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Apostila de Apoio

Matemática

Paulo Sérgio Lopes


paulosergio0414918@gmail.com

4o Edição
Prefácio Sumário
Vária pessoas sempre se perguntam Pra que estudar 1 Números 3
matemátema? 1.1 Frações . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
A matemática deve ser ensinada porque é a parte 1.2 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . 3
substancial de todo o patrimônio cognitivo da huma- 1.3 Classificação de frações . . . . . . . . . 4
nidade. Se o currı́culo escolar deve levar a uma boa 1.4 Operações com Frações . . . . . . . . . 5
formação humanı́stica, então o ensino da matemática 1.5 Frações Decimais . . . . . . . . . . . . 7
é indispensavel para que essa formação seja completa. 1.6 Operações com Números Negativo . . . 8
Tendo como parametro a afirmação acima, este 1.7 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . 10
material proporciona uma breve, porem substancial,
apresentação de temas importantes para bom desen- 2 Potênciação e Radiciação 14
volvimento da formação do aluno durante todo o 2.1 Potenciação . . . . . . . . . . . . . . . 14
curso. 2.2 Propriedades da Pôtencia . . . . . . . 14
Para ajudar os alunos que estão a muito tempo fora 2.3 Radiciação . . . . . . . . . . . . . . . . 16
da escola dedicamos os quatro primeiros capı́tulos, que 2.4 Operações com radicais . . . . . . . . . 17
em sua essência são apenas uma recapitulação do en- 2.5 Notação Cientifica . . . . . . . . . . . 20
sino fundamental, tratando se de operações, inclusive 2.6 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . 21
radiciação e potenciação, entre números inteiros e ra-
cionais e equações do primeiro e do segundo grau. 3 Equações do 1◦ grau com uma variável 31
No quinto capı́tulo abordamos um assunto que mui- 3.1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . 31
tos alunos desconhecem; trigonometria. Não aprofun- 3.2 Resolução de equação do 1◦ grau com
daremos muito, pois, se trata de um conteúdo muito uma variável . . . . . . . . . . . . . . . 31
extenço, trataremos apenas das razões, no triângulo 3.3 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . 34
retângulo e na circunferencia, e funções.
E finalizamos trabalhando os números complexos, 4 Equação do 2◦ grau com uma váriavel 37
que tem profunda ligação com eletricidade, será visto 4.1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . 37
que a impedancia de um material é mais simples de ser 4.2 Resolução de uma 2◦ grau incompleta . 37
trabalhada quando dada na forma complexa, e muito 4.3 Equação do 2◦ completa. . . . . . . . . 39
mais fácil de ser calculada na forma trigonométrica. 4.4 Equações Literais do 2◦ grau . . . . . . 41
4.5 Equações redutı́veis ao 2◦ grau . . . . . 42 1 Números
4.6 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . 43
1.1 Frações
5 Trigonometria 46
5.1 O teorema de Pitágoras . . . . . . . . 46 É muito frequente que em nossa vida nos deparamos
5.2 Ângulos . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 com situações que nos exija trabalhar com números
5.3 Trigonometria no Triângulo . . . . . . 49 menores que um, por exemplo, quando vamos com-
5.4 Trigonometria no Circulo . . . . . . . . 53 prar um parafuso. Neste instante sempre aparece as
5.5 Funções Trigonométricas . . . . . . . . 54 palavras três oitavos, três quartos, etç. Este são uns
5.6 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . 55 dos vários momentos que nos deparamos com alguns
elementos da matemática chamado de fração. Neste
6 Números Complexos 57 capı́tulo teremos como objetivo trabalhar as várias
6.1 Apresentação . . . . . . . . . . . . . . 57 formas de apresentação de uma fração e as operações
6.2 Potência da Unidade imaginária . . . . 57 elementares sobre estas frações.
6.3 Forma Algebrica de um Número Com-
plexo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
6.4 Operações com Números Complexos . . 59 1.2 Apresentação
6.5 Forma Geometrica de um Número Definição: Chamaremos de fração todo elemento ma-
Complexo . . . . . . . . . . . . . . . . 62 temático da forma a onde a e b são números quaisquer
6.6 Argumento do Número Complexo . . . 62 b
6.7 Forma Trigonométrica do Número e b necessariamente diferente de zero. Uma fração re-
Complexo . . . . . . . . . . . . . . . . 64 presenta uma divisão (na maioria das vezes não exata)
6.8 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . 64 entre dois números.
Na definição acima frequentemente chamaremos o
elemento a de numerador e o elemento b de denomi-
nador.
Exemplo: Abaixo são dados uns exemplos de
frações.

1
a)
4

3
3 35
b) c)
8 41
5 121
c) 3 d)
7 122
25 Fração Imprópria Uma fração será chamada de
d)
3 imprópria quando o denominanor for menor que o
numerador, matematicamente, a > b, ou em outras
Um exemplo prático da fração são os submúltiplos palavras o número que estiver em cima tem que ser
da polegada 1 maior do que está em baixo. Estas frações recebem
está classificação pelo fato de representarem parte de
1.3 Classificação de frações vários inteiros.
Exemplos
As frações apresentam quatro classificações básicas, e
são elas: 7
a)
Fração Própria: Uma fração será chamada de pro- 3
pria quando o denominador for maior que o numera-
12
dor, matematicamente, a < b, ou seja, o número que b)
estiver em baixo tem que ser maior que o número de 5
cima. Estas frações recebem esta classificação pelo 135
fato de representarem parte de um inteiro. c)
14
Exemplos
1210
1 d)
a) 21
4
Fração Mista: As frações mistas são uma variação
3 de uma fração imprópria. A diferença entre ela é
b)
7 que nas frações impróprias a quantidade de inteiros
1
A polegada é uma unidade de comprimento usada no sis-
aparece incorporada no numerador, enquanto que nas
tema imperial de medidas britânico. Uma polegada equivale à frações mista aparece explicita.
2,54 centı́metros ou 25,4 milı́metros Exemplos

4
7 1 iguais, caso contrário, teremos que torna-los iguais.
a) =2
3 3 Veja os exemplos abaixo
12 2 Exemplos
b) =2
5 5 3 5 3+5 8
+ = =
Fraçao Aparente: Fração aparente é a forma mais 7 7 7 7
simples de uma fração, chamaremos de fração apa- 12 72 12 − 72 −60
− = =
rente quando a fração representa uma quantidade 13 13 13 13
exata de inteiros. Como você pode observar na soma e subtração
Exemplos de frações conservamos os denominadores (que são
iguais) e operamos com numeradores
14
a) =2 Quando os denominados não são iguais usaremos
7 um recurso chamado de mı́nimo múltiplo comum (ou
25 m.m.c.), para fazer com que estas frações que, inicial-
b) =5
5 mente não tinham o mesmo denominador, tenha após
um processo simples.
121
c) = 11 Leia atentamente o exemplo abaixo:
11 Exemplos: Vamos somar somar duas frações que
660420 3 5
d) = 135 não tem o mesmo denominador, e
4892 4 8

Após conhecermos as frações e suas classificações 3 5


+ =?
nada mais natural que aplicarmos as operações fun- 4 8
damentais sobre elas. não podemos efetuar as somas como no método an-
teiror, pois, os denominadores são diferentes, qual dos
1.4 Operações com Frações dois denominadores vamos conservar? Observe que se
listarmos os múltiplos (tabuáda) de 4 e de 8 teremos
Adição e Subtração vários números em comum,
Para que a soma e a subtração de frações seja
possı́vel é necessário que os denominadores sejam 4 = {4, 8 , 12, 16 , 20, 24 , 28, · · ·}

5
8 = { 8 , 16 , 24 , 32, 40, 48, 56 · · ·} multiplicado por três obteremos nove; e na segunda
fração: vinte e um divido por três igual a sete, multi-
mas apenas o menor2 deles será interessante para
plicando por cinco temos trinta e cinco. Montando o
nós, que neste caso é o número 8.
esquema de frações
Para calcularmos esta soma teremos que tornar o
oito como denominador comum e dividir oito pelo de- 3 5 9 − 35
− =
nominador e multiplicar o resultado pelo numerador. 7 3 21
3 5 3 5 −26
+ =? − =
4 8 7 3 21
6+5 11 Podemos obeservar que o método de soma e de sub-
= tração de fração não é difı́cil, mas exige atenção. Por
8 8
este motivo recomendamos que o leitor procure por
assim podemos concluir que
conta própia em outros livros, principalmente os de
3 5 11 quinta e sexta série.
+ = Multiplicação e Divisão
4 8 8
Na multiplicação de frações basta multiplicar dire-
Exemplo tamente, ou seja, multiplique o denominado da pri-
5 3
Subtraia de . meira fração com o denominador da segunda fração
3 7
O processo para a subtração é o mesmo utilizado e multiplique o numerador da primeira fração com o
no exemplo anteiro; veja a lista de múltiplos de 7 e 3. numerador da segunda fração.
Exemplo
3 = {3, 6, 9, 12, 15, 18, 21 , · · ·} 8 9 8×9 72
× = =
7 = {7, 14, 21 , · · ·} 3 10 3 × 10 30

o nosso m.m.c. neste exemplo será o número vinte e Na divisão de frações multiplicaremos a primeira
um. fração pelo inverso da segunda fração.
Repetindo o exemplo anterior teremos na primeira Exemplo
fração: vinte e um dividido por sete igual a três e 3 8 3 9 3×9 27
÷ = × = =
2
Este número sempre chamaremos de m.m.c. 7 9 7 8 7×8 56

6
1.5 Frações Decimais um decimal conhecido, neste momento será útil ter
o conhecimento de um algoritmo, veja os exemplos
Números decimais são numerais que indicam um abaixo.
número que não é inteiro. Geralmente após o alga- Exemplo
rismo das unidades, usa-se uma vı́rgula. Os números
Para determinar a fração geratriz de uma dı́zima
decimais são apenas uma representação diferente para
periódica basta colocar o número nove no denomina-
as frações. Para encontrar-mos os números decimais
a dor.
equivalente à fração basta dividir o numerador 4
b 0, 444 · · · =
a pelo denominador b, como veremos nos proximos 9
1
exemplos. 0, 111 · · · =
Exemplo 9
25
1 0, 2525 · · · =
= 1 ÷ 2 = 0, 5 99
2 1 8 17
7 1, 888 · · · = 1 + 0, 888 · · · = + =
= 7 ÷ 4 = 1, 75 1 9 9
4 3 3 12 4
825 3, 333 · · · = 3 + 0, 333 · · · = + = =
= 825 ÷ 125 = 6, 68 1 9 9 3
125 Nestes exemplos é facil perceber que quando na
Os números decimais acima são chamados de de- dı́zima se repete apenas um algarismo, como no pri-
cimais exatos pelo fato de que o resto da divisão é merio exemplo, colocamos apenas um nove no deno-
sempre zero. minador; quando na dı́zima se repete dois algarismo,
Exemplo como no terceiro exemplo colocamos dois noves (ou
1
= 1 ÷ 3 = 0, 333 · · · noventa e nove).
3
8 Para decimais exatos é mais simples, mais desta
= 8 ÷ 9 = 0, 88888 · · · vez vamos utilizar o algarismo zero e não o nove como
9
17 anteriormente.
= 17 ÷ 33 = 0, 515151515 · · · 5 1
33 0, 5 = =
Os números decimais acima são chamados de dı́zima 10 2
9
periódica pelo fato de que o resto da divisão jamais 0, 9 =
será zero. 10
12369
As vezes é necessário encontra a fração que fornece 123, 69 =
100

7
56194 É facil perceber que, se tivermos vários créditos,
56, 194 =
1000 continuarei a ter crédito, ou seja, somar números po-
Quando encontramos apenas um algarismo após a sitivos continuo com números positivos.
vı́rgula colocamos apenas um zero acompanhando o
Exemplo
algarimos um do denominador; quando temos dois al-
(+34) + (+16) = +50
garismos após a vı́rgula colocamos dois zeros compa-
nhando o algarismo um no denominador, e assim por (+74) + (+58) = +132
diante. Pode perceber também que se eu tiver várias dı́vidas
eu terei uma dı́vida maior ainda, assim, percebemos
que a soma de números negativos teria uma resposta
1.6 Operações com Números Nega- negativa.
Exemplo
tivo (−23) + (−45) = −68
Os números negativos apareceram apartir de uma sub- (−145) + (−55) = −200
tração de minuendo é menor que o subtraendo. Em outras palavras, se somarmos dois, ou mais,
Exemplo números inteiros de mesmo sinal, conservamos o sinal
15 − 20 = −5 lê-se menos cinco comum as parcelas e somamos os valores absolutos.
Exemplo
971 − 996 = −25 lê-se vinte e cinco
(−52) + (+23) = −29
Módulo
(+326) + (−149) = +177
Chama-se módulo ou valor absoluto de um número
Por outro lado, se tenho um valor negativo em mi-
relativo o número natural que faz parte de sua repre-
nha conta bancaria e deposito um valor, para que eu
sentação. Usam-se duas barras verticais para indicá-
tenha um crédito eu tenho que depositar um valor
lo.
maior que a dı́vida, mas, se eu depositar um valor
Exemplo O módulo de +3 é 3, isto é: | + 3| = 3 menor que a dı́vida, continuarei com a dı́vida. Por-
O módulo de −5 é 5, isto é: | − 5| = 5 tanto o sinal do resultado de uma soma de números
O módulo de −3 é 3, isto é: | − 3| = 3 inteiros de sinais diferentes é o mesmo do número de
O módulo de +20 é 20, isto é: | + 20| = 20 valor absoluto maior.
Podemos observar que dois números opostos tem o Para somar dois números de sinais diferentes, calcu-
mesmo módulo. | − 5| = | + 5| = 5 Adição lamos a diferença entre os valores absolutos e damos

8
ao resultado o sinal da parcela que tem o maior valor Multiplicação
absoluto. As multiplicações serão feitas usando uma regra se-
melhante à de eliminação de parente.

