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Relatório 4 e 5 – Conceitos de Sistemas de Vídeo

Discente: João Rafael Costa Ferreira da Silva

Disciplina: Televisão Digital, 2023.2

Docente: Ronaldo de Andrade Martins

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Natal-RN, 20 de setembro de 2023


João Rafael Costa Ferreira da Silva

Relatório 4 e 5 – Conceitos de Sistemas de Vídeo

Relatório 4 e 5 apresentado a disciplina


Televisão Digital da Universidade Federal do
Rio Grande do Norte como requisito para nota.
Docente: Ronaldo de Andrade Martins

Natal/RN
2023
Sumário
1. CONCEITOS DE SISTEMAS DE VÍDEO .............................................................. 4
1. CONCEITOS DE SISTEMAS DE VÍDEO
O entrelaçamento e o vídeo progressivo são duas abordagens diferentes na
apresentação de vídeo, cada uma com suas vantagens e desvantagens a considerar.
Uma das vantagens do entrelaçamento é que ele requer uma menor largura de banda
para transmitir vídeo, tornando-o eficiente em termos de armazenamento e transmissão.
Além disso, o entrelaçamento pode resolver o problema da cintilação, que é uma
preocupação comum em displays de varredura progressiva.
No entanto, o entrelaçamento também possui suas desvantagens. Ele introduz um
deslocamento temporal entre os campos, o que pode afetar a qualidade da imagem,
especialmente em cenas de movimento rápido. Além disso, o entrelaçamento geralmente
oferece menor resolução e nitidez quando comparado ao vídeo progressivo.
Por outro lado, o vídeo progressivo oferece algumas vantagens notáveis. Ele
proporciona uma maior resolução vertical, resultando em imagens mais nítidas e
detalhadas. Além disso, não requer processamento adicional para corrigir problemas de
exibição.
No entanto, o vídeo progressivo também tem suas desvantagens. Ele demanda uma
largura de banda maior para transmitir o vídeo, o que pode ser uma preocupação em
termos de capacidade de transmissão. Além disso, a compressão de vídeo em vídeo
progressivo pode exigir uma capacidade de processamento mais significativa.
É importante observar que a maioria dos monitores modernos, como os de LCD e
Plasma, são naturalmente progressivos, o que é uma vantagem para conteúdo em vídeo
progressivo. Quando um sinal de vídeo entrelaçado é recebido, geralmente é necessário
dobrar o número de linhas por meio de interpolação para otimizar a qualidade da
visualização.

