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MAILHIOT Cap. 3 (As Minorias Psicológicas)
MAILHIOT Cap. 3 (As Minorias Psicológicas)
AS MINORIAS PSICOLÓGICAS
lhões judeus que seriam mobilizados para serem enviados aos manüesta, a necessidade para a m aioria �e um bod.e exp.iatório.
pontos m ais perigosos do front. Foi aliás o que de fat o ocorreu :e necessário precisar ainda, segundo Lewm, que sen� �ais exato
na Itália, na H ungria, na Polônia e em todos os países conquis falar de uma minoria privilegiada que consegue ?l�biliz�r e ma
tados pelos nazistas e aterrorizados pel a Gestapo. nipular para seus fins um� m�ssa ?� uma mul�idao cuia agres
Outro traço c omum às doutrinas nazista e facista f oi a são canaliza contra uma mmona re1eitada. Lewm pretende tam
tentativa de justificar a reconstituição dos guet os para os judeus. bém que muitos judeus se enganam ao acreditar q�e, se. t odo.s
os judeus se c onduzissem decentemente, não havena anti-�emi
E Lewin nota que os judeus não f oram realmente reconhecidos · tismo. Geralmente é o contrário que acontece. :e a capacidade
como seres humanos n a Europa Ocidental, senão a partir d o de trabalho dos judeus, seus sucessos profis�io�ais como mé?i
momento em que as idéias das revoluções francesa e americana cos ou advogados, seus talentos para o comercio que, na. mai�r
fizeram deles seres humanos iguais em direitos e em privilégios. parte dos casos, pr ovocam periodicamente ondas de ar:1t1-semi
C oncl ui daí que os direitos judeus sã o inseparáveis de uma fil o tismo. Na medida em que os judeus se sobressaem ar3isca�-se
sofia de igualdade dos homens. Os regimes políticos que per a ser perseguidos. C om o últim o argumento de que nao ha �e
seguiram os judeus nestes últimos tempos tentaram sempre fazer lação entre a incidência do a_nti-se�tismo e a con�uta. delm
prevalecer a teoria da inferioridade de certas raças e a superio qüente de certos judeu�, �ewm sahen_ta 9.1:1e a� razo�s mvoca
ridade da sua. das pelas minorias privilegiadas para i ustificar iunto as I?assas
Lewin está consciente de não in ovar ao retom ar por sua seu anti-semitismo têm mudado de século p ara sécul o. Ha qua
conta e ao c onsiderar como válidas estas observações já f ormu trocentos anos os judeus eram perseguidos p or m otivos religio
ladas por sociól ogos c ontemp orâneos ( 68). As reflexões de sos. Em nossos dias as racionalizações pr omulgadas c omo b�m
Lewin adquirem um caráter pessoal ao se perguntar em que -fundadas teorias racistas às quais adere oficialmente o partido
medida o problema judeu é um pr oblema individual ou um nazista, são retiradas de argumentos supostamente base ados na
problema social. Para decidir sobre o assunto lhe basta lembrar antropologia e na biologia.
que no momento da anexação da Áustria, os judeus foram me
tralhados pelo simples fato de serem judeus, sem nenh uma con 2. O segundo estudo : "Bringing up the jewish child" trat_a
sideração por sua conduta passada ou seu status social. P ara da educação que deveria receber o jovem judeu para evolmr
Lewin o problema judeu é um problema essencial�ente social, normalmente.
um caso típico de minoria não privilegiada ou discriminada. O Kurt Lewin compara a educação do j ovem judeu à edu-
que caracteriza as classes ou os grupos não-privilegiados é que cação de uma criança adotada. Eis as razões que o levam a
em todos os casos eles têm em comum o seg uinte: não existem esta c onclusão. Lewin, pela primeira vez, n os revela suas con
senão p orque são tolerados. Sua sobrevivência coletiva depende cepções, ainda embrionárias, sobre a psicologia dos grupos. O
da b oa vontade das classes privilegiadas. Para ilustrar seu pen grupo ao qual um indivíduo pertence pode comparar-se a o ter
samento Lewin evoca o passado do grupo judeu. Segundo ele, reno sobre o qual ele se m antém e que lhe dá ou nega, segun
a emancipação d os jude us d os g uetos não foi c onseguida por do o caso seu status social. Na medida em que o grupo lhe
eles, mas em c onseqüência da m odificação dos sentimentos e dá um status social o indivíduo se sente em segurança; ao c on
das necessidades da maioria. AinC:a h oje pode-se demonstrar trário, se o grupo �ão lhe c oncede nenhum status social, t orna
que as pressões e as discriminações contra os judeus aumentam -se f onte de insegurança para o indivíduo. Esta segurança ou
ou diminuem, conf orme as dificuldades econômicas da min oria insegurança relaciona-se com a solidez ou fluidez do terreno
crescem ou decrescem. Lewin acrescenta ironicamente: é uma sobre o qual o indivídu o se matém, uma vez que ele pode ou
das raz?es pelas quais os jude us de toda parte estã o necessaria não identificar-se com seu grupo .