Subtração
+ · + = +
Para efetuar a subtração de números negativos te- + · − = −
mos que, sempre que possı́vel, eliminar parêntese e − · + = −
sinais na representação dos números. Usaremos a se- − · − = +
guinte regra para eliminar os parenteses.
Exemplo
−(+a) = −a (+3) · (+20) = +60
(−15) · (+2) = −30
(+8) · 0 = 0
−(−a) = +a
(+7) · (−10) = −70
(−2) · (−5) = +10
Pode perceber que sinais iguais resulta no sinal + e
sinais diferentes − 0 · (−100) = 0
Exemplos
−(−5) = +5 Divisão
+(−8) = −8 O que significa dividir -8 por +4, por exemplo?
−[+(−9)] = +9 Significa procurar um número que, multiplicado por
Como já foi dito, devemos primeiro eliminar os pa- +4, dá como resultado -8. Nesse exemplo o número
renteses para efetuar uma subtração. procurado é -2.
Exemplos Outros exemplos:
Efetuando as subtrações (+8) ÷ (−4) = −2 porque (−2) · (−4) = +8
(+9) − (+12) = +9 − 12 = −3 (+8) ÷ (+4) = +2 porque (+2) · (+4) = +8
(−5) − (−6) = −5 + 6 = +1 (−8) ÷ (−4) = +2 porque (+2) · (−4) = −8

9
Expressões numéricas 1.7 Exercı́cios
Efetuamos em primeiro lugar as multiplicações e
Exercı́cio 1 Classifique as frações seguintes em
divisões na ordem que aparecerem e, em seguida, as
(P)rópria, (I)mprópria e (M)ista:
somas algebricas.
Havendo sinal de associação começamos eliminando 3
os parenteses, depois os colchetes e finalmente as cha- a)
7
ves.
17
Exemplos b)
9
a) 4 · (−5) − 10 ÷ (−2) = 197
c)
196
−20 + 5 =
8
d) 3
−15 11
7
e)
5
b) {1 − [−3 + 2 · (4 + 7 ÷ (−1))]} · (4 − 5) = 1
f) 81
2
{1 − [−3 + 2 · (4 − 7)]} · (−1) =
Exercı́cio 2 Some e/ou subtraia as frações abaixo:
{1 − [−3 + 2 · (−3)]} · (−1) =
3 7
a) +
{1 − [−3 − 6]} · (−1) = 18 18
{1 − [−9]} · (−1) = 7 10
b) +
32 32
{1 + 9} · (−1) = 43 40
c) −
10 · (−1) = 6 6
75 12 12
−10 d) + −
2 6 8

10
32 5 13 2
e) − + a)
7 14 7 5
7 13 7 1
f) + − b)
3 9 7 9
Exercı́cio 3 Resolva a operação abaixo: 8
c)
7
8 2
a) × 8
3 1 d)
15
27 8
b) × 7
6 3 e)
5
12 21 1 1
c) × × × 13
8 3 3 2 f)
20
11 12
d) ×
9 3 Exercı́cio 5 Encontre a fração geratriz dos deci-
17 4 7 3 mais abaixo.
e) × × ×
6 7 2 5
a) 0, 25
8 1
f) ÷ b) 0, 8888 · · ·
3 2
5 4 c) 0, 79797979 · · ·
g) ÷
4 8
d) 0, 799
9 7
h) ÷
5 14 e) 0, 86
7 3
i) ÷ f) 0, 777 · · ·
9 7
g) 1, 66 · · ·
Exercı́cio 4 Classifique em (DE) Decimal Exato
ou (DP) Dı́zima Periódica. h) 26, 123123123 · · ·

11
Exercı́cio 6 Efetue as seguintes expressões m) − 2 · 1
numéricas 3 3
2 1 2 7
 
a) − + n) · −
3 9 5 8
3 1 1
b) − − o) 0, 5 ·
5 15 4
c) 1, 8 − 0, 333 · · · 3 16
 
p) − · −
21 1 3 8 5
d) − −
32 8 4 q) 0, 3 · (−2)
23 15 1
e) − + r) −0, 4 · (−1, 2)
5 25 2
3 1 1 s) −0, 12 · (−0, 3) · 0, 1
f) + −
5 2 3
2 1
 

1

t) − · − ·0
g) 2 − 1 − 5 2
2
3 9
 
1 1 u) ÷ −
h) 4 − 3 8 16
2 4
1 1 1
 
1 1
   
i) −6 + − −6 − v) − − +
2 2 2 3 4
3 5

1 1
 
1 3
j) − − − − − w) 0, 3 + −1
11 22 44 2 44 4
1 5
  
3 1 2 1 2
    
k) − +1 − − − − + − x) 0, 2 − + − +1
4 6 3 2 12 3 3
2 3 3 1 2
     
l) − − 0, 2 − − − (1 − 0, 5) y) − ÷ 1 − 2 · −
3 5 10 2 3

12
Exercı́cio 7 Efetue as operações. XVIII) 150 ÷ (−2) − 7 · 4 + 10

I) −2 + 3 XIX) 8 · (−7) − 16 ÷ (−2) + 5 · 0 − 1

II) −5 + 11 + 5 XX) −30 + 4[−4 + (−10) · (−1)] ÷ 2


III) −6 + 2 − 7 XXI) 2 · 3 + 10 ÷ (−2) − (−1 + 3)
IV) 10 + 1 − 10 + 7
XXII) [−1 + (6 · 2)] ÷ (−11)
V) 30 − 30 + 121 − 121
XXIII) 1 + [−1 + (1 + 1)] · (−1)
VI) 11 − 3 + 27 − 30 + 3 − 11
XXIV) [−20 · (4 − 9)] ÷ (−5)
VII) 21 − 16 + 3 − 8 + 1 − 13
XXV) 5 · (−3) + [(−12) ÷ (−4) − 3] · (−15)
VIII) −7 + 6 − 5 + 4 − 3 + 2 − 1

IX) −11 + 17 − 13 + 15 − 20 − 17 XXVI) −100 + [−100 + (−100 + 100) ÷ (−1)] · (−10)

X) 16 − 10 − 6 + 1 − 6 − 8 + 9 XXVII) {[6 ÷ (−2) − (−12) ÷ 4] + (−4) · (−1)} ÷ (−1)

XI) −1000 + 999 + 1000 − 900 + 1 XXVIII) {−3 · 7 + [2 · (3 − 8) + (−1) · (2 + 5)]} + 38


XII) −1 + 3 − 2 − (2 + 3 − 5) XXIX) [−16 − 10 · (−2)] ÷ 4 − 39 ÷ (−13) + 5 · [20 ÷
XIII) −32 ÷ 8 + 12 (−5) + 3 · (−1) − (−1 + 3)]

XIV) 20 + 24 ÷ (−0, 6) XXX) 21 ÷ (−3 − 4) − {−6 ÷ (−2) + 15 ÷ (−3) − 3 −


[(−6) · (−1) + 13 ÷ (−13) − (16 + 8) ÷ (−1)]}
XV) 30 + (−30) ÷ 5 − 15
XXXI) −{−16 · (−3) + 80 ÷ (−2) − [−20 − (−5 + 3) ·
XVI) 2 · (−3) + 15 ÷ (−5) (−1)] + 9 · (−7)}
XVII) −7 ÷ (−1) − 16 ÷ (−8) + 3

13
2 Potênciação e Radiciação Observe a seguinte situação:

Agora vamos apresentar um grande instrumento para 9 termos


facilitar cálculos com números que contém varios alga- 6 3
z }| {
5 ×5 = 5| × 5 × 5 × 5 × 5 × 5 × 5 × 5 × 5
rismos, a notação cientifica, mas para isso é necessario {z } | {z }
alguns conceitos de fundamental importancia para a 6 termos 3 termos

matemática do dia-a-dia de um técnico.


= 56+3

2.1 Potenciação = 59

Pôtencia é uma simplificação de multipicação de


vários fatores fatores iguais. Como vimos acima quando multiplicamos pôtencias
Exemplos de bases iguais podemos somar os expoentes conser-
vando a base. E essa propriedede pode ser aplicada
7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 × 7 = 78
para multiplicações sucessivas. Desta forma podemos
9 × 9 × 9 × 9 × 9 = 95
transformar várias potências em apenas uma, simpli-
(−1) × (−1) × (−1) × (−1) × (−1) × (−1) = (−1)6 ficando os cálculos.
 7
2 2 2 2 2 2 2 2
             
× × × × × × = Exemplos: Simplificando pôtencias.
3 3 3 3 3 3 3 3
54 = 5 × 5 × 5 × 5 = 625 75 × 72 = 75+2 = 77
 6  7  6+7  13
93 = 9 × 9 × 9 = 729 3 3 3 3
× = =
107 = 10 × 10 × 10 × 10 × 10 × 10 × 10 = 10000000 5 5 5 5
(−1) × (−1) × (−1) = (−1)5+4+4 = (−1)13
5 4 4

Lembramos que esta propriedade só é válida se as


2.2 Propriedades da Pôtencia bases forem iguais.
1o Propriedade 2o Propriedade
O produto de potências de bases iguais pode ser O quociênte de potências de bases iguais pode ser
simplificada atravéz de uma potência,de mesma base, simplificada atravéz de uma potência subtraindo os
somando os expoentes. expoêntes.

14
Exemplos 4◦ Propriedade
59 5×5×5×5×5×5×5×5×5 Que procedimento devemos tomar quando temos
=
53 5×5×5 uma potência cujo o expoênte for negativo? Nestes
= 5×5×5×5×5×5 casos vamos precisar usar um raciocinio semelhante
= 59−3 ao da 2◦ propriedade. Para isto será necessario um
= 56 cálculo na ordem contrária,−3 = 0 − 3, trocaremos o
De forma semelhante as multiplicações podemos −3 por 0 − 3 desta maneira podemos utilizaremos a
simplificar frações de potência; na fração (ou divisão)
2o propriedade de tráz para frente.
de potências de bases iguais vamos conservar a base e 20 1
subtrarir os expoentes. 2−3 = 20−3 = 3 =
2 8
Exemplos olhando com atenção pode se perceber que
87 ÷ 83 = 87−3 = 84 2−3 1
109 = 3
3
= 109−3 = 106 1 2
10 Exemplos
(−5)15 ÷ (−5)12 = (−5)15−12 = (−5)3 1 1
1125 7−2 = 2 =
= 1125−13 = 1112 7 49
1113 1
4−4 = 4
4
3o Propriedade 1
Quando temos uma potência de potência basta con- (−5)−3 =
(−5)3
servar a base e multiplicar os expoêntes; veja o exem- 1
plo: −0.001−5 =
−0.0015
Exemplos
(72 )4 = 72 × 72 × 72 × 72 = 72+2+2+2 = 74×2 = 78 5◦ Propriedade
3
[(−8)3 ] = (−8)3 × (−8)3 × (−8)3 = (−8)3+3+3 = É muito comum aparecer em nossos cálculos ex-
(−8)9 pressões que envolva uma multiplicação seguida de
"  4 # 7  4×7  28
8 8 8 uma potência. Nestes casos vamos expandir a
= =
3 3 3 potência.
8 6 8×6 48
(0, 555 ) = 0, 555 = 0, 555 Exemplos

15
(4 × 7)3 = 4 × 7 × 4 × 7 × 4 × 7 2.3 Radiciação
= 4×4×4×7×7×7
= 43 × 73 A radiciação e a potenciação são operações inversas,
Basta distribuir a potência para os dois (ou mais) isso significa que ambas se anulam se colocadas simul-
números que estão na multiplicação da base. taneamente em um cálculo.
9 9
(3 × 1) = 3 × 1 9 Uma Raiz é definida por um sı́mbolo matemático
(18 × 35)11 = 1811 × 3511 chamado de radical, como mostra a figura
(−9 × 5)6 = (−9)6 × 56
(7 × 8)0 = 70 × 80

6o Propriedade
A 6◦ propriedade é apenas uma variação da 5◦ para
as frações (ou divisões). Figura 1: O Radical
Exemplos
 4 Para resolver uma raiz devemos usar a propriedade
3 3 3 3 3
= × × × de anulação da radiciação e da potenciação.
8 8 8 8 8 Exemplo √
3×3×3×3 Suponha que x = 2 4 para determinar o valor de x
= vamos elevar ao quadrado ambos os lados da equação
8×8×8×8 2

