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FORTES NA PALAVRA

DIA “D” ESTUDOS BÍBLICOS


A ARMADURA DE DEUS

Texto: Efésios 6:12-17.


Hino sugestivo: HA. 77.

INTRODUÇÃO

Você já ouviu falar do dia “D”?


No dia 6 de junho de 1944, o curso da Segunda Guerra Mundial mudou de
maneira irrevogável com uma operação militar de magnitude sem precedentes: o Dia D.
Este foi um dia que testemunhou a coragem, a determinação e o sacrifício supremo de
milhares de soldados aliados, cujo objetivo era nada menos que a liberdade do mundo.
A Normandia, na França, foi o palco dessa operação monumental, onde os exércitos
aliados desembarcaram em uma ousada invasão nas praias ocupadas pelos nazistas.

No amanhecer daquele dia, tropas americanas, britânicas, canadenses e de


outras nações aliadas desembarcaram em cinco praias da Normandia, enfrentando uma
forte resistência das tropas alemãs. Apesar das condições adversas e da pesada luta, os
soldados aliados avançaram, lutando com bravura e determinação indomável.

O sucesso do Dia D foi um ponto de virada crucial na Segunda Guerra Mundial. A


invasão aliada estabeleceu uma cabeça de ponte na Europa, abrindo caminho para a
libertação do continente do domínio nazista. Mais importante ainda, o Dia D
representou a vitória da liberdade sobre a tirania, salvando o mundo de um poder
terrível e abrindo o caminho para um futuro de esperança e paz.

Contextualizando
O conflito cósmico, tema central na Bíblia, é essencial para compreendermos a
origem da dor e do sofrimento neste planeta, bem como a razão pela qual Deus enviou
Seu Filho a este mundo. O apóstolo Paulo, partindo dessa verdade fundamental, fala aos
Efésios sobre a batalha na qual estamos inseridos. Nós já tomamos posição e estamos
ao lado de Cristo, o General dos exércitos de Deus. No entanto, Paulo destaca três
pontos cruciais, três dimensões da batalha que devemos considerar atentamente.

Transição: Quais são essas 3 dimensões da batalha? Vejamos:

I. A BATALHA ESPIRITUAL: CAMPOS INVISÍVEIS (2 CORÍNTIOS 10:4).


A primeira dimensão da batalha é a natureza da Batalha. Não lutamos contra carne
e sangue, mas contra principados e potestades espirituais. A batalha ocorre nos
campos invisíveis da alma humana. Na Normandia, havia uma luta contra inimigos de
carne e osso. Porém, a batalha que a Bíblia descreve é muito pior, pois os inimigos são
outros.
A) A Luta não é contra a carne e o sangue.
O apóstolo nos lembra que a primeira dimensão da batalha é o que a batalha
não é. Ao falar sobre o que a batalha não é, o apóstolo Paulo nos faz lembrar que
as lutas que muitos enfrentam não têm sua origem apenas nas decisões
humanas. É certo que toda decisão humana traz suas consequências, mas veja o
que a serva do Senhor diz:

“Se nossos olhos pudessem ser abertos para divisarmos os anjos caídos em sua obra com
os que se sentem à vontade e se consideram seguros, não nos sentiríamos tão livres de
perigos. Anjos maus estão-nos perseguindo a todo o momento.”
Mensagens aos Jovens, Pág 61.

Aplicação: A luta não é contra o sangue e a carne. Sabemos que a luta envolve
pessoas, pessoas que vivem perto ou longe de nós, que conhecemos e amamos
ou que desconhecemos, mas nossa luta não é contra eles, e sim contra os
principados e potestades, contra forças espirituais do mal neste mundo
tenebroso.

B) Nossa Luta.
Temos uma luta contra um inimigo invisível que batalha constantemente. Nossa
luta - a melhor tradução do grego seria: “A luta para nós.” Há aqui uma alusão
aos antigos jogos da Grécia, onde guerreiros se encontravam para a batalha (1
Coríntios 9:26). A palavra grega usada aqui (πάλη palē) denota “luta” ou
“combate”. Paulo, inspirado por Deus, afirma: temos uma luta. A verdade é que
sim, temos lutas constantes, não temos como nos desviar delas.

