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196554ritos Processuais
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RITO ORDINÁRIO
- crimes com pena máxima igual ou superior a 4 anos -
AUDIÊNCIA DE
INSTRUÇÃO E
Absolvição JULGAMENTO
sumária (em 60 dias em
(at. 397 CPP) caso de réu
preso)
peritos,
acareações etc
interrogatório
diligências*
debates orais**
(ou memoriais
em 5 dias)
sentença***
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RITO SUMÁRIO
- crimes com pena máxima inferior a 4 anos -
Absolvição AUDIÊNCIA DE
sumária INSTRUÇÃO E
(at. 397 CPP) JULGAMENTO
(em 30 dias em
caso de réu
Resposta à preso)
Acusação
Recebimento Citação oitiva do ofendido
(arts. 396 e 396-
Denúncia ou A CPP) oitiva das
Queixa testemunhas
Rejeição confirmação do arroladas pela
recebimento da acusação (até 5)
(art. 395 CPP) denúncia ou
queixa oitiva das
testemunhas
arroladas pela
defesa (até 5)
peritos,
acareações etc
interrogatório
debates orais
sentença
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AUDIÊNCIA DE
RITO DOS CRIMES DOLOSOS CONTRA A VIDA INSTRUÇÃO E
TRIBUNAL DO JÚRI JULGAMENTO
(em 90 dias em
caso de réu
1a. fase: Judicium accusationis preso)
oitiva do ofendido
oitiva das
testemunhas
arroladas pela
acusação (até 8)
Resposta à Contrarrespost oitiva das
Recebimento Citação Acusação a da acusação testemunhas
(art. 406 CPP) (art. 409 CPP) arroladas pela
Denúncia ou defesa (até 8)
Queixa
Rejeição peritos,
acareações etc
(art. 395 CPP)
interrogatório
debates orais
DECISÃO
(Pronúncia,
Impronúncia,
Desclassificação
ou Absolvição
Sumária)
Em caso de PRONÚNCIA,
segue-se a 2a. fase.
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2a. fase: Judicium causae
SESSÃO DE JULGAMENTO
sorteio dos jurados (com oportunidades de recusa pelas
partes)
compromisso
oitiva do ofendido
Intimação da Acusação Intimação da Defesa para
para apresentação do rol apresentação do rol de oitiva das testemunhas arroladas pela acusação (até 5)
de testemunhas e testemunhas e oitiva das testemunhas arroladas pela defesa (até 5)
requerimento de requerimento de peritos, acareações etc
diligências diligências interrogatório
prazo: 5 dias (art. 422 CPP) prazo: 5 dias (art. 422 CPP)
debates orais
(1 único réu: 1h30 p/ acusação + 1h30 defesa + 1h réplica + 1h tréplica)
(2 ou + réus: 2h30 p/ acusação + 2h30 defesas + 2h réplica + 2h
tréplica)
Quesitação
Sentença
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PROCEDIMENTO DA LEI DE TÓXICOS
AUDIÊNCIA DE
LEI 11.343/2006 INSTRUÇÃO E
JULGAMENTO
interrogatório **
oitiva das
testemunhas
Citação do réu, arroladas pela
intimação do acusação (até 5)
Recebimento da
Defesa prévia MP e
denúncia * oitiva das
Notificação do em 10 dias requisição de
Denúncia testemunhas
acusado (art. 55 da Lei
laudos periciais arroladas pela
11.343/06) Rejeição defesa (até 5)
(art. 395 CPP) peritos,
acareações etc
debates orais
sentença
* O juiz deve decidir acerca do recebimento da denúncia em 5 dias. Se entender imprescindível, no prazo de 10 dias, determinará a
apresentação do preso, realização de diligências, exames e perícias.
** Decidiu o STF que, a partir do julgamento do HC , em todos os procedimentos criminais, previstos no CPP ou em legislação
extravagante, o interrogatório deverá ocorrer ao final da instrução probatória.
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PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO em caso positivo:
Lei 9.099/95 juiz homologa o acordo (título
executivo judicial cível)
CONCILIAÇÃO
Fase Preliminar
em caso negativo:
prosseguimento da audiência
DENÚNCIA OU
intimação para a AIJ
QUEIXA
Fase processual
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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE OS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS
I. CONCILIAÇÃO.
11. Qual a natureza jurídica do instituto? Medida despenalizadora que primeiro gera efeitos penais e, depois,
processuais.