2 2
x = ( 4) cancelando a raiz com o expoente nos
34 resta x2 = 4, ai nos perguntamos Qual o número
= 4 elevado ao quadrado tem como resposta 4?
8
Como pode ser observado a 6◦ propriedade é bem Logo pensamos em dois resultado +2 e −2, assim con-

parecida com a 5◦ , basta distribuir o expoênte nos cluimos que 2 4 = ±2.
termos da fração (ou divisão). Como esse é um raciocinio muito facil podemos
 8
4 48 omiti-lo nos próximos exemplo.
= 8
8 8 Exemplo
(7 ÷ 5)6 = 76 ÷ 56 1
Vamos determinar o valor de 27 3 . Pelo mesmo prin-
 3 3
7 7 cipio do exemplo anterior determinamos
= 3
9 9 1 √
3
(1 ÷ 3)7 = 17 ÷ 37 x = 27 3 ⇒ x = 27 ⇒ x = 3

16
Pelo exemplos acima podemos definir que um radi- √ s
2
cal é uma potência de expoente racional, ou seja, 5 2 5
√ =
m √ 2
6 2
a n = n am
assim podemos facilitar qualquer radical. 2.4 Operações com radicais
Agora será apresentado as principais propriedades
do para os radicais, com uma observação mais rigorosa 1o Operação Simplificação
pode-se observar que as propriedades de radiciação e O objetivo de simplificar um radical é tornar o ra-
potenciação são as mesmas. dicando um número menor, ou pelo menos, com ex-
1o Propriedade poente menor. Observe no exemplo.
O Produto de radicais de mesmo ı́ndice é igual ao Exemplo √
radical do produto de radicandos. Vamos Simplificar 2 39375
√ √
n

n
Primeiro devemos fatorar o radicando obtendo 32 ·
n
a· b= a·b 54 · 7 √2

Exemplo 32 · 54 · 7

3

3

3
aplicando a primeira propriedades
8·7= 8· 7 √ √ √
2 2 2
32 · 54 · 7

10

10

10
8· 15 = 8 · 15
transformando os radicais em potências
o
2 Propriedade √
2 4 2
A razão de radicais de mesmo ı́ndice é igual ao ra- 32 · 52 · 7
dical da razão dos radicandos.
√ simplificando as frações
n
a a
r

n
= n

b b
3 · 52 · 7
2

Exemplo
s √ multiplicando os fatores externo
7
7 5 5 √
= √
7 75
2
7
3 3

17
√ √ √ √ √
Concluimos que 2 39375 = 75 2 7 que pode ser con- Simplificar 3 20 + 7 5 − 80.
ferido facilmente com uma calculadora. √ √ √ √ √ √
√ 3 20 + 7 5 − 80 ⇒ 3 5 · 22+7 5− 24 · 5 ⇒
Para simplificar 7
78125 devemos primeiro fatorar √ √ √ √

7
6 5+7 5−4 5⇒9 5
o radicando 57 depois transformar o radical em uma
potência 5
7
7 simplificar a fração e chegamos ao resul-
3o Operação Multiplicação
√ √ √ √
tado 7 78125 = 5 Já vimos que n a · b = n a · n b pela propriedade
simétrica da igualdade, temos:
2o Operação Adição e Subtração
Para iniciarmos o estudo dessa operação vamos de- √ √
n
√n
finir o que são radicais semelhantes.
n
a · b = a·b
Dois ou mais radicais são semelhantes quando o
ı́ndice e o radicando são iguais.
Desse modo podemos dizer que o produto de dois ou
Exemplo
√ √
11
mais radicais de mesmo indice é um radical que tem
√ 125 = 11 √ 125 o mesmo ı́ndice dos fatores e cujo o radicando é igual
10
45 6= −10 45 ao produto dos radicandos dos fatores.
A soma (ou subtração) de radicais só é possivel en-
tre radicais semelhantes. Quando isso ocorre basta Exemplos
√ √ √ √
somar os seus coeficiente. 2· 3= 2·3= 6
√ √ √ √ √ √
Exemplo
√ √ √ 10 · 2 = 10 · 2 = 20 = 22 · 5 = 2 5
2 + 2 =√2 2 √ √ √ √ √
√3 3

3
3 xy · 3 x2 y = 3 xy · x2 y = 3 x3 y 2 = x 3 y 2
8 √ 10 − 15√ 10 = −7 √ 10√ q q q
−7 √6 − 4 6 +√12 6 = 5√6
5 5 5
(x + 3) · (x − 7) = (x + 3) · (x − 7) =
7 7 7 √
−14 144 + 25 144 − 13 144 2
x − 4x − 21
Hà expressões nas quais os radicais tornam-se se-
Muitas vezes para efetuar a multiplicacão é neces-
melhantes quando simplificados
sario usar a propriedade distributiva.
Exemplos
√ √ Exemplos
√ 3 √ + 12 fatorando o maior radicando √ √ √ √ √ √ √
2
√3 + √ 2 · 3 retirando o termo √ de expoente 2 √2 · ( 2 + 1) = ( 2 · 2) + ( 2 · 1) = 4 + 2 =
3 + 2 3 e somando os termos 3 3 2+ 2

18
s √
√ 64 64 6
√ √ √ √ √ √ √ √ 0, 64 = =√ = = 0, 6
100 100 10
( 5 − 3) · ( 5 + 3) = 5 ·
√ √ 5 + 5· √
√ 3⇒ 4o Operação Potenciação
⇒ −
√ 3 · 5
√ − 3 · 3 Considere a potência
= 5·5+ √ 5·3⇒ √ 3
√ ( 10)
⇒ −
√ 3 · 5√− 3 √ ·3 √ Podemos
= 25 + 15 − 15 − 9 √ 3 resolver
√ √ da seguinte
√ √maneira: √
( 10) =√ 10 · √ 10 · 10 = 10 · 10 · 10 = 103
= 5−3
ou seja ( 10)3 = 103
= 2
De maneira mais geral podemos dizer que
√ √ √ √ √
(1 + 2) · (3 − 2) = 1 ·√3 − 1 · √2+ ⇒ ( n a)m = n am

⇒ + 2√· 3 − √2 · √ 2 √ 3 √ √ √
Exemplo ( 5) = 53 = 52·5 = 5 5
= 3 − √2 + 3 2 − 4 √ √
= 3 + 2√2 − 2 (3√ 2)2 = 3√2 22 =√ 9 · 2 = 18 √
3 5 3 3
= 1+2 2 ( 10) = 10 = 103 · 102 = 10 102
5

Podemos ter exemplos que usem as regras de pro-


3o Operação Divisão duto
√ notavel.

A divisão de radicais pode ser feita usando a se- ( 3 + 2)2
gunda pripriedade para radicais. Para resolver esse exemplo vamos espandir a
√ potência
n
a
r
a √ √ √ √ √ √

n
= n
( 3 + 2)2 = ( 3 + 2) · ( 3 + 2)
b b
e agora basta resolver como na multiplicação de ra-
Exemplo √ dicais.
6 5o Operação Radiciação
Vamos simplificar √
√ s 3 Lembrando que potência de potência conservamos
6 6 √ a base e multiplicamos os expoentes (an )m = an·m ,
√ = = 2
3 3 faremos uma analogia para os radicais.
√ s
4
x 2
4 x
2 √
4 √ Para solucionar radicais de radicais, vamos conser-
√ = = x 2−1 = 4 x
var o radiacal e multiplicar os ı́ndices.
4
x x

19
q √ √ convenientes com essa notação; 100000000000 = 1011
n m
a= n·m
a e 0, 00000000001 = 10−12 .
A notação ciêntifica será escrita sempre na forma
Exemplo
q√
3 4

3·4

12
a × 10n onde 1 < |a| < 10 e n ∈ Z.
10 = 10 = 10 A presente notação foi criada com o objetivo de fa-
√ √ √
rq
x6 =
2·2·2 8
x6 x6 cilitar calculos com números muito grandes (ou muito
pequenos), que aparecem com certa frequencia em
É conveniente, em alguns casos, introduzir todos os nossos exercı́cios.
fatores
q √numqradicando
√ mais interno.
√ √ Exemplo
3 3·2 6
a b= a3 b = a3 b = a3 b Sabemos que massa de um eletron é de aproxi-
madamente 0, 0000000000000000000000000009109kg,
2.5 Notação Cientifica percebe-se que é dificı́limo trabalhar com um número
como esse. Com o auxı́lio da notação cientifica po-
Notação cientı́fica, é também denominada por padrão demos facilitar um pouco, a representara os numeros
ou notação em forma exponencial, é uma forma diferentes de zero e a potencia de base 10 representara
de escrever números que acomoda valores grandes a quantidade de zeros.
(100000000000) ou pequenos (0, 00000000001) para
serem escritos em forma convencional. O uso desta
notação está baseado nas potências de 10. Observe; | {z } 9109
0, 000000000000000000000000000 | {z }
104 = 10000 27 zeros números
103 = 1000
102 = 100 seguindo o raciocinio da tabela que foi apresentada
101 = 10 no inicio desta seção podemos simplificar todos os 27
100 = 1 zeros em uma unica potência.
10−1 = 0, 1
9, 109 × 1028 kg
10−2 = 0, 01
10−3 = 0, 001 Outro exemplo é a constante eletrostática de Char-
10−4 = 0, 0001 N m2
Observando o padrão que existe na tabela acima les Augustin de Coulomb 8987000000 2 que pode
C
podemos concluir que os exemplos ficam muito mais ser simplificada em 8, 987 × 109 .

20
a) 5−1
780000000000000000000000
b) 4−1
podemos observar que o número acima tem exata-
mente 22 zeros se simplificarmos apenas os zeros ob- c) (−3)−1
temos  −1
78 × 1022 d) 32
mas como foi dito anteriormente o valor de a não pode  −1
1
ser maior que 10 por tanto, vamos reduzir mais uma e) 2
casa decimal, assim,
f) 3−2
780000000000000000000000 = 7, 8 × 1023
g) −(−2)−3
.  −4
h) − 12

2.6 Exercı́cios i)
 −2
1
5
Exercı́cio 1 Calcule as potências abaixo.  −2
4
j) 5
a) 25
 −3
2
b) 37 k) − 3

c) 45 Exercı́cio 3 Se a−n = a1n então a1n = a−n ; por-


 3
4 tanto, escreva sob a forma de potência com expoente
d) inteiro negativo
9
e) (−1)4 a) 1
52

f) (−1)5 b) 1
34
1
Exercı́cio 2 Cálcule as seguintes potências: c) 103

21
1
d) 2
e) 2x · 22

e) 1
62
f) 10x · 10−1

f) 1 g) 33p · 3−2p
10

h) ax · a3−x
Exercı́cio 4 Calcule o valor das seguintes ex-
pressões numéricas: i) 4x+1 · 4x−1

a) (−2)2 + 2−1 j) an+3 · a2


 −1
b) 52 · 10−2 · 1 Exercı́cio 6 Escreva na forma de um produto de
2
potências de mesma base:
c) 2−2 − 2−3
a) 2x+3
d) (−2)−2 − (−2)−3 − (−2)−2
b) 10n−2
−24 + 32 + 20
e)  −2 c) 2x+y
1
−22 + 3
d) 32−x
Exercı́cio 5 Aplicando a propriedade do produto e) 10a+1
com potências de mesma base, transforme numa só
potência: f) 7−x+4

a) 62 · 6−5 Exercı́cio 7 Apicando a propriedade do quociente


de potências de mesma base, transforme numa só
b) n3 · n−3 · n potência:

c) x2 · x−6 · x a) 29 ÷ 24

d) 53 ·−6 ·54 b) 36 ÷ 36

22
2
c) 5a ÷ 5 c) x3

d) 72 ÷ 74 d) (103 )5 )

e) x2 ÷ x−1 e) (52 )−1


3
f) 10−2 ÷ 10−3 f) 53

g) an ÷ an−1 g) (103 )x

h) 2n+2 ÷ 2n+1 h) (2x )y


2
i) 109 i) 23
105

37 j) (5−2 )−4
j) 310

3−2
k) (10−1 )−4
k) 32
3

a
l) 32
l) a−1

10x
m) (x−3 )−3
m) 104
22
7n n) a2
n) 7−3

2x o) (102x )3
o) 2x−1
p) (102 )2p
3n−1
p) 3n−4
Exercı́cio 9 Simplifique as potências utilizando as
Exercı́cio 8 Transforme em uma única potências. propriedades.

a) (32 )4 a) 35 × 39

b) (y 3 )2 b) (−1)13 ÷ (−1)10

23
c) 104 × 105 × 106 × 103 125 · (52 )3
5.
523
d) 15, 59 ÷ 15, 52
2n+3 · 22
6.
e) 193 × 19 2n−1

f) (−5 × 1)7 92 · 273


7.
2432
4
−1

2
g) 1024 · 23
6 8.
643
h) (25 ÷ 5)4 81−5
9.
i) (74 )3 9−11
3x+2 · 3−1
j) [(−8)3 ]7 10.
3x−3
k) (−1)−1
Exercı́cio 11 Qual o valor de 14 + 15 + 8 · 2−3 +
30 + (−2)4 − (−2)3 ?
Exercı́cio 10 Aplicando as propriedades das
Exercı́cio 12 Encontre o valor de x sabendo
potências, simplifique as expressões:
" #3
6 5 (−10) + 5 − (−4)
3 ·3 x= √
1. 9−2
(32 )2