Ainda escrevendo acerca disso a serva do Senhor diz;

“A luta entre o bem e o mal não se tornou menos intensa que nos dias do
Salvador. O caminho para o Céu não é mais suave agora do que foi então.
Mensagens aos Jovens”. Pág. 56.

Aplicação: Estamos em uma batalha real, mas espiritual, não sabemos como esse
inimigo atua, como nos ver, não sabemos seus planos, o que sabemos é que
temos lutas causadas pelo inimigo, pois ele é constante. Essa é a primeira
dimensão da batalha.

Pergunta de transição; Mas qual é a segunda dimensão da batalha?


II. PREPARAÇÃO PARA O COMBATE.
Assim como os soldados aliados se prepararam meticulosamente para o Dia D,
nós também devemos nos preparar para a batalha espiritual que enfrentamos. Efésios
6:14-17 descreve a armadura de Deus que devemos vestir.

A) A armadura de Deus. Armas passivas (Efésios 6:14).


É interessante observar que existem armas passivas, as quais não dependem
diretamente de nós. Estas são: O cinto da verdade, a couraça da justiça e o
capacete da salvação. Essas são armas que Deus nos concede quando nos
aproximamos d'Ele, clamando por Sua misericórdia e graça. Por causa da
intercessão de Cristo no santuário celestial, Deus nos concede o poder dessas
armas. São armas passivas, nas quais simplesmente recebemos o poder delas:
verdade, justiça e salvação. Conforme nos lembra a serva do Senhor;

“Enquanto Jesus faz a defesa dos súditos de Sua graça, Satanás acusa-os diante
de Deus como transgressores [...] aponta para o relatório de sua vida, para os
defeitos de caráter [...] para todos os pecados que ele os tentou a cometer; e
por causa disto os reclama como súditos seus [...] Jesus não apresenta
desculpas para seus pecados, mas apresenta o seu arrependimento e fé, e,
reclamando o perdão para eles, ergue as mãos feridas perante o Pai e os
santos anjos, dizendo: "Conheço-os pelo nome. Gravei-os na palma de Minhas
mãos [...] Cristo vestirá Seus fiéis com Sua própria justiça, para que os possa
apresentar a Seu Pai como "igreja gloriosa, sem mancha, nem ruga, nem coisa
semelhante". GC pág. 484.

Aplicação: Verdade, justiça e salvação são armas passivas, dependem do que Cristo
realizou e não do que eu e você realizamos ou realizaremos. O poder delas nos alcança,
mas não as possuímos por nosso próprio mérito, e sim pelos méritos do nosso grande
General Jesus Cristo.

B) A armadura de Deus. Armas Ativas (Efésios 6:15-17).


¹⁵Pés calçados com o evangelho da paz. ¹⁶ O escudo da fé, com o qual vocês poderão
apagar todas as setas inflamadas do Maligno. ¹⁷ Espada do Espírito, que é a palavra de
Deus. Na armadura de Deus existem 3 armas que são ativas; A Palavra de Deus, a fé e a
pregação do evangelho.
São armas ativas, porque que Deus não irá fazer em nosso lugar, você e eu temos que
fazer, temos que tomar a iniciativa, temos que ser proativos;

( 1) A espada do Espírito, Deus não irá estudar a Palavra em nosso lugar.


Nós devemos estudar cada dia, não para saber mais da Bíblia, isto também é
importante, mas para que Deus unja nossos lábios com poder para que nossas palavras
sejam afiadas como a espada do Espírito.
Devemos lembrar que a espada é uma arma de ataque e defesa. De ataque
quando você a usa para libertar a alma escrava. De defesa quando você a usa para
defender-se das mentiras do mal.
Portanto se queremos estar firmes; “Estudemos a Palavra”!

(2) O escudo da Fé. Deus não irá exercer Fé em nosso lugar.


A fé aqui descrita refere-se à certeza de que Deus é real e que se torna
galardoador daqueles que o buscam (Hb 11:6), mas devemos lembrar o que Tiago
ressalta: “a fé sem obras é morta” (Tiago 2:17). Isso quer dizer que Deus não irá viver a
Palavra em nosso lugar; a fé precisa ser revelada através da vida. João, em Apocalipse
12:11, diz: “Eles, pois, o venceram por causa do sangue do Cordeiro e por causa da
palavra do testemunho que deram.” Se vivermos a Palavra, ela nos protegerá como um
escudo. Queridos irmãos, precisamos “Viver a Palavra”!

