EBOOK Como Preparar Uma Mensagem Impactante

COMO ELABORAR UMA PREGAÇÃO IMPACTANTE
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PORQUE ESTE LIVRO É IMPORTANTE?

Este livro integra o Programa de Desenvolvimento Teológico do Instituto de
Teologia Logos e nosso objetivo é mostrar a você que estudar a Bíblia ten-
do em vista seu desenvolvimento bíblico, teológico e ministerial é possível,
desde que você tenha acesso ao conhecimento sistemático, objetivo e
claro.
Este livro vai lhe mostrar que encontrar uma mensagem poderosa para e-
laborar a sua pregação impactante e transformadora não é algo impossí-
vel, a partir do momento que entendermos que toda pregação é uma
mensagem recebida de Deus para os homens. Somente precisamos dei-
xar o Espírito Santo fluir em nossas vidas.
Por isso, nossa proposta é de esclarecer para você a verdade de que a

sua responsabilidade é buscar conhecimento e transmiti-lo para o povo. A
responsabilidade do Espírito Santo de Deus é convencer o pecador a mu-
dar de vida. Mas, parece que às vezes pensamos exatamente o contrário.
E é para mostrar isso, que estamos disponibilizando este e-book para você.
Motive-se. Acredite!
Do seu amigo,
Prof. Netanias dos Santos, Th.D.

CAPÍTULO
COMEÇANDO PELOS
01 FUNDAMENTOS
O que é a pregação? Qual a sua utilidade? Porque deve-

ríamos nos preocupar tanto com a pregação? Não seria
apenas escolher um texto, escolher uma interpretação, fa-
zer um esboço e, depois, falar isso para os ouvintes que a-
guardam ansiosos pela nossa mensagem?
Sinceramente, o anseio dos ouvintes é que o faz a diferença em qual-

quer proposta de pregação. Se os ouvintes não estivessem ansiosos por u-
ma mensagem que suprisse uma necessidade das suas almas, então tudo
bem. Era apenas como descrito no parágrafo acima. Mas, essa anseio ne-
cessita ser suprido de alguma forma; e a sua pregação é a solução.
Em II Timóteo 4:2, Paulo escreve a Timóteo, um jovem pastor dizendo:

“Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreen-

da, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” … Este é o chamado

do cristão, e é disso que a igreja precisa. É disso que o mundo precisa. É
exatamente isso que Deus ordena.
Independente de você ser um pregador pentecostal, presbiteriano ou

batista. Independente de você ter um estilo mais emotivo ou mais comedi-
do, a sua mensagem necessita ser transmitida, e você fará isso de alguma
forma. Não importará a sua disposição ou não em preparar a sua prega-
ção. Se você se propôs a pregar, isso vai acontecer ou de modo podero-
so, vibrante, impactante e transformador. Ou essa pregação acontecerá
de modo inexpressivo, insignificante, sem força e sem gerar a transforma-
ção necessária nos ouvintes.
E lembre-se! Quem define esses resultados para nossa pregação, so-

mos nós mesmos. Cada vez que vamos pregar, nós decidimos como será
a nossa pregação de acordo com as atitudes que tomamos em relação à
mesma.
As nossas atitudes em relação à pregação, a nossa crença sobre a

utilidade e o resultado da pregação. Quando a vemos como sendo muito
necessária, nos esforçamos ao máximo para que a mensagem seja per-
cebida por nossos ouvinte como necessária, da forma mais clara possível.
Quando nós vemos a pregação apenas como um elemento que inte-

gra a liturgia do culto, sendo apenas algo obrigatório, nosso esforço estará
concentrado em apenas chegar no púlpito, falarmos algumas palavras -
programadas ou não - por alguns minutos e depois nos acomodarmos no-
vamente.
Para Lloyd-Jones, “a mais urgente necessidade da igreja cristã da atu-

alidade é a pregação autêntica; e, posto ser a maior e mais urgente ne-
cessidade da Igreja, é óbvio que também é a maior necessidade do mun-
do.”
Mas, ao mesmo tempo há uma preocupação do próprio Lloyd-Jones

continua válida ainda para os nossos dias. E talvez hoje muito mais do que
na época de Lloyd-Jones. E a preocupação dele é: “Haverá algum lugar
para ela na Igreja Moderna e no mundo moderno, ou a pregação tornou-

se algo bastante fora de moda?”
Diante de um crescente descaso com a pregação bíblica surge o

questionamento: “Eis, portanto, a grande indagação: Podemos justificar a
pregação? Haverá qualquer necessidade de pregação no mundo moder-
no?” Esse é um questionamento de Lloyd-Jones.
Agora, diante dessa preocupação, é válido nos perguntarmos e des-

cobrir o impacto que estamos causando em nossos ouvintes. Como é pos-
sível colocarmos nossa pregação em um nível de necessidade e relevân-
cia espiritual para os nossos ouvintes, ou seja, como é possível que a men-
sagem que nós transmitimos seja realmente importante - e percebida co-
mo necessária e urgente - para aqueles que nos ouvem?
Mas, indo um pouco mais além nesse questionamento, devemos nos

perguntar: “Como é possível que nossa mensagem continue relevante ao
longo do tempo?” Afinal esse é um problema para muitos pregadores.
Muitas vezes não conseguem uma constância naquilo que se pro-