Figura 1.1
É importante observar que a maioria dos monitores modernos, como os de LCD e
Plasma, são naturalmente progressivos, o que é uma vantagem para conteúdo em vídeo
progressivo. Quando um sinal de vídeo entrelaçado é recebido, geralmente é necessário
dobrar o número de linhas por meio de interpolação para otimizar a qualidade da
visualização.
A resolução de um sistema de exibição geralmente é expressa como o número de
amostras horizontais versus amostras verticais, como 720x480 ou 1920x1080.
No entanto, esse valor por si só pode não representar com precisão a quantidade de
informação significativa contida no conteúdo exibido. Isso é exemplificado pelo fator de
Kell, que varia dependendo do tipo de tela, como LCD (0,9) ou CRT (0,7).
Quando se trata de televisões, o menor detalhe que pode ser reproduzido
verticalmente é geralmente equivalente à espessura de uma linha. No entanto,
dependendo do tipo de imagem que está sendo exibida, nem todas as linhas contribuirão
para a percepção visual.
Portanto, foi introduzido um fator estatístico chamado Fator de Kell, que determina
o número efetivo de linhas verticais visíveis. Isso é especialmente relevante para
monitores CRT, nos quais o feixe de elétrons tem uma distribuição de intensidade
gaussiana.
O Fator de Kell é independente do entrelaçamento, que se refere à maneira como
as linhas são organizadas na tela. Normalmente, o número de linhas é normalizado para
um quadro de proporção 1:1, resultando no número de linhas de resolução, que são as
linhas verticais visíveis.
Esse fator de Kell é usado para determinar a largura de banda necessária para um
sistema de televisão. Por exemplo, em um sistema analógico com 525 linhas, levando em
consideração a perda de 21 linhas em cada retorno vertical, o número de linhas visíveis
seria calculado como 480 * 0,7 = 336. Com uma relação de aspecto de 4:3, seriam
necessários 448 pontos por linha. Isso levaria a 224 ciclos, considerando que uma senóide
tem um vale e um pico por ciclo. O tempo de linha ativa é então calculado como 0,84 *
286 / 4,5 * 106 = 53,3866 μs ou 63,5 μs * 0,84 = 53,34 μs. A largura de banda resultante
é de aproximadamente 4,2 MHz.
O fator de Kell é relevante porque considera o batimento de frequências entre as
cópias do sinal amostrado, especialmente em displays discretos onde não há filtragem
passa-baixa.
Devido ao fato de uma senoide ter um ciclo compreendendo um vale e um pico,
isso implica em 224 ciclos em total.
O tempo de ativação de linha é calculado como 0.84 multiplicado por 286 dividido
por 4,5 vezes 10 elevado a 6, resultando em aproximadamente 53,3866 microssegundos.
Isso conduz a uma largura de banda de cerca de 4,2 MHz quando se considera o
fator de Kell. Esse fator leva em consideração o fenômeno de batimento de frequências
entre as cópias do sinal amostrado, sendo particularmente relevante em displays discretos,
onde não há filtragem passa-baixa.

Figura 1.2: Para fM/fA = 0,1.

Figura 1.3: Para fM/fA = 0,2.

Figura 1.4: Para fM/fA = 0,3.


Figura 1.5: Para fM/fA = 0,4.

Figura 1.6: Resoluções comumente encontradas.


As resoluções para televisão são determinadas pelas recomendações ITU-R BT.601
e ITU-R BT.709.
O 1-Seg, também conhecido como One Seg, é uma tecnologia de transmissão de
TV digital projetada para dispositivos portáteis, como notebooks, netbooks, smartphones,
tablets e outros equipamentos com capacidades de áudio e vídeo integradas.
O 1-Seg utiliza um dos 13 segmentos disponíveis, com resoluções variando entre
240x180, 320x240 ou 320x180 pixels.

Figura 1.7: Imagem 1-Seg vs. Full Seg.


Figura 1.8: Imagem 1-Seg vs. Full Seg.
No que diz respeito à definição padrão (SDTV), temos:
• 720x480 entrelaçado (480i), geralmente associado ao sistema NTSC;
• 720x576 entrelaçado (576i), geralmente associado ao sistema PAL.
É importante mencionar que a resolução real pode variar dependendo da largura de
banda do sinal.
A definição estendida (EDTV) engloba resoluções iguais ou superiores a 720x480
progressivo (480p) ou 720x576 progressivo (576p).
Por outro lado, a alta definição (HDTV) inclui resoluções como:
• 1920x1080 entrelaçado (1080i);
• 1280x720 progressivo (720p);
• 1920x1080 progressivo (1080p).
Em uma hierarquia de qualidade, temos 480i < 480p < 720p/1080i < 1080p.
Normalmente, os formatos são expressos na forma {i,p}/{taxa} (por exemplo, 480i/30).
Para exibir conteúdo entrelaçado em monitores progressivos, frequentemente são
empregadas técnicas de desentrelaçamento. Monitores CRT (Cathode Ray Tube) são os
mais adequados para exibir diretamente vídeo entrelaçado, pois outros tipos de monitores,
como LCDs ou Plasmas, podem diminuir o brilho médio da tela ao exibir esse tipo de
conteúdo. O desentrelaçamento pode ser realizado por meio da combinação ou extensão
de campos.

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