos para a retenção das águas pluviais e misto de produção agrícola, que no seu conjunto
estabelecem um Corredor Verde Ligante à escala da cidade (anexo XI). Também, a
rearborização de ruas e avenidas numa estrutura contínua, assim como uma rede de
percursos pedonais auxiliam parte desta ligação às pontuações verdes envolventes.
- Sistema Húmido
- Linha de água principal
- Estrutura Verde
- Sistema Agrícola
- Ligações cicláveis
com o seu contexto (natural e cultural) paisagístico, formando um Corredor Verde ao longo
do Sistema Húmido (coincidente com a ferrovia - a)) (em detalhe nos anexos 06 e 07):
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
6 CONCLUSÃO
Neste sentido, e embora se conclua que não exista um modelo ideal de Cidade do
Futuro, esta deve ser encarada como um sistema de sistemas de ruas e bairros, inclusiva de
espaço verdes públicos multi-funcionais e hortas urbanas de acordo com a aptidão
ecológica, interligados por uma Estrutura Verde Contínua, bem como por percursos
pedestres e cicláveis de curta distância – modos suaves, articulados com os transportes
colectivos no acesso a longas distâncias. Por outro lado, esta tem de ser mais humana,
acessível a todos e com a participação activa dos seus habitantes através de hábitos de
vida mais sustentáveis: assegurar um sistema de metabolismo circular num consumo
equilibrado com a redução, reutilização e reciclagem de recursos, nomeadamente da água e
da energia eléctrica (decorrente de modos de captação e distribuição local eficientes),
resultando na melhoria da qualidade de vida ao nível da saúde, segurança e bem-estar.
sociais, assim como de benefícios económicos associados, através de uma clara explicação
da origem dos problemas e não apenas a solução.
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
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PÁGINA 87
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
ANEXOS
PÁGINA XVI
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
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PÁGINA XVII
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
PÁGINA XVIII
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Anexo III – Identificação das Áreas de Conflito: a vermelho as áreas (ribeirinhas) de conflito
grave e a laranja as áreas sujeitas a pressão urbanística (Magalhães et al., 2007 – p. 91)
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
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Anexo IV – Carta Altimétrica do Concelho de Lisboa (CEAP, 2010)
PÁGINA XXII
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Anexo V – Carta do Modelo Digital de Terreno do Concelho de Lisboa (CEAP, 2010)
PÁGINA XXIII
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
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Anexo VI – Carta Hipsométrica do Concelho de Lisboa (CEAP, 2010)
PÁGINA XXIV
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
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Anexo VII – Carta de Declives do Concelho de Lisboa (CEAP, 2010)
PÁGINA XXV
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
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Anexo VIII – Carta de Hidrografia do Concelho de Lisboa (CEAP, 2010)
PÁGINA XXVI
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Anexo IX – Carta de Exposições do Concelho de Lisboa (CEAP, 2010)
PÁGINA XXVII
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
PÁGINA XXVIII
PÁGINA XXIX
Anexo XII – Estrutura Ecológica Municipal (EEM) – Proposta da Revisão do Plano Director
Municipal (PDM) de Lisboa 2010 (PDM, 2010)
PÁGINA XXX
Anexo XIII – Principais eixos de circulação de bicicleta previsto para Lisboa de acordo com o
declive (Magalhães e Mata, 2005)
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
a) Terreno Vago a integrar no sistema b) Terreno Vago pela Feira Popular, c) Área ocupada pelo corredor