3) Botas, a pregação do evangelho. Deus não irá pregar o evangelho em nosso lugar.
Isto quer dizer que você não conseguirá nem ficar de pé, e se ficar, não poderá
caminhar seguro, se não calçar as botas. Ellen White diz;

“Deus poderia haver realizado Seu desígnio de salvar pecadores sem o nosso
auxílio; mas a fim de desenvolvermos caráter semelhante ao de Cristo, é-nos
preciso partilhar de Sua obra. A fim de participar da alegria dEle — a alegria
de ver almas redimidas por Seu sacrifício — devemos tomar parte em Seus
labores para redenção delas”. O Desejado de Todas as Nações, 142.

Aplicação: O plano de Deus é transformar o caráter de Seus servos por meio da Missão.
Aquilo que nos salvou como ouvintes é o que nos manterá salvos como agentes. Deus
nos deu a missão para salvar tanto o perdido quanto o missionário. Aqueles que não
calçam as botas não têm como avançar no campo de batalha.
Por isso, devemos “Ensinar a Palavra”!

III. VITÓRIA ASSEGURADA PELA ARMADURA DE DEUS.


Efésios 6:13 nos encoraja a nos mantermos firmes no dia mau e, tendo feito
tudo, permanecer firmes.

A) Depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. (Vs. 13).


A armadura deve ser vestida antes do início do conflito por duas razões:

(1) Para que vençamos tudo. Não sabemos como será a jornada, mas
entendemos que dias de lutas nos esperam, pois o próprio Jesus nos alertou
sobre isso: “No mundo tereis aflições” (João 16:33).
(2) No final permanecer inabaláveis. Um dia o conflito terminará, um dia
deixaremos de lutar, um dia teremos a vitória final. Hoje vencemos batalhas
diárias, somos orientados a não tirar a armadura de Deus, mas um dia não
mais precisaremos dela, pois sairemos do campo de batalha, seremos
despojados da armadura para vestir as vestes dos príncipes. Cristo nos vestirá
com suas vestes, sua justiça será nossas resplandecentes vestes celestiais.

CONCLUSÃO
Queridos irmãos, assim como os soldados aliados enfrentaram corajosamente a
batalha no Dia D, nós também somos chamados a nos revestir com toda a armadura de
Deus e a enfrentar as batalhas espirituais com fé e determinação. Que possamos
reconhecer a natureza da nossa luta, ela é espiritual e constante. Devemos nos preparar
diligentemente para o combate, estudando, vivendo e ensinando a Palavra de Deus,
confiando na vitória assegurada pela armadura divina. Que o exemplo do Dia D nos
inspire a perseverar na fé, sabendo que, com Deus à nossa frente, somos mais do que
vencedores.

APELO
Hoje é um dia marcante na história de toda a nossa União, do nosso Campo, do
nosso Distrito, da nossa Igreja e das nossas vidas. Hoje é o Dia "D" dos Estudos Bíblicos.
Hoje o Senhor nos convoca a entrar no campo de batalha e libertar Seus amados filhos
que ainda estão sob o poder do inimigo. Gostaria de orar agora, consagrando-nos para
a batalha do Senhor, e quero orar especialmente por aqueles que desejam ser revestidos
pela armadura de Deus. Convido todos os que desejam vestir a armadura do Senhor a
virem à frente para clamarmos juntos pelas armas do nosso Deus. Para este momento,
gostaria que fizessem duas coisas: Primeira, que viessem à frente com sua família; se
você está sozinho na Igreja, una-se com alguém. Segunda, que trouxessem o estudo
bíblico em mãos; vamos consagrar nossas vidas e os estudos que vamos usar, pois com
essa arma Deus fará maravilhas em nós e através de nós. Quem virá em socorro do
Senhor dos exércitos?

17 de Fevereiro de 2024.
Pr. Cláudio Silva Jr.
Ministério Pessoal - MNeM

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