29 ÷ 24 Exercı́cio 13 Escreva a expressão [29 ÷ (22 · 2)3 ]−3


2. como uma única potência de base 2.
26
Exercı́cio 14 Escreva a expressão
3
x 2 · x5
3. 0, 00001 · 0, 012 · 1000
(x2 )4 · x
0, 001
32 · 23
4. como uma única potência de base 10.
128

24

4
Exercı́cio 15 Simplifique a expresão 4. 22 · 7

a · b−1 · (a−1 · b2 )4 · (a · b−1 )2 5. 22 · 3
(a2 · b−1 ) · (a−1 · b2 ) √
5
6. 33 · 52
Exercı́cio 16 Efetue
q √
7. 2 · a b2
√ √
a) 25 8. 3 10 · x2 · y 4

3
b) 64 Exercı́cio 18 Retirando fatores do radicando, sim-

3
plifique os seguintes radicais:
c) −8


5 a) 22 · 5
d) 1
√3

5
b) 33 · 7
e) −1

√ 5
c) 2 · 115
f) 36


3
d) 4 x4 y
g) 729 √2

4
e) 22 · 32 · 5
h) 16 √3

5
f) 5 · a · b3
i) 32 √4
g) a4 · b4 · c3
Exercı́cio 17 Aplicando as propriedades, trans- √2
forme num produto de radicais h) 22 · 2 · 32 · x2 · x

1. 2 · 3 Exercı́cio 19 Efetue todos os cálculos abaixo.
√ √ √
2. 5 · 10 a) 2 + 2
√ √ √
3. 3 3 · 5 b) 5 3 + 3 3

25
√ √ √ √
c) 2 10 + 3 10 d) 3 6 · 3
√ √ √ √ √
d) a + a + a e) 10 · 15
√ √ √ √ √
e) 10 2 + 5 2 − 7 2 f) 5 2ax · 2x
√ √ √ √ √
f) 3 + 2 3 − 5 3 g) 10a · 2ab
√ √ √ √ √ √
g) 5 10 + 3 10 − 12 10 + 4 10 3 3
h) 4a2 x · 2a2 x2
√ √ √ √ √ √ √
h) 4 3 2 + 6 3 2 − 11 3 2 + 3 3 2 i) 2 6 · 3 5 · 10
√ √ √ √
i) 2 + 8 j) a + 3 · x − 2
√ √ √ √
j) 72 + 18 k) 10 · ( 10 − 1)
√ √ √ √ √ √
k) 2 28 + 63 − 5 7 l) 2 · ( 7 + 2)
√ √ √ √ √ √
l) 5 45 + 2 20 − 4 5 m) 3 · ( 3 + 7)
√ √ √ √
m) 4a + 9b + 5 a − b √ √ √
n) xy · ( x − y)
√ √ √ √
n) 18 + 27 − 3 + 8 √ √ √
o) x · (2 x + y)
√ √ √
o) 2 8 + 32 − 3 50 √ √
p) 5 · ( 5 − 2)
√ √
p) 3 32 + 3 4 √ √
q) (1 + 5) · (3 + 5)
Exercı́cio 20 Calcule os seguintes produtos. √ √ √ √
r) ( 7 + 3) · ( 7 − 3)
√ √
a) 6 · 2
Exercı́cio 21 Simplifique as expressões abaixo
√ √
b) 3 8 · 2 2 √
√ √ √ 40
c) 5 · 2 · 10 a) √
5

26
√ √
3
44 81x2
b) √ m) √3
11 3x
√ √
3
a5 b 2 24n
c) √ n) √
3
a3 b 23n
√ √
3 72 10x
d) √ o) √
3 10x−2
√ √
48 40
e) √ p) √
12 5

80 Exercı́cio 22 Calcule as seguintes potências:
f) √ √
5· 2 √
√ √ a) ( 10)3
a b √
g) √ b) ( 7)2
ab
√ √
20 c) (2 2)2
h) √ √
10 d) ( 3)4
√ √
96 e)
5
( a2 )3
i) √
3 √3
√ f) (2 x2 )2
200 √
j) √ g) ( x2 2x)2
5
√ √
5
x4 h) (3 x − 1)2
k) √5
x3 x√ 3
i) ( x2 ) 2
√6
y
m5 √
l) √6 j) ( 3)2
m2

27
√ √ √
k) ( 3 2)4 d) ( 3 + 2)2
√3
√ √
l) ( x2 )3 e) (1 + 5) · (1 − 5)
√5 √ √ √ √
m) ( 103 )2 f) ( a − b) · ( a + b)
√ √ √
n) (2 a)2 g) (3 2 + 2) · (3 2 − 2)
√3 √
o) ( a2 )4 h) (2 + 3)2
√ √
p) (2 2)3 i) (3 − 2 3)2
√ √
q) (3 3 x)4 j) (1 + 6)2
√ √
r) (2 x − 3)2 k) (4 − 5)2

a√ 2
 √ √
s) a l) ( 7 + 5)2
b

 s 2 m) (1 − 2 3)2
a 2 √
t) 
2 ab n) (2 + 7)2
√ √
 s 2 o) ( 2x − x)2
2a 2b 
u)  √ √ √ √
b a p) ( 10 − 7) · ( 10 + 7)
√ √
Exercı́cio 23 Use as regras de produto notável q) (2 + 2) · (2 − 2)
para determinar: √ √
r) (3 + 11) · (3 − 11)
√ √
a) ( 3 + 2)2 √ √
s) (3 2 − 4) · (3 2 + 4)
√ √ √ √
b) ( 7 − 3) · ( 7 + 3)
√ 2 Exercı́cio 24 Represente as seguintes expressões
c) (1 − 2) usando um único radical

28
q√
a) 5
2 b) 0, 0000000000000000001602
q√
3 c) 300000000
b) 4
q√ d) 54200000000
3 4
c) a1 2
e) 142000000

rq
5
d) 16 f) 8956000000000000
q√
e)
8
9 g) −5550000000000
q√
3
h) −76500000000
f) 64
i) −785640000000
q √
g) 2 2
j) 784000000000000000000
q
3

h) x 2
Exercı́cio 26 Converta as notações em números
q√ decimais.
3
i) 64
q
3
√ a) 7, 056 · 1010
j) 5 2
b) 6, 541 · 10−8
q
4

k) a b
c) 1, 846 · 10−13

rq
l) 3
x y d) 4, 946 · 1011

e) 1, 0001 · 102
Exercı́cio 25 Escreva os números decimais abaixo
na forma de potência de base 10: f) 7, 08 · 104

a) 0, 0000000000000000000000000000000006626 g) 1, 3697 · 107

29
h) 4 · 108 Exercı́cio 28 Calcule, expressando o resultado em
notação cientı́fica.
i) 8, 894 · 1012

j) −7, 861 · 10−14

k) −8, 562 · 10−8 a) (1, 25 · 104 ) · (6 · 108 )


l) 3, 846 · 10−6

m) −8, 64 · 10−10

n) 1, 8914 · 109 b) 4, 5 · 107 · 2, 5 · 104

Exercı́cio 27 Sejam x = 2, 73 · 105 , y = 5 · 104 ,


z = 3, 8 · 106 e w = 9, 125 · 107 determine o valor de s
quando: c) 3, 2 · 10−2 · 5, 5 · 10−6

a) s = x − y + z

b) s = w − x + z
8, 14 · 107
c) s = z + y − x d)
2 · 109
d) s = y + x + w − z

e) s = z − y
3, 2 · 10−2
f) s = y + x − z e)
8 · 10−6
g) s = z 2 − x2

h) s = x − z + y + x2

30
3 Equações do 1◦grau com uma 3.2 Resolução de equação do 1◦ grau
variável com uma variável

3.1 Apresentação Para solucionarmos uma equação vamos utilizar de


algumas regras de troca de sinal para isolarmos a
Equação é toda sentença matemática aberta, isto é, variável, portanto o objetivo é deixar a variável
contendo váriavel, que exprime uma igualdade. sozinha, ou seja, a variável em um membro e o(s)
Exemplo: número(s) em outro.
Exemplos
a) 3x − 2 = x + 8 Variável x

b) y − 1 = 5 Variável y
a) x + 2 = 6
c) 4z = 8 Variável z
Para deixarmos a variável sozinha precisamos man-
dar o +2 para o outro membro, isso será possivel
As variáveis de uma equação também são chamadas
trocando de sinal, assim, o +2 do primeiro membro
de incógnitas.
aparecerá no segundo membro −2.
Os exemplos acima são de equações do primeiro
grau porque o expoente da variável é 1
As expreções numericas que, na equação, estão se-
paradas pelo sinal de igual chamam-se membros. As- x=6−2
sim

2◦ membro Efetuando a subtração


z }| {
3x −2 = x+8
| {z }
1o membro
x=4
Cada membro é composto de termos. Num termo,
o fator numérico que multiplica a variável chama-se
coeficiente do termo.

31
b) 3x = −15 d) 5(x − 2) − 3(x + 1) = −12
Neste caso temos uma multiplicação no primeiro No caso acima temos parenteses, que serão
membro, para solucionarmos isto utilizaremos a eliminados primeiro, utilizando a distributividade
divisão, assim o 3 passará dividindo no segundo da multiplição, isso significa que vamos multipli-
membro. car o número de fora por todos os termos que estão
dentro do parentese, sempre fazendo o jogo de sinal
−15 se necessário.
x=
3
Simplificando a fração 5x − 10 − 3x − 3 = −12
x = −5 agora faremos as operações com os termos
semelhantes.
c) 5x − 7 = −10
Quando temos multiplicação e adição (ou sub- 2x − 13 = −12
tração) no mesmo membro, resolveremos primeiro o procedimento apartir de agora é igual ao exemplo
a soma (ou subtração), neste caso passaremos o −7 anterior.
para o segundo membro +7. 5x = −12 + 13
5x = 1
1
5x = −10 + 7 x =
5
Resolvendo a soma; x+1 4
e) =
10 5
5x = −3 Quando temos apenas duas frações, uma em cada
membro da equação, multiplicaremos cruzado, e
pasando o 5 para o outro membro quando tivermos soma (ou subtração) em um dos
numeradores aparecera um parentese.
−3
x=
5
5(x + 1) = 10 × 4

32
resolvendo todos os produtos Eliminar o parentese

5x + 5 = 40
10x − 30 + 16x = 40 − 10x − 5
agora a equação será resolvida como no exemplo c
Passar os termos comuns para o mesmo lado, sem
esquecer de trocar o sinal
5x = 40 − 5
5x = 35
10x + 16x + 10x = 40 − 5 + 30
35
x = Efetuando os cálculos necessários
5

x = 7 36x = 65
65
x − 3 2x 2x + 1 x=
f) + =1− 36
4 5 8
Agora temos em uma mesma equação várias g) 3 (x − 5) − 1 (x + 3) = 4
frações, neste caso será necessário calcular o m.m.c. 4 2 3
de todos os denominadores, que será 40. Depois Resolveremos esta equação com um processo se-
de feito isso, dividiremos o valor do m.m.c. pelos melhante ao utilizado na anterior, primeiro elimi-
numeradores e em seguida multiplicaremos pelos nando os parenteses
numeradores, transformando as várias fracões de
um membro em uma única fração podendo, assim 3x 15 x 3 4
− − − =
cancelar o denominador. 4 4 2 2 3
utilizando o m.m.c.(4, 2, 3) = 12
10(x − 3) + 8(2x) 40 − 5(2x + 1)
=
40 40 3(3x) 3 × 15 6x 6 × 3 4×4
− − − =
vamos cancelar o denominador comum 12 12 12 12 12
Eliminando os denominadores e fazendo as multi-
10(x − 3) + 8(2x) = 40 − 5(2x + 1) plicações

33
VIII) 5x − 28 = 3x + 12
9x − 45 − 6x − 18 = 16
IX) 2(y − 3) − 4(y − 2) = −2
Colocando os termos semelhantes no mesmo mem-
X) 13y − (2y + 3) = −11y − 3
bro
XI) 5 − 2(2 + 3x) = 3(2x − 1) + 2
9x − 6x = 16 + 45 + 18
XII) 8y − 5(2y + 3) = 2
3x = 79
x 3
79 XIII) =
x = 4 2
3
3y 5
XIV) =
Com os exemplos acima você terá conhecimento 4 3
suficiente para resolver os exercı́cios. 2x 3 1
XV) + =
5 4 2
3.3 Exercı́cios 2x x
XVI) +5=x− +1
Exercı́cio 1 Resolva as equações abaixo. 3 4
7x 5x − 4
I) x + 5 = 8 XVII) −2=
4 2
II) x − 4 = 10 4 2
XVIII) − 2y = 6y −
3 5
III) 2x = 12
x−1 x+1 1 − 2x
XIX) − =
IV) −3x = 18 10 5 15
y−2 1 2y − 1
V) 3x + 2 = 8 XX) + =y−
4 3 3
VI) 3x − 2 = 6 XXI) x + 12 = 10
VII) 4x − 3 = x + 9 XXII) 5x + 4 = 4x − 13

34
XXIII) 9x + 8 = 7x + 16 I) A idade de um pai é igual ao triplo da idade
de seu filho. Calcule essas idades, sabendo que
XXIV) 13 + 32y = 49y − 12 juntos tem 60 anos
XXV) 17x − 4 = 3 + 5x II) O dobro de um número, diminuı́do de 4, é igual
a esse número aumentado de 1. Qual é esse
XXVI) 4x − 7 = 8x − 9 + 4x
número?
XXVII) 3(x − 1) = x − 11
III) O triplo de um número, menos 25, é igual ao
XXVIII) 5(1 + 4x) = 1 + 12x próprio número, mais 55. Qual é esse número?