de parques, com principal uso integrar no sistema de parques que ferroviário, o qual deverá ser
agrícola e como corredor de ligação a ligue o Campo Grande ao Curry enquadrado e integradas novas
Monsanto; Cabral; funcionalidades;
g) Logradouro na Av. António Serpa h) Espaços Verdes no Curry Cabral, i) Único troço natural de linha de
aproveitado como espaço de lazer com boa rede de caminhos que deve água a ser preservado e integrado no
para os utentes dos edifícios; ser aproveitada; sistema de parques em Sete Rios;
j) Hortas urbanas junto ao corredor k) Percurso existente junto ao l) Hortas urbanas nos quintais das
ferroviário a ser readaptado à restante corredor ferroviário a ser reajustado traseiras dos edifícios mais antigos
PÁGINA XXXI
área e a tirar partido do seu transporte com a possível integração de em Sete Rios;
através do comboio; ciclovia;
Anexo XIV – Conjunto de imagens com a análise e interpretação da actual situação da área de estudo
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
Anexo XV – Identificação do edificado sobre Sistema Húmido e área de estudo (CEAP, 2010)
PÁGINA XXXII
- Sistema Húmido
- Linha de água principal
- Estrutura Verde
- Sistema Agrícola
PÁGINA XXXIII
- Ligações cicláveis
- Edificado Existente
- Edificado Proposto
- Espaços Verdes
- Alinhamentos arbóreos
- Hortas urbanas
- Ligações cicláveis
- Sistema de água
PÁGINA XXXIV
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
a) Sem carros e com cuidado b) Integração da linha de água numa c) Rua pedonal no centro de Almada,
tratamento estético, a vegetação faz rua requalificada pelos habitantes de com coexistência de espaços e
parte do desenho da rua no Bairro Malmö, Augustenborh (Suécia); serviços, misto de comércio local e
Vauban, Freiburg (Alemanha); (www.malmo.se/sustainablecity) residencial;
d) Curitiba (Brasil) é uma cidade e) O metro ligeiro de superfície em f) Com acesso de barco desde
reconhecida pelo seu eficiente plano Almada é um transporte Lisboa, a ciclovia Costa-Trafaria
de acessibilidades, baseado nos energeticamente eficiente e amigo do permite a ligação de bicicleta até à
transportes públicos ambiente (www.m-almada.pt) ; praia de forma segura e confortável;
(http://neath.wordpress.com);
g) Horta comunitária devidamente h) Mercado Verde local em Malmö, no i) Logradouro público em Berlim,
estruturada por parcelas, num bairro âmbito do projecto Boo1 resultante da intervenção da IBA, em
de Porto Rico (n.d.); (www.malmo.se/sustainablecity) ; 1987 (www.wikimedia.com);
j) Auto-captação de energia solar k) Telhados e terraços verdes para l) Primeiro posto de carregamento
PÁGINA XXXV
através de painéis fotovoltaicos num garantir o conforto bioclimatico em para veículos eléctricos, da rede
Bairro de Freiburg (Alemanha); Malmö; Mobi-e, no Parque das Nações
(ecotecnologia.files.wordpress.com) (www.malmo.se/sustainablecity) (Lisboa); (www.mobi-e.pt)
PÁGINA XXXVI
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CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
PÁGINA XXXVIII
Rua Distribuidora
Rua Local
Rua Residencial
Rua Pedonal
Percurso Pedestre
Ferrovia
Passeio / Estrada
Pedonal
Cruzamento
(inerte)
Estadia (deck)
Parque de Estacionamento
Passagem Inferior
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
03 Proposta
1: 5000
Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
PÁGINA XXXIX
PASSEIO E O ATRAVESSAMENTO
DESNIVELAMENTO
DESNIVELAMENTO ENTRE O
RUA DISTRIBUIDORA
RUA DIST.
RUA DIST.
RUA DISTRIBUIDORA | RUA LOCAL RUA DISTRIBUIDORA LOCAL (1S) | RUA DISTRIBUIDORA LOCAL (2S)
PASSEIO E O ATRAVESSAMENTO
PASSEIO E O ATRAVESSAMENTO
RUA LOCAL | RUA LOCAL
RUA DISTRIBUIDORA LOCAL | RUA LOCAL RUA DISTRUBUIDORA LOCAL (1S) | RUA LOCAL (2S)
DESNIVELAMENTO ENTRE O
CONTINUIDADE ENTRE O
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RUA LOCAL
RUA LOCAL
RUA DIST.