põem a fazer, que é pregar de forma relevante todas as vezes que são es-
calados para pregar. E esse não é um problema localizado.
É notório que nem sempre conseguiremos a eloqüência desejável, o

retorno imediato dos ouvintes esperado à proposta que trazemos na pre-
gação. Mas, ainda assim, nossa pregação precisa ser relevante. Caso
contrário, estaremos jogando palavras ao vento.
Tal atitude do cristão, constitui-se um descaso deliberado com a or-

dem de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, quando Marcos relata que o
próprio Senhor diz: “ide por todo mundo, pregai o Evangelho a toda cria-
tura.” E o que dizer de Mateus quando relata a fala de Cristo, dizendo:
“ide, ensinai todas as nações”?
Percebe como o ministério da pregação é importante? E não é ape-

nas o ministério da pregação, mas o ato de pregar, pois é no ato de pre-
gar que o nosso ministério fica evidente e as almas são convertidas e trans-
formadas.

Por isso, estamos aqui, eu e você, para juntos meditarmos em como

podemos, a partir de agora, manter a constância em nossas pregações.
Precisamos nos tornar relevantes para os nossos ouvintes. Precisamos ser
instrumentos de mudança e transformação nos corações sedentos por u-
ma mensagem de Deus para os seus anseios, suas aflições e suas dúvidas
rotineiras.
Este ebook é para descobrirmos juntos como podemos preparar men-

sagens impactantes, relevantes e extremamente transformadoras.
FUNDAMENTOS DA PREGAÇÃO IMPACTANTE

Toda ação realizada em favor do Reino de Deus deve ter seus funda-
mentos. E com a pregação impactante não é diferente. A bem da verda-
de, nenhum elemento, verdade, procedimento, atitude ou características
presentes no Reino de Deus é sem fundamentação sólida, conforme o a-
póstolo Paulo fala aos Coríntios, em sua segunda carta (3:1).
Uma pregação impactante é uma ação que gera uma demanda de

trabalho muito bem orquestrado. E para isso, precisamos dos fundamentos
corretos.
O primeiro fundamento dessa pregação impactante que precisamos

levar em consideração é que uma pregação nunca é sobre nós ou sobre
o que nós pensamos. Não temos nada a oferecer. Não somos nada. Não
mudamos a vida de ninguém. Nós somos apenas o canal através do qual
a mensagem de Deus chega até os ouvintes.
O segundo fundamento dessa pregação impactante é que não pode

ser sobre o que os ouvintes gostariam de ouvir. Não é autoajuda para os
ouvintes. É mudança radical de vida ou de pensamentos. A bem da ver-
dade, nenhum de nos quer ouvir uma mensagem que confronta, mas às
vezes é isso que precisamos ouvir. Os nossos ouvintes também pensam da
mesma forma. Não é o que eles gostariam de ouvir, mas o que precisam
ouvir, pois a maioria das transformações que ocorrem em nós, tiveram co-
mo ponto de partida algum ponto de confronto.

O terceiro fundamento dessa pregação impactante é que ela só po-

de ser considerada transformadora se for a verdade de Deus fluindo por
nós e alcançando os corações daqueles que necessitam da transforma-
ção que a mensagem pode proporcionar.
Agora, já que temos os fundamentos da pregação impactante e

transformadora, precisamos estabelecer os passos obrigatórios para a ela-
boração da pregação que causará o impacto e a transformação neces-
sária em nossos ouvintes.
Dessa forma, se você está disposto a percorrer toda esta jornada, o

meu convite para você agora é separar um tempo e um caderno para
mergulharmos neste conteúdo que vai mudar nossa atuação na prega-
ção e alcançarmos os resultados que todo pregador bíblico deseja com
toda a sua força.

CAPÍTULO
ESCOLHA O TEXTO
02 PARA A PREGAÇÃO
escolha de um texto bíblico para a pregação é o primeiro

passo que, à depender da situação, demandará um tem-
po considerável. Claro, estamos falando aqui da perspecti-
va de uma pregação impactante. E aí surgem muitas dúvi-
das? Qual texto utilizar? Porque o texto A e não o texto B?
É claro que essa é uma dúvida constante no dia a dia de muitos pre-
gadores. Não porque faltam textos, mas exatamente pela grande quanti-
dade de textos que a Bíblia possui, bem como pela enorme quantidade
de assuntos disponíveis para falar.
E a melhor saída não é falar de vários assuntos na mesma pregação,

para que a mesma fique um pouco mais extensa. O ouvinte não irá de-
senvolver uma compreensão plena da sua proposta expressa na prega-

ção.
Então, como escolher o melhor texto para a sua pregação?
John Stott, pastor, pregador e teólogo anglicano britânico, conhecido

com um dos mais influentes teólogos da história do Cristianismo e um dos
autores do Pacto de Laussane, nos mostra que há 4 principais critérios im-
portantes na escolha do texto ideal que devemos escolher para a nossa
pregação. E estes critérios são escolhidos de forma independente, ou se-
ja, um não depende do outro para ser executado. Escolha um critério e
siga em frente.
ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR PESSOAL

A primeira forma de escolhermos um texto bíblico para nossa prega-
ção impactante é pelo critério do Fator Pessoal. Esse fator de escolha é
importante, pois quando um texto fala profundamente conosco, quando
um texto toca nosso coração e nossa mente, é sinal claro de que há uma
mensagem ali que pode ser transmitido também as outras pessoas.
Toda mensagem, interpretação ou idéia de pregação trazida à sua

mente - por mais insignificante que possa parecer a você naquele mo-
mento - é digna de ser anotada, pois embora ela possa não se tornar a su-
a mensagem principal, certamente poderá auxiliá-lo de forma secundária
em alguma mensagem que você desenvolverá.
ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR PASTORAL