XXIX) x − 2(x − 3) = 3x − 2 IV) O dobro de um número diminuı́do de quatro é


igual a esse número aumentado de um. Qual é
XXX) 3(2y − 19) − (y − 2) = 0 esse número?
XXXI) 5x − 2(x − 3) = 15 V) Num estacionamento há carros e motos, tota-
XXXII) 7(2x + 3) − 3x = 10 + 2x lizando 78. O número de carros é igual a cinco
vezes o de motos. Quantas motos há no esta-
x 1 x−1 cionamento?
XXXIII) − =
4 12 3
VI) Um número mais a sua metade é igual a 15.
2 − 5x 4x − 1 Qual é esse número?
XXXIV) 3x + =6+
6 5
x+2 2x + 1 VII) A diferença entre um número e sua quinta
XXXV) =4− parte é igual a 32. Qual é esse número?
2 2
x+4 1 − 2x 1 VIII) O triplo de um número é igual a sua metade
XXXVI) −7=x− +
6 5 30 mais 10. Qual é esse número?

Exercı́cio 2 Nas situações seguintes determine a IX) O dobro de um número, menos 10, é igual à
equação resolutiva em seguinda resolva-as sua metade, mais 50. Qual é esse número?

35
X) A diferença entre o triplo de um número e a me- prestação, a terça parte e na última, R$ 2,00.
tade desse número é 35. Qual é esse número? Quanto ele pagou pela camisa?

XI) Subtraindo cinco da terça parte de um número, XIX) A soma de um número com seu sucessor é 71.
obtém-se o resultado 15. Qual é esse número? Qual é esse número?
XII) A metade dos objetos de uma caixa mais a XX) A soma de três números consecutivos é igual a
terça parte desses objetos é igual a 25. Quan- 54. Quais são esses números?
tos objetos há na caixa?
XXI) Um senhor tem coelhos e galinhas num total
XIII) Em uma fábrica, um terço dos empregados são de 20 cabeças e 58 pés. Determine o número
estrangeiros e 72 empregados são brasileiros. de coelhos e galinhas.
Quantos são os empregados da fábrica?
XXII) Eu tenho 30 cédulas, algumas de R$ 5,00 e ou-
XIV) A soma das idades de Carlos e Mário é 40 anos.
tras de R$ 10,00. O valor total das cédulas é
A idade de Carlos é três quintos da idade de
de R$ 250,00. Quantas cédulas de R$ 5,00 e
Mário. Qual a idade de Mário?
quantas cédulas de R$ 10,00 eu tenho?
XV) A diferença entre um número e os seus dois
XXIII) Num pátio há bicicletas e carros num total de
quintos é igual a 36. Qual é esse número?
20 veı́culos e 56 rodas. Determine o número de
XVI) A soma de dois números consecutivos é igual a bicicletas e de carros.
145. Quais são esses números?
XXIV) Marta comprou, para seus filhos, 9 calças com
XVII) Dois quintos do meu salário são reservados preços diferentes e gastou R$ 585,00. A calça
para o aluguel e a metade é gasta com a ali- mais cara custa o dobro da mais barata. Sa-
mentação, restando ainda R$ 45,00 para gastos bendo que ela comprou 4 calças das mais caras,
diversos. Qual é o meu salário? qual o preço da calça mais cara e da mais ba-
rata?
XVIII) Lúcio comprou uma camisa que foi paga em
3 prestações. Na primeira prestação ele pa- XXV) O preço de três canetas e de duas lapiseiras é
gou a metade do valor da camisa, na segunda R$ 20,00. A lapiseira custa R$ 2,50 a mais que

36
a caneta. Qual o preço de cada caneta e de 4 Equação do 2◦ grau com uma
cada lapiseira?
váriavel
XXVI) Carlos comprou um carro e pagou uma en-
trada e mais duas prestações. Carlos deu de
entrada um quinto do preço total. Na pri- 4.1 Apresentação
meira prestação, ele deu um terço do preço to-
tal e mais R$ 4.000,00 e na segunda pagou R$ Uma equação do segundo grau é toda equação da
10.140,00. Qual o preço total do carro? forma ax2 + bx + c = 0, onde a, b e c são os coe-
ficientes numéricos, com a 6= 0.
XXVII) Uma loja comprou camisetas azuis, pretas e
brancas. Ao todo, ela comprou 360 camise- Exemplo
tas. O número de camisetas pretas é o dobro 4x2 − 2x + 4 = 0 onde a = 4, b = −2 e c = 4
das azuis e o número de brancas é o triplo das
x2 − 4x + 4 = 0 onde a = 1, b = −4 e c = 4
pretas. Quantas camisas de cada cor foram
compradas? x2 − 81 onde a = 1 b = 0 e c = −81

XXVIII) A soma de três números é igual a 18. O se- x2 + 2x onde a = 1 b = 2 e c = 0


gundo número é igual à terça parte do primeiro No caso dos últimos exemplos percebemos que um
e o terceiro é a diferença entre o primeiro e o dos coeficientes é zero, neste caso chamaremos de
segundo. Quais são os três números? equação incompleta.
XXIX) A metade de um número natural somada ao
triplo do antecessor desse número resulta em
67. Qual é esse número?
4.2 Resolução de uma 2◦ grau incom-
XXX) Numa caixa, o número de moedas de 1 real é o
triplo do número de moedas de 25 centavos. Se pleta
tirarmos 2 moedas de 25 centavos e 26 moedas
de 1 real, o número de moedas de 1 real e de Usaremos as mesma técnicas de resolução de uma
25 centavos ficará igual. Qual a quantidade de equação do primeiros grau para resolver as equações
moedas de 1 real e de 25 centavos? do segundo grau incompleta.

37
Exemplo: Equação do 2◦ do tipo 1 soluções possı́veis. O próximo exemplo será resol-
vido com um pouco mais de velocidade e com me-
a) 2x2 − 32 = 0 nos detalhes, para o melhor entendimento o au-
Para resolver está equação vamos isolar a tor recomendo que o leitor refaça os calculos com
incógnita, para tanto vamos mudar o número −32 muita atenção em seu caderno.
para o outro membro com o sinal trocado +32
b) x2 − 25 = 0
2
2x = 0 + 32
x2 − 25 = 0
o próximo passo é passar o 2 na forma de fração x2 = 0 + 25
para o outro membro x2 = 25√
x = ± 25
32
x2 = x = ±5
2
e simplificado a fração temos podemos concluir que a solução para a equação é
x = −5 e x = +5.
x2 = 16
Exemplo: Equação do 2◦ do tipo 2
agora basta passar o expoente para o outro lado
na forma de radical, a) 2x2 + 9x = 0
√ Para resolvermos essa equação vamos colocar em
x = ± 16
evidencia a variável, isso significa que tiraremos

como sabemos que 16 = 4 substituindo um x fora do parentese. Todos nós sabemos que
x2 = x·x, então tocaremos esta senteça na equação
x = ±4 e coloacaremos fora do parentese um x em cada
lado do sinal de adição.
isso significa que a equação acima tem duas
soluções x = +4 e x = −4
2x · x + 9x = 0
Existem um teorema na matemática que nos ga-
rante que toda equação do segundo grau tem duas ˙ + 9) = 0
x(2x

38
Quando temos o produto de dois termos igual a
zero, podemos concluir que, ou o primeiro termo −5x2 + 125x = 0
é zero, ou o segundo termo é zero, por isto vamos x(−5x + 125) = 0
igualar os dois temos à zero. x = 0 ou
−5x + 125 = 0
−5x = 0 − 125
−5x = −125
x=0
−125
e x =
−5
2x + 9 = 0
x = 25
com isso ficou muito simples resolver as suas ◦
equações do primeiro grau, sendo que uma ja esta 4.3 Equação do 2 completa.
pronta. Neste caso teremos que utilizar equação resolutiva do
segundo grau, também conhecida como fórmula de
Bhaskara.
2x + 9 = 0 Se temos uma equação do tipo ax2 + bx + c = 0
2x = 0 − 9 onde a, b e c são coeficiente numéricos, conseguiremos
2x = −9 encontrar o valor de x pela seguinte equação

−9 −b ± b2 − 4ac
x = x=
2 2a
Tornamos a lembrar que a 6= 0. Muitas vezes a
parte b2 − 4ac é chamada de ∆ (delta).
Chegamos a conclusão que a solução da equação é
−9 Exemplo
x=0ex=
2 a) 2x2 − 2x − 4 = 0
Para começar o cálculo vamos estabelercer que a
2
b) −5x + 125x = 0 é sempre o número do lado esquerdo do x2 que

39
neste caso a = 2, b é sempre o número que está a Agora o cálculo para menos
esquerda do x que no nosso exemplo b = −2 e c é
o número que sobrou c = −4, trocando os valores 2−6
x2 =
na equação de Bhaskara, teremos: 4
q −4
−(−2) ± (−2)2 − 4 · 2 · (−4) =
x= 4
2·2
o próximo passo é resolve as multiplicações e a po- = −1
tencia dentro da raiz Atravéz dos cálculos acimas chegamos a conclusão

2 ± 4 + 32 que as soluções da equação são x1 = 2 e x2 = −1
x=
4 b) x2 + 8x + 15 = 0
resolvendo a soma
√ Com um processo análogo ao do exemplo anterior
2 ± 36 temos a = 1 b = 8 e c = 15 e substituindo na
x=
4 equação de Bhaskara
calculando o valor da raiz teremos √
−8 ± 82 − 4 · 1 · 15
2±4 x=
x= 2·1
4 resolvendo as multiplicações e a potência
agora transformaremos o sinal de ± em dois √
cálculos diferente, um para + e outro para −, re- −8 ± 64 − 60
x=
solveremos primeiro o de mais. 2
efetuando a subtração
2+6 √
x1 = −8 ± 4
4 x=
2
8
= calculando a raiz quadrada
4
−8 ± 2
= 2 x=
2

40
agora faremos o cálculo para mais Exemplos
1)Resolver a equação literal ax2 − 3ax − a2 = 0
−8 + 2 Primeiro seterminar o valor dos coeficientes, a = 4,
x1 = b = −3a c = −a2
2
Determinar o valor de ∆ = b2 − 4ac
−6 ∆ = (−3a)2 − 4 · 4 · (−a2 ) = 9a2 + 16a2 = 25a2 per-
=
2 ceba que o valor de ∆ é sempre positivo para qualquer
valor de a, portanto
√ teremos duas
√ raizes distintas.
= −3
−b ± ∆ −(−3a) ± 25a2 3a ± 5a
x= = =
2a 2·4 8
Agora fazendo o cálculo com menos primeira raiz
3a + 5a 8a
x0 = = ⇒ x0 = a
−8 − 2 8 8
x2 = segunda raiz
2 3a − 5a −2a −a
x00 = = ⇒ x00 =
−10 8 8 4
= 2) Resolver a equação mnx2 − (m − n)x − 1 = 0
2
Resolução:
= −5 Os coeficientes são a = mn b = −(m − n) c = −1
Resolvendo o ∆ = b2 − 4ac
∆ = [−(m − n)]2 − 4(mn)(−1) = m2 − 2mn + n2 +
4.4 Equações Literais do 2◦ grau 4mn = m 2
+ 2mn + n2} = (m + n)2
| {z
Sabemos que uma equação na incógnita x que apre- trinomio quadrado perf eito
q
senta coeficientes indicados por outras letras é cha- −[−(m − n)] ± (m + n)2 (m − n) ± (m + n)
mada Equações Literais. =
2mn 2mn
São exemplos de equações literais do 2◦ grau x2 − a primeira raiz
4m = 0 e 4x2 − 3ax − a2 = 0. m−n+m+n 2m 1
x0 = = =
A resolução das equações literais do 2◦ grau na 2mn 2mn n
a segunda raiz
incógnita x é feita usando-se a fórmula de Bhaskara, m−n−m−n −2n −1
já conhecida. x00 = = =
2mn 2mn m

