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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA PÓS GRADUAÇÃO

DISCIPLINA: PENSAMENTO COMPUTACIONAL

AULA 3

O PENSAMENTO COMPUTACIONAL NOS CURSOS SUPERIORES DE


COMPUTAÇÃO: COMPREENSÕES NO CENÁRIO MUNDIAL

Estabeleço, neste capítulo, um panorama conceitual, a partir da leitura e


análise em torno da compreensão, concepção e desenvolvimento do PC em cursos
superiores de Ciência da Computação, considerando ainda cursos correlatos da
área de computação, como Sistemas de Informação, Engenharia da Computação e
Engenharia de Software e Informática.
O PC pode ser considerado protagonista do processo formativo nestas áreas
por oferecer oportunidades para repensar a educação em ciência da computação,
assim como potencializar sua relação com outras áreas e disciplinas (WING, 2006).
Este movimento pode contribuir ainda como mediador e facilitador do
desenvolvimento de processos cognitivos importantes, como o pensamento
conceitual (abstrato) e capacidade de resolução de problemas em diferentes
contextos formativos.
Assim, é possível perceber as significativas inciativas de investigação na área
de educação em computação, com foco na prospecção de entendimentos acerca do
PC. Tais pesquisas estão sendo realizadas nos mais variados contextos e níveis de
educação formal, da educação infantil ao ensino superior, e até mesmo em espaços
de educação informal ao redor do mundo, como ilustram pesquisas (MOHAGHEGH;
MCCAULEY, 2016; WING, 2017; WING; STANZIONE, 2016). Cabe destacar
também a amplitude e maturidade das pesquisas realizadas, que cobrem aspectos
conceituais do próprio PC, revisão curricular, formação de professores e relatos de
experiência. Enfim, as motivações e reflexões acerca do papel do PC na educação
para todos estão em um patamar considerado por muitos destes pesquisadores
como habilidade fundamental para o século XXI.
Metodologicamente, optei por uma densa análise desses estudos através da
busca de trabalhos em importantes repositórios e periódicos, com foco em Educação
e Computação e/ou Educação em Computação. Dada a especificidade dos critérios
de seleção, a busca foi realizada em diversos repositórios como Portal de periódico

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da Capes, researchgate ACM Digital Library (Association for Computing Machinery),


IEEE Xplore Digital Library, ScienceDirect (Elsevier), entre outros.
Além da realização de buscas diretamente nestes repositórios, também foi utilizado
o mecanismo de busca do Google Acadêmico, que possibilitou, em alguma medida,
a automatização da pesquisa e o acompanhamento de novos trabalhos publicados.
O principal recurso utilizado foi o sistema de alerta, que permite a realização de uma
configuração prévia como a definição de descritores, assuntos e períodos de
interesse. Após a configuração o sistema envia, por e-mail, a descrição e o acesso
às produções específicas relacionadas ao interesse de pesquisa.
Os principais descritores utilizados nas buscas para filtrar os trabalhos foram
Computational Thinking, undergraduate, Computer Science, College, University.
Posteriormente, foram realizadas análises secundárias mais criteriosas a partir da
leitura dos títulos, resumos e objetivos para selecionar os trabalhos que, então,
foram lidos na íntegra e analisados.
Assim, considerando esta etapa de filtragem, os trabalhos selecionados
consideraram um período de 2006 a 2018, sendo que a escolha de 2006 como ano
inicial está associada ao ano em que Wing definiu e apresentou os contornos do
Pensamento Computacional para a comunidade acadêmica internacional.
As buscas realizadas resultaram, inicialmente, na seleção de mais de 100
trabalhos, que foram revisados manualmente para verificar a relevância de conteúdo
e objetivos previamente estabelecidos. Cabe ressaltar que este processo de seleção
ocorreu num período de um ano e meio (entre o ano de 2017-2018) e que, após
leituras minuciosas e categorização, foi reduzido para 14 trabalhos. Além dos
trabalhos selecionados para análise, foi possível encontrar materiais adicionais de
caráter complementar para contribuir com as reflexões associadas ao pensamento
computacional no ensino superior.
Para auxiliar no processo de análise dos trabalhos selecionados, utilizei o sof-
tware ATLAS.ti (FRIESE, 2012). Essa ferramenta, desenvolvida na Universidade de
Berlim, foi concebida para uso em pesquisas qualitativas e possui, segundo Ariza et
al. (2015), procedimentos analíticos semelhantes à Análise Textual Discursiva
(ATD). Com o apoio do ATLAS.ti, elaborei uma base de dados estruturada a partir
de componentes previstos na ATD, como documentos primários (corpus de análise),
unidades de significado (citações), códigos e categorias.

