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Pastoral (CTP)
Sumário
Platão
Por que foi sugerido o vídeo acima? Assista, você vai gostar, mas, no
que diz respeito ao âmbito religioso, a história parece estar dando voltas. É o
mito do eterno retorno, postulado por Cícero, Mircea Eliade, cujo texto serve de
guia para esse trabalho, e Friedriech Nietzche.
FONTE: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/7a/Ouroboros.svg
Numa outra linguagem, pode-se dizer que a história, para esse homem,
era a manifestação de um conjunto de leis cósmicas e, a função do homem, era
aprender a se integrar a essas leis. Isso era realizado através de processos
cerimoniais de maneira periódica. Do ponto de vista religioso, temos o calendário
das atividades religiosas, através do qual, o homem se integra com o sagrado,
com os arquétipos.
O PODER DO MITO
Nas civilizações primitivas, tudo o que o homem faz tem um modelo trans-
humano; portanto, mesmo fora do tempo festivo, seus gestos imitam os modelos
exemplares fixados pelos deuses e pelos antepassados míticos. Mas essa
imitação corre o risco de ser desfigurada ou esquecida. São as festas religiosas
que voltam a ensinar aos homens a sacralidade dos modelos.
Ele trata de uma realidade sagrada, pois o sagrado é real por excelência.
Tudo o que pertence à esfera do profano não participa do Ser, visto que o profano
não foi fundado ontologicamente pelo mito, não tem modelo exemplar. O
trabalho agrícola, por exemplo, é um ritual revelado pelos deuses ou pelos Heróis
civilizadores, por isso constitui um ato real e significativo. Mas numa sociedade
dessacralizada tornou-se um ato profano, justificado pelo proveito econômico
que proporciona. Nenhum deus ou herói jamais revelou algo profano.
O que o homem faz pela própria iniciativa, sem o modelo mítico, pertence
à esfera do profano: é uma atividade vã e ilusória. Quanto mais o homem é
religioso tanto mais dispõe de modelos exemplares para seus comportamentos
e ações.
A repetição dos modelos divinos tem um resultado duplo: (1) por um lado,
ao imitar os deuses, o homem mantém-se no sagrado e, consequentemente, na
realidade; (2) por outro lado, graças a reatualização ininterrupta dos gestos
divinos exemplares, o mundo é santificado.
ELIADE, Mircea; ANAYA, Ricardo. El mito del eterno retorno. Altaya, 1994.