A segunda forma de escolhermos um texto bíblico para nossa prega-
ção impactante é pelo critério do Fator Pastoral. Uma pregação de cunho
pastoral, claro, pode ser ministrada por qualquer membro da igreja, mas
via de regra, ele deve ser melhor executado pelo próprio pastor, ou pasto-
res da Igreja, pois são eles os que detêm um conhecimento mais profundo

sobre os membros da comunidade que está sob os seus cuidados pasto-

rais.
Claro que essa decisão precisa ser regrada e regada com oração, ou
seja, não podem depender principalmente do que a igreja deseja ouvir,
afinal, não é a igreja - ou os membros da igreja - que determinam quais
mensagens serão transmitidas à comunidade. A despeito disso tudo, essas
necessidades da comunidade, devem ser contempladas nas pregações,
entretanto, sem prejudicar o agir e o propósito de Deus nessas pregações.
ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR SOCIAL

A terceira forma de escolhermos um texto bíblico para nossa prega-
ção impactante é pelo critério do Fator Social. John Stott, no seu livro Eu
Creio na Pregação, chama esse fator de Fator Externo, ou seja, refere-se a
tudo que está acontecendo na sociedade de um modo geral e que tem
relação com os crentes, mesmo que sejam apenas como cidadãos.
Por exemplo, suponhamos que haja uma preocupação crescente por

partes dos membros de uma congregação, ou até mesmo, na comunida-
de, sobre os caminhos que uma determinada guerra no mundo esteja to-
mando e muitos crentes começam a preocupar-se com isso de modo es-
catológico. E, normalmente, estas informações, interpretações e até mes-
mo as reações têm início em palestras acessadas pela internet, ou até
mesmo nas conversas do dia a dia.
ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR SAZONAL

A terceira forma de escolhermos um texto bíblico para nossa prega-
ção impactante é pelo critério do Fator Sazonal.
Esse fator sazonal, tanto pode aplicar-se às datas especiais do calen-

dário normal, quanto às datas especiais estabelecidas no calendário litúr-
gico da igreja. Por isso mesmo John Stott, também nomeia esse critério co-

mo Fator Litúrgico.
Ora, se o culto tem foco nas missões, qual justificativa teríamos para
prepararmos uma mensagem sobre o natal, ou sobre santa ceia, ou seja
ministérios, ou sobre criação, ou sobre apocalipse? Claro, que estes assun-
tos podem estar relacionados, mas o foco aqui no culto de missões é falar
sobre missões e não sobre os assuntos secundários ao tema relacionado à
data.

CAPÍTULO
NUNCA ESQUEÇA DO
03 CONTEXTO DA MENSAGEM
as, o que é o contexto?
É toda a situação que ocorre dentro do texto e a sua re-

lação com o pano de fundo geográfico, social, religio-
so, político e de propósito da produção do mesmo, pois é o que determi-
na a relação entre o texto e a circunstância, o alvo e o alcance de tal tex-
to.
Essa é uma condição interessante do conteúdo do texto, pois o resul-

tado é o conjunto das circunstâncias em que se produziu a mensagem
que se deseja estudar e expor aos ouvintes - lugar e tempo, emissor e re-
ceptor, etc. - e que permitem sua correta compreensão do texto.

Contexto Imediato. O contexto imediato são os versículos próximos

que vêm antes e depois daquele texto específico que nós escolhemos.
Contexto Remoto. O contexto remoto pode ser o capítulo inteiro, ou-

tros capítulos do livro, o livro inteiro, ou até mesmo um panorama geral da
Bíblia sobre o determinado texto ou assunto presente no texto que esco-
lhemos.
Uma orientação fundamental sobre contexto e interpretação é o ele-

mento determinante da ação interpretativa: a pesquisa mais restrita ou
mais ampla do texto é a dificuldade em compreendê-lo.
Quando o texto se mostra claro em sua própria composição, então é

possível que apenas o contexto imediato, ou seja, alguns versículos antes
ou depois do texto escolhido possam esclarecer a sua idéia principal.
Entretanto, quando o texto mostrar-se de maior complexidade, então

certamente nós precisaremos recorrer ao contexto remoto, buscando en-
tendê-lo, naquilo que ele está transmitindo, para que nossa pregação não
fuja da real interpretação que lhe é própria.
Para compreendermos melhor sobre assunto, vamos selecionar dois

textos que possam clarear nosso entendimento sobre o tema dos contex-
tos imediato e remoto.
O primeiro exemplo é João 5:39. O texto diz: “Examinai as Escrituras,

porque vós cuidas ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testifi-
cam.”
Este texto é extensivamente proclamado em pregações públicas com

o entendimento de que a vida eterna está nas Escrituras por si mesmas, ou
até que a vida eterna esteja no ato contínuo de examinar as Escrituras,

sendo uma tarefa suficiente para a salvação e/ou a vida eterna. Mas, não
é isso que o texto diz.
Então, se o texto não está dizendo o que normalmente é pregado,

qual o seu real significado e como podemos aplicar isso aos nossos ouvin-
tes?
Na verdade, o contexto desta passagem bíblica está presente nos