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Após a análise, foi possível compreender, de modo geral, como o PC está


sendo inserido/trabalhado nos currículos de cursos superiores de computação em
diversos países. A partir da leitura integral dos trabalhos, pude verificar que,
aproximadamente, metade abordou questões de interesse específico dentro dos
campos da ciência da computação, via definição de PC e/ou ensino de conceitos
ligados ao pensamento computacional para graduandos em cursos da área de
computação em início do processo formativo. A discussão específica e
explicitamente realizada sobre PC em outras disciplinas foi mais dispersa; o uso de
métodos computacionais ou modelagem é ainda implícito, mas a revisão e análise
realizada enfocou fontes dentro do corpus de pesquisa que abordam o pensamento
computacional diretamente, sempre que possível. As principais categorias de análise
dos trabalhos estão dispostas no Anexo 1.
1. É importante destacar que a definição de PC que adoto nesta pesquisa
deriva de Wing, mas pude perceber que vários dos pesquisadores cujos textos
foram analisados nesta etapa optam por adotar significados variantes ou totalmente
separados para o “pensamento computacional”. A seguir, estabeleço pontos de
contato e distanciamento entre todos os textos que compuseram o corpus desta
etapa da pesquisa, explicitando entendimentos quanto ao PC.
O estudo apresentado por Walden (2013) examina o PC e suas relações com
o Pensamento Crítico sob a perspectiva da Informática (Informatics). De modo
específico, o trabalho descreve um curso introdutório intitulado “Princípios da
Informática”, criado no âmbito de uma Faculdade de Informática americana, para
alunos de graduação ingressantes/calouros (freshman) de diversos cursos, inclusive
o de Ciência da Computação. O referido curso contempla aulas, palestras e sessões
de aprendizagem ativa para desenvolver nos alunos compreensões dos
fundamentos de computação e informática, assim como desenvolver habilidades de
PC. A partir dos cursos, foram realizados testes para verificar/mensurar as
mudanças e relações entre as habilidades de pensamento crítico e de PC.
Cabe ressaltar que esta iniciativa foi concebida para atender acadêmicos
(ingressantes) de três departamentos - Ciência da Computação, Comunicação e
Informática Empresarial, também conhecido Sistemas de Informação. Segundo
Walden (2013), a oferta da disciplina como componente de formação geral, para

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diversos cursos de graduação, traz várias vantagens, incluindo ampliar a faixa de


alunos com compreensões acerca destes importantes conceitos assim como
capacitar os próprios alunos graduandos em cursos de computação da universidade.
É possível perceber que este trabalho busca ampliar o entendimento de pensamento
computacional, frente às definições tradicionais de ciência da computação, ou seja,
os autores entendem que o PC é um processo de pensamento associado aos
conceitos e práticas de computação, mas com componentes e estruturas mais
extensas e relacionadas com outras áreas do conhecimento, neste caso, a
informática. Neste cenário, Walden define que:

O campo da informática se concentra no estudo da informação em um


sentido amplo, não limitado ao processamento de informações. A
informática inclui a análise objetiva e precisa das informações encontradas
na teoria de Shannon, o significado da informação e o impacto da
informação no comportamento e na sociedade. Weaver chama isso de
problemas técnicos, semânticos e de eficácia da informação em sua
introdução a The Mathematical Theory of Communication [20], de Claude
Shannon. Embora os algoritmos e os dados de processamento sejam uma
parte importante do estudo da informação, o significado da informação e o
impacto da informação nas questões organizacionais e societais, como
comunicação, segurança e privacidade, também são essenciais para uma
ampla compreensão da informação. (WALDEN et al., 2013, p. 5, tradução
do autor)

