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Integridade – sendo bom de dentro pra fora

Não fazer mal ao próximo

(Zc 7:8-10 / Sl 15:3)

Vimos no nosso encontro anterior como a língua pode ser usada para difamar
alguém e também já vimos como palavras mal colocadas ou contendo
inverdades podem ferir as pessoas atingidas. Vimos em Jeremias, o quanto
esse comportamento desagrada a Deus.

A quinta característica de integridade que vamos ver hoje é acerca de “não


fazer mal ao próximo” Sl 15:3 e o texto base é tirado do livro do profeta
Zacarias, capítulo 7, versículos de 8 a 10.

Zc 7:8-10 “A palavra do Senhor veio a Zacarias, dizendo: — Assim falou


o Senhor dos Exércitos: "Julguem segundo a verdade e sejam bondosos e
misericordiosos uns com os outros. Não oprimam a viúva, nem o órfão,
nem o estrangeiro, nem o pobre, e que ninguém faça planos para
prejudicar o seu próximo.”

Essas são as orientações do Espírito, passadas ao povo de Deus por meio dos
profetas, porém o povo endureceu seu coração, não deu ouvidos à palavra do
Senhor; por rebeldia ignoraram essas orientações básicas. Por esse motivo
veio a ira do Senhor sobre suas vidas. Esse era o contexto daquele tempo.

E hoje? Como percebemos e cumprimos essas orientações? De quantas


formas podemos fazer o bem ou o mal para alguém, segundo esse texto de
Zacarias?

A maldade é maldade, desde a expulsão do homem do Éden e desde que o


inimigo passou a ter domínio sobre a terra. Nos tempos de Zacarias, as
pessoas não estavam julgando segundo a verdade, eram más e não exerciam
a misericórdia, oprimiam as viúvas, os órfãos, os estrangeiros e o pobre.
Vemos, ainda hoje, muitas dessas coisas acontecendo.

Porém, o mais grave nessa história, é que isso estava acontecendo no meio
do povo de Deus! O que é totalmente contrário à Sua Palavra.

Nos dias atuais, temos visto coisas terríveis sendo cometidas na nossa
sociedade. Todos os dias temos notícias de idosos e crianças sendo
maltratadas, crianças sendo abusadas, abandonadas ou até descartadas no
lixo.

O fenômeno da imigração, nunca esteve tão intenso no mundo, e muitas


vezes os estrangeiros são vítimas de xenofobia (medo, aversão ou a profunda
antipatia em relação aos estrangeiros, a desconfiança em relação a pessoas
que vêm de fora do seu país com uma cultura, hábito, etnias ou religião
diferente).

Vemos pobres abaixo da linha da pobreza! Por mais que os governos


procurem tentar amenizar o problema com programas sociais, esses
programas não passam de paliativos e não são a solução definitiva do
problema. (A fila de espera do Auxílio Brasil (R$400,00) volta a crescer e
chega a 3 milhões, segundo dados do CadÚnico, após ser zerada no início do
ano, fonte: R7. Classificação: extrema pobreza = renda mensal de até
R$105,00, situação de pobreza = renda mensal de R$105,01 até R$210,00,
baixa renda = renda mensal abaixo do salário mínimo).

A reflexão proposta aqui é, que atitude podemos estar sujeitos a tomar que
possa nos levar a prejudicar alguém de qualquer forma, seja no âmbito físico
ou emocional ou mesmo espiritual?

Qualquer uma dessas atitudes implica em violência e violação da dignidade


do outro de alguma forma, causando dor e aflição.
Nós cristãos, precisamos estar atentos para não cometermos os mesmos erros
que o povo da época de Zacarias estava cometendo. O justo não deve se
igualar ao ímpio, que na maioria das vezes está envolvido com todo tipo de
injustiça. Em Pv 10:6, a palavra de Deus nos orienta a esse respeito e diz
assim: “Sobre a cabeça do junto há bênçãos, mas na boca dos ímpios mora
a violência”.

Deus odeia a violência, seja ela física ou emocional. Onde a violência mora,
ela se reproduz. Violentos geram violentos; abusadores geram abusadores.
Porém há uma escolha, a pessoa pode mudar seu destino se fizer as escolhas
certas. Muitas vezes as pessoas que têm histórico de violência e abuso
precisam de um apoio emocional e espiritual, como libertação, cura interior
e um discipulado (acompanhamento), pastoral ou de um irmão que se
disponha a estar caminhando e apoiando essa pessoa.

Como filhos e discípulos de Deus, é nosso papel exercermos o amor e a


misericórdia, estendendo a mão para esses irmãos. Assim fazendo a
diferença na nossa sociedade e sermos dignos de sermos chamados de
cristãos. Afinal, Jesus nos deu exemplo disso.

Nós estamos livres de fazer mal a alguém?

Atitudes egocêntricas, por exemplo, podem nos levar, mesmo não querendo
ou sem perceber, a fazermos o mal a alguém. Satanás é um exemplo claro
desse tipo de atitude. Is 14:12-15 diz assim: “Veja como você caiu do céu, ó
estrela da manhã, filho da alva! Veja como você foi lançado por terra, você
que debilitava as nações! Você pensava assim: "Subirei ao céu, exaltarei
o meu trono acima das estrelas e me assentarei no monte da congregação,
nas extremidades do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei
semelhante ao Altíssimo." Mas você descerá ao mundo dos mortos, no
mais profundo do abismo.”
Por outro lado, quando decidimos fazer o bem, todas as coisas ficam
favoráveis a nós. Simplesmente porque estamos agradando a Deus,
cumprindo sua vontade.

O discípulo de Jesus precisa seguir seu exemplo, sendo bom e gentil,


deleitando-se e promovendo o deleite dos outros. Não por acaso, Jesus
esclareceu, quando perguntado a respeito do maior mandamento da Lei (Mt
22:36-40): “Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua
alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento.
E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo”.

E Jesus ainda foi além, em Lc 6:27:36 disse:

“Digo, porém, a vocês que me ouvem: amem os seus inimigos, façam o bem
aos que odeiam vocês. Abençoem aqueles que os amaldiçoam, orem pelos
que maltratam vocês......”

Para finalizar, pense, de que forma você poderia semear o bem essa semana
para alguém que necessita disso.

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