41
4.5 Equações redutı́veis ao 2◦ grau Agora resolvendo o ∆
∆ = (−1)2 − 4(6)(−15) = 1 + 360 = 361
Todas as equações citadas até o momento foram da
A equação possui
√ duas raizes distintas
forma ax2 + bx + c = 0 denominado forma normal.
−(−1) ± 361 1 ± 19
Veremos, agora, a resolução de algumas equações x= =
2(6) 12
nas quais necessitamos fazer oportunas trans- Primeira raiz
formações para resolvê-las: 1 + 19 20 5
x0 = = =
Exemplos 12 12 3
1) Resolver a equação x(x − 8) = −16 Segunda raiz
1 − 19 −18 −3
Vamos primeiramente transformar a equação para x00 = = =
12 12 2
a forma normal. 3) Resolver x(x + 3) + (x − 2)2 = 4
x(x − 8) = −16 Primeiro vamos transformar a equação na forma
x2 − 8x = −16 normal
x2 − 8x + 16 = 0 −→ equação na forma normal. x(x + 3) + (x − 2)2 = 4
Agora vamos resolver o ∆ x2 + 3x + x2 − 4x + 4 = 4
∆ = (−8)2 − 4 · 1 · 16 = 64 − 64 = 0 2x2 − x + 4 − 4 = 0
Teremos uma √ única raiz 2x2 − x = 0 −→ equação na forma normal incom-
−(−8) ± 0 8 pleta.
x= = =4
2·1 2 Agora resolveremos usando o tipo 2
x−3
2) Resolver a equação x2 − 3 = x(2x − 1) = 0
6
Resolução: Primeira raiz x = 0
Tranformando na forma normal Segunda raiz 2x − 1 = 0 ⇒ x = 12
x−3 1 + 2x
x2 − 3 = 4) Resolver a equação x + 5 =
6 x−3
6x2 − 18 x−3 Resolução
=
6 6 Primeiro tranformar para a forma normal
6x2 − 18 = x − 3 (x − 3)(x + 5) 1 + 2x
=
6x2 − 18 − x + 3 = 0 (x − 3) x−3
6x2 − x − 15 = 0 −→ equação na forma normal. (x − 3)(x + 5) = 1 + 2x
Determinando os coeficientes a = 6 b = −1 c = −15 x2 + 5x − 3x − 15 = 1 + 2x

42
x2 + 2x − 2x − 15 − 1 = 0 k) x2 − 33x + 2 = 0
2
x − 16 = 0 −→ equação na forma normal incom-
pleta. l) 3x2 − 12 = 0
Agora resolvendo a equação
m) x2 + 10x + 25 = 0
x2 = 16

x = ± 16 n) −5x2 + 6x − 1 = 0
x0 = +4 e x = −4
o) −x2 + 6x = 0
4.6 Exercı́cios p) 5x2 = 0
Exercı́cio 1 Identifique os coeficientes de cada q) x2 − x − 2 = 0
equação e diga se ela é completa ou não:
r) x2 − 25 = 0
2
a) 5x − 3x − 2 = 0
s) −8x2 + 6x + 1 = 0
b) 3x2 + 55 = 0
t) 3x2 − x = 0
2
c) x − 6x = 0
Exercı́cio 2 Escreva a equação ax2 + bx + c = 0,
2
d) x − 10x + 25 = 0 quando:
e) 10x2 + 3x − 1 = 0 a) a = 5, b = 6, c = 1
f) x2 − 3x − 4 = 0 b) a = 1, b = −7, c = 10
g) −2x2 + x + 3 = 0 c) a = 2, b = 4, c = 0

h) 3x2 + 0x − 1 = 0 d) a = −3, b = 2, c = 1

i) 5x2 + 10x + 0 = 0 e) a = 4, b = 0, c = −9

j) 2x2 − 2x − 1 = 0 f) a = −1, b = 4, c = −4

43
Exercı́cio 3 As equações abaixo são incompletas. b) 9x2 − 24x + 16 = 0
Determine suas raizes sem usar Bhaskara.
c) 10x2 + 72x − 64 = 0
2
a) x − 4 = 0
d) x2 − 5x + 6 = 0
2
b) x − 7x
e) 6x2 + x − 1 = 0
c) 3x2 − 12x
f) x2 + 3x − 4 = 0
d) x2 + 4x
g) x2 − 4x − 2 = 0
2
e) 5x + x
h) 5x2 − 2x + 1 = 0
2
f) 4x − 3 = 0
i) 16x2 + 8x + 1 = 0
g) −3x2 + 27 = 0
j) x2 − 6x + 8 = 0
h) −5x2 + 35 = 0
k) x2 − 10x + 25 = 0
2
i) 7x − 5 = 0
l) 3x2 + 2x − 21 = 0
2
j) 8x + 4x = 0
m) x2 − 2x − 5 = 0
k) x2 − 4x = 0
n) 4x2 − 4x + 1 = 0
l) 3x2 − 5x = 0
Exercı́cio 5 Transforme as equações abaixo em
m) 4x2 − 12x = 0 equações do segundo grau, em seguida resolva-as
n) 3x2 + 4x = 0 a) 6(x2 − 1) = x + 6
Exercı́cio 4 Resolva as equações completas. b) 3x(x + 1) + (x − 3)2 = x + 9

a) x2 + 9x + 8 = 0 c) 2(x − 1)2 = x

44
1 1 3
d) (x + 2)2 + (x − 2)2 = 106 u) x
+ x−1
= 2

e) (x + 4)(x − 3) − 14 = (1 − x)(x − 2) v) x−3


+1= 1
x2 −4 x−2

f) (x − 1)2 = 3x + 1 w) 1
− 1
= 1
x−3 x−2 2

g) (3x + 1)2 + 4 = 7x + 1 9−x 4 3(x−1)


x) 2
+ x−2
= 2
h) 2x(x + 1) − 3(12 − x) = x(x + 5)
x 8 x
y) x+1
= 3
+ 1−x
i) x2 − 16 x − 1
6
=0
4 2 2
z) 5
− x−2
= 3x
x2 5
j) 4
+1= 2

1 4x
Exercı́cio 6 Resolva os seguintes problemas:
k) 5
+ 5
= x2
2x2 x x
I) A diferença entre o quadrado e o triplo de um
l) 5
+ 10
= 2
+ 3x2 mesmo número real é igual a 10. Qual é esse

x

x

5 5x
número?
m) 2
+1 2
−1 − 4
= 8
II) Consiferemos um número natural n. Quando
x2 +4
n) 5
=2−x multiplicamos a soma do número n com 5 pela
x(x+1) x−5 5(2x−1)
diferença entre n e 8, obtemos 30 como pro-
o) 4
− 12
= 6 duto. Qual é esse número n?
2x+3 (3x−2)2 x(1−5x)
p) 3
= 6
+ 2 III) Um quadrado de lado x tem a mesma área que
21 um triângulo de base x + 2 e altura x. Calcule
q) x + 20 = x a medida x do lado.
1 6
r) 1 − = x2
x IV) Três números naturais são consecutivos. A
s) 2x − 9
=0 soma dos quadrados dos dois menores é igual
2x
ao quadrado do maior. Calcule os três
10
t) 2x+1
+x=4 números.

45
V) O triplo do quadrado de um número inteiro é 5 Trigonometria
igual ao quı́ntuplo do mesmo número, aumen-
tado d 2 unidades. Qual é esse número? Este capı́tulo será destinado a trabalhar as relações
métricas entre os lados e os ângulos de um triângulo.
VI) A diferença entre dois números é 2. O produto
desses números é igual a 15. Quais são os dois
números? 5.1 O teorema de Pitágoras
VII) A soma dos inversos de dois números natu- Desde a antiguidade existe o interesse do homem em

rais consecutivos diferentes de zero é igual a um ângulo de 90 para a construção civil. Não é
9
. Quais são os números? tão simples formar um ângulo desses. O teorema de
20
Pitágoras surgiu para resolver esse problema, mas,
2
VIII) A área de um terreno retangular é 300m . A para nós ele será usado como uma relacão métrica
frente do terreno tem 13 metros a menos que a envolvendo os lados.
lateral. Calcule as dimensões do terreno.

Exercı́cio 7 Resolva as seguites equações literais


com variavel x.

a) 6x2 − 13mx + 6m2 = 0

b) x(x − a) + x(x + b) = bx

c) x2 − 8mx + 12m2 = 0

d) x2 − 2mx + m2 − 1 = 0 Figura 2:
x2
e) p
= 5x − 4p
Observando a imagem acima podemos concluir que
2
f) (x + 2a)(a − x) + 2a = 2a(a − x) a área do quadrado maior é igual a soma das áreas dos
triângulos mais a área do quadrado menor. Trans-
g) (x − a)2 + (x + a)2 − 10a2 = 0 formando essa informação em uma expressão ma-

46
temática, temos.
b·c
a2 + 4 · = (b + c)2
2
desenvolvendo o lado direito da equação obtemos

a2 + 2b · c = b2 + 2b · c + c2 Figura 4: Exemplo De Pitagoras


cancelado os temos comuns chegamos ao teorema
É comum chamarmos o lado maior, ou seja, o oposto
2 2 2
a =b +c ao ângulo de 90◦ , de hipotenusa, e os demais lados de
catetos.
. Para melhor intendimento o teorema observe a figura Neste exemplo temos que a hipotenusa vale x, subs-
abaixo tituindo os valores da figura no teorema de pitágoras
temos
x2 = 62 + 82
resolvendo as potencias e somando os resultados temos

x2 = 100

e passando o expoente para o outro lado da igualdade


teremos √
x = 100
Figura 3: e resolvendo a raiz quadrada teremos

Para ilustrar a aplicação desse teorema vamos mos- x = 10


trar um exemplo.
Exemplo que é o valor do comprimento da hipotenusa, em
Determine o valor de x no triângulo da figura 5.1. centı́metros.
Adote todos do valores em centı́metros Agora temos outros exemplos.

47
É fácil perceber que desta vez o objetivo e calcular cálculos.
um dos catetos. Assim sendo substituimos no teorema
temos (x + 1)2 = x2 + (x − 1)2
2 2 2
5 =x +4
resolvendo os parenteses
por um cálculo semelhante ao exemplo anterior temos
x=3 x2 + 2x + 1 = x2 + x2 − 2x + 1
Geralmente o teorema de Pitagora não desperta
muito o interesse dos alunos, por parecer um cálculo passando todos os termos do lado esquerdo para o lado
simples e sem importancia, mas, essa é uma idéia er- direito da equação
rada, pois, trata-se de uma poderosissima ferramenta,
0 = 2x2 − 2x + 1 − x2 − 2x − 1
que será empregada não apenas em trigonometria,
mas também para faciliar cálculos em números com- simplificando o máximo possivel teremos a equação
plexos e para fator de correção de potência.
x2 − 4x = 0

colocando em evidencia uma variável

x(x − 4) = 0
Figura 5: e resolvendo a equação obtemos dois valores x = 0 e
x=4
Na figura abaixo determine o valor de x

5.2 Ângulos
Na prática ângulo nada mais é que a medida de in-
clinação entre dois segmentos de reta, como indica a
Figura 6: figura abaixo. Geralmente um ângulo é representado
por uma letra grega.
Para determinar o valor de x nesse exemplo vamos É muito comum usarmos como unidade de medida
ter uma equação do segundo grau. Vamos iniciar os dos ângulo o grau.

48
multiplicando cruzado e simplificando o máximo
possı́vel a fração resultante obtemos
πrad
x=
4
Figura 7: . Com o cálculo acima podemos concluir que 45◦ equi-
vale a πrad
4
.
O grau é uma parte de 360 de uma circunferecia, Para converter angulos de radiano para graus é mais
1
ou seja, o grau é 360 do comprimento total da circun- simples, basta trocar o π por 180◦ e efetuar os cálculos
ferencia necessarios. Por exemplo, para converter 3π 4
trocamos
◦ 3· 180
O Radiano é o pedaço de circunferencia que corres- o π por 180 e temos 4 efetuando todo os cálculo
ponde exatamente ao tamanho do raio dessa circun- temos 135◦
ferencia, veja abaixo.
5.3 Trigonometria no Triângulo
Mediante as preeliminares apresentadas anterior-
mente, vamos trabalhar com as razões trigo-
nométricas, inicialmente, restritas ao triângulo
retângulo. Para isso vamos dar nomes para os lados
dos triangulos
Figura 8:

Na figura a parte em vermelho da circunferencia


tem o mesmo comprimento do raio em azul. A relação
entre as duas unidades de de medidas de ângulo é
πrad = 180◦ Figura 9:

Como Exemplo vamos transformar 45◦ para radia- É necessario deixar claro que os nomes fixados
nos. Para isso vamos usar uma regra de três simples acima são relativos ao ângulo α dado, isso significa
180◦ πrad que se mudarmos a posição do ângulo, também muda
= o nome dos lados
45◦ x

49
Seno
O seno é dado pela razão entre o cateto oposto
ao ângulo de estudo e a hipotenusa do triângulo
retângulo, dado pela fórmula:
cateto oposto co
sin α = ou sin α =
hipotenusa h Figura 10:
Cosseno
Podemos calcular o cosseno de um ângulo pela Poderemos calcular o valor de x usando o teorema
razão entre o cateto adjacente e a hipotenusa de um de Pitágoras,
triângulo retângulo, expresso pela fómula
132 = x2 + 122
cateto adjacente ca
cos α = ou cos α = resolvendo os expoente e passando a adição para o
hipotenusa h
outro ladoa na forma de subtração teremos
Tangente
Calcularemos a tangente pela razão entre o cateto x2 = 169 − 144
oposto pela hipotenusa
agora resolvendo a subtração e tirando a raiz qua-
cateto oposto co
tan α = ou tan α = drada do resultado teremos o valor de x = 5
cateto adjacente ca
Agora resolvendo as primeiras relações trigonome-
Podemos observar que a tangente é a única relação tricas vamos fixar o α como ângulo de estudo, assim
trigonometrica que não depende da hipotenusa, por o cateto oposto vale 5, o cateto adjacente vale 12 e a
este motivo a tangente poderá aparecer com maior hipotenusa vale 13.
frequencia nos exercı́cios de aplicação. Substituindo os valores fixados nas fórmulas das
Agora será dado uma série de exemplo de fixação, razões temos
e de aplicação, das razões dadas acima.
Exemplo 1 5
sin α =
Dado o triângulo retângulo da figura abaixo, deter- 13
mine o valor de x, sin α, cos α, tan α, sin β, cos β 12
e tan β. cos α =
13

50
5 1 24
tan α = =
12 2 x
E agora vamos fixar o β como objeto de estudo e Multiplicando cruzado obtemos x = 48. Agora utili-
mudaremos os valores dos catetos para, cateto oposto zamos o teorema de Pitagoras para determinar o valor
vale 12, o cateto adjacente vale 5 e mantemos o valor de y
da hipotenusa. E novamente trocando os valores nas
razões trigonometricas temos. 482 = y 2 + 242
12 resolvendo as potências e passando a soma para o ou-
sin β =
13 tro lado como subtração
,
5 y 2 = 2304 − 576
cos β =
13
, y 2 = 1728
12 √
tan β =
5 resolvendo a raiz quadrada√obtemos y = 1728 que
Exemplo 2 simplificando temos y = 24 3
Na figura abaixo determine o valor de x e y Sabendo Exemplo 3
◦ 1
Determine o valor do seno, cosseno e da tangente
que sin 30 = 2
de 30◦ e 60◦ tenha como auxilio a imagem abaixo.