Seguindo a discussão de Walden, a pesquisa defende que aprender e praticar


o PC fornece um conjunto fértil de contextos e exemplos para desenvolver o
pensamento crítico nos alunos. Logo, é clara a intenção de potencializar e qualificar,
através de uma abordagem transdisciplinar, a formação inicial de alunos
ingressantes em cursos superiores, inclusive nos cursos de computação. Fica
evidente a preocupação em fornecer condições mais adequadas e significativas para
que os alunos possam compreender, logo no início da jornada acadêmica, o(s)
modo(s) de pensar dos profissionais de computação.
2. Assim como Walden (2013), o estudo apresentado por Calderon (2018)
defende que pesquisas envolvendo o PC também devam ser realizadas no ensino
superior. A autora salienta que, como a ciência da computação está se tornando um
dos principais componentes educacionais da escola primária e secundária (pelo
menos no currículo educacional europeu), os educadores de nível superior poderiam
apresentar desafios adicionais aos alunos de graduação em computação. Há,
segundo a autora, a oportunidade de envolver os alunos em problemas sociais

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complexos e de ajudar a alcançar possíveis soluções através do ensino de


habilidades de resolução de problemas complexos empregando técnicas avançadas
de PC.

Nesse sentido, o trabalho desenvolvido analisa o desempenho acadêmico


(atitudes e aptidões) e as potenciais relações entre os conceitos fundamentais do
PC (Decomposição, Abstração e Pensamento Algorítmico) com os componentes
curriculares “Introdução à Programação e “Matemática para Computação”. Num
período de três anos de investigação, os conceitos de PC foram trabalhados,
primeiramente, de modo isolado, através de atividades extracurriculares (workshops)
e, num segundo momento, através de um modulo/curso, de 12 semanas
inteiramente dedicado ao PC, destinado a estudantes ingressantes (1º semestre) de
Ciência da Computação e Engenharia de Software.
É interessante observar algumas conclusões e reflexões interessantes
apontadas por Calderon (2018):

- Ensinar programação no ensino superior é notoriamente uma atividade


complexa, e projetar uma disciplina paralela de PC é relevante para os
educadores preocupados com o impacto dos cursos introdutórios de
programação, pois pode ajudar a reduzir as desistências em outras
disciplinas, em particular, disciplinas de programação.
- Uma das principais dificuldades em relação à programação é a de encontrar
um nível desafiador durante as aulas que se adapte a todos os alunos.
Embora isso possa ser verdade para a maioria dos sujeitos, no caso do
ensino de programação, o que varia é a maneira como os problemas são
abordados. Nesse contexto, os novatos tendem a se concentrar integralmente
em uma única instrução por vez (linha de comando), em vez de entender o
programa como um “problema” complexo.
- Outro ponto analisado é o fato de que os acadêmicos (programadores)
novatos, frequentemente, não reconhecem suas próprias falhas, o que
também pode levar à frustração e a um possível desligamento (desistência).
Essas são questões em que o PC pode ajudar, pois, de acordo com a

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pesquisa, a frustração pode ser diminuída pelo aumento da confiança na


disciplina paralela de PC.

- Além disso, o desengajamento por causa de diferentes abordagens do


problema também pode ser corrigido por uma disciplina de PC, já que um de
seus focos principais é a visualização de problemas sociais e de computação,
assim como geração de métodos para resolvê-los sistematicamente através
de um conjunto particular de habilidades.
- O trabalho também analisou a relação entre a disciplina de PC criada e o
desempenho dos estudantes no âmbito de conceitos matemáticos basilares
para a computação. A pesquisa produziu evidências de que, após os alunos
cursarem a disciplina de PC, houve um melhor aproveitamento na disciplina
curricular de “Matemática para Computação”.