CONTINUIDADE
Centro de Estudos
CONTINUIDADE ENTRE O
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral "
TABELA DE
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RUA LOCAL
CRUZAMENTOS
DE RUAS 1: 1000
Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
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Prof. Dra. Arq. Paisagista
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
PÁGINA XL
10 - 12 m
Faixa verde
Drenagem
Drenagem
Estacionamento
Estacionamento
Separador central 2,5 m 1,5 m
Faixas de rodagem Faixas de rodagem Edificado (unidireccional) ou Edificado
ou (zona verde)
0,5 0,5 1m
(bidireccional)
>5m 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m 3 - 3,5 m 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m >5m >4m 2,0 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m 2,0 >4m
10,5 ou 12 m 7 - 10 m
23 - 27,5 m 18,5 m - 20,5 m
26,5 m - 28,5 m
3. RUA DISTRIBUIDORA LOCAL
DE DOIS SENTIDOS
DE DOIS SENTIDOS
4. RUA LOCAL
6,5 m
6,5 m
4,5 - 6 m
4,5 - 6 m
c/ carregamento
c/ carregamento
Estacionamento
Estacionamento
Estacionamento
Estacionamento
pedonal
pedonal
Edificado Estacionamento Edificado Edificado Edificado Edificado bicicletas Edificado Edificado Edificado
pedonal e bicicletas (2 sentidos) pedonal pedonal pedonal e bicicletas
e bicicletas (1 sentido) (2 sentidos)
(1 sentido)
> 1,5 m 5m 3,5 - 4 m 3,5 - 4 m >2m > 1,5 m 2m 5m >2m > 1,5 m 2,5 m 2,75 - 3 m 2,75 - 3m 2,5 m > 1,5 m > 1,5 m 1,5 m 2,5 m 2,75 m ou 3 m > 1,5 m
7-8m 5,5 ou 6 m
7. RUA DE ESTADIA
DE DOIS SENTIDOS
5. RUA RESIDENCIAL
3,5 - 4 m
3 - 3,5 m
Estacionamento = 2,5 m
Recreio = 4 m
Logradouro 1,5 m 5-6m 1,5 m Logradouro Logradouro Logradouro
Edificado Edificado Edificado Edificado
bicicletas (2sentidos) e
8-9m 5 - 6 m ou 4 + 1,5 m
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral "
6. RUA PEDONAL
CIDADE DO FUTURO
05 PERFIS DE RUA
1: 200
Rua de Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Edificado Edificado Edificado Estadia e Recreio Passagem restrita ao Estadia e Recreio Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
bicicletas
> 3,7 m < 3,7 m ,
8 - 12m 5-6m 8 - 12 m
Prof. Dra. Arq. Paisagista
CIDADE DO FUTURO – VISÃO DO SISTEMA-PAISAGEM
Caso de Estudo da Cidade de Lisboa
PÁGINA XLI
Hortas Urbanas
Estrutura Cultural
Passeio / Estrada
Pedonal
Cruzamento
(inerte)
Estadia (deck)
Parque de Estacionamento
Percurso Pedestre
Ciclovia
Muro
Passagem Superior
Passagem Inferior
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
06 PLANO GERAL
Proposta
1: 5000
Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
PÁGINA XLII
Estrutura Cultural
Passeio / Estrada
Pedonal
Cruzamento
(inerte)
Estadia (deck)
Parque de Estacionamento
Percurso Pedestre
Ciclovia
Ponte Pedonal
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
07A ENTRECAMPOS
Proposta
1: 2000
Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
07A' ENTRECAMPOS
Perspectivas
Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
PÁGINA XLIII
Anexo 07B e 07B’ – Plano Geral e Perspectivas da Proposta para o Curry Cabral
LEGENDA:
Hortas Urbanas
Estrutura Cultural
Passeio / Estrada
Pedonal
Cruzamento
(inerte)
Estadia (deck)
Parque de Estacionamento
Percurso Pedestre
Ciclovia
Ponte Pedonal
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
PÁGINA XLIV
Anexo 07C e 07C’ – Plano Geral e Perspectiva da Proposta para a Pr. de Espanha
LEGENDA:
Hortas Urbanas
Estrutura Cultural
Passeio / Estrada
Pedonal
Cruzamento
(inerte)
Parque de Estacionamento
Percurso Pedestre
Ciclovia
Ponte Pedonal
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
07C Proposta
1: 2000
Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
07C' Perspectivas
Sete Rios - Entrecampos
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
PÁGINA XLV
Anexo 07D e 07D’ – Plano Geral e Perspectiva da Proposta para Sete Rios
LEGENDA:
Hortas Urbanas
Estrutura Cultural
Passeio / Estrada
Pedonal
Cruzamento
(inerte)
Estadia (deck)
Parque de Estacionamento
Percurso Pedestre
Ciclovia
Ponte Pedonal
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro
Centro de Estudos
de Arquitectura Paisagista
"Prof. Caldeira Cabral"
CIDADE DO FUTURO
OUTUBRO 2010
Ricardo Jorge de Almeida Ribeiro