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Herança de Charleano

Continente de São Pedro, o nosso amado rincão


Terra de homens honrados, campeiros por devoção
Torenas de alma pura, com bravura e ideal
Empunhando a nossa bandeira, numa luta desigual
A honra de ser gaúcho, pura cepa de índios guapos
A amizade e o respeito, são herança dos farrapos

Dos idos de 35, ficou seu grande legado


O nosso amado Rio Grande, que teve seu campo marcado
Pelo sangue muy sagrado, destes bravos peleadores
Que deixaram seus valores, pra pelear na revolução
E pelo orgulho campeiro, dar sua alma no entrevero
Sem cobrar nenhum tostão

Nas manhãs de geada fria, montar o pingo e tropear


O Patrão do céu nos guia e nunca há de nos faltar
Nas noites em que o vento chia, nas bóias pelos galpões
Charlear com a parceria, relembrando as tradições
É o tempo que nos remete, á um passado de lembranças
Um presente muy valoroso e um futuro de esperanças

Existem coisas na vida, não há dinheiro que pague


A vida bruta da lida, que os campos d´alma invade
A verdadeira amizade de alma e de coração
E não há comparação, se é que se comparado
Peleando do mesmo lado, não deixa um amigo na mão

Por tudo que representa, a nossa história de lutas


De coragem e lidas chucras, orgulho pelo meu chão
No vento os anos se vão e a vida se torna moura
Rompendo a força dos tempos no Rancho Charla Crioula.

Por Régis Bender – Fevereiro de 2019

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