mente mteressad os em contribuir para o bem-estar econômico Segundo Lewin, isto é verdadeiro sobretudo quando se
das maiorias no meio das quais vivem. trata do meio familiar. C om efeito, parece-lhe amplamente
O pr oblema judeu é um problema soci al. Mais explicita provado pelas descobertas recentes da psicologia da criança (as
mente, o anti-semitismo tem por fundamento, cada vez que se suas próprias não o tinham esclarecido sobre este pr oblema)
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não-judeus_. . Devem
que a estabilidade QU instabilidade do meio familiar det ermina uma condu ta exemplar em presença dos_ ça ª amb1c 1onar o s
a e stabilidade ou instabilidade emotiva da criança. A razão igualmente abster-se de constrange r a cnan .
a m q s orien Em u ma
fun��mental, Lewin é o primeiro a afirmá-lo, é que o meio altos postos n as diferentes
esfe r s � u � � ta
:
1 ud1a do � m1 0 de que
familiar n o qual a criança cr esce e evolui forma um único palavra, é necessário libertar a_ cr1_ ança se sobressair. Assim
campo d e f orças, "one dynamic field", segundo uma expr essão será f acilmente aceita pelos nao-Judeus o atingirem, ele estara:
sua. É. necessário pois levar em conta que o meio familiar, ou quando as expressões de anti-scmitis_ mo to-acusaçao que,
_
qualquer gr up o ao qual pert ence um indivíduo, nã o é para ele imunizado contra o jogo dos mecanismos de au ele em resposta à
som�nte uma font e �� pr oteção ou segurança. Todo grupo, in de outro modo, poderiam 5er adotados por
clusive o grupo familiar, d esenvolve suas leis seus tabus suas discriminação.
o jove�
proibições coletivas. E segundo os tabus, as p;oibições, os'mitos Os pais e os educadores no encargo d� social�arem e�tre s1
liga os J de
que prevalecem em um grupo, a criança ou o indivíduo que judeu dcvein lhe tr ansmitir que, o que
u us
ença que xiste m entre Judeus
per_tence a este grupo, disporá de um e spaço de moviment o livre não sã o as semelh anças ou as dife r s e
um g rupo e dele
mais_ ou menos extenso. Em c onclusão, c onforme seja largo ou e não-j udeus. O que constit ui e ss encia lme1: te
da sorte de seus
restrit o o espaço de m ovimento livre, o indivíduo t erá maior f az um todo dinâmico é a interdependência
o u menor facilidade de se adaptar à vida social ou n o caso da membros.
ao jovem
criança, d e socializar-se . Para Lewin o proble:na fundamental Finalmente é fundamental ensinar mu ito cedo ante toda
�m . q!1alquer grupo humano é o seguinte : em que medida um é de ser, d
judeu que o verdade�ro perigo l?ª r a ele '.
u
md1V1�uo, pertencendo a seu grupo, pode satisfazer suas próprias a sua vida um marginal n a socie
dade em que tenta mtegrar-se
nece ssidades ou aspirações psíquicas sem c ompr ometer indevi a a su� ex!s�ência um eterno
e assim p�rmanecer du rante tod
damente a vida e o s objetivos do grupo? adolescente incapaz como eles,
de se 1dentif1car ao grupo ao
er.
