A história se inicia com uma mulher acordando em um mundo estranho.

Pedras com
musgo, como se houvesse um grande oceano naquele local, se estendem até o
horizonte. O céu, que talvez um dia tenha sido azul, está coberto por nuvens
cinzentas que variam sua intensidade. Ao longe se vê montanhas tão rochosas quanto
o solo.
A mulher começa sua caminhada. andar, andar e andar... É tudo que ela faz por horas
e horas. Até que enfim ela visualiza uma casa que consistia em uma porta, duas
janelas. A casa era bem colorida, destoando com o ambiente. Ao entrar ela se depara
com um único cômodo com uma longa mesa de jantar central sendo palco de um grande
baquete, entre homens e mulheres muito bem vestidos e uma grande e gorda larva
sentada na ponta deste grande banquete. A larva e a mulher conversam, ela não
entende direito o que a larva quis dizer com suas palavras, mas indepedente disto
ela sai da casa e segue rumo ao desconhecido.
Repentinamente ela aparece em uma casa, em sua cozinha especificamente, há um
corredor além da porta do cômodo que dá visão ao banheiro com a porta entreaberta.
O chuveiro aparenta estar ligado, ela pensa em chamar por alguém a procura de algum
tipo de ajuda, mas algo no fundo de sua alma lhe diz para ficar quieta. Uma leve
cantiga, ecoa pelos corredores de forma arritimica. Com a cortina do chuveiro
fechada, ela vê uma sombra humanoide se erguendo do chão, ela não emite sons mas
consegue perceber que está se estralando enquanto se ergue, como se estivesse
compactada em um espaço minúsculo. O chuveiro é desligado e a cantiga para. Uma
leve risada é ouvida ecoando e em um piscar de olhos a mulher se encontra de volta
ao oceano de pedras.
Após mais horas intermináveis de caminhada na qual mais parecem dias, ela se
encontra em um penhasco, à beira do precipício ela se depara com um homem de
sobretudo. Após uma conversa na qual mais parece que ele estava escondendo um
grande segredo, a conversa acaba com a seguinte frase: "Você foi abusada e morta em
sua dor". Então, seu mundo se escurece e torna-se sombrio, ouvindo dentro de sua
própria cabeça a risada inocente que lhe tanto apavora.