Terra de homens honrados, campeiros por devoção Torenas de alma pura, com bravura e ideal Empunhando a nossa bandeira, numa luta desigual A honra de ser gaúcho, pura cepa de índios guapos A amizade e o respeito, são herança dos farrapos
Dos idos de 35, ficou seu grande legado
O nosso amado Rio Grande, que teve seu campo marcado Pelo sangue muy sagrado, destes bravos peleadores Que deixaram seus valores, pra pelear na revolução E pelo orgulho campeiro, dar sua alma no entrevero Sem cobrar nenhum tostão
Nas manhãs de geada fria, montar o pingo e tropear
O Patrão do céu nos guia e nunca há de nos faltar Nas noites em que o vento chia, nas bóias pelos galpões Charlear com a parceria, relembrando as tradições É o tempo que nos remete, á um passado de lembranças Um presente muy valoroso e um futuro de esperanças
Existem coisas na vida, não há dinheiro que pague
A vida bruta da lida, que os campos d´alma invade A verdadeira amizade de alma e de coração E não há comparação, se é que se comparado Peleando do mesmo lado, não deixa um amigo na mão
Por tudo que representa, a nossa história de lutas
De coragem e lidas chucras, orgulho pelo meu chão No vento os anos se vão e a vida se torna moura Rompendo a força dos tempos no Rancho Charla Crioula.