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Instrução de Trabalho no.

02
Versão no. 04 data: 15/07/2019

Assunto: Aterramento Temporário de Redes Desenergizadas

Áreas de aplicação
Perímetro: Brasil
Função Apoio: -
Função Serviço: -
Linha de Negócio: Infraestrutura e Redes

CONTEÚDO

1. OBJETIVO DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO ........................................................................ 2

2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO............................................................................................... 2

3. UNIDADES RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO ............................................................................... 2

4. REFERÊNCIAS ......................................................................................................................................... 2

5. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE ................................................................................................................. 3

6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO.................................................................................................................. 3
6.1. Sistema .............................................................................................................................................. 3
6.2. Regras de Ouro ................................................................................................................................. 3
6.3. Desenergização ................................................................................................................................. 3
6.4. Zona Desenergizada ......................................................................................................................... 4
6.5. Zona Protegida .................................................................................................................................. 4
6.6. Zona de Trabalho .............................................................................................................................. 4
6.7. Descrição do Procedimento............................................................................................................... 4
6.7.1. Seccionamento (desligamento) ................................................................................................................ 5
6.7.2. Impedimento de reenergização (bloqueio de religação) .......................................................................... 5
6.7.3. Constatação de ausência de tensão (teste com detector de tensão) ....................................................... 6
6.7.4. Instalação de aterramento com equipotencialização dos condutores dos circuitos ................................ 7
6.7.5. Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada ...................................................... 8
6.7.6. Instalação de sinalização de impedimento de reenergização .................................................................. 9
6.7.7. Uso de Conjunto de Aterramento para um Circuito em rede aérea ....................................................... 10
6.7.8. Uso de Conjuntos de Aterramento para final de dois Circuitos em rede aérea ...................................... 10
6.8. Condições Meteorológicas para Instalação do Aterramento ........................................................... 11
6.9. Disposições Gerais .......................................................................................................................... 11
6.10. Data da Vigência ......................................................................................................................... 12

7. ANEXOS .................................................................................................................................................. 12

RESPONSÁVEL POR SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE BRASIL


Rafael Graça Lombardo

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Instrução de Trabalho no. 02
Versão no. 04 data: 15/07/2019

Assunto: Aterramento Temporário de Redes Desenergizadas

Áreas de aplicação
Perímetro: Brasil
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Linha de Negócio: Infraestrutura e Redes

1. OBJETIVO DO DOCUMENTO E ÁREA DE APLICAÇÃO


Este documento estabelece procedimentos e critérios para realização do aterramento em atividades de
manutenção e construção desenergizadas em redes de distribuição de baixa e de alta tensão e subestações,
visando a prevenção de acidentes através do cumprimento da Norma Regulamentadora NR-10 e das Regras
de Ouro.
Este documento se aplica a Infraestrutura e Redes Brasil.

2. GESTÃO DA VERSÃO DO DOCUMENTO


Versão Data Descrição das mudanças
01 28/12/2017 Emissão da instrução de trabalho
02 21/03/2019 Alteração item 6.7.2 e 6.9
03 14/05/2019 Alteração item 6.3 e 6.4
04 15/07/2019 Alteração itens 6.3, 6.4, 6.7.2, 6.7.3, 6.7.4, 6.7.6

3. UNIDADES RESPONSÁVEIS PELO DOCUMENTO


Responsável pela elaboração do documento:

 Saúde, Segurança e Meio ambiente Brasil.

Responsável pela autorização do documento:

 Saúde, Segurança e Meio ambiente Brasil;


 Qualidade de Processos Brasil.

4. REFERÊNCIAS
 Código Ético do Grupo Enel;

 Plano de Tolerância Zero à Corrupção;


 Procedimento Organizacional n. 375, Gestão da Informação Documentada;
 Norma Regulamentadora NR-6 - (Equipamento de Proteção Individual);

 Norma Regulamentadora NR-10 - (Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade);


 NBR 5434 – Redes de distribuição aérea urbana de energia elétrica;
 Aspectos de Segurança e Saúde constantes da Constituição Federal, Leis, Decretos, Portarias,
Normas Regulamentadoras; Lei nº 6.514, de 22-12-1977, Portaria nº 3214, de 08-06-1978, Instruções
Normativas e Resoluções no âmbito Federal, Estadual e Municipal;

 Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Inmetro.

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5. SIGLAS E PALAVRAS-CHAVE
Palavras Chaves Descrição
ABNT/NBR Associação Brasileira de Normas Técnicas
CLT Consolidações das Leis do Trabalho
NR Norma Regulamentadora

6. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

6.1. Sistema

Redes de distribuição de Alta e Baixa Tensão ou subestações de potência.