textos dos versículos 37, 38 e 40. Os textos nos informam: “E o Pai me envi-
ou, ele mesmo testificou de mim. Vós nunca ouvistes a sua voz, nem vistes
o seu parecer; e a sua palavra não permanece em vós, porque naquele
que ele enviou não credes vós. E não quereis vir a mim para terdes vida”
A partir desses textos podemos entender o seguinte:
Os versículos 37 e 39, dizem que os homens não aceitavam Cristo, pois

não criam na Palavra de Deus quando o anunciavam como o verdadeiro
Messias. Agora, no versículo 40, temos a revelação de que esta vida eter-
na está em Cristo, que é a própria vida.
Então, agora podemos entender que a mensagem exposta no versí-

culo 39, não é uma recomendação, propriamente dita; mas uma exorta-
ção de Cristo dizendo que os homens estavam buscando a vida eterna no
simples fato de examinar a Palavra, mas não estavam dispostos a compro-
meterem-se com aquele de quem a Palavra falava; permanecendo, des-
sa forma, sem direito à vida eterna.
Na verdade, diferente do que muitos de nós sempre ouvimos, as pala-

vras de Cristo não estão recomendando ou elogiando a atitude dos ju-
deus, em relação à sua pesquisa das Escrituras Sagradas. A fala de Cristo é
uma reprovação à atitude dos judeus. E não é diferente para os ouvintes
de hoje.

A aplicação desta interpretação é que, mesmo examinando as Escri-
turas, caso não haja um compromisso nosso com o autor da Palavra, ou
seja, com aquele de quem a Palavra testifica, nossa ação em relação à
Palavra de Deus, estará totalmente equivocada, como era a situação dos
fariseus. Precisamos entender que a Palavra tem um propósito claro de di-
recionar o homem ao Cristo, ao Salvador e Senhor daqueles que o rece-
bem como tal. Salmos 119.105 nos afirma que “lâmpada para os meus pés
é a tua palavra e luz para o meu caminho”, no contexto do versículo 1,
quando diz: “Bem-aventurados os retos em seus caminhos, que andam na
lei do Senhor.”
Observe que aqui, praticamente foi lhe dado um esboço de sermão.

Um sermão sobre a importância da Palavra ser estudada com o propósito
de conhecer Cristo e não de apenas adquirir conhecimento. Esse esboço
pode ser pregado tanto na igreja quanto em um culto evangelístico, pois
todos necessitam conhecer sobre Jesus como Salvador e Senhor comple-
to?
É evidente que sim. O que precisamos fazer é apenas direcionar o fo-

co para cada público corretamente.
Outro exemplo que podemos lançar mão, é o de Salmos 23:1. Sendo

um texto de amplo conhecimento, é possível que boa parte da popula-
ção mundial - cristã ou não - o conheça, acreditem e recitem o texto.
Mas, tire um tempo agora, leia todo o Salmo 23, e pense profunda-
mente. Conforme o que você acabou de ler, o que exatamente o texto
está dizendo o que você acabou de ler? É possível que não esteja falando
sobre não faltar nada para nós, afinal o Senhor que é o nosso pastor é a
própria bondade, amor e misericórdia? Incrivelmente, a grande maioria
de nós, acredita assim.
O contexto imediato nos mostra claramente que o que não nos falta
é a proteção de Deus, bem como a sua bondade e misericórdia, em to-

dos os momentos: sejam bons momentos, como relatam o versículos 2 e 3;

sejam maus momentos, como relatam os versículos 4 e 5.
Dito isto, você pode se questionar: “- Essa regra vale para qualquer
texto da Bíblia?” E a resposta é SIM. Todos os textos bíblicos devem passar
por essa análise. Qualquer texto, deve ser analisado e interpretado à luz
do seu contexto, primariamente. Embora essa não seja a única forma de
interpretação bíblica.

CAPÍTULO
ANTES DE TUDO - ENTENDA
04 A VERDADE DO TEXTO
m outras palavras, o pregador tem a responsabilidade de

descobrir o que o texto está expondo. Qual é o ensino; a ver-
dade que ele esclarece. A partir daí, então, você já tem uma
visão mais objetiva e clara sobre qual direção a sua prega-
ção deve seguir.
Todo texto tem uma verdade embutida em si, que lhe é própria. E, o
propósito de cada pregador deve ser cavar sistematicamente para
descobrir qual é essa idéia pertinente no texto escolhido para a prega-
ção.
Todo texto precisa responder seis perguntas essenciais.

PRIMEIRA PERGUNTA: A IDÉIA DO TEXTO

Essa é a idéia principal do texto, ou seja, essa é a verdade que você
deve transmitir a partir daquele texto.
Todo texto tem a sua idéia principal; a idéia exegética, ou seja, a

idéia a partir da qual o texto deve ser interpretado.
SEGUNDA PERGUNTA: A NECESSIDADE DO TEXTO

Essa é a intenção do texto e, que a partir daí, nós trazemos para apli-
car em nossos dias para os nossos ouvintes.
Dessa forma, encontramos a razão para necessidade do pregador

trazer a resposta plausível de qual a utilidade deste texto específico para
os dias atuais. E como o ouvinte pode tornar-se conectado com a men-
sagem que o texto transmite.
TERCEIRA PERGUNTA: A ÉPOCA DO TEXTO