Lewin termina e ste estudo com c onsiderações de ordem qual pertedce ou aos gr upos aos quais deseja pertenc
pedagógica, d eduzidas do que lhe parece fundamental na so
impor
cialização do ser humano : não é o fat o d e p ertencer a vários 3 . O terceiro estudo é incontestavelmente o mais e trata
grupos que constitui a origem dos conflitos mas a incerteza tante dos três. Tem por título : "Self-hatred amon g � ews"
bserv ara
sobre sua própria participação num grupo determinado. Donde dos mecanismos de auto-depreciaç ão q ue Kurt Lewm o
os quatr o princípios pedagógic os nos quais deve inspirar-se a repetidas vezes em seu s próp rio gr upo. . . ros
hv
educação do jovem minoritário . No inicio deste estudo Kurt Lewin refere-se a dois p ro
época (1930 ). O p ( meiro livr _ o é do _
Le win sugere, inicialmente, com muita insistência que, assim datando da mesm a r
g ia,
como a criança adotada se beneficia a o c onhecer o mais cedo fessor Lcssing que tenta, do ponto de vista da psicopatolo O
possível sua condição, também a criança que p ertence a um descrever o que ele chama "O ódio de si entre os _Judeu�"·
grupo minoritário deve conhecer o mais cedo possível, desde segundo é um romance americano do autor L udwig Lev1sohn
que possa assimilá-lo emotivament e, o fato de o grupo s er "lsland within". Este romance tem como cenário a cosmopo
obj eto de vexames, discriminações, em uma situação não-privi lita cidade de Nova York no interior da qual os judeus consti
legiada. Quanto mais os pais e educadores tardarem em rev e tuem uma ilha cultural, isolada e cercada de zonas de silêncio
lar-lhe o fat o, mais arriscam compromete r sua adaptação social. no seio da coletividade americana em constante interação.
Este conselho vale sobr etudo quando o meio educacional no Para Kurt Lewin o fenômeno do ódio de si entre os j udeus
qual a criança cresce nã o é confessional e mostra-se tolerante pode ser encarado ao mesmo tempo como um fenômeno indi
para com as crianças judias. vidual, como um fenômeno de grupo e sobret udo como um
fenômeno social, conforme os aspectos estudados .
. ��I:1 dist o, a e ducação do j ovem judeu, como de tod o Como fenômeno de grupo, o ódio de si afeta as relações
mmontano, deve procurar sensibilizá-lo muito cedo ao fato de
qu� � questão judia é antes de tudo uma questão social. Os intragrupais no interior da grande família judia, ou melhor, as
pais Judeus devem d eixar de pressionar as crianças a adotarem relações entre os diversos grupos ou sub-grupos judeus que
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existem no mundo. E aqui Lewin evoca recordações pessoais dependesse de algum instinto d� base, �eria � personalidade de
que datam do tempo cm que vivia na Alemanha, onde por cada indivíduo que nos revelaria sua mtens1dade. Parece, ao
várias vezes foi testemunha de expressões de fortes ressentimen contrário, conclui Lewin, que este ódio de si - não obstan�
tos da parte dos judeus alemães em relação aos judeus dos os diversos graus em que se manifesta - depende rnmto mais
países eslavos. Os judeus alemães acusavam os judeus eslavos das atitudes que cada indivíduo adota em relação ao problema
de serem responsáveis pela perseguição nazista de que eram judeu do que das estruturas mentais ou emotivas de sua per
vítimas. Lewin afirma ter observado o mesmo fato nos Estados
Uni�os: todos os judeus emigrados culpam os judeus alemães sonalidade.
considerando-os responsáveis por todas as desgraças que caem Aliás nota Lewin o ódio de si manifestado pelos judeus
sobre os judeus no mundo desde 1933. é um fenômeno observ�do em todas as minorias discriminadas.
Nos Estados Unidos, por exemplo, os negros são muito sensí
Segundo Lewin, o ódio de si pode, também, em certos veis às diferentes tonalidades de cor da epiderme humana. Aque
casos, apresentar-se como um fenômeno individual. Neste caso les cuja epiderme é de cor "chocolate com leite" ou "café�creme"
há uma variedade quase infinita de formas que o ·ódio de si menosprezam aqueles que são "caf�-preto". Quanto n_ia1s a ':ºr
toma entre os judeus considerados como indivíduos. Certos da epiderme de um negro se aproxlI!la do branco, mais ten?e�
judeµs, por exemplo, culpam o grupo judeu como tal ou se cia tem ele a dirigir aos outros negros um olhar de supenon
identificam negativamente a uma fração particular de judeus, dade e, em conseqüência, a identificar-se negativamente com
ou difamam sistematicamente sua própria família. Outros rejei seu grupo étnico. O mesmo fenômeno foi observado e abun
tam a si próprios, recusam aceitar-se como judeus e cedem pe dantemente descrito pelos sociólogos americanos ( 2), ( 141),
riodicamente a mecanismos de auto-acusação e de auto-punição. ao tratarem dos conflitos existentes entre_ a primeira e a segunda
Por outro lado, alguns judeus dirigirão o ódio de si exclusiva geração de imigrantes nos Estados Unidos. A_ �egunda geração
n �ente co_ntra as instituições, os costumes, a língua judia ou menospreza seus pais que nã? lhe parecem s_ uf1_ c1entemente ame
ainda o sistema de valores próprios da raça ou da cultura judia. ricanizados e permanecem amd� por de_mais. l_1gad_os . a, sua . c�l
Na maior parte das vezes, nota Lewin, este tipo de ódio de si tura de origem, dificultando assim uma 1dentif1caçao mcondic10-
não se manifesta abertamente, mas é camuflado por racionali nal com seu país de adoção.