Figura 1: Rede de Alta Tensão e Baixa Tensão Figura 2: Subestação de potência

6.2. Regras de Ouro

Conjunto de ações que devem ser aplicados para garantir a desenergização correta da zona protegida e da
zona de trabalho.

6.3. Desenergização

Ação de desligamento do sistema ou trecho determinado, onde será garantido o bloqueio para religação e
aterrado, formando as Zonas Protegidas e de Trabalho. De acordo com o item 10.5.1 da NR-10, somente
serão consideradas desenergizadas as instalações elétricas liberadas para trabalho, mediante os
procedimentos apropriados, obedecida a sequência abaixo:
a) Seccionamento (desligamento);
b) Impedimento de reenergização (bloqueio de religação);
c) Constatação de ausência de tensão (teste com detector de tensão);

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d) Instalação de aterramento com equipotencialização dos condutores dos circuitos;


e) Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada;
f) Instalação de sinalização de impedimento de reenergização.

6.4. Zona Desenergizada

Zona desenergizada do sistema. Abrange as Zonas Protegida e de Trabalho.

6.5. Zona Protegida

Zona onde se aplica 4 regras de ouro, quais sejam:


1. Seccionamento (desligamento);
2. Constatação de ausência de tensão (teste com detector de tensão);
3. Impedimento de reenergização (bloqueio de religação);
4. Instalação de sinalização de impedimento de reenergização.

6.6. Zona de Trabalho

Trecho desenergizado do sistema, onde efetivamente será realizado o trabalho, devendo obrigatoriamente
ser aplicado as 3 regras de ouro, quais sejam:
1. Constatação de ausência de tensão (teste com detector de tensão);
2. Instalação de aterramento com equipotencialização dos condutores dos circuitos;
3. Os impedimentos físicos instalados para demarcar o local de trabalho.

Nota: Os aterramentos devem ser instalados a uma distância que permita a visualização pelos eletricistas do
ponto de trabalho.

6.7. Descrição do Procedimento

Nas atividades de instalação, manutenção corretiva, manutenção preventiva, reparos, modificações,


reformas, ampliações e construções onde a rede ou subestação esteja desligada, deverá ser estabelecido
dentro da Zona Desenergizada, as denominadas “Zonas Protegidas” e “Zonas de Trabalho”, sendo para esta
última, os conjuntos de aterramentos instalado(s) de modo adjacente(s) ao ponto de trabalho, deverá(ão)
posicionar-se de modo visível por parte dos eletricistas que interagem dentro do referido trecho ou segmento
de trabalho devidamente desenergizado, cumprindo as Regras de Ouro.

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6.7.1. Seccionamento (desligamento)

 Identificar inicialmente as instalações na qual vai se trabalhar;


 Abrir os circuitos elétricos através de dispositivos de seccionamento com corte visível, de forma
correta.

Figura 3: Seccionamento Monofásico

Figura 4: Seccionamento Trifásico

6.7.2. Impedimento de reenergização (bloqueio de religação)

Impedimento por cadeado:


 Operação destinada a bloquear o equipamento de seccionamento dos circuitos elétricos;

 Bloqueio físico consiste em impossibilitar fisicamente a união de seus contatos ou imobilizar o


comando do aparelho.

Figura 5: Exemplo de bloqueio físico

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Impedimento por retirada de Cartucho da chave fusível:

Figura 7: Retirada do Cartucho da chave fusível

 Operação destinada a bloquear o equipamento de seccionamento dos circuitos elétricos de chave


fusível retirando o cartucho, para que não ocorra religamentos acidentais por equipes que possam
achar que o circuito está desarmado por falha na rede;

NOTA: No caso que a chave apresente defeito, e sempre que for tecnicamente possível, o grampo de linha
viva poderá ser desconectado.

Impedimento por bloqueador:

 No caso das chaves fusíveis e chave faca, o bloqueio caracteriza-se pela instalação de Bloqueador
para chave fusível e chave faca, que impedem o religamento.

Figura 6: Instalação do Bloqueador para Chave fusível e Chave Faca

6.7.3. Constatação de ausência de tensão (teste com detector de tensão)

 Antes do uso, testar o funcionamento do detector de tensão, através do seu auto teste;

 Comprovar a ausência de tensão no local de abertura dos circuitos (lado carga e lado fonte) e onde
se realizam os trabalhos (zona protegida) com o detector de tensão;

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 Para o reconhecimento da ausência de tensão deve-se agir como se a instalação estivesse


energizada: usar equipamentos de proteção individuais adequados (vide condições gerais), manter
distância de segurança e comprovar ausência de tensão em todos os condutores (fonte e carga);
 No caso de cabos subterrâneos, deverá ser feito utilizando métodos adequados para detecção da
ausência de tensão. A constatação de ausência de tensão deverá ser feita nos pontos de acesso da
conexão dos cabos isolados, chamados de Terminal Desconectável Capacitivo, com um instrumento
chamado de Detector de Tensão Capacitivo. Além disso, essa verificação deve incluir também as
massas acessíveis, como as cordas de suspensão dos cabos, etc.