Responder esse questionamento é identificar a circunstância do texto,
ou seja, o momento histórico. E a partir daí analisamos se essa idéia é uni-
versal e atemporal, ou se é exclusiva para aquele momento específico ao
qual o texto se refere, seja no passado ou seja no futuro.
QUARTA PERGUNTA: A ÉPOCA DO TEXTO

Quem falou o que está no texto? Foi Jesus, foram os apóstolos, foi um
ímpio ou é o próprio autor do livro? De acordo com quem falou o que está
escrito, o nível de credibilidade pode aumentar ou diminuir em relação a-
quilo que é mostrado no texto, tudo bem?
Toda a Bíblia é a verdade divina, porém, nem todos os textos forne-

cem base para a criação ou definição de doutrinas. Precisamos tomar

muito cuidado em relação a esse princípio teológico.
QUINTA PERGUNTA: O LOCAL DO TEXTO

É importante compreendermos o fundo histórico, para que nossa pre-
gação possa conter as informações corretas, mesmo que não sejam rele-
vantes tornarem-se públicas, mas, certamente, evita a contradição do
texto e da pregação exposta aos ouvintes, gerando confusão.
SEXTA PERGUNTA: O DESTINATÁRIO DO TEXTO

Qual foi o seu destinatário original? E em qual situação este destinatá-
rio estava vivendo para que esse texto fosse direcionado a ele?
Todo texto tem o seu contexto. E todo texto tem o seu destinatário ori-
ginal bem como a circunstância própria. E isso deve ser observado por to-
dos os pregadores para que a mensagem seja impactante e realmente
transformadora para os ouvintes.

CAPÍTULO
COMO DESENVOLVER UMA
05 PREGAÇÃO EXCELENTE?
obre a idéia da pregação, devemos levar em consideração

que a idéia da pregação tem a obrigatoriedade de ser atual,
pessoal, objetiva e impactante.
Uma pregação atual é uma pregação que fala aos ouvintes, partindo
da idéia de que HOJE eles precisam praticar essas verdades pregadas.
Cada ouvinte, precisa entender de modo sensível que o conteúdo da

sua pregação não foi algo apenas para o povo do passado, mas que eles
tem a mesma responsabilidade, as mesmas bênçãos, os mesmos direitos
ou as mesmas obrigações que o texto apresenta. Tudo é para hoje tam-
bém. Não apenas para o passado.

Uma pregação pessoal refere-se à uma pregação que toca o cora-

ção de cada ouvinte individualmente. A nossa pregação deve ser tão
pessoal quanto possível for, para que o ouvinte tenha a impressão - e a
certeza - de que nós estamos falando quase que direta e individualmente.
Palavras e frases diretas e objetivas, são muito poderosas. Entretanto, não
é elegante, fixar o olhar em apenas para uma pessoa no público.
Uma pregação objetiva é composta por uma mensagem que tem

foco. Quem atinge o ouvinte exatamente na área em que a pregação se
propõe. Excemplo: se a proposta da pregação é esclarecer sobre a san-
tificação, então deve esclarecer sobre santificação; se a proposta da pre-
gação é sobre família, então deve esclarecer sobre a família.
Uma pregação impactante é a pregação que tem, além da proposta

do conhecimento, a vocação da mudança no ouvinte. Não é uma pre-
gação bíblica aquela que não tem a vocação de transformar os ouvintes.
Pregar apenas por pregar, não é pregação. Até mesmo os cristãos mais
despreparados intelectualmente quando falarem a mensagem do Reino
com propósito, superará o mais alto intelectual com uma mensagem sem
propósito definido.
Redefinindo o termo idéia da pregação, podemos interpretá-lo como

o tema da sua pregação; o título da pregação.
Mas, como apresentar esta mensagem? Temos, basicamente, três ti-

pos de pregações que são: o Temático, o Textual e o Expositivo.
PREGAÇÃO TEMÁTICA
A Pregação Temática é uma exposição cuja divisão da mensagem é
extraída do tema proposto, ou seja, você define o tema da sua mensa-
gem, depois, a partir desse tema, você desenvolve os pontos da prega-
ção para explicar o tema principal.

Após o desenvolvimento desse esquema de idéia principal e dos tópi-

cos que reforcem essa idéia principal, então buscamos na Bíblia, as refe-
rências que reforcem biblicamente as verdades da pregação.
PREGAÇÃO TEXTUAL
A Pregação Textual é uma exposição cuja divisão da mensagem é
extraída do texto-base da pregação, ou seja, você define o texto que vai
servir de base para a sua mensagem, depois, a partir da própria estrutura
desse texto, você desenvolve os pontos da pregação para explicá-lo
completamente aos ouvintes.
Após o desenvolvimento desta divisão do texto em tópicos que o ex-

pliquem, então buscamos na Bíblia as referências que reforcem biblica-
mente as verdades demonstradas no próprio texto da pregação.
PREGAÇÃO EXPOSITIVA
A Pregação Expositiva é aquele em que uma porção mais ou menos
extensa da Escritura é interpretada em relação a um tema ou assunto. A
maior parte do material deste tipo de sermão provém diretamente da
passagem, e o esboço consiste em uma série de idéias progressivas que
giram em torno de uma idéia principal, ou seja, você define um texto que
será interpretado e explicado em sua mensagem, desde as palavras, fra-
ses e orações, ou até mesmo a importância da posição das frases ou pa-
lavras em relação ao texto completo.
Enquanto a Pregação Textual deve ter, no máximo, 4 versículos; a Pre-

gação Expositiva deve ter, no mínimo, 4 versículos.
O Pastor James Braga diz que o corpo da Pregação Expositiva pro-

vém diretamente do texto escolhido, a essa pregação passa a ser, definiti-
vamente, uma interpretação clara, objetiva e aprofundada daquele tex-
to, trazendo ao final, uma aplicação a vida pessoal dos ouvintes.

