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“Tabacaria” é um poema escrito por Fernando Pessoa, publicado em sua obra “Fernando

Pessoa & Cia.” Em 1928, sob o heterônimo Álvaro de Campos. Este poema é um dos
mais emblemáticos e complexos da obra de Pessoa, refletindo suas preocupações
metafísicas, existenciais e filosóficas.

O poema começa com a observação do poeta dentro de uma tabacaria, onde ele
descreve o ambiente cotidiano e mundano, comuns à vida urbana. A tabacaria é
retratada como um espaço comum, com seus elementos familiares e rotineiros, como
cigarros, jornais e vendedores. No entanto, essa cena mundana serve como ponto de
partida para reflexões mais profundas sobre a existência e o significado da vida.

À medida que o poema avança, o eu lírico mergulha em uma introspecção existencial,


questionando a natureza da realidade, o propósito da existência e a inevitabilidade do
tempo. Ele reflete sobre a finitude da vida, a transitoriedade do tempo e a sensação de
alienação diante da experiência humana. A tabacaria torna-se um símbolo da
efemeridade e da trivialidade da vida terrena.

O eu lírico expressa uma sensação de desamparo diante da incompreensibilidade do


universo e da impossibilidade de encontrar respostas definitivas para as questões mais
profundas da existência. Ele sente-se perdido em meio à complexidade do mundo e da
consciência humana.

No entanto, apesar desse sentimento de desolação e perplexidade, o poema termina com


uma espécie de resignação e aceitação da condição humana. O eu lírico reconhece a
beleza e a poesia na própria incerteza e na busca constante por significado. Assim,
“Tabacaria” de Fernando Pessoa é uma reflexão profunda sobre a condição humana, a
transitoriedade da vida e a busca incessante por sentido em um mundo aparentemente
absurdo e desconcertante.

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