Assim, o estudo realizado propõe a inserção do PC como um componente


curricular importante para qualificar a compreensão inicial dos estudantes
ingressantes acerca dos conceitos e práticas fundamentais da Ciência da
Computação, evidenciando, de modo explícito, quais as principais
funções/componentes de pensamento operadas por um profissional de computação
(Abstração, Decomposição e Pensamento Algorítmico). Ressalta também o enfoque
autônomo e generalista da disciplina, uma vez que os conceitos podem ser
trabalhados/ensinados a alunos com amplas e distintas faixas de experiências
prévias. Em última instância, o PC emerge como uma alternativa para dar mais
sentido aos conceitos e práticas estudados e desta forma qualificar o processo inicial
de formação de futuros profissionais de computação.

3. Já o trabalho desenvolvido por Qualls (2011) apresenta um estudo de caso


realizado no âmbito da disciplina CS1 (Introdução à Ciência da Computação) em
uma universidade norte-americana. O autor ressalta que muitos conceitos
constituintes do PC não são regularmente encontrados em cursos introdutórios e,
por isso, o estudo explorou a compreensão de três conceitos basilares do
pensamento computacional: algoritmos, abstração e eficiência.

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O estudo dedicou atenção especial sobre o papel da abstração na


computação e, especialmente, no PC pois, segundo o autor, os alunos que são
incapazes de pensar abstratamente, muitas vezes, têm dificuldade em aprender
conceitos e práticas de ciência da computação e também em outras áreas que
dependem da abstração.

Cabe ressaltar que os pesquisadores, a partir de uma abordagem qualitativa,


analisaram entrevistas realizadas com alunos para tentar compreender seus
pensamentos e suas percepções sobre os conceitos de PC e o componente
curricular CS1. Resultados iniciais sugerem a necessidade de mudanças
metodológicas (de ensino) e de conteúdos empregadas nesta disciplina,
evidenciando e potencializando o papel da abstração no contexto da ciência da
computação e do PC.
Cabe ressaltar que este trabalho teve a preocupação de amparar-se em uma
teoria de aprendizagem (Piaget) para compreender o processo de desenvolvimento
do pensamento abstrato. De acordo com a teoria apresentada, que considera quatro
estágios de desenvolvimento cognitivo, é no último que os humanos desenvolvem a
capacidade de pensar abstratamente. Este estágio ocorre entre a adolescência e a
idade adulta. Nesse sentido, de acordo com o autor, como muitos alunos
matriculados em disciplinas introdutórias de computação são recém-formados no
ensino médio, é provável que alguns indivíduos não tenham progredido para o
quarto estágio de desenvolvimento e, portanto, sejam incapazes de demonstrar
suficientemente as habilidades de pensamento necessárias para abstração.
4. O trabalho de Wärmedal (2014) propõe a criação de um curso introdutório
de PC voltado a ensinar os conceitos básicos desta forma de pensamento para
alunos ingressantes em cursos superiores. A motivação para o trabalho está
centrada na ideia de que, nos métodos tradicionais de ensino, frequentemente, os
alunos são colocados a enfrentar disciplinas de programação e utilizar os conceitos
de eficiência, alocação de memória e complexidade e que tal situação pode
acarretar problemas no processo aprendizagem dos acadêmicos. De acordo com o
autor,

Em computação, o pensamento computacional seria a lógica por trás da


ciência, aplicável em todos os campos da ciência da computação. Se temos

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um conhecimento de campo que permeia todos os conhecimentos da área,


por que não estamos ensinando aos nossos calouros? (WÄRMEDAL, 2014,
p. 2 tradução do autor).