CAPÍTULO
CRIE UMA INTRODUÇÃO E
06 CONCLUSÃO IMPACTANTE
introdução da pregação é um ponto importante no de-

senvolvimento da pregação.
A introdução deve ser elaborada depois da elaboração

do esboço da sua pregação. Não é possível iniciar pela introdução, pois
você não sabe o que exatamente estará contido na sua pregação. Uma
introdução pensada após o corpo do sermão é poderosa.
A introdução é sempre uma introdução ao que contêm a sua prega-

ção. É um modo resumido de dizer panoramicamente o que o ouvinte
deve esperar ouvir durante a ministração da Palavra. Não pode ser des-
conexa com a mensagem proposta. Deve ter conexão. Deve cativar.
Deve ser esperançosa ao coração dos ouvintes.

No livro Teoria da Pregação, Austin Phelps, diz que “na introdução, o

pregador procura levar a mente dos ouvintes um relacionamento tal com
o seu tema que estejam dispostos e prestar atenção à sua mensagem.”
São apenas 1 minuto e meio para convencer alguém, ou pelo menos

despertar a curiosidade sobre aquilo que temos a transmitir.
Como temos introduzido as nossas mensagens? Temos trazido cativa a

atenção dos nossos ouvintes para aquilo que nós precisamos transmitir?
CARACTERÍSTICAS DA INTRODUÇÃO
Deve ser breve. A introdução deve ser breve, por isso deve eliminar
todas as partes não essenciais da pregação. Um exemplo comum são as
saudações iniciais de pregadores convidados, saudando a todos os que
estão no púlpito, contando as experiências que já teve com alguns. Talvez
seja uma forma de honrar os que lhe confiaram o convite para pregar,
mas é inútil para o propósito de estar ali, que é a pregação.
Despertar a urgência. Martyn Lloyd-Jones diz que “ao pregar, você

precisa demonstrar às pessoas logo no início que o que você irá falar é
muito relevante e urgentemente importante.” Não há espaço para gastar-
mos alguns minutos nos apresentando ou apresentando os que estão
conosco no púlpito. É certo que agradecimentos rápidos são relevantes,
mas o foco é a pregação.
Criar expectativa. Crie uma introdução antevendo o que o ouvinte

precisará fazer ao final da pregação. É incomum introduções neste estilo,
mas funciona em várias situações, principalmente, em cultos temáticos,
por exemplo, famílias, desviados, missões, projetos sociais, etc.

UMA CONCLUSÃO IMPACTANTE

Quantas vezes nossa pregação foi até interessante, mas o final deixou
a desejar? Quantas vezes depois de pregarmos, quando nos sentamos, fi-
camos pensando como aquela conclusão poderia ter sido diferente e que
melhores resultados teríamos alcançados.
Na conclusão da sua mensagem deve haver uma aplicação e um

chamado à ação. Assim, trataremos desses aspectos da conclusão de
modo objetivo.
A aplicação é um dos elementos fundamentais da pregação. É aqui

que apresentamos ao ouvinte as reivindicações da Palavra de Deus, com
o objetivo de ele reagir favoravelmente à mensagem.
Agora sobre essa aplicação do sermão, é muito bem explicada pelo

Pastor James Braga, quando ele diz que a aplicação da pregação pode
ser um problema quando ela é colocada como uma persuasão do pre-
gador contra o auditório, para que apenas o auditório mova-se em di-
reção ao que foi pregado. Neste caso, o pregador coloca-se em um ped-
estal, como se ele também não necessitasse dessa reação.
Dentre as características da aplicação na conclusão, ela deve seguir

alguns critérios básicos:
Nasce de uma comunhão plena com Deus. Uma boa aplicação não
nasce de uma mente inteligente, mas de uma coração em plena comun-
hão com Deus. Afinal, essa aplicação precisa estar afinada com o que
Deus procura no homem.
É fruto da experiência com Deus. Uma boa aplicação é fruto da ex-

periência do pregador com Deus. Uma experiência intimamente relacio-
nada ao que ele deseja o ouvinte também experimente. Se aplicação do

sermão não for algo já experimentado pelo pregador, pelo menos parcial-
mente, como então poderá ser proclamada com convicção?
Deve estar relacionada à pregação. Uma boa aplicação deve estar

intimamente relacionada ao que o pregador propôs durante a sua prega-
ção, pois toda a sua pregação deve unânime, seguindo a mesma pro-
posta do início ao fim.

CAPÍTULO
MANTENHA SEU CORAÇÃO
07 ABERTO NA MENSAGEM
hegamos na última parte da elaboração da pregação.

Aqui tudo se finaliza. É o fechamento de um ciclo de pro-
dução teológica. Sim, todo esse processo que percorre-
mos até aqui é essencialmente um processo teológico.
Desde a escolha do texto até a interpretação, organização, exposi-

ção e aplicação do mesmo. É teologia na prática. É a verdade divina sen-
do sistematizada para que os ouvintes possam compreender o que Deus
deseja de cada um de nós.
Mas, nesta última parte da sua pregação, que é a sua exposição, vo-
cê ainda tem uma tarefa paralela a executar.