zações de toda espécie. Vejamos agora, segundo Lewin, como o ódio de si aparece,
O ódio de si é sobretudo um fenômeno social, segundo tipicamente, em muitos judeus. Um indivíduo judeu te'? am
Lewin. Neste nível sua análise e sua interpretação tornam-se bições, alimenta e constró! projetos pa�a, logo descobm qu_e
b�stante penetrantes. Para ele, Lessing e Levisohn, que se ins sua participação no grupo Judeu const1tu1I� sempre uma barr�1-
p1Iaram em Freud, quiseram explicar o ódio de si pelos instin ra intransponível à realização de seus projetos. Começa en� ao
tos primários que seriam inerentes à natureza humana. Em a perceber e a considerar seu grupo como fonte de frustraçoes
seu apoio recorrem à tese que Freud elaborou para explicar e passa a odiá-lo. Logo chegará à conclusão de que sua ascen
as nevroses de fracasso, pÕstulando a existência em todo ser ção social como indivíduo está ameaçada e que sua segurança
humano de um instinto de morte que teria primazia sobre o sócio-econômica e seu próprio destino pessoal correm o perigo
insti �to. de vida. O que, sempre segundo Freud, explicaria a de ficar comprometidos por causa de sua participação no grupo
tcndencm que aparece com a idade, em todo ser humano, de judeu. Surge então em muitos judeus o sentimento agudo de
�ma 9c�enerescência progressiva que se conclui pelo retorno ao rejeição da interdependência de seu próprio destino e do des
morgamco. Kurt Lewin recusa-se a explicar assim o ódio de si tino de uma minoria discriminada.
entre os judeus. Se assim fosse, argumenta, estaríamos em pre Kurt Lewin termina este estudo concluindo que o ódio de
sença de um dado da natureza e não seria então estranho não si entre os judeus não poderia, na maior parte dos casos, s�r
_
�e � ncontrar no mesmo grau o ódio de si entre os ingleses, os diagnosticado como do domínio da psicopatologia. Como mm
ita!Janos '. os alemães e os franceses cm relação a seus próprios t_?s_ outros fenômenos psíquicos com componentes nevróticos,_ o
compatnotas? Além disto, se o ódio ele si sentido pelos judeus odio de si n ão é geralmente senão a expressão de um conflito
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onstatar e salientar
apítulo próximo par a c
c�iado p ela situação social na qual um indivíduo é forçado a ao assunto em um c os interesses, as
3 a 194 6,
viver . Este fenômeno ap esenta- se so b tra ços nevróticos , mas a que ponto em três anos, de 194L ewin evoluíram. Este� três
na realida de não. se trata �e nevrose . Tanto assim que o ódio concepções e as aproximações de a científic a dos macr o-grupos
de . �s JUdeus é enc�n trado tanto entre os nevróticos anos lhe provaram que a inteligênci s longas e sistemáticas pes
não se to rnará a cessíve
l senão apó
co:� :�:: no m De fato, trata -s e de um fenô psic olog ia dos grupos restritos. No mome
nto
meno sócio-psif�i5J;�� . � �� . . ponto que, cada vez que os quisas s br a
ão no séu estudo "Cultur
o e
truc
não nos deter emos sen
al Rec ons
tras,
j udeus dentro d c eti !d ��e: s ão a ceitos em clima de
tion". Nele encon tram os uma tese fundamental e três ou psi
iguald� de de dir:it�:� ;� p�1vileg1os, . desaparecem então os mÍn rias , sua n ture za
dela d eduzidas: sobre a origem da
o a
traços nevróticos q /utores af1rm�m como típico do
s
u futu .