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12. Legitimidade para a proposta. Ministério Público.
13. Cabe transação penal em ação penal privada? Neste caso, quem oferece a proposta?
1ª. corrente: Não, por ser a princípio incompatível com esta, pois o titular da ação penal é a vítima, não podendo o MP
barganhar sobre o que não “lhe pertence”.
2ª. corrente (majoritária): Cabível, fundamentada no princípio da isonomia e na discricionariedade da ação penal
privada.
3ª. corrente: Cabível, tratando-se de direito subjetivo do autor do fato.
14. Qual o momento oportuno? Na audiência preliminar, após a tentativa sem êxito de conciliação, renovando-se a
proposta na AIJ, se fracassada a primeira.
15. Qual a natureza jurídica da proposta?
1ª. corrente (Majoritária): Trata-se de uma discricionariedade regrada do Ministério Público, mitigadora do princípio da
obrigatoriedade da ação penal pública fiscalizada pelo juiz, tendo em vista a possível aplicação analógica do art. 28 do
CPP. Se oferecida proposta após o oferecimento da denúncia, terá a mesma o condão de mitigar o princípio da
indisponibilidade.
2ª. corrente (minoritária, por violar o sistema acusatório): Direito subjetivo do autor do fato. Assim, se o MP não oferecer
a proposta e o juiz entender que o autor do fato faz jus à mesma, o próprio juiz a concederá.
3ª. corrente: Exercício de uma nova forma de ação penal. Assim, o princípio da obrigatoriedade está íntegro, não
sofrendo mitigação. Altera-se apenas o “vetor”, ou seja, se presentes as condições da ação e os requisitos para a
proposta, o MP deverá oferecer a transação penal e não a denúncia (que somente seria oferecida caso o autor do fato
não preencha os requisitos ou não aceite a transação). Se o MP não oferece e o juiz entende que o autor do fato faz
jus, aplica o 28 do CPP.
4ª. corrente: Condição específica de procedibilidade, sem a qual a denúncia não poderá ser oferecida.
16. Qual a natureza jurídica do procedimento?
1a. corrente: Como não há processo penal instaurado, trata-se de fase pré processual, de natureza administrativa.
2ª. corrente: Para quem defende que é um novo modelo de ação penal, já é fase processual.
17. Qual a natureza jurídica e quais os efeitos da decisão?
1a. corrente: Entendimento do STF e da maior parte da doutrina é de que se trata de decisão homologatória-
condenatória, também chamada de condenatória imprópria. É homologatória em relação ao acordo firmado entre o MP
e o autor do fato, e condenatória em relação à aplicação de pena alternativa a este último, bem como ao efeito de
impedir uma nova transação por 5 (cinco anos). Equipara-se a ato de jurisdição voluntária. Contudo, a decisão,
enquanto homologatória, não faz coisa julgada material, e o juiz somente declarará extinta a punibilidade após o
cumprimento da pena acordada. Neste sentido a Súmula Vinculante 35, indicada no item 22 (abaixo). Da decisão que
homologa a transação é cabível apelação (art. 76, § 5o, c/c art. 82, ambos da Lei 9.099/95).
2ª. corrente: Condenação imprópria.
18. Quem participa da transação? MP e autor do fato.
19. E se o MP se negar a oferecer a proposta? De acordo com a posição majoritária (firmada inclusive na súmula 696 do
STF): O juiz, dissentindo, deverá remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça, aplicando analogicamente o art. 28 do
CPP.
20. E se o juiz proferir decisão distinta do acordo firmado na transação? O juiz, dentro do acordado entre MP em autor
do fato, pode decidir pela aplicação de pena alternativa menos rígida ou onerosa ou aplica-la até os limites previstos na
proposta, nunca além, julgando ultra petita, dando azo a nulidade absoluta da decisão. O juiz possui essa margem de
atuação, típica da função jurisdicional ao aplicar a pena.
21. E se o juiz indeferir a transação penal? Alguns entendem que o recurso cabível é a apelação, assim como o é em
relação a decisão que homologa a transação. Porém, a corrente mais acertada entende ser correta a impetração de
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mandado de segurança, tanto pelo MP, em defesa do direito líquido e certo ao oferecimento da transação, quanto pelo
autor do fato, ante o direito líquido e certo de ver extinta a punibilidade do fato que praticou ao aceitar a transação.