De modo específico, o estudo considera a criação de uma estrutura de


disciplinas (obrigatórias) para alunos do curso de Bacharelado em Ciência da
Computação da Umea University. O conteúdo do curso é especificadamente focado
em conceitos de Inteligência Artificial e reflexões gerais sobre como implementar o
conceito de PC em diferentes áreas. A escolha do assunto Inteligência Artificial,
segundo o autor, é decorrente da sua próxima relação com os conceitos de
abstração, eficiência, algoritmos, padrões e decomposição, os quais são
componentes constituintes do PC - e é fácil de relacionar e um campo popular da
ciência da computação. Outra decisão considerada na elaboração da disciplina foi a
sua “não” relação com atividades programação para coincidir com o conhecimento
prévio dos alunos, ou seja, ensinar o PC relacionando os conceitos com problemas
cotidianos e através de uma linguagem comum e familiar aos estudantes.
5. O estudo de Isbell et al. (2009) faz uma reflexão sobre os conceitos
fundamentais da disciplina de computação como campo científico de estudo. Neste
trabalho é apresentada a definição de que a computação deve estar centrada em
torno da noção de modelagem, especialmente no processo de criação de modelos
que são automatizáveis e manipuláveis. Além disso, computação é apresentada
como uma disciplina “em si mesma” (“unto itself”), como a matemática, ciência e
engenharia. No entanto, embora se sobreponha a muitas destas disciplinas, se
diferencia por ter um tipo de operação mental (mindset) denominado “Pensamento
Computacionalista” (computationalist thinking).
O “Pensamento Computacionalista” considera e se aproxima, em boa medida
das definições de “Pensamento Computacional” apresentadas por Wing (2008b,
2006, 2010) , mas acrescenta ainda que a computação desenvolve e opera
modelos, linguagens e máquinas para representar e gerar processos. Nesse
contexto, centrado na modelagem, o estudo avigora que a computação deve estar
num nível mais elevado de abstração e menos relacionada a sistemas
computacionais reais. Partindo destas definições, são realizadas reflexões em torno
de possibilidades para promover mudanças nos currículos dos cursos de
computação. Mudanças estas voltadas para projetos de cursos totalmente novos ou
para adaptação de cursos já existentes.

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Entre as motivações desta proposta, há o entendimento de que a educação


em computação está em crise. Existe a “sensação de que a computação, como
normalmente é ensinada, está muito centrada no computador e não suficientemente
sobre o que podemos chamar de mentalidade computacionalista” (ISBELL et al.,
2009, p. 2 tradução do autor). Em última instância, são propostas recomendações
para melhorar o processo de ensino.
Entre as motivações desta proposta, há o entendimento de que a educação
em computação está em crise. Existe a “sensação de que a computação, como
normalmente é ensinada, está muito centrada no computador e não suficientemente
sobre o que podemos chamar de mentalidade computacionalista” (ISBELL et al.,
2009, p. 2 tradução do autor). Em última instância, são propostas recomendações
para melhorar o processo de ensino.

De fato, o próprio campo da computação está lutando por uma identidade,


mesmo quando as instituições acadêmicas estão tentando determinar o que
deve ser ensinado, quando e como. Para causar uma mudança drástica na
educação em computação, precisamos criar um modelo que esclareça o
que é a área, por que e como estudá-la. Precisamos deixar claras essas
razões para nossos alunos e seus pais, para os profissionais e para nós
mesmos. (ISBELL et al., 2009, p. 2 tradução do autor).

Logo, por ser uma área relativamente nova, segundo os autores, existe uma
enorme dificuldade de compreensão, por parte do público em geral, e até mesmo
dos estudantes (acadêmicos) de cursos superiores, sobre verdadeiro papel de um
profissional de computação na sociedade.
6. DIERBACH et al (2011) parte da tese largamente defendida pela
comunidade acadêmica de que o PC foi considerado habilidade fundamental e
necessária para todos os alunos, em todos os níveis de educação formal. Os
autores propõem a criação de um modelo para incorporar o PC no currículo de
graduação geral da Towson University. De acordo com o estudo, os currículos
universitários não são projetados para fornecer tal conhecimento a uma ampla e
variada população acadêmica estudantil. No trabalho, são relatadas as experiências
de oferta e avaliação de cinco disciplinas direcionadas ao desenvolvimento do PC.
Uma disciplina geral, intitulada “Pensamento Computacional Diário” (“Everyday
Computational Thinking”) e quatro disciplinas específicas para outras áreas de
formação como humanidades, gestão, multimídia e sociologia.