Figura 11:

Para serolver esse problema vamos usar a regra do Figura 12:


seno para determinar o x ou hipotenusa
co Podemos cálcular o valor de x usando o teorema de
sin 30◦ = Pitágoras, veja abaixo.
h

51
22 = x2 − 12
4 − 1 = x2

x= 3
Determina o valor de x, vamos substituir obter os Figura 13:
valores das razões trigonometricas
√ usar, o lado que mede 10 unidades é o cateto oposto ao
◦ 3 ângulo de 30◦ e o lado que mede x é a hipotenusa do
sin 60 =
2 triângulo retângulo, portanto vamos usar o seno, por
1 ser a única relação que contém os dois lados. Trocando
cos 60◦ = os valores
2
√ 10
tan 60◦ = 3 sin 30◦ =
√ x
3
cos 30 = 1 10
2 =
2 x
◦ 1
sin 30 = fazendo todos os cálculos necessários obtemos x = 20
2
1 Agora vamos calcular o valor de y. Usaremos
tan 30◦ = √ também o seno, mas, desta vez de 60◦
3
podemos simplificar a tangente de 30 para 10
√ sin 60◦ =
y
◦ 3
tan 30 = √
3
3 10
Exemplo 4 =
2 y
Use os resultados do Exemplo 3 para determinar o √
valor de x, de y e de z na figura abaixo. realizando os cálculos necessários temos y = 203 3
Podemos iniciar calculando o valor de x. Para isso, Para calcular o valor de z vamos usar o teorema
devemos observar quais os lados do triângulo vamos de Pitágoras tendo agora o valores de x e de y como

52
catetos do triângulo retângulo
√ !
2 20 3
z = + 202
3

400 · 3
z2 = + 400
9
1200 + 3600
z2 =
9
4800 Figura 14:
z2 =
9
s
4800 • O ciclo é divido em quatro partes iguais chamadas
z= quadrantes Os ângulos do primeiro quadrante são
9
√ os situado entre 0 e 90◦ , os do segundo entre 90◦
40 3 e 180◦ , os do terceiro entre 180◦ e 270◦ e os do
z=
3 quarto entre 270◦ e 360◦

5.4 Trigonometria no Circulo • O eixo vertical será o seno Sendo para cima po-
sitivo e para baixo valores negativos
Vamos trabalhar agora com as relaçoes trigonometri-
cas no circulo. • O eixo horizontal é o cosseno Sendo para direita
Primeiramente vamos apresentar o ciclo trigonome- valores positivos e para esquerda valores negati-
trico. vos
As principais propriedades do ciclo trigonometrico
são: • O eixo paralelo ao seno é a tangente para cima
valores positivos e para baixo valoes negativos
• O raio do circulo vale uma unidade
Podemos determinar o valor da tangente dos
• Os ângulo contado no sentido anti-horario são po- ângulos notaveis (citados no exemplo 3) verificando
sin α
sitivos E o inverso é negativo que tan α = cos α

53
Portanto redução do terceiro para o primeiro quadrante. E a
√ equação que determina isso é
sin 60◦ 3 √
tan 60◦ = = 2
1 = 3
cos 60◦ 2
sin α = − sin (180 + α)

A tangente dos demais ângulo serão pedidos na e para o cosseno


forma de exercı́cios
Para determinar os valores de seno e de cosseno cos α = − cos (180 + α)
podemos apenas refletir os valores sobres os devidos
eixos como na figura. Tendo visto que podemos reduzir ângulo do segundo
Observando a figura podemos ver que alguns ângulo e do terceiro para o primeiro quadrante. Podemos
tem os mesmos valores de seno e de cosseno. Isso é também fazer isso no terceito quadrante. Nesse caso
possı́vel devido a propriedade ciclica da trigonometria. vamos usar a seguinte equação
Veja que o valor de sin 60◦ é o mesmo que sin 120◦ ,
e para o cosseno só muda o sinal. Isso não foi coinci- sin α = − sin (360 − α)
dencia, isso foi possivel por que 120 = 180 − 60. Essa
propriedade se chama redução do primeiro para o se- e
gundo quadrante, e a fórmula que determina o valor cos α = cos (360 − α)
dos demais é: Nos últimos paragrafos apresentamos as maneiras
de se obter os valores de seno de cosseno de vários
sin α = sin (180 − α) ângulo. Fica como exercı́cio para o aluno criar uma
tabela com os valores das razões trigonométricas dos
e para o cosseno basta trocar o sinal do lado direito
demais ângulos apresentado na figura
da equação

cos α = − cos (180 − α) 5.5 Funções Trigonométricas


O mesmo processoa acima pode ser dado tambem Função é uma relação entre conjuntos. Agora vamos
para os valores do terceiro quadrante exemplo sin 60◦ trabalhar com uma função que relaciona qualquer va-
tem o mesmo valor absoluto que sin 240◦ esse proce- lor x em radiano com o valor sin x. Para melhor vi-
dimento pode ser verificado pelo processo chamado de sualização de uma função sempre usamos um gráfico.

54
• A cossenóide é periódica com perı́odo de 2π

• É decrescente entre (0, π) e crescente entre (π, 2π)

5.6 Exercı́cios
Exercı́cio 1 Use os valores das razões trigo-
Figura 15: Senóide nométricas para obter o valor de x e y na figura

Tendo em vista que o aluno fez a tabela dada como


exercı́cio na seção anterior vamos apenas lança-los no
gráfico.
Podemos observar algumas propriedades na senóide

• A senóide é periódica com perı́odo de 2π


Figura 17:
• É crescente entre (0, π2 ) e ( 3π
2
, 2π) e decrescente
π 3π
entre ( 2 , 2 ) Execı́cio 2 Na figura dada primeiro determine
quanto é o ângulo α e em seguida determine o valor
O mesmo pode ser feito para função cosseno. de x

Figura 18:
Figura 16: Cossenóide
Exercicio 3 Observe a figura e determine o
A cossenóide tem as seguintes propriedades. perı́metro do triângulo maior.

55
gonométricas.
Exercı́cio 9 Uma torre telefônica tem 80m de al-
tura. Um cabo vai desde o chão até o alto da torre
formando um ângulo de 75◦ com o chão. Assim, cal-
cule o comprimento do cabo.
Figura 19:

Exercı́cio 4 Calcular os catetos de um triângulo


retângulo cuja hipotenusa mede 6 cm e um dos
ângulos mede 60◦
Exercı́cio 5 Quando o ângulo de elevação do sol é
de 65◦ , a sombra de um edifı́cio mede 18 m. Calcule
a altura do edifı́cio.
Exercı́cio 6 Do alto de um farol, cuja altura é de Figura 20:
20 m, avista-se um navio sob um ângulo de depressão
de 30◦ . A que distância, aproximadamente, o navio se
acha do farol? E xercı́cio 10 A distancia da árvore até o pé da
Exercı́cio 7 Um Cowboy joga uma moeda para o encosta é de 50m, determine a altura da encosta na
alto. Quando a moeda atinge sua altura máxima, ele figura 21
dá um tiro nela, com o braço inclinado 60◦ em relação
ao solo, acertando-a. A moeda começa a cair em li-
nha reta, perpendicularmente ao solo, e , com o braço
inclinado 45◦ em relaçã ao solo, o cawboy acerta mais
um tiro nela. Sabendo que entre um tiro e outro a
moeda caiu 12 metros, e que a do revólver em relação
ao solo na hora dos dois disparos era de 2 metros ,
qual foi a altura máxima alcançada pela moeda? Figura 21:
Exercı́cio 8 Encontre um algoritmo que deter-
mine o raio da Terra apenas utilizando relações tri-

56

6 Números Complexos caso do nosso exemplo temos 2 · −1 que simplificará
em 2i.
Os números complexos são se extrema importancia Exemplo
no estudo da elétrica. Esses números serão utilizado Para simplificar qualquer expressão contendo raizes
como ferramenta para facilitar cálculos nos módulos de números negativos utilizaremos cálculos semelhan-
futuros. tes aos apresentados anteriormente. Veja:
√ q √ √
a) −36 = 36 · (−1) = 36 · −1 = 6i
6.1 Apresentação √ q √
b) −9 = 9 · (−1) = 9 · −1 = 3i
Os números complexos surgiram no estudo de
equações do segundo grau com ∆ < 0, que neste caso c) √−5 = 5 · (−1) = √5 · √−1 = √−5i
q

nos dá uma raiz quadrada de um número negativo.


Para iniciar o nosso raciocinio sobre numeros com-
plexos tentaremos resolver a seguinte equação, x2 + 6.2 Potência da Unidade imaginária
4=0 Considerando i a unidade imaginária, vamos determi-
nar alguns valores de in .
2
x =0−4
in Desenvolvimento Resultado
2
x = −4 i0 1
√ i1
i
x = −4
i2 i×i −1

Como pode ser possı́vel calcular o valor de −4? i3 i2 × i −i
4 2 2
Simples, para isso vamos separa −4 q em uma mul- i i ×i 1
5 3 2
tiplicação 4 · (−1), assim, obteremos 4 · (−1), se- i i ×i i
√ √ i6
i3
× i 3
−1
parando
√ esta raiz em duas 4 · −1, agora temos
2 · ( −1) podemos, enfim, i7 i4 × i3 −i
√ observar o nosso objeto de i8 4
i ×i 4
1
estudo nesse capı́tulo −1 que será chamado, apartir
de agora de Unidade Imaginária ou simplesmente
√ Ficou claro que a cada quatro potências repetimos
i. Então apartir de agora sabemos que i = −1, no o resultado depois de i4 . De modo geral, temos:

57
• i4n = (i4 )n = 1 6.3 Forma Algebrica de um Número
• i4n+1 = (i4 )n · i1 = i
Complexo
Para identificarmos a forma algebria do número com-
• i4n+2 = (i4 )n · i2 = −1 plexo vamos resolver a seguinte equação
• i4n+3 = (i4 )n · i3 = −i
x2 − 8x + 25 = 0
De modo geral
i4n+p = ip para tanto usaremos a Bháskara, será omitido alguns
passos no processo do cálculo, pois o que nos interessa
Trocando em miudo, basta dividir o expoente por são as raizes e não o desenvolvimento.
4 usar o resto. q
Exemplo −(−8) ± (−8)2 − 4 · 1 · 25
Calcularemos algumas potencia; x =
2
a) i72 √
8 ± −36
=
Se dividirmos 72 por 4 temos quociente 18 e resto 2
0, deste modo, temos que √ √
8 ± 36 · −1
i72 = i0 = 1 =
2
8 ± 6i
b) i45 =
2
Dividindo 45 por 4 encontramos quociente 11 e calculando as duas raizes separadamente
resto 1, ou seja,
8 + 6i
i45 = i1 = i x1 =
2
= 4 + 3i
Com a compeenção deste exemplo e o uso de uma 8 − 6i
calculadora fica fácil a obtenção de qualquer potencia x2 =
2
de base i. = 4 − 3i