grupo judeu. Por ��t�i ��� qu�ndº os � u?eus to_rnam-se o coló gica e
r
ro
modo que transcende
se
obj eto sistemático d· e, d• iscr i11.1'i?açao, seu uruco me10 de n ão A tese fundamental é f ormulada de Kurt Lewin considera
l q
ceder ao ódi d tensif1c�r �ntre e!es �s tendên cias d e o caso judeu para tornar inteligíve todo grupo minoritário . Para
e o ue
���- 1�::
. Deste p onto de vista, tewin dis tin e dois
. tipos de
c nstitu_em _unida? es articuladas de modo min
0 â
gu
orgr
O futuro das minorias não se coloca n os mesmos termos
de superação em que se c olo ca o futuro de um grupo
normal
s cam�das c en_tr a i s englo b ntra n nhum obstáculo
a maioria dos me b : =� �
as
r CUJ� que não s fr nenhuma pressão, nem enc
ig�çoes mwt
o e
bros' seu grupo etruco e p ercebido em te a maioria dos mem não p ode se definir senão em termos de sobrevivência. A este
s1' ti'va.
rmos de valência po- respeito, três opções são possíveis, segundo Lewin. Há, inici
al
Por outro lado, existem minorias �a1 mente, o caso das minorias que perdem a crença e m sua so
ou n a- o mt brevivência e estão prontas a tudo que p ossa apressar ou favore
.
que se revelam ao observad n-ao egra das
o rg ânica, mas como uma ruJ: mais co�� :uma unidade cer sua assimilação à maioria. Quanto às minorias que optam
de pressões e de c oerçoes
- u . aparente, artificial, resultante
de
por sua sobrevivênci a, duas atitudes são po ssíveis. Elas têm
. extenores. Estas minorias não c ons- em comum o seguinte : ambas concebem sua sobrevivência
como
tituem um grupo no sentido restrito. que as
agrega do de indivíduos a. s ou enos Trata-se! antes, de um uma emancipação do jugo arbitrário da mai oria. Ei s o
?1 submetidos às m esmas distingue : certas minoria qu rem as gurar sua sobrevivên cia
r.estrições, às mesmas pr' �açio_es, as s e se
. .
ttpo de mrnon as o núcleo dinâ . nao
mes mas frustrações. Nes
te atra vés da integração c o m a maioria, pela igualdade dos direitos
- e dos privilégios. Para conseguir seu intento e stes grupos mino
indivíduos que não p erderamU::cfe, n? �ompreende senão alguns
qu ase totalidade dos membros - v est":o do seu grupo, a ritários têm tendência de sublinhar e de destacar, em suas rela
e � ena.? da es� erança de
poder um dia pertencer à maio��º ções intergrupais com a maioria, muito mais o que os aparenta
fs g çoes en trei �s me
o u os une à maioria do que aquilo que os distingue ou os opõe
bros são p ortanto muito frágeis. O �qu. i �
ili no en tre os dif erent
m
es tratos é muito instáv a el a. Enfim, existem minorias que não acreditam p oder asse
el e q uase mterr amente
es
v alências negativas. polarizado por gurar sua sobrevivência, senão separando-se ou emancipando-se
totalmente da maioria. Elas aspiram à independência total e
C. O fator constitutivo das minorias. definitiva em relação à maioria. Estão convencidas de que s ó
assim poderão conservar a integridade de sua cultura, prosseguir
Como explicar, p ergunta L,ew·.rn, na conquista de sua plena identidade e realização do seu destino
minorias constituam unidade !g ruca que em certos casos as coletivo. Lewin conclui que só estas últimas minorias têm algu
s e, em outros, não tenham
senão a ap arência de integr�çºao.� ma p ossibilidade de assegurarem sua sobrevivência. Enganam-se
O fator consti tutivo de todo g p aquelas que acreditam poder integrar-se à maioria e nela con
interdependência da sorte de eus m ru �, segundo Lewin, é a servar sua identidade étnica. Cedo ou tarde elas serão as si
�m :º,s ·. N� caso da
no rias integr adas, sua
condi_çã� de montanos e a ceita, os mi miladas.
permite aos membros se u em_ n a f que Kurt Lewin termina e ste ensaio teórico sobre a psicologia
o utro lado, n o c aso
�ta _pela emancipação. Por
� das minorias, tentando caracterizar entre os minoritários as di
gradas, sua condição de min����� _nao , mtegradas ou m al inte ferenças de atitudes coletivas que implicam estas três opções a
das
c omP?rtame ntos, vierem acrescen rram se seus Somente po r etapas Kurt Lewin chegará a definir par a si
tar-se, - mesmo o que são cien tificamente a dinâmica e a gênese dos
c a e de P:oceder periodicamente ao mes� grupos. Como acabamos de constatar, seus trabalhos sobre a
�:a: :i:� � s a autocrític�s :� ��n
�
p
dependênc�� ��� 0� ������m;��o! u! ����:endência pela inter- psicologia d as minorias lhe p ermitiram questionar as teori as e
r v