Atualmente muitos também sustentam correição parcial.
22. E se o autor do fato não cumprir o acordo?
1ª. corrente: Deve o inadimplemento ser considerado dívida de valor, a ser inscrita na dívida ativa, mantendo-se, em
razão do princípio favor rei, extinta a punibilidade, apesar de grande parte dos juízes condicioná-la ao cumprimento
integral do acordo (homologá-lo sob condição), por força do que dispõe o art. 84 e seu parágrafo único da Lei nº
9.099/95.
2ª. corrente: O inadimplemento da pena acordada acarreta a nulidade do acordo e, caso o juiz tenha homologado o
mesmo sob condição do cumprimento da ‘pena’, poderia o MP oferecer a denúncia. Caso já tenha sido declarada a
extinção da punibilidade, a pena é convertida em multa (caso não tenha sido esta a fixada), sendo a mesma executada
como dívida civil (execução cível, a ser promovida pelo MP no próprio Juizado).
3ª. corrente: O STF publicou a Súmula Vinculante nº. 35: "A homologação da transação penal prevista no artigo
76 da lei 9.099/1995 não faz coisa julgada material e, descumpridas suas cláusulas, retoma-se a situação
anterior, possibilitando-se ao ministério público a continuidade da persecução penal mediante oferecimento de
denúncia ou requisição de inquérito policial."
23. Qual a natureza jurídica do instituto e quais os seus efeitos? Medida despenalizadora que primeiro gera efeitos
processuais e, depois de cumprido o período de prova, penais.
24. De quem é a legitimidade para a proposta? De acordo com a lei, do Ministério Público.
25. Qual o momento oportuno? Após o recebimento da denúncia. Entende-se hoje que é possível mesmo em fase
recursal.
26. Qual a natureza jurídica da proposta?
1ª. corrente (Majoritária): Trata-se de uma discricionariedade regrada do Ministério Público, mitigadora do princípio da
indisponibilidade da ação penal pública, fiscalizada pelo juiz, tendo em vista a possível aplicação analógica do art. 28 do
CPP (Súmula 696 do STF).
2ª. corrente (minoritária, por violar o sistema acusatório): Direito subjetivo do autor do fato. Assim, se o MP não oferecer
a proposta e o juiz entender que o autor do fato faz jus à mesma, o próprio juiz a concederá.
3ª. corrente (posição da banca delegado civil RJ (André Nicolitt)): O juiz é o DIRETOR do processo. A suspensão
condicional do processo seria o devido processo legal, e cabe ao juiz conduzir o processo. Não concorda com a
posição majoritária, e entende que não há que se falar em violação do sistema acusatório na hipótese do juiz oferecer
ele próprio o benefício, seja porque não se trata de desdobramento do direito de ação, nem de disponibilidade da
pretensão, já que não há certeza na extinção da punibilidade, que não ocorrerá caso o réu descumpra as obrigações.
Assim, caso o MP não ofereça, não se aplica o 28 do CPP. O juiz aplica de ofício. Tal posição facilita a discussão nas
infrações de ação penal privada.
27. Qual a natureza jurídica do procedimento? Processo.
28. Qual a natureza jurídica da decisão que a concede? Interlocutória mista não terminativa. Cabível recurso em sentido
estrito (POSIÇÃO MAJORITÁRIA).
29. Qual a natureza jurídica da decisão que a indefere? Interlocutória simples.
30. Qual a natureza jurídica da decisão que a revoga? Interlocutória simples.
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31. E se o MP se nega a oferecer a proposta? Súmula 696 do STF: aplica-se o art. 28 do CPP.
32. É cabível a suspensão condicional do processo em ação penal privada?
1ª. corrente: Não, por ser a princípio incompatível com a disponibilidade da ação penal privada. Permitir a suspensão
condicional do processo em infrações de ação penal privada seria entregar nas mãos da vítima o próprio direito de
punir. Da mesma forma, não poderá o MP oferecer nestes casos a proposta, pois o titular da ação penal é a vítima, não
podendo o MP dispor do que não “lhe pertence”. Este é o atual entendimento do STF e STJ.
2ª. corrente (majoritária): Cabível, fundamentada no princípio da isonomia.
3ª. corrente: Cabível, tratando-se de direito subjetivo do autor do fato.
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