DESENVOLVA UMA FÉ ATIVA
Deixar a sua fé funcionar ativamente durante a sua ministração. Se

durante a sua pregação, não houver fé suficiente em relação ao que está
sendo ministrado, sinceramente, não é uma pregação. Pode até ser uma
palestra, mas não uma pregação impactante e transformadora.
A nossa pregação é necessariamente um ato de fé e isso quer dizer

que, desde o preparo até a ministração da sua pregação, é necessário
haver imbuída ali uma fé ativa, como elemento essencial para a prega-
ção.
Essa fé deve estar no início do preparo da pregação, gerando no co-

ração a confiança de que aquela mensagem alcançará o coração dos
ouvintes. Essa mesma fé deve estar durante a ministração da pregação,
gerando no coração a certeza de que os ouvintes estão recebendo a
mensagem; que o Espírito Santo está trabalhando nos corações através
da exposição das verdades divinas; e que cada parte da pregação é u-
ma ação espiritual sendo executada na mente do ouvinte, ao ponto de
convencê-lo que aquilo que está sendo pregado é a verdade de Deus.
Essa fé é fortalecida continuamente, durante a exposição da mensa-

gem, à medida que os ouvintes reagem ao que é falado, de acordo com
a atenção dispensada ao que estamos falando e, principalmente, à confi-
ança e paz interior que o Espírito Santo coloca em nosso coração concer-
nente à eficácia da nossa pregação.
Sim, o Espírito Santo testemunha em nossos corações que a nossa pre-

gação está sendo frutífera naquele exato momento. Ele tanto testemunha
isso em nosso coração, quanto ele testemunha isso através da sua ação
de movimento no meio da igreja.
Mas, quero aqui colocar um adendo nesta afirmação.

Essa ação espiritual de movimento na igreja durante a nossa prega-

ção não é, necessariamente, o choro copioso de alguns, os aleluias es-
trondosos de outros, as curas divinas observadas nesse momento, ou a
conversão imediata de todos os pecadores que estão ouvindo a mensa-
gem.
A ação de movimento do Espírito nos ouvintes pode ser tão sutil, tão
branda, mas tão poderosa, que somente depois podemos testemunhar os
seus efeitos, a exemplo do que já foi demonstrado anteriormente.
Não podemos medir a qualidade da pregação ou o impacto e a

transformação gerada nos ouvintes, simplesmente pelo que vemos na ho-
ra, mas, pelos frutos eternos que elas podem produzir nos próximos dias,
nas próximas semanas, nos próximos meses, nos próximos anos.
Essa é a medida. Quando temos essa consciência, a fé floresce de

forma tão evidente que nós mesmos somos impactados por aquilo que
sentimos em nosso coração, durante uma pregação, como confirmação
do agir de Deus na vida dos ouvintes.
ESTEJA CONVICTO DA MENSAGEM

Esteja convicto do que você fala. E continue falando com maior con-
vicção ainda. A pregação não é pura e simplesmente transmitir uma ver-
dade. A pregação é transmitir a verdade de Deus aos homens. E somos
bem-aventurados - embora, indignos - por estarmos responsáveis pela
transmissão dessa verdade.
A convicção gerada em seu coração através da fé deve ser notória.

A nossa chamada para a pregação é para sermos, acima de tudo, em-
baixadores e representantes de um Reino que está acima de todos os rei-
nos: O Reino dos Céus. A pregação é falar desse Reino. Ser um pregador é
representar esse Reino. A mensagem é desse Reino. Por isso precisamos fa-
lar com convicção.

Mas, é comum essa convicção ser abalada, quando na pregação o

que estamos tentando fazer é os ouvintes gostarem de nós; da nossa fala;
do nosso jeito de pregar; da mensagem que estamos transmitindo.
Precisamos entender que a pregação deve ter como objetivo algo

muito claro que é ajudar as pessoas a darem o passo seguinte em direção
a Deus.
John Ortberg, no livro O Ofício e a Arte da Pregação Bíblica diz que

quando conseguimos fazer isso, parte da tensão pessoal é aliviada porque
já não é o bem estar ou o nosso valor que está em jogo. Também não é
tentar convencer as pessoas a gostarem de nós. Mas é proclamar a Pala-
vra de Deus e permitir que o Espírito forme Cristo no coração das pessoas.
E essa é uma tarefa autêntica.

CAPÍTULO
08 RECOMENDAÇÕES FINAIS
or isso, nesta última parte, cito mais algumas orientações

práticas do Reverendo Hermisten Maia, sobre a pregação.
█ Utilize-se de variadas traduções para que o texto torne-

se o mais compreensível da sua parte.
█ Encontre o significado das palavras de difícil compreensão - para

você ou para os ouvintes.
█ Utilize-se de comentários bíblicos e teológicos, mas não confie a-

penas neles.