58
As raizes apresentadas são números complexos na Igualdade de números Complexos
forma algebrica, de maneira geral os números comple- Seja z1 = a + bi e z2 = c + di dois números comple-
xos se apresentam na forma xos, z1 será igual a z2 se, e somente se, a = c e b = d
em termos matematicos
z = a + bi
z1 = z2 ⇔ a = c, b = d
chamaremos o a de parte real do número complexo
z e b será chamada de parte imaginária do números Exemplo
complexo z
Qual é o valor de x√para que os numeros complexos
Podemos classificar os números complexos com-
z1 = x + 5i e z2 = − 2 + 5i sejam iguais?
forme os seus coeficientes;
Simples, se a parte imaginaria é igual 5i = 5i √
então,
Número Complexo Puro é todo número com-
a parte real tambem será igual, ou seja, x = − 2.
plexo da forma z = 0 + bi, ou seja quando o a = 0
Conjugado
e
Se temos um números complexo da forma z = a+bi
Número Real é todo número complexo da forma
o seu conjugado será dado por z = a − bi.
z = a + 0i, ou seja quando o b = 0.
Podemos perceber que o conjugado de um número
Exemplo
complexo é apenas a troca do sinal da parte imagina-
Classificaremos uns números complexos
ria.
a) z1 = −2 − i Exemplo
O conjugado do número z1 = 4 − 5i é z1 = 4 + 5i.
Este é um exemplo de número complexo completo,
O conjugado do número z2 = −9 + 3i é
pois, a e b 6= 0
z2 = −9 − 3i.
b) z2 = −3i
z2 pode ser classificado com um número complexo 6.4 Operações com Números Comple-
puro por que a = 0 xos

c) z3 = 3 Adição e Subtração
Este números será classificado como real devido b Sendo z1 = a + bi e z2 = c + di números complexos,
ser igual a 0. definimos:

59
−2 + i vamos calcular z1 · z2
z1 + z2 = (a + c) + (b + d)i z1 · z2 = (1 + 3i) · (−2 + i)
= 1 · (−2) + 1 · i + 3i · (−2) + 3i · i
e = −2 + i − 6i + 3i2
z1 − z2 = (a − c) + (b − d)i = −2 − 5i + 3 · (−1)
= −2 − 5i − 3
ou seja, basta considerar os números complexos como = −5 − 5i
monomios e reduzir os termos semelhantes. Divisão
Exemplo A divisão pode ser feita de duas maneiras. Apre-
Considere os seguintes números complexos sentaremos esta operação atravéz de exemplos.
z1 = 4 + 5i e z2 = 2 + 6i Exemplo
4 + 3i
Vamos calcular primeiro por um método co-
2 + 5i
z1 + z2 = (4 + 5i) + (2 + 6i) nhecido como Método do Sistema.
= (4 + 2) + (5 + 6)i O objetivo de realizar esta divisão é encontrar um
= 6 + 1i outro número complexo, que até o presente momento
é desconhecido, ou seja, x + yi.
e
z1 − z2 = (4 + 5i) − (2 + 6i) 4 + 3i
= x + yi
= (4 − 2) + (5 − 6)i 2 + 5i
= 2 − 1i multiplicando cruzad como faziamos nas equações do
primeiro grau,
Multiplicação (x + yi) · (2 + 5i) = 4 + 3i
Na multiplicação basta aplicar a mesma proprie-
dade distributiva usada na multiplicação de binomios, vamos efetuar a multiplicação do primeiro membro
porém observando que i2 = −1. Não há a necessidade x · 2 + x · 5i + yi · 2 + yi · 5i = 4 + 3i
alguma de decorar fórmulas.
Exemplo resolvendo as multiplicações
Dados os numeros complexos z1 = 1 + 3i e z2 = 2x + 5xi + 2yi + 5yi2 = 4 + 3i

60
vamos trocar a sentença i2 = −1 na expressão acima e substituiremos essa expressão na equação (II), como
ja temos facilidade em manipular equações do pri-
2x + 5xi + 2yi − 5y = 4 + 3i
meiro grau, vou omitir alguns passos na resolução
o próximo passo é organizar o primeiro termo da nossa
igualdadem, juntaremos os fatores reais com fatores
reais e os fatores imaginarios com fatores imaginarios,
colocondo em evidencia a unidade imaginaria.
(2x − 5y) + (5x + 2y)i = 4 + 3i 5x + 2y = 3
5( 4+5y
2
)
+ 2y = 3
pode-se ver facilmente que estamos diante de uma
igualdade de números complexos, igualando parte real 20+25y
+ 2y = 3
2
do primeiro membro com a parte real do segundo men-
bro, temos 20+25y 4y
2
+ 2
= 3
2x + 5y = 4
e igualando a parte imaginaria do primeiro membro 20+25y+4y
2
= 3
com a parte imaginaria do segundo membro temos
20+29y
5x + 2y = 3 2
= 3

juntando as duas igualdade teremos um sistema de 20 + 29y = 6


equações lineares3 29y = 6 − 20
2x − 5y = 4 (I) y = −14
29
5x + 2y = 3 (II)
Na equação (I) isolaremos a incógnita x
2x = 4 + 5y
x = 4+5y
2 Para finalizar o nosso cálculo falta apenas o valor
3
Recomendo que o leitor encontre os metodos de resolução
de x, anteriormente vimos que x = 4+5y 2
e já sabemos
−14
de sistema linear em qualquer livro de sétima série, ou do se- que y = 29
basta trocar o valor de y na expressão do
gundo ano do segundo grau x que encontramos o seu valor.

61
4 + 5y
x = 4 + 3i 4 · 2 − 4 · 5i + 3i · 2 − 3i · 5i
2 =
2 + 5i 2 · 2 − 2 · 5i + 2 · 5i − 5i · 5i
−14
4+5·
x = 29 8 − 20i + 6i − 15 · (−1)
2 =
4 − 25 · (−1)
4 + −70
29
x = 23 − 14i
2 =
4 + 25
116 −70
+ 23 − 14i
x = 29 29 =
2 29

46 23 14
= − i
29 29 29
x =
2
6.5 Forma Geometrica de um
23 Número Complexo
x =
29
Chegamos ao resultado Representaremos os números complexos através de
um plano com eixos perpendiculares, o eixo horizontal
4 + 3i 23 14 será o Eixo Real, e o eixo vertical será chamado de
= − i
2 + 5i 29 29 Eixo Imaginário, como mostra a imagem 22
Vamos resolver o mesmo exemplo pelo metodo co- Como pode ser visto todo numero complexo pode
nhecido como o método do conjugado. ser em um gráfico. Vamos representar x = 3 + 4i na
Este métodp é muito mais curto que o anterior, va- figura 23.
mos multiplicar em cime e em baixo pelo conjugado
do número complexo do denominador, 6.6 Argumento do Número Complexo
4 + 3i (4 + 3i)(2 − 5i) Temos uma outra forma de representar o numero com-
= plexo e esta forma é a trigonometrica, que será apre-
2 + 5i (2 + 5i)(2 − 5i)

62
Figura 22: Plano de Argand-Gauss

Figura 24:

Podemos calcular o valor do comprimento do vetor


complexo atravez do teorema de Pitagoras, represen-
taremos o comprimento de z por ρ, usando o teorema
temos que
ρ2 = a2 + b2
melhorando a equação

Figura 23: ρ= a2 + b 2
Para o nosso exemplo temos que
√ √
sentada a seguir, mas para alcançarmos este objetivo ρ = 62 + 42 = 52
temos que ter noção do argumento do numero com-
plexo. Na figura 24 podemos observar a forma geo- Como foi visto no capı́tulo anterior, o valor do
a b a
metrica do número z = 6 + 4i, observando cuidadosa- cos θ = , sin θ = e tan θ = . Resolvendo o
mente veremos um triangulo retângulo formado pelo ρ ρ b
6 4
vetor complexo, pelo eixo real e por um traço ponti- nosso exemplo temos que cos θ = √ , sin θ = √ e
52 52
lhado. Estudaremos as relações trigonometricas neste 6
triangulo. tan θ =
4

63
Este estudo trigonométrico do numero complexo o valor do seno e do cosseno
é chamado de argumento, portanto o argumento de √
qualquer número complexo será dado por: 2 2
sin θ = √ =
√ 2 2 2
ρ = a2 + b 2 √
2 2
a cos θ = √ =
cos θ = ou a = cos θ · ρ 2 2 2
ρ
b Concluimos que o valor de θ é π4
sin θ = ou b = sin θ · ρ Potanto√a forma trigonometrica do número z = 2 +
ρ
2i é z = 2 2(cos π4 + sin π4 i)
a
tan θ = Exemplo
b Obtenha a algebrica do complexo z = 2(cos π3 +
i sin π3 .
6.7 Forma Trigonométrica do √
Sabemos que cos π3 = 12 e sin π3 = 23
Número Complexo Substituindo esses valores na expressão dada, te-
Para obtermos este representação vamos trocar o valor mos:
do argumento na representação algebrica. √
1 3 √
z = 2( + i ) ⇒ z = 1 + 3i
z = a + bi = cos θ · ρ + sin θ · ρi 2 2
, que é a forma algébria do z.
colocando o módulo em evidencia

z = a + bi = ρ(cos θ + sin θi) 6.8 Exercı́cios


Exemplo Exercı́cio 1 Determine as raı́zes imaginárias das se-
Qual é a forma trigonometrica do número z = 2+2i guintes equações:
Primeiro de tudo temos que encontrar o valor do
módulo a) x2 + 9 = 0
√ √ √
ρ = a2 + b2 = 22 + 22 = 2 2 b) 2x2 + 10 = 0

64
c) 2x2 − 6x + 9 = 0 f) −10 − 3i) + (9 − 7i) + (3 − i) − (4 − 11i)

d) x2 − 10x + 34 = 0 g) 5 − 3i) − (7i) + (8 − i) − (10 − i)

Exercı́cio 2 Julge como verdadeira ou falso: Exercı́cio 4 Efetue:

a) 4i é um números real. a) (5 + 3i)(2 + 4i)

b) 8 + 3i é um número complexo. b) (8 − 2i)(4 + 5i)

c) 6i é um número complexo c) (−4 − 4i)(2 − 3i)


3
d) 5
é um número complexo. d) (8 + 3i)(8 − 3i)

e) −5 é um número imaginário. e) (−8i)(−8i)

f) 4i é um número imaginágio puro. f) (5 − 2i)(5 − 2i)

g) 0 é um números imaginário. g) (8 − i)(−1 + i)

h) 3 − i é um número imaginário. h) (3 − i)(7 − i)

Exercı́cio 3 Efetue: i) (−10)(−3i)

j) (4 − 2i)(−1 + 2i)
a) (3 + 2i) + (5 + 7i)

b) (−4 + 5i) + (3 + 8i) Exercı́cio 5 Calcule as seguintes potência de i:

c) (−2 + 3i) + (−3 − i) a) i35

d) (−8 − i) + (4 + 2i) − (2 − 3i) b) i94

e) −5 + 4i) − (7 − i) + (12 + 7i) c) i42

65
d) i356 4 − 2i
5.
i
e) i71
6 − 6i
100
6.
f) i 7 + 8i
5 + 6i
Exercı́cio 6 Efetue: 7.
3−i
1. 3i8 10 − i
8.
−2i
2. 5i40 + 8i35 − i
8 + 10i
3. i5 · i37 · i302 9.
8 + 10i
4. (−2i)5
Exercı́cio 8 Sendo z1 = 5 + 3i e z2 = 4 + i, deter-
5. (−i) 8 mine:
z1
6. (5 + 3i)(2 − 4i) 1. z3 =
z2
7. (6 + 2i)(6 − 2i) 2. z3
Exercı́cio 7 Calcule os seguintes quocientes: 3. (z3 )2
2 + 3i 4. z1 − z2 − z3
1.
5 + 7i
Exercı́cio 9 Assinale num mesmo gráfico os afixos
3−i
2. dos seguintes números complexos:
8 + 2i
−4 − i a) z1 = 4 + 3i
3.
8−i
b) z2 = −3 − i
6+i
4. c) z3 = 5
−3i

66

d) z4 = 2i a) z = 1 + 3i
e) z5 = −3i b) z = −1 + i
f) z6 = 4 − i c) z = 1 − i

g) z7 = −1
d) z = 3i
h) z8 = −4 √
e) z = −1 + 3i
Exercı́cio 10 Determine o módulo dos seguintes
números complexos: f) z = 5

a) z = 8 + 6i Exercı́cio 12 Determine a forma trigonométrica


b) z = 3 − 2i dos seguintes números complexos:

c) z = 5 a) z = 3+i
d) z = 7i √
b) z = − 3 + i
e) z = −4i
c) z = i
f) z = 5 − 12i
d) z = −4i
g) z = −4 + i √
e) z = 3 + 3 3i
h) z = −2 − 4i

√ f) z = −3 + 3 3i
i) z = 3 + i
√ √
j) z = 2 + 2i g) z = 3 − 3 3i

Exercı́cio 11 Determine o argumento dos seguin- h) z = −3 − 3 3i
tes números complexos:

67
Exercı́cios 13 Escreva os seguintes números com-
plexos na forma algébrica:
 
a) z = 2 cos π4 + i sin π4
 
b) z = 3 cos π3 + i sin π3
 
c) z = 5 cos 2π
3
+ i sin 2π
3
 
d) z = 2 cos π2 + i sin π2

e) z = 2 (cos π + i sin π)
 
f) z = 4 cos 3π
2
+ i sin 3π
2
 
g) z = cos 3π
4
+ i sin 3π
4
 
h) z = 2 cos 5π
4
+ i sin 5π
4

68

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