Figura 7: Teste com detector de Tensão em rede aérea

6.7.4. Instalação de aterramento com equipotencialização dos condutores dos circuitos

 Instalar os conjuntos de aterramentos tanto quantos forem necessários em pontos adjacentes ao local
de trabalho de modo visível, a fim de formar a chamada ZONA PROTEGIDA e ZONA DE TRABALHO;

 No caso de redes subterrâneas deverá ser feito o aterramento e curto-circuito em suas extremidades,
impedindo qualquer energização vinda a jusante e à montante para o ponto de trabalho, e que já se
encontra identificado no local de trabalho.

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Figura 8: Instalação de aterramento em rede aérea

6.7.5. Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada

 Verificar se existem partes energizadas nas proximidades do local de trabalho e se for o caso instalar
proteção isolante (utilizar manga isolante classe 2).

Obs.: Nas atividades em proximidades com partes metálicas, deverão ser utilizadas quanto forem necessárias
as mantas isolantes.

Figura 9: Zona controlada com proteção isolante em rede aérea

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6.7.6. Instalação de sinalização de impedimento de reenergização

 Instalar a placa de sinalização “Não opere este equipamento” em local visível e próxima aos
dispositivos de seccionamento.

Figura 10: Placa de sinalização instalada

Não é permitido, dentro de uma Zona de Trabalho definida por um ou mais aterramentos temporários,
situações em que:

 Existam redes elétricas energizadas, cruzando sobre ou sob a Zona de Trabalho;


 Existam paralelismos com redes elétricas energizadas, como exemplo (redes elétricas de circuito
duplo ou redes elétricas energizadas dentro das zonas de risco ou controlada a partir da rede que se
encontra energizada);

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 Deverão existir tantos quantos conjuntos de aterramentos forem necessários para uma correta
definição da Zona de Trabalho, ressaltando que todos os conjuntos de aterramento devem
permanecer instalados e de modo visível ao eletricista que realiza a atividade no sistema;
 Durante o processo da execução da aplicação das cinco regras de ouro, nenhum equipamento ou
dispositivo utilizados deverão fazer contato com as partes do corpo do executante que não estejam
protegidas, como luvas e mangas isolantes.

6.7.7. Uso de Conjunto de Aterramento para um Circuito em rede aérea

Proceder conforme abaixo:


a) Próximo a um encabeçamento no final do circuito utiliza-se 1 conjunto de aterramento;

b) No meio da rede utilizam-se 2 conjuntos de aterramento.

6.7.8. Uso de Conjuntos de Aterramento para final de dois Circuitos em rede aérea

Proceder conforme abaixo:

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a) Próximo a um encabeçamento utilizam-se mínimo de dois (2) conjuntos de aterramento;

b) No meio da linha utilizam-se no mínimo quatro (4) conjuntos de aterramento.

6.8. Condições Meteorológicas para Instalação do Aterramento

Condições Meteorológicas Procedimento da Equipe


TEMPO BOM O trabalho pode ser iniciado e concluído.
Se as chaves já estiverem seccionadas, as instalações dos conjuntos de
CHUVA FRACA aterramento que estiverem em fase final podem ser concluídas, com uso do
Conjunto Impermeável de Proteção Contra Chuva.
CHUVA FORTE, NEBLINA O trabalho não deve ser iniciado e as operações em andamento devem ser
TEMPESTADE interrompidas.
VENTO Verificar se a situação permite a execução ou a continuidade dos trabalhos.

6.9. Disposições Gerais

Na zona de trabalho sempre instalar os aterramentos nas estruturas posteriores à de trabalho.

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Quanto ao uso dos equipamentos de proteção individual, na realização e cumprimento da Instrução de


Trabalho acima, deverão ser utilizados os respectivos equipamentos: capacete, calçado de segurança, cinto
tipo paraquedista, kit para trabalho em altura, vestimenta retardante a chamas (calça e camisa), manga
isolante classe II (em proximidade de circuito energizado), luva isolante classe II, luva de cobertura, protetor
facial para risco elétrico).

Obs. 1: Para o fincamento do trado de aterramento em redes, deverá ser utilizado a luva de vaqueta ou anti
corte;

Obs. 2: Para conexão do aterramento na malha de terra da subestação, deverá ser utilizada a luva isolante
classe 4 e a luva de cobertura.

6.10. Data da Vigência

Após a data de publicação, os descumprimentos de quaisquer dos itens desta instrução técnica serão
considerados como descumprimentos de segurança e estão sujeitas as penalidades cabíveis.

7. ANEXOS
Este documento não possui anexos.

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