█ Desenvolva suas habilidades de oratória e retórica para que sua

mensagem seja melhor compreendida.
█ Adquira uma cultural ampla, para aplicar a sua mensagem.
█ Desenvolva uma piedade verdadeira. Isso se refletirá no púlpito.
█ A elaboração de qualquer pregação deve ter um tempo de ma-

turação, ou seja, concluiu? Então, medite e refaça, se necessário.
█ Não evite pregar sobre um texto simplesmente porque ele já é

bastante conhecido pela congregação, por exemplo.
█ Nunca abandone o estudo de um texto simplesmente porque ele

parecer ser difícil.
█ Não utilize questionamentos na pregação que possam provocar

respostas dúbias ou, mesmo, não seja possível chegar a uma res-
posta definitiva, ou pelo menos satisfatória, ou seja, evite temas
polêmicos na sua pregação.
█ E, finalmente, não peça desculpas pela sua pregação. Até pode

ser que, no calor da pregação, você, por algum descuido, tenha
emitido algum comentário indesejável e que tenha afetado algu-
ma pessoa diretamente, então, sim, peça perdão em público, na
hora ou em outra oportunidade. Mas, nunca desculpe-se pela
mensagem. A mensagem não é sua. É de Deus.
Chegamos, aqui, ao final deste e-book e esperamos que ele contribu-

a ativamente com a elaboração da suas mensagens e que elas possam
impactar a vida dos seus ouvintes. Esse resultado gera em todos nós a fir-
me convicção de que a mensagem foi impactante.
Pratique continuamente e torne-se um pregador muito melhor!

Você acredita que uma pregação

impactante pode transformar vidas?
Se você deseja pregar cada vez melhor, elaborar prega-

ções impactantes e transformer vidas, mas para isso é ne-
cessário desenvolver uma pregação bem elaborada, com
uma proposta clara e idéias bem organizadas… Eu convido
você a conhecer também o livro 12 Passos Para Elaborar
Uma Pregação Impactante.
172 páginas. 14 capítulos. 12 passos fáceis.

Tudo para você mudar a sua pregação e seus
ouvintes desejarem ouvir você mais vezes.
Autor: Netanias dos Santos

Páginas: 173
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COMO ELABORAR UMA PREGAÇÃO IMPACTANTE

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Programa de Desenvolvimento Teológico

Todos os direitos reservados a

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PORQUE ESTE LIVRO É IMPORTANTE?

Por isso, nossa proposta é de esclarecer para você a verdade de que a

©INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS - www.institutodeteologialogos.com.br 3

O que é a pregação? Qual a sua utilidade? Porque deve-

Sinceramente, o anseio dos ouvintes é que o faz a diferença em qual-

Em II Timóteo 4:2, Paulo escreve a Timóteo, um jovem pastor dizendo:

©INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS - www.institutodeteologialogos.com.br 4

da, corrija, exorte com toda a paciência e doutrina.” … Este é o chamado

Independente de você ser um pregador pentecostal, presbiteriano ou

E lembre-se! Quem define esses resultados para nossa pregação, so-

As nossas atitudes em relação à pregação, a nossa crença sobre a

Quando nós vemos a pregação apenas como um elemento que inte-

Para Lloyd-Jones, “a mais urgente necessidade da igreja cristã da atu-

Mas, ao mesmo tempo há uma preocupação do próprio Lloyd-Jones

©INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS - www.institutodeteologialogos.com.br 5

se algo bastante fora de moda?”

Diante de um crescente descaso com a pregação bíblica surge o

Agora, diante dessa preocupação, é válido nos perguntarmos e des-

Mas, indo um pouco mais além nesse questionamento, devemos nos

Muitas vezes não conseguem uma constância naquilo que se pro-

É notório que nem sempre conseguiremos a eloqüência desejável, o

Tal atitude do cristão, constitui-se um descaso deliberado com a or-

Percebe como o ministério da pregação é importante? E não é ape-

©INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS - www.institutodeteologialogos.com.br 6

Por isso, estamos aqui, eu e você, para juntos meditarmos em como

Este ebook é para descobrirmos juntos como podemos preparar men-

FUNDAMENTOS DA PREGAÇÃO IMPACTANTE

Uma pregação impactante é uma ação que gera uma demanda de

O primeiro fundamento dessa pregação impactante que precisamos

O segundo fundamento dessa pregação impactante é que não pode

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O terceiro fundamento dessa pregação impactante é que ela só po-

Agora, já que temos os fundamentos da pregação impactante e

Dessa forma, se você está disposto a percorrer toda esta jornada, o

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escolha de um texto bíblico para a pregação é o primeiro

E a melhor saída não é falar de vários assuntos na mesma pregação,

senvolver uma compreensão plena da sua proposta expressa na prega-

Então, como escolher o melhor texto para a sua pregação?

John Stott, pastor, pregador e teólogo anglicano britânico, conhecido

ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR PESSOAL

Toda mensagem, interpretação ou idéia de pregação trazida à sua

ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR PASTORAL

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sobre os membros da comunidade que está sob os seus cuidados pasto-

ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR SOCIAL

Por exemplo, suponhamos que haja uma preocupação crescente por

ESCOLHENDO O TEXTO PELO FATOR SAZONAL

Esse fator sazonal, tanto pode aplicar-se às datas especiais do calen-

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as, o que é o contexto?

É toda a situação que ocorre dentro do texto e a sua re-

Essa é uma condição interessante do conteúdo do texto, pois o resul-

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Contexto Imediato. O contexto imediato são os versículos próximos

Contexto Remoto. O contexto remoto pode ser o capítulo inteiro, ou-

Uma orientação fundamental sobre contexto e interpretação é o ele-