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Conforme Dierbach (2011), as avaliações de todos os envolvidos (alunos,


professores e gestores acadêmicos) foram positivas, tanto em relação ao modelo de
inserção do PC nos currículos, como das disciplinas criadas e ofertadas. É
importante registrar duas considerações advindas da avaliação dos professores
responsáveis pelas disciplinas, a primeira é de que explicar/explicitar os contornos e
conceitos associados ao PC no início do curso é fundamental para o sucesso do
aluno e, a segunda se refere à importância da realização de práticas/tarefas
contextualizadas em situações reais para potencializar a compreensão dos
conceitos de PC.
Apesar deste trabalho não considerar especificamente o emprego do modelo
proposto para cursos de graduação em computação, o mesmo pode ser adequado
ao domínio uma vez que pode oportunizar aos acadêmicos (ingressantes e demais)
uma abordagem alternativa, básica e, ao mesmo tempo, mais ampla sobre os
conceitos fundamentais de computação e o modo de operação mental de um
profissional da área.
7. O trabalho de Gouws et al (2013), de modo geral, direciona esforços para
investigar o papel que o PC desempenha na experiência de estudantes ingressantes
(calouros) de um curso de ciência da computação em uma universidade sul-africana.
Para esse objetivo, foi desenvolvido e aplicado um instrumento de avaliação (test),
aplicado em duas fases.
Na primeira, o teste é aplicado no início do ano acadêmico para novos alunos
(ingressantes) matriculados na disciplina de Ciência da Computação 101 (CSC 101).
Este teste inicial destina-se a avaliar as habilidades “brutas” que os alunos possuem
antes de aprenderem algum conteúdo ou prática associada a disciplina. Na segunda
fase, o teste deve ser aplicado durante o terceiro período ao mesmo grupo de
estudantes, que já terão concluído um semestre de estudos em ciência da
computação. Este segundo teste destinase a mensurar o PC de estudantes que
foram expostos a conceitos introdutórios de computação. Por fim, as pontuações do
teste inicial e do teste de acompanhamento são comparadas. Nesse sentido, é
possível analisar as habilidades que os alunos possuem ao entrar no curso de
graduação e também verificar como as habilidades podem mudar ao longo do
semestre. Cabe ressaltar que as mesmas perguntas são usadas para as ambas
fases do teste.

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Para concepção do instrumento de avaliação foram pesquisadas na literatura


várias definições de PC e as habilidades vinculadas. Com base nas características
levantadas, foram criadas seis categorias distintas para agrupar as habilidades e
práticas similares. As seis categorias foram nominadas/rotuladas e adotadas como
referência para constituir um framework conceitual, o qual foi empregado como
referência teórica para auxiliar na identificação, avaliação e aplicação do
pensamento computacional. As seis categorias distintas de habilidades e práticas de
PC são: (1) Processos e Transformações, (2) Modelos e Abstrações, (3) Padrões e
Algoritmos, (4) Ferramentas e Recursos, (5) Inferência e lógica e (6) Avaliações e
Melhorias.
Entre os resultados produzidos pela pesquisa, no contexto de aplicação do
instrumento de avaliação do PC para 88 alunos, destaco a verificação das
dificuldades dos acadêmicos ingressantes em realizar pensamento abstrato. A
abstração é considerada a essência do PC (WING, 2008c) e, segundo Kramer
(2006, 2007), a capacidade de pensamento abstrato é uma habilidade fundamental
para que os estudantes obtenham sucesso durante o processo formativo em ciência
da computação. Logo, ainda são necessários estudos para compreender e refletir
sobre como ocorre este tipo de pensamento no ser humano. Por isso esta questão é
pauta de análise e discussão no escopo desta tese.
Outro resultado gerado que cabe destaque é a relação entre os desempenhos
dos alunos ingressantes na avaliação de PC e na avaliação final da disciplina
cursada. De acordo com a pesquisa, os alunos que estavam no grupo com melhores
avaliações no teste de PC tiveram uma taxa de aprovação de 91% na disciplina
curricular, ou seja, o PC, como forma de pensamento de alto nível, tem relação
muito estreita com o sucesso no processo de aprendizagem dos conceitos e práticas
de computação.

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